LEVANTAMENTO BIBLIOGRAFICO DO PAPEL DA NUTRIÇÃO NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES

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1. RESUMO

A elaboração deste levantamento bibliográfico nos permite compreender que o hábito alimentar inadequado é um dos principais causadores das doenças cardiovasculares (DCV) e, que grande parte dessas ocorrências são modificáveis e/ou controláveis com mudanças no estilo de vida e com uma alimentação adequada para cada indivíduo. E tem como objetivo principal conhecer os fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, hábitos alimentares que desencadeiam essas DCV e os alimentos que possuem efeito preventivo. A metodologia adotada para este trabalho foi a revisão de literatura, analisando trabalhos e pesquisas de diversos autores sobre o tema e a busca foi efetuada em bancos de dados conceituados como PubMed, Medline, LILACS, Scielo, Capes e Google Acadêmico e o critério de exclusão foi considerado para trabalhos considerados com pouca relevância para esta pesquisa. Salientando que, este trabalho tem a intenção, também, de enriquecer o conhecimento a respeito da ligação que existe entre os alimentos e as Doenças Cardiovasculares (DCV), que podem ser causadores e/ou preventores deste acometimento.

Palavras-chave: Doenças cardiovasculares, alimentação, alimentos.

ABSTRACT

The preparation of this bibliographic survey allows us to understand that the eating habits are one of the main causes of cardiovascular diseases and that most of these occurrences are modifiable and/or controllable with changes in lifestyle and with an adequate diet for each individual. And its main objective is to know the risk factors for the development of cardiovascular diseases, eating habits that trigger these CVDs, and the foods that have a preventive effect. The methodology adopted for this work was a literature review, analyzing works and researches of several authors on the theme and the search was made in renowned databases such as PubMed, Medline, LILACS, Scielo, Capes, and Google Acadêmico, and the exclusion criterion was considered for works considered of little relevance for this research. Emphasizing that, this work has the intention, also, to enrich the knowledge about the link that exists between food and Cardiovascular Diseases (CVD), which can be causative and/or preventive.

Keywords: Cardiovascular diseases, diet, food.

2. INTRODUÇÃO

As doenças cardiovasculares (DCV) são a primeira causa de mortalidade no Brasil. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmam que as DCV representaram mais de 30% dos óbitos no mundo em 2015 e em países em desenvolvimento, como o Brasil atingiram mais de três quartos das causas de morte. A prevalência dos fatores de risco também trazem dados preocupantes: mais da metade da população brasileira está com excesso de peso ou obesidade (Brasil, 2017).

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, representam a principal causa de mortes no Brasil. São mais de 1.100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 1,5 minutos (90 segundos). As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos, 2,3 vezes mais que as todas as causas externas (acidentes e violência), 3 vezes mais que as doenças  respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções incluindo a AIDS. A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que, ao final deste ano, quase 400 mil cidadãos brasileiros morrerão por doenças do coração e da circulação. Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas ou postergadas com cuidados preventivos e medidas terapêuticas. O alerta, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças cardiovasculares podem reverter essa grave situação (SBC, 2022).

As doenças cardiovasculares são apontadas como uma das principais causas de morte no mundo. Sabendo disso, surgem algumas perguntas que são inevitáveis, como por exemplo: Quais seriam os principais fatores para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares? Esses fatores são modificáveis e/ou controláveis? Existem alimentos que desencadeiam este acometimento ou que previnem?

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este trabalho de conclusão de curso buscou identificar, selecionar e analisar a produção científica sobre o impacto benéfico da alimentação para a prevenção de doenças cardiovasculares. As revisões utilizam métodos sistematizados e explícitos com a finalidade de selecionar e avaliar criticamente pesquisas relevantes. A busca realizada foi feita utilizando-se as bases de dados: National Library of Medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), diretamente em seus sites ou através do Portal Capes. Como critérios de inclusão foram considerados estudos experimentais, disponibilizados nos idiomas inglês, espanhol e português, dentro do escopo deste estudo.

Este levantamento bibliográfico foi feito com base na literatura, que selecionou a produção científica sobre os benefícios da alimentação para a prevenção das doenças cardiovasculares. Foram encontrados vários alimentos e/ou componentes alimentares, porém foram citados alguns, como: carotenoides, vitamina C, fibras solúveis, flavonoides, frutas vermelhas e uvas, vegetais de folhas verdes e alho. Também se discutiu sobre os fatores de risco para as DCV e a relação com os hábitos alimentares, conforme descreverei a diante:

As doenças cardiovasculares contribuem significativamente, como grupo causal, para a taxa de mortalidade em todas as regiões brasileiras. Além disso, constituem uma das principais causas de permanência hospitalar prolongada e são responsáveis pela principal alocação de recursos públicos em hospitalizações no Brasil (CASTRO et al, 2004).

Conceitos do perfil de mortalidade no Brasil mostram que as doenças do aparelho circulatório (com maior índice das doenças cardiovasculares e isquêmicas do coração) são a causa principal de mortes. No ano de 2017, esse conjunto de doenças representava a primeira causa de morte, com 383.961 óbitos, que comprova sua importância diante do problema de saúde da população (SBC, 2017).

O risco de se desenvolver doença cardiovascular é avaliado com base na análise conjunta de características que aumentam a chance do indivíduo vir a apresentar a doença. O conhecimento desses fatores associados ao risco é de grande importância para o estabelecimento de estratégias de prevenção (CASTRO et al, 2004).

Castro et al. (2004), ainda relataram em seu estudo que, entre os fatores de risco de maior probabilidade para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares (DCV) estabelecidos desde o estudo de Framinghan, destacam-se, a hipertensão arterial, as dislipidemias e o diabetes mellitus. A obesidade e a inatividade física foram positivamente associados com o risco de desenvolver DCV, constituindo-se nos fatores de risco mais significativos.

Diversos estudos têm evidenciado a relação entre características qualitativas e quantitativas da dieta e ocorrência de enfermidades crônicas, entre elas, as doenças cardiovasculares. Os hábitos alimentares apresentam-se como marcadores de risco para doenças cardiovasculares, na medida em que o consumo elevado de colesterol, lipídios e ácidos graxos saturados somados ao baixo consumo de fibras, participam na etiologia das dislipidemias, obesidade, diabetes e hipertensão (CASTRO et al, 2004).

Parada et al. (1999), ao estudarem a relação entre hábitos alimentares e níveis de colesterol sérico em uma população suburbana da Argentina, verificaram que, ao longo de treze anos, houve uma redução no consumo de carnes vermelhas (bovina, suína e ovina), ovos, leite e derivados integrais como a manteiga. Concomitantemente, observaram um aumento no consumo de aves, peixes, leite e seus derivados desnatados e azeites (principalmente de semente de girassol). A análise do colesterol total plasmático, com doze horas de jejum, mostrou que houve uma redução dos níveis séricos de colesterol, coincidente com as modificações dietéticas.

Mattson et al. (1972) verificaram uma relação linear entre o colesterol da dieta e sanguíneo; observaram que cada 100mg de colesterol / 1000kcal consumidas resultou em um aumento no colesterol plasmático de 12mg/100mL. O colesterol da dieta contribui com aproximadamente 15% na síntese do colesterol endógeno. Entretanto, a redução de 100mg no colesterol da dieta resulta numa queda de apenas 5mg no colesterol sérico, quando a gordura da dieta não é alterada; ou seja, o colesterol ingerido não tem tanta influência no colesterol sérico, como tem o consumo de gordura saturada, mono ou polinsaturada. Por outro lado, a redução da colesterolemia, mesmo que pequena, parece ser eficiente na diminuição dos índices de mortalidade por doenças cardiovasculares.

Fornes et al., estudando a relação entre a frequência de consumo de alimentos e os níveis séricos de lipoproteínas em população do município de Cotia, SP, observaram que o controle dietético pode reduzir os riscos de doenças cardiovasculares. Neste estudo, o consumo de carnes processadas, aves, carnes vermelhas, ovos, leite e seus derivados correlacionou-se positiva e significantemente com as frações LDL-colesterol (aumento de 16,6mg/dL, 14,5mg/dL, 11,1mg/dL, 5,8mg/dL e 4,6mg/dL, respectivamente) enquanto a ingestão de frutas e hortaliças mostrou correlação inversa (redução de 5,2 e 5,5mg/dL, respectivamente).

Em um estudo feito por Petribú, et al. (2009) com universitários, no qual foram avaliados 250 estudantes por um questionário que abordou aspectos biossociais, dados sobre estilo de vida, história familiar para doenças cardiovasculares, variáveis antropométricas e consumo alimentar, avaliado pelo Recordatório de 24 horas, foi encontrada a seguinte frequência para os fatores de risco analisados: sedentarismo (41,7%), excesso de peso (35,5% e 5,3% nos sexos masculino e feminino, respectivamente p<0,01), história familiar de hipertensão (35,5%), diabetes (11,3%) e obesidade (20,2%), morte antes dos 50 anos por doenças cardiovasculares (DCV) nos familiares diretos (14,8%). Com relação ao consumo alimentar, observou-se um elevado percentual de inadequação no consumo de energia e um baixo percentual de inadequação no consumo de proteínas e carboidratos. Quanto ao perfil lipídico da dieta, mais de 40,0% dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e, em 17,9% dos homens e 44,8% das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura saturada (p<0,01). O consumo de ácido linoleico, ácido graxo monoinsaturado e poliinsaturado mostrou-se insuficiente em mais de 95,0% dos indivíduos estudados. A conclusão do estudo foi que, a alta proporção de fatores de risco cardiovasculares representa uma advertência, dada a juventude da população considerada, e mostra a necessidade de insistir em medidas educativas e de promoção de condutas preventivas.

Da mesma maneira, o National Cholesterol Education Program (NCEP), a American Heart Association (AHA) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia têm assinalado a fundamental implicação da obesidade, da dieta e da inatividade física no risco cardiovascular.

Em seu estudo, Lima et al. (2020) afirmou que a dieta desempenha um papel muito importante na saúde do coração e pode afetar seu risco de doença cardíaca. A nutrição, especificamente os alimentos que proporcionam benefícios ao coração, foram incluídos como indicação de consumo no protocolo clínico de nutrição baseado nos estudos desses alimentos e em como eles podem melhorar a saúde do coração. De fato, certos alimentos podem influenciar sim, na pressão arterial, triglicerídeos, níveis de colesterol, glicemia e inflamação, fatores de risco para doenças cardíacas.

Neumann, et al (2007) afirma existirem estudos que demonstram que as doenças cardiovasculares podem ser reduzidas consideravelmente com mudanças na dieta, cuja composição pode tornar-se um fator de risco ou de proteção.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016), as seguintes dietas são excelentes para a prevenção de doenças cardiovasculares:

A dieta DASH (dietary approaches to stop hypertension) enfatiza o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de gordura; inclui a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e frutas oleaginosas; preconiza a redução da ingestão de carne vermelha, doces e bebidas com açúcar. Ela é rica em potássio, cálcio, magnésio e fibras, e contém quantidades reduzidas de colesterol, gordura total e saturada. A adoção desse padrão alimentar reduz a PA (SBC, 2019).

A dieta do Mediterrâneo também é rica em frutas, hortaliças e cerais integrais, porém possui quantidades generosas de azeite de oliva (fonte de gorduras monoinsaturadas) e inclui o consumo de peixes e oleaginosas, além da ingestão moderada de vinho. Apesar da limitação de estudos, a adoção dessa dieta parece ter efeito hipotensor (SBC, 2019).

As dietas vegetarianas preconizam o consumo de alimentos de origem vegetal, em especial frutas, hortaliças, grãos e leguminosas; excluem ou raramente incluem carnes; e algumas incluem laticínios, ovos e peixes. Essas dietas têm sido associadas com valores mais baixos de PA (SBC, 2019).

Outro tema bem importante, também apresentado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia é a respeito do sódio. O aumento do consumo de sódio está diretamente relacionado com o aumento da Pressão Arterial (PA). O limite do uso diário de sódio é estabelecido em 2,0 g, mas o consumo médio do brasileiro é de 11,4 g/dia (SBC, 2016).

4. Metodologia

A metodologia adotada para este trabalho foi a revisão de literatura, analisando trabalhos e pesquisas de diversos autores sobre o tema.

Foi feita uma captação de dados de publicações, sites, artigos e livros que tratam do assunto em questão.

A busca foi efetuada em bancos de dados conceituados como PubMed, Medline, LILACS, Scielo, Capes e Google Acadêmico e  o critério de exclusão foi considerado para trabalhos considerados com pouca relevância para esta pesquisa.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com dados da Organização Mundial da saúde (OMS) e da Organização Pan-Amerinaca da Saúde (OPAS) em 2016, 17 milhões de pessoas foram vítimas de algum evento cardiovascular que resultou em morte.

A doença cardíaca permanece a principal causa de morte em todo o mundo nos últimos 20 anos. No entanto, agora está matando mais pessoas do que nunca. O número de mortes por doenças cardíacas aumentou em mais de 2 milhões desde o ano 2000 para quase 9 milhões em 2019. Essa enfermidade agora representa 16% do total de mortes por todas as causas (OPAS, 2020).

Conceitos do perfil de mortalidade no Brasil mostram que as doenças do aparelho circulatório (com maior índice das doenças cardiovasculares e isquêmicas do coração) são a causa principal de mortes. No ano de 2017, esse conjunto de doenças representava a primeira causa de morte, com 383.961 óbitos, que comprova sua importância diante do problema de saúde da população (SBC, 2017).

Os elementos mais importantes no processo de determinação das DCV e de suas inter-relações são complexos. Admite-se que os fatores de risco tenham efeito sinérgico quando ocorrem concomitantemente. Entretanto, sabe-se que a alimentação contribui de várias formas para a determinação do risco cardiovascular. Há estudos demonstrando que as DCV podem ser reduzidas em 30% com modificações na dieta, cuja composição pode constituir um fator de risco ou de proteção. (NEUMANN AICP et al., 2007).

Mudanças nos padrões de consumo de alimentos são destacadas como um dos principais motivos do aumento exponencial do sobrepeso e da obesidade na população, ambos fatores de risco para doenças cardiovasculares, tendo em vista que famílias têm deixado de consumir pratos típicos tradicionais e aumentado a ingestão de alimentos ultraprocessados e de baixa qualidade nutricional (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2018).

Partes importantes dos fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares são modificáveis e/ou controláveis, dentre eles encontramos também tabagismo, acúmulo de gordura na região abdominal, Sistema Renina - Angiotensina - Aldosterona (SRAA), aterosclerose, insuficiência cardiáca (IC), alteração do perfil lipídico sérico por meio do aumento de colesterol e triglicérides, hipertensão arterial (HA) e diabetes. Em relação aos três últimos fatores de risco citados, temos algumas explicações disponibilizadas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia:

5.1. COLESTEROL

O colesterol desempenha funções essenciais em nosso organismo, como a produção de alguns hormônios, tais como vitamina D, testosterona, estrógeno, cortisol e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. É um componente estrutural das membranas celulares em nosso corpo e está presente no coração, cérebro, fígado, intestinos, músculos, nervos e pele. No entanto, o excesso de colesterol é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares isso porque pode formar placas de gorduras na parede das artérias dificultando o fluxo sanguíneo ou até mesmo obstruindo essa passagem (SBC, 2022).​

Os tipos mais comuns de colesterol são:

- HDL conhecido como "colesterol bom"

- LDL conhecido como "colesterol ruim ou mau colesterol"

Tabela 1 – Valores de referência para colesterol

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (2022)            

Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol, como tendências genéticas ou hereditárias, obesidade, idade, gênero, diabetes e sedentarismo. No entanto, um dos fatores mais comuns é a dieta já que 30% do colesterol do nosso organismo é proveniente na nossa alimentação. As gorduras, sobretudo as saturadas, presentes em alimentos de origem animal, contribuem para a elevação do colesterol sanguíneo. Colesterol alto é uma doença silenciosa, logo a sua identificação ocorre somente por exames de sangue que devem realizados a pedido do seu médico(SBC, 2022).

5.2. HIPERTENSÃO ARTERIAL (HA)

A hipertensão ocorre quando a pressão do sangue causada pela força contração do coração e das paredes das artérias para impulsionar o sangue para todo o corpo ocorre de forma intensa sendo capaz de provocar danos na sua estrutura. A pressão arterial é medida através de aparelhos como o tensiômetro ou esfigmomanômetro e pode ter uma variação relativamente grande sem sair dos níveis de normalidade. Para algumas pessoas ter uma pressão abaixo de 12/8, como, por exemplo, 10/6, é normal. Já valores iguais ou superiores a 14 (máxima) e/ou 9 (mínima) são considerados como hipertensão para todo mundo.

Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar até 10 anos o aparecimento da doença. O consumo exagerado de sal, associados a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o surgimento da hipertensão.

Tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão podem ser sinais de alerta para alteração na função de bombeamento do sangue, entretanto a hipertensão geralmente é silenciosa, por isso é importante a medida regular da pressão arterial.

A hipertensão em sua grande maioria não tem cura, mas pode ser controlada. Nem sempre o tratamento significa o uso de medicamentos, sendo imprescindível a adoção de um estilo de vida mais saudável, como mudança de hábitos alimentares, redução do consumo de sal, atividade física regular, não fumar, consumo de álcool com moderação, entre outros.

As principais complicações da hipertensão são derrame cerebral, também conhecido como AVC, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. O tratamento de hipertensão de forma continua, amplia a qualidade e expectativa de vida (SBC, 2022).​

5.3. DIABETES

O diabetes é doença de origem múltipla, decorrente deficiência de produção do hormônio conhecido como insulina. A sua falta e/ou da incapacidade de exercer adequadamente suas funções ocasiona um aumento da glicose (açúcar) no sangue. O pré-diabetes é um termo utilizado para indicar pacientes potenciais ao desenvolvimento da doença. É um estado intermediário do indivíduo saudável e o diabético tipo 2, isso porque ele tem uma predisposição genética de impossibilidade de produção de insulina O Diabetes tipo 1 pode ocorrer por uma herança genética em conjunto com infecções virais. A doença pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum ser diagnosticada em crianças, adolescentes ou adultos jovens e caracteriza-se pela perda funcional do pâncreas na produção de insulina devido a uma falha do sistema imunológico fazendo com que as células produtoras desse hormônio percam sua capacidade produtora.

Já o Diabetes tipo 2 é mais comum em indivíduos acima de 45 anos que apresentem obesidade, sobrepeso além do histórico familiar. É caracterizado pela combinação de dois fatores: a diminuição de secreção se insulina e a resistência a ação desse hormônio. Há ainda o Diabetes Gestacional que é uma condição de resistência à insulina que surge durante a gravidez, aumentando os níveis de glicose no sangue. Essa condição pose persistir após o parto.

O diabetes acontece devido a uma deficiência na capacidade de o pâncreas produzir insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo ou devido a incapacidade de ação adequada desse hormônio. A insulina é responsável pela redução da glicemia permitindo que o açúcar presente no sangue possa agir dentro das células como fonte de energia.

Os principais sintomas do Diabetes são vontade de urinar frequente, fome, sede excessiva e perda de peso. Esses sintomas ocorrem devido a produção insuficiente ou incapacidade de produção da insulina. No Tipo 1 é possível ainda perceber sintomas como alteração de humor, náusea, fadiga e fraqueza. O diabético do Tipo 2 não apresenta sintomas iniciais podendo ser assintomática durante muitos anos, mas é possível identificar a doença quando o indivíduo apresentar infecções frequentes, demora em cicatrizações, alteração na visão, formigamento nos pés e furúnculo. No tipo gestacional o diagnóstico pode ser percebido devido a alterações no aumento da glicemia e no ganho excessivo de peso.

O tratamento correto significa controlar a dieta, praticar exercícios, verificar a glicose, além de medicamentos orais e/ou aplicação de insulina. Diabetes sem tratamento pode ocasionar lesões na retina levando a perda da visão, aumento no risco de infecções, hipertensão, neuropatias, pé diabético, AVC e infarto (SBC, 2022).

Os especialistas relatam que grande parte dessas ocorrências poderiam ser evitadas, com mudanças de estilo de vida. Dentre essas mudanças, podemos incluir a melhora do hábito alimentar, reduzindo o consumo de sódio, açúcar e gorduras, redução da ingestão de bebiba alcoólica, do tabagismo e do sedentarismo. (CAMARNEIRO JM et al., 2018).

A dieta desempenha um papel importante na saúde do coração e pode afetar seu risco de doença cardíaca. A nutrição, especificamente os alimentos que proporcionam benefícios ao coração, serão incluídos como indicação de consumo no protocolo clínico de nutrição baseado nos estudos desses alimentos e em como eles podem melhorar a saúde do coração. De fato, certos alimentos podem influenciar na pressão arterial, triglicerídeos, níveis de colesterol e inflamação, fatores de risco para doenças cardíacas (LIMA et al., 2020).

Uma publicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a relação entre a alimentação, a atividade física e as doenças crônicas não transmissíveis mostra que alguns componentes da dieta podem provocar efeitos adversos ao organismo. Esses componentes aumentam o risco de DCV quando consumidos em periodicidade e quantidades inadequadas.

O papel da alimentação nas doenças cardiovasculares vem sendo muito estudado, tanto por meio de estudos clinicos, quanto epidemiológicos. Já está bem estabelecido na literatura que a quantidade e o tipo de gordura que consumimos, por exemplo, também exercem um papel direto sobre os fatores de risco cardiovasculares. (CAMARNEIRO JM et al., 2018).

Por outro lado, há elementos dietéticos associados à diminuição do risco de DCV, abaixo cito alguns desses importantes elementos:

5.4. CAROTENOIDES

Os carotenoides são precursores de vitamina A, os carotenoides também são importantes supressores de radicais livres e agem como potentes antioxidantes. A evidência para um papel de carotenoides na DCV surgiu a partir de estudos que mostraram que o maior consumo de frutas e vegetais foi associado com menor risco de doenças cardiovasculares.

Uma série de estudos longitudinais retrospectivos e prospectivos identificou uma associação inversa entre a ingestão de carotenoides e o risco de DVC. No entanto o efeito dos carotenóides é complexo e provavelmente não é devido a um único composto isolado. Diferentemente, estudos prospectivos randomizados não mostraram benefício da suplementação de carotenóides sobre a DCV. Portanto, não é recomendado o uso de suplementos únicos com carotenoides, β-caroteno ou outros. Em vez disso, os esforços devem ser direcionados para o aumento do consumo de frutas e vegetais ricos neste nutriente. (SIMÃO et al., 2013).

5.5. VITAMINA C

A vitamina C ou ácido ascórbico é solúvel em água e um antioxidante muito eficaz. Apesar de apoiados por estudos observacionais, ensaios clínicos randomizados não confirmam um papel da suplementação da vitamina C na prevenção primária ou secundária de doenças cardiovasculares. Encontramos excelentes fontes alimentares de vitamina C e devemos incluir esses alimentos no nosso dia a dia. (SIMÃO et al., 2013).

5.6. FIBRAS SOLÚVEIS

A ação das fibras na redução do colesterol está relacionada ao consumo de fibras solúveis, que formam um gel que se liga aos ácidos biliares no lúmen intestinal, aumentando sua excreção nas fezes e diminuindo sua reabsorção durante o ciclo entero-hepático. Essa redução induz a síntese de novos ácidos biliares, diminuindo o colesterol disponível para incorporação em lipoproteínas. Em contraste, o consumo de fibras insolúveis não mostra efeitos na redução do colesterol e do risco cardiovascular. (FALUDI et al., 2017).

5.7. FLAVONÓIDES

Os flavonóides são compostos polifenólicos de origem vegetal com efeitos antioxidantes. Os flavonóides inibem a oxidação do LDL e reduzem a tendência trombótica in vitro. Pouco se sabe, por exemplo, sobre como o cacau em pó e o chocolate amargo, fontes ricas em polifenóis, afetam esses fatores de risco para doenças cardiovasculares. Cacau em pó e chocolate amargo podem afetar favoravelmente o status de risco de doença cardiovascular, reduzindo modestamente a suscetibilidade à oxidação do LDL, aumentando a capacidade antioxidante sérica total e as concentrações de HDL-colesterol, e não afetando negativamente as prostaglandinas (WAN et al.,2001).

5.8. FRUTAS VERMELHAS E UVAS

Frutas vermelhas ou silvestres, como uvas, amoras, cerejas e morangos, são alimentos com nutrientes que desempenham um papel importante na saúde cardíaca. Também chamadas de bagas, possuem alto teor de antioxidantes, como a antocianina, que atua na proteção contra a inflamação e o estresse oxidativo, que favorecem o surgimento de quadros de doenças cardíacas (Zafra-Stone et al., 2007).

5.9. VEGETAIS DE FOLHAS VERDES

Acelga, agrião, aipo, alface, almeirão, brócolis, chicória, couve, couve-flor, escarola, espinafre, mostarda, repolho, rúcula, salsa e salsão são considerados vegetais de folhas verdes e são ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes. Eles são uma grande fonte de vitamina K, que ajuda a proteger as artérias e promove a coagulação sanguínea adequada (Vermeer, 2012), são ricos em nitratos, que são responsáveis por reduzir a pressão sanguínea (PA) e aprimorar a função celular dos vasos sanguíneos (Kapil et al., 2015).

Pollock (2016), em revisão de oito estudos, relata que o aumento da ingestão de vegetais de folhas verdes estava associado à incidência de 16% menor de doenças cardíacas. Bendinelli et al. (2011) demostraram forte redução no risco de doença coronariana em um estudo com 29.689 mulheres italianas que ingeriam consumo de vegetais folhosos. Bhupathiraju et al. (2013) encontraram em pesquisa realizada com 71.141 mulheres (entre 1984–2008) e 42.135 homens (entre 1986–2008) que aqueles que tinham alta ingestão de frutas e vegetais (mais de cinco porções de vegetais folhosos por dia) tiveram um risco 17% menor de doenças cardíacas.

De acordo com o Guia Alimentar da População Brasileira do Ministério da Saúde (2008), as quantidades recomendadas para consumo diário são 85 g de acelga cozida, 90 g de acelga crua, 132 g de agrião, 120 g de alface, 60 g de almeirão, 60 g de brócolis cozido, 42 g de couve-manteiga, 67 g de espinafre cozido, 75 g de repolho cozido, 90 g de rúcula ou 95 g de salsão cru.

5.10. ALHO

As propriedades medicinais do alho já são conhecidas à séculos e ele vem sendo utilizado como remédio para tratar várias doenças. Estudos realizados nos últimos dez anos confirmaram seus benefícios, inclusive para a manutenção da pressão arterial (PA) e para a saúde do coração. Esses benefícios ocorrem devido à presença da alicina, um composto com vários efeitos terapêuticos (Bayan et al; 2014).

Ashraf et al. (2013) comprovaram que doses de 600 a 1.500 mg/dia de extrato de alho por seis meses foi eficaz na redução da PA. Revisão literária sobre o tema, conduzida por Ried, Toben e Fakler (2013), apresentou resultados de 39 estudos em que se descobriu que o alho pode reduzir o colesterol total em uma média de 17 mg/dL e o colesterol LDL “ruim” em 9 mg/dL em indivíduos com colesterol alto. A ingestão desse alimento também pode inibir o acúmulo de plaquetas nas artérias, reduzindo o risco de hipertensão arterial e até mesmo AVC (Allison et al 2006; Rahman et al; 2016).

5.11. AZEITE

O azeite é um alimento com alto teor de antioxidantes e ácidos graxos monoinsaturados, que podem diminuir inflamações e riscos de doenças crônicas (LUCAS et al, 2011; HUNTER et al, 2012).

Psaltopoulou et al. (2004), em seu estudo demonstra que maior ingestão de azeite está associada à menor Pressão Arterial sistólica e diastólica. Guasch-Ferré et al. (2014) também descobriram que a maior ingestão de azeite foi responsável por diminuir em até 48% o risco de morte por doença cardíaca.

5.12. SEMENTES

Sementes de chia, linhaça e de cânhamo são fontes de nutrientes, fibras e ácidos graxos ômega-3. A inclusão dessas sementes na dieta pode diminuir muitos fatores de risco para pressão arterial, como inflamação, colesterol e triglicerídeos (WELLS et al, 2005).

Rodriguez-Leyva et al. (2013) demonstraram em um estudo em pessoas com pressão alta que consumir diariamente 30 gramas de sementes de linhaça ao longo de seis meses diminuiu a pressão arterial sistólica em uma média de 10 mmHg e a pressão arterial diastólica em 7 mmHg. Kristensen et al. (2012), em um estudo com 17 pessoas, descobriram que comer pão feito com linhaça reduziu o colesterol total em 7% e o colesterol LDL em 9%.

Wells, Mainous III e Everett (2005) descobriram que as sementes de cânhamo são ricas em arginina, nutriente ligado à redução de alguns marcadores inflamatórios, e que a linhaça pode colaborar na manutenção da pressão arterial e do colesterol.

6. CONCLUSÃO

Durante o desenvolvimento desta pesquisa pudemos conhecer alguns dos principais fatores envolvidos nas doenças cardiovasculares e tomamos conhecimento de que se trata de um tema relevante, devido à prevalência dessas doenças no Brasil e no mundo.

Vimos que para entender com mais complexidade as características deste acometimento, é necessário reconhecer também que existe um estreito envolvimento entre o estado nutricional dos indivíduos com as doenças cardiovasculares. E tomando ciência disso, estaremos aptos à orientar, planejar, prescrever, analisar, supervisionar e avaliar adequadamente suas dietas, utilizando o raciocínio clínico específico na abordagem dietoterápica.

Por meio de um bom diagnóstico, também, torna-se possível elaborar um roteiro de aplicação das ferramentas nutricionais utilizadas a nível clínico, orientar e promover a qualidade de vida para os indivíduos.

Com base no que foi apresentado, buscar uma alimentação diária de acordo com os níveis apresentados neste estudo permite que a pessoa diminua as chances de desenvolver fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias e obesidade, para doenças cardiovasculares. Logo, hábitos alimentares saudáveis, sem consumo de produtos industrializados, fritos e excesso de sal e gorduras, têm um impacto muito positivo na prevenção dessas doenças.

7. REFERÊNCIAS

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Publicado por: Ellen Fabiana Mattos Grillo

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