Educação Física Escolar: a utilização de materiais alternativos e recursos não convencionais

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1. RESUMO

Esse estudo aborda a problemática da escassez de recursos materiais, e com o objetivo de suprir essa falta apresentaremos a relevância de se utilizar materiais alternativos e recursos não convencionais e junto poder abordar temas sobre Meio Ambiente, reciclagem e reutilização de materiais nas aulas de Educação Física Escolar e em projetos interdisciplinares. A pesquisa de revisão bibliográfica foi elaborada por meio de referenciais teóricos e estudos já publicados sobre as temáticas pontuais do trabalho. A Educação Física Escolar como componente curricular se baseia em leis que norteiam o processo de ensino aprendizagem. Através das descrições dessas leis, os professores devem realizar planos de aula que contemplem toda a cultural corporal de movimento, e isso faz com que o professor encontre dificuldades em seu cotidiano escolar. Com isso a Educação Física Escolar ao utilizar os materiais alternativos e recursos não convencionais apresenta novas possibilidades de ensino, soluções a problemas encontrados, e visíveis benefícios para os alunos e a toda gestão escolar.

Palavras-Chave: Educação Física Escolar; Materiais alternativos; Temas transversais.

2. INTRODUÇÃO

Este estudo se fundamentou através da problemática sobre quais são as dificuldades encontradas pelos professores nas aulas de Educação Física Escolar, e de acordo com os artigos analisados a falta de material convencional disponível para as aulas está em destaque. Sendo assim abordaremos a relevância da intervenção do professor para a problemática da falta de material convencional, trazendo propostas e instrumentos inovadores, favorecendo o desenvolvimento e formação das finalidades educacionais com a utilização de materiais alternativos e recursos não convencionais.

Com a proposta de se utilizar os materiais alternativos (de origem reciclável, de baixo custo e materiais provenientes de outros fins), e os recursos não convencionais (de origem da natureza), se apresentou como solução ao problema da falta de materiais convencionais nas escolas públicas e/ou privadas onde há carência desses recursos. Essa utilização se torna de grande relevância para que o professor consiga ministrar aulas com conteúdo e atividades que não eram realizadas pela escassez de material convencional, como também pelas suas diversas possibilidades polivalentes de uso e pelos seus benefícios nítidos aos alunos.

Assim as aulas de Educação Física Escolar se tornam mais significativas e abrangentes possibilitando uma infinidade de atividades dentro da cultura corporal de movimento. Abre novas oportunidades para alunos que não participavam das aulas por falta de habilidades ao manipular materiais convencionais que já aprendemos a utilizar de uma certa maneira sem adaptações. E com os novos materiais, o aluno descobre novas possibilidades podendo explorá-lo melhor, fazendo com que se desenvolvam habilidades tornando assim as aulas mais motivadoras, lúdicas e divertidas.

Neste estudo foi realizado uma pesquisa bibliográfica, que foi elaborada a partir de artigos, livros e periódicos já publicados que abordaram a temática citada, que foram analisados e serviram como base para a realização deste trabalho.

Dentro dos parágrafos a seguir foram abordados tópicos sobre o histórico da Educação Física Escolar no Brasil, de como os métodos militarista, higienista, esportivista e recreacionista influenciaram o método de aula que encontramos hoje nas escolas que aborda todas as temáticas da cultura corporal de movimento através do ensino dos esportes, lutas, ginástica, dança, jogos e brincadeiras, e esportes de aventura.

Em sequência apresentamos como essas temáticas podem fazer parte dos planos de aulas tendo como base as leis que regulamentam a Educação Física Escolar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), torna público que o ensino é de direito a todos e torna a Educação Física um componente curricular obrigatório na educação básica. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S) cita os fundamentos e orientações que toda gestão escolar deve seguir e junto com a Bases Nacional Comum Curricular (BNCC) os campos de experiência, das áreas específicas e suas habilidades devem ser aplicadas para todos os alunos.

Apresentamos também os temas transversais, que são um conjunto de temas a serem abordados no ambiente escolar, trazendo reflexões que expressem as necessidades e responsabilidades da vida do indivíduo em sociedade, destacando a temática sobre Meio Ambiente, abordando um pouco sobre a importância de uma Educação Ambiental nas escolas. Ainda, citamos a interdisciplinaridade que integra os componentes curriculares trazendo uma amplitude de conhecimento, experiências e vivências que vai além dos componentes curriculares.

Após as pesquisas realizadas, apontamos quais são os principais desafios encontrados pelos professores, e assim apresentamos a principal problemática a ser solucionada neste estudo. A partir disto o principal objetivo foi trazer argumentos que sinalizam a relevância da utilização dos materiais alternativos e recursos não convencionais, exponho as definições do que são esses materiais, como utiliza-los em aula através de jogos e brincadeiras, e como essa prática pode trazer uma maior aceitação e participação para as aulas de Educação Física, incluindo os alunos que não tem grandes habilidades com o uso de materiais convencionais.

Por consequência do estudo, ao final, foram expostas propostas de um projeto interdisciplinar entre Educação Física e Ciências, e planos de aula com atividades, jogos e brincadeiras com a utilização dos materiais alternativos e recursos não convencionais.

Por fim, podemos dizer que há inúmeras possibilidades, formas e significados ao se utilizar os materiais alternativos e recursos não convencionais, e que de fato traz grandes benefícios para os professores, alunos, e também toda a gestão escolar, como planejamentos mais completos, possibilidades de novos conteúdos e atividades para aula e o desenvolvimento integral do aluno através das aulas. Por consequência a Educação Física Escolar ganha um novo aliado para as aulas se tornarem mais completas, os alunos se tornam protagonistas do seu próprio brinquedo e jogos, o desenvolvimento se torna completo e a interação entre os alunos nos mostra o quanto é gratificante ter aulas que satisfazem totalmente o nosso aluno.

3. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

3.1. BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL

Devemos compreender que a Educação Física (EF) é determinada pelo movimento humano, desenvolvimento físico, mental, social, emocional e por outras áreas da educação, contribuindo para a formação integral do indivíduo. Porém no início ela não era vista desta maneira, a história nos mostra que tivemos algumas fases até chegar nos dias de hoje, por isso devemos estudarmos, a fim de conhecer e valorizar histórico da EF, e ver como tudo isso influenciou a atualidade.

Em seu estudo Magalhães (2005) detalha o breve histórico da EF, inicialmente, em 1808, nas primeiras instituições a prática de atividades de ginástica era realizada por meio dos militares da Academia Militar Real, e eram caracterizadas pelos métodos ginásticos alemães, com o objetivo de preparar fisicamente os militares brasileiros.

A ginástica se integrou a grade curricular de instituição pública em 1837 no Rio de Janeiro, e se tornou obrigatória no ensino primário em 1854 juntamente com a dança como obrigatória no ensino secundário, essas ações serviram como uma nova sistematização da cultura física no Brasil, com grande influência dos militares como instrutores de ginástica.

Após anos, se introduziu também o método sueco, onde Pier Henrich Ling o dividia em quatro partes: a pedagógica (voltado a saúde e doenças); militar (exercícios de preparação para a guerra); médica e ortopédica (vícios posturais); ea estética (desenvolvimento harmonioso do organismo, proporcionando beleza e graça ao corpo). Posteriormente se inseriu na história o método francês e seus princípios de fisiologia, recebendo contribuições de estudos médicos, com suas preocupações com a saúde. Mais tarde centros regionais de São Paulo e Minas Gerais, fundamentaram a ginástica para objetivos de saúde e ideias de eugenia.

Na fase exógena, os militares e médicos juntamente com alguns destaques esportivos formaram o primeiro corpo docente da Escola Nacional de Educação Física e Desportos (ENEFD) da Universidade Brasil em 1939. O esporte se torna hegemônico na EF a partir de 1969, onde o caráter competitivo de esporte de rendimento passou a fundamentar o novo método educativo.

Na sua fase endógena a EF, no início dos anos 70, era de influência esportivista e tecnicista, o esporte na escola assumia conceitos de “princípio do rendimento atlético-desportivo, comparações, competição, regulamentação rígida, sucesso no esporte como sinônimo de vitória, racionalização de meios e técnicas” (DARIDO, 2012), onde o professor era visto como um treinador técnico, o aluno mais habilidoso se destacava e a prática era de repetição mecânica.

Mais recentemente, as aulas esportivistas foram substituídas por aulas recreacionistas, onde os alunos escolhiam quais atividades realizavam e o que fariam na aula, escolhendo o jogo e a forma de como praticá-lo, o professor se restringia a oferecer uma bola e marcar o tempo sem interferir, o famoso “rola-bola”, como afirma Darido (2012).

A partir da década de 80, a EF passa a discutir mudanças em uma visão renovadora. Algumas características foram ressaltadas, como aulas dirigidas para todos os alunos vivenciando e conhecendo as práticas da cultural corporal do movimento, os professores passam a ser mais valorizados e ter mais destaque. E somente em 1996, perante a Lei Nº9.394/96, a LDB decreta que a Educação Física passa a ser componente curricular obrigatório na educação básica.

Após anos de história, fica claro que de fato a escola não era lugar de desenvolver um militar, um médico ou um atleta de rendimento, e sim ensinar a multiplicidade da cultura corporal de movimento, que além do esporte, ensina as lutas, as danças, as ginásticas, os jogos e esportes de aventura.

3.2. LEIS QUE REGULAMENTAM A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Todos temos direito a educação, portanto apresentamos a seguir as leis que regulamentam a Educação Física Escolar (EFE), que fazem parte do Plano Nacional de Educação, previsto na Constituição Federal de 1988.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - LEI Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece e regulamenta a base da educação Brasileira nos princípios presentes na Constituição. De acordo com o Artigo 26 §3º “A Educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica”.

Por conseguinte, a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) dos anos de 1997, 1998, 1999 foi disposta pelo Ministério da Educação e Desporto - MEC, onde consta diretrizes de orientações pedagógicas para docentes, coordenadores e diretores das escolas por meio de alguns aspectos fundamentais de cada componente curricular. Dividido em cadernos, a Educação Física está incluída e fundamentada com os objetivos gerais, orientações didáticas, blocos de conteúdo e os critérios de avaliação do ensino e aprendizagem no primeiro, segundo, terceiro e quarto ciclo da educação básica.

O documento de Educação Física traz uma proposta que procura democratizar, humanizar e diversificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar, de uma visão apenas biológica, para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos. Incorpora, de forma organizada, as principais questões que o professor deve considerar no desenvolvimento de seu trabalho, subsidiando as discussões, os planejamentos e as avaliações da prática da Educação Física nas escolas (BRASIL, 1997, p.15).

Por fim, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 2017/2018, estabelece as áreas de conhecimentos, competências e habilidades de todos os componentes curriculares, que o aluno deve desenvolver ao longo do ensino básico. As dez competências gerais da BNCC que acompanham a Educação Infantil até o Ensino Médio, são: conhecimento; pensamento científico, crítico e criativo; repertório cultural; comunicação; cultura digital; trabalho e projeto de vida; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; responsabilidade e cidadania. A partir dessas competências, os conhecimentos dos campos de experiência, das áreas específicas e suas habilidades, devem ser aplicados de forma que o aluno possa se desenvolver integralmente.

3.3. TEMAS TRANSVERSAIS

Os temas transversais apresentados nos PCN’s são temáticas específicas que relacionam a vida pessoal a vida cotidiana em sociedade, suas necessidades e responsabilidades em relação às questões de Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde e de Orientação Sexual, e deverão trazer reflexões a serem tratadas dentro de todos os componentes curriculares na escola.

Em seguida uma breve definição de cada tema de acordo com os PCN’s (1997):

Ética, deve ser trabalhada afim de possibilitar o desenvolvimento da autonomia moral e reflexão ética, dividida em quatro blocos de conteúdo: Respeito Mútuo, Justiça, Diálogo e Solidariedade, destacando os princípios da dignidade do ser humano e dos fundamentos da Constituição brasileira;

Pluralidade Cultural, é uma sociedade plural respeitando os diferentes grupos e cultural que a constituem. A escola deve ser um ambiente que ensine os alunos a ter um bom diálogo, o próprio respeito pela sua cultura e a aprender novas culturas conhecendo as diferentes formas de expressão cultural;

Meio Ambiente, uma reflexão ambiental e de suas relações sociais, econômicas e culturais, como meta o crescimento cultural, a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental;

Saúde, atitudes positivas e negativas em questão a saúde devem ser trabalhadas desde a infância, na escola deve se cumprir a formação de indivíduos capazes de valorizar a saúde individual e coletiva que compreendam que a saúde é um direito e responsabilidade pessoal e social;

Orientação sexual, com o objetivo de transmitir informações e problematizar questões sobre gênero (questionamento entre homens e mulheres na sociedade) e sexualidade (conhecimento do próprio corpo), pontuando eixos fundamentais: corpo humano, relações de gênero e prevenção as doenças sexualmente transmissíveis/AIDS.

Como os temas transversais são um conjunto de assuntos, ao se trabalhar, a escola passa a contextualizar ações que vão ser integradas e aplicadas de modo que toda gestão escolar e os alunos construa significados que expressem conceitos e valores aos temas abordados.

Os temas devem corresponder e inserir pontos importantes, urgentes e presentes na vida cotidiana de cada um no ambiente escolar, devendo contar com a participação da sociedade, da família, dos alunos e dos educadores. São utilizados alguns critérios para a escolha do tema trabalhado, entre eles, quais são as realidades, as urgências sociais, a abrangência nacional do momento, e qual o favorecimento que irá levar esse ensino aprendizagem na Educação Básica.

Podemos abordar os temas transversais junto ao projeto interdisciplinar que integram os componentes curriculares em uma mesma temática, proporcionando aos alunos novos conhecimentos de forma conectada entre as disciplinas. Assim em benefício para a escola, docentes e alunos se unem para desenvolverem a mesma temática interdisciplinarmente. 

3.4. INTERDISCIPLINARIDADE

A abordagem interdisciplinar acontece quando os componentes curriculares e seus conteúdos se relacionam e se integram para que sejam ensinados e aplicados em todo contexto escolar, rompendo assim a divisão fragmentada entre as disciplinas. De acordo com Gattas; Furegato (2007) a interdisciplinaridade pode ser entendida através das relações de interdependências e de conexões recíprocas, caracterizadas pela intensidade de trocas e integração das disciplinas.

Para a execução de um trabalho interdisciplinar é exigido toda uma estruturação, organização e planejamento. Juntos os docentes elaboram um projeto inicial construindo ideias e metodologias para que possam colocar em prática a realização de um projeto que implementem experiências pedagógicas transformadoras que promova a formação integral dos alunos. Segundo Darido (2012) o que se propõe a construir na escola é uma compreensão da complexidade e das relações que se estabelece a partir de uma vivência e reflexão, com o objetivo de que o aluno possa ter acesso, analisar e interpretar informações que emergem em sua volta.

Toda a equipe escolar deve estar junta para a realização desse projeto, diretores, coordenadores e docentes devem juntos construir planejamentos, estratégias e métodos que abordem a interdisciplinaridade. Os professores que participam deste projeto, realizam suas aulas com o mesmo tema e finalidade, construindo diálogos entre as disciplinas, colaborando e cooperando com que se favoreça a vinculação e a reciprocidade entre os componentes curriculares.

Há uma diversidade de temas que podem ser trabalhados, e de possibilidades a serem apresentadas, podendo partir de um objeto de conhecimento até uma elaboração de projeto e de um plano de intervenção, com o princípio de que todos conhecimentos se mantêm em um diálogo permanente entre os outros.

A interdisciplinaridade deve estimular que o aluno veja/sinta necessidade de recorrer a outras disciplinas para compreender aquela com a qual está trabalhando em determinado momento. Imaginar que os alunos “captem” as relações porventura existentes entre as diversas disciplinas e as diversas áreas é ingenuidade. Por isso, deve-se prever também, na disciplina de Educação Física, a necessidade de indicar ou mesmo explicitar essas relações ou, no mínimo, disponibilizar suportes para que os alunos o façam (DARIDO, 2012, p. 60-61).

São nas aulas de EFE que os professores conseguem potencializar estratégias de ação para que os alunos atinjam uma variedade de objetivos, o que acaba favorecendo e conscientizando os alunos a se interessarem, a interagirem mais, fazendo com que se integrem e desenvolvam com êxito o tema abordado no projeto interdisciplinar. São nessas aulas que os alunos podem imaginar, criar e tornar lúdico algo que viu dentro da sala de aula, onde ele consegue compreender melhor o tema abordado de forma clara e divertida, o que transforma o ensino aprendizagem mais prazeroso e eficaz.

Ao planejar e desenvolver o projeto interdisciplinar devemos enaltecer os temas transversais e usa-los em conjunto para abordar as temáticas como pluralidade cultural, meio ambiente, saúde, entre outros, tão importantes e necessárias aos alunos.

3.5. EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE

O Meio Ambiente como parte do contexto geral das relações humanas e da natureza pode ser trabalhado como tema transversal e em projetos interdisciplinares no ambiente escolar, trazendo propostas com diferentes conteúdos, transformando conceitos, incluindo novos procedimentos e valores na vida cotidiana em sociedade, assim tornando os alunos em cidadãos mais participativos ativamente na temática ambiental.

Para cada ser vivo que habita o planeta existe um espaço ao seu redor com todos os outros elementos e seres vivos que com ele interagem, por meio de relações de troca de energia: esse conjunto de elementos, seres e relações constitui o seu meio ambiente (BRASIL,1997, p.27).

Tomando base os PCN’s (1997), as escolas deverão desenvolver a temática do Meio Ambiente ao longo dos anos da educação básica, oferecendo meios que os alunos compreendam e desenvolvam comportamentos sociais de proteção e prevenção da nossa diversidade ambiental.

São citadas algumas propostas para se trabalhar com o tema para a contribuição do ensino e aprendizagem dos alunos, como conhecer e adotar noções e posturas básicas na comunidade, em casa e na escola que possam contribuir construtivamente para os problemas ambientais que interferem na qualidade de vida pessoal e em sociedade.

Trazer a Educação Ambiental (EA) para dentro das aulas, não é só sobre trabalhar com conteúdo selecionados, é saber lidar, apreciar, compreender e manter os sistemas ambientais, ensinando aos alunos como melhorar as relações entre sociedade humana e o ambiente de modo integrado e sustentável. Segundo Ruiz (2005) a EA “impõe novas formas de pensar e agir, através de produção de bens para suprir necessidades humanas e relações sociais que não perpetuem tantas desigualdades e exclusão social”.

Como descrito nos PCN’S (1997), o aluno deve compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de conservação e manejo dos recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia-a-dia. A Educação Física Escolar pode participar desse processo ativamente utilizando como base, por exemplo, a prática dos 3R’s da sustentabilidade, possibilitando que o aluno possa reduzir o seu lixo, recicla-lo e reutiliza-lo para a confecção de jogos e brincadeiras dentro e fora das aulas.

3.6. OS DESAFIOS ENCONTRADOS PELOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Não é de hoje que os professores de EFE vêm enfrentando muitos desafios e dificuldades no processo de ensino aprendizagem de seus alunos, a realidade que os cercam em seu campo de atuação são bem diferentes do que foi visto em sua graduação.

Muitos estudos mostram as principais dificuldades que em seus resultados deixam claro a desmotivação e o descontentamento dos professores na hora de planejar e colocar em prática suas aulas. Algumas dificuldades são: a falta de materiais convencionais; falta de infraestrutura; roupas inadequadas; turmas muito cheias; desmotivação e questões sociais entre os alunos.

Na pesquisa realizada por Tokuyochi et al. (2008) com 2.700 professores da rede estadual de ensino do Estado de São Paulo, os autores apresentaram um resultado alarmante que em primeiro lugar com 87% o principal problema encontrado é a falta de material convencional, e sem seguida com 41% a falta de espaço físico adequado.

Em seus resultados, Canestraro; Zulai; Kogut (2008) deixa evidente que a falta de recursos matérias compromete o processo de ensino aprendizagem dos alunos, pois dificultam as aulas práticas sejam elas tradicionais ou que precisam de materiais diferenciados, o que impede o bom andamento da aula.

Os professores de EFE sentem dificuldades em desenvolverem conteúdo da cultura corporal de movimento, como a dança, ginástica e lutas que necessitam de locais e de materiais específicos e para a sua realização, Oliveira; Silva; Neto (2011) ressalta que essa “falta sugere (in)visibilidade e menor importância a esses conhecimentos”.

O educador deve exercer sua função agindo de diversas formas perante aos problemas encontrados, analisando qual a melhor maneira de amenizar as dificuldades, evitando ao máximo não prejudicar seus alunos. Devem apresentar soluções para a falta de materiais convencionais, aplicando novas propostas pedagógicas e incluindo a utilização de materiais alternativos e recursos não convencionais, para suprir essa falta e desenvolver aulas mais eficazes.

4. MATERIAIS ALTERNATIVOS E RECURSOS NÃO CONVENCIONAIS

4.1. A RELEVÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS E RECURSOS NÃO CONVENCIONAIS

Ao analisar dados de diversas pesquisas, a conclusão que temos de quais são as dificuldades encontradas pelos professores de EFE a principal é a falta de materiais convencionais para serem utilizadas nas aulas. Como defende Freire (2011) o bom uso do material pedagógico é fundamental para que a escola atinja seu objetivo de estimular o desenvolvimento da capacidade de raciocínio da criança, portanto, os materiais são úteis e importantes para o andamento de aulas e planejamentos que são estruturados a partir deles, mas a questão é de como o professor pode organizar suas propostas se eles são precários ou inexistentes.

Primeiramente temos que deixar claro que há muitas atividades que não necessitam do uso de materiais, jogos e brincadeiras que a criança somente utiliza o próprio corpo, como pega-pega e pique-esconde, e estão entre as escolhas do professor que sofre com a falta de material. Porém a outros métodos eficazes capaz de suprir essa necessidade encontrada nas escolas.

As lamentações quanto à falta de material para se trabalhar em Educação Física são eternamente as mesmas. Ora, se não tem saquinho de milho, usa-se um saquinho de arroz, um lenço, uma pedra, qualquer coisa que nossa imaginação sugerir. O que não se pode é deixar de promover o brinquedo (FREIRE, 2011, p.34).

Com o propósito de solucionar os problemas, o uso do material alternativo e de recursos não convencionais resulta em uma variação de possibilidades de planejamento e execução de aulas eficientes para a cultura corporal do movimento, podendo até ser uma oportunidade de abertura de novas propostas, que podem ser configuradas diante de situações como essas.

Em sua responsabilidade o professor deve ser o protagonista do ensino, deve renovar e/ou adaptar ao que se tem e ao que não se tem, dedicar-se para orientar e motivar seus alunos, sempre atento com a realidade de cada escola, disposto a contribuir e traçar novas maneiras de se aplicar suas aulas.

Para a EFE os inúmeros estímulos desenvolvidos através de novas experiências, interações e inovações fazem com que os resultados esperados sejam de grande eficiência para a formação integral do aluno.

Para Santos (2011) “O envolvimento dos alunos em práticas corporais em que são construtores dos próprios materiais a serem utilizados, são mais significativas do que a utilização de materiais convencionais”, o que aponta que trazer a autonomia para o aluno, o beneficia a mais do que o esperado, o fazer e criar se torna de grande relevância para o trabalho realizado.

Na construção de algum material, o aluno além de trabalhar sua autonomia, desenvolve também as suas relações sociais entre eles, que se tornam mais expressivas, cooperativas e afetivas. A sua criatividade fica totalmente em destaque, onde a cada proposta diferenciada é aflorada, o aluno se diverte e se descobre em sua imaginação.

Diante da afirmação de Freire (2011) em “não acreditar na existência de padrões de movimento”, os materiais também não deveriam seguir os mesmos padrões, ainda na afirmação de Freire “as organizações de movimentos devem ser construídas pelos sujeitos a cada situação”, então porque não criar materiais alternativos a cada situação encontrada.

Claro que não podemos deixar de lado os materiais convencionais como as bolas, cones e redes, que nos auxilia nas atividades. Devemos integrar os dois tipos de materiais nas aulas, por exemplo, na escola podemos usar o convencional e pedir para que os alunos em casa e/ou em aula façam um material alternativo do convencional que eles utilizaram.

O planejamento da EFE, deve contar com aulas dos conteúdos já dispostos no componente curricular, assim como novas propostas pedagógicas incluindo a utilização de novos recursos mesmo que já os tenha, podendo desenvolver todos os benefícios já apresentados.

Por consequência, a contribuição dessa inovação é significativamente necessária para a elaboração de planos de aula que privilegiam a diversidade da cultural corporal de movimento. Não é porque não se tem os materiais de ginástica que se deve deixar de lado a prática nas aulas de EFE. Os professores devem possibilitar a realização dos conteúdos descritos na BNCC, independente das condições precárias de materiais, assim utilizando os materiais alternativos e recursos não convencionais como principal aliado de suas aulas.           

4.2. O QUE É E COMO UTILIZAR

Partindo do conceito, os materiais convencionais são aqueles que já estão inseridos tradicionalmente nas aulas, como as bolas de variados esportes, cones, cordas, redes e cestas, materiais e acessórios para o ensino de ginástica, lutas e outros. 

Já os materiais alternativos são de origem reciclável, de baixo custo financeiro, e de materiais provenientes para outros fins, inclui-se nessa classificação, garrafa pet, jornal, papelão, barbante, tecido velho, e outros matérias que possam ser utilizados de alguma maneira. Por fim, os recursos não convencionais são os recursos encontrados na natureza, como pedras, folhas e flores, árvores e a própria terra.

Esses materiais alternativos e recursos não convencionais podem ser de grande relevância nas aulas de EFE por serem polivalentes, se encaixando em diversas atividades, jogos e brincadeiras, em suas variadas possibilidades de ações e estímulos a criatividade. Deixa claro Crepaldi (2010) que o imaginário infantil é concretizado na transformação de materiais disponíveis na natureza, por meio da destreza e criatividade dos protagonistas do ato lúdico.

Assim, cabe destacar alguns pontos que cita Borges 1987 apud Silva 2019:

Segurança: a criança ou o manipulante precisa brincar com segurança, por isso devem ser evitados objetos que ofereçam perigo de cortar-se, machucar-se, contundir-se ou intoxicar-se.

Adequação: um material ou uma atividade deve corresponder as habilidades da criança, seus interesses e a seu nível de desenvolvimento.

Solidez: os objetos resistentes, sólidos, agradáveis de tocar e atraentes são os melhores. Devem-se evitar materiais muito frágeis e perecíveis.

Polivalência: certos materiais podem ser utilizados de muitas maneiras e para várias funções.

Transmissão de valores: as atividades e/ou brinquedos têm associados a si, valores que se transmite de forma marcante e determinada para as crianças que os utilizam.

Gratuidade: o brinquedo é a principal atividade de uma criança. Para ela, brincar não é um puro lazer ou perda de tempo. É uma atividade que dá sentido a sua vida, que realiza e ajuda-a se desenvolver. (BORGES, 1987 apud SILVA, 2019).

É necessário que sejam definidos alguns procedimentos para que a utilização desses materiais se torne possível. Por se tratar de materiais recicláveis eles devem passar por limpeza e preparação para o uso.

É importante ressaltar sobre a segurança que se deve ter na manipulação de materiais em período de construção e também na hora de utiliza-lo em suas novas finalidades. Alertar-se com a segurança de deixar sempre o material livre pontas afiadas, rebarbas, lascados, pregos ou outras partes cortantes ou pontiagudos capazes de provocar ferimento ou algum acidente.

Também podemos enfatizar os benefícios que podemos trazer aos alunos através de novos materiais. Na sua autonomia em criar, a criança usufrui de sua criatividade, ao imaginar como será feito, ao fazer e ao finaliza-lo decorando do seu próprio jeito por exemplo. Severino; Parrozzi (2010) enfatiza neste contexto, que a atividade lúdica é fundamental e um valioso instrumento pedagógico, pois torna o processo de ensino aprendizado em uma prática mais prazerosa, espontânea, alegre e de melhor convívio social.

Através do que já foi citado, os jogos e brincadeiras ganham uma ampliação para novas experiências no brincar, e as habilidades motoras podem ser desenvolvidas no universo da cultura corporal em um conjunto de conhecimentos, sentidos e significados.

4.2.1. JOGOS E BRINCADEIRAS

Os jogos e as brincadeiras já existem há muito tempo, antes apenas usados para lazer entre familiares e amigos em diferentes sociedades e culturas, e hoje influencia a criança desde pequena até a fase final da vida. O brincar tem um papel muito significativo no desenvolvimento humano, em sua naturalidade o corpo se expressa de forma espontânea se desenvolvendo, trazendo o lúdico e a imaginação a sua realidade.

Antigamente, os jogos e as brincadeiras eram confeccionados a partir de materiais da natureza, com pedaços de madeira, folhas e frutos a serem contemplados ou para produzir sons e movimentos, valorizando a cultura popular como descreve Amado 2002 apud Crepaldi 2010. Ou seja, o uso dos materiais alternativos e recursos não convencionais já foram bem aproveitados, porém esquecidos através dos anos.

O jogo é um dos elementos centrais da cultural corporal de movimento, e é através dele que a criança aprende a encontrar soluções, compreender regras, manifestar suas relações sociais e culturais. Crepaldi (2010) ainda apresenta as opiniões de filósofos como Piaget, Wallon e Vygotsky, que apresenta o jogo como ferramenta fundamental para o desenvolvimento, onde se encontram elementos nas situações imaginárias e nas regras, onde há imitação do real, há um significado para uma simples atividade de fazer pelo prazer para a realizá-la com um sentido, classificados em funcionais, de ficção, de aquisição e de construção.

A brincadeira é essencial para novas descobertas, através de um brinquedo a criança estimula sua curiosidade e interação, promovendo a autonomia ao conhecer e identificar práticas que possam ser realizadas com o que está em sua disposição. Como observa Caroline (2019) a criança se comunica consigo mesma, buscando manter a comunicação com o mundo, o modo de agir durante a brincadeira pode apontar que a criança esteja passando por algum problema e está se expressando no brincar. Por isso, é relevante que o professor saiba identificar e trabalhar com problemas e soluções ao aplicar brincadeiras que beneficiem o aluno.

Ainda segundo Caroline (2019) é importante considerar que cada indivíduo tem o seu tempo, seu jeito e seu modo de brincar. O observar, pensar, questionar e compartilhar está muito presente nos jogos e brincadeiras e deve ser bem tratada dentro e fora das escolas, e por isso o processo de aprendizagem deve promover a diversidade de jogos e brincadeiras e assim pontuar o lúdico, o prazer, a diversão e os valores da atividade.

É necessário que os professores utilizem os jogos e brincadeiras como recursos pedagógicos em todos componentes curriculares, complementando as atividades realizadas dentro da sala de aula, tornando o aprendizado mais integrado a novas propostas e estratégias de ensino.

Desde modo fica claro que os jogos e brincadeiras são recursos valiosos no desenvolvimento de cada indivíduo. Se destacam o lúdico, a espontaneidade, criatividade e uma maior interação social, em benefício das diversas formas do brincar.

4.3. EDUCAÇÃO FÍSICA PARA TODOS

Um dos principais benefícios na proposta de inovação em usar materiais alternativos e recursos não convencionais são que eles possibilitam práticas corporais sem padrão de referências de certo ou errado. Esses materiais, muitas vezes adaptados, “possibilitam o processo de significação por parte do aluno, eliminando assim estereótipos de padrão de movimento” (SILVA, 2011).

Muitas vezes o material convencional se torna excludente por já ter o padrão definido de movimentos e habilidades, sendo assim, o aluno com mais afinidade consegue se desenvolver melhor do que aquele que mal sabe quicar uma bola no chão. 

Desta forma pode ser que ocorra comparações que pode levar a situações de desrespeito e discriminação, onde as diferenças de habilidades motoras entre os alunos, decorrentes das diferenças individuais e das oportunidades de socialização distintas, possam levar os alunos a praticarem o Bullying como afirma Vianna; Souza; Reis (2015). Os professores devem estar dispostos a utilizar variadas estratégias e intervenções para eliminar essas situações e minimizar atitudes que reprima o comportamento de uma pessoa.

A escola deveria desenvolver práticas do sentimento de igualdade, justiça e reciprocidade, generosidade, amabilidade e solidariedade. Desenvolver o sucesso educativo do aluno atendendo a diversidade individual. Fortalecer os valores cooperativos em detrimentos dos competitivos tão enraizados na nossa sociedade. Deveria privilegiar metodologias pedagógicas que promovam a autoconfiança, auto estima, capacidade de antecipação e resolução dos problemas. Atividades lúdicas e artísticas deveriam ser oferecidas para promover o convívio, as fantasias e a experiência de pulsões agressivas em atividades corporais e de movimento (SANTOS 2004 apud SOUSA, 2007).

Incluir o uso de materiais alternativos proporciona o processo de inclusão dos alunos que não tem afinidade para realizar padrões de movimentos definidos. Eliminando os padrões, o aluno se esforça para criar suas significações, apropriando-se de formas de determinada linguagem corporal, tendo a liberdade para criar sua própria movimentação (SANTOS, 2011).

Essa proposta inovadora vai trazer um novo conhecimento para os alunos, eles vão aprender praticamente do zero a manipulação do novo material, o que torna a aula mais interessante para que os alunos explorem mais sua criatividade e autonomia.

Ao utilizar novas estratégias e métodos de ensino aprendizagem que inclua e integre todos os alunos, as aulas de EFE passam a ser destinadas a todos, sem a típica exclusão dos menos habilidosos.

5. JOGOS E BRINCADEIRAS COM A UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS E RECURSOS NÃO CONVENCIONAIS

5.1. PROJETO INTERDISCIPLINAR

Esta proposta de Projeto Interdisciplinar conta com a participação de professores de Ciências da Natureza e de Educação Física, tem como objetivo conceituar a importância dos 3R’s, apresentando soluções para a redução de resíduos gerados na escola, assim reciclando e reutilizando, e também os utilizar para desenvolver jogos e brincadeiras através dos resíduos recicláveis.

É relevante destacar o conceito dos 3R’s porque auxilia na mudança de hábitos no cotidiano e a sermos mais conscientes e responsáveis, e repensarmos sobre nossos valores e práticas em nosso meio, como menciona Carbone et al. (2017) e ainda expõe os conceitos em:

Reduzir indica a necessária diminuição da quantidade do que compramos e olhar voltado somente ao necessário;
Reutilizar é dar um novo uso para um produto que já foi utilizado;
Reciclar é transformar um resíduo em matéria-prima para outros produtos (CARBONE et al., 2017).

A escola é um ambiente propicio para se encontrar uma diversidade de resíduos de papeis e plásticos, que podem ser utilizados para abordagens pedagógicas que estimulem o desenvolvimento de ações de Educação Ambiental que promovam a reciclagem e reutilização desses materiais. Considerando o Artigo 225. § 1º - Vl “o poder público deve promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”(BRASIL,1988).

Como nos garante a BNCC (2018) na área de ciências da natureza, os objetivos de conhecimentos apresenta as propriedades dos usos dos materiais e de reciclagem, abordam as habilidades de identificar os matérias (papel, vidro, madeira etc.), propõe o uso desses materiais para a construção de objetos para uso do cotidiano, a construção de propostas coletivas para um consumo mais consciente e a criação de soluções para reutilização e reciclagens de materiais consumidos na escola e/ou na vida cotidiana.

A metodologia será realizada em etapas, com aulas teóricas e expositivas com recursos visuais de imagens e vídeos. Na prática, os materiais recicláveis serão coletados pelos próprios alunos dentro do ambiente escolar e/ou dentro de sua residência. Na aula EFE os alunos confeccionarão seus próprios jogos e brincadeiras com os materiais alternativos de forma a desenvolver sua criatividade, autonomia e convívio social.

Quadro 1 - Plano de aula do projeto interdisciplinar

Público Alvo

Ensino Fundamental l

Disciplinas

Ciências e Educação Física

Temática

Meio Ambiente; Conceito 3R’s; Materiais alternativos e recursos não convencionais.

Objetivos

Discutir com os alunos sobre questões do meio ambiente e sobre preservação do meio que vivemos;

Introduzir o conceito dos 3R’s;

Desenvolver atividades práticas com os materiais alternativos e recursos não convencionais.

Recursos materiais

Recursos visuais de imagens e vídeos, materiais recicláveis diversos (plásticos, papéis, entre outros).

Desenvolvimento

1º etapa – aula de Ciências: aula expositiva e participativa, sobre conhecimentos prévios, observação do meio ambiente, e execuções de vídeos educativos sobre o tema.
2º etapa – aula de Ciências: conceituar os 3R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar); como fazer a separação dos resíduos encontrados na escola e em casa (separação de plástico, metais, papéis) e sua importância para o meio ambiente.

3º etapa – aula de Ciências: os alunos irão realizar a separação e limpeza dos materiais que serão utilizados para a realização das atividades para a aula de EFE.

4º etapa – aula de Educação Física: em aula os alunos utilizarão os materiais já separados, para confeccionar jogos e brincadeiras.

Avaliação

Observar como foi o desenvolvimento do aluno através das aulas expositivas e dialogadas de Ciências, e como foi sua participação nas aulas práticas de EFE.

Fonte: Própria (2020)

5.2. OFICINAS TEMÁTICAS

A seguir apresento propostas de planos de aulas com jogos e brincadeiras totalmente criados com materiais alternativos e recursos não convencionais. Foram utilizados materiais acessíveis para todos, encontrados dentro de casa e em locais públicos. Podendo explorar diversas decorações, proponho aproveitar as cores que a natureza oferece para pintar os materiais, o uso folhas e plantas, terra, de sementes tintorial do urucuzeiro (colorau), e até mesmo o café. Sem limite para a criatividade pode-se criar tudo o que sua imaginação sugerir.

Brinquedos

O brincar na Educação Infantil significa um momento de aprendizagem e construção de conexões, diversão e desenvolvimento físico, cognitivo e social das crianças.

Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais (Brasil, 2018).

Quadro 2 - Brinquedos

Público Alvo

Educação Infantil

Objetivo

Desenvolver a psicomotricidade e o brincar. Introduzir os brinquedos de materiais alternativos e acessíveis para serem reproduzidos na escola ou em casa.

Recursos materiais

Papelão, tampinha de garrafa, caixa de leite, terra, pedras, galhos e folhas de árvore, entre outros.

Desenvolvimento

Os alunos serão livres para escolher qual brinquedo usar, o que fazer com eles, brincar de forma lúdica, prazerosa e divertida. É importante que o professor apresente os brinquedos deixando claro que eles são feitos de materiais alternativos e recursos não convencionais, que eles mesmo junto com um responsável podem recria-los dentro e fora da escola, o professor até poderá escolher um brinquedo que os alunos mais gostaram e ensinar de forma básica como se constrói. 

Avaliação

Observar como os alunos se desenvolvem ao brincar, sua autonomia, suas interações sociais, e sua criatividade.

Imagens


Nas imagens são apresentados brinquedos: avião, boneco de tampinha, foguete, puxa-vareta, fantoche de caixa de leite, pista de skate e mini skate.

Fonte: Própria (2020)

Fonte: Própria (2020)

Carrinho movido a ar

Sendo um brinquedo popular, o carrinho é muito apreciado pelas crianças que se divertem de diversas formas o manipulando por onde passam, explorando os locais como uma pista de corrida de forma lúdica.

Unidade temática: Brincadeiras e Jogos. Objetos de conhecimento: Brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional. Habilidades: (EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas; (EF12EF03) Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios de brincadeiras e jogos populares do contexto comunitário e regional, com base no reconhecimento das características dessas práticas (Brasil, 2018, p. 226-227).

Quadro 3 – Carrinho movido a ar

Público Alvo

Ensino Fundamental l (1º e 2º ano) – Aproximadamente 20 a 30 alunos por classe.

Objetivo

Estimular e desenvolver a coordenação, relações espaciais, noção de percepção de causa e efeito, além de que a criança pode desenvolver toda sua imaginação ao realizar movimentos, comportamentos, imitar sons e decorar seu próprio carrinho.

Recursos materiais

rolo de papel, palitos (para rolamento das rodinhas), bexiga, materiais para decoração, fita crepe ou giz para marcar o chão

Desenvolvimento

Os alunos irão explorar as diversas formas de se brincar com carrinho, nele há uma bexiga que ao encher e depois esvaziar o ar o carrinho é impulsionado para frente, assim os alunos poderão fazer pistas de corridas e fazer mini competições de quem chega ao final mais rápido. O aluno ficará livre para brincar e experimentar as variadas formas de se brincar com o carrinho.

Avaliação

Observação de como o aluno consegue explorar o brinquedo e as suas possibilidades, quais foram suas facilidades e dificuldades e quais foram suas reações diante a desafios encontrados, como foi sua interação com os outros alunos.

Imagem


Fonte: Própria (2020)

Fonte: Própria (2020)

Jogo Labirinto

O jogo é originalizado da África e possui diversas variações de como jogar, se desenhando ao chão, andando em uma grande estrutura montada, virtualmente ou manipulando com as mãos como faremos na atividade.

Unidade temática: Brincadeiras e jogos. Objetos de conhecimento: Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana. Habilidade: (EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural (Brasil, 2018, p. 228-229).

Quadro 4 – Jogo Labirinto

Público Alvo

Ensino Fundamental l (3º ao 5º ano) – Aproximadamente 20 a 30 alunos por turma.

Objetivo

Desenvolver o senso de lógica, senso direcional, coordenação motora, organização, planejamentos e estratégias dos alunos, e trazer a pluralidade cultural como conteúdo de aula. Ao produzir o jogo eles raciocinam e elaboram suas ideias para pôr em prática em sua atividade utilizando sua criatividade. Em sua relação social, os alunos se interagem nas trocas de labirinto desafiando uns aos outros.

Recursos materiais

uso de papelão; bolinhas pequenas (de plástico, papel, borracha); cola, fita adesiva, tampinhas de garrafa e materiais para decoração.

Desenvolvimento

Em aula cada aluno construirá seu próprio labirinto, com suas passagens e divisões como sua imaginação desejar. Os alunos poderão realizar trocas de seus labirintos, para que o desafio aumente mais e a interação e cooperação entre eles cresça.

Avaliação

Durante a aula será observado às facilidades e dificuldades que os alunos encontram ao solucionar os problemas do labirinto, a interação entre eles e a criatividade.

Imagem

Fonte: Própria (2020)

Fonte: própria (2020)

Pebolim

O pebolim é um jogo de futebol de mesa com bonecos fixos em barras rotativas. Atualmente é mais fácil se encontrar pebolim em locais públicos, áreas de lazer e escolas, porém não é acessível a todos.

Unidade temática: Esportes. Objetos de conhecimento: esportes de marca, precisão, invasão, técnico-combinatórios. Habilidade: (EF67EF07) Propor e produzir alternativas para experimentação dos esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade e das demais práticas corporais tematizadas na escola (Brasil, 2018, p.232-233).

Quadro 5 - Pebolim

Público Alvo

Ensino Fundamental ll (6º e 7º ano) – Aproximadamente 25 a 35 alunos por turma.

Objetivo

Aproximar mais a prática e a acessibilidade do pebolim. Os alunos irão construir seu próprio campo de jogadores fixos com a utilização de materiais alternativos e recursos não convencionais. Desenvolvimento da coordenação motora, imaginação e interação social.

Recursos materiais

Papelão; palitos (churrasco, hashi, de sorvete); bonecos (papelão, madeira e outros); bolinha pequena e materiais para decoração.

Desenvolvimento

Os alunos irão construir seus próprios pebolins, decorar seu campo e seus bonecos. Em duplas eles jogarão juntos, demonstrando estratégias, táticas e técnicas em manipular seus bonecos para marcar gols. Eles poderão criar seus jogadores com características, montar equipes, torneios e torcidas, como a imaginação e criatividade permitir.

Avaliação

Observar a interatividade dos alunos ao jogar junto e da competitividade trabalhada de forma certa.

Imagem


Fonte: Própria (2020)

Fonte: Própria (2020)

Mini golfe

O esporte de origem Escocesa é realizado ao ar livre, e tem como objetivo a meta de fazer a bola entrar no buraco em menos tacada possível.

Unidade temática Esportes. Objetos de Conhecimento: Esportes de campo e taco. Habilidades: (EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas; (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de campo e taco, rede/parede, invasão e combate como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica (Brasil, 2018, p.236-237).

Quadro 6 – Mini golfe

Público Alvo

Ensino Fundamental ll (8º e 9º ano) - Aproximadamente 25 a 35 alunos por turma.

Objetivo

Praticar o mini golfe oferece o aluno a experiência de um esporte individual pouco praticado nas escolas. O esporte será adaptado para atender as condições e o número dos alunos da turma. Será desenvolvido a percepção, estratégia, técnicas e táticas para se chegar ao objetivo final. 

Recursos materiais

Caixas de papelão cortadas e decoradas, bolas de diferentes materiais, taco (feito de madeira e/ou galho de árvore de espessura igual à de um taco convencional).

Desenvolvimento

No início da aula será apresentado o que é o golfe, como se joga, seu objetivo e suas regras principais, e um vídeo para conhecimento desse esporte. Em quadra e/ou campo, estará disposta diversas caixas com buracos representando os buracos tradicionais do golfe e nelas cada buraco terá uma pontuação (5, 10, 20, 50 pontos). Os alunos serão divididos em grupos de até cinco alunos, separados por estações diferentes para que todos participem. O objetivo do jogo é marcar mais pontos em menos tacadas, e os alunos poderão criar regras que facilitem o andamento da atividade.

Avaliação

Avaliar como os alunos se comportam ao vivenciar um esporte individual que possui uma certa competitividade, e seus métodos para realizar a atividade.

Imagem

 


Fonte: Própria (2020)

Fonte: Própria (2020)

CIRCUITO

O circuito é caracterizado por vários estágios de atividades realizados em sequência, um bom circuito propõe a pessoa a pensar em seus desafios e desenvolve-los de forma estratégica.

Competência especifica 5: Compreender os múltiplos aspectos que envolvem a produção de sentidos nas práticas sociais da cultura corporal de movimento, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressão de valores e identidades, em uma perspectiva democrática e de respeito à diversidade. Habilidade: (EM13LGG501) Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma consciente e intencional para interagir socialmente em práticas da cultura corporal, de modo a estabelecer relações construtivas, éticas e de respeito às diferenças (Brasil, 2018, p.487).

Quadro 7 - Circuito

Público Alvo

Ensino Médio – Aproximadamente 35 a 40 alunos por turma.

Objetivo

Praticar o circuito com o objetivo de estimular o raciocínio, estratégias, a cooperação e as boas atitudes de competição.

Recursos materiais

Papelão, garrafa pet, tampinhas, copos plásticos, bolas, jornais.

Desenvolvimento

Em quadra estará disposto dois circuitos iguais, contendo os estágios: boliche; argola na garrafa; acerte o alvo; torre de tampinhas; peteleco na tampa; e corrida com obstáculos. Os alunos irão competir em rodadas de equipes, onde todos devem participar realizando o circuito pelo menos uma vez, assim enquanto um realiza o circuito, os outros integrantes da equipe marca o tempo e organizam o circuito para que o próximo realize as provas na sequência. Enquanto as duas equipes participam, os outros alunos que aguardam a vez poderão torcer, fazer estratégias e ajudar os colegas.

Avaliação

Avaliar como o aluno se comporta diante de uma competição e cooperação com o trabalho em equipe. Observar quais foram os pontos positivos e negativos para serem trabalhados em outras aulas.

Imagem


Fonte: Própria (2020)        
 

Fonte: Própria (2020)

6. MÉTODO

O presente estudo é do tipo Revisão de Literatura, e o modo de análise foi realizado através da leitura dos artigos, livros e periódicos encontrados e organizados por um processo de seleção.

Após efetuado um levantamento de buscas de artigos e livros em bibliotecas físicas e virtuais, e em bases de dados como Google Acadêmico e SciELO com as temáticas: Educação Física Escolar; uso de materiais alternativos e recursos não convencionais; falta de material convencionais nas aulas de Educação Física; dificuldades encontradas pelos professores; Meio Ambiente, reciclagem e reutilização, foi realizado a separação e eliminação com os critérios de inclusão e exclusão dos artigos relevantes a serem utilizados para o estudo. O processo de separação dos artigos foi realizado por etapas, primeiramente através de títulos e palavras chaves, em sequência leitura dos resumos, e depois introdução, assim chegando de fato aos documentos a serem utilizados.

Junto com a leitura foram elaboradas anotações de páginas, parágrafos e citações, utilizando mecanismos como o programa Word, bloco de notas e cadernos, escrevendo, grifando e apontando principais pontos que utilizei em minha pesquisa, dando importância também para o dia e horário da pesquisa para que a referência final possa estar correta de acordo com as normas da ABNT.

Como base de orientação e formatação do estudo, foi utilizado o livro Fundamentos de Metodologia Científica de Marina de Andrade Marconi de 2010, e o Guia para a elaboração de trabalhos acadêmicos do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) de 2020.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando todo o processo de mudança que ocorreu na Educação Física Escolar, conseguimos entender que possuímos outras formas de aplicar aulas além do método tradicional. As leis que norteiam a educação, nos guia para que possamos diversificar nossas aulas, e trazer todos os conteúdos e habilidades propostas aos nossos alunos.

A utilização dos materiais alternativos e recursos não convencionais possibilita a exploração de diversas formas e significados de ensino, que promovem novas vivências e experiências para as práticas educativas. De fato, é importante que os professores encontrem soluções aos diversos problemas encontrados, e que se há falta de algo tudo pode ser adaptado e recriado para atender as solicitações encontradas.

Abordar a temática de meio ambiente junto a jogos e brincadeiras tornam as aulas com esse tema mais atraentes, prazerosas e motivadoras para os alunos em seu processo de ensino aprendizagem.

Através do que foi apresentado nesse estudo podemos compreender que os objetivos das aulas de Educação Física Escolar se constroem a partir de valores e desenvolvimentos para a educação integral dos nossos alunos. Devemos estimular novos conhecimentos, descobertas e aspectos que contribua totalmente para a vida de cada indivíduo que encontramos pelos nossos caminhos.

Ainda há muito o que pesquisar e estudar sobre o tema, já que a área é carente de conhecimento sobre essa proposta. Que a partir desse estudo os profissionais possam ampliar mais seus conteúdos acadêmicos através de novas pesquisas, especializações, mestrados e doutorados.

8. REFERÊNCIAS

Brasil. Constituição da República Federal. Capítulo Vl - Meio Ambiente – Art. 225. Brasília. 1988. Disponível em: . Acessado em 04/10/2020.

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CARBONE, Amanda Silveira; CEZARE, Juliana Pellegrini; RAMOS, Michelle de Fátima; EGUTE, Nayara dos Santos; COUTINHO, Sonia Maria Viggiani. 5 Rs: educação para o consumo responsável – Livro eletrônico. 1ª Ed. São Paulo: Instituto SIADES, 2017. Disponível em: . Acessado em 02/10/2020.

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DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na Escola: Realidade, Aspectos Legais e Possibilidades. In: Suraya Cristina Darido. (Org.). Cadernos de Formação: Conteúdos e Didática de Educação Física. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012, v.1, p. 21-33. Disponível em: . Acesso em 27/09/2020.

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Publicado por: THAÍS DAMACENO REINALDO

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