HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA NO OCIDENTE: PRINCIPAIS PENSADORES

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1. RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo capturar o surgimento da filosofia no Ocidente, e destacar os principais pensadores, com suas contribuições para o pensamento humano. De um modo geral, este estudo têm como espinha dorsal o estudo da História da Filosofia Ocidental. Para se estabelecer uma sequência histórica dos principais pensadores e suas correntes filosóficas. Constituindo-se em um trabalho de investigação qualitativa, por meio de revisão de literatura, considerando a aproximação que se estabelece com o objeto de pesquisa de modo descritivo e interpretativo, como aponta o autor RUSSELL (2015). Além de analisar cada pensador, buscamos instigar o leitor a confrontar essa realidade e que possam propor novas investigações sobre aquilo que faz a originalidade de um filósofo, não apenas e não tanto o objeto de indagação, mas o método investigativo por ele escolhido.

Palavras-chave: filosofia antiga. Civilização Grega. Sócrates.

2. INTRODUÇÃO

Segundo uma enorme gama de historiadores, o começo da filosofia Ocidental originou-se nas cidades gregas, embora, “muito daquilo que constitui a civilização já existia há milhares de anos no Egito e na Mesopotâmia, tendo se espalhado aos países vizinhos”. (RUSSELL, 2015, p. 09)

A filosofia nem sempre esteve presente em nosso meio, o conhecimento filosófico surgiu aos poucos, em substituição aos mitos e às crenças religiosas, na tentativa de conhecer e compreender o mundo e os seres que nele povoam. Os gregos foram os inventores da filosofia, a formação do pensamento filosófico se deu na passagem do mito para a razão.

Os deuses têm sua importância relativizada, pela razão a partir dos elementos existentes na natureza estudados pelos pré-socráticos. Considerando os pré-socráticos como os filósofos de um primeiro período do pensamento grego, o qual pode ser denominado como naturalista, visto que esses filósofos tinham como objetivo descobrir a substância única, a causa, o princípio do mundo natural. Sabe-se que o início da filosofia deu-se no momento em que o homem passou a buscar explicações de forma racional para os fenômenos da natureza, sobre a origem e ordem do mundo, o cosmos[1], e não mais na mitologia.

Sócrates, segundo nos dá a conhecer Platão, promoveu mudanças tão significativas nos rumos da filosofia, que seu pensamento hoje é utilizado para dividir parte da disciplina. Diferentemente dos naturalista que buscavam a causa primeira, os filósofos clássicos, como são conhecidos na história, ofereceram um caminho mais voltado a ética e a política, tendo o homem como o ponto central de reflexão.

Metodologicamente, constitui-se em um trabalho de investigação qualitativa, por meio de revisão de literatura, considerando a aproximação que se estabelece com o objeto de pesquisa de modo descritivo e interpretativo.

Para isso o aporte teórico baseia-se em Bertrand Russell, dentre outros autores, para melhor compreender o surgimento e a afirmação da filosofia no Ocidente.

Postos estes elementos, objetiva-se com o presente estudo analisar a história da filosofia ocidental e apontar os principais pensadores, que contribuíram para a construção do pensamento humano.

3. O Surgimento da Filosofia

3.1. O Surgimento da Civilização Grega

Todo fato existente, teve seu ponto de início, isso não poderia ser diferente com a filosofia, que teve seu ponto de início juntamente com o surgimento da Civilização Grega.

Não há, em toda a história, fato que seja tão surpreendente ou difícil de ser explicado quanto o repentino surgimento da civilização na Grécia. Muito daquilo que constitui a civilização já existia há milhares de anos no Egito e na Mesopotâmia, tendo dali se espalhado aos países vizinhos; todavia, certos elementos só passaram a existir quando de sua criação pelos gregos. (RUSSELL, 2015, P. 25)

A civilização não foi a primeira civilização a existir, mas sem sombra de dúvidas foi a mais promissora, a qual herdamos vários conhecimentos e utilizamos nos dias de hoje. Os gregos além de incorporar conhecimentos de outras civilizações, “os gregos inventaram a matemática, a ciência e a filosofia; foram os primeiros a escrever narrativas históricas em oposição aos anais”, (RUSSELL, 2015, P. 25).

Esse momento da história é conhecido como Período Arcaico e compreende uma extensão de dois séculos, indo de 800 a 500 a.C. Antes desse período, houve outros dois, o Período pré-homérico e   Período homérico, que serviram de base para o florescimento das principais cidades gregas. Para tanto, É preciso saber que os gregos não viviam em um país, em um Estado-Nação como hoje, mas em cidades-estados independentes. As cidades-estado eram conhecidas como poleis, plural de “pólis”, palavra da qual deriva o termo política.

O sistema social era muito diferente em cada parte da Grécia. Em Esparta, uma pequena aristocracia vivia às custas da dominação do trabalho de servos de outras raças; nas regiões agrícolas mais pobres, a população consistia sobretudo em fazendeiros que cultivavam a própria terra com a ajuda de seus familiares. No entanto, nos pontos onde o comércio e a indústria floresceram, os cidadãos livres ficaram ricos empregando escravos — homens nas minas e mulheres na indústria têxtil. Na Jônia, esses escravos vinham dos povos bárbaros vizinhos, sendo, em regra, conquistados nas guerras. Com o crescimento da riqueza ocorreu também o crescente isolamento de mulheres respeitáveis, as quais, exceção feita a Esparta e Lesbos, quase não tomariam parte nos aspectos civilizados da vida grega. (RUSSELL, 2015, P. 31)

Diferentemente de outras civilizações, os reis não tinham poder absoluto, pois o sistema democrático já era presente, o qual “significava o governo realizado por todos os cidadãos, entre os quais não se incluíam os escravos e as mulheres”, (RUSSELL, 2015, P. 31). Esse tipo de governo foi o primeiro tipo de democracia, mas muito diferente da democracia atual, a democracia ateniense era apenas para homens livres, esse homens livres não se incluíam, estrangeiros, escravos e mulheres.

3.2. Tales de Mileto

Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo da tradição ocidental. Assim como os outros pensadores de sua época, Tales buscava compreender qual a verdadeira origem do Universo, a substância original.  Tales refutou a mitologia grega, pois apresentava narrativas originárias que explicavam de maneira fantasiosa o modo, e como o Universo tinha sido formado.

“Tales nasceu em Mileto, cidade comercial próspera da Ásia Menor” (RUSSELL, 2015, p. 49), Mileto era colônia grega e localizava-se na região da Jônia, que hoje é considera território da Turquia.

“Quanto à data de existência de Tales, nossa melhor prova, como vimos, é sua famosa previsão de um eclipse que, segundo os astrônomos, deve ter ocorrido no ano 585 a.C.” (RUSSELL, 2015, p. 50), a data não é precisa, mas outras provas também sugerem que Teles tenha vivido por essa época.

O pensador além de filosofo, também foi matemático, engenheiro, astrônomo e dono de negócios, o que lhe proporcionou muitas viagens, segundo Russell (2015), Tales teria viajado pelo Egito e levou dali, para os gregos, a ciência da geometria. O conhecimento egípcio da geometria se resumia sobretudo a regras práticas, e não há por que acreditarmos que Tales chegou às provas dedutivas como os gregos posteriores.

Ele parece ter descoberto como calcular a distância de uma embarcação no mar a partir de observações feitas em dois pontos da terra e como estimar a altura de uma pirâmide a partir do tamanho de sua sombra. Muitos outros teoremas geométricos lhe são atribuídos, o que provavelmente não procede.

Tales foi o fundador da Escola Jônica e além disso é considerado um dos Sete Sábios da Grécia. Cada um dos Sete Sábios ficou particularmente famoso por uma máxima de sabedoria, a dele consiste no equívoco de achar que a água é o melhor de todas (RUSSELL, 2015, p. 50).

“Segundo Aristóteles, Tales achava que a água era a substância original, responsável por dar forma a todas as outras; afirmou, ademais, que a terra repousava sobre a água” (RUSSELL, 2015, p. 51), segundo a consideração do pensador, o mundo evoluiu da água por processos naturais.

Pouquíssimo sabemos de Tales, não foram encontrados livros ou documentos escritos pelo pensador. Os historiadores modernos não encontraram registros feitos por Tales. Acreditam que se existiu algum registro ou arquivo, tenha sido consumido pelo tempo, por incêndios ou por ladrões. O que se conhece de Tales resultou do trabalho do historiador antigo Heródoto e do filósofo antigo Aristóteles.

Para reconstruirmos sua vida de maneira satisfatória, mas de seus sucessores em Mileto muito mais é conhecido, sendo razoável supor que algo de sua visão de mundo viera dele. Tanto a ciência quanto a filosofia de Tales eram cruas, mas de tal maneira que estimulavam o pensamento e a observação (RUSSELL, 2015, p. 51).

Mesmo tendo uma filosofia um tanto crua, Tales é muito importante para a humanidade, iniciando o primeiro movimento filosófico e sendo o primeiro ocidental de que se tem registro a questionar as afirmações mitológicas sobre a origem da natureza. Seu movimento filosófico foi seguindo por seu aluno Anaximandro e posteriormente Anaxímenes, completando assim a tríade de Mileto.

3.3. Pitágoras

Pitágoras sem dúvidas foi um dos homens mais brilhantes já vivos, utilizando a influência da matemática sobre a filosofia, a qual se deve parcialmente a ele, tem sido profunda e inoportuna desde sua época. Pitágoras também estudou matemática, astronomia, música, literatura e filosofia na sua cidade natal.

Pitágoras nasceu na ilha grega de Samos, na costa Jônica, por volta de 570 a.C., “alguns dizem que era filho de um cidadão importante de nome Mnesarco; outros, que seu pai era o deus Apolo” (RUSSELL, 2015, p. 55).  Passou sua infância em Samos, embora tenha viajado bastante com seu pai, ele foi treinado pelos melhores professores, alguns deles sendo filósofos. Samos era uma cidade muito importante e rica de sua época, tendo como rival no comércio a cidade de Mileto.

Russel (2015) explica, que o descontentamento do governo de Samos, e as perseguições a suas ideias revolucionárias, fizeram com que Pitágoras deixasse Samos, tendo como paradeiro a cidade de Crotone, no sul da Itália. Ante a isso, foi orientado na cidade grega de Mileto por um dos maiores filósofos pré-socráticos, Tales de Mileto.

Em Crotone, fundou uma escola de caráter místico-filosófico que ficou conhecida como, “Escola Pitagórica”. Na escola, ele ministrou aulas nas áreas de matemática, astronomia, música, filosofia, política, religião e moral. Segundo o matemático grego, os números representavam a harmonia e a ordem, sendo eles a essência de todas as coisas.

Pitágoras é um dos homens mais interessantes e desconcertantes da história. As tradições que lhe dizem respeito não são apenas uma mistura inextricável de verdade e falsidade; mesmo em sua forma mais transparente e incontroversa, elas nos apresentam uma psicologia assaz curiosa. Pitágoras pode ser sucintamente descrito como uma combinação de Einstein e sra. Eddy. Ele fundou uma religião cuja principais doutrinas eram a transmigração das almas3 e a iniquidade do ato de comer feijão. Sua religião ganhou corpo numa ordem religiosa que, aqui e ali, alcançou o controle do Estado e instituiu uma regra de santos. Os desvirtuados, porém, ansiavam por feijão e cedo ou tarde acabavam por rebelar-se (RUSSELL, 2015, p. 57). 

Os pitagóricos acreditavam que essa concepção não era meramente matemática, mas também mística e espiritual. Eles acreditavam na reencarnação e no desenvolvimento das virtudes humanas, enquanto a alma estava aprisionada ao corpo durante a vida. Tendo isso, desenvolveram uma concepção espiritual da existência humana, onde a alma é libertada do corpo após a morte.

“Durante certo período, exerceu influência na cidade. No final das contas, porém, os cidadãos se voltaram contra ele” (RUSSELL, 2015, p. 57). Deiando Crotona, partiu para o Egito, onde ao observando as pirâmides, criou o Teorema de Pitágoras.

A maior descoberta de Pitágoras, ou de seus discípulos imediatos, foi a proposição, referente aos triângulos retângulos, de que a soma do quadrado dos lados adjacentes ao ângulo reto é igual ao quadrado do lado que resta, isto é, da hipotenusa. Os egípcios sabiam que um triângulo cujos lados são 3, 4 e 5 possui um ângulo reto, mas ao que parece os gregos foram os primeiros a observarem que 32 + 42 = 52 e a descobrirem, a partir dessa sugestão, uma prova da proposição geral (RUSSELL, 2015, p. 57).

Dentre todas as suas descobertas, podemos incluir também o termo “filosofia”, “tanto é que a palavra Filosofia, cuja origem é atribuída a Pitágoras, é a junção de “philo” (amizade ou amor fraterno) e “sophia” (sabedoria). Ou seja, a palavra, em seu sentido literal, significa amor pelo saber” (MELLO, 2020). Termo que passou a ser utilizados por todo pensador que questionava sua existência.

Pitágoras de Samos faleceu em Metaponto, na região sul da Itália, por volta de 490 a.C. com aproximadamente 80 anos. Mas suas descobertas e ensinamentos serviram de influência para muitos outros pensadores, tendo os mais importantes, Euclides, Arquimedes e Platão.

3.4. Heráclito

Heráclito nasceu na cidade de Éfeso, por volta de 540 a.C., mesmo tendo sido jônio, “não pertencia à tradição científica dos de Mileto. Foi místico, mas com um misticismo peculiar. Tinha o fogo como substância fundamental; tudo nasce, tal qual a chama numa fogueira, a partir da morte de algo mais” (RUSSELL, 2015, p. 68).   .

Segundo Russell (2015), além de ter o fogo como a substância primeira, por sua capacidade de movimentar, Heráclito foi o primeiro a elaborar uma teoria que ainda tem prestígio, segundo a qual tudo está em fluxo, tudo muda o tempo todo, e o fluxo perpétuo é a principal característica da natureza, o que no entanto, como veremos, é apenas um dos aspectos de sua metafísica.

Todos os relatos existentes mostram o pensador como uma pessoa antipática, para Russell (RUSSELL, 2015, p. 68), 

[..] Heráclito não parece ter sido personagem afável. Era dado ao desprezo e representava o contrário de um democrata. A respeito de seus concidadãos, diz: “Os efésios, cada um de seus adultos, fariam por bem enforcar-se, deixando a cidade para os jovens imberbes; expulsaram, afinal, Hermodoro, o melhor entre eles, dizendo: ‘Não aceitaremos o que for o melhor entre nós; se este porventura existir, que viva alhures, com outros.’” Ele maldiz todos os antecessores ilustres, com uma única exceção. “Homero deve ser eliminado de cada lista e açoitado.” “Daqueles cujos discursos ouvi, não há um que compreenda que a sabedoria está em todos ausente.” “O conhecimento de muitas coisas não ensina o saber; caso contrário, tê-lo-ia ensinado a Hesíodo e Pitágoras, bem como a Xenófanes e Hecateu.” “O que Pitágoras (...) reclamava como sabedoria nada mais era que o conhecimento de muitas coisas e a arte da maldade.” A única exceção de suas condenações é Teutamo, que possui “mais importância do que os outros”. Quando investigamos o porquê de seu elogio, descobrimos que Teu tamo afirmara que “a maioria dos homens é má”.

Por seu desprendimento em relação ao poder e pelo desprezo que dedicava aos bens materiais, Heráclito não era simpático aos efésios, que eram exatamente o seu oposto. Heráclito era acusado de desprezar a plebe, pois se recusou a participar da política, optando por viver nos bosques, em livre contato com a natureza. Vivendo assim até por volta dos seus 70 anos, onde uma grave doença o fez voltar para a cidade, onde acabou morrendo.

“Tal qual apregoada por Heráclito, a doutrina do fluxo perpétuo é dolorosa, e, como vimos, a ciência nada pode fazer para refutá-la (RUSSELL, 2015, p. 75), sendo até hoje considera algo de prestigio entre os pensadores e historiadores.

3.5. Parmênides

Parmênides ou Parménides de Eleia, foi um filósofo grego, “Parmênides nasceu em Eleia, ao sul da Itália, e viveu na primeira metade do século V a.C. Segundo Platão, o jovem Sócrates (em cerca do ano 450 a.C., digamos) foi ter com ele, já idoso, e muito aprendeu” (RUSSELL, 2015, p. 77). Eleia é uma cidade grega na costa sul da Magna Grécia[2].

Segundo Russell (2015), os filósofos do sul da Itália tinha um ligação mais forte com o misticismo, sob a influência de Pitágoras uma matemática mesclada com o misticismo. Parmênides teria sido influenciado por Pitágoras, mas que torna Parmênides historicamente importante é o fato de ter inventado uma forma de raciocínio metafísico.

O filósofo não formulou uma teoria cosmológica baseada em uma matéria originadora. Para o filósofo, havia uma espécie de organização racional no universo que era infinita, uma indivisível, imutável e imóvel.

Parmênides inaugura algo totalmente novo na filosofia, ao não acatar os elementos, mas o abstrato. No seu pensamento, há uma recusa da sensação como meio de chegar à verdade. Para ele, a sensação é um caminho errado para a investigação, porque gera contradições e confunde o que existe com o que não existe, para ele, “o único ser verdadeiro é o “Uno”, infinito e indiviso” (RUSSELL, 2015, p. 78).

“Parmênides divide seu ensinamento em duas partes, respectivamente denominadas “caminho da verdade” e “caminho da opinião”” (RUSSELL, 2015, p. 78), mas o que sempre teve mais força foi sobre o caminha da verdade.

Não podes saber o que não é — é impossível — nem proferi-lo; pois é um só o que pode ser pensado e o que pode existir.

Como, no entanto, pode aquilo que é vir a ser? Ou como poderia ganhar existência? Se passou a ser, não é;

Tampouco é se vier a ser no futuro. O devir, assim, se extingue, e não se deve falar em desaparecer.

Aquilo que pode ser pensado e aquilo porque o pensamento existe são o mesmo; pois não é possível encontrar pensamento sem algo que exista e a respeito do qual ele se exprime (RUSSELL, 2015, p. 78).

Para Russell (2015), essa é a essência do raciocínio, pois quando pensa, você pensa em algo, quando usa um nome, deve ser o nome de algo. Por conseguinte, tanto o pensamento quanto a linguagem exigem objetos que lhes sejam extrínsecos. Uma vez que é possível pensar e falar em algo tanto num momento quanto em outro, tudo aquilo em que podemos pensar e falar deve existir em todos os tempos. Não pode haver, portanto, mudança, uma vez que a mudança consiste em coisas, ganhando ou perdendo existência.

Hoje existem apenas fragmentos de alguns poemas de Parmênides, mas sua contribuição foi de extrema importância para o desenvolvimento do raciocínio humano, além de ter inspirado Platão ao defender que há uma essência infinita. Tornando-se “— e permaneceu por mais de dois mil anos — um dos conceitos fundamentais da filosofia, da psicologia, da física e da teologia” (RUSSELL, 2015, p. 82).

3.6. Empédocles

Foi um filósofo e pensador pré-socrático grego, e cidadão de Agrigento, na Sicília, “que viveu em cerca de 440 a.C. e, portanto, foi contemporâneo mais jovem de Parmênides, muito embora sua doutrina seja, em muitos aspectos, mais semelhante à de Heráclito” (RUSSELL, 2015, p. 83).

Pouco se sabe sobre sua vida, “são muitas as coisas que diz a lenda sobre Empédocles. Teria realizado milagres ou atos semelhantes, valendo-se por vezes de magia e, por vezes, de seu conhecimento científico. Podia controlar os ventos, dizem as narrativas” (RUSSELL, 2015, p. 83).

Ele era tido como mago, controlador de tempestades, mas também é conhecido por ser o criador da teoria cosmogênica dos quatro elementos clássicos, que influenciou o pensamento ocidental de uma forma ou de outra, até quase meados do século XVIII.

Empédocles contribuiu tanto para a cosmologia quanto para a ciência, tendo sido, “o fundador da escola italiana de medicina, e a escola médica que dele se originou teve influência tanto sobre Platão quanto Aristóteles” (RUSSELL, 2015, p. 85).

Sua maior descoberta se deu a uma observação, a qual pode perceber que o ar é uma substancia independente,

“[...] quando uma menina, brincando com uma clepsidra de cobre fulgente, tampa o orifício do tubo com sua mão delicada, submergindo ao mesmo tempo o objeto na massa vencida de água argêntea, a corrente não flui para o interior do recipiente; o volume de ar que ali se encontra, pressionando as perfurações, conserva-a do lado de fora até que a jovem alivie a pressão, e então o ar escapa e um volume equivalente de água pode adentrar” (RUSSELL, 2015, p. 84).

Mesmo tendo tido uma linha de pensamento relacionada com a religião, assim como Pitágoras, seus descobertos e contribuições cientificas, serviram de inspiração para pensadores que ainda irão ser mencionados nesse trabalho.

3.7. Protágoras

Protágoras foi um dos mais importantes filósofos da corrente sofística. Seus estudos filosóficos estiveram centrados, sobretudo, na subjetividade do ser e no conceito do não-ser.A palavra “sofista”, em seu sentido original, não tinha conotação negativa; significava, na medida em que é possível a comparação, o que hoje entendemos por “professor””, (RUSSELL, 2015, p. 107).

Protágoras nasceu em cerca de 500 a.C. na cidade de Abdera, a mesma de origem de Demócrito.  Visitou Atenas em duas ocasiões, e a última delas não se deu após 432 a.C. Elaborou um código de lei para a cidade de Thurii em 444-3 a.C. Diz a tradição que foi acusado de impiedade, mas isso não parece veraz, ainda que ele tenha escrito um livro Sobre os deuses cujo início é: “No que diz respeito aos deuses, ignoro o que são e o que não são, e tampouco sei que formas são aquelas que assumem; pois muitas coisas há que impedem o conhecimento preciso: a obscuridade do tema e a curta duração da vida humana” (RUSSELL, 2015, p. 110).

Tendo sido um agnóstico e um homem cético, duvidando da existência dos deuses. Esse fato o levou a ser perseguido, processado, condenado e rechaçado por muitos. Por isso, teve muitas obras queimadas em praça pública.

Em sua obra perdida, Sobre os Deuses, Protágoras foi um propositor da posição agnóstica, aquele que afirma não ter condições de concluir pela existência ou não dos deuses. Sua posição era a de que este seria um tema complexo e obscuro, não podendo ser analisado em profundidade suficiente no decurso da vida humana, por ser esta demasiado curta. Alguns estudiosos defendem que Protágoras seria melhor descrito como uma ateísta, pois teria defendido que, se algo não pode ser conhecido, este algo não existe (MACIEL, 2020).

Protágoras é conhecido por sua célebre frase, “O homem é a medida de todas as coisas”,

“[...] tal declaração é interpretada como se afirmasse que cada homem é a medida de todas as coisas e que, quando os homens diferem, não há verdade objetiva que determine quem está certo e quem está errado. Trata-se de doutrina essencialmente cética, e ao que parece fundamentava-se no caráter “enganoso” dos sentidos” (RUSSELL, 2015, p. 110).

Essa frase representa seu pensamento sobre a subjetividade e particularidade de cada indivíduo. Ou seja, para ele, tudo é relativo e não existe uma verdade absoluta.

Como nos aponta Russell (2015), Protágoras passou toda sua vida adulta viajando pelas cidades da Grécia, ensinando, mediante o pagamento de taxas, “a todo aquele que desejava eficiência prática e uma cultura mental superior”.

Mesmo sendo muito criticado por Platão e Aristóteles, em seus registros, devido a pratica de cobrança por seus ensinamentos, o pensador é de extrema importância para a corrente filosófica ceticista[3], e para o pensamento humano.

3.8. Sócrates

Segundo Russell (2015), o pensador Sócrates é um tema muito difícil para qualquer historiador, pois o mesmo é um homem que pouquíssimo se conhece, mas ao mesmo tempo, muito se sabe. Sócrates acreditava que a oratória era mais importante que a escrita, por isso nada escreveu. Tudo o que sabemos sobre Sócrates, foi descrito através de diálogos por seus discípulos, sendo os principais, Platão, Aristófanes e Xenofantes.

O pouco que sabemos é, que Sócrates nasceu em Atenas, cidade estado da Grécia, por volta do ano de 470 a.C. Nascido em família humilde, filho de um escultor e de uma parteira. Da sua infância nada se sabe.

[...] Xenofonte lamenta que Sócrates fosse acusado de impiedade e de corromper a juventude; afirma que, ao contrário, tratou-se de homem eminentemente pio que exercera influência benéfica sobre os que estiveram a seu alcance. Suas ideias, ao que parece, longe de serem subversivas, eram na verdade bobas e não saíam do lugar-comum. Essa defesa é um tanto exagerada, uma vez que não explica a hostilidade que Sócrates atraíra para si (RUSSELL, 2015, p. 119).

A acusação feita a Sócrates era devido ao seu método da busca do conhecimento, chamado por ele maiêutica[4], a qual “inicia uma discussão e conduz seu interlocutor a tal reconhecimento, através do diálogo. Esta é a primeira fase de seu método, chamada de ironia ou refutação” (FRAZÃO, 2019).

“Na segunda fase, a maiêutica, Sócrates solicita vários exemplos particulares do que está sendo discutido” (FRAZÃO, 2019), essa crença pressupõem que:

“A verdade já está no próprio homem, mas ele não pode atingi-la, porque não só está envolto em falsas ideias, em preconceitos, como está desprovido de métodos adequados” (FRAZÃO, 2019).

Esse método utilizado, a maiêutica, além de ser considerado algo ruim para os governos de sua época, é utilizado ainda nos dias atuais como componente pedagógico.

Sócrates também é conhecido pela “frase, “Conhece-te a ti mesmo”, inscrita no templo de Apolo, em Delfos, para qual deu uma interpretação original (FRAZÃO, 2019). Para Sócrates, o reconhecimento da própria ignorância é o princípio do conhecimento.

Mesmo não tendo escrito nada, Sócrates é considerado o divisor de águas na filosofia ocidental, não mais buscando a matéria original, mas sim colocando o homem como o centro de investigação.

Seu comportamento além da sua época, que sempre lhe causaram perseguições. Por volta do ano de 399 a. C., foi julgado e condenado a morte. “Sócrates foi obrigado a acabar com sua vida como um criminoso. Durante trinta dias ficou em uma cela funerária e depois lhe deram para beber uma taça de veneno” (FRAZÃO, 2019).

3.9. Platão

“Platão nasceu em 428-7 a.C., nos primeiros anos da Guerra do Peloponeso. Foi aristocrata abastado que se relacionou com várias pessoas vinculadas à Tirania dos Trinta” (RUSSELL, 2015). Tendo sido aluno de Sócrates, utilizou seu mestre como personagem principal de seus diálogos.

Platão chamava-se Arístocles. [...]O apelido Platão foi conferido ao filósofo em sua juventude por causa de seus atributos físicos, por ser um homem forte, de ombros largos (a palavra correspondente em grego, Platon, significa “omoplatas largas”, “costas largas”, “ombros grandes”) (PORFÍRIO, 2020).

Por ter nascido em família de posses, fundou sua própria academia, a Academia de Atenas. Nos relata Maciel (2020), que Platão foi aluno de Sócrates e professor de Aristóteles, sendo um dos filósofos gregos mais conhecidos e estudados até os dias atuais, especialmente por sua obra ter sobrevivido praticamente intacta mais de 2400 anos, diferentemente do que aconteceu com a grande maioria de seus contemporâneos.

Platão e Aristóteles foram, de todos os filósofos, os que exerceram maior influência entre os antigos, os medievais ou os modernos. De ambos, teve Platão impacto mais profundo sobre a posteridade. Digo isso por duas razões: em primeiro lugar, porque o próprio Aristóteles é fruto de Platão; depois, porque a teologia e a filosofia cristãs, ao menos até o século XIII, foram muito mais platônicas do que aristotélicas. Faz-se portanto necessário, numa história do pensamento filosófico, dar a Platão — e em grau menor também a Aristóteles — mais atenção do que a quaisquer de seus predecessores ou sucessores (RUSSELL, 2015).

Seus escritos são em maior parte compostos por diálogos, tendo Sócrates como o personagem principal. Seus temas foram bastantes variados, sendo os principais sobre epistemologia, metafísica, ética e política.

Suas obras são marcadas por seu idealismo[5], “com base na noção de que o conhecimento das Ideias ou Formas puras, imutáveis e perfeitas é o único conhecimento verdadeiro (obtido pelo intelecto)” (PORFÍRIO, 2020).

A teoria do mundo da ideias, fez com que Platão fosse a base da filosofia cristã. “O conhecimento ideal estaria, segundo o filósofo grego, no Mundo das Ideais, estância metafísica racional que só poderia ser alcançada por nosso intelecto” (PORFÍRIO, 2020).

Platão além de influenciar os pensadores da época cristã, foi e continua sendo objeto de estudo de vários pensadores de todas as épocas.

3.10. Aristóteles

Segundo Russell (2015), Aristóteles nasceu em Estagira, na Trácia, colônia grega. Seu pai era médico da família do rei da Macedônia, o que lhe proporcionará um ensino sólido nas ciências naturais. E aos 18 anos se mudou para Atenas, para estudar na Academia de Platão.

Aristóteles foi um aluno além dos demais, “demonstrou sua grande capacidade de pensador escrevendo uma série de obras nas quais aprofundava, e muitas vezes, modificava as doutrinas de Platão” (FRAZÃO, 2019).

Elaborou um sistema filosófico que abordou sobre praticamente todos os assuntos existentes, como a geometria, física, metafísica, botânica, zoologia, astronomia, medicina, psicologia, ética, drama, poesia, retórica, matemática e principalmente lógica (FRAZÃO, 2019).

Na busca pela superação de seu mestre, “Aristóteles sugere, contra a teoria das ideias, uma série de argumentos muito bons, a maioria dos quais já encontrada no Parmênides de Platão” (RUSSELL, 2015). Dando início a metafisica[6] Aristotélica.

Contudo Russell (2015), nos relata que, Aristóteles permaneceu na Academia por quase duas décadas, até a morte do Platão, seu mestre, em 348-7 a.C.. Alguns anos mais tarde, torna-se tutor de Alexandre, que mais tarde ficou conhecido como Alexandre o Grande. Por volta de 335 a.C., volta para Atenas e funda sua própria escola, o Liceu. Passou os próximos 13 anos lecionando e escrevendo, até sua morte em 322 a.C.

Talvez o maior legado que Aristóteles tenha deixado para a posteridade seja a classificação sistemática das áreas do conhecimento, a lógica e a valorização do conhecimento empírico para a obtenção de qualquer conhecimento prático sobre o mundo (RUSSELL, 2015).

Aristóteles é considerado o filósofo mais completo de todos, servindo de inspiração para diversos pensadores. Sua metafisica serviu como base para toda filosofia cristã.

Sua contribuição para a humanidade foi tanta, que vários acadêmicos destinam-se a estudar apenas e exclusivamente Aristóteles.

3.11. METODOLOGIA

A metodologia utilizada no presente artigo constitui-se de investigação qualitativa, tendo como base revisão bibliográfica, que visa alcançar os objetivos que foram propostos.

Segundo Gil (2010, p.29) a pesquisa bibliográfica é “elaborada com base em material já publicado”, ou seja, através de consulta a matérias de outros autores.

Inicialmente, foi feita uma revisão bibliográfica por meio da leitura e interpretação, principalmente do livro História da Filosofia Ocidental, de Bertrand Russell, para melhor compreender cada momento da história e capturar o pensamento de cada pensador que se sobressaiu a sua época, também foram utilizados diversos artigos de outros autores.

A revisão bibliográfica foi feita mediante leitura sistemática, com fichamento de cada obra, de modo a ressaltar os pontos pertinente ao assunto em estudo abordados pelo autor em seus livro e fontes eletrônicas que abordam o tema proposto, as fontes de pesquisas foram em livros próprios e por artigos na internet.                    

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O surgimento da filosofia se deu com o surgimento da Civilização Grega. Esse momento da história é dividido em três períodos, Período Arcaico, Período pré-homérico e Período homérico. Os gregos além de incorporar conhecimentos de outras civilizações, inventaram a matemática, a ciência e a filosofia, além de escrever narrativas históricas em oposição aos anais.

Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo que temos relatos, além de filósofo, Tales foi matemático, engenheiro, astrônomo e dono de negócios, o que lhe proporcionou viajar para o Egito, absorvendo o conhecimento egípcio sobre a ciência e geometria. Tales buscava compreender qual é verdadeira origem do Universo, a substância original, tendo água como esse elemento.

Pitágoras sem dúvidas foi um dos homens mais brilhantes já vivos, utilizando a influência da matemática sobre a filosofia. Em sua viagem para o Egito, onde ao observar as pirâmides, criou o Teorema de Pitágoras. Também fundou uma escola de caráter místico-filosófico que ficou conhecida como “Escola Pitagórica”. Na escola, ele ministrou aulas nas áreas matemática, astronomia, música, filosofia, política, religião e moral.

Heráclito mesmo sendo Jônio, não pertencia à tradição científica dos de Mileto. Foi místico, tendo o fogo como a substância primeira. Foi o primeiro a elaborar uma teoria de prestigio, segundo a qual tudo está em fluxo, tudo muda o tempo todo, e o fluxo perpétuo é a principal característica da natureza.

Parmênides nasceu em Eleia e teria sido influenciado por Pitágoras, mas o que o torna importante é o fato de ter inventado uma forma de raciocínio metafísico. Para o filósofo, havia uma espécie de organização racional no universo que era infinita, uma, indivisível, imutável e imóvel.

Empédocles contribuiu tanto para a cosmologia quanto para a ciência, tendo sido o fundador da escola italiana de medicina, influenciando Platão quanto Aristóteles. Sua maior descoberta se deu a uma observação, a qual pode perceber que o ar é uma substancia independente.

Protágoras foi um dos mais importantes filósofos da corrente sofística. Foi um agnóstico e um homem cético, duvidando da existência dos deuses, dando origem a corrente filosófica ceticista. Protágoras é conhecido por sua célebre frase, “O homem é a medida de todas as coisas”.

Sócrates acreditava que a oratória era mais importante que a escrita, por isso nada escreveu. Tudo o que sabemos sobre Sócrates, foi descrito através de diálogos por seus discípulos, sendo os principais, Platão, Aristófanes e Xenofantes. Sócrates utilizava o método de busca do conhecimento, chamado por ele maiêutica. Para Sócrates, o reconhecimento da própria ignorância é o princípio do conhecimento. No final de sua vida foi perseguido, julgado e condenado à morte por corromper a juventude.

Platão foi aluno de Sócrates, e por ser de família abastada pode fundar sua própria escola, a Academia de Atenas. Seus escritos são em maior parte compostos por diálogos, tendo Sócrates como o personagem principal. Seus temas foram bastantes variados, sendo os principais sobre epistemologia, metafísica, ética e política. A teoria do mundo da ideias, fez com que Platão fosse a base da filosofia cristã.

Aristóteles foi aluno de Platão, demonstrando sua grande capacidade de pensador escrevendo uma série de obras nas quais aprofundava, e muitas vezes, modificava as doutrinas de Platão. Aristóteles sugere, contra a teoria das ideias, uma série de argumentos muito bons, na intenção de superar seu mestre, dando início a metafisica Aristotélica. Aristóteles é considerado o filósofo mais completo de todos, servindo de inspiração para diversos pensadores.

5. REFERÊNCIAS

FRAZÃO, Dilva. Sócrates, Biografia de Sócrates. 2019. Disponível em Ebiografia:  . Acesso em 18 de 08 de 2020.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa, São Paulo: Atlas, 1991

MACIEL, Willyans. Protágoras. 2020. Disponível em Infoescola Navegando e Aprendendo: < https://www.infoescola.com/biografias/protagoras/>. Acessado em 15 de 08 de 2020.

MELLO, Alessandra. Conheça a origem da Filosofia. 2020. Disponível em Católica EAD: < https://ead.catolica.edu.br/blog/origem-da-filosofia>. Acessado em 14 de08 de 2020.

PORFÍRIO, Francisco. Platão. 2020. Disponível em Mundo Educação: . Acesso em 17 de 08 de 2020.

RUSSELL, Bertrand. História da Filosofia Ocidental, livro 1: A Filosofia Antiga, Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2015.


[1] Na filosofia grega, a harmonia universal; o universo ordenado em leis e regularidades, organizado de maneira regular e integrada.

[2] Magna Grécia era a denominação que recebia o sul da península Itálica, região colonizada na Antiguidade pelos gregos depois da segunda diáspora grega. Num sentido mais amplo, inclui também a ilha da Sicília, onde também se verificou o fenómeno de colonização grega.

[3] Ceticismo é uma corrente filosófica fundada pelo filósofo grego Pirro (318-272 a.C.), caracterizada, essencialmente, por duvidar de todos os fenômenos que rodeiam o ser humano

[4] A maiêutica socrática tem como significado “dar à luz”, “dar parto”, “parir” o conhecimento (em grego, μαιευτικη — maieutike — significa “arte de partejar”). É um método ou técnica que pressupõe que "a verdade está latente em todo ser humano, podendo aflorar aos poucos na medida em que se responde a uma série de perguntas simples, quase ingênuas, porém perspicazes".

[5] O idealismo é uma corrente filosófica que defende a existência de uma só razão, a subjetiva. Por essa abordagem, a razão subjetiva é válida para todo ser humano, em qualquer espaço temporal ou físico.

[6] No aristotelismo, subdivisão fundamental da filosofia, caracterizada pela investigação das realidades que transcendem a experiência sensível, capaz de fornecer um fundamento a todas as ciências particulares, por meio da reflexão a respeito da natureza primacial do ser; filosofia primeira 


Publicado por: Augusto Tessaro

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