FISIOTERAPIA NA SÍNDROME DA BEXIGA HIPERATIVA EM MULHERES

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1. INTRODUÇÃO

Ao analisar os fatos, percebemos um escassez do conhecimento sobre a SBH, percebemos também a falta de interesse ou informação das mulheres que apresentam essa síndrome, muitas mulheres acham que é algo normal a perca involuntária de urina.

Levaremos informações ricas em conhecimentos científicos, promoveremos a saúde dessas mulheres, mostrando o que é, como se trata e o impacto que pode causar em sua qualidade de vida, principalmente nas que não tem noções básicas sobre do que se trata, achando assim ser algo normal.

A SBH é uma patologia de urgência urinária e noctúria, somada com a perca involuntária de urina, que pode acarretar diversas limitações na vida diária das mulheres. O diagnóstico é feito em forma de exclusão de outras incontinências, disfunções pélvicas ou patologias neurológicas que podem causar incontinência, é feito de forma clínica já que não a uma causa devidamente provada sobre o que provoca e nem exames que comprovem a definitiva causa.

A uma relação entre muitas mulheres que apresentam caso de depressão e ansiedade, seja tanto causada pela síndrome ou a síndrome causada por elas, sendo uma ligação em comum, tanto que o tratamento é feito através da terapia comportamental, que é uma associação entre eles reabilitação fisioterapêutica, assistência psicológica, reeducação hídrica. Tendo uma melhor eficacia a associação.

2. O PROBLEMA

A falta de informação ou até mesmo desinteresse leva mulheres a não saberem que a perda involuntária de urina é algo anormal em um organismo considerado saudável. No caso da SBH, a própria comunidade científica se mostra pobre de informações sobre um assunto tão importante. Como a fisioterapia pode trabalhar na promoção da saúde da mulher com síndrome da bexiga hiperativa?

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Discutir as formas de promoção em saúde da mulher com a Síndrome da Bexiga Hiperativa – SBH.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

  • Compreender o que é a SBH – Síndrome da Bexiga Hiperativa;
  • Demonstrar como ela afeta a vida das mulheres portadoras da patologia;
  • Apontar tratamentos fisioterapêuticos para a promoção em saúde alcançar o maior número de mulheres possível.

4. JUSTIFICATIVA

É de suma importância enriquecer o conhecimento sobre a SBH, com informações relevantes para a conscientização das mulheres e, consequentemente, a promoção de sua saúde.

Muitas desconhecem completamente tal assunto, principalmente as da terceira idade. Vê-se que muitas, por não terem tido acesso a essas informações, veem a síndrome como algo normal.

Sendo assim, é igualmente importante apresentar formas de promoção da saúde para a vida da mulher, para que tenham acesso a uma qualidade de vida melhor.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

(Arruda RM, Castro RA, Souza RC, 2018, p. 394). Disserta que a bexiga hiperativa é uma síndrome que se caracterizada pela urgência miccional (não de forma fisiológica), acompanha aumento da frequência urinária e de noctúria, sendo na ausência de fatores infecciosos, metabólicos ou locais. Não há classificação específica para bexiga hiperativa no Código Internacional de Doenças (CID-10).

(ROGÉRIO SIMONETTI ALVES, 2010, p. 253). Fala que a característica principal é pelos sintomas de urgência urinária com ou sem incontinência de urgência, acompanhada de aumento na frequência miccional e noctúria, sem causa local ou metabólica.

(ADÉLIA CLG E GABRIELA CAROLINA CCM, 2019, p. 15/16). Disse que não à causa definida, há suposições e algumas relações de fatores comportamentais ou disfunções musculares. As disfunções musculares é o funcionamento inadequado do músculo detrusor, que deve permanecer relaxado durante o enchimento, mas em vez disso ele realiza uma contração fora de hora, causando uma pequena perda de urina e desejo súbito de urinar.

(VERA PS; ALEXANDRE L; FRANCISCO C; LUIS MIGUEL AM; MANUELA MC; MARIA GERALDINA C; PAULO S, 2017, p. 6/7). Disserta que a forma de abordagem diagnóstica da SBH obriga identificação de sinais e sintomas que caracterizam esta condição e exclusão de outras perturbações que possam ser responsáveis pelos sintomas do doente. Os sintomas de esvaziamento, dor pélvica ou sintomas neurológicos devem ser excluídos.

(ROGÉRIO SIMONETTI ALVES, 2010, p. 253). Disse que o diagnóstico de bexiga hiperativa é clínico. O diário miccional é muito útil, ajuda a ter uma base de frequência urinária da paciente. Na avaliação inicial deve descarta outras patologias, a avaliação ginecológica permite a avaliação do assoalho pélvico e pode mostrar distopias dos órgãos pélvicos, atrofia genital ou vulva vaginites. O teste de esforço, feito com a bexiga cheia, pode evidenciar incontinência urinária. Insuficiência cardíaca pode estar relacionado a edema de membros inferiores, assim consequentemente a redistribuição dos líquidos corporais, podendo gerar noctúria. Já o exame neurológico pode excluir disfunção miccional neurogênica. Também devem ser avaliadas alterações de marcha, equilíbrio, sensibilidade perineal, tônus do esfíncter anal e de reflexo bulbocavernoso.

(ADÉLIA CLG E GABRIELA CAROLINA CCM, 2019, p. 15/16). Falam que esse caso da SBH, a fase de enchimento inclui a urgência que pode ser caracterizada pela frequência urinária aumentada; número de micções ao dia aumentado (normal 8 vezes ao dia); noctúria (sono interrompido com a vontade de urinar. Já a fase de esvaziamento inclui hesitação (vontade de urinar mas a urina demora a sair); esvaziamento incompleto (mesmo após urinar, permanece com vontade de micção); sensação de fluxo baixo (jato urinário fraco e as vezes é preciso fazer mais força para urinar).

(DAIANA MS; MARIANA LUISA VF; KARINE CB; JOSÉ Ata de NANIAS V NETO; MÔNICA OBO; CAMILA TMV, 2017, p.) Disserta que a incontinência é uma condição comum em muitas populações, ocasionando dificuldade em obter dados epidemiológicos consistentes. Talvez por falta de informação e pela população achar ser algo normal, essa condição fica associada a baixas taxas de busca por cuidados de saúde.

(DAIANA MS; MARIANA LUISA VF; KARINE CB; JOSÉ ANANIAS V NETO; MÔNICA OBO; CAMILA TMV, 2017) Disse que mulheres com incontinência urinária, apresentam mais deprimidas, psicologicamente estressadas, com distúrbios emocionais e socialmente isoladas. Podendo levar a limitações maiores em seu dia a dia, comparado a sintomas isolados, o que pode justificar as mulheres apresentarem piores avaliações.

(IANE GLAUCE RM, 2016, p. 21). Fala que há uma piora das atividades diárias, como: domésticas, físicas, sexual e alteração no sono, há também uma prevalência de depressão, ansiedade, vergonha e fadiga em mulheres com incontinência.

VERA PS; ALEXANDRE L; FRANCISCO C; LUIS MIGUEL AM; MANUELA MC; MARIA GERALDINA C; PAULO S, 2017). Falam que para além da caracterização dos sintomas também é igualmente importante determinar o nível de desconforto e incômodo, desta paciente. A SBH tem um impacto grande na interação social, produtividade laboral e qualidade de vida. Todo esse impacto deve ser avaliado, para desenvolver um plano de tratamento individualizado que melhore a qualidade de vida da mesma.

(PAULO TEMIDO; RICARDO BORGES, 2012, p. 16). Disserta que a SBH influencia negativamente na qualidade de vida, aumenta os índices de depressão e reduz a qualidade do sono. Efeitos psicológicos, com sentimentos de medo, vergonha e culpa. Pode causar preocupações relacionadas ao odor, sensação de sujidade, incontinência durante a atividade sexual, podem levar à evicção de situações de intimidade.

As principais queixas dos sujeitos com sintomas urinários são: depressão, ansiedade, vergonha/retraimento, alterações da autoestima, do sono, do relacionamento social, sexual e familiar e da qualidade de vida propriamente dita. Em geral, essas questões são trazidas através da avaliação de instrumentos genéricos de qualidade de vida, o que tem apontado para a necessidade do uso de instrumentos específicos de avaliação e diagnóstico destas queixas, entre elas a depressão e a ansiedade em mulheres com Bexiga Hiperativa. (IANE GLAUCE RM, 2016, p. 22/23).

(MARA R. KNORST; THAIS L. RESENDE; JOSÉ R. GOLDIM, 2011) Falam que a SBH causa grande desconforto, perda da autoconfiança, podendo levar a infecções urinárias, úlceras de pressão e dermatose de períneo. Leva a implicações: médica; social; psicológica e econômica. Leva também a alteração do estilo de vida. A associação significativa com a depressão, sugere uma pergunta simples durante anamnese: “Você se sente deprimida?”, sendo útil no rastreamento de sintomas depressivos, a depressão é significamente mais frequente em mulheres com SBH.

(PAULO TEMIDO; RICARDO BORGES, 2012, p. 9). Fala que de acordo com a severidade dos sintomas, ira ser traçado um plano de tratamento, existe três modalidades terapêuticas disponíveis: farmacológica, terapia comportamental e reabilitação.

(ROGÉRIO SIMONETTI ALVES, 2010, p. 255). Disse que o tratamento é conservador sendo a primeira linha de conduta para BH, é um tratamento é feito em associação, com a reabilitação do assoalho pélvico, medicação oral e terapia comportamental, sendo mais efetivo do que feito isoladamente. Pacientes devem ser orientados que não há cura, mas melhora a qualidade de vida.

Também designada como modificação comportamental, visa alterar a atitude do indivíduo e a sua interação com o ambiente, para melhorar o controlo vesical. Apresenta vários componentes de atuação: 1) Educação, 2) Modificação dietética e de estilo de vida, 3) Treino vesical, 4) Terapia muscular do pavimento pélvico, e 5) Automonitorização com diário miccional. (PAULO TEMIDO; RICARDO BORGES, 2012, p. 10).

(MESQUITA LA, CÉSAR PM, MONTEIRO MVC, SILVA FILHO AL, 2010) Disse que a terapia comportamental vê a relação dos sintomas da paciente com o seu ambiente, para fazer modificações de maus hábitos miccionais, educação da paciente em relação ao hábito urinário, reeducação vesical, exercícios do assoalho pélvico, estratégias para o controle de desejo miccional e orientação para ingestão hídrica.

(ARRUDA RM, CASTRO RA, SOUZA RC, 2018, p. 396) Falam que o tratamento comportamental visa: educação sobre o trato urinário inferior, hábitos alimentares, ingestão hídrica (de dois a três litros de líquidos por dia), reabilitação vesical e do assoalho pélvico, também orientação para reduzir a ingestão hídrica nas horas que antecedem o sono ajuda na noctúria.

(ROGÉRIO SIMONETTI ALVES, 2010) Fala sobre um conjunto de ações para a mudanças de hábitos, como reeducação alimentar e comportamental diante da SBH. Especialistas recomendam a reeducação alimentar evitar bebidas alcoólicas, gaseificadas e cafeinadas. A paciente também deve evitar o consumo de líquidos durante a noite, pois ajuda na noctúria. Pacientes com constipação intestinal deve tratar corretamente a mesma, pois sabe-se que a parte fecal pode causar interferência no trato urinário inferior.

6. METODOLOGIA

As pesquisas serão feitas com base em revisão bibliográfica, estudando trabalhos publicados nos últimos dez anos (2010/2020).

Locais de busca: Livros, revistas e artigos científicos, devidamente citados na bibliografia, todos na língua portuguesa

Palavras chaves para a busca: Incontinência urinaria; bexiga hiperativa e músculo detrusor.

7. CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

8. REFERÊNCIAS

GIRARDI, Adélia Correia Lúcio; MAIORAL, Gabriela Carolina Carozi Cristofani. Fisioterapia na saúde da mulher. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019.

ZERATI FILHO, Miguel; NARDOZZA JÚNIOR, Archimedes; DOS REIS, Rodolfo Borges. Urologia fundamental. São Paulo: Planmark, 2010. Disponível em . Acessado em 14/05/2020.

BORGES, Ricardo; TEMIDO, Paulo. Urologia em medicina familiar: Bexiga hiperactiva. Portugal: Associação Portuguesa de Urologia, 2012. Disponível em . Acessado em 14/05/2020.

DA SILVA, Vera Pires. Bexiga Hiperativa: Plano de Cuidados Integrados (ICP). Portugal, 2017. Disponível em . Acessado em 14/05/2020.

SABOIA, Dayana Maia et al . Impacto dos tipos de incontinência urinária na qualidade de vida de mulheres. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 51, 2017. Disponível em . Acessado em 14/05/2020.

MELOTTI, Iane Glauce Ribeiro. Correlação de depressão, ansiedade e síndrome da bexiga hiperativa em mulheres: estudo transversal e revisão sistemática da literatura. Campinas, 2016. Disponível em . Acessado em 14/05/2020.

KNORST, Mara R.; RESENDE, Thais L.; GOLDIM, José R.. Perfil clínico, qualidade de vida e sintomas depressivos de mulheres com incontinência urinária atendidas em hospital-escola. Rev. bras. fisioter., São Carlos, v. 15, n. 2, p. 109-116, abril 2011. Disponível em . Acessado em 14/05/2020.

FRANCO, Maíra de Menezes et al. Avaliação da qualidade de vida e da perda urinária de mulheres com bexiga hiperativa tratadas com eletroestimulação transvaginal ou do nervo tibial. Fisioter. Pesqui., São Paulo, v. 18, n. 2,
p. 145-150, junho  2011. Disponível em . Acessado em xxx.

MESQUITA, Luciana Aparecida et al. Terapia comportamental na abordagem primária da hiperatividade do detrusor. FEMINA, janeiro 2010, vol 38, nº 1,
p. 23-29. Disponível em < http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2010/v38n1/a004.pdf>. Acessado em xxx.

Lara LA, Lopes GP, Scalco SC, Rufino AC, Troncon JK, Serapião JJ, Aguiar Y. Anamnese em sexologia e os critérios diagnósticos das disfunções sexuais. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. a


Publicado por: YANNA BEATRIZ SCHUWARTZ CASTRO

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