FARMÁCIA HOSPITALAR: Distribuição de medicamentos hospitalares: Coletivo, individualizado, dose unitária e misto

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1. RESUMO

Dentro de um hospital a farmácia possui um papel de suma importância, a qual possui garantir o uso seguro e racional de cada medicamento e o melhor método para se dispensar este item. As atividades prestadas pelas farmácias têm como destaque a programação, armazenamento, distribuição e acompanhamento dos casos dentro dos hospitais garantindo assim um ambiente mais seguro e eficaz no momento da dispensação dos medicamentos, dentre essas dispensação existe maneiras a qual o medicamento deve ser distribuído e a melhor forma a ser utilizada para evitar erros de aplicações e gastos desnecessários com uso inadequado. Desta maneira o objetivo deste estudo é mostrar como este fluxo é feito dentro de uma farmácia hospitalar.

Palavras-Chave: Coletivo; individualizado; dose unitária e combinada/misto.

2. INTRODUÇÃO

A equipe médica assumiu a direção dos hospitais, a partir do século XIX, como a representação da ciência e saúde. Após assumir a gerência dos hospitais foi criada uma rotina de visitas técnicas, onde estes profissionais juntamente com a enfermagem prestavam assistência aos pacientes hospitalizados. Os boticários, tinham que permanecer nas farmácias, com a obrigação de manipular os medicamentos para ser distribuídos e aplicados nos pacientes. Por muitos anos, os hospitais não tinham assistência farmacêutica de qualidade. No início do ano de 1942, formou-se a American Society of Hospital Pharmacists (ASHP) que significa Sociedade Americana de Farmacêuticos do Sistema de Saúde, é uma organização profissional que representa farmacêuticos que atuam como prestadores de assistência ao paciente em ambientes de atendimento agudo e ambulatorial, que até hoje é uma referência mundial. A ASHP tem alimentado a atuação do farmacêutico como uma parte importante na equipe de saúde (SANTOS, 199; SANTOS, 2006).

No Brasil a partir dos anos de 1950 surgiu as primeiras farmácias hospitalares e este fato aconteceu nos hospital-escola, e nas Santas Casas de Misericórdia, e, em 1975 conseguiu introduzir a disciplina farmácia hospitalar no currículo do curso de Farmácia (CAVALLINI & BISSON, 2002; SANTOS, 2006).

Quando estudamos sobre as atribuições do trabalho farmacêutico dentro do hospital, observamos o tamanho da importância deste profissional da saúde em todo o mundo, e, podemos verificar a diferença para outras cidades ou países, onde o farmacêutico possui uma maior autonomia com a equipe médica, já que no Brasil o profissional tem uma baixa autonomia para decidir qual o melhor tratamento o paciente deve obter (KUHENER, OLIVEIRA, 2010).

O paciente é quem mais se beneficia das ações que farmacêutico atribuiu dentro do hospital, é dever do profissional dar total assistência ao paciente, conseguindo colocar em prática todos os seus, valores éticos, conhecimentos adquiridos, funções e comprometimento. Hepler, descreve a assistência farmacêutica como uma ação baseada na farmacopeia, com o objetivo de obter melhor resultados na qualidade de vida do paciente (KUHNER, OLIVEIRA, 2010).

Atualmente dentro do hospital, a farmácia hospitalar tem como competência, garantir o uso racional dos medicamentos prescrito pela a equipe médica. A assistência farmacêutica estabelece um sistema com objetivo relevante no âmbito de serviços a saúde, não só por ter insumos básicos para cuidados aos pacientes, mas também pelos altos custos que esse sistema precisa, já que para poder atender a demanda necessário os farmacêuticos precisam ter uma equipe qualificada para auxilia-los no que for necessário (SIMONETTI et al., 2009).

Hoje dentro de um hospital, o farmacêutico não está somente limitado na parte administrativa ou na programação de compras de medicamentos e na organização operacional dos seus colaboradores. A tendência é fazer que os farmacêuticos tenham mais acesso aos hospitalizados, tendo o medicamento como instrumento direto de trabalho. O farmacêutico auxilia no apoio técnico junto à equipe de saúde, nos quadros clínicos dos pacientes durante a sua estadia dentro no hospital, tendo como objetivo juntamente com os médicos achar a melhor opção nestes quadros clínicos (GOMES; REIS, 2000; SBRAFH, 2007).

O farmacêutico tem diversas finalidades dentro do hospital, e tem como uma das suas prioridades alcançar os mesmos com efetividade e eficácia na orientação e assistência ao paciente (GOMES; REIS, 2000. STORPIRTIS, et al.; 2008). Essas funções são distribuídas nas seguintes atribuições: (1). Participar diretamente na seleção dos medicamentos necessários ao perfil do hospital realizado pela comissão de farmácia e Terapia. (2). Realizar o planejamento, obtenção, armazenamento, dispensação e controle dos medicamentos para a saúde. (3). Executar manifestos que contribuam para a racionalidade do uso seguro de medicamentos. (4). Colocar em vigor um sistema com efetividade, e eficiente na distribuição de medicamentos e produto de saúde. (5). Desenvolver e/o oficinas de produtos e/o medicamentos não estéreis, empregada a atender os pacientes. (6). Inserir um sistema de farmacovigilância para prevenção e identificação no auxílio as reações adversas dos medicamentos. (7) Participar da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) auxiliando as decisões políticas e técnicas relacionadas, com importância, à seleção, aquisição, no controle de antimicrobianos, saneantes e germicidas. (8). Fazer parte do grupo Comissão de terapia Nutricional, tendo como objetivo a visitação e avaliação nutricional. (9). Auxiliar com suporte técnico nos ensaios clínicos com os medicamentos hospitalares. (10). Ajustar-se à realidade, da organização, observando a realidade financeira, econômica, cultural, social e política, tendo como preceitos éticos, e morais que o farmacêutico possui. (11). Desenvolver trabalhos e pesquisas próprias com uma equipe multidisciplinar. (12). Efetuar acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes hospitalizados e ambulatórias, com a implementação da farmácia clínica. Para ter seu objetivo alcançado pela farmácia hospitalar deve ter um sistema muito eficiente. (GOMES; REIS, 2000; MAIA, 2005).

O farmacêutico hospitalar deve implantar um sistema para racionalizar a distribuição dos medicamentos prescritos pela equipe médica, este sistema irá permitir que ocorra menos erros e de uma maior segurança ao paciente.  A definições deste sistema, será feita pelo comitê interdisciplinar que é composta pela a equipe de: enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, administradores, diretores clínicos e pelos farmacêuticos clínicos. Os medicamentos antes de serem dispensados, esta equipe terá que analisar todo o caso clínico em que o paciente se contra e só assim fazer a dispensação correta do uso medicamento (GOMES; REIS, 2000; SBRAFH, 2007).

É responsabilidade do farmacêutico dispor a esquipe interdisciplinar e pacientes informação sobre a eficácia, qualidade segurança e custo dos produtos e medicamentos. O farmacêutico hospitalar deve divulgar boletins com informativos sobre o risco e uso de cada medicamento. O farmacêutico deve ser responsável direto a distribuição dos medicamentos, orientação aos riscos e tudo que engloba ao uso racional dele (GOMES; REIS, 2000; SBRAFH, 2007).

3. OBJETIVO GERAL

Explicar: A distribuição de medicamentos hospitalares de forma: Coletivo; individualizado; dose unitária e misto

4. METODOLOGIA

A metodologia utilizada para desenvolver esta monografia foi analisar de forma geral em que cada conceito de distribuição de medicamentos sendo ela: coletivo; individualizado; dose unitária ou mista é aplicado dentro da farmácia hospitalar.

5. DESENVOLVIMENTO

5.1. HOSPITAL

Conforme a Organização Munida da Saúde, o hospital é parte de uma estrutura médica e social que tem como finalidade prestar cuidados aos pacientes no estado preventivo ou curativo. Seu modo de proceder deve estar em nível terciário e quaternário na atenção a saúde, para manter todos os recursos necessários na funcionalidade do hospital (PAIM, 2003).

Podemos dividir ou classificar um hospital em diversas maneiras, sendo elas: regime jurídico, porte do hospital, serviços prestados, corpo clínico (aberto ou fechado), qual o tipo de construção ou edificação, e a quantidade de tempo a qual o paciente vai permanecer dentro do setor (BISSON & CAVALLINI, 2002).

A unidade hospitalar é dividida por setores de serviços administrativos e serviços técnicos. Os setores administrativos são formados pelos seguintes departamentos: departamento pessoal ou recursos humanos, tecnologia de informação, segurança, engenheira clínica, manutenção predial, financeiro. Já os serviços técnicos são formados por: diretoria clínica, enfermagem, nutrição e dietética, assistência social, serviço de arquivamento médico e estético, fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia e farmácia. Alguns desses serviços podem também ajudar no conjunto administrativo isso vai depender da diretoria do hospital (BISSON & CAVALLINI, 2002).

As áreas que correspondem aos serviços hospitalares estão: serviço de farmácia hospitalar, que possui um importante imprescindível por motivo de recebimento, armazenagem e dispensação de medicamentos para ter um cumprimento terapêutico excelente ao paciente (MARIAN et al., 2003).

6. FARMÁCIA HOSPITALAR

A farmácia hospitalar é de caráter clínico e assistencial, que possui capacidade administrativa e gerencial, sendo uns dos serviços essenciais no hospital. A farmácia hospitalar é responsável pela distribuição segura e racional dos medicamentos, podendo estar ligada a direção do hospital (SBRAFH, 2008).

Segundo a Sociedade Brasileira de farmácia hospitalar, define como atribuições da farmácia hospitalar: armazenagem, distribuição, dispensação e controle dos medicamentos e produtos que visa a saúde e a melhora dos pacientes internados e os que estão nos ambulatórios do hospital (SBRAFH, 2008).

Conforme as competências de uma instituição hospitalar, o departamento de farmácia é um dos principais setores, conforme o seu comprometimento na diminuição de custo e racionalização da terapia, dando um melhor desempenho no controle de despesas e contribuindo para uma melhor qualidade dos materiais utilizados (GONÇALVES, 1988).

A distribuição de medicamento dentro de um hospital tem como finalidade, garantir que os materiais e medicamentos seja feito de maneira segura e com quantidade conforme solicitada pela prescrição. A diversos métodos que pode ser empregada, porem precisa ser considerado: custo x efetividade, garantia de qualidade no momento da atividade, estrutura do local e do serviço da farmácia (NETO, 2005).

O conselho regional de farmácia regulamenta através da resolução 492/08, que os exercícios prestados pelo profissional ao atendimento pré-hospitalar, e em outros setores do hospital sendo ela privada ou pública. Esta resolução se dá como o farmacêutico deve exercer sua competência e atribuição no setor hospitalar. (SBRAFH, 2008).

7. MEDICAMENTO

Nos anos 60, os medicamentos começaram a ser vistos como um problema, e não como um método terapêutico. Com isso permite entender que a utilização dos medicamentos mesmos em suas melhores condições não diminui a possibilidade de ter efeitos indesejados e a possibilidade de erro (CASTRO, 2000).

Atualmente no Brasil estimasse que exista uma quantidade de mais ou menos 2.500 princípios ativo e três tipos de diferentes grupos sendo eles: referência aquele que se refere por marca ou original, os genéricos que carrega o nome principal que é o princípio ativo e os similares. Geralmente os primeiros são descobertos pelas grandes industriais laboratoriais, essas indústrias patenteiam e lançam no mercado após passarem por diversos testes em laboratórios e animais. Já os genéricos que foi criado pela Lei 9.787/99, reproduz os de referência fazendo que essa reprodução passe pelos testes de bioequivalência e biodisponibilidade, verificando se o medicamento está apto para ser registrado no Mistério da Saúde e vendido como genérico. Os similares podem assim como o genérico reproduzir os medicamentos patenteados pelo o de referência, e estes não passam por testes e são registrados como nomes comerciais (BRASIL. MS. ANVISA, 21003; FRANÇA, 2005).

No sistema de saúde os medicamentos vêm ocupando um lugar dominante para alcançar fins no tratamento a doenças, porque para muitas pessoas a utilização dos medicamentos é a busca para a cura, mas a utilização destes em alta frequência pode ocasionar uma gravidade ainda maior na doença a qual o paciente está procurando a cura. Existe uma estimativa que aproximadamente 80% a 90% os pacientes saem do consultório com a prescrição em mãos (FERNANDES, 1998).

Em um âmbito hospitalar o método a qual os medicamentos são dispensados vai depender de uma junção entre equipe médica, equipe de farmácia e a equipe de enfermagem, estes setores vão decidir qual a melhor maneira para ser prescrito, dispensado e administrado no paciente. Todos sempre vão sempre visar a qualidade, eficácia e segurança do paciente (NADZAN, 1998).

A utilização indevida dos medicamentos vem causando uma enorme preocupação entre os profissionais da saúde, pois muitas pessoas estão utilizando de uma forma inadequado, ou seja, se automedicando, isso é gravíssimo porque o uso em excesso, ou a não utilização do tratamento certo, traz desperdício e perigo a saúde (NADZAN, 1998).

7.1. ERRO DE MEDICAÇÃO

Para entender como o sistema de medicação é feito, foi necessário fazer um método para realizar e fornecer o tratamento correto ao paciente. A empresa Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations, conseguiu realizar um processo para o sistema de medicação, e, é baseado em cinco etapas, são elas: seleção dos medicamentos, prescrição, obtenção dos medicamentos, preparo e dispensação, mas esses processos e a quantidade de etapas podem variar de um hospital a outro (MIASSO et al. 2006ª; JCAHO, 2007).

A poucas estáticas divulgada no Brasil sobre os erros de medicação, porém não pode se isentar o país deste problema, mais sim ficar ainda mais atentos, pois os erros estão em diversas modalidades como, falta de comunicação, embalagens com rotulagem mal interpretadas, administração do medicamento, prescrição indevida, uso irracional destes produtos e outros tantos erros. Devemos sempre presta muita atenção quando falamos de medicamentos, porque o uso indevido pode ocasionar danos gravíssimos podendo levar até o óbito (ROSA, 2003).

Foi realizado uma pesquisa nos Estados Unidos, onde relata que 38% de erro ocorre na administração do medicamento, 12% é quando vai transcrever uma receita, 39% é no momento em que prescreve o medicamento e 11% na dispensação (OSORIO DE CASTRO & CASTILHO, 2004).

Um estudo feito em 250 hospital no Brasil, no qual pesquisadores realizaram dentro das farmácias hospitalares um diagnóstico de como estava sendo dispensação dos medicamentos, no final do estudo foi concluído que: 0,4% utilizada como dispensação o método unitário, 51,2% usa sistema coletivo, ressalta ainda que 53% das farmácias pesquisadas preenche os requisitos de boas práticas de dispensação, ou seja 49% usa de modo errado a dispensação dos medicamentos (OSORIO DE CASTRO & CASTILHO, 2004).

Foi criado nos anos 60 por um grupo profissionais farmacêuticos hospitalares, um projeto para viabilizar a redução de erros na dispensação dos medicamentos. Em relação aos erros de dispensação feito por sistema tradicional e o de sistema de distribuição de medicamentos por dose unitária (SDMDU), observou-se que os erros oscilavam entre 5,7% e 17% em sistema tradicional e 0,9% no SDMDU (CIPRIANO, 2004).

Os estudos criados demonstraram que os hospitais que utilizaram os métodos da SDMDU, diminuíram seus gastos entre 25% a 45% no uso de medicamento, e isso foi de grande importância pois com a redução destes gastos os hospitais puderam investir em outras infraestruturas (Ribeiro, 1993; Carestiato; Ferreira, 1996).

Erros podem ocorrer nas dispensações, mas quanto maior for a segurança e a eficácia melhor será o serviço de qualidade dos hospitais (CIPRIANO, 2001).

8. SISTEMA DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTO

Na farmácia hospitalar teoricamente existe duas maneiras na dispensação de medicamentos definidas pelo hospital, são elas: dispensação extra-hospitalar que tem como destino os pacientes que estão nos ambulatórios, e a dispensação intra-hospitalar que visa a dispensação para pacientes que estão internados (MOLERO & ACOSTA; 2002).

O farmacêutico tem como responsabilidade, à entrega e dispensação dos medicamentos, mediante a receituário ou prescrição médica, visando sempre todas as informações contida, para que assim seja entregue de forma segura e eficaz (ORTIZ, 2004).

A dispensação intra-hospitalar, não é entregue diretamente ao paciente, ela é entregue para a equipe profissional de enfermagem e está e responsável pela administração dos medicamentos prescritos pelo os médicos (LUIZA & GONÇALVES, 2004).

As variadas maneiras de dispensar um medicamento referem-se sobre o caminho em que os medicamentos vão chegar até ser entregue ou administrado no paciente. A maneira em que os medicamentos serão dispensados pela farmácia é umas mais importantes tarefas dentro dela. Por que é através desta dispensação, conseguimos evitar gastos e ter mais segurança (WILKEN & BERMUDEZ, 1999).

As dispensações dos medicamentos são classificadas das seguintes formas: (RIBEIRO,2008; SILVA et al.,2000).

• Coletiva;

• Individualizado

• Dose unitária;

• Misto (quando, a mais de um tipo de sistema)

8.1. SISTEMA DE DISPENSAÇÃO COLETIVO

O método de dispensação coletivo é o mais atrasado, pois ele não leva em consideração a real função da farmácia dentro de um âmbito hospitalar, que tem como uns dos principais objetivos o armazenamento seguro dos medicamentos e materiais. Este sistema é caracterizado pelo fato que o medicamento precisa ser distribuído por unidade de serviço e/ou internação, feita pela equipe de enfermagem (GOMES & REIS, 2003).

O sistema coletivo é considerado uns dos métodos mais utilizados, cerca de 50% hospitais brasileiros fazem uso do método de dispensação coletivo. Porém é um sistema que possui um mal planejamento não só na dentro da farmácia hospitalar como também no hospital em modo geral, pois os gastos com medicamento de é extremamente alto, e não há uma determinação de quantidade mínima a ser uso dentro do hospital (OSÓRIO DE CASTRO & CASTILHO, 2004).

8.1.1. Vantagens e Desvantagens do Sistema de Dispensação Coletivo

Vantagens

• Facilidade de acesso aos medicamentos;

• Horário de funcionamento;

• Registro de movimentações ou requisições de entrada e saída;

• Quantidade reduzida de funcionários;

• Distribuição rápida;

• Pouco volume.

Desvantagens

• Controle desorganizado e descentralizadas dos estoques;

• Perdas por validades, desvios e armazenamento incorreto;

• Falta de garantia de qualidade;

• Farmacêutico não participa diretamente na dispensação ao paciente;

• Desvios das atividades da equipe de enfermagem;

• Aumento de erros de medicação no momento da dispensação.

8.2. SISTEMA DE DISPENSAÇÃO INDIVIDUALIZADO

O método de dispensação individualizo é caracterizado quando o medicamento é dispensado por paciente, em um período de 24horas, geralmente divide-se esse sistema em direto e indireto (GOMES & REIS,2003).

Quando se fala no sistema de dispensação individualizado direto, refere-se à dispensação conforme descrito na cópia da prescrição médica, com isso consegue-se ver uma participação mínima do farmacêutico no tratamento do paciente.

Já o sistema de dispensação individualizado indireto é feito conforme a transcrição da prescrição a qual o médico fez, esta solicitação é feita diretamente para farmácia conforme o paciente (GOMES & REIS,2003).

Em alguns hospitais aqui no Brasil já é adota este método de dispensação, tendo algumas variações de uma rede hospitalar para outra como por exemplo: Fluxo de rotina operacional, dispensação por dose, prescrição médica, modo de preparo, à diversas maneiras de operacional o sistema de dispensação individualizado. Uma delas é: dispensar os medicamentos em um compartimento como de saco plástico unitário contendo as informações do paciente, com os medicamentos de forma desorganizada, essa dispensação fica disponível em um período de até 24horas (GOMES & REIS,2003).

8.2.1. Vantagens e Desvantagens do Sistema de Dispensação Individualizado

Vantagens

• Quantidade menor de erros na administração dos medicamentos;

• Diminuição de estoque;

• Evita desorganização do estoque;

• Garantia e qualidade no controle do estoque;

• Inclusão da farmácia na equipe multiprofissional;

• Menor quantidade de desvio e erros.

Desvantagens

• Custo para implantação do projeto e máquinas/equipamentos;

• Funcionamento interrupto da farmácia 24horas

• A enfermagem continua com suas atividades de dispensação

8.3. SISTEMA DE DISPENSAÇÃO COMBINADO OU MISTO

Neste sistema combinado ou misto a distribuição de medicamento feito pela farmácia é por prescrição ou solicitação via sistema (GOMES & REIS, 2003).

Portanto uma parte deste sistema é individualizado e a outra e coletivo, a forma individualizada se dar por meio de internação parcial ou integral, já a coletivo é através dos serviços de: ambulatórios, serviços de urgências, endoscopia e radiologia. Este sistema é indicado que as requisições de matérias e/ou medicamentos seja abastecida pela equipe de farmácia, junto com equipe de enfermagem conforme a justificando o uso dos medicamentos. Com isso a diminuição de erros através da equipe de enfermagem se torna menor, gerando assim uma diminuição de custo dentro do hospital (GOMES & REIS, 2003).

8.4. SISTEMA DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR DOSE UNITÁRIA

Na década de 60 os farmacêuticos americanos desenvolveram o sistema de dispensação por dose unitária, eles perceberam que havia uma necessidade para um controle maior dos medicamentos com uma potência maior de efeitos colaterais (GOMES & REIS, 2003).

A dispensação por esse método é feita através da cópia prescrita pelo médico no consultório, uma via desta prescrição vai para a farmácia a outra fica com os controladores, com isso os medicamento é separado e dispensado para a equipe de enfermagem fazer a administração no paciente (ASHP, 2002; NAPAL et al., 2002).

A medicação dispensada é prepara por dose e concentração única e determinada para cada paciente, esses medicamentos e matérias sai da farmácia de forma unitarizada contendo todas as informações do paciente em uma etiqueta, assim cada pessoa recebe a administração correta conforme prescrição (GOMES & REIS, 2003).

O sistema de dispensação por dose unitária consiste em um melhor método para organização e dispensação dos medicamentos. O processo de organização seda porque toda prescrição feita pelo médico automaticamente vai para a farmácia através da informatização implantada no hospital, com isso a equipe da farmácia com o acompanhamento do farmacêutico consegue separar de modo correto e que não aja desperdício, e, caso tenha alguma erro na prescrição o farmacêutico clinico consegue intervir na administração do medicamento (GOMES & REIS, 2003).

8.4.1. Três tipos de Sistema de Distribuição por Dose Unitária

Sistema combinado: Se dá quando a farmácia central e a farmácia satélite, estão trabalhando ao mesmo tempo atuando na preparação de doses medicamentosas, fazendo que o tempo seja otimizado (GOMES & REIS, 2003).

Sistema centralizado: é quando a farmácia central faz a distribuição dos medicamentos preparado para todo hospital, pelo simples fato que o controle do estoque esteja sendo monitorado pelo farmacêutico (GOMES & REIS, 2003).

Sistema descentralizado: as doses dos medicamentos são feitas pela farmácia satélite e ao término da preparação a quantidade consumida é enviada para a farmácia central para que o farmacêutico conferir (GOMES & REIS, 2003).

8.4.2. Vantagens e Desvantagens do Sistema de Distribuição por Dose Unitária

Vantagens

• Diminuição dos erros no momento da administração;

• Menor quantidade de devolução;

• Diminuição dos recursos humanos da farmácia;

• Melhor métodos de conferência feita pelas equipes de farmácia e enfermagem;

• Permite um melhor entrosamento entre as equipes de farmácia e enfermagem.

Desvantagens

• Custo para implantação das tecnológicas e treinamento aos colaboradores;

• Funcionamento interrupto na farmácia;

• Mais mão de obra (colaboradores).

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A farmácia hospitalar possui como objetivo estabelecer um método ou procedimento que visa sempre a melhoria para o uso racional, seguro e efetivo fazendo que cada paciente receba a dose ideal do medicamento.

O setor de farmácia precisa estar presente no momento da implantação do sistema a ser utilizado para dispensar o medicamento, porque será através deste sistema que o farmacêutico vai garantir à eficiência, economia e segurança na dispensação.

Existe fatores que influenciam na escolha do sistema a ser utilizado na instituição hospitalar, como: estrutura organizacional, corpo funcional, público alvo e a qualidade que irá ser transmitida ao colaborador e paciente, deve-se sempre visar a segurança e o uso racional de todo material ou medicamento utilizado obtendo assim diminuição de custos adicionais.

Um sistema adequado de dispensação deve proporcionar, diminuição no momento da dispensação, menos erros de aplicações no paciente, redução de custos hospitalares, melhoria em infraestrutura, aumento da segurança do paciente ao procurar aquela rede hospitalar, maior controle nos estoques e uma melhora no momento em que a equipe medica fazer alguma prescrição.

Independe da escolha obtida pelo hospital sempre deve-se verificar todas as vantagens e desvantagens, avaliando quais são os tipos de procedimento aquele hospital ou farmácia vai atender, estes quatros métodos de dispensação resultaram em uma boa performance se o profissional que for executar fazer de maneira correta e segura. Tendo este cuidado ao escolher o método certo com certeza esta rede de hospital ou clínica será bem sucedia. É necessário planejamento, tempo e paciência, visto que precisara de um bom investimento para se chegar ao sucesso na implantação.

10. REFERÊNCIAS

BISSON, M. P.; CAVALLINI, M. E. Farmácia hospitalar: um enfoque em sistemas de saúde. São Paulo: Manole, 2002. 218 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais. 3ed. Brasília, DF, 2002.

CIPRIANO, S. L. et al. Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose Unitária. 2001. Disponível em: Acesso em: 14 jun.2005.

CIPRIANO, S. Sistema de dispensação de medicamentos em dose unitária. In: CASSIANI, S.H.B; UETA, J. A Segurança dos Pacientes na Utilização da Medicação. São Paulo: Artes Médicas, 1º Ed, p:73-83, 2004.

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WILKEN, P.R.C; BERMUDEZ,.JA.Z. A Farmácia no hospital: como avaliar? Rio de Janeiro: Editora Ágora da Ilha.1999.


Publicado por: wellington nascimento dos santos

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