A formação de líderes para a Igreja Assembléia de Deus

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1. RESUMO

Esse trabalho de conclusão de curso foi desenvolvido, tendo como temática a formação de líderes para a Igreja assembléia de Deus. O referido projeto possibilitou a prática e o manejo da arte de liderar, desenvolvendo também o conhecimento oral e escrito. Conhecendo e observando a realidade da formação de líder para a Igreja Assembleia de Deus desde os primórdios se faz importante, até hoje nas nossas igrejas, mostrando que a prática da liderança jamais poderá perder à sua importância em algum lugar do nosso país. Essa nobreza deve ser explícita de forma pertinente de maneira que não venha a perder o sentido na arte de liderar. A formação desses líderes tem um foco: Atender todas as igrejas assembléia de Deus no Brasil de todas as regiões. Como resultado, pode se verificar a melhoria da qualidade da liderança das Assembléias de Deus, bem como a troca de saberes e práticas e a utilização dos conhecimentos a esse respeito.

PALAVRAS-CHAVE: Líderes colaboradores da obra; saberes e práticas. 

ABSTRACT

This course conclusion work was developed, with the theme of forming leaders for the Assembly of God Church. This project enabled the practice and management of the art of leadership, while also developing oral and written knowledge. Knowing and observing the reality of the formation of a leader for the Assembly of God Church since the beginning is important, even today in our churches, showing that the practice of leadership can never lose its importance anywhere in our country. This nobility must be explicit in a pertinent way so that it does not lose its meaning in the art of leadership. The formation of these leaders has a focus: To serve all the Assembly of God churches in Brazil from all regions. As a result, there can be an improvement in the quality of the leadership of the Assemblies of God, as well as the exchange of knowledge and practices and the use of knowledge in this regard.

KEY WORDS: Collaborating leaders of the work; knowledge and practices.

2. INTRODUÇÃO                                      

O escopo desse trabalho tem como objetivo mostrar o verdadeiro sentido da formação de líderes Para a igreja Assembléia de Deus e a sua excelência ministerial. Descobrindo onde está a excelência do verdadeiro líder.

Isso se faz importante a fim de que a prática de liderar não venha a perder o sentido em algumas instituições no Brasil; mas que venhamos mostrar fidelidade e justiça ao Senhor, diante da nobreza que há na arte de liderar, através de um chamamento divino, sabendo que Deus não está interessado em título, mas no comprometimento do líder com sua chamada que não trás sinônimo de coisa pequena. A formação de líder para a Igreja Assembléia de Deus no Brasil se deu com a finalidade de servir uns aos outros conforme o dom que receberam como despenseiros da multiforme graça de Deus, empenhando na execução de tarefas que lhes foram impostas pelo próprio Deus.

Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren vieram para o Brasil diretamente para o Belém do Pará, sem fundos financeiros, nos mostra o perfeito entendimento de uma chamada, que é diretamente direcionada por Deus. Sendo eles os primeiros líderes da Assembléia de Deus demonstrando de fato a verdadeira chamada e a confirmação de Deus para a formação de líderes para as Assembléias de Deus nesse país. Sabendo que a pessoa do líder deve ser dotada de um excelente caráter; como disse Rick Warren:

O que de fato, é necessário, para liderança é o caráter. É a única coisa que todos os grandes líderes têm em comum. Quando uma pessoa carente de caráter chega a um cargo de liderança, esses defeitos de caráter causam sua queda. Todos já vimos isso acontecer. Neemias era um homem comum, fez coisas extraordinárias para Deus porque tinha caráter. (Rick Warren, Liderança com propósito. 2019 p. 9-10).

O presente trabalho tem também a meta de analisar e identificar os fatores que contribuíram para a formação desses líderes para essa denominação e refletir o processo de liderança eficaz apontando os fatores que levam as pessoas a reconhecer o trabalho de um líder fiel, bem como, conhecer as estratégias desenvolvidas pelos os mesmos para a satisfação da Igreja para que nela assim permaneça a graça de Deus; trata-se de um processo pesquisado por vários estudiosos e que trás pertinente reflexão sobre o assunto. Geralmente a permanência com sucesso, do líder na igreja, está garantida em documentos como o Estatuto da igreja, devido o cumprimento do mesmo por parte da pessoa convocada à liderança.  A igreja Assembleia de Deus no Brasil foi um sonho realizado especialmente do coração de Deus; o qual impulsionara homens de outro país para tão grande realização, que uniram com brasileiros para concretização de líderes colaboradores da obra, onde os mesmos tiveram o prazer de formar, por meio do chamado e da revelação divina. Segundo John Maxwell “a credibilidade de um líder começa com o sucesso pessoal e se confirmam com a iniciativa de ajudar os outros a alcançar sucesso também” (Livro de ouro da Liderança. 2008 p. 18).   

Os novos convertidos cresciam no entusiasmo de fazer a obra de Deus como se já fossem velhos crentes. Assim o talento e avocação eram experimentados pelos líderes, onde nasceram os futuros pastores que impactaram o Belém do Pará e região, e em outras regiões do Brasil e de outros países, pois todos eram cheios do Espírito Santo.

Na realidade é que esses homens tinham o coração na obra de Deus e reconheciam o poder divino, não era preciso templos para que a glória de Deus se manifestasse. Isso começou nos lares, onde aconteciam curas, milagres e batismo com o Espírito Santo. E a palavra de Deus era valorizada.

A palavra de Deus era pregada em vários lugares, cumprindo o ide de Jesus o qual as almas eram alcançadas pelo evangelho de Cristo e os obreiros eram valorizados diante desta árdua tarefa, pela alegria que sentiam diante das almas salvas, isso trazia sucesso para o ministério.

3.  A origem e a formação de líderes

A chamada para o evangelho de Cristo ou para o ministério cristão é coisa exclusiva e divinamente inspirada pelo próprio Deus, embora reconheçamos a variedade de procedimentos acatados pelos líderes das igrejas evangélicas ou cristãs. Esse é o verdadeiro conceito. Deus usa vários métodos ou critérios para a chamada especial do homem para sua obra; age segundo a sua soberana vontade. Assim chama, capacita e nomeia para uma árdua tarefa.

A formação desses líderes trata daquilo que o Espírito Santo fala intimamente na pessoa escolhida por Deus. É o que causa uma íntima inspiração no profundo do coração da pessoa desejosa de pregar e fazer a obra especial de Deus diante da Igreja, a fim de ganhar almas para o Reino, de maneira que venham ser salvas.

O líder cristão é uma pessoa que tem visão da glória de Deus e que busca a compreender a sua chamada para essa formação, tendo a perfeita visão tanto da grandeza do seu criador quanto da sua excelente obra. É diante disso que o líder se vê pequeno diante de Deus, e o nome do Senhor é glorificado na terra, a ele pertence toda honra e toda a glória. Trata da visão da incapacidade pessoal, é o que todos devem ter. Diante da formação de líderes para a igreja assembléia de Deus, o líder deve ter também a visão da situação em que o mundo se encontra. Onde o desejo maior não será a posição, mas a salvação das almas para o Reino de Cristo. Sabendo que a visão verdadeira tem a confirmação do próprio Deus.

É preciso saber que o próprio Deus marca a pessoa escolhida através do Espírito Santo de maneira que se torna explícito o reconhecimento da sua chamada diante das atividades exercidas na obra, de forma relevante fica claro e bem definido que tal chamada tem a direção e a confirmação de Deus. Essa pessoa passará a dedicar à pregação e ao ensino da palavra do Senhor, será aprovado para uma consagração ao ministério da igreja local. A partir daí passará a servir na igreja local ou regional, ou até mesmo na obra missionária. Tendo uma inteira convicção da chamada para essa tão grande missão.

As pregações até hoje são realizadas nos lares cristãos, prisões, hospitais, espaços públicos e outros lugares, bem como foi no princípio, todos tinham grande apreço pela obra de Deus, isso faz com que cada crente se torne um evangelista, diante da formação de líderes, que começou na administração de Gunnar Vingren e Daniel Berg, que foram os primeiros líderes das Assembléia de Deus no Brasil. Segundo Emílio Conde diz:

O pequeno rebanho, sem saber, lançou os alicerces do gigantesco movimento que hoje se estende do norte a sul. Em tudo isso pode se notar a mão de Deus operando através de homens humildes. Portanto essa obra, como se vê, não pertença a homem algum, mas pertence a Deus.

A móvel Igreja tinha agora os movimentos livres para evangelizar a cidade; não estava limitada pelas restrições de um sistema que adota apenas algumas doutrinas. Podia, assim, pregar a salvação, cura divina, batismo com o Espírito Santo e a volta de Jesus. Estavam todos cheios do poder de Deus. Pregavam e Deus operava maravilhas, em resposta a oração. O Espírito Santo vivificava os testemunhos e as mensagens e convencia os pecadores, enfim, Deus confirmava a sua obra. (Emílio Conde. A história das Assembléias de Deus no Brasil, 1960 p. 26).

A valorização dos obreiros locais foi à razão do sucesso dessa denominação no Brasil, pelo o qual foram levantados vários líderes dirigentes de igrejas, sendo esses os primeiros obreiros nacionais. Esses homens eram treinados e enviados para atender um povo sedento da palavra de Deus.

É sabido que esses líderes são pessoas fundamentadas na preparação bíblica e são homens aptos por Deus e pelo o ministério para lidarem com o poder e as manifestações divinas; pois requer que ande debaixo da graça. Conhecer a bíblia sagrada de maneira sistemática constitui num privilégio por parte do líder que é ordenado por Deus, isso ampliará seus horizontes a respeito do reino que será cada dia renovado; facilitando o acesso a Deus e aprimorando os seus conhecimentos.

A igreja assembléia de Deus passou tempos sem adaptar com os institutos de ensinos bíblicos, alegava que a formação acadêmica simplesmente gerava formalismo e não espiritualidade acreditava que os seminários eram apena fábricas de pastores, por isso ela valorizava a revelação e o chamado de Deus na vida de alguém. Isso durou quase cinqüenta anos para que a igreja tomasse outra decisão.

Todavia Deus chamou homens, de várias formas para capacitar e liderar na sua obra, de maneira que venha formar uma Igreja gloriosa cheia de pessoas que sejam capazes de dedicar-se a aprender e agir corretamente, tornando fácil a mobilização do mundo pelo próprio Deus, através de homens que liderem grupos anunciando o Reino de Deus de forma agradável. Segundo Ivar Vingren:

Gunnar vingren teve oportunidade de ver como a obra e os trabalhos se estenderam sobre regiões cada vez mais extensas. Em todo lugar almas se convertiam. O Espírito Santo descia sobre os novos convertidos, e os novos grupos de crentes surgiam por todos os lados. Segundo a direção de Deus, Vingren fez uma viagem de evangelização para o Nordeste do Brasil, precisamente para a cidade de Maceió, nos Estados de Alagoas, onde a mensagem pentecostal ainda não tinha sido pregada. Da mesma forma que o evangelista Filipe teve de deixar o glorioso desperta mento em Samaria e sair para um caminho deserto, completamente desconhecido, assim também o missionário Gunnar Vingren passou pela mesma experiência. Ele teve de deixar o glorioso movimento pentecostal no Pará e fazer uma viagem missionária ao Estado de Alagoas. (Diário do pioneiro Gunnar vingren. (Ivar Vingren. 2000 P. 74).

Desde o princípio o propósito da Igreja Assembleia de Deus é descobrir a chamada de Deus na vida de um homem, discerni-lo e realizá-lo, procurando identificar uns aos outros, encorajando a cada um a fim de trazer um sentimento de melhoria para cada pessoa.

Que cada membro possa criar oportunidade para compartilhar sua fé em Cristo Jesus. Promovendo a edificação da própria Igreja; onde todos os membros são abertos para á liderança e a visão dada pelo Espírito Santo.

4.  A chamada para a obra divina e a direção do Espírito Santo

A obra de Deus que é o evangelho de Cristo por nós pregado é um conceito espiritual. Trata de algo que o homem natural não entende, pois tudo discerne naturalmente. Quando o homem espiritual é chamado por Deus, o Espírito Santo faz com que tal homem compreenda essa tão valiosa chamada, que é de natureza espiritual, pois trata de uma iniciativa divina e não humana.

No íntimo da pessoa que tem uma chamada de Deus, o Espírito Santo trabalha de forma suave alcançando-lhe a mente e especialmente penetrará no coração e na alma do crente. A partir daí o Espírito de Deus passa a ter cuidados especiais por esse obreiro, a partir do momento que a pessoa passa a dedicar sua vida ao Sumo Pastor, o remi dor da alma, Jesus Cristo.

É óbvio que, nem tudo se deve a nossa apresentação voluntária para o serviço do Senhor, ou através da apresentação de um obreiro bastante experimentado e bem conceituado. É claro que Deus sempre usa seus servos, mas devemos estar ciente de que o primeiro impulso não será nosso, isso vem da parte do Senhor que nos convocará para sua seara. O justo viverá da fé, se o tal recuar, a minha alma não terá prazer nele (Hebreus 10: 38).

Na verdade o ministro precisa ter dons naturais, que contribuirão para uma boa administração na obra do Senhor. No entanto precisa do mais precioso que é o dom de Deus na vida que nos aperfeiçoará diante destas aptidões e qualidades, através do auxílio do Espírito Santo que toca no coração e na alma do homem de forma convincente. É esse Espírito que faz conhecermos a voz do Senhor; ele tem as suas formas de agir e falar com o homem. Pois a orientação do Senhor aos seus servos será sempre clara e bem definida diante de uma chamada. David Berg conta sobre a chegada de seu pai Daniel Berg, e Gunnar Vingren no Belém do Pará onde tudo começou sobre a formação dos primeiro líderes para a Igreja Assembléia de Deus.

Dobraram os joelhos ao lado de suas camas, e deram graças ao Pai por havê-los guardados durante aquela viagem, por haverem chegado são e salvos ao novo país; por haverem podido saciar sua fome e haverem camas esperando, onde haveriam de pôr o sono em dia, e bendisseram o seu nome pela sua promessa em mostrar-lhes o caminho a ser seguido, durante todo o tempo. (David Berg. O enviado por Deus. 1995 P. 70).

Essas experiências pessoais que deve envolver a vida do futuro líder, também somam consagrações que atingirá a própria alma. Sem uma consagração total ninguém estará apto a servir a Deus de forma eficaz.

Diante disso todas as áreas da vida do ministro ficarão sobre o controle de Deus, e não mais sobre o seu domínio. Sabendo que a pessoa chamada deve abrir mão de algumas coisas que poderão vos separar do Senhor; ele exigirá que a pessoa escolhida renuncie algumas coisas mesmo sendo boas, mas que poderão os separar da obra de Deus.                                                                                                                                                                                                                                                               O Belém se tornou um grande centro missionário. De todas as partes do Brasil chegavam pedidos de que enviasse obreiros para essa grande seara; por isso a igreja em Belém tinha a incumbência de treinar novos crentes chamados por Deus para serem enviados para fundar e dirigir igrejas em todas as regiões do país.

Está claro que todos nós somos chamados a levar as boas novas do Senhor, mas, todavia, existe para algumas pessoas uma chamada mais específica para a obra divina, o qual o obreiro passará a andar na inteira direção do Espírito Santo, como escolhidos por Deus para servir de modelo bem definido e marcante, propagando a fé onde quer que vá. A esses é preciso dedicar tempo integral na obra de Deus como diz o apostolo Paulo: Não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim.

Esses líderes foram formados com o objetivo de conservar o verdadeiro avivamento dos crentes desta geração. São homens que devem assemelhar os primeiros cristãos; aqui trata de uma liderança apostólica.

5.  Das atividades da igreja e a hierarquia do corpo de obreiros

No princípio da Igreja ela jamais era deixada para o segundo plano, os obreiros eram preparados para que cuidassem incessantemente dessa tão grande obra, cada pessoa era alcançado pela graça de Deus. O apóstolo Pedro diz: Servi uns aos outros cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (I Pedro 4: 10).

As atividades da casa do Senhor são coisas gratificantes, e cada trabalho tem alto e precioso significado; todos são prestados para Cristo. Ele usa a cada um segundo a sua capacidade, sabendo que tudo contribui para o crescimento do ministério. Diante da hierarquia, todos têm uma tarefa a se cumprir, e o aperfeiçoamento será de acordo como exercitamos. Todos e qualquer obreiro tem um preço a pagar pela obra de Deus.

Alguns dicionários nos dão algumas definições sobre o significado e a tarefa de cada trabalhador que contribui na obra de Deus.

O obreiro: É toda pessoa disposta e que trabalha em prol do bom andamento da obra; o próprio nome indica, trata de pessoas que foram consagradas para exercer um excelente cargo na igreja. É considerado também como um operário que é incumbido de realizar um grande trabalho de forma voluntária, independente de qual seja a posição eclesiástica. Todos aqueles que são dedicados à obra e que são idôneos, são capazes de desempenhar qualquer trabalho na igreja. De maneira que poderão crescer hierarquicamente.

O diácono: O nome significa servir, ou aquele que serve; o nome vem do grego e significa servidor. Tem o sentido de servir à mesa, garçom. Os diáconos são muitos essenciais ao decorrer dos cultos, principalmente nos cultos denominados cultos públicos. Eles são responsáveis pelo funcionamento do culto, ou seja, são pessoas capacitadas para servir. Comumente são pessoas designadas para auxiliar o pastor ou líder da igreja local.

Na igreja primitiva, eram pessoas que davam totais apoios aos apóstolos em tudo. Denominação para uma função religiosa de auxiliar no serviço aos pobres, viúvas e carentes. Na hierarquia, ocupa-se o terceiro lugar. Os diáconos devem observar o grande exemplo de Jesus como modelo da obra serviçal. Enrique Chaij nos fala a respeito do espírito de serviço:

A atitude de serviço estimula a alegria de servir. Servir é compartilhar e ajudar; é amar e conviver fraternalmente com o próximo. É fazer algo-­­ grande ou- pequeno para alegrar alguém, o que alegra a própria pessoa. Mexa as mãos, os lábios, a alma para servir por amor, e você será uma pessoa feliz. (Enrique Chaij, Ainda existe esperança. 2010 P. 64).

O presbítero: Um homem adulto que juntamente com outros participavam da organização da comunidade eclesiástica. A palavra presbítero pode ser traduzida como ancião.

Presbítero na igreja primitiva era considerado o mais idoso ou ancião. Hoje os presbíteros podem exercer a função administrativa e de ministro; é apto para ensinar a palavra de Deus, pois é uma pessoa irrepreensível, no qual a bíblia não aceita acusação contra o presbítero.

Um presbítero pode assumir a igreja local, é uma pessoa que pode qualquer hora substituir o pastor local; Na hierarquia ele vem depois do pastor.

O evangelista: É uma pessoa considerada ao cargo de pastor, onde pode ser chamado de pastor-evangelista; pois atuam nos trabalhos de evangelismos na igreja local e pode ser enviado para abrir trabalhos em outros lugares, fundando novas congregações.

Na bíblia, evangelista pode ser considerado um dos autores dos quatro evangelhos; no sentido que abrange uma maior dimensão, principalmente nos dias atuais, quer dizer, aquele que prega que traz boa nova; estão empenhados em divulgar a doutrina de Cristo. São pessoas preparadas e que maneja bem a palavra de Deus.

A palavra é à base de todo crescimento espiritual. Embora pareça mais confortável, e até mais seguro, seguir nossos sentimentos, tão somente a dependência do conselho divino, e a inabalável decisão de conhecer e viver sob o efeito da palavra poderá corrigir-nos as motivações e posicionar-nos diante de Deus. (Ismael do Santos. A caminho da maturidade. 1995 P. 38).

O pastor: Há dois sentidos na bíblia que é: Aquele que pastoreia guardador de gado, que cria ou cuida das ovelhas, presta um árduo trabalho rural; alguém que serve a comunidade local, e que auxilia por meio do ensino e da exortação.

O pastor é o líder espiritual que é designado para cuidar do rebanho, a sua função primordial é apascentar. Cabe a ele dar toda orientação ao rebanho. É o principal administrador da igreja. O pastor tem a incumbência de alimentar o rebanho, guiar, proteger, como foi o caso de Davi, que era pastor de ovelha; é também ajudar a todos em suas necessidades.

Em outras palavras, o pastor pode ser considerado a autoridade máxima da igreja, em nível espiritual e eclesiástico. Trata-se de um ministro que está a serviço de Deus e que se disponibiliza o seu tempo a prestar serviço não como um funcionário público ou de empresa, mas que trata diretamente das coisas do Pai. É um líder espiritual. O dicionário Michaelis define pastorear como: Guiar ao pasto, guardar durante ele: Pastorear ovelhas. Pastoreá-las por vales e campos. Guiar espiritualmente ou governar eclesiasticamente: Dirigir, governar: Pastorear o povo.

6. As qualificações necessárias de um verdadeiro líder

O líder será uma pessoa de extrema fé é o homem de Deus que aceita os desafios do momento. Sabendo que a fé é capaz de abrir os tesouros dos céus; é comparada como uma chave misteriosa em que o ministro alcança aquilo que parece impossível aos olhos humanos. Hebreus 1: 1 diz que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e prova das coisas que se não vêem. A fé é a ferramenta espiritual capaz de remover montanhas; o líder deve ser uma pessoa de fé diante das outras pessoas.

A coragem é uma qualidade que deve acompanhar o líder de forma eficaz. O obreiro que é chamado à obra de Deus não se deve ceder aos derrotistas. A palavra de Deus diz que, se te mostrares frouxo no dia da angustia, quão pequena é a tua força! (Provérbios 24: 10). O pastor poderá ser pressionado e enfrentar grandes lutas e oposições se lhes faltar coragem será vencido. O obreiro que é destinado para a obra de Deus deve estar ciente da ajuda do seu Senhor diante das afrontas e perseguições.

Um dos principais requisitos para se poder considerar um verdadeiro líder ou pastor, é a convicção das atitudes do vocacionado para com Deus, para com a sua palavra e para com o dia-a-dia. Para com Deus, trata da pessoa que está olhando para a obra do Senhor e quais devem ser seus motivos e atitudes.

É a maneira porque o homem corresponde à voz do Senhor quando lhe convoca para o seu trabalho, é de suma importância. Por certo se não houver tal convocação, não é chamado por Deus.

Segundo Maxwell, nossas atitudes são nossos diferenciais mais importantes:

Nossa atitude pode ser um diferencial que nos transforma em grandes líderes, mas sem atitudes positivas jamais alcançaremos nosso potencial pleno. Nossas atitudes representam “algo mais” que nos permite chegar um pouco mais adiante dos que pensam de forma equivocada. Walt Emerson afirmou: “O que está diante de nós é o que está atrás são coisas de menor importância se pensar no que está em nosso interior. (John C. Maxwell. Rio de Janeiro. 2008 p. 82).

O autor ainda afirma:

A liderança é influência. As pessoas pegam nossas atitudes da mesma forma como pegam uma gripe – ao ter contato conosco. Um dos pensamentos mais fascinantes que já penetrou minha mente centra-se em minha atitude como líder. É importante eu ter uma boa atitude, não só para o próprio sucesso, mas também para o benefício de outras pessoas. Minhas responsabilidades como líder deve sempre ser considerada das às luzes de muitas outras pessoas, não só à luz da minha pessoa. (John C. Maxwell. Rio de Janeiro. 2008 p. 87).  

Outra qualidade importantíssima na vida do líder e que não pode deixar de falarmos, é o amor. Se o tal não tem essa virtude, não servirá para liderar. O amor deve ser imparcial de maneira que possa produzir confiança mútua em seus liderados. O servo do Senhor deve ser uma pessoa amorosa para conquistar o respeito dos seus liderados, e a coesão da equipe no qual está integrado. A bíblia diz que o amor tem a capacidade de apagar uma multidão de pecados; por isso é essencial na vida do homem de Deus.

O verdadeiro líder é cordial demonstra gestos afetuosos diante de todos. O dicionário AURÉLIO define o amor como:

Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa: Amor ao próximo; sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa; devoção; adoração: “amor é um fogo que arde sem se ver” (Luís de Camões, Rimas, p. 135).

O dicionário MICHELIS define o amor como:

Sentimento que impele as pessoas para os que lhe afigura belo, digno ou grandioso. Afeição, grande amizade, ligação espiritual. Objeto dessa afeição. Benevolência, carinho, simpatia. Culto, veneração: Amor à lealdade ao trabalho. Caridade. Coisa ou pessoa bonita, preciosa, bem apresentada.

O amor é conceituado em dois sentidos principais: No sentido vertical e no sentido horizontal. Vertical que é o amor para com Deus. O líder faz a obra com amor porque está fazendo a fim de agradar aquele que te chamou para uma tarefa, o Senhor dos senhores. Horizontal: Isto é, amor para com todos. Esses dois sentidos do amor estão em primeiro lugar das qualificações do bom líder. O amor a Deus e ao próximo deve fazer parte da liderança da Igreja.

Durante toda a sua vida o homem chamado para a obra deve ter a inteira convicção de que está cumprindo com a comissão divina que lhe foi encomendada, que seria para tal homem um grande desastre estar em outras ocupações.

Aquele que é chamado e vocacionado para com Deus sabem determinar e tomar decisões quando as outras pessoas vacilam.

Para com a palavra de Deus, é tarefa do obreiro do Senhor, hoje, respeitar e reconhecer as Sagradas Escrituras como autoridades máximas espiritual. Não se devem negar seus escritos anteriores como muitos hoje fazem, mas deve reconhecer o progresso da revelação do inteiro plano de Deus.

Hebreus 4: 12 dizem que a palavra de Deus é viva e eficaz, é penetrante, cortante e apta para discernir. Os que lêem a bíblia conscientemente dão conta de que não se trata de um livro humano, comum, senão que é a voz Divina, falando conosco.

Para com o dia-a-dia, é necessário que o obreiro vocacionado ao pastorado ou liderança, tenha a atitude devida para com as circunstâncias do dia-a-dia e as experiências da sua vida, ao decidir se na realidade é ou não chamado a servir ao Senhor na tua obra.

7. A base da unanimidade da liderança

A Igreja é um termo bíblico que é chamado de “assembléia de Deus”, principalmente no Novo Testamento. Encontramos em Hebreus 12: 23 que diz assim: “A universal assembléia dos santos e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados.

Essa Igreja é convocada por Jesus Cristo, para que possa cumprir seu propósito aqui na terra. Assim como o nosso corpo tem uma multiplicidade de membros que nos são úteis e que formam uma unidade entre si, o mesmo sucede com a Igreja como corpo de Cristo.

Há certa unidade do espírito em fé como registrado em Efésios 4: 3 que diz: Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. É correto dizer que isso jamais será produzida por vontade humana, isso será especialmente para os que crêem e recebem a Cristo, como parte da vocação com que fortes chamados.

Essa unidade é mantida pela fidelidade à verdade o qual a bíblia anuncia de forma categórica e sistemática, que jamais se mistura com as coisas carnais deste mundo, pois se trata de coisas espirituais.

A base desta unidade fala de uma construção em que o arquiteto é o Espírito Santo que é habilitado para isso, pois é uma importante tarefa sua. Ele faz com que focamos as nossas atenções inteiramente em Deus, autor e consumador da fé.

Traz-nos, a comparação da construção de um grande edifício. Da mesma forma como se constrói um edifício e que requer alguns cuidados práticos e observação, a fim de que tal construção não dê errado, também é com a Igreja. Na construção do edifício, o engenheiro desenha o modelo da grande obra, onde requer cuidados e sabedoria. Na Igreja o Espírito Santo é quem esboça a fim de que a obra seja edificada em Cristo. O mesmo Jesus disse: Também te digo que tu és Pedro e sobre essa Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mateus 16: 18).

A Igreja é também comparada como um corpo, onde a cabeça deve ser Cristo. Ele dá capacidade para cada membro não ceder às fraquezas, mas que possam fortalecer esse corpo. Essa capacidade deve ser exclusivamente para a obra de Deus e não para nossos interesses particulares.

Esta unidade está diretamente a um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos. Vemos isso registrado em Efésios 4: 6. Isto prova a real presença de Deus na Igreja.

Mutualidade no serviço prestado, que é a disposição que há em cada crente ou obreiro em servir uns aos outros, através dos dons do Espírito dado por Deus. Cada pessoa é entronizada no corpo de Cristo a fim de ser bons despenseiros da obra, em conformidade com a vontade de Deus. Para que execute tarefas para o bem-estar e crescimento espiritual desse corpo.

Reconhecemos que crescer implica num esforço titânico numa escala também titânica. Há um processo gradativo para se chegar à presença de Deus. Isso exige determinação. É o triunfo da fé persistente sobre nossa negligente natureza. Esta tomada de posição deixa claro que o progresso espiritual é, prioritariamente, um ato de invasão. É inútil supor que o crescimento virá a nós subitamente. Temos de persegui-lo até conquistar o direito de posse. Cada passo que você der nesse território, trará consigo nova oportunidade de ascendência espiritual. (Ismael do Santos. A caminho da maturidade. 1995 p. 22-23). 

Os dons espirituais devem ser usados a fim de contribuir para o crescimento do corpo de Cristo, sem que aja algum vestígio de orgulho e interesse pessoal, mas que seja com o intuito de colaborar e ajudar ao próximo, com um coração que realmente se preocupa com os outros. De maneira que isso seja uma pregação aos olhos de toda a humanidade, demonstrando para o mundo a presença de Deus neste corpo que é a Igreja sintonizada em Cristo.

8. CONCLUSÃO

Esse trabalho de conclusão de curso teve a capacidade de nos mostrar o caminho, que nos leva a conhecer a formação de líderes para a Igreja Assembléia de Deus, de forma condizente com cada matéria pesquisada sobre o assunto.

Da raiz até as suas ramificações ficou claro que a Assembléia de Deus é uma das maiores denominação, que tem alargado de forma estrondosa de norte a sul do país; tendo a confirmação de Deus para esse ministério desde a sua fundação que foi em 1911.

Ficou claro que o intuito deste trabalho foi de analisar o modelo e a formação de líderes para a Assembléia de Deus; a fim de proporcionar um estudo baseado neste tema; de forma sistemática, qualquer cidadão cristão poderá ser consciente e crítico sobre o referido assunto. Isso nos trás uma reflexão sobre a responsabilidade e a genuína conduta de qualquer obreiro da Assembléia de Deus.

Essa pesquisa nos possibilitou o planejamento e a execução de uma liderança de caráter responsável, trazendo o conhecimento e a observância da realidade da formação de líder para esse ministério.

Diante disso é óbvio que a prática da liderança não poderá perder o foco, e que cada líder seja ciente de que uma igreja sem liderança jamais poderá ir avante, no entanto muitos não reconhecem isso.

Este trabalho nos auxiliou na compreensão de que há grande excelência na prática ministerial e na arte de liderar; sabendo que cada um realizará as atividades na igreja segundo o seu chamado diante de Deus. Isso não se trata de coisas pequenas, mas sim de coisas grandes, que é cuidar das coisas do Pai.

Diante dos estudos teóricos e da experiência que foram desenvolvidos nessa pesquisa, foi possível refletir sobre a formação de líderes para a Assembléia de Deus, voltada para a Igreja na possibilidade de uma liderança com qualidades espirituais.

Vale ressaltar que não é fácil a arte de liderar, pois trata de um manejo que requer inteira sabedoria e espiritualidade. Jamais o líder espiritual poderá pender para o fanatismo e nem tampouco para o formalismo. É necessária uma liderança equilibrada.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CHAIJ, ENRIQUE. Ainda existe esperança: A solução para os problemas da vida/ Enrique Chaij; Tradução Fernanda Caroline de Andrade Souza. – Tatuí, SP: Casa publicadora brasileira, 2010.

DICIONÁRIO BÍBLICO, DCL editora.

DICIONÁRIO TEOLÓGICO CPAD.

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FISHER, DAVD – O pastor do século 21 – Ed. Vida – 2ª impressão. São Paulo. SP 1999.

MAXWELL JOHN C., O coração e a mente do líder. Traduzido por Lena Aranha. 2ª Impressão. CPAD. Rio de Janeiro 2010.

MAXWELL, JOHN C., 1947 – O livro de ouro da liderança: O maior treinador de líderes da atualidade apresenta as grandes lições de liderança que aprendeu na vida/John Maxwell; Tradução de Omar Alves de Souza. – Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil 2008.

MAXWELL, JOHN C., 1947 – Você nasceu para liderar: O maior treinador de líderes da atualidade ensina os segredos para desenvolver o líder que existe em você / John C. Maxwell; [Tradução Emirson Justino]. – Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008.

RICK, WARREN. Liderança com propósito. Princípios eficazes para o líder do século XXI. Tradução Jorge Alberto Russo, 2019.

SANTOS, ISMAEL DOS. A caminho da maturidade.../Ismael dos Santos. 1. Ed. – Rio de Janeiro: Casa publicadora das Assembléia de Deus, 1995.

VINGREN, IVAR: Diário do pioneiro Gunnar Vingren. Ivar, Vingren. Casa publicadora das Assembléia de Deus. Rio de Janeiro, 5ª Edição/2000.                                                                                               


Publicado por: Elisael Alves da Costa

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