Tipos de observação segundo critérios específicos
Alguns pressupostos inerentes àquela que também atua como fonte de coleta de dados, mais especificamente a técnica de observação, já integram nossos conhecimentos, dispostos por meio do texto “Técnica de observação” . Partindo de tal princípio, devemos compreender as modalidades atribuídas a essa técnica, visto que são demarcadas segundo critérios específicos. Dessa forma,constatemo-los de forma particular:
Tendo em vista os meios utilizados, a observação pode se classificar emestruturada enão estruturada.
Aobservação não estruturada, também denominada assistemática, simples, espontânea, informal ou não planificada, conduz a função do pesquisador atuando como mero expectador.Em face dessa realidade, podemos afirmar que tal modalidade não é indicada para testar hipóteses, bem como descrever de forma precisa as características e os aspectos relacionados a uma dada amostragem. O intuito a ela atribuído se revela pelo conhecimento de uma situação cuja natureza se revela como pública, tais como hábitos de compra, vestuário, frequência a determinados locais públicos, dentre outras circunstâncias. Apenas lembrando que para o registro dos dados colhidos, podem-se utilizar distintos recursos, como gravadores, câmeras fotográficas, filmadoras, além de outros, aqui não especificados.
A observação estruturada, como bem nos revela a própria denominação, caracteriza-se por ser uma ação minuciosamente planejada, com vista a atender critérios preestabelecidos. Assim, cabe ao pesquisador se manter o mais objetivo possível, eliminando por completo sua influência sobre os fenômenos em estudo e se limitando a somente descrever informações precisas acerca do fato em questão. Cabe ressaltar que, mediante a tais aspectos, faz-se necessário, como anteriormente expresso, um plano previamente elaborado, que forneça os subsídios necessários à análise da situação, cuja natureza se manifesta por um aspecto iminentemente exploratório.
Consoante à participação do observador, a observação tende a se caracterizar como participante enão participante. Essa última pode também ser compreendida como passiva, haja vista que quem observa apenas se limita a fazê-lo de forma neutra, ou seja, permanecendo alheio aos dados colhidos, posicionando-se do lado de fora e se mantendo como mero expectador.
Já na observação participante, o observador assume uma posição totalmente ativa, envolvendo-se com o fenômeno analisado. Tal participação pode assumir duas formas distintas: a natural, demarcada pelo fato de ele já pertencer à mesma comunidade; ou artificial, quando ele passa a integrar o grupo em análise. Tendo em vista a forma como ele se envolve com a situação, o observador pode assumir distintos papéis: o de participante total (não revelando a verdadeira identidade); o de participante observador (revelando a identidade e objetivos a que se presta) e o de observador total, cuja atuação se revela pelo fato de não interagir com o grupo, realizando todo o procedimento sem ser visto.
Conforme o número de observadores, há de se afirmar que uma dada realidade pode contar com somente um, considerado um observador individual. Nesse tipo de atuação, é possível que a objetividade das informações seja intensificada. Já na observação em equipe, o grupo de observadores pode analisar o fato sob vários ângulos, fato que descarta o caráter assim tão objetivo, pois cada um deles pode observar um aspecto distinto e chegar a conclusões também divergentes.
Por fim, tendo como princípio o lugar onde se realizam as observações, tal procedimento pode ser realizado em um ambiente real e isento de uma preparação mais bem elaborada, cujos dados são registrados no próprio local.
Já a observação realizada em laboratório depende de um planejamento, tendo em vista que as condições nas quais se realiza todo o procedimento não mais permitem que ele seja efetivado de forma espontânea, mas sim de forma controlada.
Publicado por: Vânia Maria do Nascimento Duarte
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