Escolha do orientador: um passo decisivo

A escolha do orientador representa um passo decisivo na vida do aluno-pesquisador
A escolha do orientador representa um passo decisivo na vida do aluno-pesquisador

O subtítulo expresso no artigo em pauta – um passo decisivo - norteia, fundamentatodos os aspectos envolvidos no assunto que ora desencadeia tal discussão. Ora, decisivo em toda a sua amplitude, haja vista que o pesquisador, sobretudo quando ingressa nesse contexto, precisa, antes de tudo, ter ao lado dele alguém que lhe dê o suporte necessário, o norte a ser seguido. Assim, todo esse aparato se encontra focalizado na figura do orientador. Figura essa que, “teoricamente”, possui todas as condições, sobretudo no quesito “experiência profissional”, para demandar uma relação promissora com o orientando, mas que também não se vê incapaz de fazer com que essa relação, principalmente para o “outro lado” (no caso o aluno-pesquisador), torne-se frustrante, desgastada e improdutiva.

Partindo dessa premissa, quando nos referimos à escolha, pretendemos afirmar que ela não somente se restringe a essa tão importante pessoa de que também já ressaltamos, mas também e, primeiramente, à determinação de qual linha de pesquisa se deseja atuar. Assim, torna-se imprescindível que essa outra escolha também esteja sustentada em princípios plausíveis, como é o caso da afinidade, do apreço, da identificação com um dado tema, com um determinado assunto. É simples, basta compreendermos que tudo aquilo de que gostamos mais, com o que nos identificamos de forma significativa tende a resultar em algo ainda mais frutífero, mais proveitoso.

Posicionamentos firmados, chega o momento de realizar uma sondagem acerca de quais professores trabalham com a linha por você escolhida. Deparando-se com alguns deles, o passo seguinte é entrar no Currículo Lattes de cada um deles, procedimento esse que o (a) permitirá conhecer algumas das publicações que já desenvolveram.

Numa espécie, pois, de passos sucessivos, a descoberta da disponibilidade de tempo que se atribui a esse quadro de orientadores torna-se de fundamental importância, visto que de nada adianta se interessar por este ou aquele se o “determinado”, digamos assim, não dispõe de tempo suficiente para desenvolver as orientações. Assim, já não é de tempos atuais que, em se tratando do universo acadêmico, a relação de convivência, o círculo de relacionamentos que ali se constrói representa o ponto de partida, a chave para o sucesso - motivo suficiente para o pesquisador se inteirar mais das linhas de pesquisa ora desenvolvidas e, acima de tudo, mostrar-se interessado em colaborar.

Tais tomadas de atitude favorecem, como já afirmado, as relações interpessoais, pois, não raras as vezes, somente aquela famosa “indicação” não é suficiente para atender a todas as pretensões.  Dessa forma, a familiaridade, uma vez estabelecida com um determinado orientador, concede a ele plenos poderes para uma sinalização futura, indicando o nome do pesquisador iniciante para a candidatura a uma vaga no curso de mestrado.


Publicado por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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