Quais os Aspectos que Permeiam o Uso e Abuso de Drogas Entre os Adolescentes e Jovens de Ibitiara?

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1. RESUMO

Muitos estudos demonstram o crescimento alarmante do uso de drogas entre os adolescentes e jovens, de modo que este se desvela enquanto um importante problema social. Pela complexidade do fenômeno, seu enfrentamento requer programas de prevenção e combatebem articulados com vários seguimentos da sociedade. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa e quantitativa, com o objetivo de diagnosticar o envolvimento de adolescentes e jovens com drogas na cidade de Ibitiara, visando subsídios para a criação de programas locais de prevenção e redução de danos deste problema social. A pesquisa foi realizada com a utilização de várias fontes bibliográfica de livros, períodicos, artigos publicados na internet, bem como aplicação de questionários com alunos do Colégio Municipal Maria Eulice de Menezes Porto. Como técnica de coleta de dados utilizou-se a aplicação de questionários semi-estruturados contendo questões abertas e fechadas. A pesquisa mostrou que são muitos os problemas causados pelo uso e dependência das drogas, o qual se agrava a cada dia e tem interferido no desenvolvimento dos indivíduos, principalmente dos adolescentes e jovens. Destarte, acredita-se que o estudo oferecerá subsídios valiosos para maior compreensão e visibilidade desse tão discutido problema ao abordar os transtornos que ele causa a todos, concluíndo que é necessário ofertar serviços de atenção integral para os envolvidos e orientar a possibilidade de ações que fortaleçam o processo de enfrentamento.

PALAVRAS-CHAVE: Drogas. Dependência. Prevenção,

2. INTRODUÇÃO

A dependência de drogas é um dos temas de grande preocupação nacional e internacional, devido não só aos danos causados a saúde individual e coletiva, mas também pelo impacto em toda a sociedade, exigindo para sua prevenção e enfrentamento a adoção de políticas e ações articuladas que visem minimizar as conseqüências deste tão relevante problema social, bem como conscientizar a população sobre o tema em questão.

Um dos grandes problemas das drogas é a sensação que elas causam no organismo dos usuários tornando-os dependentes. A droga dá prazer. É devido a esse fato que aqueles que usam uma vez, sempre voltam a usar (Herculano-Houzel, 2003, p.87), porém esses não conhecem no primeiro contato os estragos que as mesmas causam com seu uso contínuo, prejudicando o seu estado físico, psíquico e social.

No Brasil foram criados, nos últimos anos, serviços voltados para prevenção de dependência e combate ao tráfico de drogas ilícitas, a exemplo da aprovação da Lei número 11.343/2006 que entre outras ações institui o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas, que tem por finalidade articular, integrar, organizar e coordenar as atividades de prevenção, tratamento e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, bem como as de repressão ao tráfico das mesmas (SENAD).

Todavia, observar-se-á neste estudo que mesmo diante do amparo legal existente, ainda são muitas as dificuldades para a prevenção e o combate do uso de drogas em nossa sociedade, destacando-se o fato contraditório existentes entre o comércio das drogas lícitas e ilícitas.

Tomando como referência o Livro “Drogas na escola: alternativas teóricas e práticas”, organizado por Júlio Agripino Groppa constata-se o quanto é difícil fazer prevenção entre os adolescentes, porque eles têm uma postura extremamente onipotente e comportam-se como se tivesse um pacto de imunidade contra os males deste mundo. Para eles, os perigos parecem não ter existência real, mas ser pura invenção de pais e educadores para tornar a vida menos divertida, por isso é preciso estratégias orientadas para trabalhar essa questão no meio dos adolescentes.

Júlio Groppa descreve ainda que é um erro reduzir as discussões sobre drogas a um curso de moral e religião, defendendo o bem e o mal como se fossem absolutos, porque umas das características da adolescência é a busca de um quadro de referências próprio. Nesse contexto, lançar mão de argumentos morais (na maioria das vezes preconceituosos) implica perder o interesse e a atenção do interlocutor adolescente, por isso esta pesquisa visa, além de conhecer o universo das drogas, levantar dados confiáveis para implantação de programas de prevenção de maniera que eles possam conhecer os efeitos das drogas no organismo e na sociedade para assim evitar o primeiro contato que leva a dependência.

Diante o exposto, adotamos como objeto de estudo diagnosticar os aspectos que permeiam o uso de drogas entre os adolescente e jovens de Ibitiara, acreditando que os resultados desse estudo possam contribuir para uma maior visibilidade das questões que entravam o processo de prevenção e combate ao uso de drogas, que permitirão se pensar em ações e estratégias mais efetivas para a prevenção e o enfrentamento, rompendo com o ciclo do fenômeno em estudo.

3. OBJETIVOS

Objetivo geral:

Diagnosticar o envolvimento de adolescentes e jovens com drogas na cidade de Ibitiara, visando subsídios para a criação de programas locais de prevenção e redução de danos deste problema social.

Objetivos específicos:

  • Realizar um diagnóstico sobre o uso e abuso de drogas e álcool entre adolescentes na cidade de Ibitiara, tomando por base estudantes do Colégio Municipal Professora Maria Eulice de Menezes Porto;
  • Identificar quais são as drogas mais utilizadas entre os adolescentes na cidade de Ibitiara;
  • Levantar dados confiáveis para implantação de programas de prevenção ao uso de drogas entre adolescentes desta cidade;
  • Compreender os fatores que levam os adolescentes ao uso de drogas.

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1. VISÃO GERAL DO USO DE DROGAS NA SOCIEDADE

A história ensina que o uso de substâncias psicoativas sempre estiveram presentes na sociedade não importando a raça ou a cultura do povo. Os motivos propostos para explicar esse uso já foram de cunho religioso e místico (LESSA, 1998). As drogas eram utilizadas na antiguidade nas cerimônias e rituais, para obter prazer, diversão e experiências místicas, porém essa utilização não representava, em geral, uma ameaça, pois ainda não se sabia dos efeitos negativos que elas podiam causar. Porém na última década, o aumento siginificativo de consumidores e dos tipos de drogas usadas reflete-se em uma maior demanda para o tratamento de problemas relacionados ao abuso ou dependência de drogas.

Para conhecer o efeito das drogas no organismo e suas implicações sociais, é necessário conceituá-la, bem como identificar quais os problemas gerados com seu uso e abuso. Segundo a médica psiquiatra do HCPA, Lisia Von Diemen, Droga é qualquer substância exógena que interfira em um ou mais sistema do organismo. São vários os tipos de drogas que atuam de diversas formas no organismo do usuário, provocando alterações psíquicas e comportamentais.

O uso abusivo de drogas envolve vários setores da sociedade, tais como, jurídico, policiais, médicos, educacionais, ocupacionais, familiares, entre outros, além de ser cercado pela diversidade de opiniões a respeito de danos, benefícios, prazer e desprazer. De um lado as informações relacionadas a violência devido ao tráfico, e do outro a mídia estimula a venda de bebidas alcoólicas, que também é um tipo de droga que causa dependência e traz sérias consequências para a sociedade.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), após realização de um estudo no ano de 2004, aponta o Brasil no 80º lugar no Ranking internacional do consumo de álcool. Nos anos de 2001 e 2005, a Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD), realizou em parcereia com o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (CEBRID), da Universidade Federal de São Paulo, o I e o II Levantamento sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, nos quais constatou-se um aumento significativo no uso como pode-se constatar na tabela abaixo:

DROGAS

(%) 2001

(%) 2005

Qualquer droga

19,4

22,8

Maconha

6,9

8,8

Solventes

5,8

6,1

Cocaína

2,3

2,9

Estimulantes

1,5

3,2

Benzodiazepinicos

3,3

5,6

Orexigenos

4,3

4,1

Xaropes (codeína)

2,0

1,9

Alucinógenos

0,6

1,1

Esteróides

0,3

0,9

Crack

0,4

0,8

Barbitúcios

0,5

0,7

Anticolinérgicos

1,1

0,5

Opiáceos

1,4

1,3

Merla

0,2

0,2

Heroína

0,1

0,09

FONTE: CEBRID/SENAD – I e II Levantamentos Domiciliares sobre Uso de Drogas Psicotópicas no Brasil – 2001 e 2005.

Percebe-se que o aumento no uso de drogas é significativo, e este quadro vem se agravando cada vez mais ao longo dos últimos anos, deixando a sociedade cada vez mais refém dos efeitos causados pelo uso e abuso das mesmas.

4.2. FATORES QUE LEVAM AO USO DE DROGAS

A família tem um papel fundamental no desenvolvimento do ser humano, ela é a sua primeira referência, é a mediadora entre o indivíduo e a sociedade, porém existem outras condições prexistentes que podem influenciar o desenvolvimento psicológico, físico e social do indivíduo, determinando o seu comportamento frente ao consumo ou não das drogas.

Segundo Formigone (1997), algumas culturas seguem rituais estabelecidos de onde, quando e como beber, tendo essas menores taxas de uso abusivo de álcool, quando comparadas com aquelas que simplesmente proibem o uso. Assim, é aceito que a cultura se constitui como um importante fator deteminante na proporção de alcoolistas/álcoolotras.

Além disso, alguns fatores de risco ou de proteção podem contribuir para o uso de álcool e outras drogas na comunidade. A SENAD aponta vários exemplos desses fatores de risco e de proteção para o uso de álcool e outras drogas no domínio comunitário, como podemos apreender no quadro abaixo:

FATORES DE RISCO

FATORES DE PROTEÇÃO

Falta de oportunidades socioeconômicas para a construção de um projeto de vida.

Existência de oportunidades de estudo, trabalho, lazer e de inserção social que possibilitem ao indivíduo concretizar seu projeto de vida.

Fácil acesso as drogas lícitas e ilícitas.

Controle efetivo do comércio de drogas legais e ilegais.

Permissividade em relação a algumas drogas.

Reconhecimento e valorização, por parte da comunidade, de normas e leis que regulam o uso de drogas.

Inexistência de incentivos para que o jovem se envolva em serviços comunitários.

Incentivos ao envolvimento dos jovens em serviços comunitários.

Negligência no cumprimento de normas e leis que regulam o uso de drogas.

Realização de campanhas e ações que ajudem o cumprimento da normas e leis que regulam o uso de drogas.

 Fonte: a Prevenção do Uso de Drogas e Terapia Comunitária. SENAD, 2006.

Diante desse quadro é importante  não perder de vista os detalhes sociocultuais do uso de drogas para compreender e identificar as caracterisitcas dos usuários, para melhor adotar sistemas de prevenção e combate.

Cada grupo social, cada povo, cada pessoa, tem em sua cultura padrões de comportamento de acordo as diferentes formas de estimulos, produzidos em seu meio ou fora dele, por exemplo, em nosso país, com tantas manifestações culturais, não podemos pensar em São João sem quentão, Natal sem vinho, carnaval sem cerveja e assim sucessivamente. Isso faz parte da cultura brasileira. Então é contraditório tentar combater o que na maioria das vezes é incentivado pelo grupo  social, pela mídia, pela cultura comunitária, etc.

Um dos grandes problemas sociais frente ao uso de bebidas álcoolicas e outras dorgas é marcado pela contradição do lícito e do ilícito (LORENCINI, 1998, p.35). A mídia acompanha essas contradições. A população recebe através dos meios de comunicação muitas informações sobre a violência relacionada ao tráfico de drogas, porém, por outro lado a mesma tem sido estimulada ao consumo de bebidas álcoolicas pela propaganda.

Sem dúvida a droga é um problema social de grande repercussão local, nacional e porque não dizer internacional.OLIVEIRA, Pedro Ribeiro (2001, p.12-13), afirma que:

O nosso mundo está uma droga. A nossa sociedade é uma sociedade drogada. Somos todos vítimas dessas drogas. Que droga? Essa substância que nós ingerimos para nos dar prazer, tirar dor, fazer sair do mundo, fazer viajar. Buscamos isto na maconha, álcool, cocaína, crack, heroína, cola de sapateiro, cogumelo, tantas drogas que estão aí, as drogas que compramos na farmácia para ajudar a dormir, para ajudar a não dormir etc. São drogas que estão dentro da nossa sociedade. E a pergunta que nos colocamos, hoje, é como viver numa sociedade que não precise de drogas? Ou como viver numa sociedade onde estas drogas estejam sob controle, apenas para remediar situações que não têm outro jeito, senão por alguns meios artificiais.

Essa imagem descrita pelo autor é bem comum nos lares dos brasileiros, dificilmente se econtra uma família que não possua algum tipo de dependência as mais diversas drogas, no sentido mais amplo da palavra, quer seja ela, bebida álcoolica, anti depressivos, analgésicos, etc.

4.3. BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

O costume de usar álcool em nosso país é de longa data, antes mesmo dos colonizadores portugueses chegarem ao Brasil com seus costumes de beber vinho e cerveja, aqui já econtravam-se os índios que bebeiam uma bebida forte fermentada a partir da mandioca. A maconha, a cocaína e o LSD foram usadas até o iníco do século no Brasil para tratamento de saúde e eram encontradas nas drogarias (PITOMBO, 2009, pp.42-45) (ANEXOS 1, 2 E 3).

As drogas eram livremente usadas pelos jovens da classe média e alta, filhos da oligarquia da República Velha, passando a ser usadas por outras classes sociais e a se espalhar  pelas ruas.  A primeira lei que proibiu o uso de drogas (ópio, morfina, heroína e cocaína) foi em 1921, sendo permitida apenas sob recomendação médica, e em 1930 a maconha também veio a ser proibida (SOUZA, 2009).

Apesar da proibição, o consumo das drogas aumentou e com ela a violência, a formação de grupos de traficantes que se espalham, principalmente pelas grandes cidades, causando vários conflitos diários entre polícia e traficantes com ocorrências de mortes constantes de todos os lados, fatos estes noticiados diariamente pela mídia.

Em 2006 entrou em vigor a Lei para combate ao tráfico de dorgas que substituiu as leis até então vigentes que datavam de 1976 e 2002. Esta lei preve ações de prevenção, atenção, reinserção social do usuário e dependente de drogas, além de duras penas para o tráfico ( www.senad.gov.br).

O município de Ibitiara, com 16.665 habitantes (IBGE, 2009), de acordo com dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde,  possui um alto índice de alcoolismo entre sua população adulta, fato este que, por meio de suas conseqüências cotidianas, desperta nos adolescentes e jovens um interesse pelo universo das substâncias psicoativas. Há vários relatos de adolescentes e jovens que já tiveram algum envolvimento com álcool neste município e seus distritos, bem como com outros tipos de drogas, sendo que em algumas situações específicas, já é possível encontrar jovens em situação de vulnerabilidade, porém não se tem conhecimento de dados tabulados ou pesquisa científica realizada a este respeito.

Existe ainda um outro agravante que é o fato deste município ser pequeno, o que facilita a formação de redes sociais, além de não oferecer muitas opções para que esses adolescentes e jovens desenvolvam suas potencialidades em algum tipo de atividade, quer seja ela econômica ou não, deixando-os cada vez mais a mercê do ócio, fato este que pode colaborar na procura de algo que preencha esta lacuna.

Segundo o Conselho Tutelar local, há raros registros sobre o uso de álcool e não há  ocorrências sobre o uso de outras drogas. Deduz-se que existe ainda um receio sobre este assunto no meio das famílias dos adolescente e jovens, bem como da população local, por ser este um tema ainda muito rodeado de tabus e preconceitos, dificultando assim o trabalho deste órgão para obter um resultado eficaz no que dizer respeito a prevenção e combate ao uso de drogas.

Tem-se conhecimento de que a nível nacional e estadual alguns projetos tem sido executados para prevenção e redução do uso de álcool e drogas entre adolescente  e jovens, entretanto, não existe um levantamento ou estudo específico em nosso município que análise os aspectos relacionados ao tema em questão e que façam emergir uma possibilidade de atuação com o número considerável de adolescentes e jovens envolvidos com álcool e drogas, o que é preocupante posto que os mesmos estão sujeitos a toda espécie de risco social.

Poucas e tímidas ações tem sido realizadas para a prevenção e combate ao uso de drogas no municipio, tendo registros de algumas palestras realizadas pelo Conselho Tutelar e Secretaria Municipal de Assistência Social, além de alguns trabalhos educativos realizados por professores isolados em algumas escolas do municipio, porém nenhum projeto continuo tem sido desenvolvido a nível municipal que possa garantir a eficácia do controle deste grave problema que tem afetado toda a população brasileira e em especial os adolescentes e jovens.

Através de questionário aplicado no Colégio Municipal Maria Eulice de Menezes Porto, com 89 adolescentes da faixa etária de 12 a 17 anos matriculados nas sétimas e oitavas séries, pode-se ter uma visão sobre o conhecimento das drogas entre este público, seus efeitos, usuários e outras questões relacionadas (Apêndice A), como se observa nos gráficos abaixo:

Gráfico 1

Gráfico 2

Gráfico 3

Gráfico 4

Gráfico 5

Gráfico 6

Gráfico 7

Ainda foram realizadas as seguintes perguntas: Quais atividades você sugere para o combate ao uso de drogas? O que você gostaria de saber sobre as drogas? Tem vontade de participar de um seminário sobre drogas? As quais foram respondidas de forma subjetivas tendo a sua maioria respondido que deve haver palestras nas escolas e comunidades, distribuição de cartazes de alerta, tratamento para os usuários, incentivar as práticas de esporte, combate ao tráfico e orientação dentro de casa. Sobre o segundo questionamento a maioria respondeu que gostaria de saber mais sobre os efeitos das dorgas no organismo e sobre os tipos de tratamento para o viciado. E a última questão todos responderam que desejam participar de uma seminário para melhor se infromar sobre o assunto.

4.4. EFEITOS NA SOCIEDADE  E NO ORGANISMO

Muitos acontecimentos violentos e rupturas sociais estão relacionados ao uso e abuso de álcool e outras drogas, os quais podemos citar: homicídios, atropelamentos, acidentes de trânsito, brigas, dentre outros. Os noticiários policiais e rodoviários divulgados pela mídia televisiva todos os dias mostram que a maioria das ocorrências são nos finais de semana, quando se eleva o uso de álcool, que é a droga lícita mais consumida.

As dorgas lícitas são substâncias que podem ser produzidas, comercializadas e consumidas sem problema algum. Apesar dessas trazerem prejuízos aos órgãos do corpo são liberadas por lei e aceitas pela sociedade. Essas são as mais consumidas e as que resultam em fatalidades diárias, já que através das alterações realizadas no organismo um indivíduo perde o controle e acaba por fazer coisas que no seu estadonormal não faria. As drogas, além de prejudicar a saúde mental, trazem sérios transtornos físicos para o ser humano, principalmente para aqueles que estão em fase de desenvolvimento. O álcool, por exemplo, torna o raciocínio e a coordenação motora lentos e compromete a capacidade de avaliar riscos. (CEBRID/SENAD).

Conforme informações contidas na edição número 383 da Revista Mundo jovem, em 2008, p.9, intitulado Álcool: quem paga a conta somos nós, de autoria do psiquiatra Sérigo de Paula Ramos, existem estatísticas que revelam que no Brasil a violência está diretamente relacionada ao abuso do álcool, sendo 72% dos crimes contra a vida; 50% a 80% de acidentes de trânsito com morte; 52% das agressões domésticas contra a mulher e 36% dos suicídios.

O uso do álcool traz ainda séros prejuízos para o corpo humano, tais como: gastrite úlcera, hepatite alcoólica, cirrose, câncer no fígado, anemia, alterções de coagulação sanguinea, aumento da pressão arterial, insuficiência cardíaca, maior risco de acidente vascular encefálico, alterações  na menstrução e muitas outras complicações de saúde (SENAD, 2008).

 Uma das drogas ilícitas mais usadas no Brasil é a maconha, que é composta por sessenta substâncias que provocam vários efeitos no organismo. No coração ela aumenta os batimentos e a pressão arterial; nos braços prejudica a coordenação motora; no estômago, aumenta o apetite; no cérebro compromete a memória e a consentração, provocando confusão mental; os olhos tornam-se vermelhos e há dilatação da pupila; na garganta provoca tosse seca e dor na garganta devido a fumaça e no pulmão ocasiona problemas respiratório e infecção (CEBRID).

Muitos espaços sociais vem sendo invadido pelas drogas. Cada vez mais o acesso dos adolescentes e jovens a elas é facilitado, a exemplo das escolas, principlamente nas grandes cidades que já estão sendo envolvidas pelo tráfico de drogas. Miriam Abramovay, em seu Livro Cotidiano da escolas: entre violências, revela a triste realidade de mortes de vários estudante envolvidos com as drogas que tiveram suas vidas ceifadas pelos responsáveis pelo tráfico.

Em 13 de julho de 2008 o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, completou 18 anos, este prevê em seu texto  a proteção integral a criança e adolescente quer seja na área da saúde, educação ou social. Porém essa realidade parece-nos distante de se concretizar, visto o crescente número de adolescentes e jovens que se encontram em situação de risco, vulneráveis a todo tipo de drogas e entorpecentes, sendo cada vez mais vítimas de vícios que tendem a prejudicar sua saúde física e mental.

Segundo Sueli Menezes, no texto publicado na Revista de Psicologia Catharsis, Adolescência X Drogas:

A adolescência é o amadurecimento físico... e as transformações que ocorrem na puberdade, influenciam no amadurecimento emocional. Essas mudanças da puberdade geram enorme conflito, o que contribui para o amadurecimento emocional. É nesse momento que surgem os lutos...

Partindo desse pressuposto, percebe-se que todos esses conflitos levam o adolescente ou jovem a buscar algo que ele considere capaz de “resolver” os seus “problemas”, achando, muitas vezes,  no álcool e outras drogas o refúgio, sem contar com tantos outros fatores, que os influenciam, a saber: os amigos, curiosidade, diversão, problemas na família, falta de informação, entre outros.

4.5. PREVENÇÃO: O MELHOR CAMINHO

As ações de prevenção assumem, uma natureza abrangente, e por essa razão a comunidade precisa estar preparada e integrada para agir, porque cada pessoa tem um papel fundamental a desempenhar, fazendo-se necessário juntar o saber popular ao saber acadêmico e ao saber político para construir um saber comum que servirá de base para realização de projetos e trabalhos futuros.

As propostas de prevenção devem estar em sintonia com as necessidades da população local, conhecendo as peculiaridades de cada comunidade. Felizmente os novos conhecimentos trouxeram novas maneiras de enfrentar o problema das dorgas e álcool, que não seja somente a repressão, como no passado.

BASTOS E MESQUITA (2004, p.182), fazendo eco com  alguns estudiosos, dizem que:

É tempo de substituir as declarações de fé pelo rigoroso escrutínio científico, partindo de pressupostos que não sejam pró ou antidrogas, mas que, de fato, consigam minimizar os danos decorrentes do consumo em um sentido mais amplo...

... faz com que estratégias alternativas à pura e simples repressão no âmbito do danos secundários ao abuso de drogas, até então restirta a um punhado de ativistas e especialistas, se revestisse de uma dimensão coletiva e global e se tornassem legítimas aos olhos de dirigentes líderes de países e comunidades influentes (Bastos e Mesquita, 2004, p.182).

Diante desse pensamento é possivel perceber que é necessário muito mais do que proibir, e sim buscar alternativas plausíveis para o combate, visando ações eficazes que envolvam a sociedade nos seus mais variados seguimentos, uma vez que cada um tem sua parcela de responsabilidade, afinal os danos causados afetam toda a população.

Lidia Rosenberg Aratangy, em texto publicado no livro Drogas na Escola, alternativas teóricas e práticas (p.14, 1998), afirma:

O caminho para prevenção do uso de drogas não passa necessariamente pela repressão. Muito mais importante e eficaz do que alardear proibições (dificilmente obedecidas) é oferecer canais para que o jovem possa dar vazão a sua necessidade de viver experiências significativas e de partilhá-las com seu grupo.

Neste palco, compreende-se que a prevenção com métodos que envolvam os provavéis usuários em atividades que os levem a participar de trabalhos em grupos e compartilhasr outras experiências, bem como explorar o potencial de cada um fará mais efeitos do que a utilização de métodos repressores, a exemplo daqueles usado no passado.

A Lei 11.343 de 23 de agosto de 2006 reconhece em seu artigo 19 a prevenção ao uso indevido de drogas e determina  diretrizes, tais como:

I-; O reconhecimento do uso indevido de drogas como fator de interferência na qualidade de vida do indivíduo e na sua relação com a comunidade a qual pertence;

II-; A adoção de conceitos objetivos e de fundamentação cientifíca como forma de orientar as ações dos serviços públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e estigmatização das pessoas e dos serviços qua atendam;

V – a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e adequadas as especificidades socioculturais das diversas populações, bem como das diferentes drogas utilizadas.

Além dessa lei a Política Nacional sobre Drogas pressupõe objetivos que ratificam essas diretrizes, os quais vale a pena destacar dois deles:

- Buscar, incessantemente, atingir o ideal de construção de uma sociedade protegida do uso de drogas ilícitas e do uso indevido de drogas lícitas;

- Priorizar a prevenção do uso indevido de drogas, por ser a intervenção mais eficaz e de menor custo para a sociedade. (www.senad.gov.br).

Diante do acima citado, conclui-se que a há muitas conquistas no que diz respeito à prevenção do uso de drogas. Os direitos existem, a legislação fora elaborada, porém resta a grande e urgente necessidade de conhecimento e efetivação das leis por parte de toda a população, para que de fato estas sejam colocadas em prática objetivando combater os efeitos desastrosos que o uso e abuso de drogas causam a sociedade como um todo.

Sendo assim, por tudo o descrito, é relevante o resultado desta pesquisa, no intuito de tentar prevenir e reduzir os danos causados aos adolescentes e jovens, buscando minimizar os problemas sociais, sempre baseando-se em dados científicos e concretos para que se possa chegar a um resultado satisfatório, possibilitando a implantação de programas específicos.

5. METODOLOGIA

Sendo o método “um conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação dos fatos ou na procura da verdade” (RUIZ, 1985, p. 131), é necessário ser bem definido para se alcançar um resultado satisfatório da pesquisa.

Nesse trabalho utilizou-se a Pesquisa Bibliográfica, bem como a pesquisa de campo para melhor fundamentar o objeto em estudo. A pesquisa de campo possibilita comprovar, na realidade, as hipóteses formuladas a partir das teorias pesquisadas (MARTINS, 2008, p.49).

O método utilizado, o qualitativo foi essencial para conhecer os fenômenos relacionados ao universo do uso e abuso das drogas, entendendo a realidade social (MINAYO, 2007, p.21), que envolve os usuários/dependentes, porém o método quantitativo também serviu para levantar dados que comprovem a realidade estudada.

Para Oliveira (1997), a abordagem qualitativa, além de descrever as dificuldades de um determinado problema, também possibilita compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais e apresentar contribuições no processo de mudança. Defende ainda que esse método tenha a pretensão de empregar dados subjetivos inseridos no centro do processo de análise de um problema. Por conseguinte, tem o objetivo de desvelar situações complexas ou peculiares. Assim sendo, por meio dessa abordagem pode-se identificar elementos que interferem no enfrentamento do uso de drogas entre os adolescentes e jovens com vistas a atenção integral para esse grupo.    

Como técnica de coleta de dados foi utilizada a entrevista. Segundo Minayo (1999), a entrevista consiste no encontro entre duas ou mais pessoas baseada na conversação iniciada pelo entrevistador com o objetivo de obter informações pertinentes para um objeto de pesquisa. Utilizado na investigação social, essa técnica permite coletar dados e auxilia no diagnóstico e/ou tratamento de um problema social (Marconi; Lakatos, 1990). Portanto, optou-se por essa técnica de coleta por ser tratar de um método onde o entrevistado terá a possibilidade de discorrer sobre o assunto sem respostas ou condições determinadas pelo entrevistador, podendo assim alcançar informações mais precisas.

Como instrumento para coleta dos dados, elaboramos um questionário semi-estruturado (APÊNDICE A). O questionário foi composto por questões abertas e fechadas referentes ao uso de drogas entre pessoas com faixa etária de 12 a 17 anos.

 O contato com o Colégio Municipal Professora Maria Eulice de Menezes Porto foi viabilizado por meio da elaboração e encaminhamento da Carta-solicitação (APÊNDICE B) esclarecendo acerca dos objetivos e relevância do estudo.

 O primeiro  passo foi a realização de estudos a fontes bibliográficas disponíveis, tais como períodidos, livros, jornais, revistas, sites sobre o uso de drogas, o seu surgimento, quais os fatores que levam ao seu uso, as suas consequências na sociedade e no organismo, leis relacionadas a prevenção e combate, bem como as drogas mais usadas.

O segundo passo nesta pesquisa culminou com a realização de um levantamento junto aos órgãos públicos locais para verificar a existência de algum tipo de informação relacionado ao uso de drogas entre adolescente e jovens, oriundos de denúncias ou outras fontes seguras.

O terceiro passo foi a aplicação do questionário junto aos adolescentes matriculados no Colégio Municipal Professora Maria Eulice de Menezes Porto, nas sétimas e oitava séries, com faixa etária entre 12 a 17 anos, para identificar dados sobre o uso de drogas entre os adolescentes da sede e zona rual da cidade de Ibitiara, bem como o conhecimento que existe entre estes sobre as causas e efeitos das drogas.

Sendo assim, iniciamos a organização dos dados através da leitura flutuante das entrevistas até se alcançar o nível de adensamento de seu conteúdo o que nos conduziu para a organização das idéias, a fim de que as informações correspondessem ao objetivo do estudo. Após ordenação e classificação dos dados, procedemos a etapa final, por meio do tratamento e interpretações pessoais e teóricas de autores que contemplam o tema em questão.

Com base nessas informações coletadas, será realizado um  diagnóstico sobre o uso e abuso de dorgas entre os adolescentes e jovens da cidade de Ibitiara, identificando as drogras mais utilizadas, a relação dos entrevistados com as drogas, informações estas que irão nortear programas de prevenção local.

É importante compreender que, uma vez  levantado este banco de dados, será produzida uma fonte de informação para se conhecer os aspectos relacionados ao uso de drogas em Ibitiara, além de se tornar uma ferramenta de análise das situações de vulnerabilidade social em que se encontram os adolescentes e jovens locais.

6. ANÁLISE E REFLEXÃO

A realização dessa pesquisa proporcionou-me um encontro com  o universo das drogas, constatando que  este é um problema que há muito assola a sociedade e sem muito investimento no sentido de prevenção, existindo por muito tempo a repressão, que é um método ineficaz.

Portanto, para que seja realizado um trabalho cuidadoso de prevenção, é necessário identificar quais fatores levam ao consumo de drogas, porque sabe-se que o problema do uso indevido é sério e importante, e que nossas boas intenções não são suficientes para planejarmos uma ação preventiva, é essencial ter conhecimento científico e não somente uma opinião sobre a questão. Dentro desse conhecimento esta a  identificação da população a ser trabalhada, dos fatores de risco e de proteção da população e do planejamento da intervenção que será feita.

Ao realizar esta pesquisa pude compreender qua a história do uso de drogas na sociedade perpassa por valores culturais e religiosos, que a mesma não representava perigo uma vez que não se conhecia os efeitos negativos de seu uso indevido. Ao longo dos tempos ela se tornou perigosa devido ao mau uso, sendo necessário a proibição daquelas cujo efeito causam maiores transtornos físicos, psicológicos e sociais.

As estatísticas revelam um aumento significativo do uso das drogas, e mostram que a maioria dos atos de violência estão ligados ao abuso principalmente do álcool que é uma substância livremente comercializada e de fácil acesso até mesmo para os adolescentes.

É possível perceber que não existe controle efetivo do comércio de drogas legais ou ilegais, sendo essas facilmente adquiridas por qualquer pessoa de qualquer faixa etária, e os órgãos de controle são ineficientes para a fiscalização, o que agrava cada vez mais a situação de dependência e aumenta o tráfico das drogas ilegais.

Outro fator agravante para o uso de drogas entre os adolescentes e jovens dá-se ao fato de não existirem programas que envolvam os mesmos para que possam desenvolver suas habilidades, deixando-os, muitas vezes, a mercê do ócio, fato este que muito influencia a procura pelas drogas.

No geral, há um certo incentivo para o uso de álcool em nosso país. A grande maioria das festas tradiconais tem uma realção direta com algum tipo de bebeida álcoolica, sendo esta parte integrante da cultura, o que facilita o uso abusivo e consequentemente a dependência e assim o uso de outras drogas psicoativas.

Com base no questionário aplicado no colégio Municipal Professora Maria Eulice de Menezes Porto, constata-se que dos 89 alunos entrevistados 84,3% conhecem algum tipo de droga, sendo qua a droga mais usada, segundo o conhecimento deles é o álcool que é uma droga, como já vimos, facilmente adquirida, facilitando assim o risco de dependência.

Dos entrevistados, a maioria afirmou não conhecer usuários de drogas, porém existe uma contradição, quando a maioria responde que conhece os efeitos das drogas, chegando-se a conclusão que o preconceito e os tabus existentes são grandes, induzindo-os talvez a esconder a realidade.

A maioria dos entrevistados (77,50%) nunca participou de palestras sobre drogas, mas afirma conhecer os efeitos das mesmas, deduz-se que seja devido ao relacionamento com usuários.

Segundo os entrevistados, 09 já tiveram contato com algum tipo de droga e 13 tem um usuário na família, daí percebe-se que há um número crescente de adolescentes ligados direta ou indiretamente com o uso de drogas, podendo vir a ser um dependente em potencial.

Observa-se também que há uma preocupação da família com o uso de drogas, visto o número de adolescentes entrevistados que já receberam orientação em casa – 71,9%, este é um fator importante que será de grande auxílio para a inserção de adolescentes e jovens em programas de prevenção e combate.

É nesse contexto que a presente pesquisa foi realizada, com o intuito de levantar informações para facilitar e melhorar a aplicação das políticas públicas existentes em nosso município relacionadas ao álcool e outras drogas, ou que venham a existir para prevenção destas entre os adolescente e jovens.

Neste sentido, com os dados levantados será possível traçar estratégias que aprimorem os trabalhos sócios educativos e programas de prevenção, além da possibilidade desta pesquisa servir como ponto de partida para a produção de estratégias que podem ser aplicadas em outros municípios, contribuindo assim para o desenvolvimento psicossocial dos adolescentes e jovens no âmbito regional, quisá estadual.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Penetrar no universo das drogas consituiu-se como um passo de grande relevância para compreender a amplitude dos problemas sociais causados pelo uso e dependência das mesmas.

Este é um assunto inesgotável, uma vez que envolve uma grande parcela da população, afetando as mais distintas famílias e seguimentos da sociedade, independente de posição ou classe social.

Os dados aqui levantados são fundamentais para a realização dos futuros trabalhos de prevenção local, objetivando o combate a este fenômeno que tem interrompido vidas e atrapalhado o desenvolvimento psicológico, físico e social de muitos adolescente e jovens.

As dificuldades econtradas para a realização desta pesquisa foram muitas, com ênfase para as informações sobre os dados de uso de drogas entre a população local, não sendo possível obter fonte seguras e precisas nos órgãos de controle e acompanhamento local.

Espera-se com o resultado deste trabalho despertar o interesse dos órgãos públicos e de toda a população ibitiarense para combater este problema que tem trazido tantos transtornos para a nossa sociedade, uma vez que foram levantados dados importantes no que diz respeito ao uso de drogas.

Destarte, acredita-se que o estudo oferecerá subsídios valiosos para maior compreensão e visibilidade desse tão discutido problema ao abordar os transtornos que ele causa a todos, concluíndo que é necessário ofertar serviços de atenção integral para os envolvidos e orientar a possibilidade de ações que fortaleçam o processo de enfrentamento.

8. REFERÊNCIAS

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CONDECA/SP. Estatuto da Criança e do Adolescente. São Paulo-SP, 2002.

DIONÊ, Debora; MUTTINI, Rúbia. Drogas, só a escola não quer ver. Nova escola. São Paulo, SP, Ano XXII, n 205, Setembro de 2007.

Fundamentos básicos do trabalho social / Sueli Godoi (org). - Londrina: Unopar, 2008.

HERCULANO-HOUZEL, Suzana. Sexo, drogas, rock`n`roll... e chocolate. O cérebro e os prazeres da vida cotidiana. Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2003.

LESSA, M. B. M. F. Os paradoxos da existência na história do uso das drogas. 1998. Disponível em http://www.ifen.com.br/artigos.htm. Acesso em 01/06/2010.

LOAS: Lei Orgânica da Assistência Social / Ministério do Desenvolvimento Social e Combate á Fome. 5ª edição. Brasília:  MDS, 2004.

MARCONI, M. A. LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 2 ed. São Paulo. 1990

MARTINS, Junior Joaquim. Como escrever trabalhos de conlcusão de curso. Ed. Vozes. Petrópoles, RJ. 2008.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 6 ed. São Paulo. Hucitec-Abrasco. 1999.

MINAYO, Maria Cecília de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira; GOMES, Romeu. Pesquisa social, Teoria, método e criatividade. Ed. Vozes, Petropolis, RJ, 2007.

Informações sobre drogas. Observatório Brasileiro de informações sobre dorgas. Disponível em: http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID. Acesso em 16/05/2010.

OLIVEIRA, Pedro Ribeiro. Sem drogas é bem melhor. Mundo Jovem. Porto Alegre, RS,  n 313, Fev 2001.

OLIVEIRA, S. L. de. Tratado de Metodologia Científica: projetos de pesquisa, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo. Pioneira. 1997.

Revista Agitação. nº. 67, São Paulo, Ano XII, , jan/fev 2006.Os atrativos das drogas.

AVENTURAS NA HISTÓRIA. EDIÇÃO 68, São Paulo, Março 2009., pp.42-45. Meu bem, meu mal.

Prevenção ao uso indevido de drogas: Curso de Capacitação para Conselheiros Municipais. Brasília: Presidência da República, Secretaria Nacional Antidrogas, 2008.

Prevenção e tratamento. Secretaria Nacional de Políticas sobre drogas. Disponível em http://www.senad.gov.br/prevencao_tratamento/prevencao_tratamento.html, Acesso em 15/05/2010.

RAMOS, Sérgio de Paula. Álcool: quem paga a conta somos nós. Mundo Jovem. Porto Alegre, RS, Ano 46, n 383, Fev 2008.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia cientifíca. Guia para eficiência nos estudos. 13. ed.São Paulo: Atlas, 1985.

9. APÊNDICES

9.1. APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Nome:__________________________________________________________

Série:________________________________IDADE:_____________________

Escola:_________________________________________________________

Endereço residencial:______________________________________________

QUESTIONÁRIO SOBRE USO DE DROGAS

1.Você conhece algum tipo de droga?

 

2.Qual a droga mais usada em sua cidade?

(        ) MACONHA     (      ) CRACK       (     ) ÁLCOOL     

(        ) COCAINA       (       ) CIGARRO   (       ) OUTRAS      (     ) NÃO SEI

3. Você conhece algum usuário de droga na sua cidade na idade de 12 a 18 anos?

 

4.            Você conhece os efeitos das drogas?

(     )  SIM     (    ) NÃO

5.            Já participou de alguma palestra sobre drogas?

(      ) SIM       (     ) NÃO

6.            Em sua família tem algum usuário de drogas?

 

7.            Você já teve contato com algum tipo de drogas?

 

8.            Que atividade você sugere para o combate ao uso de drogas?

________________________
________________________

9.            O que você gostaria de saber sobre as drogas?

________________________
________________________

10.         Tem vontade de participar de um seminário sobre drogas?

________________________
________________________

9.2. APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO DE USO DE INFORMAÇÕES

Prezada Diretora,

Sou estudante de graduação em servuiço social pela UNOPAR – UNIVERSIDADE DO NORTE DO PARANÁ, no 7° semestre, estando desenvolvendo o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, para obtenção do diploma de bacharel em serviço social e escolhi como tema de pesquisa o uso de drogas. O estudo tem como objetivo diagnosticar o envolvimento de adolescentes e jovens com drogas na cidade de Ibitiara, visando subsídios para a criação de programas locais de prevenção e redução de danos deste problema social. Este documento visa obter o seu consentimento para iniciar esta pesquisa neste estabelecimento de ensino, com os estudantes das sétimas e oitavas séries.

As informações serão coletadas através de questionário semi-estruturado com questões abertas e fechadas que contemplam indagações referentes as drogas. As respostas e colocações serão tratadas de forma anônima e confidencial, isto é, os nomes não serão citados em nenhum momento.  As informações coletadas servirão somente para fins científicos, podendo ser divulgados em pesquisas, eventos, revistas e/ou livros.

A  participação dos estudantes é voluntária. Não haverá nenhuma despesa e ou cobrança para participar da presente pesquisa, nem ressarcimento por parte do pesquisador ou da instituição onde está vinculada a pesquisa. Os esclarecimentos antes, durante e após o período deste estudo, assim como o acompanhamento e assistência serão de total responsabilidade do pesquisador, podendo ser contatado através do e-mail: jucyporto@gmail.com a qualquer momento.

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E PÓS ESCLARECIDO

Após leitura das informações, expresso que estou devidamente esclarecido (a) sobre a proposta do estudo e os seus objetivos, bem como do inteiro teor deste TERMO DE CONSENTIMENTO.Diante do exposto venho registrar que estou de acordo em participar do estudo proposto.

_____________________________

Assinatura do (a) entrevistado (a)

10. ANEXOS

10.1. ANEXO 1 – ARTIGO SOBRE COMERCIALIZAÇÃO DA MACONHA

10.2. ANEXO 2 - ARTIGO SOBRE COMERCIALIZAÇÃO DA COCAÍNA


Publicado por: Juçara Fernandes dos Santos Porto

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