ARTETERAPIA COMO PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL NO TRABALHO DO PSICÓLOGO

índice

Imprimir Texto -A +A
icone de alerta

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

1. Resumo

A arteterapia expõe a junção entre a arte e a psicologia, apresenta-se como uma ferramenta utilizada no âmbito da saúde mental por meio de várias formas de expressão artística. O presente artigo discute e faz refletir sobre a utilização desse instrumento com finalidade terapêutica e a importância da saúde psicológica para garantir a qualidade de vida. Com base na revisão de literatura sobre a temática, será abordada a origem e o desenvolvimento da artetarapia no Brasil, sua influência na reforma psiquiátrica, a empregabilidade da arte no cenário terapêutico, as diversas formas de práticas utilizadas e seus impactos no campo da Psicologia. Para averiguar essa temática, foi feita uma revisão bibliográfica narrativa, uma análise e interpretação da literatura publicada em livros e artigos científicos eletrônicos, que foram selecionados nas bases de dados do Scielo, PepSic, da plataforma Google acadêmico e nos periódicos para desenvolvimento do trabalho.  Ao analisar os trabalhos, foram encontrados os benefícios que a arteterapia proporciona aos pacientes em âmbitos da Psicologia. A reflexão desenvolvida postula que a arteterapia é um método eficaz para canalizar e converter conflitos advindos do adoecimento mental, pois se constitui como um canal de expressão da subjetividade humana permitindo acessar conteúdos internos e trabalhá-los. Conclui-se que a arteterapia propõe uma transformação das tradicionais formas de tratamento na área da psicologia e se destaca como uma ferramenta importante no trabalho do psicólogo possibilitando a humanização, promoção da saúde mental e comodidade para os pacientes.

Palavras-Chave: Arteterapia, Saúde Mental, intervenção psicológica, subjetividade, inconsciente.

Abstract:

Art therapy exposes the junction between art and psychology, is presented as a tool used in mental health through various forms of artistic expression. This article discusses and reflects on the use of this instrument for therapeutic purposes and the importance of psychological health to promote quality of life. Based on the literature review on the subject, the origin and development of art therapy in Brazil, its influence on psychiatric reform, the employability of art in the therapeutic setting, the various forms of practices used and its impacts on the field of Psychology will be addressed. To ascertain this theme, a narrative bibliographic review, an analysis and interpretation of the literature published in books and electronic scientific articles were selected, which were selected in the databases of Scielo, PepSic, Google academic platform and journals for the development of the work. By analyzing the works, we found the benefits that art therapy provides to patients in Psychology. The reflection developed postulates that art therapy is an effective method for channeling and converting conflicts arising from mental illness, as it constitutes a channel for expression of human subjectivity allowing access to internal contents and working on them. It is concluded that art therapy proposes a transformation of traditional forms of treatment in the area of ​​psychology and stands out as an important tool in the work of the psychologist enabling the humanization, promotion of mental health and quality of life of patients.

Keywords: Art Therapy, Mental Health, psychological intervention, subjectivity,

2. INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde elabora e traz a definição de saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade (OMS,1946). Portanto, esse conceito da OMS retrata a importância da saúde mental sendo que é um fator muito importante no autocuidado. Para manutenção da saúde mental, envolve ações para criar condições de vida mais saudável e a arteterapia é uma ferramenta de implementação para tornar o tratamento mais eficiente, nesse sentido o Ministério da Saúde na Portaria nº 849, de 27 de março de 2017, incluiu a prática de arteterapia como um dispositivo de tratamento na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Esta política tem o propósito de implementar tratamentos alternativos à medicina baseado em evidências na rede pública do Brasil.

Sendo assim o objetivo geral desse trabalho é destacar a eficácia da arteterapia em diversos campos e seus impactos no cuidado de pacientes em sofrimento mental, pois segundo Philippini (2004), a arteterapia é um dispositivo terapêutico que absorve saberes das diversas áreas do conhecimento, constituindo-se como uma prática transdisciplinar, visando resgatar o homem em sua integralidade através de processos de autoconhecimento e transformação. Além disso, este trabalho expõe a junção entre a arte e a Psicologia como ferramenta no processo terapêutico, apontando quais são os recursos artísticos/visuais ou expressivos que podem promover a humanização e bem-estar no âmbito da saúde mental.

O tema foi escolhido por motivo de preocupação com a coletividade, pois muito se discute a importância da saúde psicológica para ter uma satisfação, porém esse conceito continua sendo um tabu, como por exemplo, é visto que quem precisa dessa saúde são pessoas que apresentam distúrbios mentais, sendo que o sujeito está inerente a qualquer forma de estresse e estes por sua vez podem afetar sua saúde mental, também precisam de atenção para não desenvolverem patologias.

Nesse contexto não se trata apenas da ausência de doença, pois a saúde mental é mais do que a ausência de transtornos mentais. Portanto, além de distúrbios, existem fatores que podem promover o desenvolvimento de doenças mentais.

3. METODOLOGIA

Para averiguar essa temática, foi realizada uma revisão bibliográfica narrativa, segundo Brum et al (2015), possui caráter amplo e se propõe a descrever o desenvolvimento de determinado assunto, sob o ponto de vista teórico ou contextual, mediante análise e interpretação da produção cientifica existente. Essa síntese de conhecimentos a partir da descrição de temas abrangentes favorece o reconhecimento de lacunas de conhecimento para subsidiar a realização de novas pesquisas. Ademais, sua operacionalização pode se dar de forma sistematizada com rigor metodológico.

Através desse método, foi feita uma análise e interpretação da literatura publicada em livros e artigos científicos eletrônicos, que foram selecionados nas bases de dados do Scielo, PepSic, da plataforma Google acadêmico e nos periódicos para desenvolvimento do trabalho.

Foram utilizados quarenta e um artigos, divididos em três categorias, entre elas: arteterapia e saúde mental, práticas artísticas e impactos da arteterapia nos setores da psicologia.

Estas categorias abordaram primeiramente o conceito de arteterapia, a evolução da sua prática no contexto brasileiro destacando seus pioneiros e sua utilização no âmbito da saúde mental. No segundo foi exposto práticas artísticas usadas na arteterapia, tais como: desenhos, colagem, modelagem, musicoterapia, pintura, movimento e dança, dramatização (psicodrama), escrita criativa, doutores de Alegria, contador de histórias e construção/sucata. Por último, apontou os impactos da arteterapia no contexto hospitalar, escolar (aprendizagem), clinico e psicossocial.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

No início do século XIX, os mecanismos artísticos têm sido utilizados pelos psicólogos para demonstração do inconsciente e catarse emocional dos pacientes, sendo assim a arteterapia proporciona a potencialização da autoestima, do equilíbrio emocional e a redução significativa dos impactos negativos da doença mental através da relação do indivíduo com o processo artístico/psicoterápico, o que gera transformações nos âmbitos afetivos, interpessoal e social.

Para Organização Pan-Americana da saúde (2018), os fatores sociais, culturais, econômicos, políticos e ambientais são os determinantes da saúde mental e transtornos mentais, pois além dos distúrbios, existem fatores que desenvolvem estas doenças mentais. Visto que esses determinantes possuem uma grande potencialidade de influência sobre os indivíduos no cotidiano desenvolvendo os transtornos mentais.

A arteterapia, para Coqueiros et al. (2010), permite aos utilizadores desse processo a oportunidade de trabalharem e vivenciarem suas angústias, medos e bloqueios de uma forma mais adaptativa e menos sofrível. Consolida-se como uma ferramenta eficaz para canalizar e converter os conflitos advindos do adoecimento mental.

De certo ponto, a arte é um importante dispositivo no cenário do processo terapêutico promovendo diversos benefícios ao usuário como a humanização das pessoas portadoras de transtornos mentais e melhoria em todos âmbitos da saúde, principalmente a mental,  justificando a relevância do trabalho, tanto no âmbito científico, difundindo o conhecimento da arteterapia como ferramenta psicológica, bem como as vantagens de sua utilização no trabalho do psicólogo.

5. A arteterapia e saúde mental

A arteterapia é um instrumento para auxiliar no processo criativo dos pacientes na busca do estado mental, físico e emocional equilibrados. Segundo Oliver (2008), a arteterapia é uma ciência fundamentada em medicina e artes em geral, que através de fundamentação teórica, se propõe a aliviar ou curar os indivíduos através da expressão artística, priorizando o processo criativo.

A história da arteterapia no Brasil surgiu em dois movimentos, de acordo com Reis (2014), Osório Cesar (1895-1979) e Nise da Silveira (1905-1999), psiquiatras precursores no trabalho com arte junto a pacientes em instituições de saúde mental.

Em 1925, Dr. Osório Cesar com seu trabalho de arte com psicóticos através da visão psicanalítica com os conceitos de Freud, Osório analisava as obras de arte de pacientes na sua Escola Livre de Artes Plásticas do Juqueri, localizado em Franco da Rocha, interior de São Paulo. Em conforme com a Associação de Arteterapia do Estado de São Paulo (2010), Carati (2018) cita que desde 1927 há relatos de setores de bordados e outros tipos de artesanatos nos pavilhões e colônias de tal hospital, havendo possibilidade de realizar pinturas com aquarela, trabalhos em barro, dentre outras formas de arte que necessitavam de ambiente, material e técnica.

A outra pioneira da arteterapia, a psiquiatra Nise da Silveira iniciou o trabalho por meio da arte no setor de Terapia Ocupacional no Centro Psiquiátrico D. Pedro II, hoje é Instituto Municipal de Nise da Silveira, no bairro Engenho de Dentro em Rio de Janeiro no ano 1964, utilizou a pintura, a modelagem, teatro, dança, música, como os recursos para utilizar no processo de cura dos seus pacientes internados no centro com análise das obras com a visão junguiana.

De acordo com Melo (2009), toda essa potência criadora encontra seu núcleo central na fundação, em 1952, do Museu de Imagens do Inconsciente. Fruto das produções diárias dos ateliês da Seção de Terapêutica Ocupacional, o Museu se caracteriza por ser uma instituição viva que, em suas dezenas de exposições artístico-científicas, produziu transformações em duas pontas: nos serviços de saúde mental e na população como um todo.

Portanto, em se tratando da profissão de saúde mental, Nise da Silveira também contribuiu bastante na reforma psiquiátrica brasileira. A reforma psiquiátrica é considerado como um ápice significativo para a saúde mental, uma vez que antes dela ser iniciada, os manicômios eram os lugares onde tratavam aos pacientes com tratamentos tradicionais e agressivos, assim como, os eletrochoques e lobotomia, então no Brasil, estas técnicas eram praticadas no Centro Psiquiátrico D. Pedro II (manicômio), que mostravam até a melhora após a convulsões causadas pelas intervenções de choque, havia uma melhora provisória mas logo os sintomas ressurgiam e aumentavam as sequelas quando eram submetidos por estes procedimentos ao longo do tempo.

Mais de 70% de seus pacientes melhoraram após a realização da terapia por choque insulínico. O desuso desse procedimento se acelerou ao surgirem pesquisas que mostraram que a cura real não era alcançada e que as melhoras na maioria das vezes eram temporárias. As convulsões ocasionadas pelo cardiazol ocorriam rápida e violentamente e eram difíceis de controlar. Às vezes, eram tão severas que causavam fraturas espinhais nos pacientes. (GUIMARÃES; et al, 2013)

Diante dessa situação no centro psiquiátrico, houve uma participação ativa da Nise da Silveira, que revolucionou os métodos, tornando o tratamento não agressivo dos pacientes com os transtornos mentais. A arteterapia está ligada à reforma psiquiátrica, e contribui melhoras na socialização e na saúde das pessoas com sofrimento mental pois tem a intenção de reabilitar socialmente os indivíduos, logo, os arteterapeutas pautam seu trabalho na reintegração.

Além disso, a arteterapia é bastante aproveitada pelo profissional na área de saúde mental como o centro de atenção psicossocial (CAPS), em conforme com Facco (2016), em relação a arteterapia como método de terapia para ajudar os usuários do CAPS, o mesmo possibilita a superação de tensões, estresse e conflitos internos, a medida que os usuários participaram, cada um no seu tempo de melhora dependendo de seu diagnóstico e evolução em particular.

Certamente, essa prática artística promove a saúde mental e as teorias constam que esta técnica por meio da arte possibilita múltiplas formas de expressão da subjetividade, na teoria de Gestalt-Terapia, de acordo com Silva (2013), o sujeito é compreendido como um sistema aberto, em constante desenvolvimento e crescimento em função de trocas criativas com o ambiente; ou seja, ele é um ser relacional que interage com o mundo.

Uma das personalidades de destaque na perspectiva humanista, Carl Rogers (1961), para ele, é a causa principal da criatividade parece ser a mesma tendência que descobrimos a um nível profundo como a força criativa da psicoterapia – a tendência do homem para se realizar a si próprio.

Além disso, pode encontrar a relação entre este método com a psicologia junguiana e é encontrada no Brasil graças a Nise da Silveira que foi a pupila de Carl Gustav Jung, o antecessor e fundador da psicologia junguiana, em outras palavras, psicologia analítica:

Ressalta que o homem deve ser visto por inteiro, ou seja, como um todo; pertencente a uma comunidade, num determinado momento, não poderia, portanto, ser visto dissociado do seu contexto social, cultural e universal. E na Arteterapia esta possibilidade, de nos encontramos com o “todo”, é facilitado pelas expressões artísticas, que trazem os conteúdos do consciente e do inconsciente. (JUNG, 2011)

Portanto, Nise da Silveira praticava a leitura junguiana através das mandalas desenhadas pelos seus pacientes. De acordo com Reis (2014), a função da atividade artística é mediar a produção de símbolos do inconsciente.

Por último, a teoria psicanalítica também se envolveu nas atividades artísticas, para Lima (2009), Osorio Cesar encontrou na arte um instrumento para a reabilitação dos doentes. Entende-se aí que a psicanálise e depois a psicologia analítica, foi inicialmente introduzida na clínica no Brasil, como instrumento para pensar o processo de criação na arte; nos manicômios, como práticas terapêuticas. Vale ressaltar um papel muito importante nessa abordagem, a psicóloga Margaret Naumburg, que trouxe o reconhecimento de que os sujeitos possuem a capacidade de expor os seus conflitos interiores em forma expressão artística:

A arteterapia pode auxiliar na redução do tratamento e na diminuição da transferência negativa, pois “as imagens objetivadas atuam então como uma comunicação simbólica imediata que sobrepuja as dificuldades inerentes na linguagem verbal (NAUMBURG,1991, p.389).

Então realizava um estudo psicanalítico através da expressão de sentimentos dos pacientes na arte assim com Reis (2014) citou que a interpretação da expressão artística acontece sempre na relação transferencial, na qual o sujeito é incentivado pelo terapeuta a descobrir por si mesmo o significado de suas produções, estimulando-se o uso da livre associação, a fim de que ele expresse em palavras os sentimentos e os pensamentos projetados nas imagens pictóricas.

6. Práticas artísticas

Os recursos da arteterapia que auxiliam o indivíduo encontrar possibilidades de expressão para processar e o papel do profissional arteterapeuta ou o psicólogo, é fundamental possibilitar a transformação do outro. O profissional pode utilizar por meio de desenhos, modelagem, musicoterapia, pintura, movimento e dança, dramatização, escrita criativa, Doutores de Alegria, contador de histórias e construção/sucata.

A atividade com dramatização pode ser chamada de psicodrama, de conformidade com Cibreiros e Oliveira (2010), a dramatização foi a estratégia instituída para a coleta de dados e baseou-se na brincadeira de faz de conta, na qual a criança desenvolve atividades de simulação. Em outras palavras, a dramatização é uma técnica teatral, o paciente vai receber o papel de alguém, pode ser médico, mãe, professora, entre outros. Quando assumir esse papel, dramatiza um comportamento característico do papel encarnado, sendo assim o paciente adquire o entendimento de cada um dos papéis presentes na sua situação sociocultural.

Na musicoterapia, para Barros e Lustosa (2009), a música consegue trabalhar os hemisférios cerebrais, promovendo o equilíbrio entre o pensar e o sentir, resgatando o indivíduo em seus pensamentos e sentimentos. A melodia trabalha o emocional, a harmonia, o racional e a inteligência. O musicoterapeuta poderá intervir de forma direta ou indireta:

Na forma direta, o terapeuta definirá as atividades da sessão e os momentos dessas atividades. Na forma indireta, o musicoterapeuta aguarda a iniciativa do paciente para, então, definir suas ações e intervenções. É possível utilizar essas duas formas de condução do processo em momentos diferentes de uma mesma sessão. (KIM, WIGRAM E GOLD, 2008).

A musicoterapia pode trabalhar em várias maneiras para tratamento terapêutico, para Mossler et al (2011), as atividades mais utilizadas em musicoterapia incluem cantar, tocar instrumentos musicais, compor, improvisar com a voz ou com os instrumentos, ouvir música e realizar jogos musicais. Assim como também a música ser um complemento das outras arteterapia, segundo Guimaraes (2009) com o uso da música, também se permite ao indivíduo expressar suas emoções e sentimentos artisticamente, através de desenho, pintura, modelagem, entre outras modalidades.

Além disso, uma das técnicas muito conhecida na área hospitalar, mas também serve na psicologia escolar, o doutor alegria ou pode ser chamado de clown, que é um profissional ou artista caracterizado de médico-palhaço que oferece brincadeiras e arteterapia com atendimento mais humanizado para os pacientes que são crianças e adolescentes. Para Almeida e Sabatés (2008), a terapia de clown é definida como atividade catártica, que significa alívio, ou seja, também funciona como válvula de escape, conduzindo à diminuição da ansiedade. Essa é a base da ludoterapia, técnica de psicoterapia infantil e também do brinquedo terapêutico.

Os doutores de alegria atuam no hospital com intuito de promover o processo de cura e acolhimento para as crianças, segundo Lima (2009) possibilita diferentes formas de comunicação, permitindo assim que a criança expresse seus medos, dores, angústias e limitações além de mudar o foco da rotina hospitalar.

Além disso também é importante amenizar as angústias dos familiares, para os mesmos autores, colocar em cena o lado saudável não só da criança, mas também dos seus pais ou cuidadores que contribui para redimensionar o processo de trabalho com a composição do técnico e do lúdico.

Outrossim, visto que a pintura é benéfica na psicologia hospitalar, no CAPS assim como na clínica e na psicologia escolar. Para Philippini (2009), o uso, indicações e propriedades da pintura em Arteterapia são a facilidade operacional, por ativar o fluxo criativo e facilitar a liberação de conteúdos inconscientes, pelo desbloqueio, experimentação sensorial e lúdica com a cor, com o inusitado em movimento. O trabalho da Nise da Silveira com seus pacientes foi o grande marco na arteterapia pois induzia o procedimento com pinturas. De acordo com Stollz e Holanda (2015) além disso, sob a perspectiva junguiana, Nise da Silveira compreende que a pintura é instrumento de expressão do paciente para reorganizar seu mundo interno e a relação com o mundo exterior.

Por outro lado, além da pintura, há o desenho como o método da arteterapia, é uma arte que o paciente pode descontar os sentimentos ou traumas, para D´Alencar et al (2013), é possível perceber que o desenho retrata não só o que se deseja, e sim, o que realmente a pessoa é ou como está se sentindo naquele momento. Como no relato de um participante, ao desenhar um pássaro por representar pensamentos que transmitem a paz. Essa técnica artística além de descontar as emoções, para Valladares (2008), os desenhos trabalham a concentração, coordenação visual e espacial.

A arteterapeuta Francisquetti entrevistada por Vasques (2009) sobre o desenho que é uma forma de fazer o diagnóstico:

O desenho possibilita a realização do diagnóstico, pois através dele é possível verificar quais as áreas do sistema neurológico estão afetadas, pois se a criança tem algum tipo de problema neurológico, os desenhos e a escrita ficam comprometidos, e portanto, auxiliam no diagnóstico. (VASQUES, 2009)

Assim como também, na perspectiva junguiana, o desenho e as mandalas são bastante utilizados para realização de uma análise diagnostica, segundo Jung (2001), a mandala é um símbolo do self, isto é, de si mesmo, representando ao mesmo tempo o centro e a totalidade psíquica. O psicólogo quando perceber o paciente que está desenhando a mandala, a intepretação deve ser feita pelo paciente, conforme Reis (2014), devemos evitar o uso da interpretação, por isso, a melhor forma de fazer a leitura de uma mandala é pedindo à própria pessoa para entrar em contato com o que desenhou, procurando perceber e integrar os sentidos presentes naquela imagem.

Portanto, o psicólogo contando histórias para conseguir coletar as informações através das crianças, é mais uma ferramenta da arteterapia,  pois para Araújo et al (2009), a criança, ao ouvir histórias pode se identificar com um dos personagens, pode criar um símbolo e se colocar no lugar do outro.

Pelo visto que o movimento de transferência psíquica de perspectivas do objeto real ao objeto simbólico é muito importante para o desenvolvimento humano. Além disso, identificar as relações que o paciente apresentou na sua versão de história:

O ato de contar histórias mútuas é um tipo de história terapêutica, inicia-se quando a criança começa uma história e o arterapeuta escuta, e revezam-se. O arterapeuta usa as respostas da criança para direcionar a história para um resultado terapêutico positivo. nesta técnica a história do arterapeuta deve conter os mesmos personagens e ocorrer em um ambiente similar, porem introduzindo soluções mais saudáveis e adaptativas aos problemas ou conflitos apresentados na história da criança. (SANTOS, 2010).

Ademais, a construção com sucata favorece o arterapeuta ter o diálogo com o paciente, para Nunes (2011), construir com sucata favorece a exteriorização de sentimentos e manifestação de elementos da personalidade de cada indivíduo diante do material com se constrói, auxiliando a comunicação entre o arteterapeuta com o paciente. Em outras palavras, na produção de sucata pelo paciente, o arteterapeuta pode testemunhar a personalidade do paciente se ele é um paciente, impulsivo, apressado e qualquer característica que pode ser útil para a análise feita pelo arteterapeuta.

A sucata é composta por materiais, seja plástico, papelão, tecido, alumínio, papel, borracha e entre outros que não tem a utilidade ou a funcionalidade que serão transformados em obra de arte de acordo com a criatividade do paciente. Segundo Brunello et al. (2010), a sucata é um elemento que possibilita a construção e a ressignificação de objetos, no qual a criança tem autonomia para utilizá-los livremente trabalhando suas fantasias na interação com o ambiente. Além disso, por meio da brincadeira com sucata, o paciente desenvolve seu raciocínio e suas habilidades, o que reflete diretamente em seu modo de aprender. 

Portanto além das crianças, os adultos também podem participar na construção de sucata, o Philippini (2009) citou que as crianças e adultos podem perceber que aqueles sentimentos e pensamentos que provocam desconforto também podem ser transformados, trabalhados e expostos na forma de algo diferente e não necessariamente ruim. Assim como também para Affonso (2012), esses materiais podem ser alvos de significações intensas, pois facilitam a sua expressão e a sua criatividade e não direcionam a criança a assuntos que podem ser difíceis de lidar. Então, pode dizer que o paciente desenvolve a sucata ao mesmo tempo organiza os seus sentimentos.

Sob do mesmo ponto de vista que todas as atividades arteterapeuticas auxiliam no tratamento e no processo de cura dos pacientes assim como a dança e o movimento. Para Riess (2010) afirma que a dança, qualquer dança, é a linguagem da não linguagem. Meio para interação do ego não só com o mundo, mas é em si mesmo construído fisicamente e psiquicamente, em sua imagem corporal.

Dessa maneira, a dança leva o paciente ter a expressão artística se interagindo com suas emoções e os elementos psíquicos conseguindo assim a se encontrar e o corpo com seus movimentos exteriorizam as vivências e o próprio inconsciente.

Em outras palavras, os autores Pandolfo e Kessler (2012) explicam que a arteterapia colaborou para que o grupo se permita ir além, no sentido de conhecer seu corpo, seus movimentos e suas emoções. A consciência corporal propicia o relaxamento, a vitalização e o centramento dos participantes.

Em vista disso, a dança apresenta os benefícios fundamentais para os pacientes, de conformidade com Guimarães (2009), cita que a dança colabora na melhoria da atenção, desenvolvimento motor e cognitivo, estimula a comunicação. No trabalho com música, os sons possuem um caráter lúdico de grande valia, pois, além de proporcionarem prazer, reduzem o nível de ansiedade, trazendo o conforto e relaxamento. Desse modo, Alves (2016) menciona que a consequência disso é, dentre outras particularidades, a expansão da consciência.

Entre as possibilidades de facilitar o acesso ao inconsciente tem a escrita criativa assim como qualquer processo arteterapêutico também trabalha com as emoções e psíquicas, da mesma forma que o autor Philippini (2009) aponta que escrever é para compreender a si mesmo, ordena te­mas, desenvolve a comunicação, representa sons internos e externos, apura a compreensão e, gradualmente, acessa conteúdos inconscientes.

Além disso, sob do mesmo ponto de vista, a autora Vasques (2009) disse que escrever livremente, sem a utilização de pontuação ou uso de borracha, sobre determinado trabalho artístico executado anteriormente ou sonho, contando ainda com a possibilidade de erros gramaticais e de ortografia, possibilitando que os conteúdos inconscientes aflorem facilmente para a consciência.

Além disso, sob do mesmo ponto de vista, o autor Philippini (2009) aponta que escrever é para compreender a si mesmo, ordena te­mas, desenvolve a comunicação, representa sons internos e externos, apura a compreensão e, gradualmente, acessa conteúdos inconscientes.

Por outro lado, para o psicólogo utilizar a técnica da arteterapia com seus pacientes em condições especiais como:

E mesmo quando o cliente atendido não puder fazer uso da escrita por ser analfabeto ou por ter perdido a capacidade psicomotora da escrita, estes recursos serão utilizados com a ajuda do arteterapeuta. No caso do cliente com necessidades especiais na área visual poderão ser agregados materiais com texturas diversas e elementos sonoros e olfativos. (PHILIPPINI, 2009)

Portanto, há a modelagem com argila e massinha de modelar como ferramentas para trabalho do psicólogo, para Oliveira (2016), a argila silencia a mente e o espírito, mobiliza o corpo e harmoniza a respiração. Essa argila também proporciona sensações, segundo Duchastel (2010), a argila é indicada para o trabalho com pacientes psiquiátricos por estimular o contato com o corpo e a sensação através dos órgãos dos sentidos, facilitando o fortalecimento da identidade, a integração de conteúdos inconscientes e a delimitação do mundo interno e externo.

Enfim, a modelagem desenvolve a interação com a psique corporificada ou com o corpo psíquico, alterando-o em níveis mais aparentes e outros mais sutis. De acordo com Philippini (2004), ressalta que fica a cargo do arteterapeuta criar um repertório de informações relativo a cada modalidade, adequando-as às necessidades do usuário a ser atendido.

7. Impactos da arteterapia­­ nos campos de psicologia

Diante das modalidades artísticas terapêuticas o psicólogo com o objetivo de otimizar o tratamento junto com as intervenções da arteterapia que são aplicadas na clínica, na escola, no hospital ou CAPS proporcionando os impactos positivos na questão de ter um melhor equilibro dos pacientes. Assim como Philippini (2011) citou que o psicólogo arteterapeuta baseia-se na flexibilidade e na ampliação de estratégias e habilidades de cada indivíduo.

O psicólogo com intuito de determinar as estratégias de manter o controle e amenizar os transtornos dos pacientes tem mostrado resultados positivos com a influência das atividades lúdicas. Assim como no caso o transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), o indivíduo com TDAH apresenta uma certa dificuldade de concentração e atenção e comprometendo nas relações e no desempenho escolar, portanto com essa demanda o psicólogo busca os métodos específicos para aprimorar a concentração e relaxamento.

Com os estudos de Stroh (2010), que acompanhou um paciente com TDAH que é um aluno do 6º ano na rede pública com as sessões lúdicas, utilizou-se jogos e por meio das pinturas e dos desenhos, utilizando lápis de cor, Giz de cera ou tinta guache.

Além disso, para apurar na questão da atenção e relaxamento se tornando mais consciente de si mesmo, utilizou as experiencias táteis para ajudá-las a se concentrar com a modelagem de argila. Através desse acompanhamento, o paciente obteve melhoras no que diz respeito às suas dificuldades escolares (concentração, hiperatividade), melhorando também o relacionamento com os colegas e sua organização diária, sendo na escola ou em casa, sem a necessidade de tratamento medicamentoso.

Segundo o estudo de Borges (2010) sobre o uso da arteterapia como um recurso no trabalho desenvolvido com alunos hiperativos no âmbito escolar, afirmando que embora a arteterapia possa proporcionar benefícios para a inclusão e para o desempenho de indivíduos dotados de hiperatividade e ter o controle do mesmo.       

Portanto, envolver os alunos com as técnicas da arteterapia na escola traz benefícios para o aluno, de acordo com os estudos de Souza (2016), aplicou as atividades com acompanhamento de músicas proporcionando o relaxamento, molduras simbólicas com os materiais pra confecção, pinturas com proposito de uma melhor interação e comunicação, em um grupo de 13 alunos, com idade entre 11 a 14 anos, matriculados no 6º Ano do Ensino Fundamental na cidade de Sabino, que apresentaram déficit no processo de aprendizagem.

Dessa forma, durante os encontros realizados, foram apresentados os relatos dos professores que o comportamento da referida turma tinha se modificado positivamente, passaram a agir com mais moderação e respeito, com melhora do relacionamento e do desempenho escolar, o respeito pelas diferenças e o controle das emoções negativas.

No Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), é comum encontrar ações com práticas artísticas com intuito de construção da subjetividade dos usuários do CAPS com transtorno mental e como complemento do tratamento medicamentoso. De acordo com o artigo de Coqueiro, Vieira e Freitas (2010), abordou o trabalho com arteterapia de grupo intitulado Amigos da Arte no CAPS de Fortaleza, propôs atividades como pintura em tela, técnicas de pinturas em tecido, monotipia (técnica de impressão com uso de tinta) e até elaboração de escultura em argila, pintura e colagem sobre telha, técnicas de pintura sobre gesso.

O grupo percebeu que a arteterapia minimiza os efeitos negativos da doença mental na questão emocional que naturalmente surgem com a doença, tais como: angústia, estresse, medo, agressividade, isolamento social, apatia, entre outros.

De conformidade com Lima e Guimarães (2014), a população do estudo constituiu de 36 usuários do CAPS II de Vitória da Conquista - BA, que participaram da oficina de Dança junto com representações de personagens, dramatização e roda de conversas que aconteciam em encontros semanais na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) com o foco de processo de socialização, autoestima e adesão ao tratamento dos integrantes da oficina de Dança.

Segundo os autores, apontaram os avanços na socialização, percebeu-se uma maior interação social entre eles quanto à melhora e à ampliação das relações sociais, assim como também houve reformulação da autoestima com as conversas entre os participantes sobre tendências da moda e o aumento ou adesão ao uso de maquiagem pelas usuárias, principalmente do batom.

Além disso, a oficina de dança que ao longo do tempo ampliou as formas de expressão da afetividade, passando a serem receptivos e também afetivos e proporcionou a autonomia, uma melhora de psicomotricidade e os usuários perceberam a importância do medicamento.

Em suma, os autores Lima e Guimarães verificaram que os usuários estiveram em constante transformação, quebrando preconceitos consigo mesmos, se aceitando quanto à sua aparência física e aprendendo a conviver com suas limitações físicas e do transtorno Mental, estabelecendo melhor relacionamento interpessoal, especialmente entre as pessoas do grupo, demonstrando ter aprendido a conviver com as diferenças.

No hospital, a saúde mental dos pacientes internados carece de um atendimento mais humanizado, principalmente as crianças. As técnicas como a dramatização, para Cibreiros e Oliveira (2010), permite compreender as concepções da criança acerca dos diversos papéis presentes na sociedade, já que ela irá representar baseada em suas percepções sobre os indivíduos no desempenho de determinados papéis. Assim como também, a musicoterapia, pode ajudar as crianças internadas nas formas de socialização, diminuição do estresse, criatividade e relaxamento.

A pesquisa elaborada pelas autoras Valladares e Silva (2011) a fim de observar os processos da arteterapia com cinco crianças internadas no Hospital de Doenças Tropicais (HDT) de Goiânia, Goiás, instituição pública e de ensino, especializada em doenças infectocontagiosas e parasitárias. Para elas, o papel das sessões de Arteterapia, é: permitir a exteriorização de sentimentos, de tensões e angústias; trabalhar com a reorganização do meio interno da criança; reconquistar a própria autonomia perdida; diminuir a dor e o desconforto físico e ainda estimular sua imaginação e criatividade.

Através da confecção de desenho, pintura, colagem, modelagem e construção com sucata hospitalar, seguindo temática dirigida e livre. Segundo essa pesquisa mostrou que por meio desses exercícios as crianças, de modo geral, registraram progresso nas categorias de funcionamento físico, nos padrões de relacionamento, humor, afetos e expressão temática, desenvolveram maior autonomia, criatividade e dinamicidade.       

Por outro lado, a arteterapia não é somente para os indivíduos que sofrem com transtornos ou doenças, mas uma prática que proporciona benefícios para todos em qualquer fase da vida para promover uma saúde mental melhor. Sob do mesmo ponto de vista, Gonçalves et al. (2012) mencionam em seu estudo os benefícios da arteterapia para o envelhecimento saudável e observaram que a arteterapia permite que os idosos transformem suas vidas, as preenchendo com satisfação, alegria e autoestima e melhorando a socialização.

Assim como também as autoras Aguiar e Macri (2010) realizaram as atividades através de trabalho grupal no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da UNIRIO, como o relaxamento e trabalhos com a respiração facilitando ao processo criativo, permitindo um acesso mais fácil ao inconsciente,  pintura, desenho, recorte-colagem, modelagem, tecelagem, imaginação ativa, contos, mitos, consciência corporal, dramatização e escrita criativa. Consequentemente, houve uma redução da frequência ou intensidade dos sintomas depressivos, contribuindo para o autoconhecimento e o resgate da autoestima e confiança de idosos proporcionando um envelhecimento saudável e ativo.

Em suma, diante de uma série de experiências na prática da arteterapia no trabalho do psicólogo e arteterapeuta, a arteterapia é uma ferramenta como uma forma de intervenção na prevenção e promoção da saúde mental, pois através da estimulação do inconsciente e da subjetividade que facilita, reduz, minimiza os efeitos negativos que a doença ou os transtornos proporciona e assim como também possui a função de resolução de conflitos e das emoções e desenvolver o autoconhecimento.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades artísticas vêm atuando como um canal de abertura e de transformação das tradicionais formas de tratamento na área da psicologia, pois não se acaba na expressão, mas tem como finalidade a reabilitação. A arte promove por meio da experiência criativa a libertação do sujeito, pois proporciona um lugar de fala, expressão e acolhimento.

Como podemos observar a arteterapia é um instrumento valioso no cuidado a saúde mental contendo diversos recursos artísticos em diferentes aplicações e formas de abordagens. Constitui-se uma ferramenta de transformação subjetiva que deve ser explorada e difundida na atuação do psicólogo para favorecer a humanização, a socialização e qualidade de vida.

9. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Fabiane de Amorim, SABATÉS, Ana Llonch. Enfermagem Pediátrica: a criança, o adolescente e sua família no hospital. Barueri: Manole. Cap. 6 e 8. P. 49-56; 65-77. 2008.

AGUIAR, Amanda Paiva, MACRI, Regina. Promovendo a qualidade de vida dos idosos através da arteterapia. Rev. de pesquisa: cuidado é fundamental online. UNIRIO. Rio de Janeiro, dez. 2010. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/1102/pdf_264. Acesso em: 6 de out. 2019.

ARAUJO, Ana Maria, et al. A arte de contar histórias com o livro de folhas soltas: uma experiência junto a crianças em leitos hospitalares. In: IX Congresso Nacional de Educação - III Encontro Sul brasileiro de psicopedagogia. out. 2009. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2009/1952_1419.pdf. Acesso em: 4 de out de 2019.

BARROS, Danielle Marotti de Souza, LUSTOSA, Maria Alice. A ludoterapia na doença crônica infantil. Rev. SBPH. Rio de Janeiro, vol.12, n.2, p. 114-136. dez. 2009. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rsbph/v12n2/v12n2a10.pdf. Aceso em: 30 de out. 2019.

BORGES, Ana Cristina da Silva. O uso da arteterapia como recurso no trabalho com alunos hiperativos nas séries iniciais do ensino fundamental. Rio de Janeiro, jun. 2010. Disponível em: https://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/posdistancia/43246.pd.Acesso em: 5 de out. 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria Nº 849, de 27 de março de 2017. Inclui a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Diário Oficial da União. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt0849_28_03_2017.html>. Acesso em: 22 de abril 2019.

BRUM, Chris Netto, et al. Revisão narrativa de literatura: aspectos conceituais e metodológicos na construção do conhecimento da enfermagem. Metodologias da pesquisa para a enfermagem e saúde: da teoria à prática. Porto Alegre: Moriá, 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n4/18.pdf. Acesso em: 22 de abr. 2019.

BRUNELLO, Maria Inês Britto, MURASAKI, Aryel Ken, NÓBREGA, Jéssica Bortolato Gomes da Nóbrega. Oficina de construção de jogos e brinquedos de sucata: ampliando espaços de aprendizado, criação e convivência para pessoas em situação de vulnerabilidade social. São Paulo. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 21, n. 1, p. 98-103, jan./abr. 2010. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rto/article/view/14091/15909. Acesso em: 5 de out. 2019

CARATI, Edna Aléssio de Barros Costa. A arteterapia como dispositivo terapêutico no tratamento da esquizofrenia. Faculdade de Educação e meio ambiente. Ariquemes, 2018. Disponível em: http://repositorio.faema.edu.br:8000/bitstream/123456789/2323/1/A%20ARTETERAPIA%20COMO%20DISPOSITIVO%20TERAPEUTICO%20NO%20TRATAENTO%20DA%20ESQUIZOFRENIA.pdf. Acesso em: 22 de abr. 2019.

CIBREIROS, Sylvia Alves; OLIVEIRA, Isabel Cristina dos Santos. A dramatização no espaço hospitalar: uma estratégia de pesquisa com crianças. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 165-170, mar. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452010000100024. Acesso em: 30 de out. 2019.

COQUEIRO, Neusa Freire; VIEIRA, Francisco Ronaldo R; FREITAS, Marta Maria C. Arteterapia como dispositivo terapêutico em saúde mental. Relato de Experiência. Acta Paulista de Enfermagem. Fortaleza, v. 23, p. 859-862, 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002010000600022>. Acesso em: 20 março 2019.

D´ALENCAR, Rodrigues et al. Arteterapia no enfrentamento do câncer. Rev. da Rede de Enfermagem do Nordeste, vol. 14, núm. 6, pp. 1241-1248. Fortaleza, 2013. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3240/324029419022.pdf. Acesso em: 4 de out. de 2019.

FACCO, Sílvia Castro de M. et al. A arteterapia no tratamento dos usuários de um centro de atenção psicossocial. Rev. Espaço Ciência & Saúde, v. 4, p. 45-54, 2016. Disponível em http://www.revistaeletronica.unicruz.edu.br/index.php/enfermagem/article/view/5249/787. Acesso em: 7 de out. 2019.

GONÇALVES, S. M. L. Os benefícios da arte para um envelhecimento saudável. In: VI World Congress on Communication and Arts, abr. 04 - 07, 2012, Geelong, Australia. Disponível em: http://copec.eu/congresses/wcca2013/proc/works/54.pdf. Acesso em: 6 de out. 2019.

GUIMARÃES, Andréa Nuremberg; et al. Tratamento em saúde mental no modelo manicomial (1960 a 2000): histórias narradas por profissionais de enfermagem. Florianópolis, abr.-jun., 2013. Disponível em: . Acesso em: 22 de abril 2019.

GUIMARÃES, Gislene Nunes. Arteterapia e Educação: a arte de tecer os afetos e cuidados. Consultoria e revisão Magda Martins Mariante. Porto Alegre. Laços, 2009.

JUNG, Carl Gustav. Espírito na arte e na ciência. Obra Completa. Petrópolis: Vozes, vol. 15, 4ª ed. 2011.

JUNG, Carl Gustav. Memórias, sonhos, reflexões. 21 ed. Jaffé, Ed., D. F. Silva, trad. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2001.

KIM, Jinah; WIGRAM, Tony, GOLD, Christian. The Effects of Improvisational Music Therapy on Joint Attention Behaviors in Autistic Children: A Randomized Controlled Study.Journal of Autism and Developmental Disorders. out. 2008.

LIMA, Elizabeth Araújo. Arte, clínica e loucura: território em mutação. Summus: FAPESP São Paulo, SP. 2009.

LIMA, Maristela Viana, GUIMARÃES, Samuel Macedo. Possibilidades terapêuticas do dançar. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, Florianópolis, v.6, n.14, p.98-127, 2014. Disponível em: http://stat.necat.incubadora.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/1630/3939. Acesso em: 6 de out. 2019.

LIMA, Regina Aparecida Garcia de. et al. A arte do teatro Clow no cuidado às crianças hospitalizadas. Rev. Esc. Enferm. USP. Ribeirão Preto. 2009. Disponpível em: https://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/40343/43252. Acesso em: 04 de nov. 2019.

MELO, Walter. Nise da Silveira e o campo da Saúde Mental (1944-1952): contribuições, embates e transformações. São João Del Rei, vol. 5, nº2, p. 30-52, 2009. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/mnemosine/article/view/41432. Acesso em: 21 de out. 2019.

MOSSLER, Karin, CHEN, Xijing, HELDAL, Tor Olav. Musicoterapia para pessoas com esquizofrenia e transtornos do tipo esquizofrenia. Revisão sistemática Cochrane. versão de intervenção. 07 de dez.2011 Disponível em: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004025.pub3/full. Acesso em: 30 de out. 2019

NAUMBURG, Margaret. A arteterapia: seu escopo e sua função. Aplicações clínicas dos desenhos projetivos. São Paulo: Casa do Psicólogo. p. 388-392. 1991.

NUNES, Milena Manes. Sucata: reutilizar e criar, caminhos arteterapêuticos com crianças. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: https://www.arteterapia.org.br/pdfs/sucatareutilizarecriar.pdf. Acesso em: 5 de out. 2019.

OLIVER, Lou de. Psicopedagogia e Arteterapia. Teoria e prática na aplicação em clínicas e escolas. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2008.

OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. OPAS/OMAS apoia governos no objetivo de fortalecer e promover a saúde mental da população. out. 2016. Brasil. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5263:opas-oms-apoia-governos-no-objetivo-de-fortalecer-e-promover-a-saude-mental-da-populacao&Itemid=839 Acesso em: 22 de abril 2019.

OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. Folha informativa - Transtornos mentais. Brasília, abr., 2018. Disponível em: . Acesso em: 22 de abril 2019.

PHILIPPINI, Ângela. Grupos em Arteterapia: Redes Criativas para Colorir vidas. Rio de Janeiro: Wak, 2011.

PHILIPPINI, Ângela. Linguagens e materiais expressivos em Arteterapia: uso, indicações e propriedades. p. 148.Rio de Janeiro: WAK, 2009.

PHILIPPINI, Ângela. Transdisciplinaridade e arteterapia. In: Ornazzano G., organizadora. Questões de arteterapia. Passo Fundo: UPF; 2004.

REIS, Alice Casanova dos. Arteterapia: a arte como instrumento no trabalho do psicólogo. Psicologia: Ciência e Profissão, p. 142-157, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pcp/v34n1/v34n1a11. Acesso em: 21 de out. 2019.

ROGERS, Carl R. Um jeito de ser. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária Lida. 1987. Disponível em: https://www.ufpe.br/documents/38958/229603/ata/5b609c0d-0f53-4450-a2f8-012c41b95428?version=1.0 Acesso em: 21 de out. 2019.

SANTOS, Loide de Azevedo. A contação de história como recurso arterapêutico. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: https://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/C204796.pdf. Acesso em: 4 de out. 2019.

SILVA, Mariane Coimbra, CARVALHO, Eduardo Moura de, LIMA, Rafaela Dias de. Arteterapia Gestáltica e suas relações com o processo criativo. Revista IGT na Rede. v. 10, nº 18, p. 18 – 36, 2013. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/igt/v10n18/v10n18a03.pdf. Acesso em: 21 de out. 2019.

SOUZA, Rosana Cristina da Silva. Arteterapia como recurso para alunos com dificuldade de aprendizagem no ensino fundamental. Rev. Cientifica do Unisalesiano. São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.salesianolins.br/universitaria/artigos/no16/artigo5.pdf. Acesso em: 5 de out. 2019.

STOLTZ, Karoline Schleder, HOLANDA, Adriano. Nise da Silveira e o Enfoque Fenomenológico. Rev. da abordagem gestáltica. vol. XXI, núm. 1, p. 49-61, jun. 2015, Goiânia. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3577/357742812006.pdf. Acesso em: de out. 2019.

STROH, Juliana Bielawski. TDAH – diagnóstico psicopedagógico e suas intervenções através da Psicopedagogia e da Arteterapia. Construção Psicopedagógica, São Paulo, vol. 18, n.17, pg. 83-105, 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cp/v18n17/v18n17a07.pdf. Acesso em: 5 de out. de 2019.

VALLADARES, Ana Cláudia Afonso, SILVA, Mariana Teixeira da. A arteterapia e a promoção do desenvolvimento infantil no contexto da hospitalização.  Rev. Gaúcha Enferm., Porto Alegre, set. 2011. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/19252/13924. Acesso em: 6 de out. 2019.

VASQUES, Márcia Camargo Penteado Corrêa Fernandes. A Arteterapia como Instrumento de Promoção Humana na Saúde Mental. Botucatu, 2009. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/98472/vasques_mcpcf_me_botfm.pdf. Acesso em: 4 de out. 2019.


Publicado por: Monalisa solidade oliveira

icone de alerta

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.