Psicomotricidade: Identificando novos paradigmas e sua colaboração no processo de desenvolvimento infantil
índice
- 1. RESUMO
- 2. INTRODUÇÃO
- 2.1 Justificativa do tema
- 2.2 Problema de pesquisa
- 2.3 Objetivos
- 2.3.1 Objetivo geral
- 2.3.2 Objetivos específicos
- 2.4 Metodologia geral da pesquisa
- 2.5 Estrutura do trabalho
- 3. DESENVOLVIMENTO
- 3.1 Definição de psicomotricidade
- 3.2 As etapas do desenvolvimento infantil
- 3.3 A relação entre psicomotricidade e desenvolvimento infantil
- 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES
- 4.1 Considerações finais
- 4.2 Sugestões
- 5. REFERÊNCIAS
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
1.
RESUMOProcura-se com esta pesquisa apresentar a incidência da psicomotricidade sobre a escolaridade apontando os principais aspectos que influenciam o desenvolvimento infantil. Visa-se observar os principais conceitos da psicomotricidade como o movimento, o intelecto e o afeto buscando entender como a criança se desenvolve e a importância desses fundamentos na aprendizagem. Fundamenta-se essa pesquisa no construtivismo de Piaget conhecendo os estágios de desenvolvimento da criança e entendendo os conceitos de assimilação, acomodação, esquemas de ação e equilibração. Também se tem por critério de pesquisa, compreender o desenvolvimento psicomotor, os conceitos de tonicidade, lateralidade, noção corporal, estruturação espaço temporal, práxis global e práxis fina e fazer uma relação com a educação psicomotora e o desenvolvimento infantil, contribuindo assim, para fundamentações sólidas a respeito do tema. Portanto, tem-se como objetivo conhecer a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil, para tanto, usou-se de metodologia científica, com métodos adequados para o tema explorado, sendo uma pesquisa bibliográfica de fontes importantes e reconhecidas acerca do tema abordado e investigatória, buscando a realidade apresentada na educação infantil. Justifica-se a pesquisa desse tema considerando que, a psicomotricidade caracteriza-se por uma ferramenta que se utiliza dos movimentos para atingir outras aquisições e compreendendo que a psicomotricidade estuda o homem através de seu corpo em movimento, sendo estes as primeiras ações realizadas pelas crianças, entendendo que é uma forma de comunicação que abre caminhos para possibilidades de aprendizagem e consequentemente cria um elo entre psicomotricidade e desenvolvimento infantil, a partir disso, tentar-se-á encontrar as razões que apoiam a psicomotricidade no desenvolvimento infantil.
Palavras-chave: Psicomotricidade, desenvolvimento infantil, educação.
2. INTRODUÇÃO
Hoje o mundo está crescendo muito rápido e as exigências sociais com o ser humano estão muito grandes. A sociedade exige pessoas críticas, atuantes, que saibam se expressar, posicionando-se e comunicando-se com clareza, portanto vemos aí a grande necessidade do desenvolvimento motor no processo ensino aprendizagem para que o ser humano possa enfrentar as situações do dia -a -dia, com maior capacidade e desenvoltura.
Desde o início dos tempos o homem procurou desenvolver suas habilidades e aptidões. Conheceu o fogo, criou a roda, estudou a relação movimento/espaço, foi à lua, criou barreiras, destruiu barreiras e estudou os diversos elementos que compõe a sociedade. Conheceu o poder da ação e reação, fez de sua inteligência sua arma mais poderosa; construtiva e destrutiva. Houve mudança, houve movimento.
A educação tem uma função essencial e importante neste processo. A escola deve ser um local agradável onde a criança sinta prazer em apreender e, especialmente trabalhe a coordenação motora das mesmas.
Para que ela aprenda a conhecer e valorizar o seu corpo cabe aqui salientar a necessidade de citar durante o trabalho e em anexo atividades psicomotoras, que busquem despertar um melhor desenvolvimento psicomotor da criança, tais como: Domínio dos movimentos gestuais do corpo, Movimento com as mãos e os dedos, reconhecimento das partes do corpo, entre outros, tal trabalho resultara em uma melhor aprendizagem no processo de formação do educando.
O movimento é o objeto primo da psicomotricidade. Entende-se o significado da psicomotricidade como sendo a ciência que tem como objeto de estudo o homem através de seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo externo e interno, isto é, a capacidade de se movimentar com intenção. Nesta pesquisa aborda-se a psicomotricidade no desenvolvimento infantil.
Falar de psicomotricidade é falar de possibilidades. Existem possibilidades em cada etapa no desenvolvimento da criança, relacionando-a uma à outra. Cada criança é única, cada ser é diferente, mas as relações de crescimento estão ligadas diretamente a afetividade, cognição e organização.
Para tanto, o envolvimento desses processos é preenchido com os três conhecimentos básicos que norteiam a psicomotricidade, que são o movimento, o intelecto e o afeto, estes sim, são individuais e únicos em cada criança.
O conhecimento do próprio corpo e do seu funcionamento são aspectos fundamentais para o desenvolvimento dos aspectos físico, motor e intelectual da criança, que se criança for bem trabalhada, principalmente em seus movimentos de lateralidade, espaço, tempo e percepção, ela estará melhor preparada para atuar na sociedade, também percebeu-se que através das atividades motoras obtém-se resultados mais rápidos e compensatórios por parte dos educandos e assim a importância do papel da escola e do educador em todo o processo.
Sendo assim, formamos um espaço, um todo. Entendendo as relações de movimento com o meio tornará o indivíduo mais ou menos confiante e compreendente desse espaço que vive.
2.1. Justificativa do tema
Entende-se que a referida pesquisa é de grande importância, considerando que a psicomotricidade caracteriza-se por um método que se utiliza dos movimentos para atingir outras aquisições, tanto no âmbito da educação quanto da reeducação. Buscar-se-á as razões que apoiam a psicomotricidade no desenvolvimento infantil, pontuando as principais teorias e relacionando-as.
Compreende-se a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento infantil, vê-se a necessidade de conhecer as etapas do desenvolvimento humano, mais especificadamente os desenvolvimentos infantis, delimitando fatores que faz a ligação da criança com o meio. Neste aspecto, observa-se que as primeiras percepções corporais da criança irão expressar suas sensações, sentimentos e, é a partir do movimento que a criança passa a se conhecer melhor.
Desenvolver o esquema corporal e a psicomotricidade é parte fundamental para uma boa aprendizagem e uma ótima preparação futura perante a sociedade. O autor Seber (1997) afirma que: “É preciso entender que, o domínio de uma atividade não é conquistada de imediata. Só o funcionamento de uma ação pode conduzir a um aprimoramento dos movimentos”.
Conhecer o próprio corpo significa ter uma compreensão global do seu desenvolvimento. Isso implica conhecer e entender o seu desenvolvimento motor, sua lateralidade, saber orientar-se no espaço, ter uma memória sinestésica desenvolvida, fazendo com que haja uma interação entre corpo e aprendizagem.
Avaliando que a criança, desde sua concepção, já possui movimentos, e se os mesmos não forem bem trabalhados durante sua infância, trarão sérios problemas na vida adulta, cabe ao educador, detectar as dificuldades de aprendizagem, que pode ser constatado durante o período escolar, e investigar as causas de forma ampla. Sabendo-se que tais dificuldades, podem muitas vezes ser de aspecto orgânicos, neurológicos, mentais, psicológicos, adicionados a problemática ambiental em que a criança vive.
Sendo este um ser social, com cultura e linguagem adquiridas durante sua vida até o momento, trás consigo todo o conhecimento que já adquiriu. Ele faz parte da sociedade e é um ser único, individual e precisa ser trabalhado em sua totalidade, aí entra a importância do desenvolvimento psicomotor do processo ensino aprendizagem
2.2. Problema de pesquisa
Diante desses fatos, percebe-se a necessidade de pesquisar acerca da importância da psicomotricidade para o desenvolvimento infantil, que vem a colaborar para a estimulação perceptiva e o desenvolvimento do esquema corporal da criança.
Assim sendo, questiona-se: O que leva a psicomotricidade ser um fator importante no desenvolvimento infantil?
Nesse sentido, as perguntas de investigação que direcionaram o presente estudo foram:
-
O que é psicomotricidade?
-
Quais as etapas do desenvolvimento infantil?
-
Qual a relação da psicomotricidade e o desenvolvimento infantil?
2.3. Objetivos
A seguinte pesquisa buscou identificar os seguintes objetivos: objetivo geral e objetivos específicos.
2.3.1. Objetivo geral
O objetivo geral atende diretamente ao problema da pesquisa, que direciona todo o processo de busca, que é: Identificar a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil.
2.3.2. Objetivos específicos
-
definir psicomotricidade;
-
identificar as etapas do desenvolvimento infantil;
-
relacionar psicomotricidade e desenvolvimento infantil.
2.4. Metodologia geral da pesquisa
A metodologia é um caminho a ser percorrido durante a elaboração e a construção de uma pesquisa. A abordagem do problema é de ordem qualitativa, visto que se trata de pesquisa social e não aborda tratamento estatístico e no entendimento de Richardson (1999, p. 80) “(...) os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação entre curtas variáveis, compreender e classificar os processos dinâmicos vividos por grupos sociais (...)”.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, visto não se fazer uso de materiais de campo, ou pesquisa ação, apenas obras já conceituadas cientificamente, ou seja, material já elaborado. Confirmando, Gil (1999, p. 65): “Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Parte dos estudos exploratórios podem ser definidos como pesquisas bibliográficas [...]”.
A pesquisa se classifica, pela sua natureza, como pesquisa pura, pois não se tem a intenção de aplicá-la e segundo Gil (1999, p.43), “busca o progresso da ciência, procura desenvolver os conhecimentos científicos sem a preocupação direta com suas aplicações e conseqüências práticas (...)”.
Também se classifica a pesquisa como descritiva pelo fato de descrever a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil. Para Gil (1999, p.44), na pesquisa descritiva busca-se “juntamente com a exploratória, as que habitualmente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuação prática. São também as mais solicitadas por organizações como instituições educacionais, empresas comerciais, partidos políticos etc”.
A pesquisa não deixa de ser exploratória, pois ao adentrar na opinião de tantos teóricos, faz-se exploração do conhecimento científico para produção da pesquisa. Segundo Gil (1999, p.43) a pesquisa exploratória “tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos com hipóteses pesquisáveis”.
2.5. Estrutura do trabalho
Para a organização da monografia, o texto foi dividido em três seções. Na primeira, a introdução, que faz uma apresentação do tema abordado com breve explanação do mesmo, seguido do problema que conduziu esta pesquisa e dos objetivos propostos. Também apresenta a metodologia utilizada para sua realização e a delimitação, além desta estrutura.
Na segunda seção, o desenvolvimento, relata-se a fundamentação teórica, enfocando o que é psicomotricidade, as etapas do desenvolvimento infantil segundo principais autores e a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil.
Na terceira e última seção, as considerações finais, estão tecidas as falas finais desta autora em resposta a pesquisa elaborada no tema psicomotricidade, onde se percebeu que com o desenvolvimento psicomotor é possível aumentar a capacidade motora, cognitiva e psíquica da criança.
3. DESENVOLVIMENTO
O ser humano é produto de um processo histórico que vem se expandindo e aperfeiçoando de geração a geração, ampliando suas descobertas e curiosidades, sempre lendo e revelando sua linguagem corporal através de gestos, risos, expressão facial e sempre buscando onde se encaixar no quebra – cabeça da vida.
Nesta pesquisa, apresenta-se o embasamento teórico, constituído da definição de psicomotricidade, apresentando suas etapas do desenvolvimento infantil com ênfase no construtivismo piagetiano e os estágios deste desenvolvimento. Finalizando com a descrição da relação entre psicomotricidade e desenvolvimento infantil, através da subdivisão da seção com: educação psicomotora, o desenvolvimento psicomotor e a influência da psicomotricidade na aprendizagem.
3.1. Definição de psicomotricidade
A psicomotricidade refere-se diretamente ao movimento humano. É o relacionamento através da ação, é a integração do corpo com a natureza. Como ciência, a psicomotricidade é definida tendo como objeto de estudo o homem através de seu corpo em movimento relacionado com a sociedade e consigo mesmo.
As relações do movimento corporal com o meio tornaM o indivíduo mais confiante e compreendente do espaço que ocupa, e conseqüentemente melhor entendimento de suas emoções.
“Psicomotricidade como a posição global do sujeito, que pode ser entendido como a função de ser humano que sintetiza psiquismo e motricidade com o propósito de permitir ao indivíduo adaptar de maneira flexível e harmoniosa ao meio que o cerca” (DE LIÈVRE Y STAES 1992, p. 39).
De acordo com Coste (1978, p.23), é a ciência encruzilhada, onde se cruzam e se encontram múltiplos pontos de vista biológicos, psicológicos, psicanalíticos, sociológicos e lingüísticos.
A psicomotricidade está relacionada ao desenvolvimento das aquisições afetivas, cognitivas e orgânicas. Três conhecimentos básicos substanciam esse processo: o movimento, o intelecto e o afeto. Compreender esses processos direciona o olhar para a criança num todo, visando contribuir para o entendimento desses três conhecimentos.
São conhecimentos básicos relacionados a psicomotricidade: o movimento, o intelecto e o afeto.
O movimento, segundo dicionário Cegalla (2005), “movimento é o deslocamento de um corpo, ou parte dele, no espaço; série de atividades organizadas com um fim comum; atividade, ação”.
Fonseca (1988) define que: “O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante”.
Para abordar o primeiro conhecimento básico é necessário citar Wallon (1971), que fundamenta os estágios da criança e foca no estágio inicial, o movimento. Wallon define a criança em seu primeiro estágio de desenvolvimento como um ser que expressa a emoção no seu corpo e a emoção antecede a cognitividade, defendida por Piaget. O movimento segundo Wallon não é entendido apenas como desenvolvimento a partir do fisiológico é também uma forma de relação com o meio. O movimento tem ação direta sobre o meio, relacionando-se intrinsecamente com o afetivo.
“O movimento humano é a parte mais ampla e significativa do comportamento do ser humano”. É obtido através de três fatores básicos: os músculos, a emoção e os nervos, formados por um sistema de sinalizações que lhes permitem atuar de forma coordenada” (BARROS & NEDIALCOVA,1999:, p.3).
O movimento no desenvolvimento infantil tem uma função fundamental, principalmente nos primeiros estágios da criança onde esta não adquiriu a linguagem falada ainda. O movimento tem a função de comunicação. É através do movimento que a criança expressa suas sensações e manifesta o contato com o mundo ao seu redor.
Entende-se por comunicação o ato ou ação de comunicar-se, esta dada através de gesticulação, expressando assim seus desejos, vontades e sentimentos.
As necessidades físicas ou psíquicas são expressas através do movimento, essa, portanto, é a primeira forma de comunicação antes do desenvolvimento da linguagem. Essa comunicação através do movimento é definida por Wallon como comunicação emocional. A necessidade da criança de se expressar faz com que a postura corporal demonstre seu estado orgânico ou emocional.
O intelecto, segundo Aurélio (2004) define intelecto como inteligência, e inteligência como faculdade ou capacidade de aprender, apreender, compreender ou adaptar-se facilmente; intelecto, intelectualidade, destreza mental; agudeza, perspicácia.
O processo de cognição leva ao desenvolvimento do intelecto, isto é, quanto mais aquisição do conhecimento, maior a maturação do processo intelectual.
Neste segundo conhecimento básico tem-se como base de fundamentação Piaget. De acordo com Piaget, a aprendizagem é decorrência do desenvolvimento cognitivo, vinculado por sua vez, à maturação biológica e a qualidade dos desafios do meio.
O intelecto está relacionado ao cognitivo, que faz relação com o movimento para se estabelecer a comunicação com o meio. Voltando ao primeiro conhecimento básico com referência a comunicação, Wallon define que a maturação e aprendizagem – processo de desenvolvimento do intelecto – estão condicionadas pela riqueza do intercâmbio emocional e da comunicação com o outro.
O afeto é definido como afeição, carinho, atenção, simpatia. As aquisições afetivas vêm completar os conhecimentos básicos. A ação é impulsionada pela emoção.
“Emoção é a referência a um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e a uma gama de tendências para agir. Há centenas de emoções, juntamente com suas combinações, variações, mutações e matizes” (GOLEMAN, 1996, p. 34).
Todos os movimentos, gestos, mímicas são expressos pela emoção, indicando uma pré-linguagem. A criança associa novos significados e percepções as suas ações a sua consciência e a sua cognição, possibilitando o desenvolvimento da afetividade e consequentemente da inteligência.
A afetividade tem papel fundamental no desenvolvimento infantil, existem dois fatores das quais a afetividade é dependente: o orgânico e o social.
“[…] a constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu futuro destino. Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais da sua existência, onde a escolha individual não está ausente” ( WALLON, 1971, p. 34)
O aspecto afetivo por si só não pode modificar as estruturas cognitivas, mas pode influenciar as estruturas a se modificar. No processo de ensino-aprendizagem, o aspecto afetivo é de grande importância para compreender que cada criança é única, tanto no desenvolvimento afetivo, quanto no cognitivo.
Afetividade é um termo que usamos para identificar um domínio funcional, este por sua vez, de acordo com Wallon (1971), são quatro: o ato motor; o conhecimento; a afetividade e a pessoa. São eles que dão uma determinada direção ao desenvolvimento e no decurso da vida humana, cada um desses domínios tem seu próprio campo de ação e organização, mas mantém em relação com os demais uma espécie de mecanismo interfuncional.
A criança, no decorrer de seu desenvolvimento, estabelece diferentes níveis de relacionamento, a partir dessas relações, também modifica suas sensações em relação à afetividade. Intrinsecamente, todos os três conhecimentos básicos estão ligados. É através do movimento, que a criança expressa suas emoções, e através das emoções em relação com o meio que ela desenvolve sua cognição.
Considera-se a emoção altamente orgânica, pois é a partir das reações fisiológicas da criança, que as emoções são expressas. Estas fazem modificar as reações do organismo, como mudanças no batimento cardíaco, sensações corporais, entre outros. A emoção faz com que a criança se relacione com o meio e passa a se conhecer melhor.
Portanto, é necessário considerar de forma integrada os três conhecimentos básicos, entendendo que o desenvolvimento da afetividade vai influenciar diretamente no desenvolvimento do cognitivo da criança.
3.2. As etapas do desenvolvimento infantil
Quando se refere as etapas do desenvolvimento infantil nos remetemos as correntes da psicologia. Etimologicamente, a palavra psicologia tem sua origem na língua grega, onde psiché quer dizer alma e logia, razão significando então, o tratado da alma.
A psicologia tem grande influencia na educação. Existem práticas pedagógicas que, ora oscila em favor de uma tendência subjetivista, e ora por uma tendência objetivista de sujeitos. Foi a partir dos anos 70, no Brasil, que a perspectiva teórica que influenciou o modo como processo de ensino-aprendizagem seria definido. Chamamos então, de Behaviorismo ou Comportamentalismo.
Em diferentes partes do mundo, teóricos da educação procuraram criticar o modo reducionista de conceber a aprendizagem, propondo visões alternativas. Dentre esses teóricos, os Gestaltistas se destacaram pela teoria de Gestalt, que estuda os processos cognitivos envolvidos na percepção e na aprendizagem. Por ser inovadora e convincente, a teoria de Gestalt inspirou o surgimento de um campo da psicologia que estuda a aprendizagem, a psicologia cognitiva.
A psicologia da educação estava insatisfeita com a noção de um sujeito determinado por sua natureza individual externa, sentiu-se necessidade de uma concepção que contemplasse a interação entre indivíduo e realidade.
Nesse contexto, a teoria genética de Jean Piaget se fortalece passando a ser estendida a educação sob a denominação de Construtivismo Piagetiano.
3.2.1. Construtivismo piagetiano
Jean Piaget (1975) buscou romper com as perspectivas aprioristas, ou seja, que aceita, na ordem do conhecimento, fatores independentes da experiência; e as teorias ambientalistas, introduzindo uma teoria do desenvolvimento da inteligência baseada na interação do sujeito com os objetos do conhecimento.
Segundo Jean Piaget (1975) os atos biológicos são atos de organização e adaptação ao meio ambiente. O termo organização refere-se à tendência invariável das espécies de organizar seus processos internos em sistemas coerentes. O termo adaptação se dá quando o organismo se transforma em função do meio e quando essa variação tem como efeito um acréscimo das trocas entre ambos. A inteligência, portanto, seria uma forma especial de adaptação biológica.
Existem outros quatro conceitos que Jean Piaget define como básicos no processo de desenvolvimento infantil e intelectual, são eles:
- Assimilação: é quando o indivíduo incorpora em seu ser, ou seja, assimila as características externas do meio a sua estrutura interna;
- Acomodação: o indivíduo após assimilar as características externas, ele as acomoda para suportar as pressões do ambiente;
- Esquemas de ação: A partir da assimilação e acomodação, o indivíduo (bebê) apresenta comportamentos baseados em reflexos, que são as respostas automáticas dadas pelo organismo ao ambiente. Neste contexto, vê-se que o movimento, um dos conhecimentos básicos da psicomotricidade, é a primeira forma de comunicação do indivíduo, relacionando ao desenvolvimento da psicomotricidade. Esses reflexos são transformados posteriormente, segundo Piaget em esquemas de ação.
Enquanto um bebê de alguns meses de vida utiliza esquemas de comportamento, uma criança quando estaria na escola trabalharia seu cérebro realizando assim operações mentais, ou seja, os esquemas de ação permeiam até o desenvolvimento total do intelecto do indivíduo.
- Equilibração: Essa etapa é um importante segmento na teoria piagetiana. Seria uma forma de adaptação que procura maximizar as interações organismo-meio através da construção de novos instrumentos de compreensão e ação sobre a realidade. Esses conhecimentos vão sendo gerados e surgindo através de outros já existentes.
3.2.2. Os estágios de desenvolvimento segundo Piaget
Os períodos que marcam o desenvolvimento intelectual da criança, segundo Piaget (1975) são, período sensório-motor; período operatório; período operatório formal.
- Período sensório-motor (compreende de zero a dois anos): A inteligência sensório-motora caracteriza-se pela ausência de pensamento, representação ou linguagem. A atividade intelectual é puramente sensorial e motora em sua interação com o ambiente. O estágio sensório-motor é dividido em seis sub-estágios:
- Estágio reflexo: os efeitos da experiência estão centrados nos mecanismos providos de hereditariedade: sucção, preensão, choro, etc. ainda que as aprendizagens sejam significativas, estão ainda submetidas à esfera dos reflexos.
- Estágio das reações circulares primárias: caracteriza-se pela tendência de exercitar os esquemas descobertos a partir dos reflexos através de comportamento repetitivos. Os exercícios dos primeiros esquemas mentais são denominados reações circulares primárias. As reações circulares, nesse estágio, centram-se no corpo do bebê que, por exemplo, aprende a levar o dedo na boca.
- Estágio das reações circulares secundárias: elementos externos ao corpo do bebê são incorporados aos esquemas até então construídos. O bebê começa a engatinhar e manipular as coisas mais intensamente. As imitações passam a ser sistemáticas. O bebê torna-se capaz de produzir eventos interessantes descobertos, por acaso, o que envolve uma atividade mais complexa e intencional.
- Estágio da coordenação dos esquemas secundários: as ações do bebê passam a visar uma meta pré-determinada. Surge o comportamento instrumental e a busca ativa dos objetos desaparecidos. Se um objeto é colocado entre o bebê e o objeto que ele deseja alcançar, ele desenvolve meios para remover o obstáculo. O bebê tenta utilizar como meios esquemas desenvolvidos em outras situações, generalizando padrões de comportamento previamente adquiridos (assimilação generalizadora). No decorrer dessas generalizações, os esquemas vão sendo modificados, mas o bebê só retém os que funcionam para remover o obstáculo. Nesse estágio, a acomodação dos antigos esquemas à experiência adquirida com as novas ações depende do sucesso dessas ações.
- Estágio das reações circulares terciárias: nesse estágio, o bebê está aprendendo, ou já aprendeu a andar, e sai em busca de novidades. Não foca seu interesse apenas nela mesma, ou nos objetos que servem de meios para alcançar determinados fins, passando a ter curiosidade pelos objetos sob um outro ponto de vista. Começa a atribuir permanência e reconhecer que eles têm uma existência independente dela própria. Põe em prática, o ensaio-e-erro para descobrir as propriedades dos objetos, enquanto vai acomodando seu próprio comportamento a eles, e assimilando novos esquemas sem dificuldade.
- Início da representação: esse estágio representa a transição para o próximo período de desenvolvimento, no qual a criança torna-se capaz de utilizar símbolos mentais e palavras para referir-se a objetos ausentes. A representação significa a libertação do aqui e agora, introduz a criança no mundo das possibilidades. Agora, para imitar a criança ensaia mentalmente em lugar de repetir diversas vezes um comportamento. O conceito de permanência do objeto é completamente elaborado. Devido à capacidade de representação mental a criança pode reconstruir uma série de deslocamentos invisíveis do objeto. É uma fase que revela o início da descentração.
- Período operatório:
- estágio pré-operatório: caracteriza-se pelo exercício das habilidades representacionais, pelo egocentrismo e pela socialização progressiva do comportamento. O egocentrismo corresponde à indiferenciação entre o próprio ponto de vista e o dos outros, ou entre a própria atividade e as transformações que ocorrem na realidade. É inconsciente, pois tomar consciência dele, o destrói.
A partir dos dois anos o desenvolvimento do vocabulário e, conseqüentemente, da linguagem, facilita o desenvolvimento conceitual, da socialização da ação, da internalização da palavra como pensamento propriamente dito. O pensamento passa a construir-se pela internalização da ação, constituindo uma linguagem interna e um sistema de signos. A ação deixa de ser puramente perceptiva e motora, tornando-se uma representação intuitiva por meio de imagens e experimentos mentais. O egocentrismo, ainda se expressa dos três aos sete anos.
- estágio operatório concreto: esse estágio compreende o período dos sete a onze anos. A criança desenvolve o uso do pensamento lógico. Já pode solucionar problemas de conservação e a maioria dos problemas concretos, demonstrando capacidade de seriação e de classificação. Pode pensar logicamente, mas não pode aplicar a lógica a problemas hipotéticos, abstratos. No campo afetivo, a conservação de sentimentos, a formação da vontade, e o início do pensamento autônomo levam a criança a considerar os motivos dos outros nos seus julgamentos morais, o que demonstra uma superação do egocentrismo.
- Período operatório-formal: Nesse estágio, as estruturas cognitivas (esquemas) qualitativamente maduras, e o indivíduo torna-se estruturalmente apto a aplicar operações lógicas a problemas hipotéticos. O adolescente torna-se capaz de raciocinar sobre a lógica de um argumento independentemente de seu conteúdo.
3.3. A relação entre psicomotricidade e desenvolvimento infantil
O desenvolvimento é um processo ativo, dinâmico e interativo, que vai acontecendo no desenrolar da vida. Como visto nos três conhecimentos básicos, a criança, no processo de desenvolvimento, passa pelas três etapas que são, o movimento, o intelecto e o afeto. A partir de cada um deles observa-se a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil (Idem).
3.3.1. Educação psicomotora
A educação física tem um papel fundamental no desenvolvimento psicomotor da criança. É através dela que as crianças vão demonstrar suas habilidades e dificuldades em relação ao movimento. A educação física é baseada nas necessidades da criança. Tão importante quanto se alimentar, ela deve ser bem condicionada a fim de desenvolver meios para que a criança sinta-se estimulada e conseqüentemente tenha um bom desenvolvimento.
Entende-se que o desenvolvimento da criança acontece através dos três conhecimentos básicos, sendo o movimento o primeiro meio de comunicação da criança. É a partir desses conhecimentos que a criança toma consciência de si mesma, passando a conhecer seu corpo num todo, entendendo assim a importância de se expressar e compreender o meio em que vive.
A educação física escolar tem como objetivo principal incentivar os movimentos corporais buscando compreender todas as etapas da vida. A educação psicomotora bem desenvolvida pode detectar problemas futuros e até mesmo resolvê-los, em relação à concentração, coordenação, dificuldades de aprendizagem. As habilidades da criança, bem desenvolvidas possibilitam que estas aprendam melhor ou que, possam ser detectadas com antecedência problemas como citados acima, colaborando assim para corrigi-los.
O esquema corporal da criança deixa de ser limitado tornando-a mais perceptiva ao meio. Entende-se por esquema corporal o ritmo, o tempo e o espaço da criança.
Tanto o afeto, quanto o intelecto é desenvolvido a partir do movimento – atividade física – que possibilita esse desenvolvimento. É necessário que a criança tenha uma boa coordenação motora para iniciar seu processo de escrita, assim como para a leitura é necessário que consiga concentrar-se. Portanto a educação psicomotora no ensino infantil exerce um papel fundamental em toda a vida do indivíduo.
“É a educação um fato social tão antigo quanto o próprio homem, devendo ter sido praticada desde que apareceu na terra a primeira família humana. Coincide, assim, o início da história da educação com o da história da humanidade” (BELLO, 1978 p. 9).
Não é possível falar de educação sem relatar um pouco da história da mesma. História essa que começou com o início da humanidade no planeta terra, e continua até os dias atuais, num processo contínuo e complexo que tem suas raízes na família e em sua cultura, refletindo-se na sociedade em que está inserido. A educação não é apenas aquela formal que a escola oferece, mas toda e qualquer vivência que o ser humano está em contato e que vivencia. A educação primitiva não seguia regras formais, mas tudo dependia da maneira como os povos viviam e, como sua cultura era inserida na sociedade.
Era assim a educação informal dos povos primitivos, que deram origem à nossa educação dos dias de hoje, não era como a atual que segue regras, tudo acontecia de forma natural e espontânea mesmo que algumas pessoas copiassem umas das outras, sem perceber. Essa educação imitativa foi explicada por John Devey: “Como esclarece John Dewey, nessas sociedades primitivas são todas as instituições que exercem a influência educativa sem que nenhuma delas tenha propriamente, essa função” (apud BELLO, 1978, p. 13).
No início dos tempos a escola não era institucionalizada, não havendo uma pessoa qualificada especificamente para a educação do povo, esse processo acontecia de forma que toda a comunidade exercia poderes e auxiliava de maneira direta ou indireta na educação. Todas as instituições participavam igualmente.
A educação, portanto, não existia de forma sistematizada, ela consistia quase que exclusivamente na imitação das atividades que os adultos realizavam e as crianças os imitavam. Com o passar dos anos foram surgindo pessoas preocupadas em descobrir e conhecer sempre mais sobre o processo educacional, conhecer mais sobre o mundo e suas transformações, surgindo aí estudiosos que até hoje buscam respostas para o desenvolvimento humano e social. A educação foi muitas vezes identificada com o conceito mais restrito de instrução.
Hoje, temos a noção de que todas as influências, todos os estímulos que provocam uma série de reações da parte do indivíduo, têm alguma influência no seu caráter e fazem parte, portanto, da sua educação.
“Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos na prática social em que tomamos parte” (FREIRE, 2001, p.88.).
Num sentido amplo, podemos dizer que a educação é um longo processo de desenvolvimento, inicia desde o nascimento do indivíduo, assim sendo moldado na família, na sociedade e principalmente na escola. A formação do ser vai depender muito das pessoas que irão fazer parte de sua convivência no processo educacional.
Há várias formas de se conceber o fenômeno educativo. Por sua própria natureza, não é uma realidade acabada que se dá a conhecer de forma única e precisa em seus múltiplos aspectos. É um fenômeno humano, histórico e multidimensional. Nele estão presentes tanto a dimensão humana quanto a técnica, a cognitiva, a emocional, a sócio-política e cultural. Não se trata de mera justaposição das referidas dimensões, mas, sim, da aceitação de suas múltiplas implicações e relações (MIZUKAMI, 1986. p. 1).
Sendo assim, a educação não começou e nem vai terminar hoje, ela é um processo que sempre busca inovações, correções e aplicações em diversos níveis de conhecimento. O ser humano faz parte da natureza, da sociedade e do universo como um todo, estando sempre em contato com o novo, aprendendo com tudo que está à sua volta, tanto ensinando como revisando. Pois aprender é isso: um processo de aceitação, assimilação, revisão multidimensional de tudo e de todo o conhecimento, sendo ele empírico ou científico.
O indivíduo, nesse processo, é caracterizado pelas suas dimensões humanas, emocionais, cognitivas, sua vivência sócio-histórica e cultural a qual produz e renova seus saberes. Sendo assim, o ser humano está sempre em contato com o novo, adquirindo e formando sempre novos conhecimentos, que serão parte fundamental de sua formação .
Conforme Mizukami (1986, p.2): “O conhecimento é uma ‘descoberta’ e é novo para o indivíduo que a faz. O que foi descoberto já se encontrava presente na realidade exterior. Não há construção de novas realidades”.
O ser humano é dotado de uma capacidade que muitas vezes nem ele se dá conta, pois a todo o momento está adquirindo conhecimentos novos e transformando os já existentes. Sendo assim, cada indivíduo interpreta o mundo à uma maneira e através dos diferentes olhares, cada um forma a sua concepção.
Cada ser é único e tem uma maneira de ver o mundo, com o seu jeito de aprender o novo. Um homem pode entrar em contato, por exemplo, com um livro muito antigo, que muitas pessoas já o leram e sugaram segundo eles toda a sua essência. Porém esse homem, ao lê-lo, conseguiu retirar algo dele que jamais alguém havia percebido, isso não quer dizer que o conhecimento do livro mudou, mas, a forma como as pessoas interpretam é que é diferente.
Nessa realidade de existência e transformação do conhecido para algo novo, o processo de conhecimento passa por transformações onde muitas vezes o ser humano não consegue aprender sozinho, ele necessita de seres que o ajudem. Sendo assim, todo ser ao iniciar seu contato com a sociedade precisa de pessoas conscientes que lhe mostrem o caminho a seguir, e lhe guie neste processo. Sendo assim, o professor tem que estar preparado no momento em que a criança chega à escola.
“Dizemos que a criança está pronta para aprender, quando ela apresenta um conjunto de condições, capacidades, habilidades e aptidões consideradas como pré –requisitos para o inicio de qualquer aprendizagem” (DROUET, 2001 p. 27).
Dessa forma, constatamos que a criança é um ser que vive em constante transformação, e não podemos dizer que está pronta e acabada. Portanto, ela se desenvolve pelas vivências e momentos, desenvolvimento esse que envolve seu lado psicomotor, o que é muito importante para sua formação.
Quando a criança apresenta dificuldades de aprendizagem, na maioria das vezes, uma simples atividade que envolva seu corpo pode solucionar tal problema. Cabe ao educador ter o conhecimento e ajudar seu aluno, já que toda criança tem capacidades, habilidades e aptidões. Basta só ser observada com carinho, pois o seu futuro depende muito da sua formação inicial que acontece na família e principalmente na escola.
O educador, através do seu conhecimento que adquiriu no decorrer do tempo, deve buscar maneiras diferentes para conduzir todo o processo de educação, tendo em mente que todo e qualquer indivíduo pode apresentar mudanças através do meio que vive. Educar significa que o próprio educador deve criar sua identidade, ser crítico e consciente, capaz de mudar os caminhos da educação.
Sendo a escola o local onde a criança ira receber estímulos para continuar desenvolvendo suas capacidades psicomotoras é de suma importância que o educador busque inovar e aperfeiçoar a cada momento sua maneira de trabalhar tanto o lado motor como o afetivo da criança que e parte fundamenta do processo.
Quando uma criança apresentar problemas de aprendizagem, é muito importante que o educador busque constatar, e conseqüentemente tente saná-lo. Se o problema for mais grave, deverá buscar ajuda de outros especialistas.
É muito importante que, mesmo que sejam pequenas essas dificuldades, o professor não deixe passar por despercebido, pois uma simples troca do tipo ‘ P por B’, pode parecer simples mais não o é . Essa simplicidade de erros pode causar com o passar do tempo uma enorme dificuldade de aprendizagem.
Conforme afirma Seber (1997, p. 65): “É preciso entender que, o domínio de uma atividade não é conquistado imediato. Só o funcionamento de uma ação pode conduzir a um aprimoramento dos movimentos”.
Conhecer o próprio corpo significa ter uma compreensão global do seu desenvolvimento. Isso implica conhecer e entender o seu desenvolvimento motor, sua lateralidade, saber orientar-se no espaço, ter uma memória cinestésica desenvolvida, fazendo com que haja uma interação entre corpo e aprendizagem. Mas, é preciso entender que qualquer atividade que a criança fará de imediato ela não terá domínio do seu corpo. Somente a continuidade de atividades fará com que haja o aprimoramento dos seus movimentos.
“O ser humano, comparado com outras espécies animais, possui um desenvolvimento motor bastante lento e isso acontece porque o cérebro da criança está sendo programado para atividades mais complexas que envolve a linguagem, o raciocínio lógico, poder de espacialização e amadurecimento das emoções” (ANTUNES, 2001, p. 153).
O desenvolvimento motor relacionado à criança está incluído num processo lento de aquisições de conhecimentos. Isso porque, comparado com o de outros animais, o cérebro humano é programado para atividades complexas como a linguagem, raciocínio lógico, localização espacial, e amadurecimento das emoções, enquanto o animal apenas preocupa-se com o seu desenvolvimento motor, (pois é um animal irracional).
O homem tem que estar se desenvolvendo num todo. Por isso, faz-se necessário trabalhar em cima de estímulos com a criança desde pequena, desenvolvendo um conjunto de habilidades que engloba o domínio do esquema corporal, só assim ela chegará à fase adulta sem problemas de aprendizagem, fazer com que ela viva o real e o imaginário formando sistemas de interpretação do mundo, da cultura em que faz parte e do meio em que vive, construindo e ampliando sua história.
É na escola, através da mediação do professor com o aluno, que o processo de desenvolvimento ocorre por completo. O ser humano por si só, não consegue desenvolver-se sozinho, ele necessita de estímulos e de um mediador para que esse processo se realize.
O educador, enquanto professor atuante terá um papel fundamental fazendo a relação entre o amadurecimento do seu organismo, com estímulos trabalhados para desenvolver melhor a motricidade do aluno. Para que essa mediação aconteça faz-se necessário que ele esteja preparado e conheça sobre o assunto, devendo estar sempre em busca constante do conhecimento, para poder ajudar seu aluno.
Despertando através de atividades a motivação, unindo corpo e mente e através da expressão tornar o educando um ser criativo, desenvolvido, apto a realizar atividades mais complexas.
Portanto, cabe a nós educadores, buscar a interação do movimento na escola com objetivos e metas bem traçadas. Sendo eles peça fundamental no aprendizado do aluno é de suma importância que se trabalhe na educação infantil e nas séries iniciais, de forma interessante e prazerosa. Que as atividades aplicadas para desenvolver corpo – movimento sejam estimuladoras e contribuam para desenvolver o aluno no todo, não esquecendo que o motor não pode ficar isolado.
É através do desenvolvimento motor e das habilidades básicas que a criança consegue ter uma aprendizagem globalizada e estará preparada para viver na sociedade a qual está inserida. De maneira alguma podemos separar movimento e atenção pois é um processo interligado, somente trabalhando juntos é que o educando terá um desenvolvimento completo de seu corpo e mente.
A aprendizagem da criança está interligada ao seu desenvolvimento psicomotor, portanto, enfatizamos a importância da formação do educador, interligando-se numa proposta pedagógica que proporcione à criança a visualização de todo processo, aprendendo a conhecer, a conviver, a fazer e ser, transformando-se em um individuo atuante e integrado em seu meio social.
O educador deve ser criativo em todos os aspectos, analisando: espaço, materiais e atividades que condigam com a idade da criança, usando técnicas bem criativas que venham somar no desenvolvimento e aprendizado do educando, fazendo com que o mesmo aprenda a se comunicar com o mundo pela linguagem corporal e que sinta prazer em aprender através das atividades motoras propostas.
“É de suma importância o papel dos educadores – pais e professores nos processos fundamentais do desenvolvimento humano” (JOSÉ, 2000. p. 09).
A partir do momento em que todos os agentes envolvidos no processo do desenvolvimento da aprendizagem da criança sejam os pais e professores principalmente, faz-se necessário que eles estejam completamente engajados na compreensão dos princípios do processo de aprendizagem, o educando poderá desenvolver-se naturalmente sem maiores problemas de traumas e tabus.
Por isso é desejável que futuros profissionais da educação obtenham alto grau de conhecimento e preparo para o desempenho de suas atribuições; buscando juntas, escola e família fazer um trabalho em prol da criança e seu desenvolvimento, não esquecendo que ela não é um adulto em miniatura e sim um ser em constante transformação e necessita de todas as atenções, para vir a ser um adulto apto a viver no meio social.
Conforme afirmação de José (2000, p. 09): “Quando se fala em crescimento, todo mundo se lembra facilmente de aumento de estatura, de peso, e outras mudanças tanto estruturais como orgânicas que ocorrem na constituição física”.
Muito mais amplo e complexo que as mudanças estruturais, são as mudanças que ocorrem no organismo e na personalidade do ser humano, de tal maneira que o desenvolvimento da criança se dá de forma amplamente integrada. Nessa integração estão contidas: a hereditariedade, ambiente, maturação e aprendizagem.
O entendimento do educador é imprescindível para que o desempenho do educando, possa ser conduzido de maneira correta e objetiva, com total sucesso dos objetivos pedagógicos.
Muitas vezes nos preocupamos com o desenvolvimento mental e intelectual, nos esquecendo de toda mudança estrutural, inclusive de ordem orgânica que envolve o desenvolvimento integrado da criança. Portanto, precisamos estar atentos, pois a criança possui um esquema corporal, movimentos e todo o lado psicológico, e esses aspectos são de suma importância para o desempenho de uma aprendizagem completa.
3.3.2. Desenvolvimento psicomotor
De acordo com Barreto (2000, p. 54), “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo”.
A organização de todas as áreas de pende do desenvolvimento motor sendo este responsável pelas habilidades e/ou dificuldades motoras que o indivíduo apresentará. É também responsável pela progressão do intelecto.
Os estímulos dados à criança na fase da educação infantil possibilitam maior integração da mesma ao meio, favorecendo a adaptação. É importante que a criança tenha contato com atividades dinâmicas, como jogos, brincadeiras, que contribua para seu desenvolvimento psicomotor.
Para o corpo desenvolver suas funcionalidades é necessário um bom desenvolvimento psicomotor. Segundo Fonseca (1995), sete fatores são os que norteiam o desenvolvimento psicomotor:
- tonicidade: É a que indica o tônus muscular, exerce um papel de suma importância no desenvolvimento motor da criança. Ela garante, além das atitudes, todos os sentidos de postura, mímicas e emoções de onde vêm as atividades motoras.
-
equilíbrio: O equilíbrio é o conjunto estático das aptidões. Abrange o controle postural e de locomoção. Esse equilíbrio estático caracteriza-se pelo tipo de equilíbrio conseguido em certa posição. Já o equilíbrio dinâmico é aquele que se consegue por um corpo em movimento.
-
lateralidade: A lateralidade do corpo se refere na dominância lateral da mão, olho e pé, capacitando o indivíduo a desenvolver as aptidões adquiridas.
A lateralidade manual surge geralmente no fim dos doze meses de vida e no início do segundo ano, mas vai firmar seu estabelecimento físico por volta dos quatro ou cinco anos de idade.
- noção corporal: Trata-se da noção da personalidade da criança, ou de sua formação. É o momento em que o indivíduo toma consciência do seu corpo, separando-o por partes e cuidando mais do aspecto estático. Nesse momento também a criança percebe que por intermédio do corpo há algumas possibilidades de se expressar.
-
estruturação espaço-temporal: Em função da lateralidade e da noção corporal forma-se a estruturação do espaço temporal. A partir da motricidade e das múltiplas relações com o meio e com os fatores citados que se desenvolve a consciência espacial. A criança passa a conhecer seu próprio corpo tomando consciência de lugar e espaço.
-
praxia global: É a capacidade de realizar movimentos voluntários pré-estabelecidos com a intencionalidade de alcançar um objetivo.
-
praxia fina: É a relativa compreensão de todas as tarefas motoras finas. Tem relação com os movimentos de olhos e mãos.
3.3.3. A influência da psicomotricidade na aprendizagem
O desempenho motor da criança está intrinsecamente ligado à aprendizagem. As habilidades motoras de recorte, colagem, escrita e o desenvolvimento do intelecto requerem conhecimento do próprio corpo. Se os estímulos forem realizados de forma a abranger todas as áreas do corpo, certamente o desenvolvimento psicomotor se dará plenamente, contribuindo assim para uma melhor aprendizagem.
O desenvolvimento psicomotor bem estimulado para contribuir para evitar problemas de aprendizagem. Estes podem ter várias causas como: causas neurologias, sensoriais, emocionais, sociais, intelectuais ou problemas físicos. É importante conhecer a causa para auxiliar a criança.
A educação psicomotora pode favorecer o desenvolvimento das capacidades existentes e a motivação é um fator fundamental para a aprendizagem.
“Se eu tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um único princípio, diria isto: O fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já conhece. Descubra o que ele sabe e baseie nisso seus ensinamentos” (AUSUBEL, NOVAK, HANESIAN, 1980)
Ausubel nos remete a aprendizagem significativa, para que ela ocorra é necessário que a criança tenha uma atitude positiva para aprender de modo significativo, ou seja, tenha predisposição para aprender. É importante que a criança relacione material novo aos materiais disponíveis em sua estrutura cognitiva.
Ao teorizar a aprendizagem significativa observa-se a importância da motivação para aprender. A motivação é um fator subjetivo, mas pode ser pontencializada através de estímulos.
A aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já maduro. Por isso, é importante que a aprendizagem possa ser significativa, esta por sua vez, nos remete a psicomotricidade, que se bem desenvolvida na criança pode gerar níveis de aprendizagem bem melhores, ou se não bem estimuladas, causar conseqüências.
Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento e amplie cada vez mais o potencial da criança, é necessário que ela estabeleça relação direta com o meio e com aquilo que esta aprendendo. Para isso, é importante a estimulação.
É de suma importância, que o professor conheça as crianças e o processo de aprendizagem e possa se interessar por elas como seres humanos, que sentem emoções, que estão se transformando e mais que isso, que são únicos no seu desenvolvimento.
As identificação dos problemas de psicomotricidade apresentadas em cada criança é única, e é por isso, a importância de conhecê-la num todo, identificar suas dificuldades para poder ajudá-la. Para saber se uma criança tem problemas de psicomotricidade é necessário fazer uma avaliação psicomotora, através de exercícios específicos, que verifiquem aspectos como:
-
qualidade tônica (rigidez ou relaxamento muscular);
-
qualidade gestual (dissociação manual e dos membros superiores e inferiores;
-
agilidade;
-
equilíbrio;
-
coordenação;
-
lateralidade;
-
organização temporoespacial;
-
grafomotricidade.
Essa avaliação pode revelar na criança, respeitadas as características próprias do seu desenvolvimento, se existem atrasos no desenvolvimento motor e perturbações de equilíbrio, coordenação, lateralidade, sensibilidade, esquema corpora, estrutura e orientação espacial, grafismo, afetividade, etc.
Tais problemas podem fazer-se notar tanto na Pré-escola como nas séries iniciais, com maior ou menor intensidade e decorrendo das mais variadas causas como:
-
debilidade intelectual;
-
problemática emocional;
-
retardos de maturação;
-
desarmonias tônico-motoras.
Os tipos de distúrbios psicomotores, quando usa-se o termo distúrbio liga-se diretamente a problemas que envolve o individuo em sua totalidade. Distúrbios afetivos e psicomotores estão ligados, se influenciam e se reforçam mutuamente. Sendo assim, a psicomotricidade leva sempre em conta o individuo como um todo, pesquisando se o problema está no corpo, na área da inteligência ou na afetividade.
Traçar um diagnóstico não é tarefa fácil, devido à complexidade do ser humano. Com relação ao tratamento, ele varia de criança para criança, dependendo da patologia que elas apresentam.
Segundo Haim Grünspun, os distúrbios apresentam os seguintes quadros: instabilidade psicomotora, debilidade psicomotora, inibição psicomotora, lateralidade cruzada, imperícia.
-
instabilidade psicomotora é o tipo mais complexo e que causa uma série de transtornos pelas reações que o portador apresenta. Nesse quadro predomina uma atividade muscular contínua e incessante;
-
debilidade psicomotora caracteriza-se pela presença da paratonia ou da sincinesia. Paratonia é a persistência de uma certa rigidez muscular, que pode aparecer nas quatro extremidades do corpo ou somente em duas. A sincinesia é a participação de músculos em movimentos aos quais eles não são necessários;
-
inibição psicomotora é quando as características da debilidade psicomotora estão presentes com uma distinção fundamental: na inibição psicomotora existe a presença constante da ansiedade;
-
lateralidade cruzada é a falta das dominâncias do mesmo lado do corpo. A maioria dos autores acredita que existe no cérebro um hemisfério dominante responsável pela lateralidade do individuo. Desta maneira, de acordo com a ordem enviada do hemisfério dominante, teríamos o destro e o canhoto. No entanto, além da dominância da mão, existe também a do pé, do olho e do ouvido. Quando estas dominâncias não se apresentam do mesmo lado, dizemos que o individuo tem lateralidade cruzada;
-
imperícia é em geral, a dificuldade de realizar certas tarefas que requerem uma apurada habilidade manual.
As atividades motoras desempenham na vida da criança um papel importantíssimo, em muitas das suas primeiras iniciativas intelectuais. Enquanto explora o mundo que a rodeia com todos os órgãos do sentido, ela percebe também os meios com os quais fará grande parte dos seus contatos sociais” (JOSÉ e COELHO, 2000, p. 109).
Durante a infância, até aproximadamente 3 anos, a criança não tem bem definida suas funções motoras, explora o mundo e os objetos com os seus órgãos dos sentidos, cada vez com mais curiosidade, criando mediações entre ela e o meio em que vive.
Só mais tarde é que ela começa a entender a relação entre o concreto e o abstrato, separando movimentos e pensamentos.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES
A pesquisa elaborada tem como tema principal a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil e busca conhecer e compreender a importância da mesma.
4.1. Considerações finais
Em resposta ao problema de pesquisa elaborado neste tema, considera-se que a psicomotricidade é uma ferramenta de grande importância para o desenvolvimento infantil, entendendo que esta ciência compreende o movimento humano, o relacionamento através da ação. Também como tomada de consciência que se dá através da união do ser corporal, mental, espiritual e social em relação ao meio em que vive.
Entende-se que o desenvolvimento infantil, independente da teoria relacionada a ele, tem como pontos principais o movimento, o afeto e o intelecto, o que remete diretamente a psicomotricidade. As etapas do desenvolvimento infantil se dão pelo contato com o meio relacionando o corpo com o ambiente. Para o corpo desenvolver suas funcionalidades é necessário um bom desenvolvimento psicomotor.
É importante pontuar que, a psicomotricidade no desenvolvimento infantil contribui para melhor coordenação motora, tarefas de praxia global e praxia fina, também como para a aprendizagem ajudando nas atividades de leitura, escrita, concentração, raciocínio lógico.
A relação que a criança tem como meio em que vive se bem estimulado passa a ser mais intensa, possibilitando a criança de conhecer-se melhor e compreender o mundo que a rodeia.
Considera-se com essas colocações, que o objetivo geral dessa pesquisa foi alcançado, visto que foi possível conhecer a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil.
Através de atividades psicomotoras, o educando terá melhor desenvolvimento, que virá somar em sua aprendizagem, conforme estão descritas no trabalho e em anexo, várias atividades que podem ser trabalhadas; sendo o ser humano um ser único e individual, parte principal do processo, deve ser trabalhada com várias atividades psicomotoras que venham auxiliá-lo em seu desenvolvimento; a escola tem papel fundamental no desenvolvimento da criança, todos os agentes são responsáveis para a boa formação do indivíduo, nela deve ter um espaço adequado para a realização de atividades, bem como materiais necessários para cada atividade.
Em partes, conclui-se que, quanto ao objetivo de caracterizar o que é psicomotricidade, a pesquisa foi realiza com sucesso. As etapas do desenvolvimento infantis teorizadas por Piaget contribuíram para o conhecimento do desenvolvimento e facilitando assim fazer a relação entre psicomotricidade e desenvolvimento infantil, entendendo a importância da mesma para o homem.
Considera-se que o educador tem que criar condições para que as crianças desenvolvam suas capacidades num todo, sendo a criança um ser único e individual, vindo de diferentes culturas e meios sociais adversos, apresentando inúmeras carências.
Levando em consideração que Educação e aprendizagem caminham juntas, e o aluno não é só conceitos, pois ele possui um corpo e este movimento, que precisam ser trabalhados, pois se passarem despercebidos durante sua infância, e na fase escolar, poderá acarretar sérios problemas em sua vida adulta
Por fim, a pesquisa foi importante, pois contribuiu para um aprofundamento sobre o tema.
4.2. Sugestões
Como sugestão para esta pesquisa, fica a proposta que a psicomotricidade seja mais investigada e levada a sério no trato educacional, considerando sua importância e necessidade neste processo.
É interessante sugerir grupos de estudo sobre o assunto, para todos os docentes possam se valer do conhecimento sobre a psicomotricidade. Ou, ainda, que esta profissional possa socializar estes resultados de pesquisa, através de momentos dialógicos.
5. REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de aula 4. Ed. Petrópolis RJ: Vozes, 2001.
AURÉLIO. (2004). Novo dicionário eletrônico. (Versão 5.0). Positivo Informática Ltda.
AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2.ed. Blumenau: Livraria Acadêmica, 2000.
BARROS, Daisy Regina; NEDIALCOVA, Giurgia T. A B C da ginástica. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1999.
BELLO, Ruy de Ayres. Pequena História da Educação. 12.ed. São Paulo, Ed. Do Brasil, 1978.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário Cegalla Língua Portuguesa. 1. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005.
COSTE, Jean Claude. A psicomotricidade. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.
DE LIÈVRE, B.; STAES, L. La Psicomotricité o service de l’enfant. Belgium : Belin, 1992.
DE MEUR, A.; STAES, L. Psicomotricidade: educação e reeducação. Rio de Janeiro: Manole, 1984.
DROUET, Ruth Caribé da Rocha. Distúrbios da aprendizagem, São Paulo, SP: Ática, 2001.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2000.
FONSECA, Vitor. Psicomotricidade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
FREIRE, Paulo. Política e Educação. 5. Ed. São Paulo: Cortez, 2001.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1996.
JOSÉ, Elisabete da Assunção; COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 11. ed. São Paulo: Editora Ática, 1999.
JOSÉ, Elizabete de Assunção & COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. São Paulo: Afiliado, 2000. (série e educação)
MENDES, Ângela Maria. Psicologia: caderno pedagógico II. 2. ed. Florianópolis. SC: UDESC: FAED: CEAD, 2002.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: As Abordagens do Processo. 5. Ed. São Paulo: EPU, 1986.
PIAGET, J. A formação do simbolismo da criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
SEBER, Maria da Glória. Psicologia do Pré–Escolar: uma Visão Construtivista. São Paulo: Moderna, 1997.
WALLON, Henri. As origens do caráter da criança. São Paulo: Difusão Européia, 1971.
Publicado por: HELENA GROSS
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.