Ludicidade nas classes hospitalares
índice
- 1. APRESENTAÇÃO
- 2. REFERENCIAL TÉORICO
- 3. METODOLOGIA
- 4. RESUMO
- 5. Considerações Iniciais.
- 5.1 As Classes Hospitalares
- 5.2 A legislação que protege o direito à educação da criança e adolescente hospitalizado No Brasil.
- 5.3 Etimologia da palavra lúdica:
- 5.4 A importância do brincar como método de aprendizagens nas classes hospitalares.
- 6. Considerações finais
- 7. Introdução
- 8. Apresentação
- 9. Relato do Diagnóstico Psicopedagógico Clínico
- 10. ANÁLISE DOS RESULTADOS NAS DIFERENTES ÁREAS
- 11. Matriz Diagnóstica Psicopedagógica Clínica
- 12. INFORME PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO
- 13. Projeto de Intervenção Psicopedagógico Institucional
- 14. TEMA/OBJETO
- 15. Oficina Psicopedagogia Institucional - “BRINCANDO TAMBÉM SE APRENDE”.
- 16. JUSTIFICATIVA
- 17. FINALIDADE
- 17.1 Objetivo Geral
- 17.2 Objetivos Específicos
- 18. PÚBLICO ALVO
- 19. DURAÇÃO
- 20. LOCAL E HORÁRIO
- 21. METODOLOGIA
- 22. RECURSOS
- 23. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- 24. REFERÊNCIAS
- 25. Anexos/Apêndices.
- 26. CONSIDERAÇÕES FINAIS TCC
- 27. REFERENCIAS
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1.
APRESENTAÇÃOGRIZ, (2006). A Psicopedagogia busca, então, a abertura da interdisciplinaridade. Isto porque ela surge de uma prática muito particular que é a de atender e solucionar os problemas de aprendizagem trazidos por muitas crianças, que por muitas razões não acompanham seus colegas de classe. Quando falamos em aprendizagem, nos referimos a seres humanos que possuem uma individualidade e características próprias, isto é, sujeitos inseridos em um amplo e complexo contexto que embora comum é muito peculiar.
Com finalidade de alcançar o titulo de psicopedagoga no curso de Pós - Graduação em Psicopedagogia TRANSDISCIPLINAR: CLÍNICA, INSTITUCIONAL E HOSPITALAR. – Instituto Superior de Educação OCIDEMNTE (ISEO) Itabuna- Bahia.
Tendo em vista a necessidade de uma experiência de prática psicopedagógica eu Nilza de Jesus Rocha apliquei Nos estágios Supervisionados do curso de psicopedagogia e na construção do artigo grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo do curso, com os princípios teóricos e metodológicos, estudado e supervisionado em sala de aula.
O Estágio Supervisionado de Psicopedagogia Hospitalar foi realizado na Instituição GAAC. Praça Tiradentes, 316. Centro Itabuna- BA, carga horaria 20 horas, inicio 12 de setembro e terminou 15 de setembro de 2011.
Os relatórios são compostos da descrição das atividades, de observações e de experiências vivenciadas no período do estágio, de acordo com as teorias de: Jorge Visca, Jean Piaget, Weis, Vigotsk,Pain, e outros.
Os estágios e a construção do artigo oportunizou colocar em pratica as atividades e os conhecimentos alcançados no decorrer do curso adquiridos, colocando-me em contato com o ambiente de trabalho e a tomada de consciência da importância do trabalho do Psicopedagogo.
2. REFERENCIAL TÉORICO
Fontes (2004) destaca o papel da ludicidade, aliada ao ensino, como condição necessária para que a criança hospitalizada possa escapar às tensões que o ambiente hospitalar provoca. No entanto vimos que pelo jogo, pela brincadeira as crianças têm condições de ir além do alívio das tensões, pois podem resgatar conceitos já conhecidos e aprender novos com a mediação do professor.
Antes restrita a perspectiva da sua enfermidade. Para Fonseca (2003), na atualidade, a criança é vista como um ser em desenvolvimento com necessidades intelectual e sócio interativo que não podem ser negligenciadas.
A forma com que Sá (1999) apud Cabreira (2003), lida com a criança no ambiente hospitalar nos permite sonhar com um atendimento mais humanizado que considere a criança e não apenas pela sua enfermidade, de forma que seja reconhecida nas suas necessidades e angústias e para que seu desenvolvimento não cesse.
Fontes (2004) destaca o papel da ludicidade, aliada ao ensino, como condição necessária para que a criança hospitalizada possa escapar às tensões que o ambiente hospitalar provoca, mas as possibilidades do jogo no ensino ultrapassam essa esfera, criando condições para que ocorra uma aprendizagem significativa para a criança. Nesse significado, começamos estudar as relações entre a ludicidade e a aprendizagem na fala de diferentes autores que se propuseram a analisar esse assunto.
Huizinga (1990) destaca em poucas palavras a magia que envolve a ludicidade, pois nos permite conduzir a criança por outros universos que não o da sua doença, assim ela pode experimentar outras sensações, sorrir, desligar-se dos aparelhos que aprisionam seu corpo, e novamente sentir-se criança.
VIGOTSKI, 2000, p. 117. O brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da criança. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento.
Segundo Silva (2006,p.128). Apud, GALLY e HORA.
As brincadeiras durante o processo de hospitalização são excelentes oportunidades para as crianças vivenciar experiências, que irão contribuir para seu amadurecimento emocional, aprendendo a respeitar as diferenças entre as pessoas e osobjetos. Além desses benefícios, estimulam o raciocínio e a compreensão das estratégias envolvidas, permitindo a criança dominar a própria conduta com autocontrole e auto avaliação de suas capacidades e de seus limites.
(Yunes & Szymanski, 2001, p.16).Na física, a resiliência dos materiais é medida por meio de fórmulas matemáticas, mas como operar quando a matéria é humana? Yunes (2001) aponta que o estudo do fenômeno resiliência é recente na psicologia. Vem sendo pesquisado há cerca de trinta anos, mas apenas nos últimos cinco anos os congressos internacionais têm discutido esse construto. Afirma que a definição não é clara, tampouco precisa, como na física, mas considera que os fatores e as variáveis que devem ser levados em conta no estudo dos fenômenos humanos são complexos e múltiplos: “Para apenas usar uma metáfora, poder-se-ia dizer que a relação tensão/pressão com deformação não-permanente do material corresponderia à relação situação de risco/estresse/experiências adversas com respostas finais de adaptação/ajustamento no indivíduo, o que ainda nos parece bastante problemático, haja vista as dificuldades em esclarecer o que é considerado risco e adversidade, bem como adaptação e ajustamento.
RIBEIRO e ANGELO 2005. Relata que, vivendo com um corpo doente é o elemento - chave, desencadeador dessa vivência da criança. A própria hospitalização é determinada pelo fato de seu corpo estar doente e necessitar de tratamento ou exames diagnósticos que demandam sua presença no hospital. A convivência com este corpo não é uma convivência tranquila; sua preocupação não se refere à doença propriamente dita ou à sua gravidade, mas às consequências do estar doente e hospitalizada, ou seja, às modificações ocorridas em seu corpo; à dor, ao mal estar e ao desconforto; às restrições impostas.
ALMEIDA, diz que o, lúdico englobam o brincar, as brincadeiras, o jogo, todo o ação que a criança faz de forma espontânea, onde ela vai ampliar a sua criatividade, seu raciocínio e aumentar seus conhecimentos.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01): O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam.
Através do MEC em 2002, no Brasil. Está publicação a qual enfatiza para a classe hospitalar que: Tem direito ao atendimento escolar os alunos do ensino básico internados em hospital, em sérvios ambulatoriais de atenção integral à saúde ou em domicilio; alunos que estão impossibilitados de frequentar a escola por razões de proteção à saúde ou segurança abrigados em casas de apoio, casas de passagem, casas-lar e residências terapêuticas.
3. METODOLOGIA
Estágio psicopedagógico clínico na Sala de Atendimento Psicopedagógico Clínico NPGI, Itabuna – Bahia , paciente de 8 anos ,na serie escolar 2º ano do ensino fundamental. Inicialmente o ponto de partida é a queixa exposta pelo pai que foi apresentada a dificuldade de aprendizagem da criança. A avaliação se dará durante dez sessões, por meios dos instrumentos indicados: E.O.CA. Atividade Lúdica, Atividade Pedagógica, Provas Projetivas, Anamnese, Análise dos resultados, Informe, Diagnostico e o Encaminhamento. Recursos didáticos: caixa piagetiana, brinquedos didáticos, lápis, borracha, caneta, lápis de cor, hidrocor, papel, uma estagiária e uma psicopedagoga.
Estágio Psicopedagógico Institucional no Instituto Municipal Teosópolis Itabuna - Bahia, com ações psicopedagógica envolver educandos do 2º e 3º Ano do Ensino Fundamental Com as Oficinas Psicopedagogia Institucional - “BRINCANDO TAMBÉM SE APRENDE”. Ministrar as oficinas por seis estagiarias aos doze alunos. Numa sala, através de recursos didáticos: Garrafas plásticas vazias; Papel sulfite; Papel de presente; Papel cartão ou EVA; Retalhos de tecido; Tampinhas de garrafa plástica; Giz; Caixa de papelão; Farinha de trigo; Sal; Vinagre; Anilina; Copo plástico; Bexiga.
Estágio Psicopedagógico hospitalar, na casa de apoio a criança e adolescentes com câncer – GAAC em Itabuna - Bahia. Ministrar aulas expositivas seguindo a sequencia didática com apoio do Projeto didático da instituição o Presente Precioso, utilização dos recursos disponíveis da instituição, materiais didáticos e jogos. Promover brincadeiras, narração de historias, filme: A família de Insetos, musica ambiente, dança, dinâmicas e recreação.
Psicopedagogia: A importância do Lúdico nas Classes Hospitalares
4. RESUMO
Este trabalho visa discorrer sobre as leis que amparam as crianças e adolescentes na educação especial hospitalar e a importância da ludicidades nas classes hospitalares, por se tratar de crianças e jovens com doenças severas é importante pensar em táticas psicopedagogica adequadas.
O brincar é a forma mais completa que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo é importante proporcionar um ambiente rico para a brincadeira estimular a atividades lúdicas nos ambientes hospitalares nas diferentes linguagens de brincadeiras possibilitando estratégia com atividades (musical, corporal, gestual, escrita) assim permite que elas desenvolvam a imaginação e criatividade.
È através das atividades lúdicas que a criança se organiza para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, integrando-se e adaptando ao meio e as condições que o mundo lhe oferece.
O câncer ou neoplasia maligna é uma doença que traz sérias consequências para a saúde física e mental da criança. As crianças no período de internação ficam desestimuladas, sem estimulo para continuar a desenvolver suas habilidades e competências.
Na infância, e na adolescência a hospitalização modifica o desenvolvimento emocional, pois reduz as relações de convivência da criança, pois a afasta da sua família, de casa, dos amigos e da escola.
A classe hospitalar foi designada para assegurar as crianças e aos adolescentes hospitalizados, a continuação dos conteúdos regulares, permitindo um retorno após a alta sem prejuízos a sua formação escolar.
Ao refletir sobre esses aspectos que interferem na vida escolar da criança, pensam-se táticas metodológicas com ludicidade, a qual cogitará com o emocional e a afetividade na criança.
Palavras-Chave:
Criança, hospital, lúdico.
5. Considerações Iniciais.
O presente estudo visa discorrer a respeito da importância do lúdico como instrumento de mediação de ensino e aprendizagens de crianças com câncer em classes hospitalares. As classes hospitalares foram criadas para assegurar a continuidade dos conteúdos escolares a crianças e adolescentes hospitalizados.
Por se tratar de crianças com doenças graves é suma importância se pensar quanto a elaboração das estratégias Psicopedagógicas. A Psicopedagogia em qualquer âmbitos em que sejas aplicadas trabalha as questões ligadas, principalmente, a ansiedade, baixo autoestima e depressões colaboram em diminuir os prejuízos de ordem cognitiva no processo de aprendizagem, facilita a relação saudável do individuo com o meio e o prepara para aprender questões ligadas a sua maneira de ser, limites e potencialidades. ( MALUF 2007).
A escola e a aquisição de novos conhecimentos são, para a criança, meios de ser inserida e reconhecida no meio social, necessários para sua avaliação como pessoa. Havendo uma internação, parte desse processo tende a ser bruscamente interrompido e, por vezes, por longos períodos, alterando sua autoimagem e autoestima e as suas possibilidades de voltar a se inserir no mundo escolar. A doença quando compreendida pela criança e até pelo adulto, é razão de duplo sofrimento, pela doença em si e pelo afastamento do seu meio de convívio, educacionais e sociais. ( MALUF 2007).
O trabalho psicopedagógico com crianças e adolescentes com câncer associa-se a jogos , dinâmicas lúdicas , recursos da expressão artísticas, atendendo as crianças doentes que esperavam os exames e intervenções medicas.
As crianças e adolescentes quando sucede para o ambiente hospitalar, muitas vezes, fica impossibilitada de brincar. Isto porque o processo de hospitalização rompe com sua rotina, com seus brinquedos, com seus amigos, com sua alegria e a expõe a procedimentos hospitalares que são invasivos e dolorosos.
Por isso a importância do brincar, nas estratégias psicopedagogica, pois além de todo um processo que contribui para melhoria das aprendizagens as quais permite o desenvolvimento de habilidades cognitivas, socioafetivo possibilita a semelhança com as rotinas escolar anteriores a doença.
5.1. As Classes Hospitalares
A implantação da Classe hospitalar nos hospitais pretende integrar acriança doente no seu novo modo de vida tão rápido quanto possível dentro de um ambiente acolhedor e humanizado, mantendo contato com seu mundo exterior, privilegiando suas relações sociais e familiares. A classe hospitalar constitui uma necessidade para o hospital, para as crianças, para a família, para a equipe de profissionais ligados a educação e a saúde.
Sua criação é uma questão social e deve ser vista com seriedade, responsabilidade e principalmente promover uma melhor Qualidade de Vida.
Foi graças as consciências humanizadas das pessoas aceita-a com facilidade a necessidade de incluírem-se outros profissionais além do corpo médico no meio hospitalar, transtornando em relação afetiva, e a reintroduzir a emoção no funcionamento cognitivo. A afetividade é uma dimensão do pensamento tão essencial quanto o pensamento. A afetividade nos constituí, ela se identifica com nosso próprio pensar e nos identifica como pessoas. Amores, paixão, gostos interesses, rejeição repulsas, ódio e rancor, tudo isso forma o ser humano e dele é inseparável.
Fraisse apud Wilde se refere ao dualismo mente-corpo, assumindo que na emoção deparamo-nos com os aspectos negativos em ambos os pólos, isto é, confusão na mente e transtorno no corpo. No tratado de psicologia experimental p.(102)
Fraisse diz: “Falar de emoção como sinônimo de sentimento, como na expressão” uma emoção estética”, ou para significar todo “ movimento” de um individuo, é uma fraqueza de linguagem. Emoção é o medo, a cólera, a dor ,algumas vezes alegria, sobretudo o excesso de alegria.”
O hospital infantil é por sua excelência carregado de emoções. A doença exclui a criança de seu ambiente, imobilizando - a socialmente e intelectualmente. Junto ao fato de estar doente e ser diferente de seus colegas de escola, desenvolve uma queda de alto estima. A criança com tratamentos em longo prazo vê-se contraria a vida talvez daí nasça o silencio em que frequentemente se afunda. O diagnostico de uma doença grave ou a chegada de uma situação diferente é situação que abstrai e compromete o desenvolvimento psico-intelectual da criança por provocar sensações de confusão entre as noções de continuidade, e ruptura de plenitude, (Snyders, 1986).
A classe hospitalar teve inicio 1935, a qual foi inaugurada a primeira escola para crianças inadaptadas, nos arredores de Paris por Henri Sullier. Seu exemplo foi seguido na Alemanha, em toda a França, na Europa e nos Estados Unidos, com o objetivo de suprir as dificuldades escolares de crianças com tuberculoses. Pode – se considerar que foi um marco decisório das escolas em hospital a Segunda Guerra mundial. Devido ao grande numero de crianças e adolescentes atingidos, mutilados e impossibilitados de ir a escola. Dentre os objetivos das classes hospitalares está a possibilidade de compensar faltas e desenvolver um pouco de normalidade a maneira de viver das crianças.
5.2. A legislação que protege o direito à educação da criança e adolescente hospitalizado No Brasil.
Adota como base a Constituição Federal de 1988, inúmeras leis foram aparecendo, a partir da década de 90, como forma de regulamentar este direito à educação. O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (BRASIL, 1990) retrata sobre vários princípios que a legislação brasileira constitui para defender a infância e a juventude. Abordam sobre os direitos fundamentais à saúde, educação, dentre outros. No seu artigo 9 retrata sobre “o direito à educação de gozar de alguma forma de recreação, programa de educação para a saúde”.
Observa um grande avanço no sentido de se preocupar e instituir ações a esta parcela da sociedade que durante muito tempo mantiveram-se excluída do processo educativo. Mais tarde instalou-se a Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 1994) que implanta o termo “classes hospitalares”, atribuindo importância à responsabilidade da execução do direito das crianças e adolescentes hospitalizados no que pertence à educação. Visando proteger a criança e adolescente cria-se, também, a Resolução n. 41/95 (BRASIL, 1995) que relata especificamente sobre os Direitos das crianças e dos adolescentes hospitalizados, dentre eles o direito à educação com destaque ao acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar.
Posterior a esse processo, tem-se a Lei de Diretrizes e Bases – LDB 9394/96 (Brasil, 1996) - no título II “Dos princípios e fins da educação”
Que retrata: Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola [...]
Percebemos que a LDB 9394/96, embasada pela Constituição Federal de 1988, retoma e enfatiza a idéia de uma educação para todos destacando a condição de cidadão. Por meio da Resolução do Conselho Nacional da Educação (BRASIL, 2001) instituísse as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Assim, reaparece a preocupação com as classes hospitalares e atendimento domiciliar de maneira mais sistemática. Em seu artigo 13 destaca a necessidade da ação integrada entre a escola e sistemas de saúde para a continuidade da aprendizagem, fato este que contribui para o retorno da criança/adolescente e reintegração ao grupo escolar por meio de um currículo flexibilizado.
Em 2002 tem-se outro documento intitulado “Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar: estratégias e orientações”, publicado pelo MEC (BRASIL, 2002) com objetivo específico de estruturar ações, políticas de organização do sistema de atendimento educacional em ambientes hospitalares e domiciliares.” (internet. 2013).
5.3. Etimologia da palavra lúdica:
Ludere, de ludus, “jogos, brincadeira”, que deriva do Indo- Europeu leidj-, brincar.
O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo. (ALMEID).
5.4. A importância do brincar como método de aprendizagens nas classes hospitalares.
Para Oliveira (2000) o brincar não significa apenas distrair-se, é muito mais, caracterizando-se como uma das formas mais complicadas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas mútuas que se constituem durante toda sua vida. Assim, através do brincar a criança pode desenvolver habilidades enormes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança a ampliação de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01): O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças atuam frente aos fatos de maneira não literal, transferindo e suprindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel adotado, utilizando-se de itens substitutos.
Zanluchi (2005, p. 89) reafirma que “Quando brinca, a criança prepara-se a vida, é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas.” Assim, destacamos que quando a criança brinca, parece mais madura, pois entra, mesmo que de forma simbólica, no mundo adulto que cada vez se abre para que ela lide com as diversas situações.
Portanto, a brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. Nas situações em que a criança é incitada, é provável notar que rompe com a relação de subordinação ao objeto, atribuindo-lhe um novo significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento. Segundo Silva (2006,p.128). Apud, GALLY e HORA.
As brincadeiras durante o processo de hospitalização são excelentes oportunidades para as crianças vivenciar experiências, que irão contribuir para seu amadurecimento emocional, aprendendo a respeitar as diferenças entre as pessoas e os objetos. Além desses benefícios, estimulam o raciocínio e a compreensão das estratégias envolvidas, permitindo a criança dominar a própria conduta com autocontrole e auto avaliação de suas capacidades e de seus limites.
O ato de brincar promove o desenvolvimento integral da criança compreendendo o desenvolvimento intelectual, social, afetivo linguagem, escolar e o neurossensorio -motor .A realidades de crianças estarem com câncer não invalida o brincar ao contrario, ajuda acreditar na vida e lutar por ela, diminui o temor da morte, estimula a independência , socializa, aumenta a alto estima ou seja ajuda a desenvolver as habilidades na sua integralidade, fazendo-as se sentirem mais felizes.
Especificamente, a doença tende a afetar as interações de criança com ambiente físico e social em que vive e, por sua vez, os aspectos do ambiente são alterados como decorrência da enfermidade. A capacidade de conhecer sua nova situação e gerencia – lá de modo otimista, produtiva e saudável pode fazer toda diferença na realização futura dessa pessoa, especialmente aquela que é hospitalizada por longos períodos.
Ao atender a criança hospitalizada com intervenção psicopedagogica cria-se um mecanismo protetor para neutralizar as adversidades inerentes á condição de enfermidade e hospitalização. Uma eficiente intervenção psicopedagogica facilita o desencadeamento do processo de resiliência, que consiste na habilidade de superar o efeito das adversidades e do estresse no curso do desenvolvimento. ( YUNES & SZYMANSKI,2001).
As crianças com câncer reagem melhor aos tratamento, o stress, a depressão quando estão brincando. Essas brincadeiras vão mais a frente da educação da criança e tudo que diz respeito a doença, a hospitalização, a dor ao tratamento é diminuído quando se brinca. O brincar ajuda a equilibrar o emocional, o psicológico e o espiritual facilitando nessas crianças o prazer de viver.
A brincadeira é para levar alegria . A vitalidade é o que move todo o jogo, toda a atividade lúdica, toda a sua essência na complexidade. O sentimento de ludicidade é de conforto, tranquilidade, serenidade, desprendimentos das tensões, medos angustia; é de promover a felicidade, o riso, o bem estar coletivo, é de estar bem consigo, com o outro e com o universo.
6. Considerações finais
A utilização do lúdico no ambiente hospitalar causa benefícios para o método de ensino aprendizagem, porque a lúdico é o impulso natural da criança e do adolescente, o que já é uma grande motivação, pois eles (crianças e adolescentes) obtêm prazer, e seu esforço para alcançar o objetivo da aula é espontâneo e voluntário.
As classes hospitalares que possui o lúdico como um dos seus métodos de ensino e aprendizagem, é um ambiente que se encontra voltada para os interesses dos hospitalizados, sem perder o foco do ensino, sem perder o seu objetivo, pois brincando a criança explora e compreende o mundo ao seu redor, ativando a curiosidade descobre coisas e situações novas. Interagindo ludicamente com o mundo real, por meio de desenhos, pinturas, danças, cantos, rabiscos, bagunça, brincadeiras, entre outros, a criança estabelece uma harmônica reciprocidade entre os seus dois mundos, onde então acontece o aprendizado, o desenvolvimento e até mesmo a compreensão do seu próprio estado físico, e o contornando com mais resiliência quanto a vida.
A educação lúdica, ajuda, e influencia na motivação do educando, propicia à criança muito benefício, pois proporciona a ela prazer, criatividade, coordenação motora que vai desencadeando seu aprendizado e na sua estima. Ela também contribui com o psicopedagogo, pois através dela se pode educar com criatividade e responsabilidade, descobrindo maneiras interessantes para serem trabalhadas conforme a realidade do educando.
Os jogos e os brinquedos constituem-se hoje em objetos privilegiados da educação infantil, desde que inseridos numa proposta educativa que se baseia na atividade e na interação delas.
Pelo meio das atividades lúdicas desenvolvem-se várias habilidades, explorando e refletindo sobre a realidade, a cultura na qual se vive, incorporando e, ao mesmo tempo, questionando regras e papéis sociais. Pode-se dizer que as atividades lúdicas ultrapassam a realidade, transformando-a através da imaginação. A incorporação de brincadeiras, jogos e brinquedos na prática pedagógica, podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos para o educando, também funciona como exercícios necessários e úteis à vida. Brincadeiras e jogos são elementos indispensáveis para que haja uma aprendizagem com divertimento, que proporcione prazer no ato de aprender, e que facilite as práticas pedagógicas em no ambiente hospitalar.
Propõe-se, portanto aos psicopedagogos, transformar as aflições dos hospitalizados através das atividades lúdica com intensão de amenizar os stress e aproximar a classe hospitalar das classes normais deixadas por conta da doença, em trabalho psicopedagógico rico em brincadeiras sem esquecer , o verdadeiro significado da aprendizagem com prazer .
6.1. Relatos do Estágio Supervisionado Psicopedagógico Clínico
7. Introdução
A Psicopedagogia é um campo de conhecimento e atuação em Saúde e Educação que trabalha com a técnica de aprendizagem humana, seus modelos normais e patológicos, analisando a influência do meio - família, escola e sociedade - no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios.
A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. A psicopedagogia clínica deve identificar analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.
O profissional terapêutico deverá estar preparado para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico.
O psicopedagogo, pelo meio do diagnóstico clínico, irá identificar as origens ou as causas dos problemas de aprendizagem. Para o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Cabe o Psicopedagogo utilizar recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras coisas que forem oportunas. Para Weiss (2000), a prática psicopedagógica deve considerar o sujeito como um ser global, composto pelos aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e pedagógico.
A criança, muitas vezes, não consegue relatar sobre seus problemas e são através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança contrai maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, começa obter atenção.
Cabe o Psicopedagogo auxiliar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar com a finalidade de que aconteça a aprendizagem. É fundamental que o Psicopedagogo conheça como e o que o sujeito aprende. O terapeuta deve estar disposto para administrar, possíveis reações negativas do paciente frente algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, anseios, lapsos etc. E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma ao chegar o mais adjunto possível da realidade da criança ou do adolescente. Tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais, colegas e professores.
8. Apresentação
O Estágio Supervisionado de Psicopedagógica Clínica, do curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia TRANSDISCIPLINAR: CLÍNICA, INSTITUCIONAL E HOSPITALAR. – Instituto Superior de Educação OCIDEMNTE (ISEO)
Tendo em vista a necessidade de uma experiência de prática psicopedagógica a aluna Nilza de Jesus Rocha aplicou grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo do curso, com os princípios teóricos e metodológicos, estudado e supervisionado em sala de aula.
O Estágio Supervisionado foi realizado na sala de atendimento do curso de pós- graduação Psicopedagogia Transdisciplinar: Clinica Institucional e Hospitalar Localizada à Rua B, 1º andar S/N. Bairro Centro -Itabuna – BA carga horária de 20 horas, início no dia 08 de Novembro de 2012 e terminou no dia 14 de dezembro de 2012. O relatório é composto da descrição das atividades, de observações e de experiências vivenciadas no período do estágio, de acordo com as teorias de: Jorge Visca, Jean Piaget, Weis, Pain, e outros.
O estagio oportunizou colocar em pratica as atividades e o conhecimento alcançado no decorrer do curso adquiridos, colocando-me em contato com o ambiente de trabalho e a tomada de consciência da importância do trabalho do Psicopedagogo.
Nos anexos encontram-se a matriz diagnostica informe, e cópias de algumas atividades aplicadas com o aprendente.
O estagio foi realizado com o aluna B.M. de 8 anos de idade estudante da 2º ano do ensino fundamental l.
Recebi a queixa por meio do pai na clinica B.M. que apresenta dificuldade na aprendizagem.
Num primeiro momento fiz uma sessão (entrevista) com o pai da cliente B.M. depois com a menina.
A anamnese realizada com o pai, obtivemos as seguintes informações: Brenda não é filha única, tem uma irmã; Segundo seu pai, Brenda nasceu de parto a termo. Quando Brenda tinha em média de 02 anos de idade, sua mãe começou a passar por momento de enfermidade, e a mesma presenciou todo o sofrimento. Quando Brenda estava com 03 anos e meio, sua mãe veio a óbito, após o falecimento da mãe, Brenda, o pai e a irmã Bruna, foram morar na casa da avó paterna; e após 02 anos do falecimento de sua mãe, Brenda agora perde a avó paterna. Sendo assim, atualmente, moram na mesma residência: Brenda Bruna (irmã), o pai, e duas tias. Segundo seu pai, Brenda é muito unida a sua irmã, estão sempre juntas e possui um relacionamento equilibrado com as tias. Até porque, quando seu pai sai para trabalhar, Brenda e Bruna ficam sob a responsabilidade das tias. Vale ressaltar que quando Brenda tinha 02 anos de idade caiu de uma altura de 3m, não chegando a tocar ao chão.
NOME: BRENDA PIRES MELOIDADE: 08 ANOS
SÉRIE: 2º ANO.
CIDADE: ITABUNA /BA.
Sexo: feminino
Série: 2º ano do ensino fundamental
Mora na casa da avó paterna com o pai uma irmã e duas tias.
Quantidade de irmãos: um
9. Relato do Diagnóstico Psicopedagógico Clínico
10. ANÁLISE DOS RESULTADOS NAS DIFERENTES ÁREAS
Entrevista Operativa Centrada na aprendizagem (E.O.C.A.), a partir desta obtemos as hipóteses sobre as causas históricas; primeiro passo do processo diagnóstico. Onde observamos os aspectos da temática, da dinâmica, e do produto.
A partir da EOCA, a hipótese inicial levantada é que Brenda, apresentou aspectos cognitivos reduzido e afetivos e a relação do mesmo com as questões da aprendizagem. De acordo com os Estágios da Língua Escrita de Emília Ferreiro, Brenda encontra-se intermediaria entre o
NÍVEL SILÁBICO E ONÍVEL ALFABÉTICO, pois compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação; compreende o modo de construção dos códigos da escrita; Embora (em determinado momentos), ainda, omita letras quando mistura as hipóteses Alfabética e Silábica.
-
Atividades Lúdicas - através do jogo da velha e da pega-varetas, simetria e jogo das argolas, obtivemos os seguintes resultados: Brenda apresenta dificuldades em lidar com mais de uma fonte de informação e ficou claro quando lhes fora apresentado as Operações Matemática, utilizada à contagem de pontos do jogo e, ainda, apresentando assim, uma raciocínio lento e dificuldades em lidar com a perda. Sendo assim, através das atividades lúdicas (do jogo e da brincadeira) utilizamos da Avaliação Psicopedagógica, para que o sujeito revele a sua personalidade de forma integral e espontânea.
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Atividades Pedagógicas - a Avaliação Pedagógica não se limita ao conteúdo escolar. Deve-se observar a conduta do sujeito, de forma global uma vez que está pondo em foco o nível pedagógico. A partir das atividades de leitura e escrita, obtivemos os seguintes resultados:
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Na área pedagógica, encontra-se no intermediário entre o Nível Silábico e o Nível Alfabético, onde cada grafia corresponde a uma sílaba, também descobre que a silaba não pode ser considerada como unidade, compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores que a sílaba. Sendo assim, quanto a leitura CONSEGUE LER PALAVRAS SIMPLES. Na ESCRITA É CAPAZ DE TRANSPORTAR OS SÍMBOLOS, em algumas palavras omite letras, em outras agrega letras; em relação a cálculo também apresenta dificuldade em RESOLVER ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO SIMPLES o que não corresponde à sua idade cronológica.
-
Provas Projetivas - favorece uma análise da capacidade afetiva e cognitiva, a partir da construção do desenho ou do relato como forma de análise do profissional de Psicopedagogia. A “partir da Prova Projetiva: “Os quatro momentos do dia”; “Desenhe sua família”; e “Eu e meus companheiros”; “ Desenhe sua sala de aula” ; obtivemos os seguintes resultados:
-
Na área afetivo-social, Brenda demonstra ser reservada quanto aos seus sentimentos, é uma criança meiga, no entanto introspectiva. No processo diagnóstico, é notória a CARÊNCIA AFETIVA DA FIGURA MATERNA, deixando transparecer que ainda não superou a perda da mesma; em contrapartida a figura paterna se faz presente em vários momentos de sua vida. Aparenta ter um bom relacionamento com os colegas de classe, e que possuir amigos fora do vinculo escolar. Não construiu a base estrutural como sujeito, uma vez que não desenhou chão para as pessoas em seus desenhos construídos.
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Provas Piagetianas - permite detectar em que nível, ou seja, em que estagio se encontra o sujeito aprendente; onde a mesma é referencia na pratica Psicopedagógica. A partir das Provas Piagetianas: “Conservação de Comprimento; “Seriação de Palitos”; “Conservação De Superfície”; “Conservação de Pequenos Elementos Discretos”; “Conservação de peso” ; “ Conservação de volume” ; “Quantificação da inclusão de classe”; “Conservação da quantidade da matéria”, obtivemos os seguintes resultados:
-
Na área cognitiva, encontra-se em transição entre o período PRÉ-OPERATÓRIO (dos 02 aos 07 anos), vez que possui o domínio da linguagem; prevalecendo ainda o egocentrismo e as brincadeiras individualizadas; limitação em se colocar no lugar dos outros; apresentou possibilidade da moral da obediência, isto é, que o certo e o errado é aquilo que dizem os adultos; possui uma boa coordenação motora fina.
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Anamnese - Modalidade de notas abertas e situacional. A partir da Anamnese, realizada com o pai, obtivemos os seguintes resultados: Brenda não é filha única, tem uma irmã; Segundo seu pai, Brenda nasceu de parto a termo. Quando Brenda tinha em média de 02 anos de idade, sua mãe começou a passar por momento de enfermidade, e a mesma presenciou todo o sofrimento. Quando Brenda estava com 03 anos e meio, sua mãe veio a óbito, após o falecimento da mãe, Brenda, o pai e a irmã Bruna, foram morar na casa da avó paterna; e após 02 anos do falecimento de sua mãe, Brenda agora perde a avó paterna. Sendo assim, atualmente, moram na mesma residência: Brenda, Bruna (irmã), o pai, e duas tias. Segundo seu pai, Brenda é muito unida a sua irmã, estão sempre juntas e possui um relacionamento equilibrado com as tias. Até porque, quando seu pai sai para trabalhar, Brenda e Bruna ficam sob a responsabilidade das tias. Vale ressaltar que quando Brenda tinha 02 anos de idade caiu de uma altura de 3m, não chegando a tocar ao chão.
-
ANEXOS
CLIENTE: B. P.IDADE: 08 ANOS SÉRIE: 2º ANO.
CIDADE: ITABUNA / BA.
PSICOPEDAGOGA: Clínica
LOCAL: Sala de Atendimento Psicopedagógico Clínico NPGI
11. Matriz Diagnóstica Psicopedagógica Clínica
SESSÕES/ DATA |
ATIVIDADE REALIZADA |
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE |
ATITUDE DO SUJEITO |
HIPÓTESES |
O1 |
E.O.C.A:
1ª CONSIGNA
2ª CONSIGNA
3ª CONSIGNA |
Apresentei o material (lápis grafite sem ponta, papel oficio, borracha, apontador, lápis de cor) Dei a 1ª consigna: Me mostre o que você sabe fazer?
2ª consigna: você pode me mostrar o que lhe ensinaram? Em seguida apresentei a 3ª consigna: Me mostre o que você aprendeu? |
A principio não teve a iniciativa de fazer a ponta, tentou desenhar ou escrever sem fazer a ponta. Durante a primeira consigna, a criança mostrou-se tranquila, compreendeu com facilidade a proposta; optando em desenhar, relatou que desenhou duas bonecas (Brenda e Bruna), brincando de pega-pega. Entendeu a segunda. Optou por em escrever o alfabeto (faltando algumas letras) Desenhou curvas fechadas e curvas abertas. |
Aspectos cognitivos reduzidoe afetivos e a relação do mesmo com as questões da aprendizagem.
Nível silábico
Concentração razoavelmente considerada.
Construiu relação sistemática. |
02 |
Piagetiana: Conservação de comprimento |
Apresentei o material: duas correntes e dois objetos( cavalos). Levar o cliente a confirmar a desigualdade das correntes (a) e (b) e emitir o juízo (a) maior que (b). 1ª transformação: deformação da corrente (a), fazendo com que os extremos de (a) coincidam com os de (b). 2ª transformação: torce a corrente de tal maneira que haja entre os barbantes (a) e (b) uma defasagem em um dos extremos. |
Reconhecimento do material .
Reconhecimento da desigualdade das correntes. Optando ficar com o caminho maior |
Conduta intermediaria: nível 2. A principio o julgamento da criança é correto, na primeira transformação e incorreto na segunda transformação. Suas respostas instáveis sendo modificadas com a contra- argumentação, não fazendo justificativa adequadas de respostas conservativas. |
|
Projetiva: Desenhe uma família |
Solicitei que a criança desenhasse uma família. |
A mesma desenhou a mãe (In memória), a prima (...), a irmã (Bruna) e outra prima (...), fechadas em um quadrado e em outro quadrado desenhou : o pai e o primo (Glaucio) |
O fato da mesma não se incluir no desenho da família, subtende-se que a criança, sinta-se como um membro não pertencente a família, como se não fizesse parte desta. Suas relações afetivas encontram-se familiar não encontra-se estruturada. |
02 14/11 |
Piagetiana: Seriação |
Apresentação do material.
Solicitei que a criança arrumasse em ordem crescente. |
Reconhece o material, e a diferença existente nos tamanhos. Não conseguiu arrumar os palitos da maneira solicitada, colocou-se aleatórios um atrás o outro. |
Ausência de seriação, a criança não atende a proposta e coloca os bastões em qualquer ordem, justapondo-os. |
03 22/11/2012 |
Projetiva: Parelha educativa |
Desenhe duas pessoas: uma que ensina e uma que aprende..
Pedi que falasse sobre o desenho. |
Desenhou duas pessoas e um quadro.
Disse que era a professora (Marta – atual professora) e ela (Brenda), que a professora estava ensinando contas, e que ela gosta das aulas de conta. |
Relação estável com a professora existe um vinculo afetivo entre a professora e a aluna. E aprendizagem sistemática está sendo construída. |
04 27/11/2012 |
Lúdica: Jogo da velha |
Apresentei do material, e em seguida explicação da regra do jogo. Inicia-se -a brincadeira. |
Começamos a jogar e a criança começou a ganhar, quando perdeu duas vezes em seguida, desistiu do jogo, disse que não queria mais jogar. |
Percebe-se a criança não está pronta a perder ou talvez não suporte perda em sua vida. |
05 29/11/2012 |
Pedagógica: Formação de palavras |
Apresentei varias letras, cortadas em E.V.A. e solicitei que a criança formasse as palavras de acordo com que fosse ditada. |
BOI àVOI SAPO à SAO VACA à VAC CAVALO à CCO JACARÉ à JLÉ |
Nesta atividade a criança apresentou uma possível dislexia com omissão e substituição de letras. |
03 22.11 |
Projetiva: Desenho em episódio |
Solicitei que a criança desenhasse um episódio Após desenhar solicitei que a mesma lesse a história desenhada. |
Ao iniciar a atividade solicitada, Brenda apagou varias vezes. Fez o seguinte relato: a menina tava saindo, ai o lobo veio e pegou ela. O lobo tava preso no congelador. A mulher tava dançando. A mãe chamou ela , filha sai daí. A amiga chamou ela, borá dançar na festa. Identificou os personagens como: Brenda, Bruna (irmã), Ivana (tia), Bibi (amiga de classe) e Cananda. |
Demonstrando insegurança.
Durante o relato da história, não demonstrou sequencia lógica, do contexto. CITA O NOME MÃE ( sente falta da mãe, que já faleceu)
Demonstrou vinculo afetivo com membros da família. |
03 22/11 |
Piagetiana: Conservação de quantidade de líquido. |
Apresentei material: dois vidrinhos, duas massas de modelar, e um vaso com água. Solicitei que o sujeito coloque no copo experimental a mesma quantidade de água no copo teste. Pede ao sujeito que faça duas bolas iguais, “que tenha a mesma quantidade”.
Pergunta: se puser esta bola dentro do vidrinho, o que acontecerá com a água que está aí dentro? Joguei a bola na água. Contra- argumentação Se colocar a bola no copo dele, o que vai acontecer com a água: vai subir, descer ou fica o mesmo volume? Joguei a bola 1ª modificação: alargamento 2ª Modificação: transforma a bola em tortinha. 3ª Modificação: fragmentação em 04 bolinhas |
Identificou a igualdade dos dois vidrinhos. Coloca a água no copo e verifica se a quantidade da água é igual.
Faz a bola
A água vai subir
Resposta conservativa
Resposta conservativa
Resposta conservativa
Resposta conservativa |
Condutas conservativas em todas as transformações. |
04 27.11 |
Pedagógica: Relacionar quantidade numérica; ordem crescente e decrescente. |
Apresentei o material, explicando como a criança deveria proceder a realização da atividade apresentada. |
Consegue relacionar a quantidade indicada. No entanto quando a ordem crescente e decrescente, não obteve um resultado satisfatório. |
A criança não adquiriu os conceitos (crescente e decrescente) , está em fase de aprendizado. |
04 27.11 |
Piagetiana: Conservação de quantidade da matéria |
Apresentei o material: duas bolas de massa plástica de aproximadamente 4 cm. Solicitei que a cliente fizesse duas bolas a mesma quantidade de massa 1ª transformação: salsicha Retorno empírico 2ª transformação: (minipizza) 3ª transformação: fragmentação em da bola inicial em dez pedaços. |
Reconhecimento de igualdade.
Não conservativa Conservativo Conservativo Conservativo Explicação sem argumentação |
Conduta intermediaria (nível 2) - o julgamento da criança oscilam entre conservação e não conservação e suas explicações são pouco explicitas. |
05 |
Leitura de imagem com escrita |
Apresentei uma imagem solicitei que a mesma relatasse o que estava vendo e em seguida escrevesse sobre a imagem. |
Descreu uma história sem sequencia lógica. |
Não apresentou um raciocínio lógico. Um possível bloqueio da aprendizagem sistemática, com sintoma de detenção global causado após a morte da mãe da mesma. |
05 |
Projetiva: sua sala de aula |
Solicitei que a criança desenhasse sua sala de aula ( vista de cima). Em seguida pedir que marcasse o lugar onde se senta, e se gostaria de sentar em outro lugar. |
Brenda desenhou a professora, a desenhou e mais duas colegas identificando-as como: Eloá e Andressa. Identificou o lugar que geralmente senta ao lado da professora, mas disse que preferiria sentar próximo de Andressa. |
Mostra-se que há uma relação afetiva restrita com os colegas de classe. |
05 29.11 |
Piagetiana: Conjunto de pequenos elementos discretos |
Apresentei o material.
Solicitei que a criança escolhesse um dos conjuntos. 1ª situação: Equivalência numérica (solicita ao entrevistado que coloque a mesma quantidade de ficha). 2ª situação: Espaçamento da ficha do entrevistador. (tem a mesma quantidade, ou tem mais ou menos) 3ª situação: Fichas em circulo (procedendo com a mesma situação, ou seja, o mesmo questionamento). 4ª situação: Empilhamento das fichas azuis. |
Reconheceu as cores. E se referiu a forma geométrica como bolinhas. Escolhe o conjunto de cor vermelha. Não faz a correspondência de quantidade.
Não conservativa.
Não conservativa
Não conservativa. |
Condutas não- conservativas , pois no momento não foi capaz de resolver corretamente a questão da quantidade. |
06 |
Projetiva: companheiros de classe |
Solicitei a Brenda que o desenhasse com seus companheiros de classe. E em seguida, pedir que identificasse cada um e o que eles faziam. |
Desenhou quatro colegas, identificando-as como: Andressa, Carol, Maria Eduarda e Eloá; BRENDA NÃO SE INCLUIU NO DESENHO. |
Confirma a relação afetiva restrita em classe. O fato de não se incluir, talvez não se sinta como parte integrante deste grupo. |
06 |
Lúdica: jogo de argola |
Apresentei o material, e em seguida explicação da regra do jogo. Inicia-se a brincadeira |
Mostrou-se interessada pelo jogo, no entanto seu comportamento foi apático durante todo o jogo. |
O egocentrismo prevalece, querendo sempre ser a primeira; e introspectiva, não comemorando ao ganhar a vez do jogo. |
06 04.12 |
Piagetiana: Inclusão de classe |
Apresentação do material Pergunto se conhece as rosas? Você conhece o nome de outras flores? Se na casa dele tem outros tipos de flores? Neste ramo tem mais margaridas ou mais flores? Se dou para você as margaridas, o que fica no ramo? Se dou para você as flores o que sobra no ramo? Eu faço um ramo com todas as flores e você com todas as margaridas. Quem vai fazer o ramo maior? |
Não reconhece as rosas, nem as identificas como flores. Disse que não conhece nome de flores;
Mais flores As rosas.
Nada Disse que eu , pois teria uma quantidade maior. |
Ausência de quantificação inclusiva; errando sobre a subtração de subclasses. |
07 |
Projetiva: Aniversário |
Solicitei que desenhasse o dia do Aniversário de um (a) menino(a).
Perguntei quem eram as pessoas presentes nos aniversários. |
Desenhou dois aniversários um da irmã, sendo o aniversário de 10 anos; e outro aniversário do primo de 11 anos. Identificou nos desenhos algumas colegas sua de classe, e em nenhum desses aniversários a mesma se incluiu. |
Demonstrou insegurança, apagando o desenho por varias vezes. |
07 |
Piagetiana: conservação de peso |
Apresentação do material: coloca-se a balança e as massas entre o entrevistador e o entrevistado. Você conhece isso? (balança) Explicação do uso da balança: quando os dois braços ficam na mesma altura é porque os pesos são iguais; Se um prato fica mais alto é porque pesa menos e fica mais baixo é porque pesa mais. Solicitação que faça duas bolas com o mesmo peso. 1ª modificação: alargamento Retorno empírico 2ª modificação: achatamento 3ª modificação: divisão da massa em 4 pedaços iguais |
Não reconhece a balança . Apresento e explico para que serve.
Não conservativa: diz que o peso é diferente, porque a salsicha é maior que a bola.
Reconhece a igualdade do peso.
Não conservativa.
Conservativa. Explica dizendo que é o mesmo peso, pois apesar das bolas serem menores, são bolas. |
Encontra-se em nível 2, com condutas intermediarias , onde o julgamento da criança oscilam entre conservação e não conservação. |
07 06.12 |
Pedagógica: dominó de figuras e palavras |
Apresentei o material: Dominó de figuras e palavras, possibilita o desenvolver o pensamento lógico, a atenção e a percepção visual, além da familiarização com o processo de leitura. |
Mostrou-se interessada pela atividade; mesmo apresentando uma determinada dificuldade na leitura, consegue realizar a leitura das palavra. |
Encontra-se no nível silábico. |
08 |
Lúdica: jogo pega-varetas |
Apresentei do material, e em seguida explicação da regra do jogo.
Inicia-se o jogo.
|
Durante o jogo Brenda demonstrou-se introspectiva durante todo o jogo e ao mesmo tempo egocentrismo (infringe as regras para pegar o maior número de varetas). No momento de contagem de pontuação apresentou dificuldade em organizar e realizar as operações matemáticas. |
No momento não apresentou organização de espaço;
Relação com aprendizagem sistemática com prejuízo cognitivo. |
08 |
Projetiva: Minhas férias |
Solicitei que a cliente desenhasse suas férias, com o propósito de levantas dados a respeito de suas atividades preferidas |
Brenda a desenhou fazendo compras e brincando no shopping; Andando de carro com o pai. Desenhou também ela e a irmã na praia. |
Uma relação saudável com seu pai e sua irmã. Que por sinal é muito apegada a sua irmã. |
08 08.12 |
Lúdica: simetria |
Apresentei o material uma placa com 2 dois campos de jogo; cinco pontos de cada lado; 10 gudes. Expliquei as regras do jogo. |
Reconhece o material Não obteve um bom desempenho, não conseguiu correlacionar as regras durante a aplicação do jogo |
Falta de concentração. |
09
11.12 |
Pedagógica: Ditado de palavras |
Material utilizado : papel oficio, lápis grafite e borracha. Palavras ditadas: dado, sol, janela, menina e cadeira |
Brenda escreveu as palavras da seguinte maneira: DADO àDADO SOL à SOSO JANELA à JALDA MENINA à MANA CADEIRA à CADDA |
Uma provável dislexia com indicador de omissão e agregação de letras, |
10 13.12 |
ANAMNESE |
Realizada com o pai |
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12. INFORME PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO
I – DADOS PESSOAIS
NOME: BRENDA PIRES MELO
IDADE: 08 ANOS SÉRIE: 2º ANO
CIDADE: ITABUNA /BA.
II – MOTIVO DA AVALIAÇÃO - ENCAMINHAMENTO
Brenda foi encaminhada ao atendimento Psicopedagógico Clínico, pois na a mesma vem apresentando dificuldades de aprendizagem sistemática.
III – PERIODO DA AVALIAÇÃO E NÚMERO DE SESSÕES
O período de avaliação se deu de 08/11 a 13/12, totalizando 10 sessões, sendo em média dois atendimentos por semana, de 50 minutos cada sessão.
IV - INSTRUMENTOS USADOS
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E.O.CA.
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Mostre o que você sabe.
-
Você pode me mostrar o que lhe ensinaram.
-
Me mostre o que você aprendeu.
-
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Atividade Lúdica:
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Jogo da velha.
-
Pega-varetas.
-
Simetria
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Jogo da argola
-
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Atividade Pedagógica:
-
Avaliação da Escrita : Ditado de palavras (polissílaba; trissílaba; dissílaba e monossílaba); leitura de imagem com escrita ( produção textual)
-
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Avaliação da Leitura:
-
Leitura da produção textual
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Teste da escrita:
-
Ditado de palavras
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Provas Projetivas:
-
Desenhe sua Família.
-
Os quatro momentos do dia.
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Parelha educativa.
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Dia do aniversario de uma criança.
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Eu e meus companheiros.
-
Minhas férias.
-
Desenhos em episódios
-
Desenhe sua sala de aula
-
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Provas Piagetianas:
-
Conservação de Comprimento.
-
Seriação de Palitos.
-
Conservação De Superfície.
-
Conservação de Pequenos Elementos Discretos.
-
Conservação de peso.
-
Conservação de volume.
-
Quantificação da inclusão de classe.
-
Conservação da quantidade da matéria.
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Anamneses:
-
Com o pai
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V - ANÁLISE DOS RESULTADOS NAS DIFERENTES ÁREAS
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Entrevista Operativa Centrada na aprendizagem (E.O.C.A.), a partir desta obtemos as hipóteses sobre as causas históricas; primeiro passo do processo diagnóstico. Onde observamos os aspectos da temática, da dinâmica, e do produto.
A partir da EOCA, a hipótese inicial levantada é que Brenda , apresentou aspectos cognitivos reduzido e afetivos e a relação do mesmo com as questões da aprendizagem. De acordo com os Estágios da Língua Escrita de Emília Ferreiro, Brenda encontra-se intermediaria entre o NÍVEL SILÁBICO E O NÍVEL ALFABÉTICO, pois compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação; compreende o modo de construção dos códigos da escrita; Embora (em determinado momentos), ainda, omita letras quando mistura as hipóteses Alfabética e Silábica.
-
Atividades Lúdicas - através do jogo da velha e da pega-varetas, simetria e jogo das argolas, obtivemos os seguintes resultados: Brenda apresenta dificuldades em lidar com mais de uma fonte de informação e ficou claro quando lhes fora apresentado as Operações Matemática, utilizada à contagem de pontos do jogo e, ainda, apresentando assim, uma raciocínio lento e dificuldades em lidar com a perda. Sendo assim, através das atividades lúdicas (do jogo e da brincadeira) utilizamos da Avaliação Psicopedagógica, para que o sujeito revele a sua personalidade de forma integral e espontânea.
-
Atividades Pedagógicas - a Avaliação Pedagógica não se limita ao conteúdo escolar. Deve-se observar a conduta do sujeito, de forma global uma vez que está pondo em foco o nível pedagógico. A partir das atividades de leitura e escrita, obtivemos os seguintes resultados:
-
Na área pedagógica, encontra-se no intermediário entre o Nível Silábico e o Nível Alfabético, onde cada grafia corresponde a uma sílaba, também descobre que a silaba não pode ser considerada como unidade, compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores que a sílaba. Sendo assim, quanto a leitura CONSEGUE LER PALAVRAS SIMPLES. Na ESCRITA É CAPAZ DE TRANSPORTAR OS SÍMBOLOS, em algumas palavras omite letras, em outras agrega letras ; em relação a cálculo também apresenta dificuldade em RESOLVER ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO SIMPLES o que não corresponde à sua idade cronológica.
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Provas Projetivas - favorece uma análise da capacidade afetiva e cognitiva, a partir da construção do desenho ou do relato como forma de análise do profissional de Psicopedagogia. A “partir da Prova Projetiva: “Os quatro momentos do dia”; “Desenhe sua família”; e “Eu e meus companheiros”;” Desenhe sua sala de aula” ; obtivemos os seguintes resultados:
-
Na área afetivo-social, Brenda demonstra ser resevada quanto aos seus sentimentos, é uma criança meiga, no entanto introspectiva. No processo diagnóstico, é notório a CARÊNCIA AFETIVA DA FIGURA MATERNA, deixando transparecer que ainda não superou a perda da mesma; em contrapartida a figura paterna se faz presente em vários momentos de sua vida. Aparenta ter um bom relacionamento com os colegas de classe, e que possuir amigos fora do vinculo escolar. Não construiu a base estrutural como sujeito, uma vez que não desenhou chão para as pessoas em seus desenhos construídos.
-
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Provas Piagetianas - permite detectar em que nível, ou seja, em que estagio se encontra o sujeito aprendente; onde a mesma é referencia na pratica Psicopedagógica. A partir das Provas Piagetianas: “Conservação de Comprimento; “Seriação de Palitos” ; “Conservação De Superfície”; “Conservação de Pequenos Elementos Discretos”; “Conservação de peso” ; “ Conservação de volume” ; “Quantificação da inclusão de classe”; “Conservação da quantidade da matéria”, obtivemos os seguintes resultados:
-
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Na área cognitiva, encontra-se em transição entre o período PRÉ-OPERATÓRIO ( dos 02 aos 07 anos), vez que possui o domínio da linguagem; prevalecendo ainda o egocentrismo e as brincadeiras individualizadas; limitação em se colocar no lugar dos outros; apresentou possibilidade da moral da obediência, isto é, que o certo e o errado é aquilo que dizem os adultos; possui uma boa coordenação motora fina.
-
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Anamnese - Modalidade de notas abertas e situacional. A partir da Anamnese, realizada com o pai, obtivemos os seguintes resultados: Brenda não é filha única, tem uma irmã; Segundo seu pai, Brenda nasceu de parto a termo. Quando Brenda tinha em média de 02 anos de idade, sua mãe começou a passar por momento de enfermidade, e a mesma presenciou todo o sofrimento. Quando Brenda estava com 03 anos e meio, sua mãe veio a óbito, após o falecimento da mãe, Brenda, o pai e a irmã Bruna, foram morar na casa da avó paterna; e após 02 anos do falecimento de sua mãe, Brenda agora perde a avó paterna. Sendo assim, atualmente, moram na mesma residência: Brenda, Bruna (irmã), o pai, e duas tias. Segundo seu pai, Brenda é muito unida a sua irmã, estão sempre juntas e possui um relacionamento equilibrado com as tias. Até porque, quando seu pai sai para trabalhar, Brenda e Bruna ficam sob a responsabilidade das tias. Vale ressaltar que quando Brenda tinha 02 anos de idade caiu de uma altura de 3m, não chegando a tocar ao chão.
-
CONSIDAREÇÕES:
- Apresenta vínculo afetivo com a aprendizagem sistemática;
- Possui dificuldade na lecto-escrita: possivelmente uma dislexia com indicador de omissão de letras e com indicador de discalculia;
- Precisa-se reforçar o processo de alfabetização da mesma;
- Ressalto que se faz necessário estabelecer um vínculo sadio, entre a Família e a Escola, para que a aprendizagem do sujeito cognoscente ocorra de forma eficaz e significativa.
ENCAMINHAMENTOS/INDICAÇÕES:
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Acompanhamento Psicopedagógico
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Avaliação Psicológica.
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Praticar atividade física: a aula de dança, natação, aula de xadrez.
Anexos/Apêndices
AEOCA 1ªCONSIGNADA
AEOCA
2ªCONSIGNADA
AEOCA
3ªCONSIGNADA
PROJETIVA: DESENHE SUA SALA DE AULA
PROJETIVA: DESENHE UM ANIVERSÁRIO DE UMA CRIANÇA
PROJETIVA: DESENHE SUA FAMÍLIA
PROJETIVA: DESENHE SEUS COMPANHEIROS DE CLASSE
PROETIVA : PARELHA EDUCATIVA
12.1. Relatos Estágio Supervisionado Psicopedagógico Institucional
Dados identificação do Estagiário e Instituição
Escola Municipal Institucional no Instituto Municipal Teosópolis
Estagiarias:
Nilza de Jesus Rocha
Maria Selma,
Tania Maria,
Nubia Evaristo.
No primeiro momento foi entregue o ofício de encaminhamento, o reconhecimento do local e a seleção dos alunos para o desenvolvimento das oficinas Psicopedagógicas junto à diretora Rilene e a coordenadora Mônica, foram muito atenciosas conosco.
Apresentaram-se no local do estágio as estagiárias Maria Selma, Tânia Maria e Núbia Evaristo, Nilza de Jesus Rocha fomos apresentadas, explicamos o objetivo do estágio, e fizemos as devidas anotações referentes aos alunos que ficariam conosco nesse período.
Rilene nos comunicou que não seria possível dar início ao estágio propriamente dito no dia 20/ 10, pois iria providenciar um local para realização das atividades, e acrescentou que seria impossível ter um local fixo, mas que todo o dia teria um espaço para realizar as oficinas Psicopedagógicas. Aproveitou o momento para nos mostrar os espaços disponíveis para realização das atividades.
Dia 20/10, chegamos ao Instituto, Rilene nos levou até a sala onde ficaríamos para realização das atividades, fomos apresentadas as professoras dos alunos, organizamos o local, o material e fomos pegas os alunos.
Eles de início ficaram apreensivos, um pouco desconfiados, fizemos uma rodinha, colocamos um som ambiente, explicamos o que iríamos fazer nesse período e que eles também ficariam conosco durante todo o estágio. Para a apresentação cada aluno deveria se apresentar de uma forma diferente, iriam escolher um bicho, imitá-lo e dizer porque escolheu esse animal para representá-lo, foi muito engraçado.
Foi feita a oração e fizemos a dinâmica das mãos, os pulsos, movimentem braços, os ombros, continuar respirando fundo, pescoço lentamente a cabeça, os músculos do rosto, façam corretas, franzam a testa, mov. Bochechas, boca, nariz, o tronco, o peito, cintura, quadril, pernas, pés, dedos, respirar fundo movimentar todo o corpo, deixar o corpo solto, só ouvindo música e apenas respirando.
Através dessa atividade foi possível perceber a importância do outro nas relações interpessoais, e na nossa vida diária através do toque; os alunos participaram bastante concentrados, ouvindo apenas os comandos e a música ambiente. Em seguida fizemos a “Dinâmica das Mãos”, com as mãos dadas fora desenvolvidas atividades onde cada aluno deveria estar o tempo todo necessitando da ajuda do colega, e trabalhando em equipe, a atividade exigiu muito a atenção, concentração e espírito de equipe.
Foi possível perceber a dificuldade em manter-se com as mãos dadas, e aproveitamos para explorar a dinâmica do toque, e a necessidade de precisamos sempre do outro na nossa vida diária. Como resultado final, observamos importância dos valores um ajudando o outro desenvolvendo ajuda mútua. E a importância das atividades interdisciplinares nas dinâmicas diárias para desenvolver uma excelente aprendizagem.
Segundo Wallon, a emoção é o primeiro e mais forte vínculo entre os indivíduos. É fundamental observar o gesto, a mímica, o olhar, a expressão facial, pois são constitutivos da atividade emocional.
Wallon (1978), por sua vez, afirma que a criança acessa o mundo simbólico por meio das manifestações afetivas que permeiam a mediação que se estabelece entre ela e os adultos que a rodeiam. Defende que a afetividade é a fonte do conhecimento.
Dia 25/10, Mais um dia cheio de desafios, chegamos fomos organizar todo o material, colocar música ambiente, ir até as salas e organizar a subida das crianças para darmos início as nossas atividades. Fizemos a oração e explicamos para os alunos quais atividades seriam desenvolvidas durante o período da manhã, eles sempre ficavam ansiosos para saber o que iríamos fazer, era muito interessante.
Construímos o boliche dos fonemas utilizando sucata, dividimos a turma em duplas e cada dupla era representada por uma cor, a gincana para formação de palavras foi riquíssima, eles derrubavam os pinos, anotavam os fonemas e formavam palavras utilizando outro recurso, bingo das palavras, observamos concentração, atenção, interesse, ajuda mútuo, e uns ajudavam os outros para que ganhassem todos juntos, foi incrível a participação de cada um na execução das atividades durante a manhã.
No final da atividade sentamos e cada um expôs o mais gostou, se sentiu alguma dificuldade, todos gostaram da atividade e pediram que depois repetíssemos novamente. Realmente alguns alunos sentiram dificuldade para formar palavras, ainda não reconhecera alguns fonemas, depois sentamos e através de jogos ensinamos e tiramos algumas dificuldades, foi possível perceber o interesse em aprender coisas novas através da ludicidade.
Conforme afirma Antunes (2002, p. 155-156):
“É fundamental enfatizarmos a importância do professor literalmente "trazer a rua e a vida" para a sala de aula, fazendo com que seus alunos percebam os fundamentos da matéria que ensina na aplicação da realidade. Usar uma construção em argila, móbiles ou montagens para estudar o movimento ou perceber o deslocamento do ar, tudo é uma serie de atividade, se refletidas e depois idealizadas por uma equipe docente verdadeiramente empenhada, transposta para uma estruturação de projetos pedagógicos, podem facilmente se traduzir em inúmeros recursos que associam a inteligência cinestésico-corporal e outras ao fantástico mundo da ciência, o delicioso êxtase pelo mundo do saber.”
Dia 27/10, quinta-feira mais um dia recheado de criatividade, alegria, entusiasmo e desafios, nos apresentamos na Escola às 7:30h, ficamos esperando a organização das filas para as crianças irem para as salas, e esperando também a diretora providenciar um lugar para darmos início as atividades com as crianças.
Preparamos a Dinâmica árvore da amizade, e a atividade teia de aranha, juntamos as cadeiras passamos barbante por toda a sala, onde formava uma teia de aranha, iríamos dividir os alunos em duplas, e fazer perguntas de conhecimentos gerais, ciências, matemática e atividades do dia-a-dia, à medida que iam respondendo, avançavam na teia de aranha, se errasse o colega da dupla se soubesse responderia e o aluno continuava avançando, foi uma atividade riquíssima, observamos o esforço que eles fizeram para responder as perguntas corretamente, não queriam errar para chegar no último fio primeiro.
Ao término da atividade sentamos e explicamos para todos a importância do trabalho em grupo e de um esperar o momento e respeitar a vez do outro. Cada um começou a explicar porque errou e queria saber a resposta correta, explicamos e refizemos a brincadeira, modificamos a forma de trabalho, eles iriam todos de uma única vez, saltando as teias sem tocar nelas, exploramos em cima, embaixo, lateralidade, espacialidade, concentração e organização.
Exploramos as ferramentas para cultivar a amizade e trabalho em grupo, desenhando e construindo com massa de modelar, cada um fez a sua aranha fixou junto ao desenho, ficou espetacular a produção dos alunos.
Após o lanche retornamos a sala fizemos um momento de relaxamento, percebemos a dificuldade em alguns alunos em se concentrar na atividade, pois teriam que ficar deitados ouvindo música ambiente, eles não tinham o hábito de relaxar, fizemos exercício de respiração, uma massagem e fomos aos pouco conseguindo que passassem mais tempo no relax.
Ao dias 01 de novembro do ano em curso, foi feita a oração, uma roda de conversa, logo em seguida executamos a oficina da água, fazendo a resolução de problemas envolvendo sentenças matemáticas através de jogos lúdicos, atividade da dança da cadeira.
Cada aluno pegou um copo descartável, em cada copo tinha uma sentença matemática, o aluno deveria resolver a sentença para depois, responder a pergunta relacionada a água, percebemos a dificuldade de alguns alunos em fazer continhas de adição e subtração, tivemos que parar a atividade, explicar para os alunos como eram feitas para dar continuidade nas atividades propostas.
Levamos um livro de história com o som dos animais, na história explora a amizade, convivência e relacionamento, ficaram impressionados, acharam interessante, depois cada um começou nomear o animal que gostaria de ser e porque. Só o Alexandre não quis ouvir a história, ficou brincando com as tampinhas, procuramos fazer uma intervenção mas respeitamos o momento dele.
Logo após a história, formamos duplas e cada dupla ficou brincando com um tipo de jogo diferente, falamos das regras, do momento do outro e como cada um iria jogar, eles brincaram descontraídos e felizes, e em alguns momentos fazíamos as intervenções necessárias e eles davam continuidade de onde haviam parado.
Foi percebido que alguns alunos necessitam de mais atenção em relação a timidez, Sara muitas das vezes era introspectiva e tinha medo em realizar atividades propostas, mesmo sabendo fazer, conversamos bastante com ela, explicamos a necessidade do ser humano em se comunicar e expressar suas necessidades e desejos.
Dia 03/11, chegamos, esperamos a organização das filas, arrumamos a sala com os materiais para confeccionar o jogo de boliche, fizemos a oração, falamos do final de semana e das atividades que foram realizadas durante o estágio, depois distribuímos as garrafas pet e cada aluno arrumava sua garrafa colocando crepom colorido dentro delas, eles amaram.
Dividimos os alunos em equipe e cada equipe era representada por uma cor, as duplas teriam que derrubar os pinos e reconhecer fonemas, formar palavras e frases, coordenar movimentos e demonstrar habilidade na construção de novas palavras a partir dos fonemas que estavam nos pinos derrubados. À medida que formavam as palavras a dupla ganhavam pontos.
Depois do lanche espalhamos por toda a sala jogos relacionados a Língua Portuguesa, brincamos de formar palavras, ditado visual, olhar a gravura e formar frases, todos se empenharam ao máximo para realizar as atividades propostas, observamos também o avanço de alguns alunos em relação a escrita correta de palavras.
Concordamos com Rizzo (2001) quando diz sobre o lúdico:
[...] A atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual (p.40).
Celso Antunes (2001) argumenta da seguinte forma: "Um professor que adora o que faz, que se empolga com o que ensina, que se mostra sedutor em relação aos saberes de sua disciplina, que apresenta seu tema sempre em situações de desafios, estimulantes, intrigantes, sempre possui chances maiores de obter reciprocidade do que quem a desenvolve com inevitável tédio da vida, da profissão, das relações humanas, da turma..."(p.55).
Dia 08/11 mais um dia, recebemos os alunos fizemos a oração, explicamos as atividades que iríamos desenvolver no decorrer da manhã, eles foram logo perguntando se iríamos fazer brincadeiras, respondemos que sim, com toda certeza, foi uma alegria geral.
Dinâmica da bola, Jogos diversos Psicopedagógicos e sentenças matemática,
Ouvir a música e fazer gestos, exercícios rítmicos corporais, Construir e escrever palavras e resolver sentenças matemáticas brincando. De início foi visível a dificuldade de alguns, paramos a atividade, explicamos passo a passo como se resolve sentenças matemáticas explorando com material concreto e músicas e aos poucos cada um foi fazendo as atividades com desenvoltura e autonomia, cada estagiária ficou com um grupo de crianças para ajudá-los no que fosse preciso.
No segundo momento brincamos de loto leitura, dominó, jogo da memória e dama, levamos alguns brinquedos para fazer sorteio, eles adoraram, foi maravilhoso poder olhar e perceber a felicidade em cada rostinho, nos agradeceram, nos abraçaram, amamos a reação deles.
Alguns dispersaram com mais facilidade, não concluindo o que estavam fazendo, queria pegar logo outro jogo, só pelo fato de pegar mesmo, conversamos explicando a importância de concluir uma atividade, depois fizemos a troca e tudo deu certo.
Gilda Rizzo (2001) diz que "os jogos, pelas suas qualidades intrínsecas de desafio à ação voluntária e consciente, devem estar, obrigatoriamente, incluídos entre as inúmeras opções de trabalho escolar."
Dia 10/11 do ano em curso mais um momento rico do nosso estágio, eles estavam super ansiosos desde o momento da fila até pegarmos eles em sala de aula, fomos conduzidas até a sala de ballet, arrumamos todo o espaço, preparamos para receber os alunos, solicitamos que um dos alunos fizessem a oração.
Realizamos a Dinâmica da caixa de presente, contação de história e dança da cadeira. A dinâmica explora a valorização do eu e do outro, identidade quem sou eu?, Conhecendo a minha história e do meu colega.
Os alunos sentaram em círculos, de olhos fechados, entregamos uma caixa com um espelho dentro, à medida que o aluno recebia a caixa, abria os olhos, olhava dentro da caixa, fechava e passava para o colega do lado, era visível a surpresa no olhar de cada um, inclusive Letícia me perguntou, esse é o presente? Respondi que sim, ela sorriu.
Em seguida abri espaço para discussão em grupo, cada um falou o que sentiu quando viu qual era o maior presente criando por Deus, à medida que explicavam dava para cada um presente, eles ficaram em êxtase de tanta felicidade, e falaram que nunca, nunca mesmo, ninguém tinha feito uma coisa assim com eles, que nós sabíamos valorizar as pessoas.
Inclusive citaram que se na sala de aula trabalhasse dessa forma eles aprenderiam melhor e seriam crianças diferentes em termo de comportamento, as colocações foram riquíssimas, e cada criança expôs sua necessidade e falou o que estava sentindo, foi possível perceber a importância de trabalhar a identidade e a história de cada um.
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Charles Chaplin
Dia 15/11, o nosso estágio já está chegando ao fim, hoje faremos algo mais especial ainda, estamos aproveitando cada minuto que ainda temos.
Iremos trabalhar hoje com a Dinâmica da bola (hábitos de higiene), e o filme o valor da amizade. Vamos explorar o cuidado com o corpo, hábitos de higiene para ter uma vida saudável, explorar através do filme o verdadeiro valor da amizade, e que o relacionamento interpessoal cria vínculo de respeito.
Organizamos os alunos em círculo, íamos cantando e passando a bola de mão em mão, no momento que a música parava a criança olhava o que estava fixado e falava para que servia e que órgão poderíamos usar, se fosse um cotonetes (ouvido), sabonete (corpo) e assim sucessivamente.
Algumas crianças disseram que raramente usavam alguns objetos, pois as mães não tinham dinheiro, explicamos que mesmo assim a higiene poderia ser feita de várias formas.
Depois do lanche fizemos brincadeiras diversas todos participaram com entusiasmo, fizeram atividades com a pasta de ciências, e registraram através de desenhos, aproveitamos o desenho do corpo da primeira dinâmica.
Além do cuidado com os hábitos alimentares e higiene corporal, exploramos o cuidado com o material escolar, o fardamento e a sala de aula que é o ambiente que representa o local de aprendizado, eles gostaram muito das atividades e observações que foram feitas a respeito das atividades da vida diária e prática: AVD e AVP.
Inclusive alguns citaram momentos de sua vivência em casa, escovação e da própria higiene em casa. O objetivo desse trabalho é de conscientizar os alunos da importância dos hábitos de uma boa higiene e que para manter uma excelente saúde depende do que fazemos e comemos diariamente, tanto no lanche servido pela escola, ou trazido de casa.
Dia 17/11, chegou ao final do nosso estágio, e temos certeza que fecharemos com chave de ouro, e tudo que trabalhamos com essas crianças com certeza ficará registrado para sempre na memória deles.
Hoje será a nossa despedida, despedida para um começo promissor de sucesso, aprendizagem, conquistas e novo caminho que se abre na vida dessas crianças. Fizemos uma festinha de encerramento com direito a salgados, sacolinhas de doces, vasinhos para água e lembrancinhas para alunos, coordenação e direção.
13. Projeto de Intervenção Psicopedagógico Institucional
14. TEMA/OBJETO
O LÚDICO NO PROCESSO ENSINO – APRENDIZAGEM: Ações psicopedagógicas ao envolver educadores do 2º e 3º Ano do Ensino Fundamental do Instituto Teosópolis em Itabuna, Bahia.
15. Oficina Psicopedagogia Institucional - “BRINCANDO TAMBÉM SE APRENDE”.
A oficina se configura em um espaço em que se desenvolvem atividades profissionais, relacionadas ao ensino, à aprendizagem ou ao exercício de um trabalho ou de uma atividade artística. Profissionais e alunos, ensinantes e aprendentes se relacionam de maneira ativa e dinâmica ao redor de uma atividade, produzindo algo concreto e abstrato, produto de uma ação objetiva e subjetiva, expressão de sentimentos e de pensamentos: um quadro, uma ideia, um pensamento, uma blusa, um desenho, um bolo, um movimento, um canto, uma poesia, uma música, um olhar (LIMA, 2004).
Assim pode-se definir a Oficina Psicopedagógica como um local e um espaço de trabalho, onde educador-educando estabelecem um vínculo afetivo especial uma relação dinâmica em que o conhecimento poderá ser construído, compartilhado, vivenciado, significado, mediado; a aprendizagem poderá ocorrer de modo significativo; os afetos poderão ser expressos, os sujeitos poderão ser e estar integralmente (AZARIAS, 2009).
A utilização das oficinas psicopedagógicas pelo educador pode auxiliar o processo de ensino e aprendizagem, facilitando esse processo e dando sentido aos conhecimentos científicos trabalhados no dia-a-dia da sala de aula. Viabiliza também o estabelecimento de relações entre os conteúdos e as disciplinas escolares, a apropriação dos conhecimentos e a produção de conhecimentos novos. Nas atividades desenvolvidas em uma oficina, a pesquisa, a descoberta, a síntese, a criação, a imaginação, a reflexão, a revisão, a retomada, o questionamento são colocados em movimento.
Na Oficina Brincando Também se Aprende, a utilização do lúdico pretende aproximar o sujeito do conhecimento, promover vivências e experiências novas, possibilitar a construção, a desconstrução e a reconstrução de conhecimentos, viver e experimentar sensações e sentimentos positivos e negativos como prazer, desprazer, alegria, tristeza, medo, vergonha, cooperação, competição, frustração, superação. Permitir uma relação diferente com o erro e colocá-lo como parte fundamental do processo de conhecer e aprender e como natural ao longo desses processos, proporcionar a mediação entre ensinantes e aprendentes: levar a autonomia, a espontaneidade, a escolha, a desistência, a retomada, a dúvida, a pesquisa, a descoberta, a superação, ao questionamento e a reflexão ((SANTOS,1998).
A oficina se configura em um laboratório em que as experiências de ensino e aprendizagem podem ser desenvolvidas, em que o conhecimento é mediado e significado em que pensamentos e sentimentos podem ser experimentados e expressados (GRASSI,2004). É o espaço privilegiado de produção de conhecimentos, estabelecimento de vínculos e aprendizagem.
16. JUSTIFICATIVA
A Psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem humana e assim estar contribuindo para minimizar as dificuldades dos educandos.
É uma área de saber que se ocupa em estudar as melhores estratégias para levar educador-educando a adquirir-integrar conhecimento (BEAUCLAIR, 2010).
Assim, vivenciar Psicopedagogia é um estado de ser e estar sempre em formação, projetação e em processo de criação. Criação de sentidos para a própria trajetória enquanto ensinantes e aprendentes, enquanto seres viventes na complexa gama de relações que se estabelece com o tempo e espaço humano.
A Psicopedagogia é um campo de atuação que, ao atuar de forma preventiva e terapêutica, posiciona-se para o compreender os processos do desenvolvimento e das aprendizagens humanas, recorrendo a várias estratégias pedagógicas objetivando se ocupar dos problemas que podem surgir nos processos de transmissão e apropriação dos conhecimentos (BENJAMIN, 2006).
Neste cenário é que se situam as oficinas psicopedagógicas com um recurso que pode ser utilizado pelos psicopedagogos e educadores para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, viabilizando o estabelecimento de relações entre o conteúdo. Utilizando-se o brincar e o jogar que através deles, o educando está aprendendo, descobrindo o mundo, exercitando e promovendo o seu raciocínio, a inteligência e as relações sociais e de afetividade.
A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um espaço que merece atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser. É o espaço e o direito de toda criança para o exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos ( GÍLIO, 2003).
Para que o brinquedo seja significativo para a criança é preciso que tenha pontos de contato com a sua realidade. Através da observação do desempenho das crianças com seus brinquedos pode-se avaliar o nível de seu desenvolvimento motor e cognitivo. No lúdico, manifestam-se suas potencialidades e ao observá-las, é possível enriquecer sua aprendizagem, fornecendo através dos brinquedos os nutrientes ao seu desenvolvimento.
A relevância deste trabalho está centrada no fato de que o lúdico favorece a aprendizagem da criança e sua formação, seu desenvolvimento, portanto, é necessário a sua aplicabilidade no 2º Ano do Ensino Fundamental. A sua justificativa se constitui pela importância da ludicidade na vida da criança, pelos inúmeros subsídios que oferece tanto para a formação, relações interpessoais, socialização, quanto pelo desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
Entretanto, antes de se iniciar a elaboração da Oficina Psipedagógica Brincando Também se Aprende, é sensato e necessário abordar o brincar e o jogar, ações presentes na referida oficina.
A ludicidade só terá influência na formação no processo ensino-aprendizagem e aprendizagem da criança, se for vivenciada com compromisso ético e responsabilidade ( WINICOTT, 2000).
A ludicidade é um tema que por si só, desperta interesse, pois o brincar faz parte da vida do ser humano, desde o seu nascimento e permanece durante toda a infância com certa intensidade, diminuindo gradativamente, sem, no entanto desaparecer, permanecendo até a morte (PIRES, 2002).
A capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para resolução dos problemas que as rodeiam. A literatura especializada no crescimento e no desenvolvimento infantil considera que o ato de brincar é mais que a simples satisfação de desejos. O brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo e espaço próprios; um fazer que se constitui de experiências culturais, que são universais, e próprio da saúde porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo e com os outros.
O brinquedo é oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e atenção, e especialmente o psicomotor.
Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. Irá contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilíbrio do adulto. É um momento de auto-expressão e auto- realização (HUIZINGA, 2000).
O brinquedo traduz o real para a realidade infantil. Suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos adultos, diminuindo o sentimento de impotência da criança. Brincando, sua inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. A qualidade de oportunidades que estão sendo oferecidas à criança através de brincadeiras e brinquedos garante que suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem.
A brincadeira é a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica em ação. Já o brinquedo supõe uma relação íntima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, portanto, sem regras fixas. Sendo suporte da brincadeira, pode ser entendido segundo a dimensão material, cultural ou técnica ( BROUGÉRE, 2004).
O brinquedo contém sempre uma referência ao tempo de infância do adulto com representações veiculadas pela memória e imaginação e muitas vezes o passado marcado pela ausência de jogos, brincadeiras, brinquedo, alimenta o devaneio, dinamizando-o com a imaginação criativa e o comportamento adulto retrata diferentes imagens de infância. Portanto a ludicidade deve caminhar com a infância.
Brinquedos e brincadeiras aparecem com significações opostas
contraditórias: a brincadeira é vista ora como ação livre, ora como atividade supervisionada pelo educador, ora como um meio de envolver o educando para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem. O brinquedo expressa qualquer objeto que serve de suporte para brincadeira livre ou fica atrelado ao ensino de conteúdos escolares. A contraposição entre a liberdade e a orientação das brincadeiras, entre a ação lúdica concebida com um fim em si mesma, ou com fins para aquisição de conteúdos específicos, mostra as divergências das significações (KISHIMOTO, 2004).
O fato é que as crianças que frequentam o 2º e o 3º Ano do Ensino Fundamental do Instituto Municipal Teosópolis em Itabuna, Bahia, caracterizam-se por ampliar seu grupo social, voltando seus interesses para o grupo de amigos, para atividades que exigem movimentos mais refinados e precisos e para atividades que envolvam maior atenção e memória, pois estão na faixa etária entre 8 a 9 anos. Surge então, a preferência pelos jogos de regras, pelo desenho e por brincadeiras em grupo, com uma independentização bastante relevante da figura do educador.
Neste contexto a Psicopedagogia surge para ajudar no processo de intervenção e mudanças, desenvolvendo estratégias, criando espaços de fala de escuta envolvendo as mais variadas relações dos sujeitos aprendentes, nos vários âmbitos em que estão inseridos.
17. FINALIDADE
17.1. Objetivo Geral
-
Desenvolver atividades lúdicas psicopedagógicas no sentido de envolver o educando no processo ensino-aprendizagem.
17.2. Objetivos Específicos
-
Realizar oficinas psicopedagógicas que proporcione através do lúdico uma parceria com o processo ensino-aprendizagem;
-
Estimular a criatividade dos educandos por meio do brincar;
-
Envolver os educandos nos jogos e brincadeiras buscando a interação;
-
Realizar com os educandos a dramatização de uma história.
18. PÚBLICO ALVO
O público alvo será constituído de 08 educandos do 2º e 3º Ano do Ensino Fundamental I do Instituto Municipal Teosópolis, Bairro Conceição, Itabuna - BA, 45600-000 - (73)
19. DURAÇÃO
A duração da Oficina Psicopedagógica será de dois encontros semanais computando uma carga horária de 40 horas.
20. LOCAL E HORÁRIO
A Oficina Psicopedagógica será realizada no Instituto Municipal Teosópolis, situado a Rua Duque de Caxias - Bairro Conceição, Itabuna - Ba, 45600-000 no turno matutino, no horário das 07h30min às 11h30min.
21. METODOLOGIA
Por pertinência do próprio objeto de estudo, escolheu-se a metodologia participativa, aliada a uma pedagogia construtivista e humanista e terá como ponto de partida a realidade dos educandos, de forma a estabelecer uma relação entre teoria e prática, proporcionando a construção coletiva do conhecimento, centrada na
valorização da cidadania e relação lúdico-ensino-aprendizagem.
A técnica de Oficina utilizada será intitulada: “Brincando Também se Aprende”, onde todas as atividades psicopedagógicas estarão inseridas nesse contexto.
Para tanto, se iniciará com a dinâmica “As Mãos”, em que todos deverão atuar em grupo, interagindo com o outro.
Quanto aos educadores que participarem da oficina, passarão por experiências saudáveis, junto a seus educandos, por trocas que provavelmente, não foram vivenciadas anteriormente, além de facilitar o envolvimento nas questões gerais do processo ensino-aprendizagem.
Os métodos e procedimentos a serem adotados na execução do projeto caracterizam-se como: conscientização da importância do lúdico nas atividades psicopedagógicas, demonstrando a importância desses para a aprendizagem envolvimento do educando nos âmbitos social psicopedagógico e para ajudar na interação na formação dos valores sociais e na aprendizagem.
A Oficina Brincando Também se Aprende terá registro fotográfico cujas fotos serão mostradas, como um meio de promover motivação, mesmo porque com os registros, indiretamente eles se aproximam mais.
Nas atividades que contemplem aspectos afetivos, pretende-se proporcionar momentos de envolvimento dos educadores com os educandos com a intenção de promover a interação destes na oficina para o desenvolvimento de vínculos afetivos e aquisição de valores, visando dinamizar o processo ensino-aprendizagem.
Quanto às histórias, serão de cunho de ordem moral em que o bem vence o mal, e que a recompensa é sempre dedicada aos que praticam a virtude.
As cantigas de roda e músicas de áudio, além de alegrar o ambiente, farão com que os educandos internalizem a noção de valores, demonstrem sentimentos de afeto com os gestos relacionados ao sentido que a música encerra e assim possam desenvolver a aprendizagem, a afetividade, o respeito pelo outro, o carinho, a compreensão, solidariedade e entendimento o respeito a individualidade.
A dramatização oferecerá oportunidade para o educando fazer imitações, extravasar sentimentos, demonstrar aptidões, estimular a expressão dramática e fornecer uma saída por meio da qual os mesmos possam se expressar de uma maneira forte e significativa, criando uma intensa integração com o grupo.
ATIVIDADE REAÇÃO SUJEITO HIPÓTESE
I ENCONTRO
a) Introdução
• Acolhimento e sensibilização através de dinâmica; As Mãos.
• Oração: Através dessa atividade é possível perceber a importância do outro nas relações interpessoais, e na nossa vida diária através do toque; • Perceber a importância da amizade na nossa vida e saber valorizar o outro do jeito que ele é, nas diferenças, limitações, religião ou condição social;
b) Desenvolvimento
• Dinâmica de apresentação, conhecendo o outro através das mãos.
Com as mãos dadas
desenvolver atividades de colagem, pintura, e recorte. E explorar várias áreas do corpo, como os sentidos, atenção, percepção, lateralidade, espacialidade e o mais importante o afeto com o outro.
c) Conclusão
Atraves de relatos os participantes expôs ao grupo os pontos positivos e negativos da atividade desenvolvida, o sincronismo, a harmonia, e a possibilidade de expressar o que estava sentindo no momento da dinâmica. Foi incrível como cada aluno fez seu relato de experiência vivida no decorrer da atividade, e expressando a necessidade de se fazer mais atividades que envolvam o toque.
ATIVIDADE REAÇÃO SUJEITO HIPÓTESE
II ENCONTRO
d) Introdução
• Acolhimento e sensibilização
• Oração
• Música peixe vivo
• Dança da cadeira
• Fixar as palavras
• Relação palavra x figura
• Recortar e colar
• Demonstração de afeto
• Desenho com pareamento
• A construção do jogo com a criança ajuda a fixar palavras.
e) Desenvolvimento
• Jogo Psicopedagógico: jogo da Memória, Relacionando Palavra x Figura
• Os alunos deverão ter cada um uma cartela
com as palavras
a cada desenho apresentado para as crianças eles deverão escrever o nome do animal ou objeto e reproduzir o desenho.
f) Conclusão
A interação dos alunos nas realização das atividades desenvolvidas foi muito maravilhosa, interagiram de forma dinâmica e participativa, e a realização das atividades foi positiva. Fizemos uma atividade dupla, eles trabalharam uns ajudando os outros de forma interativa.
No relato das opiniões eles relataram que adoraram das atividades desenvolvidas no decorrer da manhã.
ATIVIDADE REAÇÃO SUJEITO HIPÓTESE
III ENCONTRO
g) Introdução
• Acolhimento e sensibilização
• Oração
• Música Linguagem através da música
• Jogo boliche de linguagem.
• Participar ativamente
• Acompanhar com gestos
• Demonstração de afeto
• Concentração
• Participação construção do boliche.
• A música e o jogo desenvolve a sensibilidade do educando despertando interesse e motivação para o fazer psicopedagógico
h) Desenvolvimento
• Cantiga de roda: Alecrim dourado, Boneco duro...
• Construção do boliche de linguagem.
• Desenvolver atividades de linguagem lúdicas através da participação dos alunos.
• À medida que os alunos forem derrubando os boliches, eles irão criar palavras e fazer o pareamento com o jogo no concreto. O trabalho será desenvolvido em duplas e identificado por cores (equipe verde, amarela e laranja).
i) Conclusão
Foi possível observar o interesse dos alunos para ajudar os colegas de cada equipe, alguns apresentaram dificuldade no momento de fazer o pareamento com os fonemas que estavam no boliche com o jogo no concreto, mas todos se esforçaram para realizar a atividade.
ATIVIDADE REAÇÃO SUJEITO HIPÓTESE
IV ENCONTRO
a) Introdução
• Acolhimento e sensibilização
• Oração
• Árvore da amizade.
• Teia de aranha
• Jogos diversos.
• Conhecer as ferramentas para cultivar a amizade;
• Identificar que a amizade é uma ferramenta importante para viver em grupo;
• Demonstrar conhecimento com o tema explorado;
• Confeccionar a árvore com material diversificado para brincar e proporcionar prazer e desenvolver habilidades manuais.
b) Desenvolvimento
• Construção da árvore da amizade
• Realização da atividade a amizade e o seu cultivo.
• Ferramentas para cultivar a amizade: vontade, coragem, esforço, sinceridade, respeito e felicidade.
Na teia de aranha
As estagiárias fazem perguntas em diversas áreas do conhecimento. À medida que forem respondendo vão seguindo por dentro da teia sem tocar no cordão. Vence a dupla que chegar primeiro.
c) Conclusão
Fazer as considerações finais sobre o tema e acordar com o grupo que a árvore ficará em exposição, num local adequado para visualização constante a todos – para que cada um recorde seus objetivos e sua ferramenta principal: a amizade. O tema foi explorado tanto na teia de aranha quanto no manuseio dos jogos de linguagem e matemática.
ATIVIDADE REAÇÃO SUJEITO HIPÓTESE
V ENCONTRO
d) Introdução
• Acolhimento e sensibilização
• Oração
• Relaxamento
• Demonstrar espírito de equipe, solidariedade e criatividade
• Desenvolvimento do espírito de equipe
e) Desenvolvimento
• Dinâmica da água
• Jogos diversos de matemática e linguagem.
• Música de áudio.
f) Conclusão
No momento de fazer as considerações finais da dinâmica, foi visível perceber o interesse dos alunos em expor suas idéias a respeito da sua participação nas atividades das sentenças matemáticas.
Os alunos que apresentaram dificuldades procuravam a ajuda dos colegas.
VI ENCONTRO
g) Introdução
• Acolhimento e sensibilização
• Reconhecer as letras
• Formar palavras
• Coordenar os movimentos
• Demonstrar sentimentos
• O lúdico proporciona o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem
h) Desenvolvimento
• Confecção do jogo Ganhando letras
• Dinâmica do abraço
i) Conclusão
Durante as atividades alguns alunos apresentaram dificuldade e timidez, mas não deixaram de executar e participar das mesmas
VII ENCONTRO
j) Introdução
• Acolhimento e sensibilização
• Fazer gestos referentes a música
• Descontração
• Construir letras
• Formar palavras
• Escrever palavras
• Os gestos possibilitam o desenvolvimento da atenção, concentração;
• A construção de material desenvolve a coordenação, atenção e memória;
k) Desenvolvimento
• Dinâmica da bola
• Jogos psicopedagógicos diversos
• Sentenças matemáticas
l) Conclusão
Durante o processo de intervenção psicopedagógica, os jogos foram desenvolvidos respeitando o nível de aprendizagem de cada criança, seus aspectos cognitivos, afetivos e sociais. Num primeiro momento, optou-se pelo ensino e desenvolvimento do jogo, conforme seus materiais e regras convencionais.
VIII E NCONTRO
j) Introdução
• Acolhimento e sensibilização
• Demonstrar afeto, interação;
• Identificação personagens;
• Imitar os personagens;
• Reconhecer que o bem vence o mal;
• Reproduzir a história oralmente;
• Demonstrar afeto e aconchego;
• A valorização do eu e do outro no dia-a-dia
• A moral da história aplicada a nossa vivência na sociedade.
• Identidade, quem sou eu, o que mais gosto de fazer, conhecendo a minha história.
k) Desenvolvimento
• Dinâmica da caixa de presente
• Contação de história: Livre
• Dança da cadeira
l) Conclusão
É fundamental que o psicopedagogo possibilite as crianças o conhecimento de si mesmo, levando-os a descobri-los, sentir que possuem um nome, uma identidade e que fazem parte de um conjunto de pessoas em casa, na escola e na comunidade e que acima de tudo são muito importantes.
IX ENCONTRO
m) Introdução
• Acolhimento e sensibilização
• Dinâmica da bola
• Higiene
• Filme
• Demonstrar afeto, interação;
• Cuidados com o próprio corpo
• Hábitos de higiene.
• Reconhecer a importância da amizade e valorização do outro
• O relacionamento interpessoal cria vínculos de respeito;
• O bem é reconhecido como formador da moral
• Hábitos de higiene para uma vida saudável.
n) Desenvolvimento
• Dinâmica da bexiga
• Contação de história: e fazer a relação com o filme sobre o verdadeiro valor da amizade e do respeito ao outro.
• Dança da cadeira
• Explorar através de brincadeiras os hábitos de higiene
o) Conclusão
Ao educar para a saúde e para a higiene, de forma contextualizada e sistemática, toda a equipe contribui de forma decisiva na formação de cidadãos capazes de atuar em favor da melhoria dos níveis de saúde pessoal e da coletividade.
22. RECURSOS
22.1. Materiais
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Garrafas plásticas vazias;
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Papel sulfite;
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Papel de presente;
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Papel cartão ou EVA;
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Retalhos de tecido;
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Tampinhas de garrafa plástica;
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Giz;
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Caixa de papelão;
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Farinha de trigo;
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Sal;
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Vinagre;
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Anilina;
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Copo plástico;
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Bexiga
22.2. Humanos
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Educandos do 2º e 3º Ano;
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Estagiárias;
-
Educadores da Escola
23. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando-se que a caracterização do trabalho desenvolvido em uma oficina é a relação de mediação entre o ensinante e o aprendente, a apresentação de situações-problema a serem resolvidas, a produção de algo e a possibilidade de refazer quando necessário. O conhecimento e a aprendizagem circulam no espaço da oficina, sentimentos podem ser expressos, vínculos são estabelecidos e o mediador possibilita as aprendizagens através de uma relação ativa e dinâmica. Há um objetivo previamente determinado e as relações entre os participantes acontecem em função do alcance desse objetivo.
A utilização das oficinas psicopedagógicas pode auxiliar o processo de ensino e aprendizagem, facilitando esse processo e dando sentido aos conhecimentos científicos trabalhados no dia-a-dia da sala de aula. Viabiliza também o estabelecimento de relações entre os conteúdos e as disciplinas escolares, a apropriação dos conhecimentos e a produção de conhecimentos novos. Nas atividades desenvolvidas em uma oficina, a pesquisa, a descoberta, a análise, a síntese, a criação, a imaginação, a reflexão, a revisão, a retomada, o questionamento são colocados em movimento. O psicopedagogo pode utilizar a oficina psicopedagógica como recurso de avaliação psicopedagógica e/ou como recurso de intervenção psicopedagógica.
24. REFERÊNCIAS
BENJAMIN, Wálter. Reflexões: a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Summus. 1984.
BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 2004.
GRASSI, T. M. O que é uma oficina psicopedagógica. Curitiba (PR): Editora IBPEX, 2004.
GÍLIO, Anésia Maria Costa. Brincar e observar: ações e admirações. Revista presença pedagógica. V. 9, n. 53 set./out. 2003.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. São Paulo: Perspectiva, 1990.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo na Educação Infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.
LIMA, Marilene. Ludicidade: importância do ato de brincar no desenvolvimento da criança. Revista do Professor, Porto Alegre: 20. (78): 5-7 abr./jun. 2004.
PIRES, Antônio Leal. Jogos infantis: o jogo, a criança, a educação. Petrópolis: Vozes, 1999.
SANTOS, M. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1998.
WINICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
25. Anexos/Apêndices.
25.1. Relato Estágio Supervisionado Psicopedagógico Hospitalar
Dados identificação do Estagiário e Instituição Hospitalar
Instituição GAAC. Praça Tiradentes, 316 Centro Itabuna- BA
Estagiarias:
Nilza de Jesus Rocha,
Núbia Evaristo.
Iniciamos o estágio domiciliar no dia 12 de setembro de 2011, no turno vespertino, às 14hs. Ao chegarmos ao GACC, nos apresentamos e seguimos para a sala de aula, que encontra-se vazia. Logo chegou a professora e algumas crianças de diversa faixa etária. Nesse primeiro momento, estávamos um pouco sensibilizadas sem saber como dirigir as atividades para as crianças.A professora muito simpática nos proporcionou segurança.
Preparamos uma sequência didática para trabalhar durante a semana, o que norteou todas as atividades pedagógicas. Como aconteceu no mês de setembro, os conteúdos ministrados foram: flora e fauna; a primavera; as estações do ano e produções textuais (receitas).
O assunto da tarde foi às plantas, fizemos um levantamento prévio dos conhecimentos dos alunos sobre o tema abordado. Conscientizando a importância dos mesmos, suas partes e funções. Contamos a historinha de João e o Pé de Feijão, dramatizando as cenas, as crianças adoraram, riram bastante. Havia na sala oito crianças (04-17), observamos naquele momento o quanto aqueles pacientes precisavam de carinho e atenção. Concluímos com a confecção de cartazes com desenhos de plantas.
No segundo dia (13/09), aquela tensão apresentada no encontro anterior, havia desaparecido, construía laços afetivos entre nós e aquele ambiente. Percebemos um espaço harmonioso, familiarizado. Recebemos naquela tarde, um grupo de adolescentes do Colégio Estadual Mª de Lourdes que aplicou brincadeiras lúdicas como: morto e vivo e a dança das cadeiras.
Fizemos uma pausa para o lanche e finalizamos com o filme “Família de Amigos”, que abordou os valores e a importância do trabalho em grupo. Como as crianças se esforçaram durante as brincadeiras o filme serviu para relaxar o físico e exercitar a psíquico.
Ao chegarmos ao terceiro dia (14/09), percebemos que algumas crianças estavam dormindo, esperamos um pouco e soubemos através de uma funcionária que alguns passaram pôr sessões de quimioterapia. Nesse encontro as atividades tinham como objetivo, conduzir o aluno a identificar cada estação do ano e suas características.
Expusemos o conteúdo, confeccionamos rosas de papel crepom, que serviram para arrumar a sala. As crianças demonstraram grande criatividade na confecção das mesmas.
No último dia (15/09), foi muito especial, juntos fizemos uma salada de fruta. O espírito de equipe prevaleceu neste momento, e todos participaram com alegria. Havia conosco uma criança portadora de leucemia que não faltava. Aquele olhar, com ternura nos motivava a estar no GACC, à passagem pela casa, fez de nós seres humanos mais sensíveis e com a certeza que contribuímos através da ludicidade tornar o ambiente mais prazeroso.
Durante a estada na Casa de Apoio, procuramos fazer com que elas desenvolvessem bons relacionamentos de caráter afetivo-social. A criança é como se fosse uma flor, e cada pétala é uma parte do desenvolvimento integral da criança. As pétalas estão interligadas entre si pelo talento representado pelo núcleo de flor. [...] (Cf. FERREIRA, 2011, p.11-4). Trabalhando com a coletividade ajuda a organizar o grupo, criando novas expectativas e aprendizagens.
Relato das ações do Estágio Psicopedagógico Hospitalar
Os dados epidemiológicos sobre o câncer na infância têm mostrado que o avanço científico na área de oncologia infantil levou a um aumento considerável das chances de cura, observando-se no Brasil um índice de 70% de remissão da doença, quando o diagnóstico é precoce e o tratamento, especializado ( Brasil/INCA, 2000). Ao incitar uma nova perspectiva para o tratamento e prognóstico do câncer na infância, esse avanço trouxe também a necessidade de um cuidado com o paciente e sua doença em termos de manutenção de sua qualidade de vida e bem-estar emocional. Nesse sentido, não seria suficiente somente prolongar a vida de crianças com câncer, era preciso cuidar também de suas possíveis dificuldades emocionais e de socialização (Barbosa, Fernandes,& serafim, 1991).
Nesse sentido, o que foi apresentado neste relatório, trata-se de um caminho que, dentro de suas limitações, mostrou-se coerente e capaz de ajudar a levar o psicopedagogo a trabalhar com as crianças doentes. Fica difícil encontrar estratégias para superar as dificuldades que são expostas. Entretanto o lúdico ajuda no desenvolvimento dessas crianças hospitalizadas (Casa de Apoio), buscando minimizar os efeitos nocivos da doença, contribuindo para a construção do seu conhecimento. Como observamos o brincar não significou simplesmente recrear-se, mais uma maneira da criança comunicar-se consigo mesma e com o mundo.
Constatamos que, as atividades aplicadas durante o nosso estágio traziam bem estar aos pacientes, e para nós significou muito, era o resultado que esperávamos. O trabalho em si colaborou para a saúde e a vitalidade das mesmas e dos acompanhantes e geraram consequências muito positivas. Esse período de estágio tornou singular, pois exigiu um olhar criteriosamente preparado para o nosso atendimento como psicopedagogos, capaz de atuar com AMOR, através de um acompanhamento profissional, trazendo de volta a alegria daquelas crianças.
Projeto de Intervenção Psicopedagógico Hospitalar
ESTÁGIO NO GACC – 12 A 16 DE SETEMBRO DE 2011
“GACC: 15 ANOS VIVÊNCIANDO “ O PROJETO PRECIOSO”
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
“Quanto maior é o nosso grau de amizade, maior é o nosso grau de consciência de que somos irmão, filhos de um mesmo pai”
ARCA SAGRADA
OBJETIVO ESPECÍFICO:
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Conscientizar sobre a importância das plantas e conhecer suas partes e funções;
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Observar os diferentes tipos de animais conhecendo suas utilidades;
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Despertar o interesse pela preservação do meio ambiente, assim, como as formas de vida e suas sobrevivência;
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Conduzir o aluno a identificar cada estação do ano e suas características.
CONTEÚDOS:
- FLORA E FAUNA;
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A PRIMAVERA;
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AS ESTAÇÕES DO ANO;
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PRODUÇÕES TEXTUAIS (RECEITAS).
12/09 – ASSUNTO: A flora – as plantas
Desenvolvimento:
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Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto abordado;
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História – João e o pé de feijão;
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Plantio do feijão e reconstrução da cena da história dramatizada;
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Artes: pintura em dobradura;
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Confecção de cartaz c/ desenhos e gravuras com plantas.
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Texto Coletivo: Era uma vez uma plantinha...
13/09 – ASSUNTO: A FAUNA
Desenvolvimento:
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Exploração oralmente do tema: saber se os alunos gostam de animais; quais os animais que mais gostam; quantos animais conhecem e quais são? Quais os animais que gostariam de conhecer e ter.
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Leitura dinâmica da fábula: O Lobo e o Cordeiro
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Fazer uma cartela de figuras de animais que os nomes comecem com as letras de A a Z.
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Arte: Pinturas com figuras de animais.
14/09 – ASSUNTO: A PRIMAVERA
Desenvolvimento:
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Exposição do assunto;
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Confecção de rosas de papel crepom;
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Atividades escritas e direcionadas.
15/09 – ASSUNTO: AS ESTAÇÕES DO ANO
Desenvolvimento:
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Expor o assunto oralmente;
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Montar um painel com figuras de objetos e roupas que usamos em cada estação;
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Leitura de texto;
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Atividade: pintura e colagem.
16/09 – ASSUNTO: PRODUÇÃO TEXTUAL: RECEITAS
Desenvolvimento:
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Leitura de receita – ‘’ O pão de um minuto “
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Trabalhando com outras receitas em atividades digitalizadas.
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Recontar a receita aos alunos “ O pão de um minuto” e fazê-lo coletivamente;
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Culminância: Lanche c/ o pão feito por todos.
Anexos/Apêndices.
26. CONSIDERAÇÕES FINAIS TCC
Gostaria de finalizar dizendo o quanto foi desafiador a conclusão desse trabalho aprendi muito no curso e também com as colegas as quais fiz trabalhos e os estágios supervisionados.
Através deste trabalho percebe o que os teóricos apontam relacionado com as observações dos estágios o qual é possível compreender a respeito da importância da ludicidade nas classes hospitalares, nessa relevância da Educação Especial e da inclusão. Envolve a soberana seriedade em pensar em estratégias metodológicas, projetos de ensino e aprendizagens com a lúdico para crianças e adolescentes hospitalizado.
A função da ludicidade, ligada ao ensino, como condição necessária para que a criança hospitalizada possa escapar às tensões que o ambiente hospitalar provoca. Percebe-se que, pela brincadeira as crianças têm condições de ir além do alívio das tensões, pois podem resgatar conceitos já conhecidos e aprender novos com a mediação do psicopedagogo.
Decidi fazer a Pós-graduação de Psicopedagogia Transdisciplinar: Clínica, Institucional e Hospitalar, no sétimo semestre de graduação em Pedagogia, foi cansativo conciliar a minha rotina pessoal e o curso de pedagogia e a pós, mas entendi que valia apena pois a psicopedagogia surgia como um desatar dos nós naquele momento, das vivencias da vida pessoal e da graduação.
Pelo fato da Psicopedagogia Transdisciplinar dizer a respeito aquilo entre as disciplinas, através das diferentes disciplinas, sendo que o objetivo é a compreensão do mundo presente mediante a unidade do conhecimento.
A Psicopedagogia direciona este olhar para os conflitos e tensões que permeiam o discurso escolar, ao mesmo tempo em que olha o sujeito da aprendizagem. É preciso que se escute os diferentes discursos que estão constituídos no sujeito e por ele também constituídos. É desta forma que a Psicopedagogia lida com a incerteza e as imprevisões, tanto na sua prática clínica, como na sua ação na instituição. A Psicopedagogia irá sempre discutir seus fundamentos e construir novas ferramentas, abrindo espaços para novas buscas do conhecimento no processo de aprendizagem humana.
27. REFERENCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo, SP: Loyola, 1995 .
BRASIL, Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil, 1998, p. 27, v.01.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96).
CABREIRA*, Luciana Grandin. Em cena a ludicidade na classe hospitalar. Disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2007.
CASTRO, Rosane Carvalho. Ensino da Prática Semiológica Pediátrica na Enfermagem: Desafio para o Docente. Disponível em: http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco
ESTEVES, Cláudia R. PEDAGOGIA HOSPITALAR: um breve histórico. http://www.unifoa.edu.br/praxis/numeros/02/37.pdf
FONSECA, Eneida Simões Da. Atendimento escolar no ambiente hospitalar. São Paulo: Memnon, 2003. 100p.
FONTES, Rejane de Souza. A reinvenção da escola a partir de uma experiência instituinte em hospital. Educ. Pesquisa., maio/ago. 2004, vol.30, no.2, p.271-282. ISSN 1517-9702.
GALLY, Chistimeyre Menezes De. HORA, Genigleide Santos Da. Psicopedagogia na classe hospitalar: A ludicidade como ação. FACEBA. Salvador, p.30
GRIZ, Maria das Graças Sobral. O caminho para a transdisciplinaridade. Rev. psicopedagogia. [online]. 2006, vol.23, n.70, pp. 77-80. ISSN 0103-8486.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens; o jogo como elemento da cultura.
MALUF, Ângela Cristina Munhoz, Brincar: prazer e Aprendizado. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.
MARTINS, João Carlos. Vygotsky e o Papel das Interações Sociais na Sala de Aula: Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/amb_a.php?t=012 Acesso em 08/04/2013.
OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petropolis, RJ: Vozes, 2000.
RIBEIRO ; ANGELO. O significado da hospitalização para a criança pré-escolar: um modelo teórico Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S008062342005000400004&script=sci_arttext Acesso em: 06/05/2013.
VIGOTSKI, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
YUNES & SZYMANSKI A resiliência em discussão. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722004000100009 Acesso em 24/05/2013.
ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade lúdica, desenvolvimento da criatividade e Educação. Londrina: O autor, 2005, P.89.
Publicado por:
Nilza de Jesus Rocha
Genigleide Santos da Hora
Publicado por: Nilza de Jesus Rocha
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