LITERATURA INFANTIL: A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA ALFABETIZAÇÃO

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1. RESUMO

A educação se faz um assunto em alta pela sua reputação digamos assim no meio social, a mesma que divide classe social, nível ‘cultural’, e realiza formação de diferentes profissionais, se apresenta em dificuldades com o meio infantil na fase de alfabetização. Muitas crianças ingressão no ambiente escolar já na fase de alfabetização, sem ao menos conhecer o alfabeto ou as vogais, contendo poucos recursos em casa e sem incentivo a educação, assim, trazem poucos conhecimentos prévios a respeito da fase de alfabetização, gerando para tanto um atraso no processo. O atraso na alfabetização, dificuldade que as crianças apresentam com o letramento, escrita, leitura e formação do ser leitor, se desenvolveu e acabou revelando-se em um problema que precisa ser atendido, com soluções imediatas em meio a educação. Debruçou-se portanto o trabalho na preocupação e objetivo de esclarecer e apresentar um bom instrumento no auxílio para a formação de crianças alfabetizadas e leitoras. Buscou-se os pontos que os livros literários podem fornecer como benefício para as crianças, sejam em fase inicial da vida, e em especial para a alfabetização e formação do ser leitor, seguindo para a vida adulta, e convivência social. A pesquisa foi realizada através da metodologia de pesquisa bibliográfica em banco de teses e dissertações de universidades brasileiras, livros e artigos já publicados relacionando-se com o tema. Desta forma o trabalho buscou apresentar pontos que demostram a importância da literatura infantil na vivencia das crianças, como o contar de histórias de conto de fadas, o contato com os livros, a possibilidade da criança crescer tendo familiaridade com tal instrumento, agrega em suas descobertas e desenvolvimento, incentivando o aguçar da imaginação, a oralidade, as brincadeiras imaginarias e criativas, novas descobertas, instruindo e fornecendo auxilio na alfabetização, fazendo a interação da criança na vivencia social e desenvolvendo na mesma o gosto pelo ato de ler se fazendo efetivo na formação leitora.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Infantil; Contação de História; Educação; Infância; Alfabetização.

ABSTRACT

Education is a hot topic because of its reputation in the social environment, the same that divides social class, 'cultural' level, and conducts training for different professionals, presents itself with difficulties with the children's environment in the literacy phase. Many children entering the school environment already in the literacy phase, without even knowing the alphabet or the vowels, containing few resources at home and without incentive to education, thus, bring little previous knowledge about the literacy phase, thus generating a delay in the process. The delay in literacy, difficulty that children have with literacy, writing, reading and the formation of the reader, developed and ended up being a problem that needs to be addressed, with immediate solutions in the midst of education. Therefore, the work focused on the concern and objective of clarifying and presenting a good tool in helping to train literate children and readers. We sought out the points that literary books can provide as a benefit for children, whether in the early stages of life, and in particular for literacy and training of the reader, continuing into adulthood, and social life. The research was carried out through bibliographic research methodology in a bank of theses and dissertations from Brazilian universities, books and articles already published relating to the theme. In this way the work sought to present points that demonstrate the importance of children's literature in the children's experience, such as storytelling of fairy tales, contact with books, the possibility of the child growing up having familiarity with such an instrument, adds in his discoveries and development, encouraging sharpening of the imagination, orality, imaginary and creative games, new discoveries, instructing and providing assistance in literacy, making the child's interaction in social experience and developing in it the taste for the act of reading becoming effective in reader training.

KEYWORDS: Children's Literature; Storytelling; Education; Childhood; Literacy.

2. INTRODUÇÃO

O seguinte trabalho será uma monografia e abordara sobre A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL NA ALFABETIZAÇÃO, este vem com o objetivo de contribuir na área da educação infantil, com foco no esclarecimento das atribuições que os livros literários podem ajudar a desenvolver na infância, e mais a frente trabalhados com o apoio do planejamento educacional podem trazer na fase de alfabetização.

É de conhecimento de todos que as crianças são seres de aprendizagem muita rápida, seja para aprender novas brincadeiras ou o domínio da fala, as mesmas aprendem pela observação e repetição, aprendem vendo filmes, desenhos e brincando.

Contudo apesar de tamanha capacidade de desenvolvimento, se apresenta ainda na atualidade, crianças que requer uma atenção especial na qual sentem dificuldades no desenvolver da oralidade e mais tardar na fase de alfabetização, pais que não participam muitas vezes ativamente neste processo e acham que o atraso acaba sendo normal.

A falta afetiva dos pais e responsáveis nesta fase de desenvolvimento pode trazer preocupações, restrições e atrasos para as crianças, deixando assim a capacidade da imaginação e o desenvolvimento cognitivo limitado, afetando de forma direta a fase de alfabetização e letramento de seus filhos.

Há em nosso meio muitos bons instrumentos para auxiliar as crianças em todas as suas fases de desenvolvimento, ressaltado será a fase de alfabetização e os livros literários entrarão como esse auxilio. Os mesmos que fazem um adulto poder viajar sem sair do lugar, imaginar e idealizar lugares não existentes, outros livros ainda trazem conhecimentos e informações espetaculares, auxilia professores, advogados, médicos entre outros, portanto a leitura para as crianças apresenta vários pontos e auxilio nos diversos momentos de desenvolvimento da infância.

O ato de apresentar um livro e/ou lê-lo para uma criança vem sendo esquecido por muitos e a alegação em especial dos pais é que não se tem tempo para tal atividade, as mesmas então crescem em um cenário cheio de tecnologia e informações muitas vezes não sadias para a idade.

Por tanto, a preocupação é de entender e apresentar a importância que se faz o ato literário na infância da criança e conseguinte na fase de formação de leitores e escritores.

A atitude de criar na criança a literacia, é desenvolver um elo de afetividade entre pais e filhos, entre alunos e professores, aguçar a imaginação, incentivar o desenvolver da fala, e dar a criança a introdução na alfabetização fazendo assim com que o processo futuro do domínio da escrita e leitura se torne mais fácil e claro.

Dar as crianças a oportunidade de conhecer uma nova história é o mesmo que ensinar a elas um novo mundo, um jeito diferente de pensar e demonstrar diversos sons e sentimentos, é o mesmo que ensinar uma brincadeira nova, jogar bola juntos, pular corda ou andar de bicicleta, é algo que jamais será esquecido, pode adormecer mas nunca desaparecer.

Este vem com objetivo de esclarecer e apresentar a importância que se faz o ato literário na infância da criança, e se estendendo em pontos mais específicos, como:  ressaltar a reação do contar de histórias na infância; apresentar benefícios que a literatura infantil traz para a fase antes da alfabetização; esclarecer o impacto positivo que o livro literário tem na fase da alfabetização e formação de leitores.

Portanto o trabalho se justifica, pela importância de esclarecer o que o livro literário representa na infância da criança e seus múltiplos benefícios trazidos desde a fase bebê, caminhando junto na oralidade, no desenvolver da imaginação da criança, acompanhando-a nas brincadeiras de conto de fadas, até estar em um processo conjunto na alfabetização e formação da pessoa leitora, em todo esse processo o livro se faz quase imperceptível e seus benefícios são inúmeros para a criança.

O presente trabalho vem dividido e apresentado em três parágrafos para se ter uma melhor compreensão e conhecimento a respeito do tema, o primeiro parágrafo contém: a introdução a literatura infantil, apresenta a importância da relação das crianças com os livros e ainda traz sobre os benefícios que a contação de história reflete nas crianças e no auxílio de seu desenvolver.

No segundo parágrafo, encontrar-se-á sobre: o processo de alfabetização e letramento, esclarece ainda, sobre a literatura infantil e sua influência na criança no meio social, ainda traz a relação da criança com a leitura prazerosa e os benefícios da literatura na fase de alfabetização e letramento.

Já o terceiro parágrafo relata sobre o apoio da literatura no processo de alfabetização para a criança. Toda a pesquisa para a realização e construção da monografia foi baseada e estruturada, pela metodologia de pesquisa bibliográfica em banco de teses, e dissertações de universidades brasileiras bem como livros relacionados ao tema específicos e artigos científicos.

Variados autores se fazem pesquisadores de tal assunto e de diversas qualificações que uma criança incentivada a leitura apresenta na fase de seu desenvolvimento e alfabetização, preocupando com tal dificuldade que muitas apresentam nesta fase, diversos trabalhos e livros se vem a publicação.

Buscado se foi pelas escritas do autor Carlos Alberto Faraco que ressalta vários pontos de grafia, escrita e leitura, também Cássia Ravena Mulin desenvolve em seu livro trabalhos que ressaltam sobre pontos que as crianças vivenciam ao chegar no ambiente escolar, a importância do livro literário ao alcance dos pequenos.

Leituras ainda de Regina Zilberman e documentos de Paulo Freire foram buscados e lidos, o entendimento de Piaget e tantos outros autores que observaram e conheceram o desenvolver das crianças lançando teorias e estudos para uma melhor compreensão das mesmas, em seus diversos momentos.

3. CAPITULO I – INTRODUÇÃO A LITERATURA INFANTIL

3.1. Surgimento da Literatura Infantil

A introdução ou o surgimento da literatura infantil pouco é passada para conhecimento, buscará então, passar brevemente pelo assunto, para assim se ter uma noção de como começa a ser introduzida a literatura infantil no meio social, ou melhor a disposição das crianças. Se houve outras obras escritas anteriormente não será feita a busca aqui.

Irá começar pelas maravilhosas fabulas onde se iniciou a escrita para o público infantil por La Fontaine no classicismo francês no século XVII, logo após no século XVIII se inicia a publicação das obras no mercado para o público infantil, contudo a disseminação das obras literárias infantis, não houve só na França mas ao mesmo tempo na Inglaterra.

Com a revolução Industrial veio o crescimento do poder político e o surgimento das “instituições”, entre elas está a família onde o papel da criança é “destacado” e por isso se inicia a produção e comercialização de instrumentos como brinquedos e livros para as mesmas, neste período também acontece o surgimento das escolas com a intenção de serem frequentadas pelas crianças, a escola então começa a ser questão de notas e desempenho onde não só a burguesia a frequentava.

Esse desenvolvimento na educação a Inglaterra contendo poder de matérias primas e navegação, começa a produção e distribuição das obras literárias infantis, obras no entanto que não necessariamente se condiziam com a realidade da imaginação das crianças, pois por adultos os livros eram escritos e por eles se fazia a realidade desejada.

Enfim a literatura foi se desenvolvendo e aos poucos se adequando ou chegando perto do que diz a imaginação infantil, pois as crianças as imaginavam e descreviam o que são para elas de interesse, fazendo assim com que as obras aos poucos fossem sendo modificadas.

Quando a literatura infantil se mostrou no Brasil, a Inglaterra já tinha várias obras, foi pouco antes da Proclamação da República que as obras literárias infantis começam a fazer parte do Brasil acompanhando as inúmeras mudanças da época, a partir disso se dá a expansão das obras com Monteiro Lobato, Olavo Bilac, Machado de Assis entre outros, que foram aparecendo e fazendo a diferença notória na literatura infantil.

Relata Mário Feijó (2010), que antes do notório Monteiro Lobato, Carl Jansen veio da Alemanha e vendo a carência de livros literários para a infância, começou a traduzir e adaptar clássicos europeus.

Jansen veio da Alemanha... Percebendo a carência de livros para as crianças... resolveu traduzir e adaptar clássicos já consagrados entre jovens europeus, como Robinson Crusoé... Essas adaptações foram publicadas na década de 1880. (FEIJÓ, 2010, p.74 - 75)

Após veio Figueiredo Pimentel, jovem brasileiro, que se inspirou nos irmãos Grimm para escrever Contos da Carochinha, reunindo histórias populares e de fadas, fazendo a tradição se tornar escrita.

Figueiredo Pimentel era brasileiro mesmo. Jornalista e fã dos irmãos Grimm, inspirou-se neles para escrever Contos da Carochinha, coletânea de 1894 que reunia história de contos de fadas da Europa com algumas narrativas populares em circulação no Brasil.... Era a tradição oral ganhando forma escrita. (FEIJÓ, 2010, P. 75)

Relata ainda Mário Feijó sobre Monteiro Lobato, que veio para inovar e investir na literatura brasileira, sendo ousado e mudando o mercado da literatura, por isso realizou mudanças e fez memória.

... a grande inovação ocorreu com Lobato. Por que ele e não outro? Ora, porque apenas ele se dispôs a transformar a realidade do mercado de livros. Além de escritor, ele foi também um importante editor. (FEIJÓ, 2010, p. 75)

Avante com os acontecimentos, e a escolarização crescendo vem um apelo dos professores e educadores: falta de material e livros para se trabalhar com a faixa etária infantil, a alfabetização e leitura.

Nesse clima de valorização da instrução e da escola, simultaneamente a uma produção literária variada, desponta a preocupação generalizada com a carência de material adequado de leitura para crianças brasileiras. (LAJOLO; ZILBERMAN, 2007, p. 26)

Apelo que pode-se dizer foi ouvido, obras começaram a ser trabalhadas voltadas para a didática infantil, traduções de histórias e livros da Inglaterra foram feitas e o público escolar começa a ser atendido dando assim oportunidade aos alunos de conhecerem inúmeras histórias, e o professor ter diversas atividades e textos a se trabalhar e instigar a curiosidade e desenvolvimento do aluno.

Lajolo e Zilberman (2007) relatam, que apesar de obras estarem sendo escritas e distribuídas no Brasil, as obras de forte marco eram estrangeiras.

A justificativa para tantos apelos nacionalistas e pedagógicos, estimulando o surgimento de livros infantis brasileiros, era o panorama fortemente marcado por obras estrangeiras. (Lajolo; Zilberman, 2007, p.27)

A literatura portanto foi só crescendo e trazendo grandes obras de proveito para o público infantil, podendo deduzir em observação ao tempo de hoje que a literatura infantil não parou, nasceu, cresceu e desenvolveu, permanecendo-se em um processo de criação e melhoria constante, buscando estar ao alcance das crianças e proporcionar diversas oportunidades.

3.2. A Importância da Relação Criança Literatura - Livro 

É de conhecimento geral que a cultura de leitura e escrita se faz diferenciar até as classes sociais e os meios frequentados pelas pessoas, quem é letrado e culto na arte de ler acaba por um preconceito se tornando diante da sociedade um ser de mais sabedoria.

E em pleno meio tecnológico e de desenvolvimento tal pensamento pode representar um retrocesso no desenvolver da sociedade, ao contrário, o ato de alfabetização deve ser incentivado e levado cada vez mais ao alcance dos mais pobres e marginalizados da sociedade para assim se terem igualdade, pois a igualdade se faz através da educação disponível e de fácil acesso a todos.

Gadotti (1988, apud Oliveira, Dalla, 2011) ... o ato de ler é incompleto sem o ato de escrever. Um não pode existir sem o outro. Ler e escrever não apenas palavras, mas ler e escrever a vida, a história. Numa sociedade de privilegiados, a leitura e a escrita são um privilégio. Ensinar o trabalhador apenas a escrever o seu nome ou assiná-lo na Carteira Profissional, ensiná-lo a ler alguns letreiros na fábrica como ‘perigo’, ‘atenção’, ‘cuidado’, para que ele não provoque algum acidente e ponha em risco o capital do patrão, não é suficiente.

Na maioria das redes de ensino público a um atraso na alfabetização das crianças que estão no ano inicial escolar, algumas que nem se quer tiveram dentro de casa exemplos de leitura pois enfrentam a desigualdade social e pais que não são alfabetizados, diante de tal cenário o atraso na alfabetização é real e preocupante em nosso meio.

Crianças que apresentam extrema dificuldade de aprender a decifrar nossos símbolos, de forma que o atraso se dá em anos e não apenas meses, classes escolares se deparam com crianças de 8 anos em fase de alfabetização ainda, marcos preocupantes na sociedade futura.

A leitura então se torna importante para as crianças seja em qual fase for da sua vida, pois inicia a mesma em um ambiente onde tal ato se torna natural e facilitada, acabando com a visão que a criança só deve ter contato com a leitura e livros na fase e no ambiente escolar. Conforme Alves (2011), a criança deve ser estimulada desde pequena pelo gosto da leitura, não importando-se que a criança ainda não saiba fazer a leitura de um livro.

Atualmente a massa tecnológica em especial a de mídia visual (jogos, filmes, desenhos) circulam no nosso meio e das crianças, as histórias de conto de fadas e a literatura em geral vão se tornando distantes da realidade e da vivência de muitas.

Essa falta de coisas tão simples como a leitura incentivada, precisa ser observada para que não venha a atrapalhar a iniciação no mundo leitor e escritor dos pequenos. Segundo Ravena (2013), a presença de livros ao alcance das crianças e a leitura feita por um adulto é algo indispensável.

O ouvir história desde pequeno pode significar para a criança novas descobertas, dando a ela a possibilidade de ir conhecendo o mundo e fazendo dele o imaginário e o real, descobertas vão se tornando presentes juntamente com o brincar do faz de conta.

Falar ou escrever sobre leitura e o contar história, é falar das inúmeras vantagens que isso pode agregar no ‘currículo’ infância, pois as mesmas podem, estimular a criança a ler, introduzi-la a no mundo do bom ouvinte, despertar nela sentimentos, aguçar o imaginário, dar a ela a curiosidade, incentivar a ser um bom leitor, ajudar no desenvolver da oralidade, fazendo elas quererem recontar a história e incrementando palavras ao vocabulário.

Permite lhes ainda criar entre as histórias e a infância uma relação de intimidade com os livros, como manusear, cuidar, guardar, podendo assim inserir a criança a leitura sem muito problema.

Levar o faz de conta até as crianças é sustentar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação a muitas perguntas... É ouvindo histórias que se pode sentir importantes emoções, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem estar, o medo, a alegria, a insegurança. (ALVES, 2011, p.2)

Poder dar a criança seu primeiro livro é inseri-la no mundo exclusivo onde se pensa que somente os adultos poderiam ter esse poder, o livro faz a criança admirar o que se tem em suas folhas, proporcionando à visão dela que recebe tantas cores, formas, gestos, pessoas, animais, poder fazer o repasse de tais informações ao cérebro o encantamento do novo, realizando na criança o gosto pelo aprender pela curiosidade em ter, em poder pegar e se apaixonar.

Ao passar das descobertas a criança se apodera do que é dela e quer mais, começa a pedir para lerem para ela, conforme Ravena (2013), para que uma criança aprenda a compreender e adote uma atitude leitora adequada, é necessário que um adulto sempre leia para ela.

Com tal hábito sendo alimentado, a criança é instigada a fazer leitura das imagens dos livros, e manusear constantemente os mesmos, com a evolução faz o recontar das histórias e quer ouvintes, sejam eles adultos ou brinquedos, ursos de pelúcia, amiguinhos ou irmãos.

Com tal leitura estimula o imaginário com novas histórias e aventuras, é sobre toda essa magia que pais, professores, adultos devem se preocupar em ofertar a infância de nossas crianças.

A criança portanto cria um laço afetivo com o objeto de observação e leitura e armazena lembranças de interação com os símbolos que irão acompanha-la para sempre em seu dia a dia, seja no ato de falar, ao inserir em suas frases mais uma palavra nova, seja no observar uma imagem inusitada, novas cores, no realizar de novos desenhos, na imitação da postura que vai do como sentar-se para fazer uma leitura até como se realiza o passar das páginas.

Logo nota-se a evolução dessa relação criança e livro, dando a ela a emoção de se sentir importante ao conseguir contar uma história. Tudo isso para demonstrar que a interação criança e livro se faz de extrema importância antes, durante e depois da fase escolar, proporcionando experiências únicas e permanentes.

3.3. O Contar de História Para a Criança

Quando parado par pensar na ocasião que se iniciou o contar de história, a memória se perde ao tempo, pois o mesmo existe muito antes da escrita, ela vem junto com a comunicação das pessoas, vem com o sentar em roda ou estar próximos e dividir ali fatos acontecidos.

Assim se foi passando a cultura e vivencias dos povos, como de geração em geração as sociedades foram se formando, sobrevivendo e crescendo, seus mitos, suas crenças, seus alimentos, modos de plantio, táticas de caça, maneiras de navegação, e tudo mais que se pode imaginar.

Foi inicialmente passado pela fala ou seja, pelo contar de história, experiências vividas pessoalmente, aprendizado adquirido na ‘pele’. Sem essa prática do contar as histórias vivenciadas, teriam muitas coisas sido perdidas ao passar as gerações.

Pode-se dizer que com a evolução da sociedade o iniciar da contação de história para as crianças se deu com o sentido principal de amedrontar e assustar, como assim?

Crianças ‘mal criadas’ e ditas como presepeiras, eram ouvintes de tal história, olha só o bicho papão, o pai do mato, o homem do saco, muitos já ouvimos esses contos na infância que se diziam verdades para causar medos.

Quem nunca se sentou para ouvir histórias contadas pelos avôs? Em volta de fogueiras, ficou assustado com contos que se diziam terem sido reais de fantasmas, lobisomem entre outros personagens?

Felizmente tais contos foram dando lugar aos novos e começam a tomar conta do meio literário, a ‘menina de nariz arrebitado’, contos de fadas, parlendas, fabulas e tantos outros gêneros que foram sendo criados e que se fez presentes para levar as crianças histórias existentes com imagens ilustrando.

Damos ai a importância dessa prática que ao evoluir da sociedade foi se aperfeiçoando e tornando algo não só para o passar de táticas para sobrevivência, mas para entreter, ensinar, ninar, acalmar, alegrar, assustar e dar curiosidade.  

Quem nunca se deliciou, se emocionou, riu e chorou em ouvir belos contos? São essas fases que marcam a vivencia e registram bons momentos, sentimos e constroem história de vidas para serem repassadas.

Saudades se faz presente em muitos, de poder: sentar em um banco de praça e trocar uma prosa com um amigo ou vizinho, em dormir ao som de uma história, ao cantar de um conto, ao recitar de uma poesia.

E se os adultos se sentem assim, imaginem o que uma história pode refletir em uma criança, onde o mundo é novidade e cada pedaço de descoberta é admirável, cada gesto faz a diferença e a afetividade é construída e faz parte do crescimento emocional.

O ouvir agrega na criança o vocabulário, e pode a tornar um ser paciente e atencioso, onde o instigar a ‘intromissão’ pela leitura e descoberta dos livros vira qualidade, e a faz ser introduzida no letramento sem dificuldade.

 A criança e o adulto, o rico e o pobre, o sábio e o ignorante, todos, enfim, ouvem com prazer as histórias – uma vez que essas histórias sejam interessantes, tenham vida e possam cativar a atenção. (TAHAN, 1966, p.16 Apud OLIVEIRA; DALLA, 2011, p. 3)

É sendo inovadas sempre de várias formas que a literatura infantil alcança e atende desde famílias, crianças, escolas, bibliotecas e até hospitais, assim a contação de história se torna uma ajuda de várias formas.

Hoje se encontra o contar de história em disposição na rede mundial de internet, em plataformas de áudio, em aplicativos, livros impressos, livros digitais, histórias com diversos tipos de sonorização além da voz entre outros recursos.

Essa disposição e preocupação em levar o acesso do ouvir contos de forma prazerosa e de qualidade está tanto no meio acadêmico como nos órgãos responsáveis pela educação, o MEC tem iniciativa para a literacia em casa com o programa ‘Conta pra Mim’, isso para incentivar e trabalhar a importância que tem para os pequenos o ouvir de histórias em casa e embalar os pais, escola e professores no incentivo desse gesto tão simples.

De fato, algumas crianças, por conta das experiências relacionadas à leitura e à escrita vivenciadas em casa, ingressam no ensino fundamental com conhecimentos e habilidades fundamentais para a alfabetização adquiridos desde muito cedo, como o conhecimento alfabético e a consciência fonológica. Essas crianças terão mais possibilidades de obter sucesso no processo de alfabetização e de aprender a ler e escrever ao menos palavras e textos simples até o final do 1º ano. (PNA, 2019, p. 32).

Para tanto o contar de história para as crianças, é espelhar para elas o gosto próprio que se obteve na infância, em casa ou na escola, é querer dar a ela o gosto de se banhar nas aventuras através da imaginação, incentiva-la a desenvolver as habilidades de leitura, pois, bem nos relata Zilberman (2010), dizendo que as pessoas aprendem a ler antes de se formar alfabetizadas, pois o mundo se transmite pelas letras e imagens.

4. CAPÍTULO II - O INÍCIO E OBJETIVO EDUCACIONAL

4.1. O Processo de Alfabetização e Letramento

O desenvolver da criança se dá gradativamente em suas fases, seja o crescimento cognitivo, físico, ou o passar da idade. Durante a caminhar por essas fases a criança recebe informações importante para sua aprendizagem e desenvolvimento.

Seja na descoberta da linguagem que se inicia no primeiro ano de vida, ou para andar ou engatinhar, assim a criança vai evoluindo e se formando um ser de aquisição continua, onde a evolução se forma través do conteúdo que seu meio oferece.

Cada fase da criança não está de forma alguma desligada da outra, desde o descobrimento das mãos, ao engatinhar, depois o andar, o falar de palavras soltas até o falar de frases inteiras e ideias completas, o descobrimento das suas exigências, gostos, comida preferida, tudo isso vai tornando a criança um ser de autonomia e o preparando para a vida e seus desafios futuros como ser em alargamento.

Juntamente com todo esse processo chegamos a fase em que a criança vai aprender a ler o mundo e construir conhecimentos significativos que a acompanharam por toda a vida, a fase alfabetização e letramento.

Esclarecer sobre tais termos é necessário e deixa mais claro a ideia apresentada neste capitulo, portanto alfabetização é o termo que está ligado e define o processo de introdução da criança no meio social de conhecimento dos símbolos, ou seja, nosso código linguístico.

Em outras palavras é inserir e ensinar a criança a ler e escrever, “O termo alfabetização designa o ensino e o aprendizado de uma tecnologia de representação da linguagem humana, a escrita alfabético-ortográfica” (BECKER, AUGUSTO, 2005-2007, p. 24).

A criança passa por esse processo geralmente no ambiente escolar durante o primeiro ano letivo, onde vai desenvolvendo técnicas e aprendendo o código que lhe é apresentado, a mesma recebe o ‘titulo’ de alfabetizada quando é avaliado pelo professor que a criança sabe decifrar tal código que lhe foi apresentado de forma ‘satisfatória’.

Já o termo letramento é mais recente e aparece com um sentido não de distância da alfabetização, pelo contrário estão ligadas e se complementando. O letramento é a inserção da criança na escrita e leitura de forma fecunda, a ser para ela não só o conhecer, mais o utilizar desse conhecimento para a vida e vivencia social.

Em outras palavras é garantir que a criança ou o ser de forma geral, saiba usar os símbolos de várias maneiras e entender ele em diversas formas e suportes de maneira tranquila e entendida.

O letramento é uma extensão da cultura oral e da nossa eterna fascinação por bisbilhotar, fofocar, cantar, dramatizar, compor e fazer trocadilhos, dançar e cumprir rituais. Aqui estão as raízes dos padrões linguísticos, da sensibilidade fonológica, de desenhar, escrever e ler. (MOYLES et al., 2010, p. 296) 

Conseguinte é fazer com que a criança já conhecendo e sabendo decifrar o alfabeto (já seja alfabetizada), faça com ele a brincadeira do formar palavras, frases, textos de forma que consiga elaborar e compreender diversos tipos de informações geradas por esses símbolos na comunidade letrada, sabendo ter opinião curiosa e crítica acerca dos mesmos.

Com isso o processo de alfabetização e letramento se dá de forma gradativa, é desde a primeira infância quando a criança vai aprendendo a se comunicar e a ela é apresentada diversas palavras, que de maneira curiosa vai repetindo e crescendo esse vocábulo, donde dar-se-á o ensino da fala.

Com esse processo iniciado é importante que os pais e pessoas mais próximas da criança comece a apresentar para ela comunicação diferenciada, mais rica para a fase por ela vivida.

Durante a primeira infância, seja na pré-escola, seja na família, a literacia já começa a despontar na vida da criança, ainda em um nível rudimentar, mas fundamental para a alfabetização (NATIONAL EARLY LITERACY PANEL, 2009 Apud PNA, 2005, p.22)

Os livros literários se encaixam perfeitamente nessa etapa (e em todas as outras), pois ele apresenta diversas imagens, cores, animais, vegetação em que pode-se passar para a criança, o que é dia, o que é noite, chuva, terra, barro, gramas, gelo, lugares, transportes, figuras geométricas, numerais, letras, em fim é quase infinita a proporção que a criança pode aprender, só com o auxílio de um livro e dedicação de um adulto em casa.

Isso afeta de forma significativa as crianças em sua fase de alfabetização no ano inicial escolar, pois ela já é inserida no mesmo, com seus conhecimentos prévios desenvolvidos em diversas áreas, e tendo a curiosidade e ao mesmo tempo facilidade em adquirir mais elementos para a criação do seu ser jovem/adulto.

Antes de se iniciar o processo formal de alfabetização, a criança pode e deve aprender certas habilidades que serão importantes na aprendizagem da leitura e da escrita e terão papel determinante em sua trajetória escolar. (Política Nacional de alfabetização – PNA, 2005, p.22)

Para tanto a inserção da literatura no processo de alfabetização da criança, é estimular ela a aprendizagem, através de novas formas, pois, os livros didáticos oferecidos para auxilio de atividades na escola, são temporários e passam de ‘serie’, podendo se tornar algo que não fez um marco para a aprendizagem da criança.

Já os livros literários quando apresentados e inseridos de forma lúdica, dinâmica, acaba se tornando um conhecimento inserido de forma permanente na mente da criança, ou seja, ela em todas as etapas da sua vida vai se lembra da sensação gerada com a leitura ou escuta de tal história.

Um bom livro pode ser um tijolo na construção da vida de alguém. Pode ser um amigo de infância ou um colega de juventude. Muitos livros juntos podem formar um acervo de uma biblioteca ou parte indispensável da bagagem de vida de uma pessoa. (FEIJÓ, 2010, p. 14)

4.2. A Importância da Literatura Infantil no Desenvolvimento Social da Criança

É sabido que a sociedade é rodeada de símbolos e imagens, são tantos conteúdos, gêneros de textos, informativos, jornais, revistas, livros didáticos e literários, infantil ou adulto, são inúmeras as imagens para leitura, placas de transito, outdoors, desenhos, pinturas, cartões de visita, entre outros a serem lidos e decifrados.

Deste modo vivemos e convivemos diariamente na sociedade de forma facilitada a entender onde se esta, para onde se deseja ir, qual supermercado, farmácia, loja de roupa, escola, instituição e já fazemos isso de forma tão natural e quase imperceptível ao nosso subconsciente, pois adquirimos a algum tempo a alfabetização e letramento.

É como a maioria que frequenta ou já frequentou à escola é ensinado a fazer, decifrar códigos para se introduzir e permanecer com facilidade no meio social, o mesmo que exige das pessoas uma forma mínima de interação para convivência. Assim pode-se definir a primeira importância de ser alfabetizado.

Para tanto a inserção social da criança se dá no conhecer e aconchego familiar, com o passar do tempo a convivência social busca novos horizontes, onde é estimulada a interação de um ser e outro por meio da fala e entendimento do código linguístico.

Com intenção de atender a esse novo horizonte e/ou essa nova etapa de colocação no social que se faz a importância da alfabetização já na fase inicial escolar, “A alfabetização promove a socialização do indivíduo na medida em que possibilita novas formas de trocas simbólicas com outros indivíduos e acesso a bens culturais.” (CRISTINA, p.4)

Dá se ai a importância da alfabetização da criança, sua formação escolar e interação com o meio em que se está, tudo se dá de forma natural quando é incentivada a conhecer novos amigos, frequentar o ambiente escolar, interagir em novas brincadeiras, e ter a curiosidade de decifrar novos códigos e ler novas imagens.

Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de interdependência com o meio. (BNCC, p. 40)

Uma criança que não está em processo de iniciação de alfabetização ou estimulação da mesma, está à mercê de um meio social, onde sem a interação que preferencialmente dá se pela fala e leitura pode correr o risco de se tornar um ser isolado.

Portanto a criança sem interação com o meio linguístico também não se tem interação com seu meio social, pois é dita de timidez e se considera um ser mais distante dos outros pela falta de conhecimento da sua cultura falante, pobreza de comunicação, dificuldades de se ler uma história usando a imaginação e de brincar com crianças de sua mesma faixa etária.

Ler representa também uma dimensão da inclusão social. Os analfabetos no sentido literal do termo e os analfabetos funcionais são pessoas que sentem, a cada passo, o peso da exclusão social. Ela manifesta-se de diversas formas, entre as quais, por exemplo, a falta de autonomia para se orientar numa zona desconhecida de uma cidade, a deficiente compreensão de um filme legendado, o não acesso a informações que diversas entidades e organizações afixam nas suas vitrines. São dificuldades reais da vida quotidiana que afetam a qualidade de vida destas pessoas. (MANUELA, 2008, p.2)

4.3. A Influência da Literatura Infantil Mediante a Leitura Prazerosa na Vida da Criança

A muito se vem contabilizando no desenvolver do trabalho vantagens e prazeres que uma criança pode adquirir no contato com um livro desde muito cedo, esse contato se dá de várias formas e em várias épocas do crescimento das crianças.

Com tanta evolução e tecnologia vem aparecendo livros para todas as idades, e estilos de materiais, livros para bebes com material que se pode levar a boca, pois assim se faz o descobrir do mundo para eles, livros trabalhados só com imagens, livros com palavras e histórias escritas, com imagens alto relevo, imagens 3D e diversas formas, materiais e estruturas.

Tamanha distribuição de livros literários ao meio social, permite que a sociedade em geral tenha mais contato com eles, e as crianças uma antecipação desse contato, pois, para algumas acontece só em ambiente escolar, fazendo assim com que conheçam a maravilhosa viagem nas histórias infantis próprias para sua idade.

Segundo Feijó (2010, p. 14): “É direito de crianças e jovens frequentar o reino da literatura, conhecer seus mistérios, segredos e mágicas.” A literatura infantil propícia a criança uma aventura dentro de casa, ou em qualquer outro lugar que ela possa exercer ato da leitura ou do ouvir.

A literatura deve ter lugar nas escolas, em casa, em hospitais, momentos de contação de história em bibliotecas entre outros, pois para se deliciar de contos de fadas basta um livro, ou um contador de história e imaginação, pois, as páginas de um livro como bem nos relata Feijó (2010), que a literatura é vida colocada no papel por meio da arte da linguagem.

Com tamanha disposição dos livros e inúmeras histórias escritas e lançadas, gera para a criança a oportunidade de uma leitura prazerosa e real na sua vivencia, essa leitura que se dá de forma inovadora a cada nova experiência e livro novo.

Para tanto é com a literatura infantil que se dá o prazer da leitura para as crianças pois elas possuem as histórias adequadas e que encantam de maneiras inéditas e marcantes o imaginário e o afetivo das mesmas, podendo desenvolver o cognitivo e alfabético.

A literatura infantil traz para a realidade da crianças fatos e situações problemas que vão faze-la entender e buscar soluções para as mesmas, “a leitura da literatura é ainda mais importante: ela colabora para o fortalecimento do imaginário de uma pessoa, e é com a imaginação que solucionamos problemas.” (ZILBERMAN, 2010, P. 148)

Tais atitudes são realizadas para prover a criança a sensibilidade do ler, e fazer com que queiram adquirir o hábito da leitura para acompanhar na trajetória de vida, fazendo mudanças de material, sempre que a aquisição de conhecimento for se moldando e passando pra um nível mais amplo.

Para tanto ofertar a criança a oportunidade de ler e ter contato com o mundo literário, deixando com que ela demostre seu gosto é realizar para o ser a apresentação, da arte, do visual, da viagem, da imaginação e prazer.

4.4. Literatura infantil – Apoio no Processo de Alfabetização

A literatura infantil vem trazendo ao longo da história mudanças e traçando percursos pelas folhas de papel e por diversos outros materiais, passou pela tecnologia e desenvolveu nela diversas fontes de suportes para a literatura chegar até as crianças em especial aqui trabalhadas.

A literatura que recebe hoje uma abrangência de conteúdos e desenvolvimento em novos suportes, vem dando de forma inovadora um apoio no avanço do processo de alfabetização no ambiente escolar, quando usado de maneira associada ao plano de aula elaborado segundo as diretrizes e orientações da educação, pode transformar o desenvolver da alfabetização.

Com tamanha distribuição dos materiais literários chegando a toda parte e de diversas formas, abre um léxico de oportunidades para a realização de diversas atividades em distintos formatos e maneiras, pois, o mesmo vem trazendo ilustres obras que disponibiliza encantadoras histórias e contextos que se transformam em atividades a serem trabalhadas.

Tem se uma grande parceria quando se fala em literatura em conjunto do trabalho pedagógico, e muito se vem esquecendo dela e desenvolvendo apenas atividades ‘antigas’ e repetitivas, apesar de tanto desejo e orientação em se mudar, nos deparamos com um abismo entre o antigo e o inovador na educação.

Falar do trabalho pedagógico é se falar em orientar, ensinar, alfabetizar e mostrar o novo, o conhecimento e o desconhecido, o pedagogo faz o trabalho de orientar e apresentar a criança o que há ajudará a se desenvolver em seu meio.

Porém esse trabalho não deve ser feito separadamente nem isolado do trabalho familiar e literário em especial, pois o mesmo vem de auxilio nesse processo e ensina de forma inovadora, lúdica e diferenciada.

Quando é realizado o trabalho literário na infância, diga-se a infância em casa mesmo, a dos pais apresentar ao filho novidades da escrita, do desenho, da leitura, das cores entre outros, é mostrar a criança o que a ela é destinado mais à frente no seu período de alfabetização.

Mostra-se ai o início do apoio da literatura no alfabetizar, pois, proporciona a criança um poder de conquista entre o infantil brincar e o infantil leitor e escritor, pois ao escutar uma história e brincar de reconta-la a criança conquista o ato prazeroso da iniciação da decifração do código linguístico.

Deixando se mostrar o ser que está sendo gerado para a comunicação e letramento do meio social, “a leitura e a escrita são partes da realidade, que despertam curiosidade nas crianças, na medida em que entram em contato com os materiais e não os compreendem.” (BEATRIZ; BARBOSA; SAMARA, p. 5)

Quando é realizado esse trabalho de apresentar a criança o literário em casa, a tarefa do pedagogo em buscar e reconhecer os conhecimentos prévios do aluno, e inserir ele em um meio que já é de sua intimidade se torna mais claro e simplificado, uma vez que o trabalho será apenas apresentar ao mesmo quais são as letras e como as uni para fazer a leitura.

Levantando o conhecimento e sendo considerado que todo o manuseio do livro, a leitura das imagens e formas de desenvolver o contar de história imaginário já foi trabalhado e feito anteriormente.

Relata Ravena (2013, p. 196):

Os estudos revelam que aquelas crianças que em seus lares contam com a presença de diversos textos e famílias com maiores níveis de escolaridade, que utilizam a linguagem escrita de forma cotidiana e com distintos propósitos, têm mais possibilidades de conseguir melhores aprendizagens.

Os livros do acervo literário infantil, são de grande valia para desenvolve atividades em diferentes etapas da infância, com um livro é possível: o descobrimento de sensações ao pegar no livro (se é frio, liso, grosso, áspero...), propor uma leitura das imagens, conhecer o nome e a diversidade das cores e animais, recontar a história, trabalhar o recorte desenvolvendo a coordenação motora fina, buscar letras do alfabeto conhecidas, circular silabas e exercer a arte de ouvir.

Ainda se pode interpretar e representar de forma teatral o desfecho dos personagens, reinventar finais felizes, um aluno realizar a leitura em voz alta, realizar visita a biblioteca, leituras em grupos, enfim são inúmeras as atividades que podem ser propostas e realizadas com os livros.

Nos livros de literatura infantil há muito que trabalhar. Cabe ao professor atuar com sensibilidade e percepção para reconhecer as mensagens que eles trazem, incentivando boa leitura, proporcionando diversas interpretações. (BEATRIZ; BARBOSA; SAMARA, p. 10)

Tal incentivo sendo feito através de trabalhos com os livros pode gerar no aluno um interesse em descobrir e desbravar aventuras através de páginas de livros, inserir o aluno a leitura de forma prazerosa é dar a ele a satisfação se ser inserido no meio letrado sem dor e cansaço.

Quando o que se deseja é formar uma criança que tenha princípios e valores capazes de recriar um mundo melhor, a literatura infantil tem que ser considerada como um auxilio importante, porque é capaz de possibilitar acesso ao real sem impedir a riqueza do imaginário. (SANTA’NNA, 2004, p.32 Apud BEATRIZ; BARBOSA; SAMARA, p. 10)

Para tanto os livros literários trazem apoio para a alfabetização, e geram gosto pela leitura, despertam a curiosidade dos alunos pelas páginas dos livros e seu material, oferecem aos professores possibilidades de atividades e aulas dinâmicas, a famílias o lado afetivo e brincalhão, e o mais importante promove a criança a formação leitora de qualidade.

5. CAPÍTULO III - O DESENVOLVIMENTO INFANTIL A PARTIR DA LITERATURA

Ao longo do trabalho vem sendo desmiuçado o percurso da literatura infantil, passando pela sua trajetória e desenvolvimento, chegando as mãos das crianças e o descobrimento e utilização em novos suportes, sendo destinados e distribuídos a bibliotecas, escolas, hospitais e de fácil compra para a população.

Todo esse desenvolver para se fazer um apoio a infância, a imaginação, ao descobrimento através do lúdico e a alfabetização e letramento. Mas no entanto não pode deixar de ressaltar tal importância que a literatura gera e traz para o desenvolver infantil.

Quando fala-se de desenvolvimento infantil, lembra-se do incrível e rápido poder de crescimento que as crianças possuem, muitas foram as vezes de se escutar: como esta grande, como o tempo passa, que criança esperta, já é uma moça/rapaz. Tais comentários refletem o desenvolver em ritmo acelerado que possuem as crianças em suas diversas fases.

Essas fases não são apenas físicas, mas cognitivas também. Esses aspectos cognitivos são os que dão as crianças o desenvolver da coordenação motora, seja ela grossa ou fina, do raciocínio, da capacidade de aprender, do desenvolver da fala, do andar, da escrita da leitura e todos os outros processos que levam as crianças a se transformar em seres de prospero avanço e pensamento lógico.

Dada essa base de introdução ao desenvolver para entendermos como a literatura e os livros em mãos, podem ser auxiliadores no desenvolvimento das crianças.

A atração da literatura infantil são histórias com enredos baseados em contos de fadas, fabulas, representação de formas, cores, animais conhecidos e os que talvez, jamais vão ser vistos por alguns pessoalmente, como baleias e tubarões, o forte da literatura para as crianças são as imagens que a ilustram e encantam, a magia das cores e formas.

De acordo com Zilberman (2010), a proximidade entre leitor e o texto, na forma de livro, motiva o interesse e induz a leitura, mesmo em pessoas não alfabetizadas, a atração ao livro se forma pelas ilustrações, e cria uma curiosidade em saber decifrar a escrita.

Continua ainda Zilberman (2010), esclarecendo que a atração maior das crianças se dão aos livros ilustrados, pois o despertar delas é pelo visual, as figuras são a sedução da obra.

As histórias vem para encantar os olhos, os ouvidos e o imaginar infantil, a literatura infantil é para a criança, pela criança e com a criança. No entanto vale ressaltar que os adultos também se deliciam com muitas dessas histórias e devem continuar aproveitando desse dom que existe entre e para a sociedade, o livro.

Velejar de forma breve ira pelo desenvolver das crianças, “um jovem que não esteja exposto a novas palavras nunca desenvolverá no córtex auditivo as células que lhe permitam distinguir corretamente diferentes sons”. (Jensen, 2002, p. 58 Apud MANUELA, p.3)

Começaremos então pelos bebês que tem seu desenvolvimento sendo formado por completo, o ouvir histórias para eles é o mais indicado, pois, leva a eles o descobrir da escuta, o reconhecimento de voz e a busca da direção que ela vem.

Ao ir crescendo o livro apresenta ao bebê, o descobrir do tocar, o sentir das diferentes superfícies e a bela atração das cores e imagens que ali eles veem, quando esse trabalho é realizado com os bebês, por intermédio de um adulto, cria um bom nível de aprendizagem.

Assim define Vygotsky (1986 Apud Moyles et al., 2010, p. 294), “descreveu os níveis ótimos de aprendizagem e entendimento atingidos pelas crianças quando fazem coisas em parceria com um membro da cultura mais velho e mais experiente.”

Ao crescer mais ou menos na faixa de seus um ano de idade, os livros literários dão auxilio no falar, ao escutar a história vão incentivando as crianças a repetir o que foi ouvido, e com o auxílio de um adulto já pode ir aprendendo a manusear e conhecer o que são as imagens e cores presentes no livro.

Segundo Moyles et al. (2010), as histórias e os livros contém e fornecem palavras novas e que agregam no vocabulário de quem as utiliza. Assim os livros quando lidos, prove as crianças o experimentar de novas palavras e o instigar a reprodução na sua construção de fase oral.

Mais à frente no desenvolvimento, o livro literário apresenta a criança variadas histórias com diversas emoções que os personagens podem sofrer, e vivenciar momentos como, raiva, tristeza, alegria e passar para a criança podendo até ensina-la a lidar com tais emoções.

Continuando a trajetória, a criança aprende com o livro o recontar agora de forma clara e fácil, identifica animais, cores, compreende porque tais emoções foram desenvolvidas, sabe que a história é formada por letras, apesar de ainda não saberem ler, podem identificar vogais se assim foram ensinadas.

O apoio literário presta a criança o ensino, do brincar de conto de fadas, inventar desfechos, criar personagens, ser um professor, um médico, um pirata, uma princesa ou até o rei das selvas, fornece a criança a necessidade do uso da imaginação e criatividade nas vivencias de seus dias.

É incrível poder pensar no poder que apenas um ‘bocado de papel’, ilustra na vida dos pequenos e em seu desenvolver, pois todo esse trabalho tem o propósito de apresentar a criança a leitura de forma prazerosa, para que ao crescer e precisar sempre estar a busca do novo, não tenha preguiça, desanimo e tristeza em busca-lo nos livros.

Poder iniciar a criança de forma natural no processo de alfabetização é dar a ela o gosto de aprender a ler de maneira natural e proporcionar a socialização mais facilitada no seu meio de vivencia.

Para tanto incentivar a leitura de livros de figuras, histórias em quadrinhos, livros 3D ou simples, apresentar uma imagem, placa de transito é ensinar a criança que se pode ler de várias formas e em diversos suportes e símbolos, pois toda figura pode se tornar uma leitura desde que haja um leitor para interpreta-la e o que melhor que a imaginação da criança para ler para um adulto uma história.

Essa pequena atitude é de extrema valia e faz um marco na infância. O maior e melhor incentivador para uma criança vem de casa, e traz a ela o maior exemplo e a faz tornar gosto pelo que ela mais ira utilizar na sua vida, a fala e a leitura, a contação e o incentivo à leitura é o marco facilitador para a alfabetização.

Livro é sempre uma arte sequencial; sua dinâmica de leitura é um passar e páginas e manchas de texto, espaços em branco; um suceder de imagens, traços e cores. Quando bem-feito, pode ser um belo objeto de arte, em que todas as partes se interligam harmoniosamente. (FEIJÓ, 2010, p. 150)

Jornadear pela infância e crescimento, é poder destacar a fase de alfabetização em que se faz marco para a criança, muitas vezes positivos, pra outras nem tanto. Exposto para essa fase será o auxiliador e possível transformador, para a formação leitora das crianças, vindo com benefícios a literatura passa pela escola, e pode ultrapassar seus muros, se a criança assim desejar.

A aquisição da alfabetização para o currículo da criança, dispõe do passar do conhecimento em ambiente escolar, onde na maioria das vezes é local de ensino repetitivo e cansativo, sem apoio de material diferenciado ou novas descobertas.

Segundo Alberto (2012), falar de cultura letrada é se referir a uma complexa prática cognitiva, conhecimentos e prática social, que se ligado diretamente com a leitura e escrita, e para se inserir no mundo atual se faz necessário transitar com autonomia no meio letrado.

Cabe ao professor para tanto, em ambiente escolar fazer essa inserção da criança de diversas maneiras ao mundo letrado, onde se é conquistada pela leitura ativa, apontando as diferentes trilhas pela literatura em suas diversas histórias, Zilberman (2010), escreve que a primeira medida a ser tomada pelos professores, é dar aos alunos o alcance aos livros literários.

Fornecer aos alunos diversos livros, com diversificadas histórias e imagens é expor a criança o poder de conhecer seus próprios gostos, e despertar novos conhecimentos. Todo esse processo para facilitar a formação de alfabetização, pois é lendo, seja apenas imagens ou palavras, as crianças já vão se interagindo ao mundo dos símbolos.

As histórias trazem desfechos a serem compreendidos, e que as vezes são desconhecidos a quem os lê ou escuta, a possibilidade de se trabalhar o livro literário em sala, é dar ao professor a chance de buscar o novo e envolvente, aplicando um problema ou desfecho a ser recriado.

Portando o desenvolvimento da criança na fase de alfabetização, tendo relação e vivencia com os livros é dispor o desenvolver real da mente, da imaginação, utiliza ainda a arte, a música, a escrita, a construção da afetividade, a vivencia social, e instrui a criança a ser um ser leitor e letrado na comunidade pertencente.

6. CAPÍTULO IV – METODOLOGIA

O presente trabalho foi estruturado diante de uma pesquisa bibliográfica, onde, buscou-se evidenciar sobre a importância da literatura infantil existente nos livros literários, destacando os benefícios adquiridos pelas crianças ao se apropriarem da relação livro e leitura criança, e como tal material traz vantagens e auxilio durante toda a infância e no processo de alfabetização.

Foi realizado um levantamento prévio do tema escolhido, leitura de alguns livros relacionados ao tema, busca de artigos, trechos de entrevistas sobre leitura e literatura já publicados de autores, como Paulo Freire, em sites como, Google Acadêmico, SciELO, busca de conteúdos disponíveis no site MEC, entre outras informações relevantes e esclarecedoras sobre o assunto trazido no corpo do trabalho.

Para tanto, os critérios de seleção dos materiais utilizados para formação do trabalho, foi identificar de fato, quais conteúdos dizem respeito ao tema, sendo de forma positiva ou negativa, reconhecer na escrita contida no interior do material a presença de citações importantes, como vindas de Vygotsky, Piaget ou pesquisadores da área infantil, procurou-se também nos materiais utilizados a comprovação de índices apontados em livros como dados do IBGE e/ou conteúdos oferecidos pelo MEC (Ministério da Educação).

Enfim, para se obter informações para ajudar a compor o corpo do texto, foi realizado uma pesquisa de característica qualitativa em aspecto documental/bibliográfico, fazendo o levantamento dos conteúdos sobre o surgimento da literatura, sua relação com a criança, o influenciar do contar de história, os benefícios da literatura na alfabetização infantil e o desenvolvimento social e geral da criança através da mesma.

7. CAPÍTULO V - ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO

Interação com o meio social é a formação que a cultura alfabetizada/leitora fornece ao ser, dar ao mesmo a oportunidade de participar da comunidade em que se vive de forma eficaz e ser inserido com oportunidades de qualidade futuras.

E se a alfabetização fornece a criança tal promoção na comunidade de vivencia, é fato que se torna de importância observação, tanto no ambiente escolar ou no familiar.

Vem sendo desenvolvido no corpo do trabalho o apoio que o livro literário apresenta no desenvolver da criança, auxiliando-a em diferentes fases e de inúmeras formas, informando e ilustrando as primeiras descobertas, atravessando a etapa falar, a imaginária, percorrendo pela identificação de letras, a leitura de todo o texto e sua produção.

É colocado a dinâmica de apresentação do livro literário para a criança feito em casa, trazendo à tona os proveitos que elas podem tirar desse convívio, não só para o momento, mas para a continuação de aprendizagem constante, segundo Regina Zilberman (2010, p.116): “A criança conhece o livro antes de saber lê-lo.”

Os livros fornecem as crianças que tem contato e incentivo em casa pela leitura, antes de chegarem a idade obrigatória de frequentar a escola, conquistar afetividade, intimidade e gosto pelos mesmos, desenvoltura da fala, leitura de imagens, criar pensamento reflexivo e crítico em relação a compreensão dos contos, aperfeiçoando para o seu dia a dia.

Fornecendo ainda, pode se dizer o mais importante, a introdução dos símbolos linguísticos a criança, a apropriação dos conhecimentos prévios, e benefícios proveitosos como, a inserção na escrita e leitura, a prática de bom ouvinte e a curiosidade por desvendar o que há nas páginas misteriosas de um livro.

Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. (BNCC, p.42)

Para dar a criança/ser a propriedade sobre a alfabetização efetiva, garantindo que ela será inserida para se apropriar dos conhecimentos básicos para vivencia concreta em seu meio, é criado a constituição e direito que fornece a criança o poder de frequentar a escola.

O ambiente escolar já passou e ainda passa por variadas mudanças, negativas e muitas positivas, o mesmo que atualmente não se demonstra apenas para apresentar cartilhas, mas para ensinar alfabetização e desenvolvimento como um todo para crianças, jovens e adultos.

Como esclarece o documento Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a educação tem um compromisso com a formação e desenvolvimento do ser humano, onde envolve as diferentes áreas, seja, intelectual, afetiva, social, física, moral e simbólica.

Ainda segundo a BNCC, a escola é espaço de aprendizado, inclusão, lugar de fortalecer a não descriminação e incentivar o respeito as diversidades e diferenças.

O aluno é o ser da escola, é para ele que ela existe e trabalha, para dar ao mesmo a oportunidade igualitária de inserção na sociedade, como criança e posteriormente como ser adulto, acadêmico e profissional.

Porém é notado que a muito o ensino se depara com dificuldades em oferecer de forma igual o ensino da alfabetização básico para todos, em média nas primeiras series dos anos iniciais do ensino fundamental, crianças que passam a diante sem saber interpretar o que se lê, ou até pior, sem nem saber ler e/ou fazer a produção de textos em plena 40 série do ensino fundamental.

Bem descreve a Superintendente pedagógica de Goiânia, a realidade vivida em muitas escolas.

A gente quer alcançar uma aprendizagem significativa para todos os educandos. Então esse é o nosso maior desafio. Em termos alfabetização, leitura, escrita, conhecimentos matemáticos, não são todos os alunos que a gente tem garantido esse direito para eles. Com base nas avaliações diagnósticas. A gente tem visto que a gente vem melhorando, e a Prova Brasil é um desses índices [...] nós percebemos esse avanço, no entanto, a gente ainda tem grandes dificuldades. (DAEB, 2018, p.45)

E se o foco da dificuldade como diz a superintendente pedagógica é alfabetização, leitura, escrita e matemática, entra o livro literário como apoio para trabalhar os três primeiros pontos de forma conjunta.

Para ser desenvolvido pelos alunos o lado alfabetizado, escritor, bom leitor e capacidade de ter interação com o texto, ou seja, saber interpretar e criticar quando convém tal assunto, é imprescindível um planejamento educacional, com utilização do meio que pode ser considerado o mais completo para desenvolver tais habilidades.

Os livros literários se fazem completos em conteúdo, imagens e histórias que são apresentados em suas páginas, com eles se torna possível o trabalho pedagógico em diferentes etapas do ensino, com diferenciadas turmas e podendo ser inseridas em múltiplas disciplinas.

É trazido por muitos conteúdos, autores e documentos para a educação, o fato de o livro literário se fazer um instrumento de suma importância nessa formação de leitores críticos, e interpretadores do que lê e desenvolve, apontando também as habilidades adquiridas com o uso do mesmos.

Avançando mais ainda nos benefícios que o contato com o literário pode trazer, Regina Zilberman (2010), relata que a literatura estimula a alfabetização, promove o consumo de variados textos, desdobra o interesse no âmbito escolar e ainda faz com que o ser se permaneça no lado leitor.

A Base Nacional Comum Curricular, ainda traz em seu corpo destaques que o trabalho com a literatura traz ao ser.

Por fim, destaque-se a relevância desse campo para o exercício da empatia e do diálogo, tendo em vista a potência da arte e da literatura como expedientes que permitem o contato com diversificados valores, comportamentos, crenças, desejos e conflitos, o que contribui para reconhecer e compreender modos distintos de ser e estar no mundo e, pelo reconhecimento do que é diverso, compreender a si mesmo e desenvolver uma atitude de respeito e valorização do que é diferente. (BNCC, p.139)

O aluno que chega a escola familiarizado com a literatura, deixa que o ambiente escolar o deslanche em seu entendimento no meio letrado, pois é ofertado meios e caminhos para que os alunos consigam e tenham desenvolvimento e aprendizagem, trabalhando com diversas atividades, inserindo-o de forma fácil na alfabetização e convivência social.

Como bem é composto no conteúdo da BNCC, e está agregado como segunda competência de educação básica, é necessário na escola desenvolver e exercitar a curiosidade, criatividade, imaginação e reflexão para que os alunos possam conseguir criar soluções e base em diferentes áreas.

Para tanto seguindo as orientações, diversificados conteúdos precisam ser desenvolvidos com os alunos, para aguçar neles o lado cognitivo, crítico e de aprendizado.

Conteúdos que vão do lápis de cor com a arte, pintura, até a matemática e os cálculos importantes, vão do português alfabeto, até a formação de textos, e para todas essas atividades sobrechegar ao aluno no decorrer da sua trajetória escolar, ele precisa desenvolver a alfabetização, ou seja, a escrita de forma eficaz e o lado bom leitor.

No documento Base Nacional Comum Curricular, ainda é apresentado, que na educação infantil deve promover experiências para aguçar a fala e potencializar a cultura oral, pois é na participação de conversas e histórias que as crianças começam a entender e interagir com sua comunidade.

Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos. (BNCC, p.59)

Infelizmente percebe-se nas escolas uma rotina das atividades educacionais, segunda sempre tem português como criação de texto por exemplo, fim de aula sempre tem o cantinho da leitura, o que se faz de valia quando tem uma intenção com tal atividade, o que pouco se vê, pois o cantinho de leitura se torna apenas um entretenimento.

Ainda é possível deparar com a utilização de livros para uma ‘tomada de leitura’ (atividade feita por professores para ver o avanço feito pelo aluno na leitura), ou ainda para o passar de páginas vendo figuras, esperando o famoso sinal do horário de ir embora.

A criança tem como sua característica o aprendizado através observação, curiosidade e imitação, é na descoberta das figuras, atitudes e exemplos que elas vão se construindo e se mostrando um ser de decisões e gostos próprios.

E se a leitura ou a apresentação da criança a ela oferece um suporte de inserção e interação com o meio letrado, por qual razão não se pode dar a ela essa oportunidade e mostrar o que a tornara um ser de maior desenvoltura e facilidade posteriormente.

As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. (BNCC, p.42)

Para tanto, o livro literário em ação conjunta com o planejamento pedagógico oferece a criança oportunidades únicas, de conquistar a leitura antes mesmo de saber ler, requerer ao visual que se apaixone pelo que é mostrado de forma lúdica.

Realizar o descobrimento de seus próprios gostos pelas histórias, entre seus diversos gêneros, dar a entender o discorrer de enredos em diferentes ambientes e criar distintos finais e soluções, dar a criatividade a oportunidade de trabalhar o inédito e novo, recriar seus personagens em brincadeiras de faz de conta.

Ainda se possibilita através dos livros literários a apresentação de forma lúdica e atraente, de culturas como a dos índios, ditados populares, poemas, mitos como o do lobo mal, as aventuras de Lobato, e extrair de todos o melhor que a para a alfabetização.

Como a história dos índios adentrar em quem são, de onde vivem, como vivem, mostrar um pouco de sua cultura, tudo isso agregado ao plano de aula de história por exemplo.

Já os ditados populares podem ser trabalhos em diferentes etapas, como a sua origem, seu povo, ou em português, encontrar de silabas, ou trabalhar rimas. Ensinar nos poemas as divisões como estrofes, versos, trabalhar seu contexto, se é amizade, paixão ou tristeza.

Dar ao momento cantinho de leitura uma razão, por exemplo, hoje vamos realizar uma roda de conversa a respeito dos livros de preferência de cada um, demostrar ao colegas o seus gostos e o que o atraiu nos mesmos, trabalhando assim, a interação, comunicação, diferença, respeito e convivência.

Todas essas atividades diária espelham no aluno o gosto pela leitura, descoberta, desenvolvendo suas habilidades na leitura, refletindo na produção de texto e interpretação do que se é lido.

É descrito em documento elaborado pela Diretoria de Avaliação da Educação Básica (DAEB) relatório final volume II, avaliações em relação ao ambiente escolar como um todo, gestão, pedagogos, avanços e retrocessos dos alunos.

No mesmo se encontra o relato de uma professora, que com apoio de um pedagogo extra em sala e o uso da leitura pôde ter resultados notáveis e significativos no aprendizado dos alunos.

Olha, eu penso assim, que, até um certo tempo a gente via o pedagogo – ainda existe, né colega? – muitos professores que não gostam de pedagogo na sala deles, né? Mas eu penso assim, a partir do momento que ele vai para nos ajudar, é muito bem-vinda a presença dele lá. Até porque ele vai, ele te observa ali, e se ele vai contribuir, é muito bom. E o pedagogo que me acompanha ele faz isso! [...] E a partir do momento que ele foi, ficou como pedagogo pra me acompanhar, nós conversamos e ele disse: “Professora, vamos tirar um dia na semana só para no primeiro momento fazermos a leitura”, e eu disse: “Vamos, professor”. E eu sinto que deu muito certo! Deu certo mesmo! Porque eu tinha criança que chegou no quarto ano que nem quase silabar ele conseguia, e essas crianças eu penso que é devido a esse momento da leitura, ele já... Assim, tem criança que fluiu muito bem. Então, eu pensei como foi bom! (Professora do 4º ano e do EF II). (DAEB, 2018, p. 127)

Diante de tal relato de uma professora de 40 ano do ensino fundamental, em ver que um momento de leitura uma vez na semana, auxiliou no desenvolvimento das crianças, os motivos de se agregar a leitura na rotina se torna necessário e benéfico para todos.

Portanto diante de todas as citações, trechos retirados de documentos base para a educação, relato de professora e a construção de um corpo do trabalho pautado em artigos, buscas concretas sobre os benefícios da literatura como um todo na infância, mas em especial na sua ajuda na alfabetização, se torna evidente a importância de tal instrumento ser inserido como não material de apoio, mas amigo do desenvolvimento.

Pois, a leitura lúdica, interessante e atraente fornece a criança o desejo do pegar, do abrir, descobrir, silabar, decifrar, e ler, expondo os diferentes lados que a leitura oferece, intrometendo totalmente de forma positiva na alfabetização e formação do ser bom leitor pra vida.

8. CONSIDERAÇÃO FINAL

O seguinte trabalho teve como objetivo, esclarecer e apresentar os benefícios, que a criança pode adquirir e usufruir mediante o contato com o livro literário, não só para a imaginação ou conhecimento da ‘magia’ das histórias, mas também, para seu desenvolvimento em todos os aspectos, assim como foi apresentado no desenrolar do trabalho, que da fase bebê, a fase de alfabetização o livro propõe auxilio.

Para que a criança construa essa relação de gosto pela leitura, e faça a aquisição desse desenvolvimento, se faz de necessidade o auxílio de um adulto, seja ele pai, mãe, irmão mais velho, ou pedagogo, para apresentar e introduzir a criança nesse mundo letrado, pois, para que uma criança aprenda ela precisa, de um incentivo, uma apresentação, uma demonstração ou um exemplo, para que ela repita tal ato.

Daí se faz a necessidade do adulto intermediário, mostrar pra criança que a leitura é algo bom e fácil de se praticar, podendo ser para entreter, informar e sempre aprender. Quando a criança aprende que a leitura é algo novo, bom e lúdico (não que ela saiba no seu consciente tal importância), a atenção dela se volta para tal coisa, por essa razão se faz necessário o livro ser apresentado de maneira ‘extraordinária’, em casa e/ou no ambiente escolar.

O livro literário se mostrou ao longo do trabalho ser um material de qualidade para o auxílio na alfabetização, trazendo diferentes maneiras que podem ser exercidas com os livros em sala de aula, ajudando as crianças a desenvolver as habilidades escritora, leitora e letrada.

Pois justamente, é na fase de alfabetização podendo ser considerada a mais importante (pois é nela que o aluno adquiri as habilidades básicas para continuação dos estudos), que a educação básica se encontra em dificuldade, para tanto, ao mesmo tempo é possível através de visitas as instituições públicas perceber o ‘mal’ uso deste instrumento que pode ser de rica contribuição.

Ambientes que nem se encontra uma biblioteca, e que cantinhos de leitura são para algumas turmas e para o passar de tempo até o sinal de ir embora, e justo em tais ambientes se faz o conhecer de alunos que em plena 30 série do fundamental, não sabe ler, nem montar textos, e que em casa os pais não são alfabetizados, que extrema dificuldade para tal criança ser inserida neste meio, sem exemplo ou incentivo.

Incentivo que se bem pensado poderia vir e deveria vir da escola e do professor que acompanha de perto tal desfecho, realizando o incentivo de leitura constante em sala de aula, dar a oportunidade da criança levar um livro literário para casa, um de preferência que foi trabalhado em sala de aula, para que a criança possa apresentar aos pais e ir explicando a eles nem que seja as imagens.

Assim o trabalho poderia ser feito com os mais tardios no processo de alfabetização, e a inserção dessa cultura leitora seria levada pra dentro da casa, de quem mais precisa ser inserido no meio social e leitor. Acredita-se muito que projetos neste âmbito de preocupação possam ser desenvolvidos e trabalhados dentro das escolas, apresentando as possibilidades que os livros literários trazem para serem trabalhadas em distintas atividades e conectar a criança com o mundo letrado.

O trabalho abre um leque de informações sobre o livro literário e seus benefícios para as crianças em seu desenvolver constante, e em principal o auxílio que o mesmo traz para a fase de alfabetização, podendo dizer, que o uso do mesmo realiza uma transformação, no ser que o manipula e usufrui de suas qualidades. Para tanto, se faz útil a utilização diária do livro literário em sala de aula, para se ver um avanço nos processos tardios de alfabetização, dar exemplo e incitar o lado leitor do aluno, sem ser uma coisa maçante e sem graça, mas apresentar tal processo como vivo, lúdico, momento de interação, descobertas e alegrias.

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Publicado por: Natallya Cristielly Barbosa Sobrinho

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