AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: COMPREENSÃO, ANÁLISE E REFLEXÃO CRÍTICA NA PRÁTICA DOCENTE

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1. RESUMO

O estudo investiga a avaliação da aprendizagem sua compreensão, análise e reflexão crítica na prática docente. A investigação envolveu cinco professores dois de escola Municipal do Ensino Fundamental e três de escola Estadual também de Ensino Fundamental da cidade de Timon-MA. A metodologia utilizada foi a pesquisa de campo na perspectiva estruturada qualitativa e com abordagem dialética, os dados sendo coletados através de questionários abertos. Fundamentados nas ideias de Afonso (2004); Antunes (2008); Hoffmann (2003); Sant’Ana (2005); Luckesi (2008); Perrenoud (2000); Vasconcellos (2006), Percebemos que o processo de avaliação da aprendizagem segue em busca de novos conceitos e compreensões analisados pelas reflexões dos docentes. Com as realizações deste estudo pretende-se contribuir para a educação, para o processo avaliativo e as reflexões das práticas dos professores com respeito à avaliação da aprendizagem.

Palavras-chave: Avaliação da aprendizagem; Prática docente; Análise e Reflexão docente.

ABSTRACT

The study investigates the assessment of learning comprehension, analysis and critical reflection on teaching practice. The research involved five teachers from two schools Municipal Elementary School and three school also State Primary Education of the city of Timon-MA. The methodology was based on field research in perspective structured qualitative and dialectical approach, data were collected through questionnaire open. Based on the ideas of Afonso (2004), Antunes (2008), Hoffmann (2003), Anne (2005); Luckesi (2008); Perrenoud (2000); Vasconcellos (2006), realized that the process of learning evaluation follows in search of new concepts and understandings analyzed by the reflections of teachers. With the achievement of this study is intended to contribute to the education, for the evaluation process and the reflections of teacher practice regarding the evaluation of learning.

Keywords: Evaluation of learning, teaching practice, teaching Analysis and Reflection.

2. INTRODUÇÃO

O presente trabalho visou à investigação, a compreensão, análise e reflexão crítica da prática docente. Sabemos que o tema é bastante complexo, pois o docente é uma das peças fundamentais no processo de avaliação da aprendizagem. Percorreremos em busca das explicações sobre o processo avaliativo fazendo indagações sobre, a prática avaliativa dos docentes, suas reflexões e que sujeitos pretendem formar.

Ao longo da trajetória de vida como estudante, e por situações constrangedoras, diante das decisões de alguns professores durante esse processo de aprendizagem vemos a real necessidade de se trabalhar o tema. Percebemos que a nota sempre gera expectativas a qual incomoda a maioria das vezes a relação de aluno – aluno, professor- professor, professor e aluno. É perante estas observações que surgiu a necessidade de desenvolver o estudo sobre a avaliação da aprendizagem.

Com as observações que realizaremos pretendemos contribuir para a educação, o processo avaliativo e principalmente com professores para a reflexão de suas práticas no que diz respeito à avaliação da aprendizagem. Teremos como questão central, a investigação de como os docentes fazem a compreensão, análise e a reflexão crítica na avaliação da aprendizagem.

Buscamos indagar outras questões relacionadas ao tema: a) Como os professores utilizam os conhecimentos produzidos pelos mesmos no desenvolvimento de sua prática avaliativa? b) Que decisões e análises reflexivas são tomadas pelos docentes ao avaliar o aluno? c) Quais as perspectivas reflexivas dos professores na avaliação da aprendizagem diante das notas? d) Como os docentes veem a avaliação da aprendizagem no processo avaliativo? e) Que tipos de instrumentos são utilizados pelos professores para avaliar os alunos?

Sendo assim, este trabalho tem como objetivo geral investigar como os professores estão avaliando os alunos no processo de ensino – aprendizagem, e como objetivos específicos: Identificar como os professores fazem a análise crítica e reflexiva da sua prática docente no processo de ensino aprendizagem a partir da prática avaliativa; Comparar as práticas dos docentes nas reflexões ao avaliar os alunos; Interpretar as concepções e reflexões dos docentes sobre o processo da avaliação da aprendizagem diante das notas; Comprovar como os docentes veem a avaliação da aprendizagem através da prática pedagógica; Identificar os tipos de instrumentos utilizados pelos professores para avaliar os alunos.

Esperamos com esse estudo entender a prática dos professores quanto ao processo de avaliar a aprendizagem, pois através das experiências como aluno, percebemos que os seguimentos avaliativos necessitam de fidedignidade e que as técnicas de aprendizagem vão além de uma mera nota a qual se transforma sempre em termos quantitativos esquecendo assim a qualidade que se deve ter perante o ensino. Assim, esperamos que o estudo traga resultados positivos e contribua para a ampliação dos conhecimento aos professores no âmbito educacional.

A pesquisa bibliográfica de campo se fundamentou no método dialético tendo como ponto de vista do problema a abordagem explicativa.

Os sujeitos da pesquisa foram cinco (5) professores do município de Timon-MA. Tendo então como coleta de dados questionários estruturados com questões abertas, com o objetivo de obter maiores informações dos docentes. A escolha deste instrumento adéqua-se aos objetivos da pesquisa, pois ao mesmo tempo em que colhe informações a respeito do objeto de estudo, o pesquisador adquire conhecimentos.

Pensando nos aspectos futuros e ideias bastante discutidas sobre o processo de avaliar a aprendizagem, surgiu à necessidade e inquietações de se pesquisar sobre a avaliação da aprendizagem, em uma perspectiva de compreensão, análise e reflexiva crítica na práticadocente. Pois é importante que os docentes percebam a necessidade do processo avaliativo como ferramenta para se avaliar as práticas de aprendizagem, refletindo suas ações e analisando sempre o início, o meio, e o fim do processo de avaliação.

Portanto, a avaliação da aprendizagem já foi tema de pesquisa de outros teóricos como: Afonso (2004); Antunes (2008); Hoffmann (2003); Sant’Ana (2005); Luckesi (2008); Perrenoud (2000); Vasconcellos (2006), dentre outros. Esperamos com todo este suporte teórico esclarecer e interpretar, como os professores compreendem o processo de avaliação da aprendizagem.

O trabalho monográfico está estruturado em três capítulos no primeiro abordam-se questões fundamentais destacando estudos sobre a avaliação da aprendizagem introdução, segundo capitulo teórico, o mesmo irá discutir sobre: As concepções de avaliação; Os docentes e os propósitos avaliativos; Os docentes e seu poder de decisão para a formação do aluno;Observando e avaliando os alunos em situações de aprendizagem;Avaliando sistematicamente através dos instrumentos avaliativos. O terceiro capítulo foi desenvolvido o percurso metodológico, a metodologia, no qual discorreu-se a coleta e análise dos dados, os resultados e considerações finais.

3. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM:EM BUSCA DOS SEUS SIGNIFICADOS NA PRÁTICA DOCENTE

Neste capitulo enfatizaremos a prática docente sobre o processo de avaliar o aluno e algumas indagações, concepções e de como acontece na realidade, perceberemos também que o ato avaliativo sempre gera expectativas tanto para o professor quanto para o educando. Levando-os a ter uma relação não só objetiva e sim subjetiva entre os sujeitos que se encontram no dia a dia da sala de aula.

3.1. Concepções de Avaliação

O termo avaliar tem sua origem no latim, provindo da composição a-valere que quer dizer “dar valor a....”, porém o conceito “avaliação” é formulado a partir da determinação da conduta de atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação”. O que nos leva refletir a ação da avaliação da aprendizagem perante a prática docente, sabemos que o investimento pedagógico ainda é bastante baixo, os professores, alunos e pais ainda interessam-se pela aprovação e reprovação.

Gostaríamos de pôr aqui como exemplo esta indagação: porque alguns professores do ensino fundamental reprovam alunos com nota 6,? Nota a qual não faz mudar o pensamento do aluno, que o interesse de poder aprender, tem que partir mais do educando do que do próprio mestre, pois o mesmo faz apenas a mediação do ensino. O que mais inquieta nos educando é a atitude do docente, a de não poder analisar e refletir durante todo aquele ano a sua prática avaliativa. Não pretendemos fazer deste estudo um ajuste de contas, mas sim compreender as atitudes e ações da prática avaliativa dos docentes.

“A prática da avaliação da aprendizagem em seu sentido pleno, só será possível na medida em que se estiver efetivamente interessado na aprendizagem do educando” (LUCKESI, 2008, p. 99), ou seja, em ambas as partes tem que haver o compromisso do ensinar e do aprender, pois é na aprendizagem, que fica na competência do professor de analisar cada ação do aluno verificando suas habilidades e através das mesmas que procuramos os significados da avaliação da aprendizagem.

A questão da avaliação é tão antiga quanto a racionalidade humana. É inerente ao ato de pensar de julgar, que supõe a referência de um valor. A ilusão de que a avaliação pode se executar com critérios de objetividade e neutralidade, durante muito tempo, foi elevada à condição de mito na educação. Hoje, a identificação do ato de avaliar com o juízo de valor deixa claro, pelo menos aos estudiosos do assunto que toda avaliação tem por referência um padrão, que representa o valor vigente, dependente da questão cultural e, portanto, variável no tempo e no espaço (RAPHAEL, 2002, p. 159).

Na citação acima a autora faz toda uma análise na objetividade preocupando-se com os estudos pedagógicos e avaliatórios afirmando que avaliação da aprendizagem exige um padrão de questões que representam valor vigente baseadas em problemas culturais e que essas questões visam romper paradigmas dando novos sentidos ao processo avaliativo através de novas concepções.

Já há muito tempo se discute o processo da avaliação da aprendizagem os mesmos partindo para vários víeis educacionais. Antes proporcionava ao professor um caráter de autoridade e arrogânciatornando assimtal processo apenas como ajuste de contas para com os alunos, mas não cabe somente ao docente o processo avaliativo depende também de um sistema o qual os professores pensam em ser, todavia obedientes prendendo assim seus conhecimentos, não poderíamos aqui deixar de levantar a crítica aos professores, mas se é necessário também ao sistema educacional, apesar de não nos determos ao tema, nosso propósito será realmente a avaliação da aprendizagem.

Para Antunes (2008, p. 8)“A avaliação da aprendizagem não constitui, assim, matéria pronta, discussão finalizada, teoria aceita”. Pois para ele o processo avaliativo vai bem mais além, o professor precisa analisar de todas as formas o cotidiano levando em conta suas reflexões das ações planejadas. Ressalta ainda o autor.

Necessita, antes de tudo, ser planejada por etapas pelo professor, no cotidiano e em cada aula, para cada grupo de alunos. A aprendizagem deve ser refletidae escrita, para avaliação serve apenas como moldepara cada percursogerando assim reflexões que direcionam nossas percepções. (ANTUNES, 2008).

Partindo da citação do autor a avaliação toma diversos sentidos desde um olhar aguçado seguido de compreensão, análise e reflexão, fazendo com que o professor perceba diantedo indivíduo que está sendo observado a verdadeira ação de se chegar a um posicionamento indo além da sua objetividade, pois o processo avaliativo também depende da subjetividade de cada sujeito.

Se, de fato considerarmos que os entendimentos dos sujeitos se dão a partir de suas histórias de vida, como compreender essas muitas histórias vividas pelos professores em sua diversidade sociocultural, de formação e experiências? Qual o tempo suficiente para a troca de ideias e de impressões entre os participantes desses grupos que possibilite a aproximação entre eles e a descoberta de suas contradições? Qual a postura que se assume diante de suas ideias rígidas: de compreensão, indignação ou de omissão? (HOFFMANN, 2003, p. 141)

Com toda essa análise crítica e indagações é preciso que o docente perceba no cotidiano as histórias vividas pelos alunos, ou seja, através de cada análise, o professor permite-se a uma reflexão diante das ações, assume então uma postura verdadeira para oprocesso avaliativo diante das aprendizagens do educando tornando assim, o processo de avaliação da aprendizagem eficiente.

No contexto social ainda se discute como avaliar? E para que avaliar? E quem avaliar? Com certeza a última indagação é que nos leva a trabalharmos, como os docentes fazem a análise e compreensão da avaliação da aprendizagem refletida na prática diante de novos paradigmas para confirmar seus avanços, a escola ainda procura adaptar-se aos novos modelos tendo então a missão de como realmente os docentes fazem para chegar a um denominador comum diante de sua compreensão sobre o que realmente o processo de avaliação da aprendizagem visa perante o ensino e aprendizagem dos alunos.

Podemos idealizar o ato avaliativo como processo o qual o ser humano reflete suas ações e mediante as mesmas passam a aprender e a apreender os conhecimentos levando-nos em busca de vários questionamentos e dúvidas sobre o que é avaliar, e como avaliamos a objetividade e subjetividade de cada indivíduo. Não estamos aqui definindo e nem conceituando o que é avaliação da aprendizagem, pois para nós ainda é uma busca apesar de vários autores discutirem o tema sempre envolvendo a relação professor- aluno, suas práticas, compreensão e reflexão criticando paratorná-la eficiente.

De acordo com Sant’Ana:

A avaliação só será eficiente e eficaz se ocorrer de forma interativa entre professor e aluno, ambos caminhando na mesma direção, em busca dos mesmos objetivos [...]. O aluno não será um indivíduo passivo; e o professor a autoridade que decide o que o aluno precisa e deve saber. (SANT’ANA 2005, p. 27).

Perante esta discussão não podemos pensar mais sobre avaliação da aprendizagem como algo isolado que depende somente do professor ou somente do aluno, o docente deve perceber e dominar a sua prática avaliativa sempre observando e controlando a aprendizagem do educando, pois o aluno também tem que está informado do que está sendo avaliadogarantindo assim, uma relação interativa.

Na atualidade a escola encontra-se em um grande processo de transformação o qual exige uma nova concepção para se avaliar diante dos novos paradigmas, a avaliação da aprendizagem exige do professoruma interpretação que requer uma análise antes de notificar o aluno com qualquer nota, medida ou conceito.

Mediante a problemáticasobre o resultado das notas dos educandos seja mais complexa do que imaginamos chegar a uma compreensão por nota ou conceitos, significa passar por uma análisebem mais ampla em termos de representação. Pela própria complexidade da tarefa avaliativa o uso dos conceitos evita cicatrizes da precisão e a injustiça decorrente do uso abusivo das notas (HOFFMANN, 2005, p. 45).

A participação doprofessor se torna necessária parao processo avaliativo, pois ele é um agente social que contribui para determinadas decisões de aprendizagens, perante a complexidade de avaliar o processo de ensino do aluno, podendo também cometer contradições prejudicando assim suas ações e seus propósitos perante suas práticas avaliativas.

3.2. Os docentes e os propósitos avaliativos

O professorao verificar o processo de ensino aprendizagem visa promover a verificação em níveis o conhecimento dos alunos, isto é, busca apoios metodológicos através das funções avaliativas, perante o processo da avaliação da aprendizagem que objetivadiagnosticar; controlar; e classificar e tendo como modalidades avaliativas as quais a avaliação da aprendizagem apresenta: Diagnóstica; formativa e somativa.

O docente analisa e reflete sobre a avaliação diagnóstica, que tem como propósito a intenção de constatar se os alunos apresentam domínio ou nãode determinadas atividades é nesta modalidade que o professor tem a compreensão de avaliar o aluno percebendo se está apto para novos conhecimentos.

Já a avaliação formativa tem como objetivo verificar se os alunos estão atingindo os objetivos previstos o professor analisa os resultados das atividades durante o seu desenvolvimento determinando se o educando domina cada etapa de instrução.

A avaliação somativa tem a função classificatória os professores fazem toda a compreensão através dos níveis de aproveitamento é nesta modalidade que o docente chega a conclusão se o aluno teve êxito de uma série para outra.

É observando cada instância que o docente tem o propósito de chegar a um meio que a avaliação proporciona através de suas funções e modalidades, preocupando-se com que tipo de aluno o professor pretende formar, um ser humano crítico e reflexivo capaz de ter sua própria autonomia. Pois, através da compreensão e análise reflexiva que o docente preocupa-se como o aluno aprende cognitivamente, tal conceito traz uma postura do educador moderno que, o que importa para ele não é só o processo somativo e sim todas as instâncias de como se avaliar o aluno por completo como sujeito cognoscente, capaz de aprender de forma construtiva.

acreditamos que a aprendizagem humana somente se processa na medida em que o educando é capaz de construir significados e atribuir sentido ao conteúdo da aprendizagem; aceitamos, dessa maneira, que todo aluno é sempre o agente central na forma como constrói conhecimentos. Em outras palavras, pensamos avaliação da aprendizagem através de uma perspectiva construtivista (ANTUNES, 2008, p. 15).

É incentivando o aluno através de cada objeto que o docente faz sua reflexão perante o ensino e sua prática chegando a um fim já que a avaliação passa por essas análises de princípios, meios e fins. Resta ao professor ter uma visão holística a qual a todo instante reflete sua prática com um propósito de estar sempre contribuindo para que o aluno aprenda para torna-se um sujeito autônomo capaz de contribuir para a sociedade.

É necessário que se discuta um processo reflexivo mediante as ações do professor para com a avaliação, pois, todavia tal processo se encontra em suas práticas, seja na salade aula ou fora dela, sempre existirá a necessidade de se debater a aprendizagem no processo avaliativo não de forma acrítica mas que se vise uma construção de conhecimentos pautadas nas competência de cada aluno.

Observar a construção de conhecimento do educando é como um momento “mágico” nas expectativas do docente, pois perceber cada instante de aprendizagem desde a oralidade, escrita, e a interpretação de cada habilidade que vai ocorrendo ao longo deste processo, o professor forma hipóteses que no andamento da aprendizagem ele vai identificando as dificuldades e os esforços de cada aluno estas observações feita pelo professor requer o compromisso profissional.

De acordo com Kenski (2006, p. 137)

A escolha da profissão, por exemplo. Ser professor. Não é uma escolha do acaso, mas envolve muitas reflexões e ponderações até a tomada de decisão. Com base na avaliação pessoal e social, escolhemos uma carreira entre tantas outras. Essa é uma decisão que vai refletir não apenas na nossa própria vida, mas na de muitas outras pessoas: família, amigos, futuros alunos (KENSKI 2006).

O esforço da profissão nos leva a questionar, que tipo de professor queremos ser? Que práticas e teorias devo usar? De que forma irei avaliar a aprendizagem dos alunos? Perante essas indagações o bom professor fará dele mesmo uma autoavaliação, apesar de que a mesma necessitará de várias condições desde sua prática em sala de aula com seus alunos, com amigos ou na própria família essa procura avaliativa requer sujeitos envolvidos, pois nem sempre o julgamento que fazemos de nós mesmos é igual para quem irá nos avaliar. Ao mesmo ponto que o educador avalia também estar sendo avaliado, ou seja, é uma busca constante dos acertos, na identificação dos erros em busca de vários objetivos: o de poder ensinar; de avaliar, identificar, interpretar, agir e refletir em prol de um só resultado fazer com que o aluno aprenda.

São essas decisões que fará do mestre um profissional compromissado com o ato de avaliar, conhecer a si próprio para entender o que ocorre em volta da aprendizagem e na peculiaridade de cada aluno. Ele terá que tomar decisões que nem sempre irão agradar a todos, no entanto, o educando terá que ser orientado em cada situação no processo construtivo de sua formação.

Levar o educando a autonomia é um grande desafio a qualquer professor, caberá à escola está investindo nas práticas do educador, pois se ver a necessidade do aluno de encarar cada obstáculo que irá aparecer no seu dia a dia, o professor deveinstigaras habilidades de pensamento do educando para dá independência na aprendizagem. No entanto no contexto atual o professor não está para “ajudar” o aluno e sim para orientar e mediar cada passo de dificuldade e aprendizagem. Esse discurso faz da prática do mestre, a segurança no ensino, os alunos precisam entender que cada atitude, cada orientação feita pelo professor trazem verdadeiros benefícios de construção de conhecimento, pois mediante as decisões do educando é que ele visa à formação dos mesmos, contribuindo assim para um ser crítico capaz de tomar suas próprias decisões.

3.3. Os docentes e seu poder de decisão para aformação do aluno

O professor tem um poder imenso de relação com o aluno, são dois sujeitos imbricados perante o ensino, são os principais indivíduos do meio escolar, o aluno é capaz de espelhar suas ações e decisões, perante sua afinidade com o mestre. O professor proporciona ao aluno a sua formação humana incentivando, estimulando– o durante toda a sua trajetória, pois eles passam metade de sua vida na escola, do mesmo modo que ele investe todo o seu conhecimento nos mesmos, fazendo com que proporcione tornar-se um ser autônomo capaz de tomar suas próprias decisões.

Ao mesmo tempo que o professor contribui para aprendizagem do aluno no seu processo avaliativo, também pode deixar o educando em desespero perante suas decisões, como professor perceber o aluno como o sujeito que estar em processo de desenvolvimento talvez seja a maior virtude de um educador, a paciência e análise são virtudes que faz com que o professor tome certas atitudes prejudicando ou não o aluno. Não poderia deixar de citar o exemplo que Vasconcellos coloca em seu livro “Concepção dialética – libertadora do processo de avaliação escolar”ele faz um comentário de um adolescente que cometeu suicídio após ter sido pego colando pelo professoruma noticia que foi editada pela Folha de São Paulo nos anos 90. O autor cita que:

[...] O adolescente Celestino, de 14 anos, aluno do colégio Militar do Rio de Janeiro, foi pego ‘colando’ quando fazia uma prova de geografia. Por isso foi suspenso por seis dias e perdeu seis pontos em comportamento. O aluno deu um tiro na cabeça na terça feira, morrendo no dia seguinte FOLHA DE SÃO PAULO, 18 de maio de 1990 (apud VASCONCELLOS, 2006, p. 13)

No dia a dia de sala de aula o professor convive com situações das quais as maioria das vezes podem serem evitadas, todo processo de punição merece reflexão o educador antes de agir por impulso faz toda uma análise diante dos problemas os quais o levam a tomar decisões que venham prejudicá-lo desde uma simples “cola” ou algo mais grave.

A situação avaliativa que percorre pelo exemplo é de mera punição, pois ao perceber que o aluno se encontra em uma determinada ação de não aprendizagem “o professor põe sua prática além do desespero, de poder constranger mais ainda o aluno diante da avaliação da aprendizagem tornado-a um verdadeiro problema da educação escolar” (VASCONCELOS, 2003, p. 16).

De acordo com o autor a avaliação da aprendizagem é um processo bastante complexo que requer de todo o educador a persistência de poder entendê-la . Não basta só conceituar o processo avaliativo ele tende a ser vivenciado para ser entendido.

O ato avaliativo tem que ser assumido pelo professor, no entantoa busca pelo seu domínio é bastante complexo, isto é, vivenciamos a todo instante este processo que é de natureza humana envolvido em uma tamanha dinamicidade.

Segundo Kenski (2006, p. 139) “ao assumirmos que o ato de avaliar se faz presente em todos os momentos da vida humana, estamos admitindo que ele também está presente em todos os momentos vividos em sala de aula”.Ou seja, a sala de aula é o espaço o qual os alunos se encontram com os professores, é nela onde eles devem discorrer suas ideias, dúvidas e manifestações para adquirir conhecimento.

Entender a avaliação da aprendizagem na prática do docente é percebê-la como um processo investigativo e permanente, isto ocorre de modo que o professor verifique todas as discussões e atividades devem ser assistidas causando então uma interação que irá proporcionar aprendizagem.

Para a garantia que os alunos aprendam e se formem cidadãos é preciso todo um desempenho por parte da escola e principalmente do professor e do discente, a formação desse sujeito garantirá o profissionalismo de ambas as partes, a participação desse individuo na sociedade trará benefícios de formas individuais e coletivas, pois, assim as atividades desenvolvidas no ambiente escolar visam muito mais que mera informações, ou seja, pretende formar um aluno crítico capaz de tomar decisões e que suas ações contribuam socialmente no seu cotidiano.

O contexto atual exige do professor novas posturas para o ensino-aprendizagem, suas ações reflexões definirão que tipo de educador vai se constituir ao longo da trajetória profissional, suas competências é que lhe trará sucesso e novas concepções de aprendizagem, pois. Segundo Sepúlveda e David (2008, p.5):

Para mudar a postura, é preciso trabalhar a partir de uma outra concepção de aprendizagem. Desse modo, a prática avaliativa (assim como todo o conjunto da prática docente) seria vista sobre outro enfoque. Partindo dessas reflexões seria possível o professor entender a avaliação como um instrumento de investigação e reflexão constante sobre as suas próprias práticas, tornando-a o eixo condutor para o (re)pensar das suas ações, o que culminaria, conseqüentemente, com o aumento qualitativamente superior do processo de aprendizagem dos alunos e do próprio professor.

Portanto, não cabe somente ao professor o poder de decisão de que tipo de cidadão pretende formar, pois sabemos que o processo de educar não é somente função da escola e sim de toda uma sociedade através da interação entre os seres, ou seja, o ser humano vai se constituindo ao longo de todo o processo de aprendizagem. O repensar das ações é que irá definir toda prática reflexiva, um conjunto de competências que aumentará as perspectivas de avaliar o processo mediante toda a trajetória de aprendizagem do aluno, situações que ambas as relações de um discurso formativo, dando sempre a ideia de novos conceitos reforçando, então, o conjunto de práticas que resultará em uma aprendizagem significativa.

3.4. Avaliando os alunos em situações de aprendizagem na perspectiva formativa

Ao assumirmos que o ato avaliativo se faz presente em todos os momentos da vida humana, temos a certeza também que ele se faça presente em todos os momentos vividos, em sala de aula, não se separando do cotidiano da interação entre os indivíduos que se relacionam.

Alunos e professores estão constantemente avaliando a tudo e a todos, uma relação que acontece através de um rol de conhecimentos e experiências os quais irão gerar aprendizagens dois seres que se completam no dia a dia da sala de aula em busca de objetivos comuns.

O professor para estabelecer um perfil de aprendizagem no aluno deve está observando-o em toda a sua trajetória de ensino, avaliar o educando fazendo balanços periódicos de suas habilidades é uma das competências do educador.

Segundo Perrenoud (2000, p. 49) “para gerir a progressão das aprendizagens, não se pode deixar de fazer balanços periódicos das aquisições dos alunos. Eles são essenciais para fundamentar decisões de aprovação ou de orientação necessária mais tarde”.ressalta ainda o autor .

Longe de constituir uma surpresa, esses balanços deveriam confirmar e aprimorar o que o professor já sabe ou pressente. Portanto, não dispensam absolutamente uma observação contínua, da qual uma das funções é atualizar e completar uma representação das aquisições do aluno. Contrariamente ao que se crê às vezes, a avaliação contínua preenche uma função cumulativa, até mesmo certificativa, porque nada substitui a observação dos alunos no trabalho quando se quer conhecer suas competências (PERRENOUD, 2000).

De acordo com o autor é importante que o professor saiba determinar, interpretar e memorizar cada momento significativo, cada habilidade dos alunos dentro ou fora da sala de aula através das observações, ou seja, a observação contínua não tem apenas a função de coletar dados na perspectiva de um balanço e sim tem uma intenção formativa, pois é considerando cada ação do aluno que o professor poderá auxiliá-lo melhor.Pensamos que faz sentido o que propõe Afonso (2004, p. 92):

[...] Os professores sabem que é a avaliação formativa que lhes possibilita acompanhar a par e passo as aprendizagens dos alunos, que permite ajudá-los no seu percurso escolar cotidiano e que é talvez a única modalidade de avaliação fundamental no diálogo e congruente com um reajustamento contínuo do processo de ensino, para que todos cheguem a alcançar com sucesso os objetivos definidos e a revelar as suas potencialidades criativas.

Apesar de ser tratada de forma bastante minuciosa a avaliação formativa exigir doprofessor disponibilidade para fazê-la acontecer vai além das aulas ministradas exigindo do mesmo atualização de registros sobre cada aluno, isto é requer uma singularidade de cada educando, sendo necessário elaborar estratégias adequadas e, com freqüência, individualizadas, há uma necessidade fundamental de planejar no dia a dia do aluno as atividades a serem realizadas.

A avaliação é um processo de rotina da sala de aula podendo ser encarada na periodicidade dos aspectos integrantes do processo ensino-aprendizagem, as verificações periódicas feitas pelo professor faz com que os alunos aprendam de forma sistêmica proporcionando aos mesmos refletirem suas práticas e técnicas possibilitando uma aprendizagem autônoma.

A sintonia da avaliação mediante as observações do professor consciente de sua prática fará com que cada aluno seja analisado de forma coerente pelos conteúdos dado pelo educadoristo implicará no seu desenvolvimento cognitivo favorecendo o intelectivo.

Para Carrara (2002, p. 11) “o aluno através do seudesenvolvimento intelectivo está habilitado a sobrevivência social a partir do pressuposto de um convívio transformador”. O autor ainda ressalta que:

A avaliação da aprendizagem deve constituir instrumento sintonizado e comprometido com o objetivo fundamental da construção da cidadania, que implica formação dirigida à transformação do modelo social vigente. É nesse sentido que o professor não basta o domínio instrumental dos procedimentos da avaliação, se não que necessita ter compreensão mínima acerca de que os conteúdos ensinados devem assegurar ao educando habilidades para inserção social viva, atenta,transformadora. (CARRARA 2002)

Mediante o exposto acima a avaliação da aprendizagem feita de forma sistematizada contribuirá na formação do aluno para a sua cidadania, cabe ao professor através de sua compreensão e domínio dos conteúdos não deixando os educandos caírem no modismo teórico. Ou seja, o educador tem que estar preparado para fazer com que este aluno desenvolva suas próprias habilidades para dominar seus conhecimentos.

3.5. Avaliando sistematicamente através dos instrumentos avaliativos

Avaliar o ensino aprendizagem dos alunos atualmente é um grande desafio para os professores. Avaliar sistematicamente cada conhecimento que os alunos vão adquirindo requer do educador práticas, as mesmas é preciso ser elaboradas pelo professor com ênfase nas necessidades dos alunos.

Leal (2007, p. 100) elenca diferentes finalidades para os professores avaliarem os alunos sem excluí-los:

  • conhecer as crianças e os adolescentes, considerando as características da infância e da adolescência e o contexto extra-escolar;

  • conhecê-los em atuação nos tempos e espaço da escola, identificação as estratégias que usam para atender ás demandas escolares e, assim, alterar, quando necessário, as condições nas quais é realizado o trabalho pedagógico;

  • conhecer e potencializar as suas identidades;

  • conhecer e acompanhar o seu desenvolvimento;

  • identificar os conhecimentos prévios dos estudantes, nas diferentes áreas do conhecimento e trabalhar a partir deles;

  • identificar os avanços e encorajá-los a continuar construindo conhecimentos nas diferentes áreas do conhecimento e desenvolvendo capacidades;

  • conhecer as hipóteses e concepções deles sobre os objetos de ensino nas diferentes áreas do conhecimento e levá-los a refletir sobre elas;

  • conhecer as dificuldades e planejar atividades que ajudem a superá-las;

  • verificar se eles aprenderam o que foi ensinado e decidir se é preciso retomar os conteúdos;

  • saber se as estratégias de ensino estão sendo eficientes e modificá-las quando necessário.

A autora ainda ressalta que a vivência do docente em seu processo de formação e suas práticas de ensino exigem que ele elabore diferentes estratégias e oportunidades de aprendizagem, isto é não apenas os estudantes são avaliados, mas o trabalho do professor e a escola, sendo necessário avaliar:

  • se o estudante está se engajando no processo educativo e, em caso negativo, quais são os motivos para não engajamento;

  • se o estudante está realizando as tarefas propostas e, em caso negativo, quais são os motivos para a não realização,

  • se o (a) professor (a) está adotando boas estratégias didáticas e, em caso negativo, quais são os motivos para a não adoção;

  • se o (a) professor (a) utiliza recursos didáticos adequados e, em caso negativo, quais são os motivos para a não utilização;

  • se ele (a) mantém boa relação ou não com os meninos e meninas e os motivos para a manutenção dessas relações de aprendizagem;

  • se escola dispõe de espaço adequado, se administra apropriadamente os conflitos e, em caso negativo, quais são os motivos para a sua não administração;

  • se a família garante a frequência escolar da criança ou dos jovens, se os incentiva a participar das atividades escolares e, em caso negativo, quais são os motivos para o não incentivo;

  • se a escola garante aos estudantes e a suas famílias o direito de se informar e discutir sobre as metas de cada etapa de estudos, sobre os avanços e dificuldades revelados no dia-a-dia.

Estes acompanhamentos de etapas feitos pelos professores é o processo de coleta e análise de dados usando recursos os quais chamamos de instrumentos de avaliação segundo Haydt (2010, p. 296) “para avaliar o aproveitamento do aluno existem três técnicas básicas: observação; autoavaliação e aplicação de provas, e uma variedade de instrumentos de avaliação” (registro da observação: fichas caderno; registro da autoavaliação: prova oral, prova escrita: objetiva e dissertativa). Ou seja, ao selecionar as técnicas e os instrumentos de avaliação da aprendizagem o professor precisa considerar os seguintes aspectos:

-os objetivos visados para o ensino-aprendizagem (aplicação de conhecimentos, habilidades, atitudes);

- a natureza do componente curricular ou área de estudo;

- os métodos e procedimentos usados no ensino e as situações de aprendizagem;

- as condições de tempo do professor;

- o número de alunos da classe.

A seleção das técnicas e dos instrumentos de avaliação deve ser realizada durante o processo de planejamento de ensino, para que haja melhor adequação dos recursos de avaliação aos objetivos previstos, aos conteúdos estabelecidos e as atividades propostas para o processo de ensino-aprendizagem (HAYDT, 2010).

Para a autora na técnica de observação o professor está constantemente observando seus alunos, isto é, a observação feita pelo professor é a técnica de avaliação mais comum na escola, sendo usada de longa data. Pode-se observar o aluno quando ele está realizando os exercícios em sala de aula (no caderno ou no quadro), quando participa de trabalhos em grupo, nas atividades de pesquisa etc.

A autoavaliação é uma forma de apreciação normalmente usada quando nos dedicamos a atividades significativas, decorrentes de um comportamento intencional. Na escola, a autoavaliação é apreciação pelo próprio aluno do processo vivenciado e dos resultados obtidos. Quando bem orientado, o aluno é capaz de dizer quais são seus pontos fortes, e quais suas dificuldades, o que aprendeu e em que aspectos precisa melhorar.

A prova oral atualmente é pouco utilizada, a vantagem deste instrumento é que permite avaliar a capacidade reflexiva e crítica do educando, no que se refere ao tema abordado. A prova oral tem função principal avaliar conhecimentos e habilidades de expressão oral.

As questões dissertativas são aquelas em que o aluno organiza e escreve a resposta, utilizando as próprias palavras.

Já a testagem é uma técnica de avaliação que utiliza de instrumentos chamados teste. O teste é um conjunto de tarefas apresentadas a todos os membros de um grupo, com procedimentos uniformes de aplicação e correção.

Apesar de todas as técnicas e instrumentos o professor precisa está informando aos alunos o verdadeiro sentido da avaliação, pois a mesma não tem um fim em si mesma, mas é um meio a ser utilizado por alunos e professores para o aperfeiçoamento do ensino-aprendizagem.

4. METODOLOGIA

Este estudo monográfico se desenvolveu mediante seu objetivo de pesquisa, em um estudo bibliográfico e de campo. Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e / ou conhecimentos acerca de um problema para o qual se procura uma resposta ou de uma hipótese que queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles (MARCONI ; LAKATOS, 2006).

E tendo como ponto de vista à abordagem explicativa. “A abordagem explicativa pretende identificar os fatores que contribuem para ocorrência e o desenvolvimento de um determinado fenômeno”. (GONSALVES, 2007, p. 68,).

O trabalho monográfico fundamentará no método dialético, pois segundo Gonçalves:

A dialética surgiu da necessidade de se perceber a realidade em suas diversas facetas, estando pautada em leis fundamentais [...] Na dialética. As coisas são analisadas na qualidade de objetos fixos. Mas em movimento: nenhuma coisa está acabada, encontrando-se sempre em vias de se transformar, [se] desenvolver; o fim de um processo é sempre o começo do outro”. Ou seja nada existe isoladamente, de forma independente, tudo está interligado, em uma situação de interdependência (GONÇALVES, 2005,p. 41)

Quanto à natureza dos dados utilizaremos como procedimentos a pesquisa qualitativa que de acordo com Gonsalves (2007, p. 69) “preocupa-se com a compreensão, com a interpretação do fenômeno, considerando o significado que os outros dão as suas práticas, que impõe ao pesquisador uma abordagem hermenêutica”.

O estudo foi realizado em duas escolas uma na rede Municipal e outra na Estadual na cidade de Timon – MA. A escolha dos locais foi devido à curiosidade de poder pesquisar e de poder encontrar, se existem diferenças no processo avaliativo entre as vertentes, Municipal e Estadual, poder verificar como funciona o processo de avaliar dos professores diante de suas práticas reflexivas sobre a avaliação da aprendizagem.

Os sujeitos da pesquisa foram cinco (5) professores sendo 3 da rede Municipal e 2 da rede Estadual do Município de Timon-MA, a escolha se deu aos grupos de professores lá existentes, pois a escola possui educadores com mais de vinte anos de experiências de sala de aula e ao mesmo tempo professores principiantes na carreira de magistério pontos relevantes para se fazer uma relação em volta do estudo.

Para a coleta de dados foi utilizado como instrumento o questionário estruturado com questões abertas, com o objetivo de obter maiores informações dos docentes. Podendo nos proporcionar um maior conhecimento e também uma interação mais confiante.

A escolha deste instrumento adequou-se aos objetivos da pesquisa, pois ao mesmo tempo em que colhe informações a respeito do objeto de estudo, o pesquisador adquire conhecimentos. O questionário segundo Marconi; Lakatos (2006, p. 203) “é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador [...]”.

A análise dos dados foi realizada à luz dos teóricosde acordo com os pressupostos que orientam o trabalho monográfico, possibilitando assim os pontos de divergência e convergência entre os autores dando ênfase a uma análise comparativa.

A análise ou explicação dos dados é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre os fenômenos estruturados e outros fatores. Essas relações podem ser “estabelecidas em funções de suas propriedades relacionais de causa, efeito produtor-produto de correlações, de análise de conteúdo. TRUJILLO, 1974 (apud MARCONI; LAKATOS, 2006, p. 35).

De acordo com os autores na análise o pesquisador sistematiza os dados com mais eficiência dando credibilidade à seleção do objeto em estudo. Mediante as concepções os dados foram analisados em quadros para melhor sistematizar a seleção e análise para a interpretação dos resultados.

Para Marconi; Lakatos (2006, p. 35)

“Na análise o pesquisador entra em detalhes sobre os dados decorrentes do trabalho estatístico, a fim de conseguir respostas ás suas indagações, e procura estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos ehipóteses formuladas”.

No entanto, procurar significados ao trabalho monográfico diante do objeto de estudo exige do pesquisador uma interpretação minuciosa dos dados coletados o qual dará sentido a novas formas de conhecimentos perante asideias já existentes.

5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS COLETADOS

Neste capítulo analisaremos as respostas dos professores entrevistados sobre a prática, a compreensão e reflexão dos docentes diante do processo da avaliação da aprendizagem. De forma minuciosa analisou-se cada resposta dada pelos professores desde o conceito de avaliação, as maneiras como o alunos aprendem, de que maneira a aprendizagem dos alunos é diagnosticada e que desafios enfrentam os educadores para ensinar os educandos.

5.1. Caracterização dos sujeitos

Os sujeitos da pesquisa foram escolhidos aleatoriamente para responder o questionário tivemos como espaço da pesquisa duas escolas uma da rede Municipal e outra do Estado ambas de Ensino Fundamental.

Tivemos como sujeitos cinco professores os mesmos terão suas identidades mantidas em sigilo podendo serem identificados de forma. P1, P2, P3, P4, P5.

O professor (a) P1 tem 18 anos de exercício de magistério, ministra aula de História e é concursada da rede de ensino Estadual, o professor (a) P2, não identificou sua formação, tem 15 anos de exercício de magistério, e também é da rede Estadual; o professor (a) P3 é licenciado em Ciências Biológicas e já exerce o cargo a seis anos na rede Estadual, o mesmo sendo concursado. O professor P4, tem oito anos de magistério na rede municipal e por último o professor(a) P5 que 3 anos de magistério, também exerce sua funções no município.

Identificamos as escolas como escola (E) de Estadual e escola (M) de Municipal para facilitar na interpretação dos dados e poder através das respostas dadas por cada sujeito responder o problema deste trabalho.

5.2. Avaliação da aprendizagem: compreensão, análise e reflexão crítica na perspectivados professores sujeitos da pesquisa

Nesta seção foram apresentadas as concepções dos professores sobre a prática avaliativa no cotidiano da sala de aula. O quadro 1 mostra a percepção dos professores em relação a definição da avaliação da aprendizagem na sala de aula:

Sujeitos       

Como você define a prática avaliativa no cotidiano da sala de aula?

P1 escola E

Muito difícil, pois os alunos perderam a essência de compromisso e muitas vezes a família se distancia.

P2 escola E

Defino como uma prática válida e necessária, pois observando o aluno no seu dia a dia, avaliamos de forma justa.

P3 escola E

Como a melhor forma de avaliar a aprendizagem dos alunos, pois a verificação permite uma análise do processo ensino-aprendizagem como um todo contínuo.

P4 escola M

A prática avaliativa acontece a partir da conversa formal até a avaliação escrita, proposta pelo educador

P5 escola M

A avaliação é feita de modo que o educador analise e diagnostique o nível em que seus educandos estão para assim poder avançar no processo de ensino e aprendizagem.

Quadro 1: Definições da prática avaliativa dos professores no dia a dia da sala de aula.
Fonte: Elaborado pelo pesquisador com dados coletados em Nov./2012.

Ao analisar o quadro 1 percebe-se que quatro professores definem o processo avaliativo como forma de diagnosticar, um processo contínuo o qual necessita a observação com atividades propostas, sendo uma prática necessária. Somente o(a) professor(a) P1 diverge dos demais preocupando-se com a falta de compromisso dos alunos e o distanciamento da família em acompanhar o processo dentro da escola. Para Antunes (2008, p. 11) “é essencial que o professor jamais esqueça que ao avaliar seu aluno está em última análise refletindo sobre a própria grandeza do desenvolvimento humano”. Ou seja, os professores ao definirem a avaliação na realidade da sala de aula deve e pode se preocupar fazendo algumas reflexões e estratégias que visem melhorar ao coletar e interpretar os dados com mais critério e julgar com mais aguda propriedade.

O docente ao desenvolver o conceito de avaliação contribuirá no processo de aprendizagem dos seus alunos, julgando cada momento de aprendizagem, orientando-os de maneira a qual todos possam se envolver na sala de aula refletindo sobre os conhecimentos internalizados.

Em seguida, analisaremos o quadro 2 que visa a análise das práticas dos docentes no seu processo avaliativo:

Sujeitos

De que forma você faz a análise da sua prática como docente no processo avaliativo?

P1 escola E

Boa prática, mas dependemos muito do alunado porque não adianta eu achar suficiente e a clientela não cooperar.

P2 escola E

Procuro ser justa, levo em conta tudo que o aluno faz em sala de aula.

P3 escola E

Acredito que da forma mais satisfatória e plausível com a realidade da escola, contemplando não apenas aspectos quantitativos.

P4 escola M

Partindo do meu conhecimento, buscando melhorar sempre para objetivar como posso repassar ou mediar alguns conhecimentos.

P5 escola M

Analiso da forma mais passiva possível, pois tento absorver o máximo de conhecimento dos meus alunos quando estou avaliando.

Quadro 2: Análise das práticas dos docentes no seu processo avaliativo
Fonte: Elaborado pelo pesquisador com dados coletados em Nov../2012.

Percebe-se que os professores aqui questionados preocupam-se ao fazer a análise de sua prática diante do processo avaliativo dando ênfase à compreensão organizando seus conhecimentos para ensinar seus alunos e estão em consonância no que afirma Sant’Ana (2005, p. 23) “O professor organizará as situações de aprendizagem oportunizando contato do aluno com o ambiente, de forma real, significativa. É preciso conhecer a clientela para utilizar técnicas de acordo com a realidade interna e externa do sujeito”.

Nessa sistematização de situações de aprendizagem a avaliação terá a função de estabelecer comparações no que pode ser alcançado e o que pode ser atingido.

O professor ao avaliar, deverá ter em vista o desenvolvimento integral do aluno. Assim, comparando os resultados obtidos, ao final, com a sondagem inicial, observando o esforço do aluno de acordo com suas condições permanentes e temporais, constatará o que ele alcançou e quais as suas , o possibilidades para um trabalho futuro (SANT’ANA, 2005, p. 24).

No entanto, para os professores pesquisados restam perceber que avaliação também tem como pressuposto oferecer-lhes oportunidade de verificar constantemente se as atividades, os métodos, os procedimentos, recursos e técnicas que eles estão possibilitando aos alunos para alcançarem seus objetivos. Ou seja, o docente avalia a si, o aluno, o processo ensino- aprendizagem.

O quadro seguinte apresenta a opinião dos professores sobre os instrumentos avaliativos:

Sujeitos

Que instrumentos você utiliza para esta avaliando os alunos?

P1 escola E

Todas as técnicas possíveis a partir da entrada em sala.

P2 escola E

Levo em conta a participação do aluno nas atividades feitas e o interesse pelas aulas.

P3 escola E

Notas obtidas em avaliações individuais ou coletivas, resolução de atividades propostas, participação nas aulas.

P4 escola M

A principio se dar pela participação, pois com ela o nível de aprendizagem é bem melhor chegando à avaliação diária e mensal.

P5 escola M

Trabalhos individuais e em grupos, avaliações mensais e bimestrais, atividades de classe e para casa.

Quadro 3: Avaliando através dos instrumentos.
Fonte: Elaborado pelo pesquisador com dados coletados em Nov./2012.

Os professores(as) P2, P3, P4 e P5, citam pontos desde a observação, atividades no caderno, as verificações mensais e avaliação diária. Já o professor P1cita todas as técnicas, mas, no entanto não dar nenhum exemplo de instrumentos real para avaliar os alunos no suponhamos que o professor P1 faça uma observação de maneira casual a qual Haydt (2006, p. 298) explica que a observação casual “é aquela em que se realiza de modo espontâneo e informal”.

A autora ainda ressalta:

É preciso decidir sobre os tipos de instrumentosque será adotado para o registro dos dados da observação. No caso de ser adotado uma ficha, antes de elaborá-la deve ser decidido o que é importante constatar dela. Essas decisões devem ser tomadas pelos professores em conjunto.(HAYDT, 2006).

É importante lembrar que o registro através da observação visa ser prático e sem muitas dificuldades de usar, deve ser fácil de interpretar servindo para uma análise conjunta a qual favoreça todo o corpo docente e discente ou até mesmo a família dos alunos poderão consultar as aprendizagens e aproveitamentos adquiridos pelos mesmos. Isto é, o registro das observações e da análise da produção dos alunos é um instrumento de trabalho do professor.

Para os professores pesquisados a observação é necessária no dia a dia do educando, pois para eles restam anotar os dados coletados dos alunos para serem úteis, ou seja, significativo na vida do aluno.

O quadro a seguir (4) fará a explanação dos desafios que os docentes enfrentam para ensinar o aluno e os métodos utilizados para se fazer uma decisão verdadeira.

Sujeitos       

Diante dos grandes desafios que o docente enfrenta para ensinar o aluno, quais métodos você utiliza para tomar uma decisão fidedigna ao avaliar sua aprendizagem?

P1 escola E

Essa é preocupante e depende de muita análise, porque também precisamos do apoio familiar e na maioria das vezes não temos.

P2 escola E

Eu observo muito o interesse do aluno nas aulas, e mais em conta a sua participação.

P3 escola E

Além dos supracitados, busco ter um conhecimento mais aprofundado sobre o aluno e sua realidade, de modo que possa compreender de fato quando o aluno tem interesse, mas, não está obtendo êxito ao aprendizado.

P4 escola M

Da mesma forma que foi aplicada a aula conteúdo mais atividade de práticas, com isso posso tomar qualquer decisão.

P5 escola M

Analiso a situação e a capacidade de cada educando, pois cada um tem suas particularidades.

Quadro 4: Desafios e métodos para ensinar os alunos.
Fonte: Elaborado pelo pesquisador com dados coletados em Nov./2012.

Ao questionarmos os professores sobre os desafios e os métodos para avaliar os alunos eles apontaram vários fatores o professor P1 aponta a família ele(a) desejava que os pais participassem mais, pois nota que o apoio da família é essencial para acompanhar o processo avaliativo. O professor P2, P3 e P5 fazem a observação da participação dos alunos o que vale para eles é o interesse dos educandos para adquirirem conhecimento.

O professor P4 usa o método de conteúdos aplicados de acordo com cada aula dada vai fazendo anotações e só assim toma as decisões.

O que nos chama mais atenção nessa análise dos desafios e métodos dos professores para avaliar o aluno de forma fidedigna é a resposta do professor P5, quando diz que faz a análise dos alunos de forma singular respeitando a particularidade e a subjetividade de cada sujeito fazendo com que o ato avaliativo ocorra em umprocesso formativo.

De acordo com Garita (2002, p. 190)

a avaliação efetivada no contexto da atual reforma do ensino ainda que se proponha formativa, visa o acompanhamento integral do desenvolvimento do aluno, contêm conflitos tanto nos documentos oficiais como na prática avaliatória dos professores.

Tal processo não ocorre de maneira concisa porque não se leva em conta uma cultura avaliatória, instituída igualmente na representação dos professores, alunos, famílias e na própria instituição escolar.(GARITA, 2002).

No quadro 5 analisaremos as dificuldades para a realização da avaliação em sala de aula.

Sujeitos      

Você encontra dificuldades para realização da avaliação em sala de aula? Justifique.

P1 escola E

Às vezes sim, pois como já falei depende da clientela

P2 escola E

Sim, porque alguns alunos não levam a sério qualquer atividade avaliativa.

P3 escola E

Às vezes, elaborando no dinamismo de rol de conteúdos a que estamos vinculados, falta de recursos ou mesmo ( e o que mais grave) falta de interesse por parte dos discentes.

P4 escola M

Às vezes, pois embora não tenho todos os amparos para uma boa aula, quando chega as avaliações é preciso ser diversificado no entanto não é.

P5 escola M

Não. A avaliação fluir naturalmente.

Quadro 5: Dificuldades da realização da avaliação em sala de aula.
Fonte: Elaborado pelo pesquisador com dados coletados em nov./2012.

Os professores P1, P2, afirmam que depende muito dos alunos equando não predomina o desinteresse a avaliação ocorre de maneira construtiva, já o professor P3 e P4 elencam como dificuldades a falta de recursos e a falta de comprometimento dos alunos com a avaliação. Somente o professor P5 diverge dos outros professores afirmando que a avaliação ocorre de maneira natural, o professor P5 mostra insuficiência da prática avaliativa, talvez não haja o dinamismo que exige a avaliação da aprendizagem. O professor tem que está compromissado com o desenvolvimento de uma prática pedagógica refletindo sempre as dificuldades encontradas no cotidiano da sala de aula.

Esteban (2003, p. 18) afirma que: “Nestas situações do cotidiano, as quais não damos maior relevância, podemos encontrar sinais de ruptura com o discurso da classificação que vem dando sentido as práticas de avaliação”. Ou seja, o professor ao dialogar com o aluno também se depara com aprendizagem podendo modificar a sua prática, através desta relação professor-aluno a aprendizagem vai estabelecendo laços os quais serão de relevância para ambos já estamos no tempo de analisar tais relações de maneira mais precisa dando um maior enfoque nesses dois sujeitos que são os alicerces da escola.

No quadro 6 analisou-se o discurso dos professores de avaliar sem excluir os alunos

Sujeitos      

Que finalidade você utiliza para avaliar os alunos sem excluí-los?

P1 escola E

Não utilizamos nenhum tipo de métodoque possa excluir o aluno, os métodos são usados para todos.

P2 escola E

Eu uso sempre os mesmos métodos e atividades iguais para todos.

P3 escola E

Acredito que a busca pelo conhecimento da realidade individual de cada aluno é um bom método, sempre que possível, sem conteúdo, deixar de ser imparcial.

P4 escola M

A finalidade de avaliar é acima de tudo saberse o alunado conseguiu absorver tudo que foi passado, sem excluí-los colhendo todos os seus méritos.

P5 escola M

Dinamizando as avaliações adequando – as a cada educando e ao seu nível de conhecimento.

Quadro 6: Avaliando os alunos sem excluí-los.
Fonte: Elaborado pelo pesquisador com dados coletados em nov./2012.

As decisões dos professores ao fazer a compreensão e análise dos alunos ao utilizar métodos e estratégias para que os alunos aprendam é necessário para o educador perceber como está avaliando este aluno sem excluí-lo os professores, P1 e P2 faz uma explanação das finalidades visam uma avaliação que possa atender todos os alunos sem desfavorecer-los. O que o professor não pode deixar de entender é que avaliação e a nota são processos totalmente diferentes, Vasconcelos (2005, p. 53) afirma que:

Avaliação é um processo abrangente da existência humana que implica uma reflexão crítica sobre a prática no sentido captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos. A nota seja na forma de número (ex.: 0-10), conceito (ex: A, B, C, D) ou menção (ex.: Excelente, Bom, Satisfatório, Insatisfatório), formal do sistema educacional [...].

Poderíamos pensar em uma escola sem notas, mas somos conscientes que, a humanidade jamais poderá viver sem o processo avaliativo, para o professor, esse poder de avaliar o cotidiano dos alunos ainda é uma necessidade maior, pois o educador no dia a dia da sala de aula precisa está atento para não tomar decisões errôneas a qual possa prejudicar a aprendizagem do aluno.

Os professores P3 e P4 falam da individualidade dos alunos e seus méritos para conseguirem atingir os resultados sem excluí-los. De forma parcial o professor vai definindo o aluno através de observações, registros até realmente chegar a um denominador comum que são as habilidades e as competências de cada aluno poderíamos chamar aqui os registros das ações dos alunos anotados pelos professores de laudos de competências os quais os mesmos facilitariam o processo avaliativo e a vida dos alunos sem excluir qualquer atividade feita por eles.

O professor P5 define suas finalidades avaliativas como dinamizadoras a qual respeita as atitudes de cada aluno diante do processo avaliativo, talvez pudéssemos afirmar que, a resposta do professor seja a possibilidade de está surgindo um novo conceito de avaliação o qual se preocupa com o nível de conhecimento dos alunos, uma nova cultura avaliativa.

O processo de avaliação do resultado escolar dos alunos e alunas está profundamente marcado pela necessidade de criação de uma nova cultura sobre avaliação, que ultrapasse os limites da técnica e incorpore em sua dinâmica a dimensão ética. (ESTEBAN, 2003)

Esta dimensão ética deve partir de toda comunidade escolar e de uma visão macro da sociedade é necessário que se faça críticas e que é chegada à hora de se pensar em uma avaliação justa a qual possa partir de toda a prática profissional do professor visando à compreensão, a análise e a reflexão para não excluirmos os alunos da sua vida social.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa se investigou a avaliação da aprendizagem: compreensão, análise e reflexão crítica na prática docente. Verificamos que a avaliação da aprendizagem tem vários conceitos que tornao processo de avaliar do professor um viés de complexidade.

Percebemos que os docentes estão comprometido com suas práticas avaliativas e que as tomadas de decisões ao avaliar o aluno ainda provoca inquietações causando um certo desestímulo aos professores pela falta de interesse e compromisso dos alunos com as atividades desenvolvidas dentro da sala de aula.

Observamos também as perspectivas reflexivas dos docentes na avaliação da aprendizagem diante das notas, vimos que a nota ainda gera expectativas nos alunos e que é necessário desde cedo os professores começarem a trabalhar o sentido das mesmas para não ser confundida com a avaliação.

Os professores veem a avaliação como algo necessário para vida do aluno e ressaltam que é preciso a participação da família dentro do processo avaliativo para a formação desses sujeitos.

Percebeu-se que os instrumentos avaliativos utilizados pelos professores são as técnicas deobservações e as provas escritas viu-se a necessidade de utilização de outros instrumentos como por exemplo, os trabalhos em grupos, exercícios no caderno , a prova oral e a própria autoavaliação etc.

Identificamos que a análise reflexiva dos docentes são feitas de maneira espontânea através de observações visando propósitos dos níveis de aproveitamentos dos alunos preocupando-se com o diagnóstico e as modalidades que giram em torno do processo avaliativo da aprendizagem.

Portanto, na atualidade a avaliação da aprendizagem percorre para novos paradigmas e novos conceitos mesmos ressaltando a falta de compromisso de alguns alunos, os professores devem perceber que tal desinteresse, é que a nota é confundida com o verdadeiro sentido da avaliação processo o qual está imbricado no ser humano desde quando ele começa a perceber-se como ser pensante capaz de construir e transformar seus conhecimentos a partir da compreensão sistemática de suas ações.

O processo de avaliação da aprendizagem sempre esteve entranhado na prática do professor, o que resta agora aos educadores é se adaptar com os novos modelos de avaliação através do diagnóstico do dia a dia dos alunos, a interpretação e as análises e as reflexões é que rompe as barreiras do aprender e cabe ao professor orientar este aluno a se perceber como ser crítico capaz de transformar seus conhecimentos para tornar-se um sujeito autônomo.

7. REFERÊNCIAS

AFONSO, Almerindo Janela. Resgatando a avaliação formativa como instrumento de emancipação. In:ESTEBAN, Maria Teresa. (Org). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos.Rio de Janeiro: DP&A, 2004

ANTUNES, Celso. A avaliação da aprendizagem escolar: fascículo 11–Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2008.

CARRARA, Kester. Avaliando a avaliação. In. RAPHAEL, Hélia Sonia; CARRARA, Kester. (Org.) Avaliação sob exame. Campinas São Paulo: Autores Associados, 2002.

ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliação: Uma prática em busca de novos sentidos.Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

GARITA, Rosaly Mara Senapeschi, Podemos ser consciente quando avaliamos? In. RAPHAEL, Hélia Sonia; CARRARA, Kester. (Org.) Avaliação sob exame. Campinas São Paulo: Autores Associados, 2002.

GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre a iniciação à pesquisa científica. Campinas, São Paulo: Alínea, 2007.

GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de metodologia da pesquisa científica. São Paulo: Avercamp, 2005.

HAYDT, Regina Célia C. Curso de didática geral. São Paulo: Ática, 2006.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch, Avaliação. Mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre; 35ª ed. Mediação 2005.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez 2008.

MARCONI, Maria de Andrade. LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: Planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 6 ed. São Paulo: Atlas 2006.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Tradução Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

RAPHAEL, Hélia Sonia. Das práticas utilitárias à práxis avaliatória. In. RAPHAEL, Hélia Sonia; CARRARA, Kester. (Org.) Avaliação sob exame. Campinas São Paulo: Autores Associados, 2002.

SANT’ANA, Ilza Martins. Por que avaliar?:como avaliar?: Critérios e instrumentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

SEPÚLVEDA, Denize; DAVID, Leila Nivea BruzziKling. (Re)pensando a prática avaliativa na formação e na atuação do professor.Disponivel< http://www.faetec.rj.gov.br democratizar v2-n2>2008.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética – libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 2006.

KENSKI, Vani Moreira, Repensando a avaliação da aprendizagem. In VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Repensando a didática. São Paulo: Papirus. 2006.

LEAL, Tereza Ferraz, et al. Ensino fundamental de nove anos: orientações para inclusão da criança de seis anos de idade. In: BEAUCHAMP, Jeanete. Avaliação e aprendizagem na escola: a prática pedagógica como eixo da reflexão. Brasilia: Ministério da Educação, Secretária da Educação Básica, 2007.

8. APÊNDICE

QUESTIONÁRIO AOS (PROFESSORES)

Eu Erivaldo Lima Sousa acadêmico do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia do Instituto de Ensino Superior Múltiplo - IESM. Venho através deste, solicitar a sua participação em nosso Trabalho de Conclusão de Curso que tem como tema: Avaliação da aprendizagem: compreensão, análise e reflexão crítica na prática docente.

Contando com sua colaboração de já agradecemos.

Identificação
Nome:____________________________________________
Formação:________________________________________
Tempo de serviço:_____________Ano_________________

1. Como você define a prática avaliativa no cotidiano da sala de aula?

______________________________________________________________________________________________________________________________________

2. De que forma você faz a análise da sua prática como docenteno processo avaliativo?

______________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Que instrumentos você utiliza para estar avaliando os alunos?

______________________________________________________________________________________________________________________________________

4. Diante dos grandes desafios que o docente enfrentapara ensinar o aluno, quais métodos você utiliza para tomar uma decisão fidedigna ao avaliar sua aprendizagem?

______________________________________________________________________________________________________________________________________

5. Você encontra dificuldades para realização da avaliação em sala de aula?Justifique.

______________________________________________________________________________________________________________________________________

6. Que finalidades você utiliza para avaliar os alunos sem excluí-los?

______________________________________________________________________________________________________________________________________


Publicado por: ERIVALDO LIMA SOUSA

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