AS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E A SALA DE AULA

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1. RESUMO

Este trabalho objetiva observar as diferenças individuais encontradas em nossas salas de aula e a sua influência no processo de ensino-aprendizagem. Sabemos que o processo da aprendizagem acontece de forma diferente para cada indivíduo, pois é necessário um conjunto de estratégias cognitivas que mobilizam o processo que muitas vezes é singular. Existem diferentes perfis intelectuais, que são formados da inter-relação dos diferentes tipos de inteligências existentes no homem. Para tanto, o professor em seu trabalho precisa reconhecer as multifaces de inteligência do universo de sua sala de aula e construir o ambiente adequado para que as inteligências sejam desenvolvidas. Cada aluno possui o seu próprio estilo de aprendizagem e apresenta conhecimentos prévios oriundos de situações ambientais diversas. Uma nova visão do trabalho escolar é necessária para a criação de contextos educacionais onde todos possam aprender. A aprendizagem não depende somente dos alunos, mas sim de um trabalho continuo de análise, monitoramento e intervenções do professor durante a realização das atividades, que contribuirão para um desenvolvimento das potencialidades de cada um. O ajuste entre o professor e o estilo de aprendizagem do aluno pode ser uma das respostas para vencermos o fracasso escolar que tanto angustia alunos e professores.

Palavras-chave: Diferenças. Aprendizagem. Inteligências. Metodologias. Fracasso.

ABSTRACT

This study aims to observe the individual differences in our classrooms and their influence in the teaching-learning process. We know that the learning process occurs differently for each individual, for a set of cognitive strategies that mobilize the process is often singular is necessary. There are different intellectual profiles, which formed in the inter-relationship of different types of intelligences in man. Therefore, the teacher in his work needs to recognize the intelligence of the multifaceted universe of your classroom and build the right environment for that intelligences are developed. Each student has their own learning style and features prior knowledge from different environmental situations. A new vision of schoolwork is necessary to create educational environments where everyone can learn. Learning is not only the students, but also a continuous work analysis, monitoring and intervention by the teacher during the course of the activities, which will contribute to developing the potential of each. The fit between the teacher and the student's learning style can be one of the answers to overcome school failure that both distresses students and teachers.

Keywords: Differences. Learning. Intelligences. Methodologies. Failure

2. INTRODUÇÃO

Existe uma grande preocupação dos que atuam na educação, quanto ao elevado número de alunos que não conseguem acompanhar o desenvolvimento e rendimento da classe (como se ela pudesse ser homogênea) e que em consequência disto se desestimulam ou até mesmo desistem da escola.

Precisamos reconhecer que os alunos são diferentes, que nem todas as pessoas têm os mesmos interesses e habilidades, que nem todos aprendem da mesma maneira, pois cada um tem o seu ritmo para aprender; sendo assim, enfrentamos um grande desafio: como trabalhar o conteúdo para que possamos estimular os diferentes níveis e tipos de inteligências existentes em nossos alunos?

Nossa inteligência é complexa, e não é contemplada em seu todo por metodologias que privilegiam apenas um aspecto dela. O atual sistema de ensino busca uma produção em série e com isso apenas evidência as diferenças, no entanto nada fazem por elas além de discriminá-las.

Para os professores, constitui um importante problema abordar no dia-a-dia, o desafio colocado por um considerável número de alunos que não alcançam rendimentos inicialmente esperados em suas aprendizagens. Despertar o interesse pelos temas a serem apresentados, utilizando uma abordagem que caminhe pela área de maior desenvolvimento em cada aluno e buscando o despertar de outras, deve ser o caminho para ter este desafio vencido.

Este trabalho busca alertar para o papel da motivação e a importância do reconhecimento das habilidades dos alunos para o alcance de uma aprendizagem significativa, fortalecer o princípio de que o uso de métodos diversificados, na apresentação dos conteúdos em sala de aula para que os diferentes tipos e níveis de compreensão dos alunos sejam alcançados.

Através da investigação do tema por meio de levantamento bibliográfico e das observações realizadas dos acontecimentos do dia-a-dia da sala de aula observamos que uma revisão no papel da educação se faz necessário, para que as diferenças encontradas na sala de aula possam passar de dificuldades a potencialidades.

3. O FRACASSO ESCOLAR E AS DIFERENÇAS

Muitas são as dificuldades de aprendizagem na escola, que podem ser consideradas uma das causas que podem ter como consequência o fracasso escolar. Este fracasso não é só do aluno, uma vez que as escolas não estão preparadas para lidar com a diversidade encontrada entre os seus alunos. O fracasso escolar tem seu desencadeamento em alguns dos momentos do processo de ensino e aprendizagem. Este processo, segundo Perrenoud (2001) envolve um grupo de atores e suas ações, ou seja, o aluno, o professor, a concepção de ensino, de sociedade e do homem, a organização do currículo, o ambiente, as metodologias, as estratégias e os recursos.

Não pretendo neste momento, tratar individualmente de cada um destes momentos, mas apenas analisar alguns que são considerados de grande importância para este estudo.

3.1. O Currículo

O currículo, como o caminho que desejamos que os alunos percorram, em sua maioria muito tem contribuído para que este quadro permaneça. Ele em sua maioria apresenta conteúdos que vão requerer dos alunos um conhecimento prévio, e isto serve de divisor entre os alunos na sala de aula, pois nem todos os alunos partem de um mesmo ponto, ou seja, lidamos com níveis de conhecimentos prévios diferentes. O que normalmente acontece, é um programa, que privilegia os mais preparados e aumenta a distância entre estes e os demais. O aluno, ao deparar com as dificuldades em sua aprendizagem, muitas vezes começa a apresentar desinteresse. O desinteresse gera a indisciplina e as faltas às aulas.

Os programas aplicados nas escolas são elitistas em sua maioria, pois ignoram a diversidade social e cultural dos alunos. Uma criança criada em meio a pessoas instruídas, livros e computadores certamente não estranhará os trabalhos escolares e a relação com as exigências do processo de ensino. No entanto, encontraremos aqueles que viveram com pessoas quase analfabetas, passavam o tempo na rua ou diante de uma TV. Não há como desconsiderar a distância que estes terão de percorrer para alcançar os outros alunos.

A sociologia da educação deve, é claro, dar conta da relação entre o fato de pertencer a uma classe e o fracasso escolar. Mas também deve dar conta do fato de que essa relação não é mecânica. A explicação do fracasso escolar em termos de distância cultural entre o aluno e a escola deve, em primeiro lugar, ser construída no nível mais concreto: por um lado, o da distância entre a cultura que uma criança particular deve à sua família e, por outro, o currículo real e as normas de excelência com as quais é confrontada cotidianamente em uma sala de aula particular (PERRENOUD, 2001, p.131).

O professor no seu dia-a-dia vive em meio às diferenças, sabe, portanto que as crianças não aprendem da mesma forma. Logo, com o mesmo ensino não adquirem junta a mesma aprendizagem. É necessário diferenciar o ensino para prevenir o fracasso escolar.

De acordo com Perrenoud (2001, p. 51) “a diferenciação do ensino significa inevitavelmente romper com a forma de equidade, interessar-se mais por alguns alunos, atendê-los mais, propor-lhes atividades diferentes, julgá-los de acordo com exigências proporcionais às suas possibilidades”.

3.2. O Professor

Outro momento importante do processo é a interação entre professor e aluno. Vygotsky (1994), ao falar sobre a importância das interações sociais, deixa clara a ideia da mediação e da internalização como aspectos fundamentais para a aprendizagem, defendendo que a construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de interação entre as pessoas. Desta forma, a ajuda que o professor proporciona o cada aluno durante o processo, contará muito para o seu desenvolvimento. Quando esta ajuda acontece sem uma identificação das diferenças existentes entre os alunos, chegando até eles de uma única forma, o que teremos no fim do processo serão resultados que aumentarão ainda mais as diferenças iniciais.

A aprendizagem normal dá-se de forma integrada no aluno (aprendente), no seu pensar, sentir, falar e agir. Quando começam a aparecer 'dissociações de campo' e sabe-se que o sujeito não tem danos orgânicos, pode-se pensar que estão se instalando dificuldades na aprendizagem: algo vai mal no pensar, na sua expressão, no agir sobre o mundo (WEISS, 1999. p.23).

O aluno não aprende sozinho, a aprendizagem depende da interação como professor e o meio. Sendo assim, a ajuda do professor precisa ser ajustada ao nível que o aluno apresenta em cada fase de aprendizagem. Indo um pouco além, a ação do professor nesta relação poderá tornar o aluno capaz ou incapaz. Em muitos dos casos que conhecemos os alunos não possuem dificuldades de aprendizagem, mas os professores é que apresentam dificuldades de ensinar. Diferente do passado, quando cabia aos alunos toda a responsabilidade pelo fracasso escolar, hoje estudos mostram que esta é uma questão complexa, vai além do aluno e do professor. O cotidiano escolar sofre as interferências de agentes como, a estrutura física da escola, os métodos de ensino utilizados, o grau de dificuldade dos conteúdos e o nível de conhecimento prévio dos alunos.

Segundo Freire (1999, p. 35), “os alunos não se evadem da escola, a escola é que os expulsa”.  A cada ano, um número expressivo de alunos, deixa as salas de aula muitas vezes por presumir que a escola não foi feita para ele.

3.3. A avaliação

No fim do processo, encontramos a avaliação, e esta, é efetivamente o final do caminho percorrido pelos alunos. E esta fase do processo acontece de forma padronizada, mensurando apenas o teor do conhecimento adquirido pelo aluno.

Quando se fala na avaliação escolar, imediatamente ocorre falar da avaliação do rendimento dos alunos como se esta fosse algo que recai exclusivamente sobre eles, ignorando-se os restantes intervenientes no processo de desenvolvimento de um curriculum (PACHECO, 1995, p.13).

Tradicionalmente, temos avaliado apenas a capacidade de dominar os conceitos, de memorizá-los e expressá-los corretamente, sendo assim o processo de avaliação contempla apenas algumas das competências, desvalorizando aqueles que as tem de forma menos desenvolvida e não mensurando as demais.

Para favorecer os mais favorecidos e desfavorecer os desfavorecidos, é necessário e suficiente que a escola ignore no conteúdo do ensino transmitido, nos métodos e nas técnicas de transmissão e nos critérios de julgamento, as desigualdades culturais entre as crianças provenientes das diferentes classes sociais; em outros termos ao tratar todos os ensinados, por mais desiguais que sejam, como iguais em direitos e deveres, o sistema escolar é levado a sancionar as desigualdades iniciais frente à cultura. A igualdade formal que regula a prática pedagógica, na verdade, serve de máscara e de justificação às desigualdades reais frente ao ensino, e frente à cultura ensinada, ou, mais exatamente, exigida (BOURDIEU in PERRENOUD 2001, p. 66).

A conscientização de que é preciso democratizar a educação no Brasil, tem feito com que alguns professores, trabalhem com mais persistência no sentido de sanar as diferenças que as crianças oriundas das classes baixas trazem para as escolas. Os nossos professores reconhecem que um ensino que não considera as desigualdades existentes em sala de aula, favorece apenas os mais privilegiados.

Vivemos hoje, um momento em que algumas ações no sentido de diminuir os índices do fracasso escolar têm feito parte do cotidiano de algumas instituições. Mas em contra partida, temos uma grande maioria que considera o fato como inevitável e dentro do esperado.

É urgente a adoção de uma nova visão sobre as dificuldades e o reconhecimento das diferenças de aprendizagem. Precisamos trabalhar com o objetivo de desenvolver os diferentes potenciais existentes em uma sala de aula.

4. IDENTIFICANDO AS DIFERENÇAS

No primeiro capítulo, vimos que a dificuldade de aprendizagem é alguns dos possíveis responsáveis pelo fracasso escolar. Esta tem sua origem no despreparo que as escolas têm para lidar com a diversidade encontrada em suas salas de aula. A escola é muito complexa e as crianças encontram dificuldades para entender como ela funcionam logo suas respostas na maioria das vezes serão inadequadas. É preciso que seja construído um ambiente favorável a adaptação e facilitando o domínio deste pelas crianças. Esta ação engloba desde as exigências dos conteúdos à disposição das carteiras na sala de aula, incluindo o reconhecimento das habilidades especificas que cada aluno traz para o ambiente da escola.

Antunes (1998, p.11), conceitua inteligência como “a capacidade cerebral pela qual conseguimos penetrar na compreensão das coisas escolhendo o melhor caminho”.

O conceito de que a inteligência existe de uma forma geral e que cada pessoa a possui em níveis diferentes é algo ultrapassado. Sabemos hoje, através de estudos que a inteligência possui muitas faces e todos nós a possuímos de maneira integral (Gardner, 1995). No entanto o percurso para a compreensão de um mesmo conteúdo atravessa caminhos diferentes nos indivíduos.

Quanto às múltiplas inteligências, Antunes (Ibidem, p.134), afirma:

A descoberta de que a criatura restrita, limitada, pequenina no descontrole de suas emoções em que a visão da inteligência geral nos fez crer sofre profundo abalo com os estudos neurológicos recentes e, dessa bagagem científica, surge à descoberta de um novo ser, estimulável em múltiplas inteligências e pronto para transformar em suas as habilidades que, anos atrás, apenas apreciava em alguns (GARDNER, 1995, p.134).

Os pesquisadores atuais, afirmam que as habilidades são diversas e precisam de estímulos.

4.1. A contextualização da inteligência

Até certo tempo, acreditava-se que a inteligência estava no interior do indivíduo e sua avaliação era realizada através de estruturas que tinha sua ênfase no isolamento do indivíduo e a mensuração de suas respostas dentro de um contexto específico.

Na atualidade, estudiosos do comportamento contestam este pensamento. Pertencemos ao mesmo grupo de seres vivos, mas nossas culturas são diversas. O indivíduo nasce dentro de uma cultura e desde cedo recebe dos pais instruções e incentivos que o levará em direção a um objetivo traçado previamente; desta forma os tipos de inteligência favorecidos e os modelos fornecidos certamente irão conduzir sua formação e o seu desenvolvimento.

Segundo Gardner (1995, p. 189) “na melhor das hipótese, as inteligências, são potenciais ou inclinações, que são realizadas ou não, dependendo do contexto cultural em que são encontradas”.

Desta forma, faz-se necessário proporcionar oportunidades e construir o ambiente adequado para que as inteligências possam ser desenvolvidas. Os grandes músicos que conhecemos, não teriam alcançado sucesso, se tivessem passado sua vida longe do ambiente musical. Nossas inclinações biológicas precisam de oportunidades de aprendizagem para tornar-se uma competência.

Ter competência é ser capaz de mobilizar conhecimentos, valores e decisões para agir de modo pertinente numa determinada situação. É o conjunto de competências e habilidades que garantirá sucesso do indivíduo, quer nos pequenos detalhes da vida ou na convivência em sociedade.

Nesta nova visão o professor é orientador da aprendizagem e estimulador da inteligência.

A inteligência, segundo Gardner (1995), existe de certa forma também fora do corpo do indivíduo, já que ele trabalha com todos os tipos de objetos materiais e humanos na construção do seu conhecimento.

4.2. Gardner e sua contribuição

Gardner foi uns dos precursores do estudo das multiformas de inteligência existente. Inconformado com os resultados obtidos, pelos testes de QI e outros testes do gênero que avaliavam apenas as capacidades lógicas e lingüísticas e negligenciariam todas as outras aptidões humanas, desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas. Este trabalho trouxe uma nova visão sobre a definição de inteligência e seu funcionamento. Segundo ele “a mente é instrumento multifacetado, de múltiplos componentes, que não pode, de qualquer maneira legítima, ser capturada num simples instrumento estilo lápis e papel” (GARDNER, 1995, p. 65).

Todos os indivíduos possuem, em grau maior ou menor, vários tipos de inteligência. A mais conhecida é a inteligência lógica ou matemática. Existem, no entanto inteligências inatas, herdadas geneticamente, mas que dependem dos estímulos, da experiência de vida para se desenvolver.

Apesar de não ter tido a intenção de criar uma teoria sobre a aprendizagem escolar, ele trouxe a visão de como podemos caracterizar a inteligência humana e seu desenvolvimento. A Teoria das Inteligências Múltiplas (TIM) deixa claro a necessidade de uma educação mais individualizada, aquela que leve em conta todas as diferentes inteligências dos alunos e as diferentes formas de aprender, já que existem “caminhos” alternativos para promover o aprendizado e o desenvolvimento dos alunos. Cada aluno tem um potencial para ser desenvolvido, é preciso que as escolas reconheçam a diversidade de competências existentes no ambiente escolar. A implantação de ações que facilitem o desenvolvimento e a valorização das diversas competências existentes em uma sala de aula tornam-se indispensável para que a escola possa tratar o fracasso escolar.

Gardner (1995) organizou os resultados de suas pesquisas, agregando as multifaces da inteligência da seguinte forma:

1. Inteligência verbal ou linguística - habilidade para lidar criativamente com as palavras. Esta é uma habilidade universal, desde cedo as crianças criam suas “linguagens” dando nome aos objetos.

2. Inteligência lógico-matemática - capacidade para solucionar problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para raciocínio dedutivo. O indivíduo que a possui resolve de forma muito rápida os problemas, não importando o número de variáveis que possam conter.

3. Inteligência cinestésica corporal - capacidade de usar o próprio corpo de maneiras diferentes e hábeis. A criança em contato com atividades como dança, esportes e atividades manuais tem o seu conhecimento corporal-cinestésico estimulado. O valor que é dado a esta competência não é o mesmo daquele dado a resolução de problemas, no entanto ela é resultado da capacidade de saber usar bem o corpo.

4. Inteligência espacial - noção de espaço e direção. Capacidade de formar modelos mentais ou materiais. Ter sentido de direção. As pessoas cegas possuem esta inteligência bem desenvolvida.

5. Inteligência musical - capacidade de organizar sons de maneira criativa. Esta em sua maioria é manifestada desde cedo nas crianças. Acredita-se que elas nascem biologicamente preparadas para desenvolvê-las.

6. Inteligência interpessoal - capacidade de relacionar-se, a maneira de como aceitar e conviver com o outro. E saber como reagir diante dos humores, temperamentos e situações. Um profissional que lida com pessoas precisa tê-la bem desenvolvida.

7. Inteligência intrapessoal - capacidade de gerenciar bem os próprios sentimentos, conhecer os seus limites, suas emoções e administrá-los a favor de seus projetos. É a inteligência da autoestima (GARDNER, 1995, p.15).

Gardner investiga atualmente a existência da oitava inteligência: a capacidade humana de reconhecer objetos na natureza (animais, plantas, rochas). Esta capacidade, segundo o autor, é indispensável para a sobrevivência no ambiente natural. Ele a denomina Inteligência Naturalista.

O conhecimento das multiformas de inteligências deixa claro a necessidade de uma educação diferenciada, pronta para responder a esta diversidade. As diferenças são responsáveis pela multiplicidade de funções exercidas pelos indivíduos em uma sociedade. Não somos iguais, aprendemos de forma diferente e cada indivíduo tem um potencial a ser desenvolvido e utilizado.

4.3. Reconhecendo a diversidade

Partindo deste entendimento, acredito que as dificuldades na aprendizagem podem ser amenizadas, quando utilizamos de metodologias e estratégias adequadas para a estimulação das diferentes inteligências que encontramos na sala de aula. Sobre a estimulação das inteligências, Antunes (Ibidem, p.106) afirma:

“[...] ao mostrar que a inteligência é estimulável, desde que se usem esquemas de aprendizagem eficientes e que limitações genéticas possam ser superadas (a história das pernas tortas de Garrincha é eficiente exemplo) por formas diversificadas de educação e, sobretudo, ao destacar que os meios para essa estimulação não dependem de drogas especificas e, menos ainda, de sistemas escolares privilegiados, essa identificação pode fazer de qualquer criança uma pessoa integral e de qualquer escola um centro notável de múltiplas estimulações (ANTUNES, 1998, p.106)”.

A escola como um centro de múltiplas estimulações. Este é o sonho dos educadores, trabalhar com objetivo de extrair as sementes de dentro (educare), ou seja, desenvolver o potencial existente em cada criança que chega aos bancos escolares.

Os alunos são agentes na construção do conhecimento e este processo se dá através do desejo (motivação) e da descoberta. A escola como centro de estimulações deve considerar como importante todas as inteligências que o aluno possui. O professor deve ter como compromisso, a garantia de que através de sua ajuda (mediação), o aluno possa construir o conhecimento. Ao apresentar um conteúdo, deve fazê-lo de formas diversificadas facilitando o aprendizado.

Segundo Vygotsky (1978), ser de professor implica em dar assistência ao aluno, oferecendo-lhe apoio e os recursos necessários, para que ele seja capaz de alcançar um nível de conhecimento mais elevado do que lhe seria possível sem ajuda (Zona de Desenvolvimento Proximal).

Conscientes deste papel cabe aos professores reconhecer as diferenças existentes em sala de aula e fazer uso de ferramentas que possam ajudar de forma individualizada seus alunos.

5. TRABALHANDO AS DIFERENÇAS NA SALA DE AULA

Diante de um mundo com muitos problemas a serem resolvidos, encontramos nas diferentes faces da inteligência a chave para a criatividade e possíveis resoluções. No entanto, precisamos reconhecer a sua pluralidade e abrir espaço para que sua manifestação progrida, produzindo uma diversidade de competências.

De acordo com Gardner (Ibidem, p.66) “nenhum indivíduo pode dominar completamente nem mesmo um único corpo de conhecimentos, quanto mais uma série de disciplinas e competências”.

Diante da constatação, entendemos ser uma necessidade deixarmos a prática da instrução uniforme e avançarmos para novas práticas que possam levar em conta os perfis individuais de inteligência em busca do pleno desenvolvimento do potencial que cada indivíduo possui.

Piaget (1990) define a aprendizagem como um processo de construção individual através do qual se faz uma interpretação pessoal da realidade. Ele afirma que os processos de aprendizagem vão além da associação de estímulos e respostas ou da soma de conhecimentos; são mudanças qualitativas nas estruturas e esquemas existentes de complexidade crescente. Desta forma, não podemos esquecer que cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias cognitivas que mobilizam o processo de aprendizagem. Em outras palavras, cada pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo. As respostas dadas pelos alunos são resultados das diferentes formas culturais assimiladas e com diferentes estruturas motivacionais e cognitivas eles assimilam noções e conceitos apresentados.

Quando utilizamos em nossos planejamentos escolares, um visão do pensamento humano que não contempla a totalidade de capacidades existentes no homem, selecionamos antecipadamento o grupo que conseguirá bons resultados na aprendizagem.

Os alunos de diferentes coletividades, classes ou grupos sociais que compõem o conjunto social ao qual vai se dirigir um sistema curricular têm pontos de contato com as diferentes parcelas da cultura e diferentes formas de entrar em contato desiguais com ela. Nessa mesma medida, partem com oportunidades que a escolaridade obrigatória não-seletiva deve considerar em seus conteúdos e em seus métodos (SACRISTÁN, 2000, p. 62).

Necessário se faz levar em conta o aluno, seu ritmo biológico, o seu contexto na elaboração das atividades didáticas, extracurriculares e na escolha da linguagem a ser usada em sala de aula.

5.1. A escola centrada no aluno

Precisamos de uma escola mais centrada no aluno. Para que este trabalho possa ser desenvolvido, precisamos rever as partes que compõem o planejamento do processo de ensino-aprendizagem. Precisamos estar conscientes de que os estilos de aprendizagem e as inteligências individuais precisam orientar o nosso estilo de ensino. Sobre este aspecto, Perrenoud (2002, p. 148) afirma:

Nas escolas, as ações docentes, desde o planejamento das aulas até os processos de avaliação, centram as atenções, como não poderia deixar de ser, na dimensão explícita do conhecimento. Em geral, são examinados os conteúdos disciplinares, expressos por meios linguísticos ou lógico-matemáticos, permanecendo ao largo todas as motivações inconscientes, todos os elementos subsidiários que necessariamente sustentam tais conteúdos. Entretanto quando se pensa na competência como a capacidade de mobilização do conhecimento para a realização dos projetos pessoais, se o papel do conhecimento tácito for subestimado, corre-se o risco de deixar de lado a maior parte do potencial inerente a cada pessoa. Por isso, a ideia de mobilização do conhecimento também está associada à abertura de canais de emergência que possibilitem a cada pessoa o pleno desfrute de suas potencialidades (PERRENOUD, 2002. p.148).

O professor que conhece sua realidade deverá na medida do possível ajudar seus alunos a realizar seus objetivos, valorizando seus interesses, inclinações.

A escola centrada no aluno deverá buscar proporcionar momentos onde as potencialidades se desenvolvam, fortalecendo desta forma as aptidões e as inclinações de seus alunos, contribuindo para construção de bases para o futuro profissional dos mesmos (Perrenoud, 2002).

A realização de projetos e o trabalho interdisciplinar entre os professores são ações que as escolas devem buscar para o favorecimento dos diferentes perfis de inteligências.

Quando existe apenas um padrão de competência, é virtualmente inevitável que a maioria dos estudantes acabe se sentindo incompetente; e isso é particularmente verdadeiro quando esse padrão favorece uma estreita faixa de inteligências. Ao abranger claramente uma gama mais ampla de estados finais, e ao tentar combinar perfis intelectuais com as oportunidades educacionais, a escola centrada no indivíduo aumenta a probabilidade de que esses estudantes realizem ao máximo seu potencial intelectual (GARDNER, 1995, p. 68).

As oportunidades educacionais devem favorecer o desenvolvimento da capacidade de aprender, reter o conhecimento, adquiri uma competência.

Compreender é ser capaz de aplicar conceitos ou habilidades adquiridas em uma nova situação em que este conhecimento é relevante. Desta forma, é preciso definir os tipos de habilidades e de conhecimentos que desejamos que os alunos adquiram (objetivos), ou seja, que competências eles deverão desenvolver, antes de planejarmos o caminho que ele deverá percorrer para alcançá-lo (currículo).

[...] os aspectos intelectuais, físicos emocionais e sociais são importantes no desenvolvimento e na vida do indivíduo, levando em conta, além disso, que terão de ser objeto de tratamentos coerentes para que se consigam finalidades tão diversas, ter-se-á que ponderar como consequência inevitável, os aspectos metodológicos do ensino, já que destes depende a consecução de muitas dessas finalidades e não de conteúdos estritos do ensino (SACRISTÁN, 2000, p. 41).

Na escola centrada no aluno, os objetivos são definidos após o reconhecimento do nível em que o aluno se encontra e dos seus potenciais. O desenvolvimento de uma competência de aprendizagem exige do aluno o envolvimento com o objeto do aprender, sem este envolvimento não existirá a mudança (transformação pelo conhecimento), ou seja, aprendizagem. A motivação, que é o que levará o aluno engajar-se na situação de ensino, ocorre na medida em que esta situação se identifica com a realização de seus anseios. Ela é a resposta aos estímulos gerados em uma situação de ensino.

Desta forma, tanto a motivação com a percepção dos alunos devem ser consideradas no planejamento didático. De uma forma poética, Rubens Alves em Cenas da Vida ressaltou a importância da motivação afirmando que “as inteligências dormem. Inúteis são todas as tentativas de acordá-las por meio da força e das ameaças. As inteligências só entendem os argumentos do desejo: elas são ferramentas e brinquedos do desejo”.

5.2. Avaliação mais adequada

Começando com a avaliação, que desde início deverá oferecer uma visão das potencialidades e dificuldades dos alunos, portanto deve ser realizada através de instrumentos apropriados ao nível do desenvolvimento da criança e diferenciada para cada domínio a ser avaliado.

Tradicionalmente temos avaliado os nossos alunos apenas em suas inteligências linguística e lógica. Como resultado, dividimos os alunos em inteligentes e “menos inteligentes” desconsiderando as demais inteligências existente em nossa sala de aula.

Ao invés de servir como instrumento de avaliar, serve como punição, castigo, instrumento de controle ao aluno e não para ajudar o aluno (punitiva).

Observando que existem 3 tipos de avaliação: formativa, classificatória e cumulativa.

É importante refletir sobre qual papel da avaliação no processo de aprendizagem para a criança.

O modelo de avaliação formativa é o ideal, pois ela é: continua constante e participativa.

Deveria servir como ajuste de conduta, ou seja, como forma da professora avaliar o seu trabalho, refletir sobre o mesmo e modificá-lo.

De acordo com as discussões realizadas no curso de Pró-Letramento oferecido pela UNESP de Araraquara existem 3 momentos na Avaliação Formativa:

Avaliação inicial (levantamento de conhecimentos prévios, necessária), serve também como Avaliação diagnostica (sondagem do que o aluno já sabe sobre o conteúdo - ponto de partida – interessante realizar quando começa o ano)

Avaliação continuada: é formativo – deve ser realizada durante todo o processo – com a função de checar avanços – deve haver um retorno para os alunos – ajuda a acertar rumos de trabalhos

Avaliação final: quando se encerra conteúdos / projetos – ela acontece no final do processo – avalia-se o que o professor propôs ao aluno, se houve resultado.

Interessante ressaltar que:

- Os alunos precisam ter consciência que serão avaliados, o aluno consciente de suas dificuldades, poderá enxergar as possibilidades de melhorar (auto - avaliativa).

- A avaliação só se torna significativa para os alunos, quando eles se lembram e relatam os conteúdos que foram significativos.

- A avaliação tem ainda a função de definir quais atividades deverão ser aplicadas, levando em consideração o perfil intelectual dos alunos.

Portanto, um trabalho continuo de análise e intervenções do professor durante a realização das atividades, contribuirão para um desenvolvimento das potencialidades de cada um.

5.3. A adequação do currículo

A educação que praticamos, tem sido orientada para que os alunos a absorvam conteúdos informais (fatos, conceitos e procedimentos), no entanto, deveria estar voltada para o desenvolvimento de competências e das habilidades.

A flexibilização do currículo é a alternativa que temos na construção de um processo de ensino que contemple a diversidade.

O currículo precisa ser trabalhado de forma que seu conteúdo seja apresentado de formas diferentes, ou seja, através do uso de uma metodologia diversificada.

A maneira como um conceito é apresentado, pode significar uma compreensão perfeita do aluno ou a não assimilação. Nossa busca deve ser sempre no sentido de descobrir a melhor maneira do aluno dominar a matéria, respeitando suas possibilidades, interesses e o conhecimento prévio adquirido através de sua história de vida; e ainda estimulá-los a refletir sobre o conhecimento adquirido levando-os a criação de um novo.

A lógica individual do sujeito, que o panorama da diversidade exibe (de ritmos de aprendizagem, de motivos, de significados, de contextos, etc.), não se adapta a uma organização complexa para o conjunto que atende a padronização. (...) A obrigatoriedade efetiva da educação implica a organização de um mundo complexo de diversidades individuais. (...) Possibilitar a consideração da singularidade só é factível flexibilizando as instituições e os seus métodos, para que a autonomia do sujeito possa ser expressa. (SACRISTÁN, 1999, p.166)

Seguindo este pensamento, cabe aos professores a tarefa de trazer para sala de aula alternativas na apresentação do conteúdo, de criar um ambiente pedagógico variado que contemple as preferências e as tendências dos alunos, através da utilização de métodos, técnicas, e recursos variados. Isto possibilitará aos alunos escolherem seus próprios caminhos na construção do conhecimento.

5.4. O uso de metodologia diversificada

Nossos objetivos e métodos educacionais precisam ser repensados à luz de uma visão de educação como instrumento para a maximização dos potenciais existentes na sala de aula. Não existe um ser humano perfeito em tudo, mas todos, possuem capacidades de níveis diversos e forças pessoais. As inteligências se apresentam em tipos e níveis diferentes, precisamos desenvolvê-las através de metodologias diversas.

Segundo Blim (2005), a didática é o instrumento para estimular a aprendizagem. A influência dos professores e a didática utilizada por eles interferem na forma como se dá a aprendizagem dos alunos e de como se comportam em sala de aula. Uma grande maioria dos alunos considerados com “dificuldades de aprendizagem” teriam seus problemas diminuídos apenas através do uso, pelo professor, do conhecimento dos processos associados ao ato de aprender e de uma didática adequada.

Desenvolver espaços educacionais capazes de ensinar a todos os alunos requer uma revisão do trabalho escolar. A exposição oral não tem lugar, onde o objetivo é ensinar a turma toda alcançando as diferenças. Atividades abertas, diversificadas, que possam ser abordadas por diferentes níveis de compreensão e de desempenho são as mais adequadas.

Para atender a necessidade de diversificação das situações de aprendizagem, é necessário ao professor uma compreensão dos tipos de inteligências existentes no ser humano, dos processos associados ao ato de aprender e de uma prática didática capaz de facilitá-los.

É necessário o reconhecimento da possibilidade que o aluno tem, de partindo do que sabe desenvolver o seu potencial.

O aprendizado dos alunos evolui na mesma proporção em que o professor reconhece as suas habilidades, investe nas diferenças, garante a liberdade e a diversidade das opiniões, confrontando significados e experiências.

Segundo Coll todos os alunos têm necessidades específicas de aprendizagem. Todos os alunos devem ser objeto de uma adaptação das formas de ensino que lhes permita avançar ao máximo em sua aprendizagem1.

O autor sugere a prática do ensino adaptador, onde algumas ações educativas na sala de aula tornarão minimizadas as diferenças.

  1. Atividades de ensino-aprendizagem, materiais didáticos e curriculares diversificados e diversificáveis.

  2. Conjunto de ajudas e apoios variáveis, em quantidade e qualidade, na realização das atividades.

  3. A adaptação curricular significativa de alcance individual e grupal.

A soma de todas estas ações, em harmonia com o trabalho do professor, o apoio da administração e de recursos oriundos da sociedade, possibilitará o sonho de satisfazer as necessidades educativas que os alunos possuem.

Percebe-se a importância da associação da eficiência do ensino com a compreensão de como se processa a aprendizagem, e descobre-se que, sem a aprendizagem, o ensino não se consuma. [...] Em síntese, o papel do novo professor é o de usar a perspectiva de como se dá a aprendizagem, para que, usando a ferramenta dos conteúdos postos pelo ambiente e pelo meio social, estimule as diferentes inteligências de seus alunos e os leve a se tornarem aptos a resolver problemas ou, quem sabe, criar “produtos” válidos para seu tempo e sua cultura (MELLO, em fase de elaboração).

Investir na diminuição do fracasso escolar, como podemos constatar é responsabilidade de todos os atores do universo escolar.

Um currículo que respeite os conhecimentos prévios dos alunos, uma didática que alcancem a diversidade de inteligências presentes em sala de aula, o respeito pela diversidade cultural e a visão de que o aluno tanto aprende como ensina, são ingredientes indispensáveis para o sucesso escolar.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escola sofre uma série de interferências no seu dia-a-dia que influenciam o processo de ensino e aprendizagem, ou seja, sua estrutura física, os métodos de ensino utilizados, o grau de dificuldade dos conteúdos e o nível de conhecimento prévio dos alunos são componentes do sucesso ou fracasso escolar. O fracasso não é só do aluno, mas é também da escola e do sistema educacional nacional.

A construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de interação entre as pessoas e o meio. A intensidade com que o professor auxilia cada aluno e a escolha de métodos que objetivem a maximização dos potenciais definirão o ritmo de desenvolvimento dos alunos.

Uma reorganização do sistema educacional é necessária. Uma revisão das partes que compõem o planejamento do processo de ensino-aprendizagem. As inteligências e os potenciais de nossos alunos dependendo do contexto em que são trabalhados serão ou não desenvolvidos.

É urgente a adoção de uma nova visão sobre as dificuldades e o reconhecimento das diferenças individuais existentes no processo de aprendizagem. Precisamos trabalhar com o objetivo de desenvolver os diferentes potenciais existentes em uma sala de aula. O percurso para a compreensão de um mesmo conteúdo atravessa caminhos diferentes nos indivíduos, então precisamos estar abertos a buscar oportunizar novas possibilidades pra desenvolver estas competências.

Através deste trabalho foi possível observar as diferenças individuais existentes nas salas de aula e a influência destas para o processo de ensino-aprendizagem, também apontando a necessidade de implantação de ações que facilitem o desenvolvimento e a valorização das diversas competências existentes em uma sala de aula, tornam-se indispensáveis para que a escola possa combater o fracasso escolar.

Entendo que a reflexão resultante das análises apresentadas neste estudo, permite sugerir que a escola proporcione formas diversificadas de educação, pois a inteligência é estimulável. O uso de esquemas mais eficientes de aprendizagem superará em sua maioria as limitações dos alunos.

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1 Revista do Centro de Educação – Caderno de Educação Especial – Ed.2003 - nº22


Publicado por: ILMA FARIAS DE SOUZA

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