ALFABETIZAÇÃO DO EDUCANDO COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
índice
- 1. RESUMO
- 2. INTRODUÇÃO
- 3. CAPÍTULO I - CONCEITO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCOLA
- 3.1 Apresentando as principais dificuldades
- 3.2 A dislexia
- 3.3 A dislalia
- 3.4 A disgrafia
- 3.5 A discalculia
- 3.6 A disortografia
- 4. CAPÍTULO II - SUPERANDO AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA PSICOMOTRICIDADE
- 4.1 Definição de psicomotricidade
- 4.2 A psicomotricidade nas dificuldades de aprendizagem
- 4.3 Elementos da psicomotricidade
- 4.4 Dinâmica através da psicomotricidade
- 4.5 Desenvolvimento cognitivo
- 4.6 Motricidade fina
- 5. CAPÍTULO III - SUPERAÇÃO DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: A SULUÇÃO PODE ESTAR NO AFETO
- 5.1 A afetividade
- 5.2 O afeto no processo ensino-aprendizagem
- 5.3 Afetividade no desenvolvimento funcional
- 5.4 Dimensão afetiva e inteligência
- 5.5 O afeto e a cognição no desenvolvimento da aprendizagem
- 5.6 Afetividade e a construção do sujeito
- 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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1. RESUMO
Nesse trabalho podemos destacar as dificuldades de aprendizagem afim de eliminá-las para que tanto a criança que se encontra em dificuldade, como uma turma por completo não seja prejudicada por longo período.
As análises procuram confirmar que trabalhar a psicomotricidade e afetividade em sala de aula de maneira adequada a cada faixa etária, é fundamental pois evita, e até mesmo elimina diversos problemas aos quais venham prejudicar a aprendizagem significativa do indivíduo. Aborda o aluno como ser único racial e emotivo que apesar de ser pensado como singular deve ser trabalhado como plural, afim de auxiliar uma criança com dificuldade e não deixar que a turma atrase a aprendizagem, devido o problema que um pode está trazendo, até mesmo de sua casa, já que a emoção começa no lar.
Palavras-chave: Dificuldade; Psicomotricidade; Afetividade; Aprendizagem;
2. INTRODUÇÃO
A partir de alguns estágios realizados em instituições escolares, despertou em mim o interesse por dificuldades de aprendizagem, porém nessa trajetória, acompanhando o cotidiano entre aluno e professor, consegui compreender o quanto é necessário obter o conhecimento prévio do aluno.
Constatei a necessidade do professor compreender e respeitar o tempo de aprendizagem e assimilação de cada aluno, mediar conteúdos significativos para uma compreensão e automaticamente tornar os alunos pesquisadores e críticos, aplicando assim uma nova metodologia, porém algumas escolas, optam em alegar que as dificuldades de aprendizagem podem ser patológicas, em alguns casos com diagnóstico sendo pertinente à portador de alguma deficiência, em muitos casos menosprezando a capacidade do aluno e isentando a escola e profissionais de qualquer culpa pela aprendizagem.
No entanto algumas escolas, conhecendo o desempenho de cada aluno, se torna apta a orientá-lo a um atendimento especializado, onde se torna necessário o aperfeiçoamento dos profissionais envolvidos, para que a escola trabalhe de maneira adequada a lidar com a dificuldade do aluno.
Algumas situações o aluno apresenta alguma dificuldade de aprendizagem, que possa ser relacionado com comportamentos, tais como: ser disperso, agitado, quieto, provocativo, entre outras. Para diagnosticar esses sintomas, tornar-se complexa, é possível perceber que qualquer aluno possa adquirir tais comportamentos, ocasionando assim a dificuldade pode-se englobar em dislexia (leitura e escrita), dislalia (troca de letras) dentre vários outros.
Se torna delicado à escola não alcançar um referencial para que possa mediar, situações como dificuldades em aprendizagem, seguimos por uma situação atual, o professor recém-formado e inicializando sua função na escola se depara com a situação do aluno com dificuldade, sem saber como mediar, sem ter um amparo profissional adequado e sem conhecer seu diagnóstico, aplicará o que carrega em sua bagagem de faculdade, ou seja, inicia aplicando todas as teorias que aprendeu para tentar uma possível solução inibindo e desrespeitando o espaço do aluno. Não obtendo resultados, após algumas tentativas, encontra-se a necessidade de procurar ajuda, apoio pedagógico e psicológico para prosseguir a aprendizagem. Na gestão escolar, é necessário um profissional especializado, auxiliando e mediando entre professor e aluno.
É evidente que a correção de diversas dificuldades de aprendizagem, não parte somente do professor ou do aluno, mas contempla em toda gestão escolar caminhando em prol total da aprendizagem do educando, capacitando assim a criança como um todo e não de forma desfragmentada.
O objetivo geral desse trabalho será compreender a necessidade do conhecimento de desenvolvimento do aluno para mediação de atividades que facilitem o processo de ensino aprendizagem.
Os objetivos específicos serão divididos da seguinte maneira:
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Propiciar ao professor uma reflexão e formas de observar o desenvolvimento do educando no processo de ensino aprendizagem e, dando inclusive respeito ao espaço do aluno.
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Compreender as diversas dificuldades de aprendizagem.
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Buscar novas estratégias para aplicar atividades malsucedidas em casos de dificuldades de aprendizagem.
A problemática desse trabalho gira em torno da seguinte pergunta: Como compreender e desenvolver atividades significativas à alunos com dificuldade de aprendizagem?
Percebemos que o professor pode se adequar e seguir de maneira, a de verificar se é pertinente, a falta de compreensão dos professores com alunos em dificuldade de aprendizagem no geral. Analisar as potencialidades dos professores para a continuidade do processo de ensino aos alunos com dificuldade.
Para um professor, se torna imprescindível a necessidade de uma formação continuada, porém é necessário que caminhe junto as mudanças que acerca a escola e sua gestão escolar, é preciso estar se atualizando com novos cursos, novas técnicas e maneiras de trabalhar.
A escola e sua gestão escolar, se torna necessário saber abranger e atender um aluno com dificuldade, mas de forma adequada e especializada, assim observar o desenvolvimento do educando no processo de ensino aprendizagem.
Ser pertinente a compressão e conhecimento detalhadamente, as diversas dificuldades de aprendizagem, para que não haja erros na avaliação do aluno. Será centralizado educando com dificuldades de aprendizagem.
Jean Piaget: 1896 – 1980, biólogo e epistemólogo suíço, construiu sua teoria ao longo de mais 50 anos de pesquisas. Teve como foco descobrir como se estruturava o conhecimento, a partir de seus estudos afirma que o aprender envolve a capacidade de se organizar, se estruturar, e com a aquisição da fala saber se explicar. Sua inteligência será desenvolvida ao passo que a criança passa a se conectar com o mundo.
Lev Semenovich Vygotsky: 1896 – 1934, Russo estudou a área da filosofia, história, literatura e psicologia. Para ele o psicológico estrutura-se a partir do meio social e histórico, ao qual a cultura desempenha um papel fundamental, passando assim símbolos de uma realidade para representação do mundo real. Afirma que a relação do indivíduo com o mundo é indireta e mediada por símbolos, sendo assim a linguagem ocupa papel central.
Henri Wallon: 1879 – 1962, médico francês estudou a neurociência enfatizando como desenvolver a motricidade, a afetividade e a inteligência. Para ele o desenvolvimento da criança tem envolvimento ao meio ao qual ela esta inserida, desta forma as pessoas com que convive, os espaços, a linguagem e os conhecimentos transmitidos pela cultura influenciam seu aprendizado.
Buscando analisar dificuldades de aprendizagem, este trabalho será pautado no referido tema. De maneira a atingir resultados com veracidade possível ao conhecimento deste a ser estudado.
Visa abordar material teórico, levantamento bibliográfico por meio de livros, artigos e revistas que realizem criticas e defesas sobre as dificuldades, para análise das situações afim de que sejam avaliadas a meio de satisfazer um estudo adequado.
Após o levantamento bibliográfico o trabalho será dividido em 3 partes:
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A primeira visa explicações das dificuldades de aprendizagem.
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A segunda analisar a prática da psicomotricidade afim de evitar e ou eliminar dificuldades.
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E a terceira trabalhar afetividade na sala de aula para uma alfabetização adequada e satisfatória na aprendizagem significativa também buscando evitar e ou eliminar possíveis dificuldades.
3. CAPÍTULO I - CONCEITO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCOLA
Ao abordarmos o tema, encontramos pensamentos de pesquisadores e teóricos, ao iniciar a pesquisa veio a surpresa e constatação de que distúrbios ou transtornos de aprendizagem não são únicas causas da dificuldade.
Os distúrbios são termos utilizados para explicar as dificuldades da aquisição da fala, audição, leitura, escrita, dentre vários outros.
Transtornos devem ser diagnosticados por médicos mediante consulta e diversos exames que comprovem, sendo necessário o laudo com todas as confirmações.
Na atualidade ouvimos muito falar em inclusão por diversos fatores, porém, muitos profissionais mesmo sabendo do que se refere são despreparados, portanto é extremamente importante que os professores tenham formação continuada, e que sejam empenhados em pesquisas acadêmicas para que esteja sempre atualizado as novas oportunidades de ensino e desafios de eliminar e corrigir postura dentro e fora de sala de aula.
Atividades lúdicas e desafiantes, porém, um desafio gradativo, auxiliarão professor e aluno para correção e eliminação de dificuldades, elevando também auto estima da criança e posteriormente da família por verem que mesmo em dificuldade o educando tem vontade de estudar, de aprender, de descobrir.
Para realização do processo de alfabetização será necessário em caso de hipótese de dificuldade, encaminhar o caso para especialista para que possa ser diagnosticado. Em necessidade de laudo, é bom tê-lo em mãos e em caso que possa ser detectado por psicopedagogo, seja trabalhado a partir da confirmação e atuar de forma individualizada, com propostas adequadas para o bem-estar e compreensão do aluno em dificuldade.
É importante que em todos os casos a equipe escolar esteja presente para acompanhamento do indivíduo. O mesmo necessita que estejam presentes para que não se sinta retraído e perca a auto estima, a equipe escolar estando em harmonia, aceitação dos pais e ou responsáveis frente a dificuldade, é fundamental para que a criança não seja desestimulada e sinta vontade de estudar, assim poderá conseguir mais rapidamente novas propostas de ensino individualizado, levando o aluno ao aprendizado e a caminhar com os demais colegas de sala.
3.1. Apresentando as principais dificuldades
Procuramos alfabetizar as crianças, pois logo darão iniciam no ensino fundamental
– nesse período, na maioria das vezes temos sucesso com a turma e conseguimos caminhar todos juntos, porém surgem desafios em nossa caminhada, pode ocorrer que dentro desse processo de alfabetização uma ou mais crianças demonstre dificuldade que não consigamos corrigi-la, somente como professor, ou que ocorra já conhecendo algumas dificuldades ou distúrbios, nos venha a mente que possa ser um problema a necessitar de acompanhamento de um especialista, devemos comunicar a gestão para que essa possa nortear um caminho e procurar soluções.
As dificuldades que abordaremos a seguir necessitam de acompanhamento especializado, sendo médicos que venham a prescrever o laudo quando necessário, nem todas as dificuldades requerem laudo, mas, exigem acompanhamento especializado, sendo alguns psicopedagogos para todas as dificuldades citadas, professor especialista de educação física ou psicomotricista.
Dentre as dificuldades mais conhecidas e recorrentes em sala de aula estão:
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A dislexia que se trata da dificuldade na escrita e na leitura, é um atraso de ambas. Em tempo que é esperado o educando saber e ainda não o atinja e os demais alunos da turma tendo avançado sua etapa em alfabetização.
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A discalculia é uma dificuldade em matemática e é correto que só se distingue ser matemática porque no que se refere a números a criança não conhece o número mas conhece a palavra, ou seja, ela entenderá e fará a leitura dos números escritos, mas ao perguntarmos do número ela não o conhecerá.
- Disgrafia trata-se da escrita mal elaborada na qual o leitor precisa tentar decifrar o que está escrito é procedente que ao pedir para o escrevente fazer a leitura nem ele mesmo consiga, ocorre também com adultos que podemos exemplificar com a prescrição de receita médica ocorrendo de não conseguir fazer a leitura pedir ao médico e o mesmo tenha dificuldade em traduzi-la.
- A dislalia pode ser facilmente observada desde que a criança inicie a fala, ocorrem mudanças de letras, como exemplo temos o personagem cebolinha da turma da Mônica que troca a letra R pela letra L, acontece trocas com diversas outras letras, também pode ocorrer que se fale faltando letras.
- Disortografia é a dificuldade em associar fonemas e grafemas (os sons e escrita das letras, palavras) como a palavra professor que é escrita com ss e a palavra açúcar escrita com ç no entanto as duas palavras tem o mesmo som ao serem pronunciadas.
3.2. A dislexia
A dislexia refere-se a dificuldade de leitura e escrita em período que deveriam ser atingidas, conforme trabalhado com a turma em mesma faixa etária e iniciada juntamente com os demais alunos da classe, porém, o atraso é demasiadamente excessivo.
A leitura é iniciada na educação infantil, mas somente nas séries iniciais do ensino fundamental os professores devem fazer o incentivo e avaliar tanto a leitura quanto a escrita, é nesse período que não pode ser adiada a marcação de uma consulta com especialista para que se tenha o diagnostico e a comunidade escolar passe a trabalhar de forma satisfatória.
É necessário laudo médico, pois, a dificuldade de aprendizagem é uma deficiência de leitura ocasionada no cérebro.
Os comportamentos do aluno com dislexia são na maioria dos casos entendidos como bagunceiro, preguiçoso.
Se o professor não tem o diagnóstico para fazer um trabalho diferenciado com a criança o caso se agravará, pois, a mesma não conseguirá acompanhar a turma e poderá sucessivas vezes ser reprovada, causando para si baixo auto estima, desanimo, baixo rendimento.
Alguns sintomas podem surgir desde a pré-escola, quanto mais cedo for diagnosticado facilitará o percurso para a fase de alfabetização é possível que a criança tenha o mínimo possível de traços dislexos.
3.3. A dislalia
Trata-se de um distúrbio na fala, sua percepção se dá na observação da má pronunciação de palavras, trocas de letras.
Temos um exemplo clássico muito conhecido e querido pelas crianças e até muitos adultos o personagem cebolinha da turma da Mônica que faz trocas da letra R pela letra L, existem muitos erros semelhantes a esse com trocas de letras muito comuns. Temos também os casos em que a criança fala faltando letras ou adicionando letras com repetição por exemplo a palavra casa fala aasa.
Ao iniciar o processo da fala é normal que a comece falando várias palavras erradas, é até difícil consegui entender o que está falando aos poucos irá se desenvolvendo e até por volta dos 4 anos espera-se que já a tenha desenvolvido completamente, porém há diversos casos que a fala incorreta continua, alguns fatores que ocasionam a dificuldade é o uso de mamadeira, chupeta, chupar dedo por longo período.
Ao falar palavras erradas muitos adultos aplaudem, fazem festa, dão gargalhada causando na criança o impasse de está correto, pois, estão achando bonito.
Devemos fazer a correção sempre para que seja evitada e ou eliminada no caso de já ser diagnosticada a dificuldade.
O professor deve ser claro e objetivo, ao observar que a criança não fala corretamente deverá chamar os pais para conversar sobre o ocorrido e procurar saber de onde vem a dificuldade.
Procurar profissionais da educação física pois, o problema está relacionado ao psicomotor e esse profissional é especializado nessa área, é importante que o professor tenha cuidado ao fazer correção para que não baixe a auto estima da criança, é indicado que tenha o acompanhamento de um fonoaudiólogo para acompanhamento e tratamento da dificuldade sendo assim terá um desenvolvimento satisfatório em tempo adequado.
3.4. A disgrafia
Está relacionada a dificuldade motora o problema é uma alteração da escrita que geralmente e normalmente é um problema perceptivo-motor, é a escrita malfeita a qual o leitor tenta decifrar, as vezes nem a própria criança que escreveu consegue ler, pode ocorrer que com adultos também encontremos o problema que é o caso dos médicos na maioria das vezes que pegamos uma receita necessitamos tentar decifrá-la ou pedir a alguém que o faça.
Há vários diagnósticos de disgrafia de fácil percepção para um psicopedagogo, este deve propor medidas ao educador para evolução gradativa da criança.
É de extrema importância logo no início da fala notarmos como a criança fala, para corrigir sons e posteriormente ensiná-la a respeitar a seqüência e estrutura de sons, não podendo esquecer que devemos incentivar, estimular e apoiar, trabalhando em equipe: pais, professores, colegas, comunidade escolar em geral, pois, será nesse estímulo que atingiremos a meta almejada.
Um dos mais recorrentes fracassos na escolarização é a escrita e a leitura, pode ocorrer que um profissional não esteja preparado para enfrentar a dificuldade e a família não concorde com a situação, é o momento de recorrer a comunidade escolar para combater a dificuldade e não deixar que ela seja o obstáculo a impedir a progressão tanto do educando quanto educador e família.
Podemos dizer que a leitura está em tudo a nossa volta, então devemos aplicá-la na vida do indivíduo o mais rápido consiga, há uma questão muito importante a ser observada para educador que geralmente utiliza a letra bastão ao alfabetizar para tanto podemos utilizar também a letra cursiva. E para leitura a letra bastão, cursiva e a impressa o que pode dificultar o entendimento do alfabetizando.
São inúmeras as formas de reconhecimento da escrita, como a letra em bastão, cursiva e impressa, entretanto, nem todos conhecem as diferenças, como ensinar e como aprender. Segundo (CINEL, 2003, p.107)
As escolas não são obrigadas a padronizar uma forma de letra (escrita) porém a maioria opta pelo bastão pois, o movimento motor está presente em seu cotidiano é mais prático e fácil para iniciar a escrita por estarem vendo a todo momento, rótulos de produtos, nomes de ruas, marcas de roupas. Após o discernimento das letras e palavras, começa a utilizar a letra cursiva.
Disgrafia é uma dificuldade ainda pouco conhecida, por pais ou responsáveis e professores, a maioria dos casos passa por despercebido e as crianças começam a levar consigo o rótulo de descuidados. Os pais cobram dos professores a responsabilidade e até a exigência de que sejam letrados em curto período.
Alfabetizar levando em conta que o aluno tenha dificuldade não é tarefa fácil, a realidade é que há grande importância em trabalhar todo o desenvolvimento da criança, sabendo que esse todo é a função psicomotora do indivíduo.
A atividade de escrever implica a imitação de um movimento com direção (da esquerda para a direita), a cópia de formas com uma certa orientação e o desdobramento do movimento no espaço de representação. Segundo (AJUARIAGUERRA, 1998, p. 108)
Crianças com dificuldade em coordenação visório-motora não conseguem traçar linhas predeterminadas como exemplo temos as letras curvas pontilhadas mesmo que ela se esforce ao máximo não consegue, pois, sua mão não obedece ao trajeto proposto.
A criança na escola apresenta rendimento baixo apesar de boa capacidade intelectual, uma vez que necessita também de boa concentração da criança. Se não houver domínio do corpo, autonomia, precisão de gestos, a atenção será desviada e absorvida no necessário controle dos movimentos. De acordo com (CARUSO, 2010, p.108)
São diversos os fatores a levar a dificuldade tais como; biológicos, equilíbrio, funções motoras, pedagógicas, orientação inadequada, impaciência do responsável quanto a agilidade do término do exercício ou imaturidade e falta de capricho da própria criança, pode ocorrer também que seja um misto de disfunção motora com problemas emocionais. Pode ocorrer que a ansiedade em alfabetizar a criança lhe traga a dificuldade, ao iniciar na educação infantil o educador não tem obrigação de inicializar também a alfabetização do indivíduo, somente deverá ocorrer a partir do segundo ano do ensino fundamental - séries iniciais, pois a criança antes desta etapa deve aprender brincando e para que ocorra bem o entendimento não faltam opções.
Crianças amam brincar com terra, podemos ensinar a cuidar e formar letras em argila, montar minicidades e ensinar a situar, assim aprendendo a procurar ruas no mapa.
Letra feia, ilegível muitas vezes é ocasionada porque o professor não cobra ou pressa em atingir o ponto final em curto prazo. Pressa causa inversão de letras para que se conclua juntamente com as demais crianças da turma.
Cabe ao profissional se atentar á clareza do educando ensinar-lhe como separar as palavras ao montar uma frase ou dissertar futuramente um bom texto.
Muito comum é mover a mesa (carteira escolar) e o caderno para escrita ao utilizar material em grupo ou mesmo dupla, porém o que devemos nos atentar é se somente na mudança de postura que o aluno também muda a escrita (inclinada) pois, nesse caso é normal que aconteça.
O educador deverá trabalhar passivamente para que não confunda a criança e trabalhe precocemente. É fundamental que todo o processo de alfabetização ocorra em seu devido tempo, podendo assim diminuir e eliminar problemas talvez antes mesmo de surgirem e facilitando assim o entendimento da criança.
Para uma escrita correta e legível é cabível ao professor trabalhar caligrafia, pintura, recorte, rasgadura etc.
A escola e a família devem trabalhar em harmonia para o bem da criança, deixando de lado o paradoxo que educação vem de casa e vão para a escola para aprender, devemos estar unidos para transformação positiva da criança.
A evolução do aluno depende muito do professor pois, através de sua paciência conseguirá ajudar na eliminação da dificuldade e sua impaciência agravar o caso e ainda causar constrangimento na criança.
O professor deve trabalhar positivamente mudando postura, atividades malsucedidas. Podendo elevar a auto estima pois está trabalhando acima de tudo pelo lado emocional do aluno, a criança estando animada e entusiasmada mesmo tendo dificuldade fará com que seus pais sejam presentes apoiando sua vida acadêmica, combinando comunidade escolar para melhor desenvolvimento do educando.
3.5. A discalculia
Trata-se da dificuldade matemática. Jogos matemáticos lógicos são muito difíceis para a criança com discalculia brincar, montar.
O transtorno trata da dificuldade matemática se referindo a leitura de números e escrita esse transtorno diferentemente dos diversos já estudados não é neurológico ele vai se manifestando ao longo do desenvolvimento escolar, a criança passa a ter cada vez mais dificuldade em entender e expressar matemática.
O professor deverá intervir educando a turma e reeducando o aluno com discalculia para isso será necessária nova prática pedagógica, ter flexibilidade de maneira completamente diferenciada.
É importante que a criança com auxílio e incentivo do professor manuseie jogos tais como: jogo de varetas, placas, legos, jogos de montar e encaixar é interessante que o professor proponha a montagem de jogos e incentive a criação ao desenvolver a criança terá autoconfiança sendo um estímulo para continuar soltando a imaginação e se desenvolvendo adequadamente.
Discalculia refere-se a um transtorno neurológico necessita de um trabalho em equipe que envolva toda a equipe escolar para tanto é necessário que todos se pluralizem para trabalhar o singular que é a criança com dificuldade, tendo em foco que a mesma está com as dificuldades em matemática, porém envolve toda sua vida, seu cotidiano gira em torno da matemática.
Educando e educador devem está em parceria para crescimento e conhecimento do discalcúlico.
Percebe-se que o jogo se encontra presente em todas as fases da vida do sujeito, nomeado de jogos de exercícios, símbolos e de regras diferenciados pelo momento de vivência e da situação-problema trazida por cada um, fazendo-se compreender que há uma evolução de natureza neurologia com possibilidade de mudanças de um estágio para outro. De acordo com (Balestra, 2007, p. 77)
Considera-se os jogos sistematizados os mais corretos métodos para trabalhar com o discalcúlico, pois, trabalha a parte cognitiva, estimulando a racionalidade para situações, problemas ou questões do dia-a-dia.
Os jogos devem ser vistos como ferramenta para trabalhar as dificuldades, mas não como metodologia de estudo exclusiva, ao utilizá-los em sala de aula é importante observar se existe diversão ou apenas um jogo ou problema em questão. Aprender com prazer terá resultados satisfatórios a criança e para o educador. Nova visão para aplicação de jogos, criando novas hipóteses, levará ao aprendiz a curiosidade de pesquisa e sensibilidade. Criticar para também começar a problematizar. Educador e educando ter motivação para que seja alcançado resultado esperado no tempo previsto.
3.6. A disortografia
Refere-se a dificuldade de associar fonemas e grafemas (sons e escrita das letras) é comum nas primeiras palavras e frases fazer confusões como a palavra carro falar calo pois, realmente quando iniciam a fala acontece muito porém a partir do segundo ano de escolarização é esperado pelos educadores e família que já saibam discernir e assimilar os sons e letras.
Ocorre que a leitura e a escrita em sua maioria é percebida quando é chegada a hora de alfabetizar, nessa etapa sendo suspeita a disortografia os pais ou responsáveis devem procurar especialista.
Um dos principais problemas é a incapacidade de transcrever a linguagem oral, porém é incorreto confirmar a disortografia nas séries iniciais pois, nessa fase não estão ensinadas as diferenças de sons, há também a questão dos sons iguais e na escrita as letras tem regras diferentes por exemplo: professor é com ss e não ç mas tem o mesmo som.
A dificuldade em sua maioria é diagnosticada quando o professor já trabalhou por bom período as palavras (sons e escrita) por inúmeras vezes a turma evoluiu e a criança (talvez adulto) continue fazendo a confusão (troca) sendo também incorreto afirmar que seja distúrbio ou falta de oportunidade.
4. CAPÍTULO II - SUPERANDO AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA PSICOMOTRICIDADE
O tema tratado é de suma importância e relevância levando em conta que a maioria das crianças no momento de serem alfabetizadas apresentam certa dificuldade de aprendizagem podendo ser cognitiva, na fala, na escrita, na aritmética (matemática) todo educador deve estar atento e preparado á enfrentar tais situações. Devemos trabalhar com a preocupação de que uma criança com dificuldade além de ser prejudicada poderá prejudicar indiretamente mais crianças em sua turma pois, ao levarmos em conta que se o professor para com suas atividades para amparar a que está em dificuldade poderá perder o foco para dar continuidade a suas práticas, deverá trabalhar individualmente e coletivamente para que a turma a qual a criança está inserida e nem a mesma sejam prejudicadas.
Cabe ao profissional trabalhar a parte psicomotora da criança não somente quando esta apresentar dificuldade em determinada área, mas, também com todos os alunos pois, o ato poderá evitar que futuramente uma ou mais crianças venham a desenvolver alguma dificuldade mais grave na aprendizagem, E para a criança com situação problema trabalharmos a psicomotricidade como reeducação um auxilio, uma adaptação ou readaptação e suporte para superação da dificuldade de aprendizagem.
A criança depende totalmente de um adulto para seus cuidados, com a visão de um bom e preocupado educador devemos enfatizar o seu desenvolvimento e crescimento, enfocando a psicomotricidade diante das dificuldades de aprendizagem.
Apesar de ainda ser vista por grande número de professores, educadores, pais, como a ciência que desenvolve os movimentos, sendo que desse pensamento errado muitos profissionais sem um conhecimento correto tenta estimular intensivamente seus alunos a certas atividades afim de eliminar e ou evitar futuramente a dificuldade de aprendizagem, porém através do pressuposto de treinar constantemente poderá ao contrário de eliminar a dificuldade treiná-los mecanicamente e ocasionar a dificuldade.
De acordo com abordagens sobre o desenvolvimento da criança podemos observar e constatar que o desenvolvimento psicomotor está ligado ao desenvolvimento corporal, portanto sua importância e necessidade de ser trabalhado desde a educação infantil quanto antes for iniciado o trabalho será notório seu desenvolvimento gradativo para a idade esperada.
A psicomotricidade afim de eliminar as dificuldades de aprendizagem dá ênfase a exercícios que envolvem a linguagem pois, muitas dificuldades somente poderão ser observadas ao iniciarem a fala, exercícios de esquema corporal (trabalhando a postura).
4.1. Definição de psicomotricidade
A psicomotricidade é a ciência que define a relação do pensamento, ação e emoção. É uma ciência da educação, procura educar o indivíduo levando em conta a cognição, logo busca desenvolver sua inteligência. Educadores devem tê-la como um norte para tentativas de eliminar dificuldades de aprendizagem.
Podemos observar uma grandiosa importância em trabalhar a psicomotricidade na educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, pois é nela que trabalhamos lateralidade, estrutura espacial, pré-escrita, orientação temporal, esquema corporal, dentre vários outros elementos básicos que podem e devem ser abordados afim de eliminar dificuldades de aprendizagem ou até mesmo evitá-las.
O acompanhamento adequado de profissionais que levem consigo a concepção de trabalhar a psicomotricidade para desenvolvimento adequado às crianças em séries iniciais de escolarização. Haverá maior possibilidade de conhecê-la integralmente pois, está sendo trabalhado com clareza e envolvimento do educador, dessa maneira o que esperamos e provavelmente acontecerá serão aspectos positivos à eliminar a dificuldade de aprendizagem.
Dentro da psicomotricidade encontramos várias outras ciências tais como: biologia, psicologia, lingüística, psicanálise, sociologia. Portanto será sempre abordada de forma interdisciplinar o que levará a possíveis soluções em menor espaço de tempo e com maior ênfase levando um aluno ou mais com dificuldade de aprendizagem a conseguir acompanhar seus colegas de turma em tempo desejado, sendo assim a criança possivelmente conseguirá acompanhar a classe a qual estava inserida quando foi realizado o diagnóstico de sua dificuldade de aprendizagem.
4.2. A psicomotricidade nas dificuldades de aprendizagem
Ao abordar a psicomotricidade frente as dificuldades de aprendizagem não podemos deixar de mensurar o processo de desenvolvimento e crescimento da criança, que será observado e ou abordado das seguintes maneiras: interdependente, global e integrado.
Para que o desenvolvimento da aprendizagem da criança seja satisfatório deve ser trabalhado o psicomotor juntamente com a motricidade. De maneira que suas funções motoras e psicológicas sejam entrelaçadas e sempre continuem em sintonia. Dessa forma o trabalho será prazeroso e a criança estará também satisfeita e com vontade de aprender cada vez mais.
É necessário e extremamente importante para o desenvolvimento da criança ela ser inserida em um ambiente aconchegante e adequado a sua idade. É importante ressaltar que um ambiente adequado as crianças não necessariamente deverá ser um local com inúmeros brinquedos. Deve ser um espaço ao qual a criança se sinta protegida, acolhida, amada e que os adultos lhe passem segurança e autonomia e que suas atividades tenham estímulo, foco e intencionalidade, elas podem sim aprender brincando o que não quer dizer exatamente que ela precise de brinquedos e sim de atividades direcionadas. Conforme o autor:
Algumas dificuldades de aprendizagem podem surgir decorrente de problemas enfrentados em casa e sendo eles principalmente com sua mãe já que tem maior ligação com ela pois sua relação é intensa com ela desde seu nascimento. Portanto normal será se a criança apresentar a dificuldade decorrente do vinculo com sua mãe, e poderá provavelmente ser reproduzido na vida escolar (FONSECA, 1995, p. 225)
A psicomotricidade é fundamental para auxiliar a constituir o esquema corporal corretamente, quando ele é constituído inadequadamente a criança terá dificuldade em se despir e vestir, apresentará letra feia e dificuldade de leitura podendo ela se perder no decorrer do texto, não conseguir acompanhar leitura e ou transcrever palavras ou textos ditados pelo professor.
Descrevem o processo de desenvolvimento da criança, relevando que, aos 12 meses, essa criança já usa de quatro a cinco palavras, já é capaz de ficar de pé, locomover-se apoiando; aos 18 meses, já empurra uma bola com o pé, vira duas ou três páginas de um livro de cada vez, tem marcha ligeira e corrida dura, constrói torres de três cubos e domina cerca de 30 palavras. Aos 24 meses (dois anos), corre sem cair, sobe escadas sozinha, usa o possessivo meu, substantivo, chuta a bola, emite círculos na escrita e faz frases de três palavras. Aos 60 meses (cinco anos), a criança já se equilibra na ponta dos pés, arma quebra-cabeça, colore dentro do limite, escova os dentes, penteia-se e lava o rosto, saltita sem dificuldade. Aos 72 meses (seis anos), a criança já é capaz de desenhar livremente com leve pressão sobre o lápis, escreve e reconhece letras de impressa, às vezes inverte na cópia, e já domina de 1.000 a 1.200 palavras. (NASCIMENTO e MACHADO, 1986, p. 225)
Na maioria das vezes a dificuldade de aprendizagem só é percebida e vem a ter um diagnostico quando a criança atinge idade escolar pois, os profissionais da educação começam a notar suas dificuldades é onde percebe-se mínimos problemas que se não iniciarem logo um acompanhamento adequado por exemplo a aplicação da psicomotricidade futuramente ao contrário da eliminação de um minucioso problema venha a surgir uma dificuldade ainda maior e complicada a ser eliminada por um único profissional, deve ser trabalhada por uma equipe bem preparada e com entendimento e apoio da família.
4.3. Elementos da psicomotricidade
Para os currículos da educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental podemos ver em destaque componentes fundamentais da psicomotricidade tais como: esquema corporal, lateralidade, orientação temporal, estrutura espacial, pré-escrita, são alguns dos elementos básicos que iremos abordar a seguir.
Esquema corporal: É um elemento básico da psicomotricidade, é importante para a formação da criança, é a representação que a criança tem de seu próprio corpo.
O esquema corporal é um elemento que leva à formação da personalidade da criança, ele explica que a própria criança tem a oportunidade de perceber-se e perceber as coisas ao seu redor, com capacidade também de perceber os seres, em função de sua pessoa. Ao tomar consciência de seu próprio corpo, de seu ser, de sua capacidade e possibilidade de agir, é por aí que sua personalidade vai-se desenvolvendo, aumentando as chances de transformar o mundo à sua volta, graças a uma progressiva tomada de consciência. É importante frisar que o esquema corporal se relaciona também com os aspectos emocionais e com as necessidades biológicas. Não está, portanto, unicamente ligada à atividade motora. Afirma (MEUR 1991, p. 228)
Quando dizemos que a criança já está, se sente bem a vontade ela tem domínio sobre seu próprio corpo, consegue fazer diversas tarefas sem auxílio, isso contribui para seu bem-estar e suas relações interpessoais levando a criança a ter autonomia, com isso eliminando diversas dificuldades de aprendizagem e evitando que elas venham a surgir posteriormente.
Lateralidade: A criança tem seu domínio lateral desenvolvido e definido ao decorrer de seu crescimento que pode ser tanto o lado esquerdo quanto o direito. É normal que algumas crianças demorem mais que outras para desenvolvê-lo.
Ao se falar em direita e esquerda, não podemos confundir com lateralidade. Enquanto a lateralidade é a dominância de um lado em relação ao outro em nível de força e de precisão, o conhecimento direita e esquerda decorre da noção dominância lateral, esse conhecimento torna-se mais fácil de apreensão quando a lateralidade é mais acentuada e homogênea. Quando a lateralidade é homogênea, a criança é destra ou canhota do olho, da mão e do pé. Quando tem a lateralidade cruzada, ela é destra da mão e do olho, e canhota do pé; sendo ambidestra, a criança é tão forte e destra do lado esquerdo quanto do lado direito. De acordo com (MEUR, 1991, p.228 e 229)
No caso de contrariedade da dominância lateral problemas muito freqüentes e recorrentes podem acontecer sendo alguns deles dificuldade de equilíbrio, coordenação de movimentos em atraso, dificuldade na grafia, dentre diversas outras dificuldades na fase da aprendizagem podendo prejudicá-la seriamente se não acompanhadas e tratadas com agilidade e conhecimento da área.
Orientação temporal: Apresenta-se como o indivíduo tem a se situar em intervalos de tempo, saber diferenciar momentos como por exemplo andar devagar, rápido, correr, ritmos compassados, saber situar dias da semana, mês, ano.
É fundamental que a criança seja estimulada quanto antes possível em relação a percepção do tempo como por exemplo: hoje está chovendo, está um dia ensolarado ou nublado, irei abrir o guarda-chuva para não me molhar. Saber como se posicionar em uma rotina, o dia amanheceu eu vou para a escola, agora é hora do lanche, vou para minha casa almoçar com minha família, é hora de tomar banho e ir dormir.
Estrutura espacial: Se trata da orientação ao mundo exterior. A criança deve saber se situar, e situar objetos a sua volta, assim ela estará atenta ao seu espaço e a organização do mesmo. Através da percepção espacial a criança receberá aprendendo e atendendo á comandos como andar para frente, para trás dentre diversos outros comandos.
Pré-escrita: é necessário que trabalhemos desde cedo exercícios que preparem a criança para a escrita e que a mesma possa dominar o lápis, tendo assim passos extremamente importantes para vencer dificuldades.
A estruturação espacial e a orientação temporal são pontos importantes que fundamentam a escrita, juntamente com o domínio do gesto. No exercício da escrita, precisa-se de que se escreva horizontalmente da esquerda para a direita e de que se adquiram as noções de cima para baixo. (MEUR, 1991, p. 230)
4.4. Dinâmica através da psicomotricidade
É fundamental que educadores estejam preparados e reformulando suas praticas pedagógicas trabalhando da melhor forma possível pensando sempre em não deixar que a dificuldade de aprendizagem seja um obstáculo por muito tempo pois, quanto antes for trabalhado hipóteses transformando-as em novas práticas a criança e a turma a qual está inserida serão beneficiadas.
Dinamizar as práticas docentes é importante para que a equipe escolar, famílias dos alunos e professores se entrelacem em uma maneira a evitar diversas dificuldades de aprendizagem. Extremamente necessário é investigar as dificuldades nas crianças, analisando e considerando seu desenvolvimento psicomotor, para aplicar atividades, exercícios e várias outras praticas dinamizadas para eliminar os problemas.
Segundo (NASCIMENTO, 1986): É de suma importância para a linguagem o desenvolvimento harmonioso da Psicomotricidade.
Exercícios que envolvem a linguagem podem ser trabalhados de ordem simples e também de ordem complexa, podem e devem ser trabalhadas pelo educador da turma este poderá iniciar ordenando alguns comandos como: abra a porta, feche a janela, abra sua mochila, e complicando um pouco pedindo que traga-lhe a agenda que está dentro da mochila.
Trabalhar movimentos corporais ajuda a criança a ter consciência das partes de seu corpo, exercícios práticos e lógicos auxiliaram para que procedam de maneira prazerosa. Podemos trabalhar músicas que falem as ou das partes do corpo, comandos como sente-se no chão, agora levante-se, observe as partes do seu corpo que se movimentam quando você pratica exercícios movimentando determinada parte do seu corpo.
É um indicador importante para uma boa adaptação do indivíduo. Ela possibilita ao indivíduo movimentar-se no espaço e reconhecer-se, como também concatenar e dar seqüências aos seus gestos, localizar as partes do corpo e situá-las no espaço. Em relação ao tempo, ele é, simultaneamente, duração, ordem e sucessão. Segundo (COSTE, 1981, p. 243 e 244)
É importante que ao trabalhar partes do corpo o educador incentive que a criança observe seu próprio corpo, pois será desta maneira que a dificuldade de aprendizagem será trabalhada afim de ser eliminada, estaremos trabalhando ritmo, velocidade, distância, intervalo e duração.
Uma criança cujo esquema corporal é mal constituído não coordena bem os movimentos, então, notam-se um atraso nessa criança ao se despir e na sua grafia que é feia e as dificuldades de leitura. Segundo (MAUR, 1991, p. 246)
4.5. Desenvolvimento cognitivo
Será abordado a seguir, procurando soluções por meio do desenvolvimento cognitivo para as dificuldades de aprendizagem, os processos cognitivos complexos destacam e constatam envolvimento da aprendizagem simbólica dentre elas podemos mencionar: escrita, calculo e a leitura.
Atividade que exige significação de símbolo visual é a leitura, pois a mesma, ocorre através de experiências vivenciadas pelo educando, ou seja, por situações de seu cotidiano, estas são interiorizadas pelo aluno, para que a aprendizagem seja satisfatória devemos trabalhar a cognição em sala de aula e solicitando apoio da família pois, abordaremos a leitura na escola e encaminharemos atividades extras como questionar as crianças o que vêem em seu dia-a-dia.
Podemos abordar como sistema simbólico para a leitura a fala diária, onde evidenciamos a importância em trabalhar unificando o sistema ouvimos, falamos, praticamos, lemos, portanto, é possível traduzir o meio em que a criança está inserida assim promovendo a informação em processo sensorial e compreendendo significativamente a escrita, transformando os códigos em leitura.
Esse processo onde se dá a transferência, grafema-fonema, consta de uma operação complexa, vista como o segredo do acesso à significação por meio da leitura. Para que se tenha uma compreensão, a visão serve-se inicialmente da experiência anterior auditiva, para adquirir significações, desenvolvidas estas no seu próprio sistema (intrassensorialmente). Daí a leitura surge como um sistema simbólico secundário, alicerçado no primeiro sistema simbólico que se refere à linguagem falada (receptiva expressiva), que depende da linguagem anterior. A aquisição da significação obtidas dos símbolos gráficos são de vários processos cognitivos de aprendizagem inter-relacionados, e que são vulneráveis à criança com dificuldade de aprendizagem. (FONSECA, 1995. p. 238 e 239)
Expressada por meio da oralidade verbal da escrita, temos também a leitura silenciosa, porém para ela não se expressa a verbal essa envolve percepção, o leitor utiliza codificação e decodificação. É a leitura que muitos professores sugerem ao fazer revisão para avaliação, são solicitados também para aplicar testes com o intuito de que a leitura falada pode prejudicar na concentração dos demais estudantes, sendo ela somente visual todos permaneceram concentrados durante o tempo necessário, conseguem se envolver somente em sua atividade não prejudicando seus colegas e a si próprio.
4.6. Motricidade fina
Podemos descrever a motricidade, como capacitação para desenvolver atividades, na motricidade fina as atividades são mais exatas que exigem firmeza, como o uso de apontadores de lápis, o apontar o lápis e segurar o mesmo, exige que a criança tenha todo um preparo para realizar estas tarefas.Quanto mais cedo forem iniciados exercícios que estimulem a motricidade fina mais cedo veremos que o desenvolvimento da criança será notório.
Quando o aluno está em dificuldade deverá ter essas habilidades de formas mais específicas, se a situação é intensa e grave enquanto que as demais crianças já conseguem por exemplo utilizar a tesoura para recorte e determinada criança não consegue fazer seu uso, seria adequado utilizar o método da rasgadura, pois, conseguirá executar a tarefa e em seu devido tempo conseguirá fazer o uso da tesoura.
Por meio da motricidade fina a criança aprenderá de forma objetiva e prazerosa o educador proporcionando ambiente acolhedor trabalha atividades lúdicas e educativas como: a rasgadura de jornais, revistas, pintura com tinta em papel, carimbo dos pés/mãos assim sentido a textura das tintas e podendo comparar com outros objetos.
Através do contato e estímulos com outras pessoas faz com que a criança evolua, ter rotina é fundamental, estímulos com outros indivíduos também é muito importante pois, se sentirá inclusa e rodeada de amigos, com os quais poderá dividir várias descobertas e a interação será um suporte para que se sintam bem e acolhidos.
O ambiente descontraído é o melhor ambiente para que as atividades sejam aplicadas, muitas atividades podem ser realizadas com os próprios pais. Atividades o simples ato de brincar, afinal estão reservando tempo para a criança, ou solicitar ajuda para as tarefas de casa, são competências simples que podem ser realizadas em casa como pegar colher, guardar os próprios brinquedos.
O que o educando consegue fazer sozinho deve ser executado por ele, pois com isso reforçará a motricidade fina e lhe tornará uma criança autônoma.
É importante ressaltar que a motricidade fina é a que trabalha os dedos, é o treinamento da escrita as diversas espessuras, formas e tamanhos que são praticadas com as mãos, trabalhar massinha, argila, lápis, canetinhas, cortes e recortes de revistas, papéis.
5. CAPÍTULO III - SUPERAÇÃO DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: A SULUÇÃO PODE ESTAR NO AFETO
Podemos observar que os processos de aprendizagem são refeitos dia após dia, pois, através de avaliações podem ser constatadas dificuldades de aprendizagem.
É de grande importância o professor ser um pesquisador, enfocando que em sua carreira, enfrentará obstáculos como situações em que seu aluno apresente dificuldade de aprendizagem e saber a importância da afetividade para auxilio fazendo com que mesmo em dificuldade o estudante tenha vontade e motivos em buscar novas descobertas, se sentir bem aceito para ultrapassar os obstáculos que vem enfrentando, sentindo-se apto a prosseguir, afinal, por menor que seja a criança ela se sentirá acolhida ou rejeitada pela turma a qual está inserida.
Segundo (WALLON, 1979) A criança, desde seu nascimento, vai vivenciando fases de desenvolvimento onde predominam ora a afetividade, ora a cognição.
Podemos constatar que a afetividade é a base para construir o conhecimento racional. Crianças com boa relação afetiva possuem melhor desenvolvimento intelectual, portanto é extremamente importante que haja um trabalho em equipe na busca da aprendizagem significativa.
Quando em sala de aula nos deparamos com dificuldade de aprendizagem devemos ter como foco principal a vida cotidiana da criança, pois, com a parceria da família o professor poderá ter um trabalho mais decisivo e com norte a começar a propor e buscar situações que envolva o educando em ambientes aconchegantes e amorosos.
Aprender deve ser um ato prazeroso para a criança, para tanto a importância do afeto em sala de aula, devemos ressaltar que até mesmo os adultos ao se depararem com dificuldades necessitam do afeto para seguir em frente e procurar solucionar a dificuldade em que se encontra e prosseguir sem traumas. Para as crianças não pode ser diferente pois, as mesmas não têm uma base solida e concreta a qual tenha a certeza ou consiga sair da situação por si própria.
Pensar e praticar o ato de sermos educadores pesquisadores e em busca do melhor para nossos alunos, é pensar e ser afetuoso afim de proporcionar para o educando a base em que possa se apoiar e caminharmos com ela para a aprendizagem e a solução de dificuldades de aprendizagem juntos.
5.1. A afetividade
O afeto está ligado às possibilidades e capacidades do indivíduo ser afetado tanto interiormente quanto exteriormente, estão ligadas as sensações prazerosas e também as sensações desagradáveis.
A criança começa a possuir estas sensações desde a vida intra-uterina onde seus pais por amá-la começam a organizar diversas hipóteses para a chegada do bebê, a escolha do nome, todo carinho que os pais têm com a preparação de um ambiente aconchegante e amoroso é transmitido para o bebê. Para o fato de uma gestação indesejada e conturbada o bebê também sofrerá os danos pois, da mesma forma que pode se sentir amado ele também é afetado por não terem o prazer de sua chegada. Porém o afeto em si só será expressado e sentido a partir do nascimento.
Nesta situação estamos falando da emoção, estado afetivo primordial. Porém não de mesmo significado. O termo muitas vezes é confundido pelo fato de estarem interligados.
A afetividade está na interioridade e exterioridade da pessoa, pode ser influenciada na percepção, inteligência, pensamentos e memória do indivíduo. Ao qual o mesmo passará a conhecer e compreender.
Para um desenvolvimento afetivo bem qualificado é correto que o aluno seja estimulado a realizar tarefas simples e mesmo que não consiga realizar da primeira vez, que este seja estimulado a fazer novamente pois, assim aprenderá.
Deve ser evitado o uso de apelidos como: meu bebê, meu neném, evitar a superproteção pois, fará com que se sinta sempre inseguro com a necessidade de um adulto para fazer algo por ele.
Evitar mentir é fundamental, pode até parecer inocente, mas, o uso de mentiras do tipo estou indo ali, ou vou ali e já volto e passa o dia todo fora de casa, ou seja, um momento dura um dia. A criança mesmo muito pequenina passa a ter uma noção de tempo inadequada e terá consciência de que os pais mentem para ela assim como qualquer outra pessoa poderá passar a ser vista como mentirosa enganadora, acarretando insegurança.
5.2. O afeto no processo ensino-aprendizagem
Em nossas práticas educacionais é fundamental, principalmente em nossa sala de aula que devemos abordar como segunda casa é onde criaremos a situação de afeto, de aprendizado, amor e carinho. Criando para todos um ambiente acolhedor e principalmente prazeroso ao qual a criança se sinta bem, interessada e estimulada a aprender.
O investimento em relações e aspectos interpessoais é a porta de entrada para uma aprendizagem adequada e satisfatória. O educador ao preparar seu ensino deve ter em mente o conteúdo á lecionar sem perder de vista que para a aprendizagem ser significativa, evitando assim a dificuldade de aprendizagem, deverá utilizar o afeto e lembrar-se que cada criança tem seu jeito, maneira e tempo, e a educando que demonstrar alguma dificuldade ter seu aprendizado de forma especial, porém também afetuosa e sempre inclusa na sua turma.
Embora quando nos referimos a educação devemos trabalhar razão e emoção gradativamente e sempre unidas pois, através da razão a certeza de estarmos tomando a decisão precisa e a emoção para que a aprendizagem não se torne algo mecânico, que seja trabalhado pelo simples fato da palavra educação e sim o contrário olharmos com o olhar de a criança precisa aprender, mas, precisa aprender com amor, com intensidade na alegria de a cada descoberta adquirida sentir a sede pelo saber.
A criança começa a se descobrir por volta dos 4 anos de idade. É onde ela passa a ter curiosidade sobre seu próprio corpo, é a hora que necessita ainda mais de afetividade para quando chegar a hora da alfabetização esta não crie bloqueios tais como: falar nomes de órgãos genitais que para nos educadores já estamos preparados para lecionar sobre o assunto, mas, pode ocorrer que algum familiar por exemplo não aceite bem o fato da criança pronunciar tal palavra o que causa o medo em está fazendo algo errado.
É interessante que a comunidade escolar esteja em harmonia passando assim total afeto a criança e em discordância com tal situação ao contrário de punir a criança procurar em conversa solucionar o fato que está causando desconforto. Lembrando sempre que nosso foco é o educando, e para resultado satisfatório o afeto é um norte crucial.
Darmos a chance de a criança falar por si, de brincar, se desenvolver e ser feliz, é afetividade pois, ela se sentirá livre a descobrir e saberá que descobertas são interessantes e podem ser descobertas. Punir muitas vezes pode parecer necessário, porém uma boa conversa fará com que a criança se conscientize entenda que não é correto, mas, que não fique também traumatizada.
O professor ao demonstrar afeto pelos alunos, receberá afeto e respeito dos mesmos tendo em sua sala de aula. Harmonia e aprendizagem significativa pois, estão somando um ao outro e a criança terá sentimentos positivos o que eliminará as dificuldades de aprendizagem surgidas em seu percurso escolar. Para aprender não existe uma idade, ou um tempo definido. Dificuldades podem surgir pelo caminho, mas, trabalhado com amor, todo problema poderá ser eliminado e transformar-se em aprendizado, afinal a criança passará por determinada dificuldade naquele momento, mas, a mesma depois de superada não voltará a surgir, mas trará conhecimento para todas as partes.
5.3. Afetividade no desenvolvimento funcional
Apontando a importância da afetividade nas relações de aprendizagem, notamos que para tudo que vemos, ouvimos ou falamos auxilia no aprendizado das crianças e muitas vezes para nosso próprio aprendizado.
A dificuldade de aprendizagem pode ocorrer devido a falta de afeto. Esta podendo ocorrer em casa, na escola em diversos locais que a criança freqüente, portanto é correto afirmar que a afetividade afeta e auxilia na aprendizagem do educando por está mexendo em sua parte emocional.
Todo educando necessita de afeto para aprender, portanto, não existe aprendizagem somente racional. É necessário utilizar razão e emoção para que se aprenda e elimine dificuldades, por muitas vezes atuar com afeto evita que os problemas venham a surgir.
A criança que tem dificuldade de aprendizagem geralmente apresenta também baixa auto-estima que é uma imagem negativa de si própria, o que dificulta ainda mais seu aprendizado. Cabe ao educador procurar entender se as dificuldades foram ocasionadas na aprendizagem pedagógica ou se está com problemas em casa também. A aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo passa como evolução dos processos mentais. Para que esse processo seja alcançado de maneira adequada, necessita que sejam abordados em sala de aula a afetividade, a motricidade e a inteligência, desta maneira dificuldades de aprendizagem serão eliminadas e ou evitadas.
Em seu livro: A evolução psicológica da criança. Conclui que o estudo da criança é essencialmente um estudo das fases que farão dela um adulto. Observando-a em seu desenvolvimento, seguindo as sucessivas idades em sua totalidade, percebe-se que a passagem de uma etapa à outra não é uma simples ampliação, mas um remanejamento onde as atividades preponderantes, em um primeiro momento, são reduzidas em um segundo. Desta forma, os conflitos do crescimento possibilitam a transformação do sujeito. De acordo com (WALLON, 1968, p. 275)
5.4. Dimensão afetiva e inteligência
A criança deve amar tudo aquilo que aprende, que esteja ligado ao seu crescimento mental e emocional. O que quer que seja apresentado a ela deve ser feito de forma bonita e clara, impressionando sua imaginação. Uma vez que os especialistas em educação enfrentam desaparecerão. ( MONTESSORI, 2012, p. 65)
Crianças com dificuldades de aprendizagem muitas vezes demonstram a dificuldade como um reflexo de problemas em casa ou mesmo problemas com professores anteriores que não demonstravam afeto por ela, cabe ao atual professor pesquisar, questionar com a criança, ganhando sua confiança e conseguindo com agilidade saber o que ocasionou a dificuldade.
O que irá modificar e qualificar a aprendizagem do aluno será o afeto. Somos nos que enquanto educadores devemos incentivar suas descobertas, demonstrar afeto pela criança lhe ensinará a ser dócil, e atenta ao que lhes explicamos, demonstramos, fazendo com que a criança tenha prazer em aprender.
Segundo (GARDIER, 2000). Cada ato cognitivo envolve um agente que executa uma ação ou uma série de ações em alguma tarefa ou domínio, quer estejamos lidando com notáveis atos de gênios ou com uma realização mais humilde.
Desenvolver a inteligência é um ato de amor pois, sabemos que encontraremos em nosso caminho diversas dificuldades, é onde devemos está apto a novas práticas pedagógicas, novas pesquisas em busca de soluções para auxiliar a criança e desenvolver sua inteligência.
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necessário observar diferenças individuais, o meio ao qual a criança está inserida, problemas que envolvem os pais também prejudicam a aprendizagem do educando problemas esses como brigas, separação, pois, envolve a emoção. A emoção por sua vez levará ao aprendizado ou a dificuldade.
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possível levar o educando a construção de bons sentimentos e levá-lo a elevar sua auto-estima, mostrando que ele é capaz de sair de situações difíceis.
Pesquisas identificam que apontam para os aspectos emocionais das crianças com dificuldades de aprendizagem. Os resultados mostram que essas crianças procuram menos sua família e também seus pares para o suporte na resolução dos problemas afetivos que advêm de dificuldades de comunicação. Constata-se que a relação do aprendeste com a escola pode representar instabilidade emocional em razão dos processos de elaboração de novos conhecimentos. Segundo ( SISTO e MARTINELLI, 2006, p.73)
O afeto influencia a atenção e a interação, portanto, a confirmação de que é necessário ter afeto entre professor e aluno afim de eliminar dificuldade de aprendizagem e desenvolva a inteligência. Quando passamos a ele segurança e confiança aprende com maior facilidade.
Trabalhar afetividade deve ser o primeiro passo em uma sala de aula, assim a criança com dificuldade se sentirá a vontade em relatar sua dificuldade antes mesmo que seja notada pelo professor e colegas de classe. O afeto trará ao indivíduo o sentimento de acolhimento e de se está em um ambiente agradável e aconchegante, assim caminhando rumo ao aprendizado significativo e prazeroso, sabendo que pode confiar em todos a sua volta e que todos estão a procura de seu aprendizado.
5.5. O afeto e a cognição no desenvolvimento da aprendizagem
Entre afetividade e inteligência deve-se analisar primeiramente o juízo moral, pois é na moralidade humana que se designa afetividade e razão, porém a ideia de abordar afetividade juntamente com razão muitas vezes ocasiona confrontos, para muitos que não conseguem unificar ambos e trabalhá-los em suas salas de aula pois, interpretam que para trabalhar racionalidade se abordarem também afeto perderam o respeito de seus alunos.
Forma de interpretação errônea pois, ambos tendem a levar a criança ao aprendizado de maneira prazerosa, logo, aprenderam para a vida, para a sociedade, e para que não se encontrem em dificuldade de aprendizagem, caso passe por dificuldade ela terá possibilidades em ser eliminada a curto prazo devido a criança se sentir acolhida.
O sentido da palavra liga seu objetivo ao contexto de uso da língua e aos motivos afetivos e pessoais dos seus usuários. Relaciona-se com o fato de que a experiência individual é sempre complexa do que a generalização contida nos signos. (OLIVEIRA, 1993, p. 81)
É importante iniciar atividades que estimulem a autonomia da criança pois, esta será preparada para a vida adulta, sendo assim auxiliará na eliminação da dificuldade de aprendizagem.
E aplicá-las no contexto que ensinem o educando a dividir e a respeitar os colegas será um norte e a confirmação para que o educando entenda que se o colega tem dificuldade o correto é respeitá-lo e ajudar com carinho para que ele não continue com dificuldade.
O aluno será preparado para se tornar um ser racional, porém é correto prepará-la também para se tornar um ser dócil com isso cabe a nos educadores utilizarmos práticas pedagógicas que envolvam a razão e a inteligência com intuito de transformarmos os pequenos em seres pensantes, pesquisadores.
Estes aprendem mais quando gostam de seu professor e melhor quando sabem que seu professor gosta dele. O que confirma que a afetividade em sala de aula auxilia no aprendizado e evita dificuldade de aprendizagem, auxilia na eliminação da mesma quando ocorre.
No plano intrapsicológico o indivíduo lida com a dimensão do significado que relaciona as palavras às vivências afetivas e contextuais muito mais que ao seu aspecto objetivo e compartilhado. Os sentidos de diferentes palavras fluem um dentro do outro e cada palavra está tão saturada de sentido que seriam necessárias muitas palavras para explicá-la na fala exterior (VYGOTSKY, 1989, 82)
5.6. Afetividade e a construção do sujeito
Na construção do indivíduo devemos levar em conta que abordaremos o trabalho em conjunto com toda a turma, mas, ao avaliar será um trabalho individual até mesmo porque nenhuma criança é igual a outra. A construção do indivíduo é a construção de seu conhecimento, é o desenvolvimento de sua inteligência. A afetividade é um norte a seguir para que seja desenvolvida adequadamente a Inteligência. Ao atuar sendo afetivos estaremos atuando integralmente a cognição da criança.
Como educadores devemos também olhar o lado cultural da criança pois, em determinada cidade ou bairro a turma/classe provavelmente possuirá uma mesma cultura, e seja matriculada uma criança vinda de outra cidade ou estado tenha uma cultura diferente, devemos respeitar e ensinar as crianças a respeitarem também, trabalhando atividades afetivas e acolhendo bem para que não venha a enfrentar dificuldade de aprendizagem e caso ocorra será eliminada com maior facilidade pois, se sentirá bem e amada.
Emoção e razão estão sempre juntas, abordar a inteligência da criança levando como ponto de partida esses dois elementos é fundamental, se o indivíduo está bem emocionalmente ele estará melhor ainda racionalmente ou, seja para desenvolver o sujeito e sua inteligência, ele deverá está bem nos dois aspectos e logo estará se sentindo seguro à buscar sempre algo novo.
O desenvolvimento da inteligência é gradativo, sendo descoberto ao longo da vida e aumentado ou estacionado de acordo com práticas afetivas, criança com auto-estima tem a sua inteligência desenvolvida de forma mais rápida e concreta, já a criança com baixa auto-estima poderá apresentar dificuldade de aprendizagem, logo sua inteligência será desenvolvida de maneira mais lenta. Para eliminar dificuldades devemos está sempre atuando como educadores pesquisadores afetivos com nossos alunos e com a própria profissão.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao finalizar este trabalho pude concluir que mesmo sendo um tema atual e muito conhecido ainda há muito a ser explorado, muitos profissionais da área da pedagogia se vêem totalmente despreparados a atuar frente dificuldades de aprendizagem, pude constatar também que dificuldades e transtornos são assuntos diferentes o que contraria a visão de muitos para com o assunto, há casos em que até mesmo nós educadores não temos o discernimento para o referido tema: Dificuldades de aprendizagem.
As análises feitas se seguiram em livros teóricos, buscando as bases para confirmação dos apontamentos e confirmando-os com citações.
Cheguei a conclusão de que a decisão do tema foi muito importante para o meu conhecimento e crescimento pessoal e profissional, ao estudar observei as diferenças de pensamentos dos teóricos e ao mesmo momento a semelhança de suas idéias como foco principal a aprendizagem.
A metodologia foi essencial para um desenvolvimento adequado e satisfatório observei o quão essencial é a pratica pedagógico afetiva para o desenvolvimento de todas as crianças especialmente as que se encontram em dificuldade de aprendizagem, é fundamental considerar o meio em que o educando está inserido, quais as situações familiares o indivíduo se encontra pois, onde há conflitos geralmente também há baixa autoestima, cabe a nós educadores sermos sempre afetuosos, assim demonstrando aos nossos alunos que estamos ali para lhes ajudar e que queremos ver seu avanço portanto, podem confiar, e assim sentindo-se a vontade em questionar e buscar respostas para suas dúvidas e dificuldades.
Pude constatar também que é importante atuar psicomotricidade frente dificuldade de aprendizagem, pode-se trabalhá-la até mesmo antes que a criança venha a ser diagnosticada com determinada situação problema.
Os objetivos propostos foram atingidos por hora pois, acredito que mesmo sendo uma área já muito conhecida ainda possui muito a ser explorada, e dialogada, o que pude concluir é que o estudo me auxiliou a olhar a pedagogia com um novo olhar, o olhar de que cada criança tem sua maneira individualizada, mas, que também deve ser abordada em coletividade para crescimento da classe em sua totalidade e que assim aprendam a sempre se respeitarem.
Abordar dificuldade de aprendizagem é fundamental para entender diversos problemas a enfrentar em jornada profissional e pessoal. O professor poderá se deparar com vários desafios e muito lhe auxiliará se ele souber que direção seguir sem se esquecer que o problema de um aluno pode se tornar a de vários se não for procurado eliminá-la quanto mais cedo possível.
É imprescindível que práticas pedagógicas sejam aplicadas sempre pensando o indivíduo como ser único com necessidade de estímulo e apoio para que sua inteligência seja desenvolvida adequadamente e assim possua seu psicomotor preparado para as fases posteriores de sua vida. O indivíduo tem sua inteligência estimulada gradativamente, levando em consideração esse fato, atuaremos de maneira cada vez mais flexível afim de que sejam aplicadas atividades, brincadeiras, jogos, que ensinem de maneira prazerosa sendo assim de modo a aprendizagem ser significativa.
Analisando também a família e sua contribuição na aprendizagem escolar do filho, pode-se constatar que é extremamente notório o desenvolvimento positivo quando os pais como um todo se mostram interessados em auxiliar o pequeno em suas tarefas, demonstrando-lhe que o seu aprender é algo prazeroso para eles assim fazendo com que levante sua autoestima, tendo força de vontade em buscar sempre algo novo, mesmo esse novo por muitas vezes sendo extremamente desafiador.
Devemos analisar também a cultura a qual o indivíduo viveu e a que está inserido para desenvolvimento atual, é fundamental ensinar as crianças a se respeitarem. Assim respeitando as diversas culturas, sabendo-se que com a mudança de país, estado, cidade ou até mesmo de bairro a cultura também pode ser alterada, o que pode causar certa estranheza para o educando, ao ensinarmos os educandos a se respeitarem estaremos também lhes ensinando a serem acolhedores o que auxiliará com que o pequeno mesmo vindo de outra região será bem aceito e caso tenha dificuldade em se adaptar a novos colegas e professores não terá sua autoestima baixada.
O papel do professor é primeiramente acolher, em seguida atuar sendo afetuoso e posteriormente trabalhar o pedagógico sem deixar o afeto de lado ou esquecido pois, é o que faz com que a aprendizagem seja significativa. Por meio das pesquisas pode-se concluir que a criança aprende melhor quando gosta de seu professor e ainda mais quando sente e sabe que este gosta dela. Portanto o educador que se mostra atento as dificuldades de seu aluno passa-lhe segurança assim conseguindo ajudar-lhe melhor e eliminar os problemas que o pequeno venha a enfrentar.
Educadores devem ter formação continuada para que mesmo diante aos desafios que venha a enfrentar com seus alunos não se perca, nem deixe que sua turma tenha seus objetivos atrasados, e para o caso de ocorrer que esses não demorem a voltar ao ritmo, pois, devemos acolher o ser em dificuldade, porém não podemos deixar que o problema dele se torne o atraso da classe. Quando o professor tem sua formação continuada este tende a superar com maior agilidade seus obstáculos fazendo com que assim seus alunos também evoluam rapidamente e no caso de uma criança com dificuldade esta não se perderá e terá seu problema solucionado em curto período e evoluindo com a turma a qual está inserida, portanto o professor tem papel de educador o indivíduo e se atualizar para que esse fato ocorra satisfatoriamente.
Os problemas vim de casa para a escola, como por exemplo: brigas dos pais, de irmãos, demais membros da família, pois, a criança quando pequenina tem maior facilidade em absorver o que vivência, assim todas as discussões que ouve ficam em sua memória ocasionando medo, fator este que faz com que se sinta retraída a conversar com o professor, em alguns casos causando até medo pois, para ele seu educador é adulto e também poderá brigar no sentido de discutir. Podendo causar um retardamento maior se a equipe escolar não souber o que se passa na vida deste educando.
Quando família e comunidade escolar estão juntos para aprendizagem ou seja, quando há parceria da família na vida escolar do individuo sua inteligência tende a ser adequada para a idade e mesmo que ocorra dificuldade possuindo a parceria terá agilidade em se buscar o caminho adequado, podemos ver o afeto como ferramenta para aprendizagem, ferramenta essa que deve partir do educador e da família, a criança deve ver seu professor como seu parceiro, amigo e companheiro e muito os pais podem auxiliar para que o educando lhe veja dessa maneira. Demonstrando para a criança que acredita que aluno e professor são companheiro e estão juntos para aprender e ensinar.
Professores tendem enxergar com maior agilidade as dificuldades dos alunos por estarem aptos a fazer avaliação, este avaliando individualmente poderá ver que um está com dificuldade em determinada área e outro indivíduo em outra ou outras áreas, sendo que a avaliação tem realmente o propósito de diagnosticar as situações problema afim de eliminá-las, ao possuir o diagnóstico, terá onde buscar novas estratégias para resolver as situações quando lhe for cabível, para o caso de não conseguir solucionar em sala este deverá passar o caso para a coordenação que buscará o melhor caminho.
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Publicado por: Celiane Alves Martins
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