A sistematização do livro didático
1- INTRODUÇÃO;
2- O LIVRO ESCOLAR EM COMÊNIO;
3- O LIVRO ESCOLAR NO MÉTODO INTUITIVO;
4- CONCLUSÃO
1-INTRODUÇÃO
A escolarização moderna marca seu início apontando para a necessidade de estabelecer regras e normas intuitivas para o processo educacional escolar. A partir disso foi pensado o livro didático como instrumento pedagógico capaz de alcançar a melhoria no ensino, focando indivíduos específicos por meio de um método de ensino. O livro didático passa a ser usado como um manual específico de praticas pedagógicas, sendo de uso essencial para o professor.
As instituições escolares também sofreram mudança nesse processo, em relação a carga horária e espaço, como Comênio implantava no fim da idade média e inicio da moderna. Tudo foi pensado para organizar esse espaço escolar.
Apesar de todo esse processo de mudança os homens sempre mantiveram laços religiosos com o fim de formar seres racionais, cultos e ao mesmo tempo, humanizados. Essa foi a característica da educação moderna.
Os livros didáticos foram elaborados com o objetivo de orientar as tais praticas pedagógica, num primeiro momento para escolas infantis, pois além das práticas pedagógica, era a organização na sua didática. Foi talvez o mais significativo marco educacional do período. Em meados do século XIX o manual didático toma um novo impulso.
Houve a substituição dos métodos de ensino e o livro didático ganha relevo nas atividades concretas. Já não é mais fato de ter que decorar a antiga cartilha e agora além de praticas concretas os livros tornam-se especifico em diferente áreas do saber escolar.
Este trabalho procura compreender as transformações que ocorreram durante esse longo período nos usos que se fizeram do livro escolar.
2-O LIVRO ESCOLAR EM COMÊNIO;
Para Comênio ensinar é uma arte, mais isso não significa que está restrita apenas para as escolas, ou como se não houvesse outras artes.
Comênio se propõe a ensinar tudo e a todos, e não somente para a burguesia, incorporando seus valores. Isso fez com que os homens se tornassem criadores e se desligassem, mas não totalmente de Deus, pois nesse período, o Feudal as pessoas viviam na plenitude divina, tudo estava ligado a Deus, e todos viviam em função da divindade. Comênio foi além da perspectiva religiosa.
A intenção de Comênio era de intensificar a leitura e a escritura, e usar o livro como um meio eficaz para o povo, e para que finalmente todas as pessoas fossem capazes de entender tudo em uma perspectiva epistemológica, e não somente a burguesia pudesse usufruir de meios competentes.
Antes de Comênio a arte de ensinar nunca tivera uma posição social tão destacada.
Comênio implanta enfim a tipografia adequada para escrever livros com rapidez e elegância, mesmo sendo mais difícil do que o manuscrito Comênio se utiliza de método e faria com que mais pessoas se interessassem pela leitura e escrita. A tipografia foi considerada na época uma “arte divina”, símbolo de uma nova idade.
E quando Comênio fala da educação escolar;
“Pretendemos apenas que se ensine a todos a conhecer os fundamentos, as razões e os objetivos de todas as coisas principais, das que existem na natureza, como das que se fabricam, pois somos colocados no mundo, não somente para que façamos de espectadores, mas também atores”. (Comênio. 1976. p. 145).
Para Comênio a escola tinha que tornar jovens aptos para administrar e compreender o novo conteúdo que estava se pondo. O novo protótipo da arte de ensinar é uma produção, uma criação puramente humana, social e histórica.
“Prossegue Comênio afirmando que os livros elegantemente impressos possuem capítulos, colunas, parágrafos claramente distintos, com espaços vazios, tanto marginais quanto interlineares. Deve o método didático igualmente prever períodos de trabalho e de repouso, com determinada duração para cada um. Assim, prevê o método que se estabeleçam programas para serem cumpridos em um ano, em um mês, em um dia, em uma hora, sem sobrecarga para os alunos, não sendo necessário trabalhar mais que quatro horas por dia, duas antes e duas depois do meio dia”. (Gasparin, João Luiz. Comênio ou da arte de ensinar tudo a todos. Editora Papirus. 1994). Comênio estruturou os meios de ensino, adestrando os sentidos, transpondo em livros, a fim de reorganizar a educação e agora para todos, sem nenhuma distinção.
3-O LIVRO ESCOLAR NO MÉTODO INTUITIVO;
O livro didático na metade do século XIX toma um novo impulso no método intuitivo. Que é reconhecer a questão que o método apresenta, tendo ações de um ensino pressuposto com variadas questões. Esses livros foram elaborados para planejar o ensino escolar, uma principal ferramenta para o uso do professor, construído de idéias praticas pedagógica, sendo que esses livros em primeiro instante foram somente para escolas infantis. E toda ação pedagógica pressupõe questão teórica, o livro tem como objetivo estabelecer além de questões teóricas, questões concretas.
““... O método intuitivo é entendido por seus propositores europeus como um instrumento pedagógico capaz de reverter a ineficiência do ensino escolar, assim pontuada: forma alunos com domínio insuficiente de leitura e escrita e com noções de calculo insatisfatórias, principalmente pelo fato de alicerçar a aprendizagem exclusivamente na memória, priorizar a abstração, valorizar a repetição em detrimentos da compreensão e impor conteúdos sem exame e discussão. (...) E que os professores “admiram a criança que fala como o livro e responde como um oráculo, pouco importando se ela não compreende a questão nem a resposta.”. ( Apud Giolitto, 1983).
Sendo que os materiais didáticos difundidos nesse período estivessem de acordo com a nova proposta, usando materiais concretos, e substituindo a maneira de ter que decorar e responder como um oráculo, como foi dito anteriormente na citação, é preciso elaborar novos meios de ensino, para difundir verdadeiras inteligências.
No método intuitivo utilizam dias variados e alternados a fim de prevenir o cansaço e o tédio. E usando fatos e objetos pra que os alunos identifiquem, criem situações a partir do mesmo objeto. Agora o ensino deixou de ser maçante e faz com que os alunos se interagem e interessem pelos diversos conteúdos proposto pelo professor.
Nesse período a escola fica com o desenvolvimento dos sentidos num primeiro instante, concebendo atributos humanos a fim de elaborar as próprias idéias, intermediando as experiências a ponto de enfatizar trabalhos escolares, preparando a criança para a vida adulta.
E o livro escolar consegue educar os sentidos, esse mesmo livro agora também é direcionado tanto para professores como pais. Tinha também como objetivo domestificar os sentidos para aguçar de maneia mais elaborada a capacidade de cada criança, fazendo com que essa criança seja muito bem aceita pela sociedade.
Esse novo manual didático “o livro”, atribui concepções de que os sentidos humanos, aliado ao intelecto, são os canais que possibilitam o conhecimento. E esse manual didático se encarregará de aprimorar tais concepções e adequando métodos concretos como; jogos, cantos e brincadeiras, com estratégia adequada na produção do conhecimento e faixa etária especificas.
O objetivo desse método de ensino é fornecer, idéias, palavras para que as crianças entendam e possam intervir certas questões. E também como formar concepções especifica do método do conhecimento para o ensino intuitivo.
O método intuitivo direciona a criança de modo que ela raciocine, tornando essa criança em um humano associado a natureza sobre matéria.
É esse método intuitivo que pretende educar crianças, com novos padrões intelectuais, e que pretende formar indivíduos que usem menos a memória e mais a razão, isso para a construção do conhecimento em atividades produtivas.
4-CONCLUSÃO;
A escola é assim, um local apropriado para apresentação de objetos, formas, palavras e números, de modo gradual e sistematizado, seguindo a suposta ordem da natureza. Uma vez que a criança ao entrar na escola já possui idéias assistematicamente formadas, o ensino escolar volta-se para a formação gradual das idéias complexas por meio de apresentação das formas geométricas, das cores, das silabas e dos objetos do mundo físico em experiências sistematizadas que ascendem, continua e gradualmente para a aquisição das palavras, expressão e símbolos das idéias complexas. A escola é, por excelência, o local de formação dessas idéias, cujo rigor e exatidão na sua aquisição demandam um impulso externo e dirigido, que seleciona as experiências mais adequadas à sua obtenção, pela regularidade e pelo uso de um método, opondo-se assim as espontaneismo. (Valdemarin, Vera Teresa, O legado educacional do século XIX, 1998.).
E todo esse método foi estruturado para que o homem educado se projetasse na sociedade, por meio de suas capacidades racionais desenvolvida pelo mesmo método, tendo uma participação econômica e política. E o livro foi projetado para tais procedimentos.
Publicado por: ariana cristina cavalcanti
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