A ORGANIZAÇÃO DOS CANTOS NA ROTINA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
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1. RESUMO
O presente trabalho apresenta como tema: “A organização dos cantos na rotina da educação infantil”, visando atender de forma dinâmica e a ampliar a vivência cultural e social do aluno com o mundo em que ele está inserido. Portanto, um trabalho com autonomia na organização das rotinas é capaz de proporcionar uma aprendizagem eficaz. E é na educação infantil, que cabe ao professor e a escola oferecer esse processo, visando atender as diversidades com compromisso e qualidade, numa visão de busca de novos horizontes para o aluno. Diante dessa visão serão discutidos: quais aprendizagens estarão garantidas as crianças através dessa organização temática; e se os recursos atualmente utilizados estão sendo funcionais e eficaz e se as estratégias facilitarão a realização de um trabalho consciente; sempre com o objetivo de desenvolver a autonomia da criança envolvendo aluno e professor num processo de aprendizagem motivadora. Esta pesquisa foi de cunho teórico bibliográfico, na perspectiva histórico-cultural de Vygotsky (1984), Horn (2011) e Zabalza (1998), entre outros referenciais que discutem a importância do tema.
Os resultados teóricos obtidos nos permitiram, por meio das pesquisas consultadas, confirmar a relevância e o papel do lúdico, e também, delimitar de forma mais clara e objetiva, a necessidade e a importância da organização dos espaços para o bom desenvolvimento e aprendizagem das crianças.
Palavras-chave: cantos; temas; educação infantil.
2. INTRODUÇÃO
A organização dos cantos é uma proposta didática ainda não muito praticada no Brasil, apesar de antiga em outros países. A formação desses cantinhos favorece a estruturação da personalidade da criança e se torna um ambiente atrativo e propício para a aprendizagem.
A possibilidade de oferecer diferentes ambientes também possibilita as oportunidades para a criança desenvolver sua criatividade e interagir com o mundo em que ela vive, para muitas crianças essa oportunidade pode ser única, devido as diferenças sociais e culturais que muitas vivem.
Para Zabalza, (2007, p. 241) “o espaço é um acumulo de recursos de aprendizagem e desenvolvimento pessoal. Justamente por isso é tão importante a organização dos espaços de forma tal que constituam um ambiente rico e estimulante de aprendizagem”.
Com essa visão a organização do ambiente no desenvolvimento infantil deverá estar relacionada a concepção educacional, do espaço, com brincadeiras e experiencias ricas de aprendizagem; oferecendo à criança a possibilidade para a construção de sua identidade pessoal, fazendo com que ela desenvolva o seu próprio conhecimento, tendo autonomia para escolher onde e com quem quer brincar, criando situações imaginarias, interagindo com o ambiente e com os coleguinhas, aprendendo a compartilhar o espaço proposto e a construir suas próprias opiniões.
O ambiente bem organizado e pensado é fundamental para promover uma aprendizagem qualitativa, pois é a organização que constituiu e reflete quem vive no ambiente. Dessa forma, é importante que os espaços escolares sejam organizados de maneira adequadas e bem claras para que possibilitem à criança: autonomia, interação, motivação, equilíbrio, sensações, descontração e experiencias positivas.
Instigadas pela temática a partir da nossa experiência no estágio, justifica-se o interesse pelo tema quando, em contato com a realidade escolar, observamos a organização do espaço das salas de aula da EI como oportunidade para diferentes aprendizagens, atendendo de forma dinâmica a vivencia cultural e social do aluno com o mundo em que ele está inserido.
A partir desta perspectiva, organizar um espaço direcionado às crianças é um desafio, pois é um ambiente no qual as crianças passam a maior parte do seu tempo e por esse fato, pautando-se nas pesquisas realizadas, vê-se que os professores têm uma grande responsabilidade quanto a organização dos espaços onde a aprendizagem irá acontecer. Sendo assim, discutiremos: quais aprendizagens será garantida às crianças através do trabalho com a organização dos cantos na rotina da educação infantil? Quais estratégias possibilitam a realização consciente de um trabalho construtivo, centralizador e investigativo? A organização e os recursos atualmente usados estão chamando a atenção do aluno de forma que o mesmo se sinta parte integrante da aprendizagem?
A observação realizada com esse tema é que para muitos professores ainda estavam confusos os objetivos e conteúdos que essa abordagem traz, no que se refere a oportunidades de aprendizado; mas com a exposição dos objetivos didáticos e dos conteúdos propostos ficam claro e entendido a necessidade de um planejamento para a realização desses cantos, nas salas de aula e de convivência, pois adequados propiciam um ambiente prazeroso, motivador e significativo em aprendizado.
Desta forma, o trabalho tem como objetivo mostrar a maneira mais adequada com diversificação e organização dos cantos temáticos para possibilitar a autonomia e as possibilidades de aprendizagens das crianças, porque não adianta só organizar, é necessário que o espaço permita a movimentação das crianças e a descentralização do adulto, esperando que o professor tenha sua proposta voltada para o bem-estar da criança. A fim de atender o objetivo proposto por este artigo, a discussão seguinte será organizada desta forma: primeiro será discutido a importância do espaço na educação infantil, depois a organização dos cantos em sua rotina.
3. REFLETINDO SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
O ambiente bem organizado e planejado é fundamental para promover uma aprendizagem qualitativa, pois a organização constitui e reflete quem vive no ambiente. Sendo assim, é importante que os ambientes escolares estejam expostos de forma adequada para que possibilitem a criança: autonomia, interação, motivação, equilíbrio, sensações, descontração e capacidade de reproduzir e criar novas experiências positivas.
David & Weinstein (1987) afirmam que cinco funções relativas ao desenvolvimento infantil deveriam ser atendidas ao ser construídos ambientes para crianças: identidade pessoal, desenvolvimento de competência, oportunidade para o crescimento, sensação de segurança e confiança, como ainda oportunidade para o contato social e privacidade.
Segundo os autores esses ambientes constituídos são fatores essenciais que devem promover sensações positivas ao convívio do grupo:
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Identidade - é a personalização crucial e pessoal do espaço, determinante de história social, pensamentos, memórias, crenças, valores e ideias, muitas vezes a casa do aluno e o seu convívio familiar não proporcionam essa necessidade, cabe a escola proporcionar de forma simples e ao mesmo tempo rica esse quesito para o enriquecimento pedagógico da criança.
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Desenvolvimento da competência – ser competente é desejo de todo ser humano, mais intenso na criança, pois sempre está frente a novos desafios e tarefas e explorando ambientes ricos e variados possibilita o desenvolvimento cognitivo, social e motor, o que determinará o crescimento da criança
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Oportunidade para o crescimento - um ambiente rico que integre a criança ao desenvolvimento social, cognitivo e motor, caracterizando responsabilidades e oportunidades com ideais para aprender e viver de forma a estimular os sentidos, é um ambiente que deve proporcionar ao aluno sensações que estimulem diferentes momentos de aprendizagem e convivência.
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Promover a sensação de segurança e confiança - um ambiente que a criança explora, vive, desenvolve sua criatividade motora, cognitiva e estimula a percepção de exploração da vida como um todo e em segurança.
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Oportunidade para o contato social e privacidade – um ambiente onde as crianças expressem seus sentimentos, façam trocas; espaços privados ajudam a expressar sentimentos, em especial o de raiva, angústia e frustração, longe do olhar dos outros, isolando-se momentaneamente, do ritmo rápido do grupo.
Portanto, a escola deve ter como objetivo satisfazer as necessidades da criança em aprender; para isso os cantinhos quando bem planejados oferecem essa função. Através de um ambiente rico de aprendizagem, deve-se valorizar desde a inocente brincadeira até o aperfeiçoamento da linguagem como um todo no processo educativo; nesse segmento de trabalho o professor não precisa prender a atenção de todos, pois o próprio espaço se incumbe disso, proporcionando a criança a sua autonomia.
“[...] a justificativa para tal arranjo é que o mesmo favorece mais as interações dos grupos de crianças e melhor o oriente ao redor de um foco, permitindo a elas oportunidades de escolha. Esses cantinhos podem se fixos ou arrumados a cada dia, segundo a programação do professor ou as sugestões das crianças. ” (MEC. 2007, p.33-34)
Assim, o professor tem um aliado, pois o ambiente estruturado, constituído de atividades diversas e bem planejado, produz um desenvolvimento como um todo, cabendo ao professor construir com as crianças as bases de uso e convivência deste espaço, enriquecendo a aprendizagem de forma positiva e cultural.
O objetivo dos cantos pedagógicos é proporcionar ações organizadas que incentivem autonomia e aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento de forma abrangente dentro da sala de aula, através de uma ação educativa e com uma concepção formadora.
4. ORGANIZAÇÃO DOS CANTOS NA ROTINA DA EDUCAÇAO INFANTIL
Os espaços usados na sala de convivência, bem planejados e organizados com cantos temáticos, devem ser de forma objetiva e construtiva, para que possibilitem a realização de um trabalho didático prático e construtivo, rico em interações e dinâmicas que clareiam as possibilidades e ampliem o processo pedagógico.
“Tem sido muito valorizada a organização de áreas de atividade diversificada, os “cantinhos”- da casinha, do cabelereiro, do médico e do dentista, do supermercado, da leitura, do descanso - que permitem a cada criança interagir com pequeno número de companheiros, possibilitando-lhes melhor coordenação de suas ações e a criação de um enredo comum na brincadeira o que aumenta a troca e o aperfeiçoamento da linguagem. ” (OLIVEIRA, 2005, p. 195).
Zabalza (2007, p.236), fala do espaço como, “estrutura de oportunidades e contexto de aprendizagem e de significados”. Ou seja, a criança tem a possibilidade de explorar, aplicar e interpretar informações dando sentido ao que aprendeu, estabelecendo relações significativas, ampliando assim seu universo de aprendizagem. Sendo assim é importante que os cantos tenham um espaço físico organizado e planejado, que retratam a cultura e o meio social que elas participam de forma que propicie a criança verdadeiramente um ambiente com significado e importância.
Eles podem ser montados de acordo com as atividades trabalhadas ou conforme o interesse das crianças como:
O cantinho da leitura pode ser organizado com caixas com livros de vários gêneros textuais, gibis e muitas ilustrações, mesmo que ela não saiba ler o manuseio destes materiais estimula o prazer pela leitura.
O cantinho do monta-monta é importante que tenha um espaço livre, pois podem utilizá-los de várias maneiras, construindo um prédio, uma casa, um carro, possibilitando a elas a construção e a simulação.
O cantinho do teatro pode-se expor maquiagens, perucas, fantasias, bolsas, chapéus e outros, desenvolvendo assim a criatividade.
O cantinho de artes os materiais que podem ser usados são: pintura a dedo, massa de modelar, lápis de cor, giz de cera, folhas brancas e coloridas, entre outros, estimulando a apreciação artística e os diversos tipos de artes (escultura, pintura, etc.), bem como o senso crítico e estético.
O cantinho do médico é essencial as toucas, máscaras, luvas cirúrgicas, embalagens de remédios, esparadrapo, jalecos, fichas médicas, bonecas, que sirvam de pacientes, estetoscópio, termômetro entre outros, aqui o professor estabelecerá a importância das profissões.
O cantinho da casinha deve conter diferentes objetos como: fogãozinho, panelas, pia, geladeira, mesa, sofá, televisão, passadeira, ferro, frutas plásticas e embalagens de alimentos, camas ou berços, aparelhos usados de telefone etc.; nesse espaço irá simular ou representar as pessoas com quem ela vive, seja com os familiares ou amigos.
O cantinho do faz-de-conta estimula a criança a lidar com várias questões, pois aqui a criança comandará a história, desenvolvendo assim a fantasia, a ordenação das ideias, a criatividade, a socialização e a integração social.
O cantinho da música nem sempre é possível ter instrumentos musicais, porem pode-se confeccionar com sucatas, como exemplo: chocalho, bumbo, pandeiro e etc., desenvolvendo a percepção auditiva e rítmica, incentivando também a reciclagem e a preservação do meio ambiente.
Qualquer canto pode ser organizado com materiais de baixo custo, pois além de promover a socialização das crianças entre as diferentes faixas etárias, é possível conhecê-las por meio da observação que o professor pode realizar nesses momentos no qual a criança entra em contato com seu mundo imaginário e através de suas ações deixa transparecerem as suas vivências, ampliando a sua capacidade de interação com o meio. Cabe ao professor também saber organizar, para que não haja poluição visual e que as crianças se sintam estimuladas a brincarem nos cantos oferecidos. É importante que os cantos sejam frequentemente trocados conforme o interesse das crianças, por isso que ao brincar o professor deve ficar atento e observar como cada um irá reagir diante da ocupação e interação na situação da brincadeira.
É interessante também promover atividades em espaços abertos, onde elas possam ver e ter contatos com a natureza, estimulando-se as variações de sentidos de uma maneira mais ampla, convidando-as a terem contato com alguns objetos e lugares diferentes, para que os identifiquem, propiciando sempre uma diversificação para que elas não venham perder o interesse, usar símbolos que chamem a atenção e ter sempre um ambiente organizado para recebe-las.
Segundo Zabalza (2007, p.237), “a forma de organização do espaço e a dinâmica que for gerada da relação entre os seus diversos componentes irão definir o cenário das aprendizagens”. Por isso, as preocupações com a organização dos recursos devem estar relacionadas com a diversificação dos espaços, propondo a harmonia e a capacidade de chamar a atenção do aluno de forma que o mesmo se sinta atraído pela proposta oferecida através dos cantinhos.
Assim, o espaço escolar precisa ser rico de estímulos para que as crianças interajam entre si. Para que haja essa interação e para contribuir significantemente para o desenvolvimento imaginário, cognitivo, emocional e social da criança, é preciso que o professor saiba organizar esse espaço adequadamente, pois se a criança não se sentir estimulada nesse local, onde fica mais de oito horas por dia, ela não se desenvolverá de maneira satisfatória. Essa organização de espaço e tempo dentro da rotina são situações importantíssimas para o desenvolvimento pedagógico, é um fator que influencia a ordem e promove um ritmo de formação favorável pois a criança passa a maior parte do tempo na sala de convivência com o professor.
Conforme Zabalza (1998, p.130) “as formas de utilizar o espaço e o tempo são variáveis que, apesar de não serem as mais destacadas, tem uma influência crucial na determinação das diferentes formas de intervenção pedagógica”. Por isso que os cantos são determinantes na medida que visam trabalhar novas formas de conhecimentos, pois devem propiciar de maneira significativa e construtiva, a autonomia da criança e o descobrimento de novas experiências, partindo de elementos que muitas vezes passam despercebidos pelo adulto.
Dessa forma, é importante que o professor não se paute na mesmice, mas que esteja sempre inovando a sua forma de trabalhar com esses cantos, visto que, de forma organizada, com propostas diversificadas, que transmitam aconchego e segurança, as crianças ficarão mais motivadas.
O espaço também educa, assim como a linguagem e as relações interpessoais. E atua como limitador de funções, isto é, tem capacidade para facilitar, limitar e orientar tudo o que se faz na escola de educação infantil. Tudo o que a criança faz e aprende, acontece em um ambiente cuja características afetam em seu comportamento e aprendizado, portanto o espaço deve proporcionar novos desafios e estimular aprendizagens que faça a criança interagir de forma gradativa, possibilitando interações umas com as outras e criando sempre novas formas e diferentes jeitos de ensinar e aprender.
As orientações curriculares (2007, p.33), afirmam que, “os professores e a equipe educativa necessitam pensar como o espaço deve ser estruturado para acolher as experiências de aprendizagens que eles avaliam serem promotoras do desenvolvimento das crianças”. Todavia, o professor também deve sempre atentar para a sua prática pedagógica, buscando novas ideias para valorizar as consequências que levam uma sala de convivência em que há a preocupação de organização do espaço, pois a inovação e a criatividade devem sempre estar presentes para incentivar e promover uma aprendizagem plena. A organização tem grande influência no comportamento das crianças, de alguma maneira expressarão se estão satisfeitas ou não com aquele determinado espaço (sala de aula). Se não tiver um planejamento, do canto, do brinquedo, possivelmente poderá gerar comportamentos agressivos, agitados, indisciplina e provável ansiedade além de gerar conflitos uns com os outros.
Percebe-se que esses ambientes bem organizados tem um fator muito importante para a construção da autonomia e a imaginação da criança, capaz de enriquecer as suas fantasias no mundo imaginário que ela constrói. A brincadeira para as crianças é uma forma de oportunizar fantasias e vivencias que no dia-a-dia não são possíveis de se realizar de forma real. Para elas, é totalmente satisfatório protagonizar o papel de cozinhar, lavar, passar, dirigir, construir e criar enredos a partir destas ações, possibilitando assim, um espaço para dar significados a objetos significantes.
Contudo, é certo dizer que as inovações são para muitos, barreiras, mas cabe ao professor o interesse em mudar e inovar, com experiências e ações que visem enriquecer o cotidiano do aluno.
A organização dos cantos é uma opção que facilitará a interação das crianças com diferentes linguagens na medida em que interagir com diferentes materiais. Concedendo-lhes um entendimento de uso coletivo do espaço, onde ao mesmo tempo são possíveis escolhas individuais e grupais, que certamente favorecem também a construção de sua autonomia.
Os aprendizados e os fazeres se tornam mais flexíveis, abertos e dinâmicos, instigando a exploração ativa do ambiente escolar, proporcionando a possibilidade de a criança experimentar, jogar e manipular sem a constante intervenção direta do adulto.
Para Vygotsky (1984, p.109) “é enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança”. De acordo com o autor, por meio do brinquedo a criança tem inúmeras possibilidades de aprendizado, ela aprende a agir dentro de uma perspectiva cognitiva e emocional, o brinquedo para o autor é uma importante fonte de desenvolvimento para uma criança.
A perspectiva de Vygotsky sobre o brincar foi uma das concepções teóricas que mais nos motivou a estudar sobre este tema, pois o mesmo considera a importância das interações sociais dentro do contexto no qual o ser humano está inserido.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluirmos esse trabalho, podemos observar que a Educação Infantil é essencial no processo de aprendizagem das crianças, pois é o momento onde a criança terá oportunidades de adquirir suas primeiras aprendizagens através de um ensino metódico e ordenado.
Quanto ao ambiente e espaço, chegamos à conclusão, que os dois são interligados. Para que haja ambiente, precisa-se de espaço e é no espaço que acontece o ambiente, através das relações pessoais, professor-aluno e aluno-aluno. A sala de aula é um espaço que precisa ter muito cuidado quanto ao planejamento de suas rotinas, necessita de ter um ambiente que proporciona situações em que as crianças se desenvolvam significantemente.
Podemos concluir ainda, que uma sala de aula organizada em cantos temáticos, atende aos objetivos da Educação Infantil inscritos na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) que “[...] tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança [...]” podendo essa organização de espaço, possibilitar grandes aprendizagens para as crianças alcançando-se assim uma das finalidades da referida lei.
É fundamental no desenvolvimento da criança o papel do professor em todas as etapas desse trabalho, pois atuará como mediador do ensino, tendo a responsabilidade de criar ambientes lúdicos que permitirão situações de brincadeiras, onde elas aprendem e se desenvolvem com autonomia e identidade.
A realização deste trabalho permitiu-nos um conhecimento mais amplo sobre as inúmeras formas de atividades que podem ser inseridas na educação infantil e contribuiu de forma relevante para nossa prática diária a importância da organização dos espaços na educação infantil, com a finalidade de permitir às crianças um amplo olhar sobre o mundo ao seu redor, além de abrir novos horizontes no trabalho como professoras.
6. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, E. N. O brincar e a organização dos cantos temáticos na educação infantil na perspectiva sócio histórico. 2011.
CARVALHO, M. C.; MENEGHINI, R (Org.). Os fazeres na educação infantil. 5. ed. São Paulo: Calçadense, 2002. P. 150-151.
HOHAMANN, M.; et al. A criança em ação. 2. ed. Lisboa. 1979.
HORN, Maria da Graça de Souza. Sabores, cores, sons, aromas. A organização dos espaços na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Lei de Diretrizes e Bases - Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996
OLIVEIRA, Z. M.; et al. Creches: crianças, faz de conta e cia. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
OLIVEIRA, Z. R. Educação infantil: fundamentos e métodos. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
ZABALZA, Miguel. Qualidade na Educação Infantil. Artmed: Porto Alegre, 1998.
Publicado por: Rute Chiavegato Cardoso de Carvalho
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