OS PRINCIPAIS IMPACTOS DO USO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

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1. Resumo

Este trabalho propõe a análise dos impactos do uso da Matemática Financeira como ferramenta no processo de aprendizagem nos anos finais do Ensino Fundamental. O objetivo geral é compreender como essa metodologia pode influenciar os discentes além do espaço escolar. Abordar a matemática financeira no ensino fundamental justifica-se porque consolidar a teoria e a prática agregará para a formação de um cidadão mais consciente financeiramente. Esta pesquisa é de caráter descritivo e qualitativo, e baseada na partir da coleta de dados secundários. Com essa metodologia foi possível concluir que ainda estamos em um processo,  pois o professor precisa identificar e contextualizar os conteúdos tratados nos livros didáticos, com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais, e em livros que abordam a Matemática Financeira, incluindo em seu plano de aula, assuntos do cotidianos que tratado em sala de aula, alterando o processo de aprendizagem, pois  há uma melhor interação entre professor-aluno, além dos educandos demonstrarem mais interesse e compreensão por assuntos que estão ligados ao seu cotidiano e que contribuem para a sua formação cidadã. Para tal, este trabalho divide-se em cinco seções. A primeira destina-se à reflexão sobre a relevância da Matemática financeira no Ensino Fundamental. A segunda abordará como ocorre o processo de aprendizagem. A terceira capítulo visa a avaliação da educação financeira como instrumento de formação do indivíduo. A terceira analisará o processo de aprendizagem. Na quarta a correlação entre matemática financeira e o conteúdo didático do ensino fundamental será avaliada. Na quinta os impactos da matemática financeira serão avaliados.

Palavras-chave: Matemática Financeira. Ensino Fundamental. Processo de Aprendizagem.

2. MATEMÁTICA FINANCEIRA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Este trabalho é fruto de uma pesquisa sobre os principais impactos do uso da Matemática Financeira como ferramenta no processo de aprendizagem nos anos finais do Ensino Fundamental. Essa foi iniciada a partir de um convite de uma escola privada, localizada no município de Maricá, para ensino de Matemática Financeira a alunos do Ensino Fundamental com base uma apostila desenvolvida através do conteúdo nos livros do MEC, e através levantamento bibliográfico. A escolha do objeto de pesquisa foi baseada na importância do conhecimento financeiro desde a adolescência para a promoção um indivíduo com uma visão mais ampla e com uma melhor gestão orçamentária. Nesse sentido, aliar a teoria matemática com o cotidiano é primordial, já que absorção do conteúdo sem aplicação torna esse ensino parco. Sobretudo em um mundo predominantemente capitalista, compreender as relações comerciais e financeiras é fundamental.  

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), a matemática não deve ser utilizada apenas por matemáticos, engenheiros e cientistas, mas por todos os grupos socioculturais. Afinal, tal conhecimento é fundamental para a economia doméstica e, consequentemente, para o planejamento do orçamento familiar, independente se a profissão do indivíduo se relaciona ou não com as ciências exatasLogo, conclui-se a necessidade de ensinar de forma que possa ser aplicado em ambientes extraclasse.

A justificativa para o ensino da matemática nas escolas, não é simplesmente por ser uma ciência muito importante e que será útil mais tarde, como diz a maioria dos professores, mas principalmente por atender às várias características, que são essenciais à formação do indivíduo, como ferramenta para a vida, como instrumentação para o trabalho. (BASSANEZI, 2011, p. 206). 

Nota-se na citação abaixo um destaque para os conteúdos matemáticos que demonstra a relevância dos tópicos relacionados às finanças.

É importante salientar que aspectos ligados aos direitos do consumidor também necessitam da Matemática para serem mais bem compreendidos. Por exemplo, para analisar a composição e a qualidade dos produtos e avaliar seu impacto sobre a saúde e o meio ambiente, ou para analisar a razão entre menor preço/maior quantidade. Nesse caso, situações de oferta como: compre 3 e pague 2, pois geralmente são feitas para produtos que não estão com muita saída. Portanto, não há, muitas vezes, necessidade de comprá-los em grande quantidade, ou que estão com os prazos de validade próximos do vencimento. Habituar-se a analisar essas situações é fundamental para que os alunos possam reconhecer e criar formas de proteção contra a propaganda enganosa e contra os estratagemas de marketing a que são submetidos os potenciais consumidores. (PUNS, 1998, p. 35).

Discutir sobre os principais impactos do uso da Matemática Financeira nos anos finais do Ensino Fundamental justifica-se por que escola assim como o ensino da matemática tem um papel muito importante que é unir o teórico com a prática no cotidiano dos alunos.

Assim, é perceptível que essa abordagem causa efeitos diretos indiretos no meio familiar, nas experiências de vida, a classe social, a religião, entre outros fatores que são determinantes no processo de formação desses indivíduos, através da constituição de seus conceitos, ou preconceitos, valores, ideias, crenças e atitudes. Para tanto, será identificado quais as principais dificuldades dos alunos nos anos finais do ensino fundamental em relação a matemática, investigada a relação com a matemática financeira que os alunos estabelecem, pesquisado como são apresentados os conteúdos matemáticos no aspecto financeiro para alunos nos anos finais do ensino fundamental.

O presente estudo consiste em pesquisa aplicada de caráter descritivo, que visa investigar a melhoria do ensino dos conteúdos matemáticos com a abrangência do estudo da Matemática Financeira nos anos finais do ensino fundamental. 

Nesse sentido, os resultados serão apresentados de forma qualitativa, a partir da coleta de informações de fontes secundárias, incluindo plataformas de pesquisa, livros, materiais e autores significativos para esse tema.

3. O DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Esta seção pretende abordar a aprendizagem dos alunos nos anos finais do ensino fundamental. Segundo Loth (2011), essa ação é o processo de obtenção do conhecimento proporcionado por meio do estudo ou da experiência, pois ele afirma que:

Para o professor, ou o autor do livro didático, apesar de o contexto mudar, ele sabe que a matemática que está por trás continua a mesma; mas para os alunos, é provável que ele não esteja vendo as coisas da mesma maneira que eles (LOTH, 2011, p. 76).

Para a formação da sociedade, a matemática, tem um papel tão importante que é extremamente preocupante essa repugnância gerada. Os avanços tecnológicos têm imposto à nova geração a necessidade de aprender a pensar, agir e interagir com o mundo, não de forma mecânica, mas de uma forma crítica e espontânea.

Rogers, (2001) ao citar Klausen, (2017) conceitua a aprendizagem significativa como sendo:

(...) uma aprendizagem que é mais do que uma acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação futura que escolhe ou nas suas atitudes e personalidade. É uma aprendizagem penetrante, que não se limita a um aumento de conhecimento, mas que penetra profundamente todas as parcelas da sua existência.

Deste modo, como ressalta Rolinski (2010), a aprendizagem é significativa quando as informações ganham significados para o aluno, possibilitando entender e explicar situações de sua vida cotidiana com suas próprias palavras, confrontando fatos e acontecimentos de sua vida como uma ferramenta de fixação e associação na construção do conhecimento, possibilitando a utilização de diferentes abordagens na resolução de problemas. 

Com base nessa revisão literária, é fundamental vincular os conceitos teóricos a realidade empírica para se obter uma aprendizagem significativa. Vale destacar que, o papel da memorização não é desqualificado, mas não deve ser o único fim do processo educativo. 

Assim, o docente deve estimular a visão crítica dos alunos, encontrando novas estratégias de ensino, superando a simples transferência de informações. Deve criar condições que propiciem aos alunos o aprendizado significativo, alimentando sua criatividade, mantendo a autodisciplina e honestidade intelectual, propiciando um ambiente de aprendizagem democrático em que todos têm um papel ativo no processo de ensino e aprendizagem (STACCIARINI e ESPERIDIÃO, 1999). 

O ensino é o processo de facilitação da aprendizagem. Portanto, é papel do professor: criar condições para que o aluno, a partir dele próprio, aprenda e se desenvolva. Trazer o aluno para o centro do processo de ensino-aprendizagem torna-se fundamental para o alcance desses objetivos. 

Saviani, (1991) ao citar Leão, (1999) reconhece que este método continua sendo o mais utilizado pelos sistemas de ensino, contudo, carece de melhorias. Aos professores cabe a responsabilidade de identificar quais lacunas podem ser preenchidas pelas alterações nas metodologias adotadas, a fim de implementar um processo constante de aperfeiçoamento educacional (ENSSLIN e KRÜGER, 2013). Fica claro, portanto, que embora o uso da metodologia tradicional seja alvo de críticas, é importante destacar que apresenta resultados, visto que consiste na metodologia predominante e responsável pela formação dos estudantes e educadores.

O método construtivista vem conquistando espaço como complemento, e muitas vezes alternativa, a abordagem tradicional. Neste, em conformidade com as boas práticas de ensino descritas, o professor não é mais o centro do processo de ensino-aprendizagem, e sim o aluno.

O aluno é o sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, e o professor age como um agente facilitador no processo que orienta o aluno a buscar e gerar seus próprios conhecimentos. (CHAHUÁN-JIMÉNEZ, 2009, apud ENSSLIN e KRÜGER, 2013).

A utilização de abordagens construtivistas estimula o estudante a refletir sobre sua realidade, construindo suas próprias ideias, por meio da interação com o professor e demais alunos (ENSSLIN e KRÜGER, 2013).

Tomando por base o objetivo do presente trabalho, que trata de analisar o uso da matemática financeira como ferramenta no processo de aprendizagem nos anos finais do ensino fundamental, é possível notar que faz-se relevante apresentar, discutir e aplicar propostas pedagógicas baseadas em metodologias construtivistas, valorizando a busca pela aprendizagem significativa e com problemas contextualizados, em complemento à metodologia tradicional.

4. EDUCAÇÃO FINANCEIRA E A FORMAÇÃO CIDADÃ

Nesta seção, a questão central de análise é a Educação Financeira que tem sua importância registrada desde o aparecimento das primeiras civilizações, já que essas a utilizavam em seu cotidiano para cobrar pelo empréstimo de alguma coisa. Nesses primórdios os juros eram pagos através de sementes, grãos ou outros tipos de bens. 

O mestre em educação, Dr João Luiz Machado, da Universidade Mackenzie, expressa em seu artigo:

Acredito que a matemática deveria ser utilizada como uma disciplina mais diretamente relacionada ao mundo no qual vivemos. Sua associação com os conceitos da educação financeira, adequados para crianças de diferentes faixas etárias, poderia facilitar muito esse trabalho. Para tanto poderiam ser feitos projetos através dos quais se simulassem ou se dramatizassem situações do cotidiano e ainda, em que se fizessem visitas a estabelecimentos comerciais com o intuito de educar as crianças para o consumo consciente e o equilíbrio das finanças.(Fonte: www.planetaeducacao.com.br).

Os conhecimentos da Educação Financeira são fundamentais na formação do cidadão crítico e consciente de seus direitos e deveres. Nesse sentido é necessário que os conteúdos dessa disciplina sejam iniciados desde as primeiras séries do Ensino Fundamental. É claro que tais informações devem ser iniciadas adequadamente, explorando o lúdico, simulações de compras e vendas, preenchimento de cheques, histórias em quadrinhos, teatralizações, etc. Todos se lembram de quantos exercícios de matemática fizeram no Ensino Fundamental e que levam o aluno a pensar que não serve para nada e passa a detestar cada vez mais a disciplina. Isso vai contribuir para enriquecer a discussão sobre o assunto de se trabalhar com exemplos do cotidiano dos alunos, para que eles se identifiquem com o assunto e interajam com o professor.

A todo o momento se faz necessário tomar decisões de ordem financeira e esta, por sua vez, gera algum tipo de impacto na vida pessoal dos indivíduos. Finanças pessoais ainda é um assunto pouco abordado em nosso país, mas mesmo para pessoas que detêm algum conhecimento financeiro, esse conhecimento limita-se a apenas não gastar mais do que ganha. Trata-se de um pensamento verdadeiro, mas não completo (GOMES e NASCIMENTO, 2010, p. 4).

Vale ressaltar que, infelizmente, pela falta de condições de fazê-lo, seja pela carga de trabalho excessiva ou até mesmo pela falta de conhecimento acerca da gestão financeira, a grande maioria dos pais não assume esse compromisso. Entretanto, é através da orientação adequada das crianças que se terá o resultado esperado, pois são elas que implantarão uma nova cultura financeira na sociedade. Robert T. Kiyosaki (2000) reforça, em seu livro: Pai Rico Pai Pobre, a importância de se começar cedo a ensinar educação financeira às crianças. 

Paulo Freire, em Pedagogia do oprimido, afirma que existem dois tipos de educação: a domesticadora e a libertadora. A educação domesticadora consiste em transmitir uma consciência bancária de educação, em que se impõe o saber ao educando. A educação libertadora desenvolve, no aluno, o compromisso consigo mesmo e com o social. Quando o sujeito é capaz de escolher livremente os meios e os objetivos para o crescimento intelectual e as formas de inserção no mundo, tornando-se sujeito social, isto é, aquele que é tolerante, cooperativo, solidário, humilde, respeitador e justo, reconhece-se que o aluno “cria” sua autonomia intelectual.

Nos tempos atuais, a escola, a qual deve desenvolver valores universais como a ética, a solidariedade e a justiça, é a instituição pública que mais mantém as características para se formar um sujeito com autonomia intelectual. Assim, o sujeito com valores universais é aquele que age pelo princípio da equidade e que sabe dos seus direitos e deveres. O Estado, a Comunidade, a Igreja, a Escola, a Família, são as instituições tradicionais, que vêm perdendo legitimidade como instituições formadoras de cidadãos. Os parâmetros curriculares nacionais propõem que:

[...] a formação geral, em oposição à formação específica; o desenvolvimento de capacidade de pesquisar, buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender, criar, formar, ao invés do simples exercício de memorização [...] (BRASIL, 1999, p. 16)

Nesse sentido, o papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades amplia-se ainda mais no atual contexto social e aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadão por meio da práxis.  O art. 1º da lei n.º 9.394, de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) cita que

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais (Brasil, 1996)

Essa mesma perspectiva é partilhada por Skovsmose (2008), autor que reforça:

[...] as questões econômicas por trás das fórmulas matemáticas e os problemas matemáticos, devem ter significado para o aluno e estarem relacionados a processos importantes da sociedade. Assim, o aluno tem um comprometimento social e político, pois identifica o que de fato é relevante no seu meio cultural. [SKOVSMOSE, 2008]

Assim, percebe-se que educar financeiramente é muito importante pois quanto mais cedo os conceitos financeiros são inseridos na vida dos jovens e crianças no ensino fundamental, mais eles estarão preparados para lidarem com o dinheiro, planejarem suas vidas, sabendo o quanto estão pagando de juros como consumidores, o valor do dinheiro no tempo e a influência da inflação. Logo, terão a possibilidade de uma vida financeira mais estável, sem preocupações no final do mês e dívidas.

Com base nos resultados apresentados, é possível estabelecer as seguintes análises acima estão diretamente relacionadas ao conceito da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2005, educação financeira é:

O processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com  informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro (OCDE, 2005)

Desse modo, fica claro que preparando essas novas gerações para fazer uso inteligente e responsável do dinheiro será possível contribuir com o desenvolvimento econômico e social, melhorando também a qualidade de vida de cada cidadão. 

Na próxima seção será discutida a possibilidade de abordar a Educação Financeira como um tema transversal interno ao currículo de Matemática. É relevante destacar que o dinheiro já aparece, em diversos momentos, nos livros didáticos de Matemática. Dessa forma, não se trata de trazer mais elementos para nosso currículo, contudo um ensino voltado para a realidade do dia a dia deve ampliar a compreensão da realidade sociocultural em que o aluno está inserido. Vygotsky (1998) ao tratar sobre a formação de conceitos escolares apontou que o educador pode movimentar-se do concreto para o abstrato e vice-versa, ou seja, partir tanto do real concreto (conceitos cotidianos aprendidos pela criança) quanto do real abstrato (conceito científico) em um processo dialético.

5. MATEMÁTICA FINANCEIRA X CONTEÚDOS MATEMÁTICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Nesta seção, a questão central de análise é a matemática financeira é a área da matemática que diz respeito ao trabalho com as finanças, traz ferramentas para lidar com situações-problemas que envolvem dinheiro. Isso vai contribuir para enriquecer a discussão sobre o assunto encontra-se duas sugestões de discussão da Educação Financeira no sistema de ensino. Uma propõe a criação de uma nova disciplina, e a outra sinaliza para a abordagem transversal na Educação Básica.

Além disso, vale ressaltar que o Projeto de Lei nº 3401, apresenta como proposta a criação da disciplina “Educação Financeira”. No entanto, houve a substituição desse projeto por outro que previa que a Educação Financeira não fosse uma disciplina, mas uma parte do conteúdo programado para Matemática. De fato, encontra-se diversos pesquisadores que concordam com a proposta de tratamento transversal. O tratamento transversal deve analisar a perspectiva de abordar a temática ao longo do Ensino Fundamental associada aos diversos blocos de conteúdos matemáticos e não apenas quando a matriz curricular exigir o ensino do conteúdo da Matemática Financeira no 7º ou 8º ano.

Já autor Loth (2011) afirma que, mesmo que muitos alunos executem corretamente um algoritmo, poucos o fazem com compreensão e se sentem em condições de justificar os passos utilizados.

Cabe destacar que são raras as escolas que abordam temas associados à Educação Financeira. Nesse sentido, com a perspectiva de melhorar a Educação Financeira da população, foi apresentada a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef).

A Enef tem os objetivos de promover e fomentar a cultura de educação financeira no país, ampliar a compreensão do cidadão, para que seja capaz de fazer escolhas consciente quanto à administração de seus recursos, e contribuir para a eficiência e solidez dos mercados financeiro, de capitais, de seguros, de previdência e de capitalização (BRASIL, 2011a, p. 2).

Com base nos conteúdos referenciais, não se sugere assumir mais uma responsabilidade: a formação financeira de alunos nos anos finais do ensino fundamental. A proposta é discutir o assunto que além de ser viável, tem o poder de contribuir, inclusive, para a formação matemática deles. Também é possível perceber que o assunto tem um papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades, amplia-se ainda mais no atual contexto social e aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadão por meio da práxis. Neste sentido, os parâmetros curriculares nacionais propõem que:

[...] a formação geral, em oposição à formação específica; o desenvolvimento de capacidade de pesquisar, buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender, criar, formar, ao invés do simples exercício de memorização [...] (BRASIL, 1999, p. 16)

Assim, os professores de matemática são incumbidos não só da responsabilidade de ensinar os conceitos matemáticos do saber fazer, mas também de trabalhar a reflexão crítica.

As análises acima estão diretamente relacionadas no que diz respeito a matemática do cotidiano versus matemática da escola, para a EMC, na perspectiva do autor, pressupõe uma transição da fundamentação na matemática pura para o embasamento na vida real, o que pode dar  margem a reflexões sobre a matemática e sobre suas aplicações. Essa transição pode estimular a reflexão dos alunos e conceder ao ensino fundamental uma dimensão crítica.

A relevância desse estudo se deve ao fato de a observação empírica apontar para as dificuldades que as pessoas têm de lidar com suas finanças, mesmo aquelas que detêm grau superior de estudo. A pesquisa aqui apresentada tem cunho bibliográfico e foi desenvolvida através da coleta de dados em livros que versam sobre o tema Finanças e Educação, periódicos e em artigos, bem como em sites especializados como o do Ministério da Educação e Cultura, o Portal de Educação Financeira, Organização e desenvolvimento Econômico (OECD).

Incluir conteúdos de Matemática Financeira na grade curricular do Ensino Fundamental associando-os ao conceito de Educação Financeira constitui a inclusão de mais item no processo formativo, por meio do qual os jovens poderão conviver de forma mais harmoniosa na sociedade. Além de ser uma prática mais prazerosa, pois os alunos podem aplicar os conteúdos teóricos, que pareciam tão distantes da realidade, em suas próprias finanças. A educação financeira ajuda a despertar uma postura mais crítica perante as reais necessidades de aquisição de bens, possibilitando aos jovens uma relação mais salutar com o dinheiro.

[...] a omissão da escola em relação a noções de comércio, de economia, de impostos e de finanças é perversa: a maioria das pessoas, quando adulta, continua ignorando esses assuntos e segue sem instrução financeira e sem habilidade para manejar dinheiro. As consequências se tornam mais graves se levarmos em conta que ninguém, qualquer que seja a sua profissão, está livre dos problemas ligados ao mundo do dinheiro e dos impostos (MARTINS, 2004, p. 56).

Fica claro, portanto, que se constata que a inclusão desse conhecimento no cotidiano escolar, ainda merece atenção por parte das autoridades governamentais, das instituições financeiras, das associações de classe etc., visando à promoção e ao fortalecimento da educação financeira, tanto no aspecto formal quanto informal.

Diante de todas as informações apresentadas até aqui pelos estudos realizados, conclui-se que problemas financeiros põem em risco ou impedem o desenvolvimento dos indivíduos, seja na vida pessoal, seja na vida profissional. A Educação Financeira, portanto, constitui uma das ferramentas, por meio da qual, as pessoas aprenderiam a lidar com situações de risco, decorrentes do envolvimento com instituições financeiras, sejam empréstimos, sejam investimentos.

6. OS PRINCIPAIS IMPACTOS DO USO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA COMO FERRAMENTA

Os principais impactos do uso da Educação Financeira como uma ferramenta será a questão central de análise nessa seção. Isso vai contribuir para enriquecer a discussão sobre o assunto para o pleno domínio da matemática financeira, há alguns conceitos básicos que devem ser assimilados, tais como: Razão, Proporção, Regra de Três (DIAS; TASSOTE; VIANA, 2011), pois consideram erroneamente que a educação financeira está apenas relacionada a aprender a investir em ações.

Isso remete a Theodoro (2011) que diz:

[...] a Educação Financeira é o processo pelo qual os indivíduos e a sociedade melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos sobre os produtos financeiros de maneira que com informação, formação e orientação clara possam desenvolver os valores e as competências necessárias para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos, e então poderem fazer escolhas bem informadas (p. 26).

Savoia, Saito e Santana (2007) reforçam, dizendo que:

A educação financeira tornou-se uma preocupação crescente em diversos países, gerando um aprofundamento nos estudos sobre o tema. Embora haja críticas quanto à abrangência dos programas e seus resultados, principalmente entre a população adulta, é inegável a importância do desenvolvimento de ações planejadas de habilitação da população. (p. 3)

Machado (2011) cita um decreto de lei publicado no Brasil envolvendo a educação financeira, nos seguintes termos:

Em 23 de Dezembro de 2010, o presidente Luís Inácio “Lula” da Silva promulga o decreto m. 7.397, instituindo a Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF, para promover a Educação Financeira, envolvendo BACEN, Ministério da Fazenda, Educação, Justiça, Previdência Social o CONEF, que representa 4 entidades da iniciativa privada.

Embora o Brasil esteja se desenvolvendo mais lentamente em relação à educação financeira que outros países, já existem grupos que se preocupam com tal tema.

Desde 2007, o COREMEC (Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro) formou um grupo de trabalho que pesquisa e debate procedimentos para ampliar o nível de compreensão do brasileiro em relação à administração do dinheiro. (MACHADO 2011, p.3).

Os esforços federais também já se estenderam aos estados; em março de 2011, foi inaugurada a primeira escola de educação financeira no Rio de Janeiro, sendo está a primeira desse ramo no país. Essa escola irá oferecer palestras e cursos sobre finanças pessoais, mercado financeiro, entre outros temas envolvendo assuntos de educação financeira (MACHADO, 2011).

Para dar continuidade à discussão que se apresenta até aqui e iniciar a abordagem do assunto da presente seção, vale ressaltar que, segundo Gonçalves (2011), o conceito Regra de Três é uma importante ferramenta para a resolução de problemas que envolvam vários valores dos quais não se conhece a totalidade. Através da Regra de Três, pode-se estabelecer um valor desconhecido.

Essa mesma perspectiva é partilhada por Dante (2000), autor que reforça o conceito de juros pode ser entendido como o custo do uso do dinheiro alheio, ou seja, é como se fosse um aluguel pago para usar um dinheiro que não é nosso.

Para Laureano e Leite (1987), capital:

é uma riqueza capaz de produzir renda sem a intervenção do trabalho. Associamos a este conceito a ideia de juro, que é a remuneração da locação de um capital ou, em outras palavras, o custo do uso do crédito. Assim, o juro corresponde simultaneamente ao preço do tempo de utilização de um capital e ao preço do risco que corre o credor.

Assim, de acordo com a pesquisa realizada, apresentam-se as seguintes informações os conceitos de Matemática Financeira são extremamente importantes para a formação de um cidadão financeiramente educado. Muniz Junior (2010, p.04), comenta que:

[...] a educação financeira está inexoravelmente relacionada à construção dessas competências, principalmente ao processo de construção da cidadania, pois na medida que aumenta a capacidade de análise em situações financeiras, como decidir entre comprar à vista ou a prazo, identificar descontos em sistemas de financiamento, estimar o crescimento do capital investido, dentre outros, o consumidor, tem condições mais efetivas de exercer seus direitos por saber a matemática envolvida nessas situações.

O conhecimento da Matemática Financeira permite o bom uso dos conceitos da Administração Financeira, pois, através desse conhecimento, o indivíduo terá segurança em tomar decisões em relação aos investimentos. Esses conceitos devem ser usados por todos os indivíduos em quaisquer situações em que uma decisão financeira se fizer necessários (GONÇALVES, 2011).

Com base nos resultados apresentados, é possível estabelecer a seguinte análise além dos conceitos matemáticos, existem vários elementos que compõem a boa Educação financeira, dentre eles, as planilhas eletrônicas também são fundamentais para a organização do orçamento e reflexões da vida financeira, como comenta Muniz Junior (2010):

[...] recursos tecnológicos amplamente disponíveis, como planilhas eletrônicas e calculadoras científicas; refletir e analisar matematicamente o aumento da expectativa de vida do brasileiro e seus impactos na economia nacional, incluindo sua própria aposentadoria, seguros em geral e previdência complementar [...]

Essas questões certamente devem fazer parte da educação financeira dos alunos que comporão a população economicamente ativa de um país (p.02).

Existem vários recursos que possibilitam a boa estruturação financeira, e auxílio no orçamento financeiro tanto familiar como no mercado de trabalho.

Como também as calculadoras financeiras, houve uma evolução e um importante auxílio no ensino, pois as calculadoras financeiras tornaram o processo mais dinâmico, já que elas possuem funções para resolver problemas específicos de matemática financeira (FEIJÓ, 2007).

A educação financeira, além de suas características matemáticas, possui uma importante relação com o exercício da cidadania e com a formação do cidadão, possibilitando ao aluno conhecimentos que lhe trarão uma qualidade de vida melhor, uma consciência econômica e social e, principalmente, o preparo para o exercício da cidadania (DIAS; TASSOTE; VIANA, 2011).

Assim, é perceptível que com os conhecimentos necessários a Matemática Financeira caminhará para uma relação mais lúdica, prazerosa, edificante por parte dos alunos e, sem dúvida, será uma matéria capaz de despertar total interesse tanto nos educandos como também nos educadores (ROSSETI JUNIOR; SCHIMIGUEL, 2011). Logo, salientando uma contradição na falta de ligação entre o ensino matemático e a vida real, percebe-se que as mesmas crianças que devolvem o troco corretamente no comércio, fabricam suas próprias pipas utilizando conceitos de geometria e marcam o campo de futebol corretamente, fracassam na matemática formal da sala de aula (DIAS; TASSOTE; VIANA, 2011).

“A carência de educação financeira expõe os agentes a riscos, o que acarreta danos não apenas às suas vidas, mas também à sociedade como um todo” (MACHADO, 2011 p.10)

A educação financeira contribui para um cidadão ter controle de seus próprios gastos e, assim, possuir uma vida financeiramente controlada.  Segundo Theodoro (2011):

A falta de planejamento financeiro, seja para um estado, empresa ou individuo, leva à vulnerabilidade, insegurança e a falta de autonomia que, no nível familiar, pode ocasionar instabilidade conjugal, degradação dos valores éticos, e ainda doenças psicossomáticas como o estresse, por exemplo, comprometendo a qualidade de vida significativamente.

Logo, é possível notar que a educação financeira pode auxiliar as crianças a compreenderem o valor do dinheiro e a entender, desde cedo, à importância de poupar. Já aos estudantes e aos jovens, ela pode trazer importantes competências para viver de forma independente. Para os adultos, ela auxilia no planejamento de grandes conquistas em sua vida, tais como realizar o sonho da casa própria, os gastos diários de sua família, o planejamento para os estudos dos filhos e, principalmente, a preparação para a aposentadoria. (MACHADO 2011)

7. Considerações finais

Conforme apresentado ao longo do artigo,  é possível reforçar a importância do uso da matemática financeira como ferramenta didática nos anos finais do ensino fundamental, visto que o mesmo pode impactar fortemente, a principal sugestão é que os estudantes, ao terem contato com o tema no sistema de ensino, podem levar questões a serem discutidas em seus lares.

Nesse sentido, a inclusão dos fundamentos da Educação Financeira, ainda na fase escolar, pode ser uma das formas de preparar o jovem para atuar de forma crítica no cenário econômico.

As informações e dados apresentados neste trabalho denotam a relevância de que a educação financeira faça parte dos currículos matemáticos na escola, pois essa possibilita que o aluno coloque em prática o conhecimento adquirido em sala de aula. Sendo assim o professor, ao apreender discursos e teorias deve fazê-lo de forma crítica. Porque ele tem a responsabilidade de ensinar e viabilizar ao aluno aprender, já que o seu papel não é o de simplesmente repassar conteúdo. Ele deve estar atento quanto aos motivos que levam seus alunos a aprenderem. Estes por sua vez estarão sempre apreendendo os conteúdos e se mobilizando para o desenvolvimento de suas capacidades.

Por fim, considero que o campo da Educação Financeira inserida nos conteúdos nos anos finais do ensino fundamental é muito vasto devido à sua importância para a formação do indivíduo. De maneira que, há inúmeras contribuições desse tema para o meio acadêmico, com a finalidade de desenvolvimento constante do ensino fundamental – enquanto ciência e enquanto prática – mediante o estreitamento das relações entre escola e cotidiano, entre pragmático e epistemológico, é condição básica para a garantia de sua pertinência social e para a potencialização de seu papel transformador da realidade.

8. Referências

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CAMPOS, Marcelo Bergamini. Educação financeira na matemática do ensino fundamental: uma análise da produção de significados. Juiz de Fora: UFJF, 2012.

CAMPOS, Marcelo Bergamini; SILVA, Amarildo Melchiades da. A educação financeira na matemática do ensino fundamental. Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora–MG, 2012.

DANTE, L. R. Matemática: Contexto & Aplicações. V. 1. São Paulo: Ática, 2000.

DIAS, M.V, TASSOTE, E.M, VIANA, A matemática financeira: um alicerce para o exercício da cidadania. 2011. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática).: Universidade do Vale do Sapucaí. Pouso Alegre.

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PRISCILLA REBECA LIMA MARINHO[1]

SAMANTHA FIGUEIREDO SILVEIRA[2]


[1]Aluna concludente do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estácio de Sá

[2]Professora Orientadora do artigo da Universidade Estácio de Sá


Publicado por: PRISCILLA REBECA LIMA MARINHO

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