Breves: um breve estudo sobre lugares de memória
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1. Resumo
O lócus da minha pesquisa faz uma breve análise em relação a lugares simbólicos desta urbe. Nesta perspectiva, este escrito está intimamente condicionado ao estudo sobre lugares de memória. Portanto, tal ensaio pretende analisar a partir do estudo sobre lugares de memória, uma possível percepção de espaços públicos desta urbe como lugares respectivamente de memória. Para o desenvolvimento do mesmo, fiz pesquisa de campo, entrevistei o senhor Estanislau, e, eventualmente, como suporte teórico, utilizei escritos de Le Goff (2003) e de Nora (1993). Nesse sentido, o referido trabalho pretende construir um breve estudo sobre lugares de memória, numa perspectiva de perceber simbologias e representações sobre espaços de histórias e memória de grupos sociais que construíram e formularam tais lugares, objetivando identificar quais relações existem entre eles. Outrora, serve como referência para o presente. É imperativo explicitar que, História é antes de tudo uma prática social, construída na vida real, no dia a dia, por homens e mulheres, crianças e adultos, jovens ou velhos, e que em todo lugar tem memória. Lugares de memória estão repletos de experiências, saberes e de conhecimentos dinâmicos. Não são obsoletos ou meras construções humanas.
Palavras-chaves: Breves. Monumento. Lugares. Memória. Simbólicos.
Abstract
The locus of my research makes a brief analysis in relation to symbolic places in this city. In this perspective, this writing is closely conditioned to the study of places of memory. Therefore, this essay intends to analyze, from the study on places of memory, a possible perception of public spaces in this city as places of memory respectively. For its development, I did field research, interviewed Mr. Estanislau, and eventually, as a theoretical support, I used the writings of Le Goff (2003) and Nora (1993). In this sense, the referred work intends to build a brief study about places of memory, in a perspective of perceiving symbols and representations about spaces of stories and memory of social groups that built and formulated such places, aiming to identify which relationships exist between them. Formerly, it serves as a reference for the present. It is imperative to explain that, History is above all a social practice, built in real life, on a daily basis, by men and women, children and adults, young or old, and that everywhere has memory. Memory places are full of dynamic experiences, knowledge and knowledge. They are not obsolete or mere human constructions
Keywords: Breves. Monument. Places. Memory. Symbolic.
2. Introdução
O lócus da minha pesquisa faz uma breve análise em relação a lugares simbólicos desta urbe. Nesta perspectiva, este escrito está intimamente condicionado ao estudo sobre lugares de memória. Portanto, tal ensaio pretende analisar a partir do estudo sobre lugares de memória, uma possível percepção de espaços públicos desta urbe como lugares respectivamente de memória. Para o desenvolvimento do mesmo, fiz pesquisa de campo, entrevistei o senhor Estanislau, e, eventualmente, como suporte teórico, utilizei escritos de Le Goff (2003) e de Nora (1993).
Para contextualizar, nesse sentido, Breves localiza-se na mesorregião do Marajó e microrregião Furos de Breves, no estado do Pará, foi criado pela Lei Provincial nº 200, de 25 de outubro de 1851, com a elevação da Freguesia Nossa Senhora Santana dos Breves à condição de Vila, posteriormente à categoria de cidade, pela Lei Estadual nº 1122, de 10 de novembro de 1909, tendo alteração toponímica municipal de Nossa Senhora de Santana dos Breves para Breves, pela Lei Estadual nº 1122, de 10 de novembro de 1909[1]. O nome Breves foi atribuído ao município em homenagem aos portugueses Manoel Maria Fernandes Breves e Ângelo Fernandes Breves, os primeiros colonizadores residentes na Sesmaria “Missão dos Bocas”, concedida pelo Capitão-General João de Abreu Castelo Branco em 19 de novembro de 1738, e confirmada pelo rei de Portugal em 30 de março de 1740, onde fundaram um pequeno engenho e fizeram plantações de roças.[2]
Na Amazônia brasileira, o município de Breves ocupa uma área territorial de 9.549,52 km² no estado do Pará, cuja sede municipal está situada entre as coordenadas geográficas – 50°28’48,00W e -01°40’55,20” S. O território de Breves limita-se e tem relações geopolíticas com os municípios de Afuá e Anajás (ao norte); Melgaço e Bagre (ao sul); Anajás, São Sebastião da Boa Vista e Curralinho (a leste); Gurupá e Melgaço (a oeste). A configuração territorial da região de Breves é formada por ecossistemas de várzea igapós, campos e terra firme, e abrange um grande número de ilhas, interligadas e margeadas por inúmeros cursos d’água denominados igarapés, furos, canais, paranás e estreitos, por onde escoam as águas dos rios Amazonas e Tocantins.[3]
3. Lugares de memória
A importância de perceber espaços públicos como lugares de memória está relacionada às situações vivenciadas que se perpassam ao decorrer do tempo.
O lugar de memória supõe, para início de jogo, a justaposição de duas ordens de realidades: uma realidade tangível e apreensível, às vezes material, às vezes menos, inscrita no espaço, na linguagem, na tradição, e uma realidade puramente simbólica, portadora de uma história. A noção é feita para englobar ao mesmo tempo os objetos físicos e os simbólicos sobre a base de que possuam “qualquer coisa” em comum. Esta qualquer coisa é que o faz ser o caso. É espontânea e faz mais ou menos sentido para todos. Considerar um monumento como um lugar de memória não é simplesmente fazer a sua história. Lugar de memória, portanto: toda unidade significativa, de ordem material ou ideal, que a vontade dos homens ou o trabalho do tempo converteu em elemento simbólico do patrimônio memorial de uma comunidade qualquer.[4]
Com uma visão sensitiva sobre tais espaços, é possível compreender que, dia após dia, nesses lugares acontecem práticas sociais, e, forjam-se eventualmente experiências que mediante discurso da história pode contribuir para a construção de conhecimento e de identidade. Numa simples visita em lugares públicos é possível construir um rastro de orientação, de memória e de conhecimento.
Os lugares de memória são primeiramente, lugares em uma tríplice acepção: são lugares materiais onde a memória social se ancora e pode se apreendida pelos sentidos; são funcionais porque têm ou adquiram a função de alicerçar memórias coletivas e são lugares simbólicos onde essa memória coletiva, vale dizer, essa identidade se expressa e se revela. São, portanto, lugares carregados de uma vontade de memória. Longe de ser um produto espontâneo e natural, os lugares de memória são uma construção histórica e o interesse que despertam vem, exatamente, de seu valor como documentos e monumentos reveladores dos processos sociais, dos conflitos, das paixões e dos interesses que, conscientemente ou não, os revestem de uma função icônica. (NORA. 1993, pp. 21-22).
Nesta abordagem, sobre lugares de memória, valores e referências se forjam afetivamente, sendo que esse ligamento traduz uma forte relação intrínseca de um processo histórico que marcou, e ainda marca a memória e a história do povo brevense, contribuindo para o reconhecimento dos agentes participativos dessa história. Jacques Le Coff[5], concebe o monumento como vestígio humano vivo de uma memória coletiva, como aquilo que é evocado do passado. Nesse sentido:
A noção e a percepção do monumento enquanto lugar de memória, é desde logo um dos aspectos essenciais, já que, encarado dessa forma, o monumento deixa de ser uma peça arqueológica (um môno), para se tornar num feixe de significados e de memórias, que traçam a sua própria vida e ajudam a determinar o seu sentido transhistórico e metalinguístico. (ABREU. 2005, p. 215).
Na av. Presidente Getúlio Vargas encontra-se o monumento de Sant’Ana, que é a Padroeira do município. O Monumento foi construído na gestão municipal de Carlos Estácio (1977-1982. Prorrogado por dois anos Segundo mandato foi em 1993-1996) prefeito até então, como narra o senhor Estanislau[6], conhecido como seu Mimim ou Folha Seca:
Eu não sei exatamente a data quando comecei a trabalhar no monumento de Sant’Ana, mas eu lembro que foi na gestão do Carlos Estácio, logo que ele entrou como prefeito de Breves. Então, suponho que foi no seu primeiro mandato. Eu nem o chamava de prefeito, era só de Estácio, mesmo. Carpinteiro considerado, eu, na obra, juntamente com os outros, fizemos todos os andaimes, mas eu era o encarregado de tudo, no caso, só ia dizendo como era para fazer. Começamos a trabalhar na obra com madeiras de lei. Era tudo esteio bruto, aliás, esteião, assim, de seis metros de comprimento. Levou oito esteios afincados para fazer o quadro dela por fora e, para aquele pilar de bala. Foi uma arte que eu fiz! Eu agir pessoalmente depois, sendo que de lá pra cima eu emendei tudinho. Os andaimes tinham onze metros lá! Para ter uma noção melhor, para uma boa estrutura eu prontamente tomei iniciativa, e, emendei os seis metros afincados na terra, no caso os esteios, escorei bacana tudinho, tudo na raça e na experiência de anos de serviço, e tenho, modéstia à parte. Depois emendei frechal lá pra cima, aí eu fui fazendo, só eu fiz aquele serviço lá, os ajudantes na obra eram fraquinhos! Como eu era funcionário da prefeitura, atuei na construção de diversos espaços aqui de Breves. Eu também trabalhei na construção da Praça Frei Docé, mas, a construção do monumento de Sant’Ana foi marcante devido a importância dessa obra para o povo católico brevense e porque eu acho que também é o cartão postal da cidade.
Imagem 1 - Monumento de Sant’Ana simbolizando a fé do povo católico brevense, ano de 2013. Imagem de Anazildo Almeida.
O Monumento de Sant’Ana representa a fé católica do município. Faz referência ao período do processo de colonização dos jesuítas.
A inauguração oficial do monumento de Nossa Senhora Sant’Ana foi realizada no dia 13 de março de 1994, na gestão do Prefeito Carlos Estácio e seu Vice-Prefeito José Caetano. O monumento foi construído e arquitetado pelo escultor Carlos Prado. A grande imagem da Padroeira da Cidade de Breves está localizada na Av. Presidente Getúlio, na frente da Cidade. (NASCIMENTO. 2009).
A grande imagem é reconhecida pelos viajantes como a cidade em que a Senhora Sant’Ana dar as boas vindas para os de fora e, que expressa e representa o povo e a fé católica do município.
A necessidade objetiva dos grupos sociais vincula-se da intenção de se preservar a presença ausente de suas memórias, se construindo a ideia de identificação coletiva em atribuições às metáforas que refletem representações de membros das comunidades, ou possivelmente identifica suas posições em relação aos de fora. Para a coerência desse pensamento, Le Goff (2003) explicita uma profissionalização dos processos de guarda e difusão dos elementos simbólicos que unificam grupos sociais de distintos:
A memória coletiva faz parte das grandes questões das sociedades desenvolvidas e das sociedades em vias de desenvolvimento, das classes dominantes e das classes dominadas lutando todas pelo poder ou pela vida, pela sobrevivência e pela promoção. (LE GOFF. 2003, p. 475).
Percebe-se assim o compromisso de se visualizar nos lugares da memória, no que tange suas reflexões sobre a experiência humana, no tempo, no espaço, e a produção do discurso formativo do sujeito, e de como simbologias e representações desses lugares reconfiguram-se no decorrer das eras. E, além disso, compreender que o estudo da história do lugar é imprescindível, e se concretiza num instrumento de recuperação e conscientização desses espaços de memória.
Construir visões a partir de experiências vivenciadas em harmonia da forte relação afetiva das pessoas com aquilo que é criação humana é imprescindível. Todos os lugares de uma urbe estão sobrecarregados de memória, e, faz-se necessário se atentar para tal perspectiva. Nesse sentido, o referido trabalho pretende construir um breve estudo sobre lugares de memória, numa perspectiva de perceber simbologias e representações sobre espaços de histórias e memória de grupos sociais que construíram e formularam tais lugares, objetivando identificar quais relações existem entre eles.
[...] Prédios, construções e ruas asfaltadas, elementos que à primeira vista sinalizam que tal lugar se constitui enquanto cidade, perdem sua importância sem a presença de agentes sociais em continuas relações entre si, formados por sentimentos, atitudes, valores que expressam posicionamentos diferenciados. Foi nos lugares de referência comuns por onde esses moradores deixaram suas impressões, marcas, reconstituídas nas evocações do passado, que encontrei sentidos e significados que atribuem a suas trajetórias de vida. (PACHECO. 2006, p. 165).
Lugares de memória estão sobrecarregados de simbolismo, pois representam formas de sociabilidade: comportam relações, personagens, grupos, classes, práticas de interação e de oposição, ritos e festas, comportamentos e hábitos. Elementos todos que registram práticas, e ações sociais. Eles formam uma perspectiva macro, possuindo vitalidade que se reflete no sentido habitual de pertencimento, construindo a ideia almejada num coletivo, repleto de ações e relações sociais.
Memória coletiva é o processo social de reconstrução do passado vivido e experimentado por um determinado grupo, comunidade ou sociedade. Este passado vivido é distinto da história, a qual se refere mais a fatos e eventos registrados, como dados e feitos, independentemente destes terem sido tidos e experimentados por alguém. (HALBWACHS. 1991).
À luz de seus estudos sobre memória, da Silva (2009) argumenta que “a memória é então o passado se encontrando no presente, e o espaço é fundamental para isto, pois as recordações serão sempre vivas ao deparar-se com ele”.[7]
É preciso ir mais além, pois toda identificação positiva com o lugar reflete na relação afetiva da pessoa com esse espaço, percebendo assim uma ideia construída sobre a lógica de pertencimento. Nesse processo dinâmico, é preciso analisar as noções que se tem sobre espaços de memória, rememorá-los, ou até mesmo, reconstruir suas representações. Pois, se os mesmos refletem essa tendência em meio aos discursos contextuais, suas consciências históricas se difundem na maneira de enxergá-los e de como o sujeito histórico se ver ou se sente contemplado. Faz-se necessário ter visão ampla e observar outros ângulos num mundo em que as identidades são apresentadas inicialmente através da escrita, permitindo camuflar partes dos aspectos visíveis dessa dinâmica.
Os atos comunicacionais, que ocupam dimensões expressivas e pragmáticas da experiência humana, não se constroem somente a partir de atos discursivos verbais, mas incorporam silêncios, atitudes e gestos, ações e missões, proporcionando manifestações significativas e provocando transformações no comportamento ou forma de ver o mundo. (COSTA & OLIVEIRA, 2004).
Cada ser humano carrega em si a sua visão subjetiva de fatos sobre determinada realidade vivenciada por meio de símbolos socialmente internalizados.[8] O desenvolvimento do indivíduo acontece por seu contato social com o outro, com um grupo, ou com o mundo, histórico-cultural, cuja relação lhe fornecerá instrumentos, símbolos e signos que possibilitarão alcançar o desenvolvimento do seu nível neuropsíquico. Através dessa inter-relação, a memória individual dá-se por meio de grupo, pois é impossível uma memória absolutamente individual, a lembrança é reconstruída socialmente, e para isto a existência da comunidade afetiva é indispensável, conforme afirmou Rivera.[9]
Nesse sentido, deve ser levada em consideração a memória coletiva. Percebe-se que, memória coletiva é múltipla, pois se trata da memória de um determinado grupo. No entanto, seria errôneo não refletir, ainda que na essência da memória coletiva, levando em pertinência a subjetividade, ou melhor, subjetividades intentadas, as quais se configurariam numa identidade de grupo? Todo ser social, de uma forma ou de outra, tenta provar sua existência singularmente. Cada ser social que forma um tecido socialmente grupal possui uma visão de mundo, e isso é irrefutável.
Questão importante é o aspecto individual da memória, pois os sujeitos sociais, ao rememorarem experiências de seu universo, incorporam seletivamente suas dimensões. Ainda que vivam num grupo social especifico, as experiências adquiridas cotidianamente nas relações sociais que estabelecem, são recriadas a seu próprio modo. (PACHECO. 2006, p.75).
Utilizando outras vertentes históricas para se trabalhar o estudo das memórias, no que tange o discurso oral, e principalmente na história oral, é essencial perceber que essas fontes não devem ser comparadas como simples objeto de estudo, pois, se tratam de pessoas.
Por ser gerada individualmente, a memória só se torna coletiva no mito, no folclore, nas instituições e por delegação. (...) A memória coletiva, assim, longe de espontaneidade que muitos lhe atribuem, seria mediatizada por ideologias, linguagens, senso comum e instituições, ou seja: seria uma memória dividida. (AMADO apud PORTELLI, 2001).
Compreende-se que o conceito de memória coletiva emerge como um conceito amplo e complexo, construído em meio às “múltiplas vozes” das complexas relações sociais existentes dentro de um processo histórico, juntamente com a lógica de identidade de grupo ou classe, numa perspectiva de pertencimento, luta ou resistência.
A história pretende dar conta das transformações da sociedade, a memória coletiva insiste em assegurar a permanência do tempo e da homogeneidade da vida, como um intento de mostrar que o passado permanece... Enquanto a história é informativa a memória e comunicativa.[10]
Por outro lado, pensar no coletivo e defini-lo como genérico, é deixar de crer que existam divergências ou até mesmo conflitos dentro do que se pode chamar de grupo ou classe.
À semelhança da linguagem, a memória é social, tornando-se concreta apenas quando mentalizada ou verbalizada pelas pessoas. É um processo individual, que ocorre em um meio social dinâmico, valendo-se de instrumentos socialmente criados e compartilhados. Em vista disso, as recordações podem ser semelhantes, contraditórias ou sobrepostas, porém, em hipótese alguma são exatamente iguais. (PORTELLI. 1997, p. 16).
Segundo Portelli, “a restituição a uma comunidade em desenvolvimento, portanto, implica menos a restituição da identidade do que a memória da diferença. A memória acompanha a mudança, contudo, também resiste às mudanças que optamos por não fazer - o que nos remete novamente à História Oral como uma arte não só daquilo que aconteceu, como também daquilo que deixou de acontecer, aquilo que poderia ou deveria ter acontecido.[11] Trata-se da memória como alternativa.”[12] Para Portelli, “A História Oral é uma ciência e arte do indivíduo”.[13]
A história como uma lição do passado, como mestra do tempo e no espaço, tem a função de registrar e narrar o processo histórico de um determinado povo. Numa perspectiva de fortalecimento da reprodução da memória histórica, o culto ao cívico e a exaltação da pátria são simbologias que ganham destaque nesse processo. O culto à nação aparece como uma tendência impulsionada por políticos ou intelectuais da sociedade vigente. A história oficial assume um papel imprescindível na formação de uma nação soberana e nacionalista. Possivelmente, o povo precisava ser ensinado, e, deveria por determinada forma, aprender a valorizar sua pátria, pois o patriotismo, todavia, é uma tendência militar, civicamente ludibriada.
Imagem 2 - Praça Dário Furtado, ou, “Praça da Bandeira”. Símbolo ao culto cívico. Acima a imagem mostra a visita do Governador Jarbas Passarinho em 1975. Foto extraída do arquivo da Biblioteca Municipal Eustórgio Miranda.
Se um grande povo não acredita que a verdade se encontra nele mesmo [...] se não acredita que ele sozinho está apto e destinado a levantar- se e salvar todo o resto pela sua verdade, transforma-se de uma vez em material etnográfico, e não mais em um grande povo [...] Uma nação que perde essa fé deixa de ser uma nação. (HOBSBAWM apud DOSTOIEVSKY, 1990, p. 125).
A autoafirmação nacional nasceu a partir da ideia de pertencimento. Nação é uma construção cultural, e a História é um instrumento imprescindível para o fortalecimento dessa ideia. Segundo Hobsbawm (1990), “o critério “histórico” de nacionalidade implica, portanto, a importância decisiva das instituições e da cultura das classes dominantes ou elites de educação elevada, supondo-as identificadas, ou pelo menos não muito obviamente incompatíveis com as do povo comum. (...). Argumentos históricos poderiam ser encontrados ou inventados para explicar essa afirmação (...)”.[14]Levando em consideração que a sociedade inventa símbolos que representam intenções particulares de determinado grupo, sempre em harmonia com o desenho da pirâmide social e econômica existente no topo, nesse sentido, para reconstruir o passado de uma nação é preciso eleger símbolos que sirvam de referências para legitimar esse passado.
Imagem 3 - Marcha do dia 7 de Setembro simbolizando uma data cívica, em 1970. Foto pertencente ao arquivo da Biblioteca Municipal Eustórgio Miranda.
Na história vista de cima, os vultos políticos ganham destaques nas cenas, emergidos no palco do discurso histórico da vertente positivista. Ao longo do transcurso temporal, tudo é história e todos fazem parte desse processo. Vale ressaltar que, a elite sempre foi tenebrosa em relação aos menos favorecidos, rotulando a classe pobre como violenta e perigosa. Na balança da historiografia, levando em consideração a dinâmica do tempo, numa história vista de baixo, estratos sociais, marginalizados pela sociedade, simples e humildes, aqueles que em tempos de outrora, menosprezado pela elite letrada e do “conhecimento”, são expressivamente relevantes para tal preenchimento da narrativa histórica de uma nação, como empiricamente mostra a história cultural, a história social e a história do cotidiano. Em meio às mudanças de contextos históricos, existem aqueles que fazem história e aqueles que são vistos como “importantes” da história. Uma estratégia utilizada para perenizar a história nacional está associada à ideia de homenagear vultos de prestígios, seja num panorama nacional, estadual ou local.
É interessante perceber uma noção de identidade social e cultural com aquilo que nos rodeia. Nesse caso, lugares podem provocar sentimentos de pertencimento. Certos lugares indicam intenções de especificidade e identidade social. Lugares de memória também condicionam e refletem um sentido social de grupo. Portanto, compreende-se que lugares advindos de saberes, conhecimentos e perspectivas, construídos à luz das experiências humanas se configuram em lugares de memória, pois estão sobrecarregados de simbolismos, e implícitam cosmologias que permeiam tais espaços. Além disso, a edificação de lugares de memória surge de uma necessidade objetiva dos grupos sociais.
Os lugares de memória nascem e vivem do sentimento de que não há memória espontânea, que é preciso criar arquivos, que é preciso manter aniversárias, organizar celebrações, pronunciar elogios fúnebres, notoriar atas, porque estas operações não são naturais. É por isso que a defesa pelas minorias de uma memória refugiada sobre focos privilegiados e enciumadamente guardados nada mais faz do que levantar à incandescência a verdade de todos os lugares de memória. (NORA. 1993, p. 7-28).
Pelas diversas variantes que condicionam a ciência histórica, muitas mudanças ocorreram na própria lógica de pensar em ter ou de se fazer história ao longo do transcurso temporal. É só andar pelas ruas de Breves e logo nos deparamos com construções que guardam memórias e conhecimento.
Neste aspecto, o patrimônio não deixa de ser -como havia sido sempre- o resultado de um processo consciente de seleção; mas, nesta perspectiva, é baseado em apreciações particulares. Para sua inclusão no patrimônio, monumentos ou sítios culturais devem ser marcados em primeiro lugar, com um sinal positivo por indivíduos ou grupos. (POLOUT. 2008, p. 43).
A memória social acompanha as mudanças. Pensar no passado de um lugar é reviver a realidade histórica desse espaço, analisando suas transformações e suas contribuições, seja ela por interesses particulares, ou em benefícios do desenvolvimento da sociedade em geral. Para Halbwachs (2004):
“Não é suficiente reconstituir peça por peça a imagem de um acontecimento do passado para se obter uma lembrança; é necessário que esta reconstrução se opere a partir de dados ou de noções comuns que se encontram tanto no nosso espírito como no dos outros, porque elas passam incessantemente desses para aquele e reciprocamente, o que só é possível se fizeram e continuam a fazer parte de uma mesma sociedade”. (HALBWACHS, 2004, p.31).
A Religião Católica é presente no povo brevense. Andando sobre a av. Presidente Getúlio Vargas com a av. Rio Branco localiza-se a Igreja Matriz Sant’Ana.
Não se encontrou nada documentado que indique o ano em que foram iniciadas as obras da Igreja Matriz de Sant’Ana, porém, há informações de que em 22 de agosto de 1854, a Câmara Municipal de Breves pediu ao Governador da Província, os recursos monetários necessários para a conclusão da obra, onde foram solicitados hum mil e cem réis. No entanto, não há informações se a solicitação foi atendida. As informações encontradas indicam que em 1861, quando foi feito o orçamento da receita e das despesas para o referido ano, ficou marcada a quantia de quatrocentos mil réis para a continuação das obras da igreja, pela Lei nº 379, de 12 de novembro de 1861. No relatório do Presidente da Província, em 29 de setembro de 1868, ele informava que as obras da Igreja Matriz estavam definitivamente concluídas. A Igreja Matriz de Sant’Ana é a mais antiga da cidade, com traços arquitetônicos seculares, mas, que devido várias reformas como em 1975, 1934, na década de 80, em 1997 e 2003, perdeu sua caracterização original. (NASCIMENTO. 2009).
Imagem 04 - Igreja Matriz de Sant’Ana, patrimônio cultural dos católicos brevenses, ano de 1960. Foto cedida pelos funcionários da Biblioteca Eustórgio Miranda.
Imagem 5 - Igreja Matriz de Sant’Ana, patrimônio cultural dos católicos brevenses, ano de 1960. Foto cedida pelos funcionários da Biblioteca Eustórgio Miranda.
Como foi exposto, é um prédio histórico e antigo. Já passou por diversas mudanças e restaurações. Sua data de construção ainda não se sabe ao certo, pois não há documentos oficiais que respaldem essa informação. Sabe-se que a Igreja é o patrimônio mais antigo da cidade, a qual possui traços seculares.
Outro lugar de memória é o Cemitério, ou, a “cidade dos mortos”. O Cemitério é um lugar sagrado e representativo, mesmo porque é um espaço utilizado para homenagear os que já se foram. Em Breves existem dois cemitérios, o mais antigo é o “Santa Rita”, datado de 1904, que fica na Rua José Rodrigues da Fonseca.
Imagem 6 - Cemitério Santa Rita (Intendência Municipal de Breves – 1904), ano de 1970. Imagem pertencente ao arquivo da Biblioteca Municipal Eustórgio Miranda.
Já mencionado, o Cemitério é um lugar simbólico, representa um espaço em que a ausência se torna presença. No tempo de feriados nacionais como o do dia de ‘Todos os Santos’ que acontece em 01 de novembro. E, o ‘Dia dos Finados’, que se comemora no dia 02 de novembro, em que muitas pessoas prestam homenagem para os que já partiram. Todavia, outros, por outro lado, trabalham com vendas para assim obter algum tipo de renda, levando em consideração o breve contexto, e o intenso fluxo de pessoas que visitam os túmulos de entes queridos, já falecidos.
Imagem 7 - Frente do Cemitério Santa Rita (Intendência Municipal de Breves – 1904), ano de 2019. Imagem pertencente à Anazildo Almeida.
Imagem 8 - Interior do Cemitério Santa Rita (Intendência Municipal de Breves – 1904), ano de 2019. Imagem pertencente à Anazildo Almeida.
O segundo Cemitério de Breves é o Recanto da Paz, lugar esse que fica na Rua Antônio Fulgêncio.
Imagem 9 - Interior Cemitério Recanto da Paz, Rua Antônio Fulgêncio, ano de 2014. Imagem pertencente à Anazildo Almeida.
Imagem 10 - Frente do Cemitério Recanto da Paz, Rua Antônio Fulgêncio, ano de 2019. Imagem pertencente à Anazildo Almeida.
Imagem 11 - Interior do Cemitério Recanto da Paz, Rua Antônio Fulgêncio, ano de 2019. Imagem pertencente à Anazildo Almeida.
Quando se fala em Esporte em Breves emerge paralelamente a imagem de estádio no imaginário do ser brevense. Esporte é cultura, uma prática marcante dos brevenses. Futsal ou Campo, o “jogo de bola” faz parte da cultura local.
Imagem 12 - Ginásio de Esporte Ferdinando Costa e Silva, Rua 7 de setembro com Castilho França, ano de 2014. Imagem pertencente à Anazildo Almeida.
Imagem 13 - Estádio Municipal “Rebelão”, Rua Sebastião Amado, ano de 2013. Imagem de Anazildo Almeida.
Imagem 14 - Foto da vitoriosa seleção de Breves, campeã do Copão Pará, no final da década de 1980. Fotografia pertencente ao arquivo da Biblioteca Municipal Eustórgio Miranda.
O Futebol está vinculado com a história do município de Breves, o que também significa relevantemente uma característica imprescindível da cultura dos brevenses, traduzindo em práticas afetivas dos que admiram esse esporte. Vale ressaltar que, ao longo desse processo, afetivamente, Vôlei e Handebol ganharam espaços e são modalidades esportivas de grande destaque.
Na rua denominada Duque de Caxias, encontra-se a Biblioteca Municipal Eustórgio Miranda, lugar que guarda conhecimento material e imaterial. A Biblioteca Municipal Eustórgio Miranda, foi criada pela lei Municipal nº 728/74, de 03 de maio de 1974 e inaugurada em 31 de janeiro de 1975, na administração do prefeito Wilson Câmara Frazão (mandato 31/01/1973 - 01/02/1977).
Imagem 15 - Biblioteca Municipal Eustórgio Miranda, ano de 2014. Imagem de Anazildo Almeida.
A Biblioteca, espaço de pesquisa, de leitura, de orientação do saber e de produção de conhecimento. Pode-se dizer que, mesmo na contemporaneidade, o lugar existe e sobrevive pelo seu conteúdo, do universo de saberes que existente em seu ser. É para além de um ambiente inerte e “ultrapassado”, para assim se fazer pesquisa cognoscível e cognitiva. Tal lugar configura-se numa perspectiva de promoção do saber, construção de visão crítica e de difusão do conhecimento dinâmico.
Imagem 16 - Interior da Biblioteca Eustórgio Miranda, com alunos em pesquisa, ano de 2014. Imagem de Anazildo Almeida.
Andando tanto pela av. Getúlio Vargas quanto pela rua Dr. Assis, pode se encontrar e adentrar no Mercado Municipal Teófilo Paes. Nesse lugar é vendido carne de boi, porco e etc.
Imagem 17 - Foto da frente do Mercado Municipal Teófilo Paes, ano de 1964. Imagem pertencente ao arquivo da Biblioteca Municipal Eustórgio Miranda.
Na Feira Livre os produtos comercializados são diversos. Os mais vendidos são: hortifrutigranjeiros, frutas regionais, pescados, camarão, peças de fogões butanos, tucupi, e etc. Além da praça de alimentação, onde se percebe a venda de churrascos de carnes brancas e vermelhas.
Imagem 18 - Interior do Mercado Municipal Teófilo Paes, ano de 2014. Imagem pertencente à Anazildo Almeida.
Para tanto, a principal forma de negociação na Feira Livre é através da oferta e da procura em qualquer estabelecimento, sendo que, a forma de pagamento mais praticada é através do dinheiro em cédula. A propaganda utilizada pelos feirantes é a famosa propaganda do boca a boca, ou a chamada propaganda do grito. A Feira Livre é um lugar em que a economia gira de forma relevante, e, pelos produtos de seu interior, exóticos ou não, é um lugar de vivência e de sobrevivência, tanto pelos feirantes, quanto pela freguesia que visita e compra habitualmente os produtos que necessitam para fins de alimentação e, possivelmente revenda fora desse espaço.
Dobrando a rua Dr. Assis, e, adentrando na av. Rio Branco, encontramos a Casa da Cultura, um “lugar de saberes”. Neste sentido, a casa da cultura é um espaço em que pode haver difusão de saberes, pois comporta vestígios que falam sobre uma história, cultural local, regional e até mesmo nacional, analisada numa perspectiva que abarque a relação afetiva das pessoas com o lugar, oxalá com a história de Breves. Seguindo essa linha de perspectiva, a Casa da Cultura está engendrada numa possibilidade de guardar objetos que narram aspectos da cultura, do cotidiano e a vivência dos brevenses, como forma de preservar a história e a memória em meio às transformações advindas com o tempo.
Imagem 19 - Casa da Cultura, ano de 2013. Imagem pertencente à Anazildo Almeida.
Outrora serve como referência para o presente. Construções e monumentos são vestígios do passado e compõe o processo histórico de um povo, lugar, cidade, estado ou nação. Com a lógica do tempo, lugares se transformam, ainda que modificados, continuam sobrecarregados de símbolos e representações acerca do social, cultural, e de visão de mundo em meio ao processo histórico da humanidade. É imperativo explicitar que, História é antes de tudo uma prática social, construída na vida real, no dia a dia, por homens e mulheres, crianças e adultos, jovens ou velhos, e que em todo lugar tem memória.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Passado e memória estão interligados. São pilares que sustentam uma ideia de caráter histórico. Eventualmente, a memória registra fatos contínuos e descreve instantes que se deduziram nos momentos oportunos em que emergiu uma forma de afeto pelos acontecidos. Nesta perspectiva existe uma coexistência cognoscível, pertinente sobre ligação de tal processo entre passado e memória.
Experiências e saberes são esclarecimentos que evocam fragmentos do passado de quem o vivenciou. Nessa lógica é tecida uma vertente de compreensão sobre o entorno vivenciado, em consonância com ângulos referente à dinamização do espaço, e, condicionalmente, no tempo.
Em cada momento do tempo presente ocorre um diálogo com o passado. É um passado encontrado além da modalidade escrita e que pode ser percebido através de um mosaico de saberes que se constrói ao longo de um processo de natureza cognitiva e histórica do homem. Lugares de memória estão repletos de experiências, saberes e de conhecimentos dinâmicos. Não são obsoletos ou meras construções humanas.
FONTES UTILIZADAS:
Entrevistas
Estanislau Cardoso da Cunha, 81 anos, aposentado. Entrevistado no dia 27 de outubro de 2019.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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[1] IBGE – Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico. Histórico do município de Breves. Disponível em: . Acesso em: 26 de outubro de 2019.
[2] Idem.
[3] IBGE – Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico. O município e o seu contexto. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 26 de outubro de 2019.
[4] NORA, P. Comment écrire l’historie de France? In: NORA, P. (Org.). op. cit., pp. 11-32. p. 20.
[5] Jacques Le Coff, em seu livro “História e Memória”. Esse intelectual concebe um conceito sobre o monumento. Campinas (SP): Ed. Unicamp, 2003, p.475.
[6] Entrevista com o senhor Estanislau Cardoso da Cunha, 81 anos, aposentado, dia 27 de outubro de 2019.
[7] SILVA, Claudinei Fernandes Paulino da. A teoria da Memória Coletiva de Maurice Halbwachs em Diálogo com Dostoievski: Uma Análise Sociólogo Religiosa a partir da Literatura. Extraído da Revista de Reflexão Teológica da Faculdade Batista de Campinas. Campinas: 6ª Edição, V.5 – Nº2 – Dezembro de 2009. ISSN: 1980-0215.
[8] VYGOTSY, L., e LURIA, A. Tue Function and Fate of Egocentric Speech. Proceed, of the Ninth Intern. Congr. of Psychol. (New Haven, 1929). Princeton, Psychol. Rev. Company, 193C.
[9] RIVERA, op. cit. p. 130.
[10] HALBWACHS, op. cit.
[11] Consulte “Uchronic dreams: working-class memory and possible words”. In: The Death of Luigi Trastulli, pp. 99-116.
[12] PORTELLI, Alessandro. “Tentando aprender um pouquinho: algumas reflexões sobre a ética na história oral”. In: Projeto História n° 15. São Paulo, PUC, 1997, p.13-33.
[13] PORTELLI, op. cit., 15.
[14] HOBSBAWM, Eric. A Construção das nações. In:_________. A Era do Capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 129.
Publicado por: Anazildo da Gama Almeida
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