O “CETICISMO REDUCIONISTA”: A CONFIANÇA INABALÁVEL ÀQUILO QUE SE APRENDEU
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1. RESUMO
O Contexto de recebimento de informações a que estamos inseridos, paradoxalmente, inibe a construção de conhecimento seguro. E, além disso, massivamente recebemos conteúdos falsos e finalizados que, boicotam o desenvolvimento de nossa experiência criativa. O objetivo é propor, com a pesquisa exploratória e a criação do conceito “ceticismo reducionista”, uma reformulação de posicionamento científico. O objetivo Geral visa rever afirmações tidas como verdade, repensando seus significados, para a validação da vivência. O Objetivo Específico pretende refletir as aceitações ou convenções sociais que podem invalidar nossa experiência. O método articula à discussão a reflexão sobre qual o distanciamento que há em receber uma informação falsa e ser levado a acreditar em uma verdade inacessível ao senso comum, por estar protegida pelo crivo de status absoluto da ciência sem abertura a dúvidas. O resultado trás um aprendizado que nos sugere repensar as afirmações que nos chegam como absolutas para não confiar cegamente na fonte ou origem, nos permitindo contestá-las e desenvolver nossa própria buscativa. Conclusão: a familiaridade por determinada descoberta converte-se em conformismo que, cristaliza a busca por veracidade ou atualização. A rivalidade de ego explica o apego por determinada afirmação, em prol de status e poder, e em detrimento da renovação e humildade de aceitação enriquecedora de pontos de vista.
PALAVRAS-CHAVE: Absoluto. Cientificismo. Distopia. Experiência. Vivência.
2. INTRODUÇÃO
O presente tema pretende conceituações filosóficas exploratórias, através de problematizações de transformação, reflete a prática social aplicada à teoria científica, com tratamento de análise de situação. O contexto do atual artigo é um período em que se confunde informação com conhecimento, com recebimento de conteúdos prontos, científicos ou não, em que a experiência com este material coloca vél na criatividade. O problema: 1) A novidade média vendida como último estágio do conhecimento nos conduz a verdade?; 2) Nossa experiência pode ser invalidada?; 3) A história se repete ou permanece, há o novo?; 4) Apesar da conhecida fé x razão, a ciência também crê?; 5) Tentamos reduzir a adversidade cultivando a novidade unilateral?. A hipótese: 1) A ação nos permite construir realidades próprias e diversidade mas, troca o produto pronto pela vivência real, absorvendo cópias prontas; 2) A descoberta de argumentos inválidos gera um resultado inválido; 3) Não há nada novo, há continuidades não lineares convergindo em encadeamentos semelhantes; 4) O cientificismo acredita ser o único portador da verdade, apesar de novas descobertas invalidarem as anteriores; 5) A conservação de um estado confortável nos faz aceitar passivamente a exposição exótica de uma dita novidade. Objetivos gerais: tencionar explorar uma nova conceituação científica para rever seu status absoluto e compreender qual posicionamento é o mais ético diante daquilo que não se conseguiu explicar e, da especulação financeira e rivalidade de ego. Objetivos específicos: aspirar refletir uma autocrítica que se aproxime do senso comum pois, nem tudo esta sob o domínio da ciência e, assim abrir-se ao debate público temas que escapam a abrangência científica mas, podem pertencer ao seu quadro de experimentação mediante aceitação de outros métodos ou áreas de estudo. Justificação: propor provocar mudanças ao debate científico, vinculando atenção a questões viscerais com relevância a enfatizar o desenvolvimento de nova metalinguagem aos códigos de conduta estacionários. Metodologia: buscar a articulação entre, absolutismo científico e explicativas finalísticas, redutoras da interação prática de sujeitos relegados a uma pseudo-experiência artificializada. Usa-se a dedução para se chegar a conclusões de abordagem qualitativa. Estrutura do artigo: 1 - A falsa avaliação do próprio conhecimento e seu repúdio; 2 – A aquisição de explicações prontas e criatividade acabada; 3 – Um fim de reinado que “crê” na verdade absoluta e novidade experimental.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1. A falsa avaliação do próprio conhecimento e seu repúdio.
Com o espaço amplo e aberto das redes sociais o senso comum ganhou campo para expressar vozes carregadas de intolerância, preconceitos, narcisismos e com ela a expansão dos fake news. É um dos fenômenos da atualidade que, germinou e fincou raízes, como uma espécie de auto envaidecimento, uma disseminação do orgulho de ter um mínimo de conhecimento, síndrome conhecida como Efeito Dunning-Krueger:
O Efeito Dunning-Kruger, também chamado de Efeito de Superioridade Ilusória, é a expressão empregada para designar a ignorância, a incapacidade, a inconsciência ou falta de habilidade das pessoas em reconhecer a própria incompetência e seus erros, bem como em estimar a dificuldade de tarefas e atividades nas quais estão envolvidas” (MIGUEL, 2017, p.277, grifo nosso).
Em 1995 a cidade de Pittsburg na Pensilvânia presenciou um homem que roubou dois bancos sem usar nenhuma máscara. Seu nome era McArthur Wheeler, e ao ser preso ao invés de se defender como inocente, ele não acreditava em alguma coisa, ao dizer: "mas eu usei o suco", no interrogatório disse aos policiais que jogou suco de limão em seu rosto pensando que isso o faria invisível. E a polícia o testou para drogas e álcool sem resultados positivos. Concluíram que ele não era louco mas, que sua confiança inabalável sobre a invisibilidade do limão estava errada:
In 1995, McArthur Wheeler walked into two Pittsburgh banks and robbed them in broad daylight, with no visible attempt at disguise. He was arrested later that night […] When police later showed him the surveillance tapes, Mr. Wheeler stared in incredulity. "But I wore the juice," he mumbled. Apparently, Mr. Wheeler was under the impression that rubbing one's face with lemon juice rendered itinvisible to videotape cameras (Fuocco, 1996 apud KRUGER, J.; DUNNING, D, p.1, 1999, grifo nosso).
O caso estudado pelos psicólogos sociais (KRUGER, J.; DUNNING, D, 1999), levou ao resultado de que temos uma falsa avaliação sobre nossos conhecimentos e habilidades. Sempre a julgamos acima da média e a superestimamos para além da realidade. Nossa autoavaliação possui uma duplicidade: a alta confiança e o baixíssimo conhecimento que, não julga as próprias certezas e limitações. Por outro lado, um expert se subestima por ter muitas dúvidas, e assim saber que esta muito longe de conhecer tudo sobre o assunto. Vejamos um trecho sobre a origem das espécies:
Todos admitem que os registos geológicos são incompletos [...] É este o resumo das principais objecções e dificuldades que podem ser justamente levantadas contra a teoria aqui defendida; e uma recapitulação das respostas e explicações que, na medida das minhas capacidades, se podem dar. Eu próprio senti o peso destas dificuldades durante anos, pelo que não duvido da sua importância. Mas é preciso prestar particular atenção ao facto de que as objecções mais importantes estão directamente relacionadas com a nossa confessa ignorância; aliás, nem temos consciência do quão ignorantes somos. Não conhecemos todas as gradações possíveis entre os órgãos mais simples e os mais perfeitos[...] (DARWIN, 1859, p.404, grifo nosso)
O conhecimento predispõe a consciência de si próprio. Para se chegar ao conhecimento, deve-se, a priori, saber que a confiança é resultado da ignorância, devido ao fato de que, perceber o quanto não se sabe exige esforço, necessita da simplicidade e humildade reconhecida por Sócrates (apud Platão, 399 a.C.) “só sei que nada sei”. Querofonte, amigo de Sócrates foi até o Oráculo de Delfos, consultar a sacerdotisa Pitonisa. O templo ao deus Apolo tinha na entrada a frase: "conhece-te a ti mesmo". Querofonte pergunta: "quem é o homem mais sábio de Atenas? Inspirada no deus Apolo, ela responde que é Sócrates, e ele não aceita a afirmação:
[...] cidadãos atenienses, se conquistei esse nome, foi por alguma sabedoria. Que sabedoria é essa? Aquela que é, talvez propriamente, a sabedoria humana. É, em realidade, arriscado ser sábio nela [...] Apresento-vos, de fato, o Deus de Delfos como testemunha de minha sabedoria, se eu a tivesse, e qualquer que fosse [...] Querofonte, veemente em tudo aquilo que empreendesse. Uma vez, de fato, indo a Delfos, ousou interrogar o Oráculo a respeito disso [...] se havia alguém mais sábio do que eu. Ora, a Pitonisa respondeu que não havia ninguém mais sábio [...] Em verdade, ouvindo isso, pensei: que queria dizer o Deus e qual é o sentido de suas palavras obscuras? Sei bem que não sou sábio, nem muito nem pouco [...] E fiquei por muito tempo em dúvida [...] depois de grande fadiga [...] Fui a um daqueles detentores da sabedoria [...] Examinando esse tal – não importa o nome, mas era, cidadão ateniense, um dos políticos [...] Procurei demonstrar-lhe que ele parecia sábio sem o ser. Daí me veio o ódio dele e de muitos dos presentes. Então, pus-me a considerar, de mim para mim, que eu sou mais sábio do que esse homem, pois que, ao contrário, nenhum de nós sabe nada de belo e bom, mas aquele homem acredita saber alguma coisa, sem sabê-la, enquanto eu, como não sei nada, também estou certo de não saber. Parece, pois, que eu seja mais sábio do que ele, nisso ainda que seja pouca coisa: não acredito saber aquilo que não sei [...] (PLATÃO, CAP V, VII, p.7-8, grifo nosso)
Não meditar estes conceitos, não admití-los, é não pensar nos próprios atos e, ao tornar o saber insignificante ficamos a mercê de aproveitadores. Este é mais um ponto a ser refletido, o fosso entre a complexidade do status de reinado intelectual da ciência e da camada popular que utiliza seus produtos e explicações, mesmo alheios às descobertas científicas e propensos em adquirir violento ranço anti-intelectual.
3.2. A aquisição de explicações prontas e criatividade acabada.
Uma das bases metodológicas da Filosofia são (mais) as perguntas e (menos) as respostas, que nos levam a busca para uma constante transformação. Um atual resultado, negativo e sombrio, do avanço da ciência é que, entregam a resposta pronta causando um prejuízo ao desenvolvimento intelectual da criatividade das novas gerações. Hoje, com o turbilhão de informações depositadas na palma de mão, a vivência cede lugar para a pesquisa rápida, superficial, e as perguntas encontram explicações de todos os lugares, respostas de debates ou exposições de opiniões grosseiras. A existência empírica cede espaço para um conjunto reprodutor de colonização do imaginário, como os ficcionários tevê e cinema, os materiais conteudistas e os coachings que por vezes sem comprovação científica vendem seus anúncios. Ficamos presos a essas construções de respostas determinadas.
Há assuntos que, reais ou não, são tabus. E não se toca nestes temas pelo fato de estarem envoltos de pontos críticos, de uma linha tênue entre ética e moralidade - Isso deveria ocorrer? – o fato é que não dar muita atenção, ou censurar, determinadas curiosidades ou incertezas faz com que muitas mentes migrem para outros tipos de explicações e, colham relatos de forma “clandestina” na avaliação do mundo acadêmico ou sem credibilidade científica. Por exemplo, temas que dizem respeito à vida fora da terra ou avistamentos de objetos não identificados. Ha diversos documentos relacionados a relatos populares ou até mesmo divulgados por órgãos de hierarquia superior e Estatal, como no caso da NASA. No entanto, quando aparece algo “inexplicável” em um vídeo oficial, a resposta é sempre pronta, sem dar espaço para reflexão ou agitação. Outro exemplo é a vida pós-morte, ou existência do espírito, em que poucos cientistas se dedicam a confirmar ou não a existência.
Estamos imersos em um mundo globalizado em que se confunde informação com conhecimento e, a facilidade com que recebemos conteúdos prontos, sendo estes científicos ou não, não permite que o observador menos atento perceba que a experiência material é colocada em cheque com um vel sobre a criatividade. É muito comum a ideia de “novidade” capitanear nossa perspectiva, colonizando o nosso imaginário como sinônimo de bom e bem, de belo e imprescindível.
[...] Todos os rios vão para o mar, contudo, o mar nunca se enche; ainda que sempre corram para lá, para lá voltam a correr [...] O que foi tornará a ser, o que foi feito se fara novamente; não há nada novo debaixo do sol. Haverá algo de que se possa dizer: "Veja! Isto é novo!"? Não! Já existiu há muito tempo, bem antes da nossa época. [...] (ECLESIASTES , p.625, Cap 1, p.7-9-10, apud filho de Davi, rei em Jerusalém, grifo nosso)
Entretanto, uma recente mercadoria - que possa adentrar os lares, sentimentos, emoções, corações e mentes - deveria vir intrinsicamente acompanhada de uma quebra de paradigma filosófico dentro de sua estruturação e execução, com a preexistência da semente de suas problemáticas, algo como: “o ministério da ciência adverte”, como uma ética científica “a priori”, e não “a posteriori” do resultado. A explicação da conceituação científica atual, vendida literalmente como “nova”, padroniza o erro como consequência, ou melhor, como inevitável. Porém, lançar protótipos sem referências sobre seus efeitos é comercializar uma “novidade” média como último estágio do conhecimento. O autor Richard Sennett, compreende que o trabalho no capitalismo e suas tecnologias tem foco no curto prazo e flexibilidade, impossibilitando construir caráter e uma vida coerente:
[...] Os líderes empresariais e os jornalistas enfatizam o mercado global e o uso de novas tecnologias como as características distintivas do capitalismo [...] O sinal mais tangível dessa mudança talvez seja o lema "Não há longo prazo". [...] Os laços fortes, em contraste, dependem da associação a longo prazo. E, mais pessoalmente, da disposição de estabelecer compromissos com outros. Em vista dos laços fracos tipicamente curtos nas instituições hoje. (SENNETT, 2009, p. 21, grifo do autor)
Devemos estar atentos aos discursos, para através de nossa própria reflexão chegar a nossa verdade, e não nos acomodar, não entendê-la como absoluta, e sim como transitória. Assim podemos causar uma revolução em nós, quebrar algo estruturalmente em nós, romper com os pensamentos aprendidos culturalmente e indiretamente, que nos homogenizam e desrepespeitam nossa individualidade, nossa particularidade de pensar o universo a que estamos aptos a criar – Temos nossa verdade conduzida por outros? – Os outros podem realmente nos motivar? – Paulo Freire afirma que, a motivação não se dá por outro e nem a sós mas, na atitude coletiva mediada pela experiência real:
[...] Você disse algo sobre motivação. Acho que essa é uma questão interessante. Nunca consegui entender o processo de motivação fora da prática, antes da prática. E como se, primeiro, se devesse estar motivado para, depois, entrar em ação! Você percebe? Essa é uma forma muito antidialética de entender a motivação. A motivação faz parte da ação. É um momento da própria ação. Isto é, você se motiva à medida que está atuando, e não antes de atuar [...] (FREIRE, SHOR, 1987, p.12, grifo nosso)
A ação nos permite construir realidades próprias e diversidade, no entanto, temos culturalmente guias que direcionam antecipadamente algum produto já acabado em troca da vivência real, absorvendo cópias prontas de experiências artificiais ou não. Se a premissa de nossa experiência não for estruturada por nosso próprio desenvolvimento criativo ela contêm uma vivência não originada por nossa busca inicial. Sendo assim, o sentido da nossa experiência pode ser invalidada, devido à conclusão não ser coerente com a preposição do nosso ato. Em suma, a descoberta de argumentos inválidos gera um resultado inválido.
Não somos levados a pensar fora da caixinha, sempre há algo que antecipa nossa conclusão. Se você quiser pensar que existam mais ilhas a serem conquistadas, imediatamente um pensamento negativo vem para te punir. Friedrich Hegel (1837) desenvolveu a máxima de que “[...] a história repete-se sempre, pelo menos duas vezes [...]”. Karl Marx, ao analisar o 1° golpe de Estado de Napoleão Bonaparte, desferido no dia 18 de Brumário (09/11/1799), refere-se ao 2° golpe (no dia 02/12/1851), desta vez pelo sobrinho Luís (Napoleão III,) em um 2° império francês, e acrescentou:
Em alguma passagem de suas obras, Hegel comenta que todos os grandes fatos e todos os grandes personagens da história mundial são encenados, por assim dizer, duas vezes. Ele se esqueceu de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa [...] (MARX, 2011, p.23, grifo nosso)
Entretanto, escapando de um possível anacronismo, pergunto - Como esses antigos autores interpretariam a história de hoje? - Teriam a mesma concepção, de que ela se repete? – Por outro prisma filosófico, ela não se repete, a história permanece e se emancipa, porque são outras perspectivas, outra dinâmica, outra sociedade, outras pessoas e imaginários.
[...] Adorno inicia Three Studies on Hegel [Três estudos sobre Hegel] (1994) refutando a questão tradicional a respeito de Hegel, exemplificada pelo título do livro de Benedetto Croce: O que é vivo e o que é morto na filosofia de Hegel? (1993). Essa pergunta pressupõe, por parte do autor, a adoção da posição arrogante de juiz do passado; porém, quando se trata de um filósofo realmente grande, a verdadeira pergunta não é o que ele ainda pode nos dizer, o que ainda pode significar para nós, mas o oposto, isto é, o que nós somos, o que nossa situação contemporânea pode ser para ele, como nossa época aparece aos olhos dele [...] Ai reside à dialética do velho e do novo: os que propõem a criação constante de novos termos para compreender o que acontece hoje [...] deixam de ver os contornos do que realmente é novo. A única maneira de compreender a verdadeira novidade do novo é analisar o mundo pela lente do que era "eterno" no velho. Se o comunismo é mesmo uma ideia "eterna" [...] (é) no sentido de que deve ser reinventada a cada nova situação histórica. (ZIZEK, 2011, p.18-19, grifo nosso)
Heráclito, afirmara "Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio". Não somos os mesmos que éramos a uma semana, somos sujeitos transformadores e temos apesar das incertezas as sementes de mudanças presentes em nós. Lembrando Geraldo Vandré (1968) “[...] A certeza na frente, a história na mão [...]”. Suponhamos que ocorra hoje uma Terceira Guerra Mundial, entre as duas clássicas potências, supostamente lhe dirão: a história esta se repetindo. No entanto, após a queda do Muro de Berlim e a polaridade de uma “nova” ordem mundial, não houve aceitação unânime, podemos dizer que a chama imutável da guerra incessantemente continuou acesa. A prática apenas foi reinventada, há a libertação de fatos não resolvidos ou retomados em perspectivas filtradas e modificadas por intensões diversas. Não há nada novo, há nova situação, em continuidades não lineares convergindo em encadeamentos semelhantes.
3.3. Um fim de reinado que “crê” na verdade absoluta e novidade experimental.
A Europa do século XIX foi um período turbulento, era o pós Revolução Francesa com muita convulsão social e auge da 1ª Revolução industrial, gerou um boom demográfico concentrado nas grandes cidades que cresceram desorganizadamente, aumentando as doenças, fome, desemprego, falta de abrigo e direitos. Acompanhado a esse movimento seguia-se paradoxalmente o desenvolvimento científico e tecnológico que crescia alheio à crise humanitária.
Augusto Comte via a Revolução Francesa com maus olhos, creditando a ela a desordem social e vendo no lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" um sinônimo de baderna, ao qual confrontou com o emblema "Amor, Ordem e Progresso", inspirado em ideais iluministas de fases morais para o desenvolvimento humano. A ciência natural ganharia poder explicativo, passando a ser a dona de todas as certezas irrefutáveis, para obter resultados (progresso), e esses avanços Comte viriam unidos à Biologia e Sociologia ("grandes ciências") que ele elevou de nível as positivando, causando desconfiança na racionalidade da filosofia (metafísica) e gerando descrença nas religiões (teologia). Sobre certezas absolutas, vejamos, a respeito da falta de abertura para o desenvolvimento do conhecimento:
Trata-se da maneira monista e dogmática como os adeptos do cientificismo [...] tentam padronizar a prática científica e a epistemologia contemporânea, implicando um não estímulo ao conflito ou crítica necessário para ocorrer à inovação científica. Tais trabalhos propõem um padrão de conduta em que qualquer teoria ou metodologia não científica é automaticamente descartada. Porém, avaliações desse tipo não reconhecem o caráter temporário do conhecimento científico, mas o definitivo, como se o conhecimento científico fosse acabado e cristalizado. Um dos motivos para que alguns cientistas ajam dessa maneira é a influência da atitude cientificista na educação científica e o ensino de um padrão que dificulta o próprio desenvolvimento do conhecimento científico [...] Outros trabalhos [...] enfatizam o pluralismo metodológico e de objetivos como alternativas às visões redutoras ou tendencialmente eliminatórias associadas ao cientificismo, logo também ao pensamento dogmático e fechado [...] (OLIVEIRA, 2018, p.17-18, grifo nosso)
A ciência observacional empírica se converteria na única encarregada de credibilidade, a portadora do conhecimento absoluto, legítimo e verdadeiro, vulgarmente conhecida como “cientificismo”, surge então o reinado de superioridade sobre outras ciências. Esta descrição até assemelha-se a narrativas distópicas de cenário de ficção-científica, devido ser possível fazer a analogia crítica dos efeitos negativos, visto que o otimismo do progresso já possui sua voz de discurso. Consoante, HILÁRIO (2013) é uma “análise radical” (sic):
O objetivo das distopias é analisar as sombras produzidas pelas luzes utópicas, as quais iluminam completamente o presente na mesma medida em que ofuscam o futuro [...] As distopias ou as utopias negativas “expressam o sentimento de impotência e desesperança do homem moderno assim como as utopias antigas expressavam o sentimento de autoconfiança e esperança do homem pósmedieval” (FROMM, 2009, p. 269). Etimologicamente, distopia é palavra formada pelo prefixo dis (doente, anormal, dificuldade ou mal funcionamento) mais topos (lugar). Num sentido literal, significa forma distorcida de um lugar [...] (HILÁRIO, 2013, p. 205, grifo nosso)
As descobertas e invenções da doutrina científica pareciam que iriam resolver todos os problemas e ir rumo ao progresso social, originando um mundo novo. No entanto, sofreu várias rupturas em seu crescimento linear, inicialmente o status da ciência era frágil, porém as desigualdades sociais se intensificaram (assim como o capitalismo, que é seu incentivador e investidor maior e, não conseguiu extinguir as desigualdades, mas aprofundou o fosso entre a aristocracia privilegiada, financeira e tecnologicamente, dos portadores apenas da força de trabalho e experiência). Ainda sobre a distopia, ela resiste à submissão cultural e civilizatória refletindo as omissões dos avanços tecnológicos científicos. De acordo com, HILÁRIO (2013) é um “pessimismo ativo” (sic):
A narrativa distópica não se configura, deste modo, apenas como visão futurista ou ficção, mas também como uma previsão a qual é preciso combater no presente. Ela busca fazer soar o alarme que consiste em avisar que se as forças opressoras que compõem o presente continuarem vencendo, nosso futuro se direcionará a catástrofe e barbárie. Por isso, concebo a distopia como aviso de incêndio, na esteira das reflexões de Löwy sobre Benjamin [...] (HILÁRIO, 2013, p. 206-207, grifo nosso)
Cabe acrescentar que, essa distopia cientificista, se aflora com o naufrágio do Titanic e às Grande Guerras Mundiais que, colocam em cheque a progresso científico, acirrado com as bombas atômicas e Guerra Fria. Levantam a dúvida se a paz entre as Nações e o desenvolvimento humano eram mesmo os objetivos políticos e sociais da Ciência; outra questão se dá em, se a ciência e suas explicações são desenvolvidas em prol da ganância e ego de alguns cientistas que, encontram suas explicações à venda ou na especulação mercadológica, como nas guerras da medicina e as suas quebras de patente e o agronegócio diante da guerra dos ambientalistas contra os ruralistas. Esta concepção cientificista de matriz positivista, também tinha foco no autoritarismo para disciplinar a moral, e não abriria os olhos para as desigualdades, além de futuramente, ser usada em ditaduras para justificar seus atos arbitrários através de discursos ideológicos de moralidade, afiliados a religião e família. O viés cientificista não vê a ciência como falível, é doutrinária e tem ufanismo pela tecnologia:
[...] todos estes problemas de que padece o cientificismo afiguram-se como suficientes para o refutar crítica e filosoficamente. Não obstante, importa desde já deixar claro que o objetivo deste estudo não é de maneira nenhuma refutar a ciência como um todo, muito menos os seus constructos teóricos ou a sua capacidade instrumental-tecnológica [...] Crucialmente, o propósito desta pesquisa é ativar uma crítica à visão unilateral, doutrinal, a espaços absolutamente dogmática e a-filosófica, de alguns partidários confessos e ideologicamente enviesados das metodologias e “poderes” divinos das ciências naturais, observacionais e empiricamente testáveis. Há, no entender desta pesquisa, muita vida intelectual, cognitiva e prática para lá da ciência [...] a ciência pode ser uma solução para a humanidade, mas, contra os pressupostos cientificistas, está longe de ser a única ou a rainha dessas atividades e resultados. (OLIVEIRA, 2018, p.18, grifo nosso)
Entretanto, a ciência de ética pluralista universal, analisa seus próprios saberes, seus atos e consequências. Na literatura, a metalinguagem, é o uso dos códigos da própria linguagem para refletir sobre si:
No Modernismo brasileiro, diversos autores utilizaram a metalinguagem para refletir sobre o processo de criação literária, uma vez que a metalinguagem reflete a própria linguagem utilizada (UPE 2020 apud INDAGAÇÃO, grifo nosso)
Na Filosofia da Ciência as omissões e silêncios são os caminhos para refletir e questionar o saber científico. De acordo com MOSTAFA (2013) a filosofia antecipa relações da informação em conceitos do que virá, pensando uma nova relação entre as ideias e as coisas:
A prática profissional do cientista da informação inclui, definitivamente, um tanto de ciência, um bocado de arte e um quinhão de filosofia. [...] A filosofia, por sua vez, como tratada por Deleuze e Guattari, não mostra caminhos percorridos, não faz reflexão e nem história. A filosofia cria novos mundos possíveis, foge da teleologia previsível e supõe sempre a criação do novo. Aquilo que ainda não foi pensado e que é o impensável para o pensamento e, que, no entanto, deve ser pensado. (MOSTAFA, 2013, p.15, grifo nosso)
Um conceito que sofreu muita refutação é o de Richard Popkin (2000), chamado “ceticismo fideísta” (sic), em que a filosofia cartesiana (1697) estaria fadada somente a responder a argumentos céticos, sem reagir a eles. Conforme Smith (2001):
Uma das posições básicas de Popkin é a de que o ceticismo, no período de 1500-1675, tem um papel especial e diferente do que vai ter após a filosofia cartesiana. Por "ceticismo" devemos entender "uma visão filosófica que levanta dúvidas acerca da adequação ou da confiabilidade da evidência oferecida para se justificar uma determinada proposição". É nesse sentido preciso que o ceticismo pode se aliar à fé e produzir uma longa e importante tradição fideísta. Por "fideísmo", Popkin entende aquela doutrina segundo a qual "nenhuma verdade indubitável pode ser encontrada ou estabelecida sem algum elemento de fé". Nem sempre se chamou suficientemente a atenção para o fato de que a filosofia moderna, ainda que herdeira dessa crise cética, terá uma outra concepção do ceticismo (SMITH, 2001, grifo nosso)
Consoante Popkin (2000), Santo Agostinho ignorou o ceticismo na Idade Média ao discursar contra as dúvidas dos acadêmicos. Ele, por analogia, entende a dúvida como falta de crença ou incredulidade. Entretanto, a retomada dos céticos antigos encontra campo de atuação no contexto do Humanismo Renascentista da Reforma e a Contra-Reforma contribuindo com esse debate dos problemas do ceticismo antigo - “o critério da verdade” em que a fé seria a única forma de superação do conflito, o ceticismo moderno "ceticismo fideísta" (anti-intelectualista), ganha este novo conceito pois ataca a fonte dos clássicos utilizando-se de argumentos céticos para chegar a uma controvérsia discussão teológica, e influencia o pensamento cético moderno.
Guiados por discursos que não se sabe a origem e inflamados por ódio gratuito e irracional, adquirimos simpatia pela maldade, nos sujeitamos a banalizar hostilidades e coisificar a desumanidade, assim não julgamos nossos próprios atos, mas apenas o praticamos seguindo ordens ou emoções. Esta ilusão de poder, da informação artificial, dos que se veem como portadores da verdade absoluta, também, é portadora de carga, consciente ou não, de minar o conhecimento científico. Como exemplo, podemos lembrar das campanhas de conscientização sobre a Covid-19, em que ocorre resistência, tanto dos discursos econômicos como contestações ideológicas. Certamente, todos sofreram perdas, mas, colocar vidas em segundo lugar é uma falta de caráter, um desrespeito à vida, banalizando-a. Cabe acrescentar, o artigo sobre os “coletivos da Covid-19” (CARVALHEIRO, JOSÉ DA ROCHA, 2020), em que explicita-se que “essas contas falsas nas redes sociais são as mais perigosas [...] a liderança do populista de direita está sempre associada à sua competência de criar inimigos”. Observem, mais especificamente:
Tendência preocupante na atualidade política ocorre em todo o mundo (Woods, 2014). Trata-se do populismo de feição conservadora nos costumes e neoliberal na economia: o populismo de direita. Diferentes contextos, em todos os continentes, assistem à tomada do poder político por líderes com esse perfil. A prática obedece a um padrão definido: (1) é fundamental escolher como inimigo um alvo claro ao qual se oferece permanente oposição; (2) o lider assume que fala em nome do povo e é seu verdadeiro defensor; (3) o oponente é sempre falso e corrupto, geralmente defensor de ideias “comunistas”; (4) os veículos de disseminação das ideias “verdadeiras” são as redes sociais; (5) uma prática adequada à conquista de seguidores, disparada por robôs com identidades falsas, é recheada de “fake news” que confirmam a periculosidade dos opositores; (6) há sempre um forte esquema financeiro sustentado por parceiros, frequentemente ocultos. (CARVALHEIRO, JOSÉ DA ROCHA, 2020, p.13, grifo nosso)
Nas últimas décadas, especialmente com explosão globalizada na redes sociais, de informação controvérsia que, não exige grande esforço de pesquisa sistematizada. O fenômeno das fake news pode indicar um iminente desatino com a complexidade experimental da ciência. Cabe aqui, desenvolvermos um conceito, o de ceticismo reducionista. Em conformidade com, GALLINA (2004), em Filosofia, a criação de conceitos é à "constituição de problemas" (sic), pois o conhecimento é um acontecimento que se alterna, sempre está em movimento de construção e transição, tensão e mudança (apud DELEUZE) "a atividade do filósofo implica uma dimensão de criação de conceitos":
Poderíamos perguntar: Por que a filosofia é a única que produz conceitos? Por não poder criar o Uno, “a filosofia faz surgir acontecimentos com seus conceitos” [...] Os conceitos são cifras sem preexistência [...] que não se refere nem ao passado, nem ao presente e muito menos ao futuro. Uma temporalidade que diz da ordem do “adormecido”, em que o imprescindível para o conceito é poder fazer parte de uma nova cena: “O acontecimento é talvez a figura contemporânea do álteron, do que não pode ser integrado, nem identificado, nem compreendido, nem previsto. Outras palavras que podem nomear também, ainda que de outro modo, o acontecimento são, por exemplo, interrupção, novidade, catástrofe, surpresa, começo, nascimento, milagre, revolução, criação, liberdade” (Larrosa, 2001, p. 282). Contudo, será que podemos com esta noção de filosofia, como atividade criadora de conceitos, afirmar que a tradição filosófica se constitui numa fonte de acontecimentos importantes para o ensino da filosofia? [...] A condição atribuída ao conceito de ser um começo, um nascimento, uma criação, uma novidade, traz consigo a necessidade de concebê-lo como pertencendo ao domínio do porvir. Esta condição implica de antemão que qualquer contribuição da tradição filosófica está intimamente relacionada com uma atividade cuja principal característica seja a intensa criação. Uma atividade que permite surgir, a partir do mesmo, a heterogeneidade, a diferença. (GALLINA, 2004, p.367-368, grifo nosso)
O conceito de ceticismo reducionista propõe que, na contemporaneidade a nova versão do ceticismo é a tentativa de reduzir a nada todo conhecimento acumulado pela ciência e intelectualidade. Não é um negacionismo ou revisionismo, ela atingiu outro padrão, se ocupando do espaço informal negligenciado pela ciência. Ela possui como arma as redes sociais que lhe dão níveis grosseiros de atuação. É uma mescla de ideias fascistas para sustentação do lado emotivo de ataque impulsivo e negativo, combinado com revisões que tentam modificar veracidades históricas pelo simples fato de discordar de certo posicionamento ou moral. Aliás, esconde-se, refugiando-se em uma falsa moralidade que é sua justificação ética. Rejeitando evidências e gerando discórdia, como escapes, para invenção de realidades desconfortáveis, ditas inquestionáveis a respeito da verdade, acompanhadas de agressões inesperadas e camufladas. É uma total oposição ao ceticismo clássico que duvida poder atingir alguma certeza a respeito da verdade, restando uma saudável dúvida permanente. A marca do ceticismo reducionista é, pelo medo infundado, tentar colonizar o pensamento e imaginação, de forma a não gerar dúvidas sobre as suas conspirações direcionadas a um inimigo inventado.
4. CONCLUSÃO
Em síntese, o histórico conflito entre fé e razão, até os dias atuais, ainda encontra obstáculos ideológicos de religiosos e cientificistas. Estes últimos, paradoxalmente, também crêem serem portadores de verdades universais, mesmo com novas descobertas que invalidarem as anteriores. Tenta-se dogmaticamente dar descrédito a diversidade de conhecimentos e metodologias, cultivando uma novidade unilateral em detrimento da multiplicidade de conceitos e possíveis maneiras de se chegar a diferentes verdades. Faz-se necessário, desenvolver nova conceituação científica para criticar a si mesma e, a quais mudanças universais se chegou e ao que não se conseguiu alcançar. Tendo a ética de mudança social como imperativo categórico em primeira instância, superior a qualquer financiamento ou rivalidade de ego, conscientizante quanto à vivência e o bloqueio criativo. Consentindo a autocrítica ao que ainda não se pode entender, permitindo uma filosofia da ciência aberta ao senso comum, como forma de divulgação e abertura ao debate, buscando uma renovação acadêmica não absoluta. Familiar às camadas populares e forte no froint ao Efeito Dunning-Krueger, além de infalível contra falácias do ceticismo reducionista.
5. REFERÊNCIAS
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Publicado por: Marcelo de la Veiga Moreno
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