ÉTICA EM ARISTÓTELES: PRODUÇÃO DO BEM-ESTAR NAS RELAÇÕES SOCIAIS

 RESUMO

O presente trabalho descreve um projeto de intervenção didática para educandos do primeiro ano do Ensino Médio, na disciplina de filosofia, do Centro Educacional Teodoro Sampaio. O projeto de intervenção tem por objetivo apresentar a vida e obra de Aristóteles, sua concepção de ética e aplicação dela nas relações sociais. No mundo de hoje, onde as relações éticas estão cada vez mais complicadas, faz-se necessário trazer à tona este assunto tão importante que, mais do que um assunto didático, é um assunto do cotidiano, com aplicações diversas nos círculos vivenciais. Nas aulas desta intervenção são utilizadas ferramentas como debates, conversas, discussões, explanações e vídeos. Pesquisas na internet e apresentação de conteúdos em forma de slides também são utilizados como modo de obter uma melhor prática pedagógica. Este é um trabalho de intervenção interessante que, com certeza, acrescenta muitos benefícios para os educandos.

Palavras-chave: Ensino de filosofia. Aristóteles. Ética. Bem-estar.

INTRODUÇÃO

Somos seres que adaptamos a realidade sempre que preciso, por este motivo, faz-se sempre necessário um olhar crítico e uma ação que direcione caminhos. Existe sempre a necessidade de projetos em nossas atividades, pois, sem projetar com a devida precisão, se torna praticamente impossível agir com segurança e destreza. Isso não é diferente quando se trata de educação. Na educação, quanto mais projetada for a ação pedagógica, mais sucesso haverá nos resultados alcançados. E quando o assunto pedagógico em questão é uma intervenção didática, projetar eficazmente torna-se muito mais do que necessário, torna-se imprescindível.

Um projeto de intervenção didática (PID) tem seu fundamento nos pressupostos de pesquisa e ação. Observação e prática. É o acompanhamento de um olhar externo, crítico, sobre um plano pedagógico em curso. Sendo assim, isto está relacionado com a ideia de projetar uma ação para determinado fim, que, no caso específico deste trabalho, é o de intervir no processo de ensino/aprendizagem de uma turma do 1º ano do Ensino Médio, do Centro Educacional Teodoro Sampaio, na disciplina de filosofia. O ensino de filosofia é estigmatizado como algo de pouca importância nos dias de hoje, portanto, a partir desta observação, a prática pedagógica deve ser efetuada através de ações que visem aguçar a curiosidade e prender a atenção dos educandos, trazendo, assim, a filosofia para perto deles, eximindo, desta forma, qualquer preconceito existente.

O projeto de intervenção: “Ética em Aristóteles: produção do bem-estar nas relações sociais” tem por objetivo debater com os educandos a importância de uma vida ética no convívio social, como também, explicitar como a ética nas relações sociais pode possibilitar um convívio harmônico, que reduza conflitos e proporcione estabilidade para o ser e para o ambiente que o cerca. Mas especificamente falando, este projeto de intervenção propõe apresentar à turma supracitada quem é Aristóteles, que segundo Caetano Veloso “é aquele cujo a cabeça sustenta ainda hoje o ocidente” (VELOSO, 1997), explicitando seu conceito sobre ética e demonstrando como ele é proveitoso para a vida humana, como também, o seu conceito de eudaimonia, bem-estar, ajuda a amenizar conflitos ao tempo que enobrece o ser que o busca.

O presente momento, no país que vivemos, é delicado no que diz respeito às relações sociais. Parece que elas nunca foram tão conflitantes. Quer seja no ambiente politico quer seja nas esferas de ambientes sociais, há um aparente desentendimento nas relações humanas. Como exemplo disso, foi noticiado pelo portal de notícias da Globo, G1, no dia 26 de março de 2018, uma matéria com a seguinte epígrafe: “uma aluna de 13 anos agrediu uma professora com tapas, socos e pontapés no município de Teixeira de Freitas, extremo sul da Bahia. A agressão teria ocorrido após a professora ter pedido para que a estudante não se sentasse no braço da cadeira escolar” (G1, 2018). Como foi dito antes, isso é apenas um exemplo, noticias como esta surgem cotidianamente no nosso país, revelando o quão abalado está o nosso convívio social.

Baseado na atual dificuldade das relações, que é fruto de um crescente desentendimento social, é que se justifica uma intervenção didática que ponha em discussão tal condição, a fim de conscientizar a turma acerca do perigo de levar uma vida sem a devida ética nas relações socais, acabando, assim, praticando a intolerância para com as opiniões diferentes; agredindo os diretos humanos elementares através de discurso com tons fascistas, racistas e até, muitas vezes, antidemocráticos; e desrespeitando ao próximo por questões raciais, ligadas à religião ou opção sexual de cada um. Este é o momento de conscientizar nossa juventude dos perigos que enfrentamos ao agir desta maneira selvagem e próxima da barbárie, ao tempo que apontamos para a beleza dos relacionamentos pautados na boa ética e na busca pelo bem-estar individual e social.

O projeto é executado em sala, através de quatro planos de aula, cada um com duas aulas de cinquenta minutos, contendo um total de quatro atividades. O método utilizado tem sua base na concepção interacionista, por isso a explanação verbal e atividades escritas, embora presentes, não resumem a execução do plano. Porém, debates, pesquisas, discussão e diálogos, dão a ele o ritmo interacionista que possui, onde todas as opiniões são consideradas válidas. Onde não existem erros, mas acertos em amadurecimento.

Como resultado da execução desta intervenção, é esperado que os educandos aperfeiçoem o conhecimento sobre Aristóteles e sua concepção de ética; que considerem a tolerância e o respeito como um caminho reto a ser seguido habilmente; e que percebam que a prática da boa ética produz felicidade e bem-estar no convívio social.

REFERENCIAL TEÓRICO

Aristóteles nasceu na antiga cidade de Estagira, na Macedônia, Grécia, no ano de 384 a.C. Foi um importante filósofo grego e discípulo de Platão. Na sua filosofia abordou e pensou sobre diversos assuntos, como, por exemplo, medicina, psicologia, ética, retórica, matemática e lógica. O fato dele ter sido preceptor de Alexandre, O Grande (em 342 a. C.), lhe trouxe bastante reconhecimento. Ele teve um final de vida complicado, pois com a morte de Alexandre, as brigas pelo poder na macedônia o fizeram exilar-se, morrendo pouco tempo depois, se envenenando com cicuta, como também fez Sócrates. Aristóteles é autor de diversas obras, entre elas podemos citar: Retórica, Poética, Política, Ética a Eudemo e "Ética a Nicômaco, sendo esta última aclamada como sendo a sua mais importante. Sobre ela, Carlos Adriano Ferraz, no seu livro Elementos de ética, fez o seguinte comentário:

[...] ao início daquela que é provavelmente sua mais importante obra dedicada à filosofia prática, “Ética a Nicômaco”, Aristóteles afirma que o objeto de todo “procedimento prático e toda a decisão” visam a um certo bem. Tal bem seria o “bem supremo” do homem, isto é, seu “fim derradeiro”, aquele em torno do qual todos os demais, por assim dizer, “orbitariam”. Tal fim, como Aristóteles no decorrer da obra esclarecerá, será a eudaimonia. (felicidade) (FERRAZ, 2014, p. 45).

Ética a Nicômaco é um clássico da filosofia prática. Nela encontramos o ponto chave para compreender a ética em Aristóteles, que é a eudaimonia, felicidade ou bem-estar, como sendo o fim supremo de todo o trabalho que os homens intentam debaixo do sol, conforme ele mesmo cita:

[...] todo trabalho visa a algum bem, quais afirmamos ser os objetivos da ciência política e qual é o mais alto de todos os bens que se podem alcançar pela ação. Verbalmente, quase todos estão de acordo, pois tanto o vulgo como os homens de cultura superior dizem ser esse fim a felicidade e identificam o bem viver e o bem agir como o ser feliz. (ARISTÓTELES, 1991, P. 8)

Pelo que foi dito, este projeto de intervenção que visa debater sobre o bem-estar nas relações sociais, terá como base de sustentação filosófica a mente de Aristóteles, principalmente a projetada na obra ética a Nicômaco.

Estando posta a base de sustentação teórico-filosófica, a partir daqui, será exposta a base de sustentação pedagógica utilizada na prática deste projeto de intervenção. Este sustentáculo estará pautado na concepção interacionista, por ser aquela que representa a sinergia entre os agentes do processo educativo. Davis e Oliveira conceituaram a concepção interacionista da seguinte maneira:

A concepção interacionista de desenvolvimento apoia-se, portanto, na ideia de interação entre organismo e meio e vê a aquisição de conhecimento como um processo construído pelo indivíduo durante toda a sua vida, não estando pronto ao nascer nem sendo adquirido passivamente graças às pressões do meio. Experiências anteriores servem de base para novas construções que dependem, todavia, também da relação que o indivíduo estabelece com o ambiente numa situação determinada. (DAVIS; OLIVEIRA, 1990, p. 36)

Para os interacionistas, o ser humano não é entendido como um ente passivo, um vaso que precisa ser cheio, porém, indo na contramão deste pensamento, ele ganha um papel ativo, do ente que usa de objetos e significações à sua volta para aprender e desenvolver-se. E que assume, então, responsabilidade sobre o seu próprio processo de aprendizagem. Essa concepção aplicada na prática deixa para trás aquela ideia escolástica, tradicional, visualizada pelo quadro negro, professor e educandos enfileirados e prontos para receber o saber que vem do professor, enquanto abre espaço para uma dinâmica mais progressista, visualizada pelas cadeiras em círculo, debates e mediação do educador. Essa prática é o reconhecimento da autonomia do educando. Acerca disso, disse Freire:

Outro saber necessário à prática educativa, e que se funda na mesma raiz que acabo de discutir – a da inconclusão do ser que se sabe inconcluso –, é o que fala do respeito devido à autonomia do ser do educando. Do educando criança, jovem ou adulto. Como educador, devo estar constantemente advertido com relação a este respeito que implica igualmente o que devo ter por mim mesmo. (FREIRE, 1996, P. 23)

Esta concepção que, em si mesma, é sublimemente inspiradora, inspirará os planos de aula deste processo de intervenção didática. Métodos didáticos como debates, grupos de discussão, exposição de pensamentos pelos educandos e pesquisas através de smartphones serão utilizados constantemente nas aulas. A observação da realidade social dos educandos e a utilização da mesma em discussões relativas ao tema também serão usadas. O tema e os assuntos das aulas serão, sempre que possível, expostos através de questionamentos reais da vida dos educandos, conseguindo, assim, mais facilidade de assimilação.

PERFIL DOS ESTUDANTES

O Centro Educacional Estadual Teodoro Sampaio foi fundado em 1 de fevereiro de 1954, no mesmo endereço que até a presente data funciona, a saber, Avenida Ferreira Bandeira, SN, Centro – Santo Amaro – BA. O mesmo atende às demandas do Ensino Médio e EJA de educandos da zona urbana e zona rural. Encravado no seio do recôncavo baiano, esta distinta unidade escolar, desde sua fundação, é responsável pela formação de grande parte da juventude da cidade. Seu nome é uma homenagem ao ilustre Santamarense Teodoro Fernandes Sampaio. Este foi engenheiro, geógrafo, escritor e historiador brasileiro. Não é apenas no nome que o Colégio Teodoro Sampaio carrega importância nacional, personalidades importantes como Caetano Veloso e Maria Bethânia tiveram passagem por lá, como também centenas de anônimos nacionalmente, mas de grande importância para o município.

Hoje continua com sua imponência, ostentando o status de mais importante colégio da cidade. Atualmente está sob a direção de Maria do Carmo Gomes Barreto, que é auxiliada por dois vice-diretores e uma excelente coordenação pedagógica. Ao todo são 81 funcionários, incluindo pedagógicos e administrativos. Possui uma estrutura física que inclui: 22 salas de aulas de aula; Sala de diretoria e vice-diretoria; Sala de professores; Laboratório de informática; Laboratório de ciências; Quadra de esportes descoberta; Biblioteca; Sala de leitura; Banheiro dentro do prédio; Banheiro adequado para educandos com deficiência ou mobilidade reduzida; Dependências e vias também adequadas para educandos com deficiência ou mobilidade reduzida; Sala de secretaria e Almoxarifado.

O perfil dos estudantes da turma do 1º ano do Ensino Médio na qual é aplicado este projeto de intervenção didática se caracteriza por ter a faixa etária entre 15 e 16 anos, salvo raríssimos casos. Em sua grande maioria são residentes da zona urbana, de bairros próximos da Unidade Escolar; não exercem nenhum tipo de atividade laboral, exceto em casos de filhos de comerciantes locais, estes costumam ajudar aos pais no contraturno das aulas. Os estudantes do sexo masculino e do sexo feminino se equivalem em número, talvez o de mulheres seja levemente maior, mas nada que destoe ou faça a diferença à vista de um observador que corriqueiramente contemple a turma.

INTERVENÇÕES DIDÁTICAS

PLANO DE AULA 01

Docente: Marcos Dayvid dos Reis Galvão

Disciplina: Filosofia

Turma: 1° ano E.M

Tema: Conhecendo Aristóteles

C. H. 2 horas/2

OBJETIVOS:

  • Apresentar Aristóteles, sua biografia e suas obras mais importantes;

  • Demonstrar, historicamente, a importância do seu legado para o mundo.

METODOLOGIA:

1ª AULA, 50MIN

  1. Explanar, de maneira introdutória, quem foi Aristóteles, apresentando sua biografia, obras e importância para o mundo ocidental. (20min)

  2. Apresentar um pequeno vídeo falando da biografia de Aristóteles (10 min.)

  3. Dividir a turma em grupos de cinco educandos, de modo que fique 1 smartphone ao menos em cada grupo, e solicitar que se faça uma pesquisa sobre o que foi explanado, anotando os principais pontos. (20min)

2ª AULA, 50 MIN

  1. Baseado no que foi explanado e na pesquisa que fizeram, provocar a turma a discutir onde encontramos o legado de Aristóteles atualmente (Toda a turma deve estar envolvida). (20 mim)

  2. Pedir para que cada grupo produza um pequeno texto de 10 a 15 linhas sobre quem foi Aristóteles, a sua obra e onde encontramos seu legado nos dias atuais. (30min)

RECURSOS: Tv com internet; Internet disponível para acesso; Smartphone dos próprios educandos.

ATIVIDADES: Pesquisa através de smatphone; Atividade escrita.

AVALIAÇÃO: Participação na aula nos mementos de discussão; atenção aos conteúdos; atividade escrita, sendo 50% para a atividade Escrita e 50% para a participação.

PLANO DE AULA 02

Docente: Marcos Dayvid dos Reis Galvão

Disciplina: Filosofia

Turma: 1° ano E.M

Tema: Conceito de ética aristotélica

C. H. 2 horas/2

OBJETIVOS:

  • Apresentar o conceito de ética em Aristóteles;

  • Estimular a turma a pensar sobre a ética aristotélica.

METODOLOGIA:

1ª AULA, 50MIN

  1. Relembrar os principais pontos das aulas passadas e introduzir as duas aulas deste plano. (10min)

  2. Apresentar, através de slides, o que é ética e como ela foi conceituada por Aristóteles. Os slides possuem os seguintes tópicos: O que é ética; a importância do ser instruído; Eudaimonia, a causa final do homem; o ser virtuoso; e a justa medida - o agir com moderação. (40min)

2ª AULA, 50 MIN

  1. Propor uma atividade de reflexão sobre o conteúdo apresentado. Dividir a sala em dois grupos e apresentar dois estudos de caso para que os educandos emitam suas opiniões e discutam entre si e com o outro grupo. O primeiro sobre fraude na verba da merenda escolar; e o segundo sobre o caso de um jovem que pega R$ 50,00 caído no chão e, mesmo sabendo quem é o dono, resolve ficar com o dinheiro. (50 mim)

RECURSOS: Datashow; notebook, estudo de caso impresso.

ATIVIDADE: Roda de discussão e debate.

AVALIAÇÃO: Atenção aos conteúdos; participação na roda de discussão. Sendo 50%para a atenção aos conteúdos e 50% para a roda de discussão.

PLANO DE AULA 03

Docente: Marcos Dayvid dos Reis Galvão

Disciplina: Filosofia

Turma: 1° ano E.M

Tema: Na busca pelo bem-estar

C. H. 2 horas/2

OBJETIVOS:

  • Aprofundar o conceito aristotélico de eudaimonia, bem-estar;

  • Entender como eu posso perder eudaimonia com as minhas atitudes nas relações sociais.

METODOLOGIA:

1ª AULA, 50MIN

  1. Relembrar os principais pontos das aulas passadas e introduzir as duas aulas deste plano. (10min)

  2. Apresentar um vídeo sobre Eudaimonia. (10min)

  3. Pedir que cada aluno venha a frente, um por um, e explique para a turma, em rápidas palavras, qual seria a sua eudaimonia, ou seja, o que é a felicidade para ele. (30 min)

2ª AULA, 50 MIN

  1. Separar a turma em grupos de cinco educandos. Cada grupo vai produzir um pequeno roteiro dramático. O roteiro deve contemplar uma situação onde, por conta de atitudes pouco éticas, pessoas envolvidas perderam felicidade. Cada componente do grupo deve ter seu papel na dramatização. (30Min)

  2. Debater com os grupos os roteiros produzidos. (20Min)

  3. Pedir para que eles se preparem para apresentar na próxima aula os roteiros. Pedir para que estudem também a possibilidade de ações, em cima da mesma história, que façam com que todos saiam felizes no final.

RECURSOS: Tv com internet; caneta e papel.

ATIVIDADES: Produção de um pequeno roteiro dramático.

AVALIAÇÃO: Participação na aula; desenvoltura no trabalho em grupo e produção do roteiro.

PLANO DE AULA 04

Docente: Marcos Dayvid dos Reis Galvão

Disciplina: Filosofia

Turma: 1° ano E.M

Tema: A produção do bem-estar na prática.

C. H. 2 horas/2

OBJETIVOS:

  • Apresentar os roteiros produzidos na aula passada;

  • Debater as atitudes que mudaram o rumo da história;

  • Fazer as considerações finais.

METODOLOGIA:

1ª AULA, 50MIN

  1. Preparar a sala para as apresentações; (10min)

  2. Apresentação dramática dos roteiros produzidos na aula passada(40Min)

2ª AULA, 50 MIN

  1. Solicitar que um representante de cada grupo venha a frente e explique quais foram as atitudes cruciais que fizeram com que a situação que inicialmente terminou mal, foi convertida numa situação de bem-estar para os envolvidos nela. (30min)

  2. Agradecer a turma pelo tempo que passamos juntos e orientá-los a agirem sempre eticamente, buscando o bem-estar em todas as situações.

RECURSOS: Roupas e objetos para encenação.

ATIVIDADES: Apresentação dramática de situações éticas.

AVALIAÇÃO: Participação na encenação dramática; atenção às apresentações dos colegas.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um projeto de intervenção didática contribui de diversas formas para a vida profissional dos educadores. A mais importante delas é no planejamento. Planejar faz parte da vida dos profissionais de educação, porém o planejamento de uma intervenção é algo que exige uma maior minucia e destreza na abordagem do assunto. Tratando deste projeto de intervenção: “Ética em Aristóteles: produção do bem-estar social nas relações sociais”, que teve por objetivo apresentar para os educandos a vida e obra de Aristóteles, sua concepção de ética e aplicação prática na produção do bem-estar nas relações sociais, contribuiu para que, na prática docente, ficasse provado que a utilização de uma prática pedagógica interacionista, progressista, valorizando a opinião dos educandos e respeitando-os em seus questionamentos, é de suma importância a melhoria do aprendizado.

É comum os docentes proibirem a utilização de smartphones durante as aulas. E em época de WhatsApp, eles têm todo o motivo para isso. Porém, este projeto de intervenção resolveu, ao invés de proibir, utilizá-lo como ferramenta de pesquisa e obteve bons resultados. A dramatização também foi um recurso extremamente surpreendente. A alegria com que a turma apresentou as dramatizações foi espetacular. É uma forma de aprendizado muito boa. É como aprender na prática. Este é um recurso que deve ser mais utilizado, pois garante bons resultados. Os desafios existiram, pois os educandos do Ensino Médio não estão, ainda, acostumados com essa dinâmica, porém foi algo superado rapidamente e sem muitas dificuldades, por conta da própria eficácia que ele apresenta.

Explanar sobre Aristóteles, sua ética e aplicações práticas nos relacionamentos sociais ofereceu alguns desafios e também contribuições, como já foi dito, porém foi uma experiência extremamente satisfatória. É perceptível o brilho nos olhos dos educandos ao conhecer a vida e legado de Aristóteles. Talvez pensassem ser algo difícil e distante, mas perceberam que é simples, possível, acessível e extremamente útil para a vida. É importante que Aristóteles seja discutido de forma simples no Ensino Médio, aliás, a filosofia deve ser discutida de forma simples, pois isso tem um efeito encantador.

REFERÊNCIAS

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco; Poética; seleção de textos de José Américo Motta Pessanha. - 4. ed. - São Paulo : Nova Cultural, 1991. - (Os pensadores ; v. 2)

CAETANO VELOSO. Alexandre. Livro. São Paulo, Philips, 1997.

WIKIPÉDIA, a enciclopédia. https://pt.wikipedia.org/wiki/Teodoro Fernandes Sampaio, acessado em 24 de novembro de 2017.

FERRAZ, Carlos Adriano. Elementos de ética. Pelotas: NEPFil online, 2014. Acessado em 10/06/2018.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educative. São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura)

DAVIS, C. L. F.; OLIVEIRA, Z. M. R. de. Psicologia na Educação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1990. v. 1.

Professora leva tapa no rosto, tem óculos quebrados, cai no chão e sofre pontapés de aluna de 13 anos na Bahia. Bahia notícia. Disponível em: <https://g1.globo.com> Acessado em 10/06/2018. 


Publicado por: marcos dayvid dos reis galvão

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