PROPOSTA DE PLANO DE EMERGÊNCIA PARA UMA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS

índice

  1. 1. RESUMO
  2. 2. INTRODUÇÃO
    1. 2.1 Problemática
    2. 2.2 Objetivos
      1. 2.2.1 Objetivo Geral 
      2. 2.2.2 Objetivos Específicos
    3. 2.3 Justificativa
  3. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
    1. 3.1 Plano de Atendimento a Emergência e Análise de Riscos
    2. 3.2 Gestão de Emergências em Indústrias
    3. 3.3 Segurança no Ambiente Industrial, Legislações e Normas Regulamentadoras
    4. 3.4 Procedimentos de Abandono (Evacuação) e Primeiros Socorros, Simulações e Situações Reais
  4. 4. METODOLOGIA
    1. 4.1 Caracterização do Estudo
    2. 4.2 Etapas de Pesquisa
  5. 5. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS DADOS COLETADOS
    1. 5.1 Descrição da Empresa
    2. 5.2 O Processo
    3. 5.3 Análise dos Dados Internos
  6. 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
    1. 6.1 Finalidade
    2. 6.2 Descrição da Planta e Informações Gerais
      1. 6.2.1 Planta
      2. 6.2.2 Localização da empresa
      3. 6.2.3 Distância do Corpo de Bombeiros
      4. 6.2.4 Distância UPA e UBS:
      5. 6.2.5 Construção
      6. 6.2.6 Dimensões
      7. 6.2.7 Ocupações
      8. 6.2.8 População
      9. 6.2.9 Horário de Funcionamento
      10. 6.2.10 Riscos Existentes (APR)
      11. 6.2.11 Os possíveis riscos identificados nos mapas de risco e pela análise preliminar de risco foram:
      12. 6.2.12 Recursos Humanos
      13. 6.2.13 Recursos Materiais
    3. 6.3 Situações de Sinistros
      1. 6.3.1 Incêndio
      2. 6.3.2 Acidente com Pessoa
      3. 6.3.3 Abandono de Área
    4. 6.4 Níveis de Sinistro
    5. 6.5 Apoio Órgãos Externos
    6. 6.6 Alarme
      1. 6.6.1  Alerta
      2. 6.6.2 Comunicador
    7. 6.7 Primeiros Socorros
    8. 6.8 Eliminação dos Riscos
    9. 6.9 Pontos de Encontro
    10. 6.10 Rotas de Fuga
    11. 6.11 Equipe de Primeira Intervenção
    12. 6.12 Equipe de Segunda Intervenção
    13. 6.13 Isolamento de Área
    14. 6.14 Investigação do Sinistro
    15. 6.15 Simulados
    16. 6.16 Elaboração de ATA
    17. 6.17 Manutenção do Plano de Emergência
      1. 6.17.1 Reunião Ordinária (mensal)
      2. 6.17.2 Reunião Extraordinária
      3. 6.17.3 Revisão do Plano de Emergência Contra Incêndios
  7. 7. Conclusão
  8. 8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
  9. 9. Anexo I
  10. 10. Anexo II
  11. 11. Anexo III
  12. 12. Anexo IV
  13. 13. Anexo V
  14. 14. Anexo VI
  15. 15. Anexo VII
  16. 16. Anexo VIII
  17. 17. Anexo IX
  18. 18. Anexo X
  19. 19. APÊNDICE A - SIMULADO DO PAE PARA ABANDONO 2023
  20. 20. APÊNDICE B – CARTA DE AUTORIZAÇÃO
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1. RESUMO

GONÇALVES, Washington Oliveira. Proposta de plano de emergência para uma indústria de cosméticos. Trabalho de conclusão de curso. 51 f. – Especialização em Engenharia de Segurança no Trabalho. Goiânia, 2025.

A segurança do trabalho é um tema muito discutido em diversos setores industriais, sendo que, o plano de emergência é um dos temas mais relevantes. O plano reúne instruções que podem ser transmitidas em treinamentos e protocolos, com a premissa de aumentar a segurança e a capacidade de ação individual dos colaboradores em situações emergenciais. O PAE tem como finalidade conceder um ambiente mais seguro, capacitando os colaboradores a agirem de forma adequada em momentos críticos, aos quais o pânico tende a se instalar em locais que não possuem um treinamento adequado. Este trabalho foi desenvolvido em uma indústria de cosméticos que, até então, não possuía um PAE. Embora a empresa não execute atividades de risco, a falta deste plano pode aumentar as possibilidades de maiores danos a vida dos colaboradores e ao patrimônio da empresa. Além de atender às exigências legais, o PAE busca reduzir custos com acidentes e reforçar a imagem da empresa, fortalecendo seu compromisso com a segurança dos envolvidos. O objetivo geral deste estudo é propor um PAE para a empresa Biocap. Os objetivos específicos incluem definir um roteiro para a elaboração do PAE, bem como desenvolver fichas de instrução e avaliação. A pesquisa caracteriza-se como um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, realizado por meio de revisão de literatura e pesquisa-ação. Um ponto principal durante a realização do trabalho foi notar o quão necessário é a utilização de um PAE estruturado, pois, o estudo e aplicação abre novos caminhos para se alcançar maiores garantias de segurança dos colaboradores e conformidade com as questões legais. O objetivo principal, que consistia na formulação da proposta do plano de emergência e elaboração das fichas mencionadas, foi alcançado. No entanto, não foi possível realizar o simulado de evacuação devido a obras externas. Ficou como sugestão futura a realização de simulações específicas, como casos de engasgo e atuação da brigada, além de melhorias/investimentos no sistema interno de alarme.

Palavras-chave: Segurança no trabalho, Plano de emergência, Indústria de cosméticos.

2. INTRODUÇÃO

A proposta do plano de emergência para a indústria de cosméticos Biocap aborda sobre as instruções básicas que podem ser passadas em treinamentos e protocolos, de modo que aumente a segurança e a ação individual dos colaboradores em casos de emergência.

A segurança do trabalho é um tema muito discutido em vários setores industriais, sendo de fundamental relevância para a proteção dos colaboradores e a integridade dos processos realizados por eles. Em ambientes industriais, como o de fabricação de cosméticos, a segurança se torna ainda mais importante, dado o uso de substâncias químicas, processos industriais com riscos e a necessidade de cumprir normas rigorosas de segurança e saúde no trabalho (Filho; Andrade; Marinho, 2013).

O plano de emergência aparece como uma ferramenta importante para responder e prevenir as situações perigosas, como incêndios, vazamentos de substâncias químicas e/ou gás, acidentes com máquinas ou eventos que possam comprometer a integridade dos colaboradores ou a operação da empresa em si e a qualidade dos produtos. Nas indústrias de cosméticos, onde é comum a manipulação de matérias-primas ativas e realização de manejo com ingredientes de alto calor, a implantação de um plano de emergência bem definido é crucial para garantir a rápida resposta a qualquer incidente, evitando danos à saúde dos colaboradores e à continuidade das operações.

Além disso, a implementação de um plano de emergência eficaz contribui para o cumprimento das normas regulamentadoras de segurança, diminui os custos com acidentes de trabalho, minimiza o impacto de interrupções no processo produtivo e melhora a imagem da empresa perante a sociedade e os órgãos fiscalizadores (Koschek; Wolfart; Polacinski, 2012).

A proposta deste trabalho visa apresentar um plano de emergência adaptado às especificidades da indústria de cosméticos Biocap, considerando as particularidades do setor e os desafios que a empresa enfrenta no gerenciamento de riscos e na proteção dos seus colaboradores.

A concentração dos esforços deste trabalho está na problemática de utilizar ferramentas e mecanismos que auxiliem na busca pelo aumento da segurança dos colaboradores e no patrimônio em geral da empresa (equipamentos/ linhas de produção e produtos).

Nesta indústria de cosméticos se faz necessário um estudo com propósito de utilizar as ferramentas mais adequadas que outros setores do mesmo ramo utilizam, de forma que a aplicação na indústria traga resultados positivos. Com a finalidade de definir as prováveis instruções necessárias o estudo será feito de modo que aprimore, melhore ou inove o plano atual, aumentando assim, a segurança e integridade dos colaboradores.

O trabalho traz as definições do plano de emergência bem como todas as etapas necessárias para se aplicar o mesmo, buscando a melhor definição para o plano a partir de referências de artigos de situações semelhantes.

2.1. Problemática

Devido a infinidade de catástrofes naturais e acidentes industriais que estamos suscetíveis e expostos, a falta de um plano de ação a emergência bem definido é um risco ainda maior para os colaboradores em geral pois sem um plano bem definido todos ficam mais vulneráveis a estes sinistros. Neste sentido, as empresas devem ter a missão de apresentar uma estrutura bem definida para gerenciar os riscos e executar os planos de emergência de forma a garantir uma resposta rápida a algum evento inesperado.

A Biocap não possuía um PAE estruturado e em execução constantemente, o que é a realidade de outras empresas de pequeno e médio porte. É necessária uma melhor disseminação do conceito do PAE para que as organizações tenham consciência da importância de uma melhor gestão de riscos.

2.2. Objetivos

2.2.1. Objetivo Geral 

O presente trabalho tem por objetivo propor um plano de emergência para a indústria de cosmeticos Biocap.

2.2.2. Objetivos Específicos

  • Definir roteiro com os passos para a elaboração do plano de emergência;
  • Elaborar fichas de instruções para emergências de cada departamento identificado, a fim de orientá-los em caso de emergências.
  • Elaborar ficha de avaliação para exercícios simulados.
  • Elaborar ficha de avaliação para atuação dos brigadistas e colaboradores.

No cenário atual com a crescente demanda pela saúde do colaborador e a inclusão de combate aos assédios e saúde emocional como responsabilidade das empresas, elas precisam se reestruturar para se adequar as normas vigentes. Mediante a isto, para manter uma boa imagem no mercado e garantir a segurança e saúde dos colaboradores o plano de emergência é o caminho para solucionar esta demanda.

O plano de emergência permite obter um nível alto de segurança dos colaboradores e manter uma boa imagem perante o mercado?

O presente trabalho tem proposito exploratório descritivo, com abordagem qualitativa e o procedimento utilizado é a pesquisa-ação. A pesquisa inclui-se no campo das ciências sociais aplicadas.

Com a intenção de responder a cada um dos objetivos (gerais e específicos) a direção metodológica demandou uma seleção e revisão da literatura, além das análises dos documentos internos, do qual culminou o resultado parcial neste artigo científico, que mostra os resultados da revisão bibliográfica e a consulta documental na visão normativa associada ao Plano de emergência. É apresentado o resumo da seleção e análise dos documentos internos e externos como leis, normas, decretos e regulamentações que mostram as diretrizes e obrigatoriedades do plano de emergência (PE).

O trabalho inicia com a introdução, onde começa a entrar no assunto de plano de emergência e sobre a necessidade de se aplicar na indústria, trazendo os objetivos à tona, levantando a problemática e abordando a hipótese. Já no Capítulo 2 vem a fundamentação teórica que busca definições de outras autorias sobre os temas de prevenção a emergências, expondo as ferramentas aplicadas ao processo e seus propósitos. O Capítulo 3 vem com a metodologia onde explica qual método foi utilizado para a elaboração desse projeto de pesquisa, bem como os detalhes de como foi feito. O Capítulo 4 é a análise e avaliação dos dados coletados, no qual tem a apresentação da empresa e as análises obtidas através dos dados coletados. Já no capítulo 5 é o PAE em si ja elaborado e estruturado. Por último tem-se a conclusão onde expõe o resultado obtido da proposta do plano de emergência, por fim é apresentado o referencial, que é de onde foi retirado o conteúdo bibliográfico para compor essa pesquisa cientifica.

2.3. Justificativa

As emergências, frequentemente, acontecem de forma imprevista e a falta de treinamento e conhecimento, além do desespero que acomete as pessoas em situações de gravidade, fazem com que elas evoluam rapidamente, provocando consequências indesejáveis (Araújo, 2012).

É notório que em geral as organizações não dispõem de um plano de atendimento a emergência (PAE) formalmente desenvolvido para a aplicação da sua realidade.

O corpo de bombeiros realiza as fiscalizações nas organizações de modo geral em alguns itens da legislação. No entanto existem em todo o estado, outras organizações que possuem um sistema preventivo de incêndio baseado em legislações antigas que se forem comparadas com o exigido atualmente seria de eficiência extremamente baixa.

Outras instituições públicas além do CBM como a delegacia regional do trabalho (DRT) vinculada ao MTE “ministério do trabalho e emprego” e o CREA “conselho regional de arquitetura e agronomia” dispõe de direitos legais para fiscalização. No que tange a delegacia regional do trabalho, a fiscalização da NR 23, que fala sobre proteção contra incêndios, fica somente a nível de inspeção de extintores de incêndio e hidrantes. O CREA, no entanto, requer que as novas edificações utilizem como base a legislação vigente em relação a projeto preventivo, porém não tem clausulas especificas sobre as edificações antigas que não adequaram e atualizaram seu projeto preventivo de incêndio.

Um plano de emergência em conjunto com um sistema preventivo de combate ao incêndio compõe uma estrutura para reduzir ou mitigar os impactos nas vidas das pessoas em casos de desastres naturais, em sinistros e acidentes de operação. Inicialmente o plano de emergência em sua metodologia analisa quais os riscos a empresa têm probabilidade de ocorrer. Analisa todas as hipóteses de ocorrências tanto de riscos quanto de catástrofes naturais, a organização fica na responsabilidade de executar variadas simulações de atividades do PAE.

Todo e qualquer processo ou atividade está à mercê de situações de emergência (Faria, 2011); deste modo, o quanto inicialmente antes estas situações forem identificadas pela organização, as pessoas afetadas poderão agir e minimizar os possíveis danos tanto as vidas sejam elas colaboradores, clientes ou fornecedores quanto ao patrimônio sendo eles equipamentos, produtos e reputação no mercado.

A necessidade de previsão dos possíveis cenários de emergência que a organização está suscetível e que a qualquer instante pode ocorrer, instigaram o objetivo deste artigo: elaborar um PAE que servirá como uma das ferramentas a serem utilizadas pela indústria para dar assistência e fazer a diferença em situações de emergência, reduzindo prejuízos e salvando vidas.

Vale reforçar que somente a elaboração do PAE não é confirmação de sucesso para reduzir as emergências; é necessário um treinamento e conscientização contínuas para que cada um saiba o que fazer e o que não fazer em decorrência de algum sinistro.

O plano de emergência aqui proposto, ficara sob a disposição da organização e será de responsabilidade do seu representante legal, caberá ao responsável pela área de segurança do trabalho/ Presidente da CIPA ou Brigada colocá-lo em prática e realizar futuras atualizações.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica foi realizada através de consultas e pesquisas nas bases de dados online, sendo elas Google Scholar, SciELO, Pubmed, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, livros, artigos e legislações na Internet, além de análise de documentos internos da empresa demonstrando dados e normativas das atividades desenvolvidas no ambiente nos últimos 4 anos (janeiro de 2021 a março de 2025).

Foram utilizadas as palavras-chave como “plano de atendimento a emergência (PAE)”, “brigada de incêndio” e “normas industriais”, com produções científicas publicadas no período do ano de 2005 a 2025. As consultas às bases de dados foram realizadas no período de dezembro de 2024 a março de 2025.

Baseando nos dados levantados por meio da fundamentação teórica e com os fornecidos pela Biocap, foi feito a proposta do plano de emergência para ela.

3.1. Plano de Atendimento a Emergência e Análise de Riscos

Todas as organizações estão suscetíveis a situações de emergência, e qual a melhor definição de emergência?

"Emergência: Ocorrência de perigo, situação crítica; incidente, imprevisto: saída de emergência; em caso de emergência, puxe a alavanca." (Ferreira, 2023).

Segundo a ABNT (2005), na NBR 15219 de 2005 apresenta emergência como: “Situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio, gerando um dano continuado que obriga a uma imediata intervenção operacional”.

O PAE Plano de atendimento a emergência é um conjunto bem definido de estratégias e procedimentos que visa a segurança e saúde de vidas e a diminuição dos danos nas situações de emergência. Esse plano engloba vários tipos de cenários possíveis, capacitando a empresa para agir de forma organizada e eficiente em diferentes tipos de situações críticas (Mendes et al.,2011).

Segundo Souza et al. (2023) notoriamente a introdução de um plano de emergência nada mais é do que uma declaração da empresa sobre a sua política interna a respeito do planejamento de atendimento as emergências. O desenvolvimento e a execução do plano de emergência em qualquer organização é fruto de um esforço coletivo, portanto, o atendimento as emergências devem ser vistas como uma tarefa coletiva também, pois o trabalho em equipe bem definido e orientado pelo PAE são o melhor caminho para a segurança da organização.

Conforme a ABNT (2006) na NBR 14276, a brigada de emergência tem o dever atuar de acordo com o plano de emergência contra incêndio da planta, que deve estar em conformidade com a ABNT NBR 15219 (2005).

De acordo com Barroca (2018) quando se pensa em plano de emergência, tem-se a ideia de que algum sinistro tem a possibilidade de ocorrer, sendo ela de maneira natural sem a interferência humana ou causado pelo ser humano, o que pode resultar em danos ambientais, físicos, econômicos e pode sujar o nome da empresa no mercado. Mediante a isso nota se a importância de se precaver no quesito a estas situações e estudar maneiras e realizar treinamentos de modo a estar preparado para responder as emergências caso elas ocorram para evitar danos maiores.

A análise de riscos é uma ferramenta fundamental para a elaboração de um plano de emergência eficiente. Ela permite avaliar e priorizar os riscos que podem afetar as operações de uma indústria. Segundo Brasil (2020), a análise de riscos deve ser contínua e considerar todos os fatores sendo eles internos, como falhas nos procedimentos ou externos, como catástrofes naturais. Após essa análise, deve-se elaborar um plano de emergência bem detalhado, com todos os protocolos específicos para cada tipo de risco identificado.

Segundo a ABNT ISO 31000 (2018):

“Gerenciar riscos é iterativo e auxilia as organizações no estabelecimento de estratégias, no alcance de objetivos e na tomada de decisões fundamentadas. Gerenciar riscos é parte da governança e liderança, e é fundamental para a maneira como a organização é gerenciada em todos os níveis. Isto contribui para a melhoria dos sistemas de gestão. Gerenciar riscos é parte de todas as atividades associadas com uma organização e inclui interação com as partes interessadas.”

3.2. Gestão de Emergências em Indústrias

A gestão de emergências engloba o desenvolvimento de estratégias para prevenir e mitigar os incidentes inesperados que podem afetar a segurança e a integridade de pessoas e patrimônio. Conforme Mendes et al. (2011), a gestão de emergências é considerada um conjunto de ações planejadas e treinadas, visando diminuir os impactos de eventos adversos. Nos contextos industriais, a gestão de emergências precisa de um planejamento detalhado, com simulações periódicas e a atualização de protocolos à medida que novos riscos surgem.

O gerenciamento das emergências engloba, especificamente, as medidas de respostas e prevenção. É dever das empresas controlarem os resultados de uma emergência. É necessário que elas utilizem os recursos próprios para implementar e fazer avaliações nos procedimentos efetivados Souza et al. (2023).

Para a BRASIL (2017):

“O processo de planejamento de emergência de proteção civil é o processo pelo qual se estabelecem, testam e colocam em prática as medidas, normas, procedimentos e missões destinadas a serem aplicadas numa situação de acidente grave ou catástrofe. Tipicamente, tal processo pode subdividir-se em quatro etapas: Elaboração, aprovação, validação e revisão”.

3.3. Segurança no Ambiente Industrial, Legislações e Normas Regulamentadoras

Nas indústrias a segurança é um aspecto importante e crucial, especialmente no setor de cosméticos, onde matérias primas químicas e processos complexos podem representar riscos à saúde dos trabalhadores e à integridade das instalações. Segundo Oliveira e Oliveira (2008), a segurança industrial engloba um conjunto de normas, estratégias e treinamentos contínuos que visam garantir que os processos produtivos sejam realizados de maneira segura, evitando e prevenindo acidentes e possíveis impactos ambientais. A implantação de sistemas de segurança deve ser contínua, incluindo a formação de funcionários (CIPAA ou Brigada de emergência), inspeções regulares (Check-list dos equipamentos de segurança), treinamentos e simulações (evacuação e primeiros socorros).

As Normas Regulamentadoras (NRs) são de caráter obrigatório pelas empresas e pelos órgãos públicos, que possuam empregados no regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Estas normas estabelecem a importância, funções e competência da Delegacia Regional do Trabalho (Koschek; Wolfart; Polacinski, 2012).

“Em se tratando de fabricação de cosméticos, as principais Normas Regulamentadoras, ligadas à saúde e segurança do trabalho vigentes no Brasil, são as NR´s 12, 15, 17, 23 e 24” (Bunn, 2017, P.38).

A organização em si tem a sua contribuição na garantia da segurança no ambiente industrial, ficando sob sua responsabilidade repassar aos colaboradores informações pertinentes a segurança, conforme a NR 23:

A organização deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:

a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;

b) procedimentos de resposta aos cenários de emergências e para evacuação dos locais de trabalho com segurança; e

c) dispositivos de alarme existentes.

(BRASIL, 2021)

A indústria de cosméticos é altamente regulamentada, pois seus produtos podem ter efeitos diretos na saúde e bem-estar dos clientes. No Brasil segue normas da ANVISA e da ABNT (Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Associação Brasileira de Normas Técnicas respectivamente) para garantir a segurança e qualidade dos cosméticos. Segundo Agenciabrasil (2025), as indústrias de cosméticos devem cumprir rigorosamente as regulamentações locais (e internacionais nos casos de exportação) para garantir que seus produtos não mostrem riscos à saúde da população. As exigências incluem a adequação dos processos de fabricação as normas vigentes, armazenamento e distribuição conforme os previstos em boas práticas de fabricação.

Ainda de acordo com a NR 23 (BRASIL, 2021), todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção e combate aos incêndios, em conformidade com as normas técnicas e as legislações estaduais. Deste modo, caracteriza a importância da implantação de uma brigada de incêndio em prol da qualidade e respeito à vida dos funcionários.

3.4. Procedimentos de Abandono (Evacuação) e Primeiros Socorros, Simulações e Situações Reais

Os procedimentos de evacuação ou abandono são essenciais para a proteção e segurança dos trabalhadores e visitantes em caso de emergências. Segundo Souza et al. (2023) em situações de emergência, a rapidez e a organização da evacuação podem ser fatores de real importância salvar a maior quantidade de vidas. A implementação de procedimentos claros e treinamento adequado e contínuo são indispensáveis para garantir que todos saibam como agir em situações de risco, diminuindo os danos e facilitando o trabalho das equipes de resgate.

Sobre os primeiros socorros o corpo de bombeiros militar do estado de goiás diz o dever de Goiás (2014):

“Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou restabelecendo suas funções vitais com SBV (Suporte Básico da Vida) e RCP (Reanimação Cardiopulmonar) até que se obtenha o socorro especializado”.

Estabelece ainda que o atendimento a vítima seja em uma área externa, longe do local do sinistro e que seja em uma área segura para a vítima e para o socorrista. Ao chegar o atendimento especializado o socorrista deverá informar os procedimentos realizados com a vítima.

De acordo com o Goiás (2014) ao identificar uma emergência deve-se tomar ciência da situação, caso necessário acionar o alarme e realizar o abandono da área. A distância de segurança conforme indicado pelo CBMGO é de no mínimo 100 metros do local do sinistro. Para exercícios simulados de evacuação/ abandono o corpo de bombeiros de Goiás estabelece o dever de realizar pelo menos um exercício simulado a cada 6 meses e estabelece que logo após a simulação, a equipe da brigada faça uma reunião extraordinária para avaliar e corrigir as falhas ocorridas, reunião esta que deve ser relatado em ata os seguintes pontos: Horário do evento; Tempo gasto no abandono; Tempo gasto no retorno; Tempo gasto no atendimento de primeiros socorros; Atuação da brigada; Comportamento da população; Participação do Corpo de Bombeiros Militar e tempo gasto para sua chegada; Ajuda externa (Plano de Auxílio Mútuo –PAM); Falhas de equipamentos; Falhas operacionais; Demais problemas levantados na reunião.

4. METODOLOGIA

A metodologia científica em suas várias definições podem ser intituladas como o conjunto de métodos, estudos e ferramentas utilizados para a estruturação, criação e elaboração de uma pesquisa científica. Em outros termos, ela engloba os procedimentos e técnicas aplicados no processo de desenvolvimento e investigação de uma produção científica (Simoni; Bittencourt; Possomato, 2021).

A metodologia deste trabalho de conclusão de curso foi desenvolvida para elaborar e propor um plano de emergência para uma indústria de cosméticos. Inicialmente, foi realizado um levantamento bibliográfico com livros, artigos, legislações e documentos da empresa, que embasaram a definição e importância do conceito de plano de emergência e requisitos legais.

4.1. Caracterização do Estudo

O presente trabalho é caracterizado como estudo exploratório-descritivo com abordagem metodológica qualitativa realizado por meio de revisão de literatura e pesquisa-ação.

A pesquisa qualitativa é um termo que define várias metodologias de investigação. Esses métodos têm um tom naturalista, o que significa que o pesquisador realiza o estudo diretamente no local onde o fenômeno ocorre, em outras palavras, no próprio campo de pesquisa (Simoni; Bittencourt; Possomato, 2021). A análise teórica incluiu temas como Gestão de Risco e Emergência, fornecendo o alicerce para a criação do plano de emergência.

Quanto à sua finalidade, este trabalho é caracterizado como aplicado, pois, segundo Via carreira (2025), O objetivo da pesquisa aplicada é gerar novos conhecimentos por meio de sua aplicação prática, visando encontrar soluções para problemas específicos.

A seguir, foi selecionada a empresa BIOCAP, localizada em Trindade-Goiás, com mais de 48 anos no mercado e 129 colaboradores. A indústria não possuía Plano de atendimento a emergência, sendo necessário desenvolver.

A análise dos riscos foi feita utilizando a ferramenta Análise Preliminar de Risco (APR), que permitiu classificar os riscos e elaborar procedimentos de emergência específicos. A proposta de plano de emergência foi desenvolvida com base nos dados coletados durante a revisão bibliográfica, na documentação da empresa e nos resultados da APR.

Antes de elaborar o plano, foi realizada uma análise detalhada dos riscos, priorizando aqueles de maior potencial de impacto, para então estruturar um plano eficaz e adequado à realidade da empresa.

4.2. Etapas de Pesquisa

A empresa objeto do estudo, localizada em Goiás e atuante no ramo de cosméticos, não possuía um Plano de Ação de Emergência (PAE), o que representava um risco considerável para a segurança dos colaboradores, do patrimônio e do meio ambiente. Diante dessa lacuna, surgiu a necessidade urgente de desenvolver um PAE do início, com base nas exigências legais e nos riscos específicos da atividade industrial. Para tanto, foi realizada uma análise preliminar de riscos (APR), a fim de identificar os principais perigos e vulnerabilidades presentes na operação da empresa. Além disso, foram utilizadas planilhas e tabelas fornecidas pelo Corpo de Bombeiros de Goiás para garantir que o plano atendesse às normativas estaduais e proporcionasse uma resposta eficaz em situações emergenciais.

O estudo iniciou-se por meio da necessidade de a empresa estar de acordo com as normas vigentes e pela necessidade de garantir um ambiente seguro para os colaboradores com a elaboração do plano de atendimento a emergência, treinamentos e simulados.

A importância do PAE é para toda e qualquer indústria, com destaque para aquelas que lidam com produtos químicos e processos de fabricação perigosos. Este plano de emergência não só diminui os danos e riscos em casos de emergências, como também garante a proteção dos trabalhadores e a integridade dos processos industriais. Um PAE bem elaborado contribui para a conformidade legal e é um fator decisivo para evitar multas além de contribuir com a imagem da empresa perante órgãos reguladores e a sociedade. A elaboração do PAE, todavia, vai além de uma exigência legal, sendo uma iniciativa crucial para garantir a continuidade das operações de forma segura. Com a coleta e análise das informações coletadas, foi possível criar um plano adaptado à realidade da Biocap em Goiás, contemplando todas as etapas de prevenção e resposta a emergências, de acordo com as diretrizes do Corpo de Bombeiros e as especificidades do ambiente de trabalho.

5. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS DADOS COLETADOS

O presente capítulo apresenta a descrição das principais características da empresa estudada. Aborda-se também a aplicação do plano de atendimento a emergência. Foram coletados dados de dezembro 2024 a março de 2025. O autor do trabalho trabalha na empresa Biocap desde julho de 2014 e foi presidente da brigada de emergência por 3 anos (agosto de 2021 a julho de 2023 e agosto de 2024 a julho de 2025, Atual) e teve outras participações na brigada sem assumir a direção. De agosto de 2023 a julho de 2024 outra pessoa ficou na presidência, devido a todo esse tempo na direção da brigada, foi coletado também o histórico de melhorias feitas na gestão da brigada bem como a algumas imagens da simulação de abandono de março de 2023 (no período 2024-atual não foi realizado simulação de abandono devido a obras internas e externas que prejudicariam a experiencia do simulado). 

Durante todo o período de coleta e análise de dados foi possível notar o quão necessário é a utilização de um PAE estruturado, pois, o estudo e aplicação abre novos caminhos para se alcançar maiores garantias de segurança e bem-estar dos colaboradores e conformidade com as questões legais.

Os dados da empresa foram coletados através de históricos em planilhas e gravações das câmeras internas onde foi possível avaliar a simulação de abandono. Através das informações obtidas, foi possível fazer a proposta do PAE para compor este trabalho/estudo.

5.1. Descrição da Empresa

A pesquisa-ação foi realizado na empresa Biocap, localizada em Trindade (GO). A empresa teve seu início no ano de 1976 em Goiânia onde foi fundada, começou com as atividades no ramo de produtos farmacêuticos. Ao decorrer dos anos, e com a mudança na gestão interna, a empresa migrou do ramo farmacêutico e se converteu para a área de cosmeticos.

A empresa não realiza testes em animais e os seus produtos são submetidos a testes de segurança e eficácia, conforme a legislação da ANVISA.

5.2. O Processo

A operação da empresa Biocap inicia com a entrada de matérias primas e insumos no almoxarifado, onde é realizado os testes de qualidade para ver se os mesmos estão dentro dos parâmetros. Logos após as matérias primas seguem para a pesagem e os insumos seguem para o kambam. Na pesagem as matérias primas são pesadas e separadas de acordo com a ordem de produção, simultaneamente o kambam separa os insumos de acordo com a OP. A pesagem envia as matérias primas para a manipulação onde será feito o produto para logo em seguida serem feitos testes de qualidade e envasados na produção. Após o envase do produto, ele é rotulado, codificado, encaixotado e liberado para o estoque. No estoque o produto fica armazenado até que entre pedidos do cliente para ser expedido pela logística. A logística organiza a coleta com as transportadoras até que o produto chegue ao destino final. Ainda na Biocap temos os setores administrativos que ficam na mesma planta, sendo eles: Departamento financeiro/contabilidade, Departamento pessoal, RH, TI, Diretoria industrial, Diretoria comercial, Recepção, Controle da qualidade, Garantia da Qualidade, Laboratório, PCP e manutenção. Os setores de manipulação, controle de qualidade e laboratório ficam no segundo andar da planta.

Figura 1 - Fluxograma da operação de produção atual.

Fonte: O Autor (2021).

5.3. Análise dos Dados Internos

A primeira etapa foi o levantamento dos documentos existentes, sendo eles check list de inspeção extintores e hidrantes, e, planilha de controle dos mesmos, com verificação de validade (para facilitar a identificação de quando solicitar recargas para os extintores e teste hidrostático para os hidrantes).

A empresa possui um total de 40 extintores, o check list e a planilha de controle segue o mesmo padrão das figuras abaixo para o restante dos extintores.

Este check list era impresso e preenchido a caneta mensalmente pelos brigadistas da empresa.

Figura 2 – Check list-Inspeção de extintores.

Fonte: O Autor, adaptado (2021).

A planilha de controle de recarga de extintores muda de cor (vermelho) quando o extintor está próximo da data de recarga, facilitando a visualização. A planilha segue o mesmo padrão para os 40 extintores.

Figura 3 – Planilha de controle de recarga de extintores.

Fonte: O Autor, adaptado (2021).

A empresa possui um total de 13 hidrantes, o check list segue o mesmo padrão da figura abaixo para o restante dos hidrantes.

Este check list era impresso e preenchido a caneta mensalmente pelos brigadistas da empresa.

Figura 4 – Inspeção de hidrantes e rotas de fuga.

Fonte: O Autor, adaptado (2021).

A planilha de controle dos hidrantes muda de cor (vermelho) quando o hidrante está próximo da data de realizar o teste hidrostático, facilitando a visualização. A planilha segue o mesmo padrão para os 13 hidrantes.

Figura 5 – Planilha de controle de hidrantes.

Fonte: O Autor, adaptado (2021).

Durante a elaboração do trabalho, foi proposto e desenvolvido pelo autor uma nova forma de check list, utilizando ferramenta online (Google forms juntamente com o google planilhas), sendo possível deixar de realizar o check list com papel e caneta, e utilizando apenas o próprio smartphone.

O check lis via google forms engloba todo o modelo antigo, ou seja, no forms são 54 perguntas que contemplam cada um dos extintores, hidrantes e rotas de fuga, não sendo necessário preencher dois check list, apenas um.

O relatório final é somente um e contempla todos os itens, conforme a figura 7 e figura 8.

Figura 6 – Novo modelo de check list extintores, hidrantes e rotas de fuga.

Fonte: O Autor (2025).

Figura 7 – Relatório final do novo check list página 1.

Fonte: O Autor (2025).

Figura 8 – Relatório final do novo check list página 2.

Fonte: O Autor (2025).

Foi levantado com o responsável pela infraestrutura o projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico, conforme a figura abaixo

Figura 9 – Projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico.

Fonte: o Autor, Documento interno Biocap, adaptado (2024).

Foi proposto também pelo presidente da brigada e autor deste trabalho três arquivos em powerpoint, contendo conteúdo de segurança e prevenção de emergência, abordando os temas de: combate ao princípio de incêndio (suas classes e tipos de extintores); primeiros socorros e suporte básico da vida e evacuação e abandono da planta. Foi definido também que em cada reunião ordinária seria repassado uma “reciclagem” do nosso treinamento, ou seja, seria passado esse conteúdo em reuniões para que o aprendizado fixe nos brigadistas e que todos saibam atuar quando houver a necessidade.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1. Finalidade

O Plano de Emergência tem como objetivo responder a toda e qualquer situação adversa que possa resultar em vítimas ou danos materiais na Biocap. As ações planejadas têm como princípio minimizar os danos e proteger a vida dos funcionários.

Em caso de emergência, todos os setores e departamentos da fábrica devem abandonar o edifício o mais rápido possível. Os funcionários devem seguir as rotas de fuga conforme orientadas pelos brigadistas da área para garantir a segurança pessoal e evitar riscos maiores.

6.2. Descrição da Planta e Informações Gerais

6.2.1. Planta

Industrial – Edifício constituído de: Guarita, Almoxarifado, Laboratório/ Manipulação, Etiquetagem/ Kambam/ Retém/ Pesagem, Envase/ Produção/ DL/ DML, Manutenção, Controle da Qualidade/ Gerência/ PCP/ Compras, Logística/ Expedição/ Devolução, Recepção/ Departamento Pessoal/ Ti/ Financeiro/ Diretoria/ RH/ Copa/ Tenda, Garagem, ETE, Tanque de Gás/ Caldeira/ Reservatórios de Matérias Primas/ Sanitários.

6.2.2. Localização da empresa

Localização urbana na cidade de Trindade Goiás, a sua vizinhança é um bairro residencial com média densidade populacional, composto por: casas, igrejas e comércios com alturas e dimensões diversas, tem baixo fluxo de veículos em suas redondezas com exceção da Avenida Tiradentes que tem médio fluxo de veículos.

Figura 10 – Vista superior da indústria via satélite.

Fonte: o Autor, Google Maps (2025).

6.2.3. Distância do Corpo de Bombeiros

  • 1º Destacamento Bombeiro Militar – Trindade/Região Leste, ± 6,3 Km, Rodovia GO-060, km 10, Parque dos Romeiros, CEP 75383-332 -Trindade-GO, previsão de tempo de deslocamento de ± 8 minutos. Telefones: (62) 3505-1153 e (62) 3505-3369. Ou 193.
  • 15º Batalhão Bombeiro Militar – 15º BBM – Trindade, 11,4 Km, Avenida Manoel Monteiro esquina com Rua da Pecuária, Jardim Salvador – Trindade-GO – CEP 75388-478, previsão de tempo de deslocamento de 15 minutos. Telefones: (62) 3505-1153 e (62) 3505-3369. Ou 193.

6.2.4. Distância UPA e UBS:

  • UPA - Unidade de Pronto Atendimento, Av. Tiradentes - St. Soares, Trindade - GO, 75380-000, 800 metros, previsão de tempo de deslocamento de 2 minutos.
  • UBS (Unidade Básica de Saúde) 330 Jardim Califórnia, R. do Bacuri - Jardim California, Trindade - GO, 75380-000, 1,9 Km, previsão de tempo de deslocamento 4 minutos.

6.2.5. Construção

A empresa tem sua estrutura de Alvenaria, concreto armado e internamente com divisórias de madeira/ PVC, ainda internamente possui estruturas metálicas e porta paletes.

6.2.6. Dimensões

A área do terreno da empresa tem: 11.010,52m², já de área construída são 5.935,83m². As áreas dos pavimentos são com dimensões variadas. A altura do galpão é de 23m no ponto maior.

Número de Pavimentos e divisões (legenda conforme anexo I): C1 – Departamentos Gerais, 11 – D1, 3 – D3, 1 – D4, 1 – E1, 3 – F7, 1 – F8, 1 – G2, 1 – G4, 3 – I1, 7 – J2, 3 – M2 e 3 – M4.

6.2.7. Ocupações

C1 – Armarinhos (Departamentos Gerais);

D1 – Escritórios administrativos ou técnicos (Departamento Administrativo, Manutenção, PCP/Garantia da Qualidade, Retem, Etiquetagem/Kambam, Pesagem, Laboratório, Logística, Almoxarifado);

D3 – Lavanderias e assistência técnica (DL, DML e Manutenção);

D4 – Laboratórios químicos (Laboratório);

E1 – Escolas (Sala de Treinamento);

F7 – Eventos temporários com concentração de público (Salas de Treinamento, Reunião e Tenda);

F8 – Refeitórios, cantinas e assemelhados (Copa).

G2 – Garagem com acesso de público e sem abastecimento (Diretoria).

G4 – Garagens de veículos de carga e coletivos (Embarque e desembarque almoxarifado e logística).

I1 – Atividades que manipulem materiais com baixo risco de incêndio, tais como fábricas em geral (Almoxarifado, Pesagem, Manipulação).

J2 – Depósitos (Estoques: Almoxarifado, Kambam, Retem, Pesagem, KIT, Quarentena, Logística).

M2 – Edificação destinada a produção, manipulação, armazenamento e distribuição de líquidos (Almoxarifado, Pesagem, Manipulação).

M4 – Locais em construção ou demolição e assemelhados (Sala diretoria, Ao Lado da Copa, Banheiro Especial).

6.2.8. População

População Fixa (aquela que permanece regularmente na planta, considerando-se os turnos de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros nestas condições): 129.

População Flutuante (aquela que não permanece regularmente na planta, considerando o número máximo de pessoas previstas em projetos, procedimentos e/ou período de atividade e ocupação): 21.

Colaboradores que realizam serviços terceirizados: 7.

Atualmente a empresa possui 3 pessoas com deficiência.

6.2.9. Horário de Funcionamento

A empresa funciona de segunda-feira a Sexta-feira das 07:00 às 18:00. Sábados e feriados mediante a acordo com os colaboradores.

6.2.10. Riscos Existentes (APR)

6.2.11. Os possíveis riscos identificados nos mapas de risco e pela análise preliminar de risco foram:

Figura 11 – Tabela de análise preliminar de riscos.

Fonte: o Autor (2025).

6.2.12. Recursos Humanos

A disposição da empresa tem se os seguintes recursos humanos:

  • Brigada de Incêndio
  • CIPAA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio)

6.2.13. Recursos Materiais

Extintores de incêndio portáteis (Água, Pó Químico BC e Gás Carbônico CO2), sistemas de hidrantes, iluminação de emergência, alarme de incêndio, saídas de emergência e sinalização de placas fotoluminescente, além dos equipamentos de primeiros socorros como maca, colar cervical e caixa de primeiros socorros.

6.3. Situações de Sinistros

Trata-se de qualquer evento que possa comprometer a integridade física dos colaboradores, terceirizados, visitantes, bem como das instalações e do patrimônio da empresa. Exemplos incluem incêndios, explosões, vazamentos de gases ou líquidos inflamáveis, desabamentos, vendavais, tempestades ou ações de vandalismo.

6.3.1. Incêndio

Incêndios iniciais ou de pequena proporção (Nível P) devem ser enfrentados imediatamente pelo responsável (seja brigadista ou não), utilizando os equipamentos disponíveis no local, como extintores, até que a situação esteja sob controle.

Caso o incêndio se alastre e atinja uma proporção maior (Nível M), com risco de atingir áreas próximas, a Brigada de Incêndio deve ser acionada sem demora, seja por meio do sistema de Alarme de Incêndio ou por ligação telefônica. A Brigada, com sua equipe e equipamentos, assumirá o controle da situação. Se o fogo não puder ser contido e se aproximar do Nível G, mesmo com os esforços da Brigada, o Corpo de Bombeiros deve ser chamado imediatamente pelo número 193.

Já nos casos de incêndios nos níveis P ou M, o uso de extintores portáteis normalmente é suficiente para controlar o sinistro. Porém, em casos de incêndios maiores de Nível G por exemplo, onde os extintores não são eficazes, é de fundamental importância interromper o fornecimento de energia e remover matérias primas inflamáveis, como gases ou líquidos, da área afetada. Também, deve-se instalar linhas de mangueiras do hidrante para combater o fogo e realizar o resfriamento das áreas que ainda não foram atingidas pelo fogo.

6.3.2. Acidente com Pessoa

Em casos de acidente com vítimas, a Brigada de Incêndio deve agir de forma imediata. O membro da Brigada mais próximo será responsável pelo atendimento inicial até a chegada da equipe do SAMU (192), que assumirá a coordenação da situação mediante a informações repassadas pelo brigadista sobre as técnicas utilizadas no SBV. É de extrema importância garantir a segurança da vítima e, quando necessário, aplicar os primeiros socorros, evitando qualquer movimento que possa piorar a lesão.

Em situações de acidentes de trabalho com colaboradores, é importante comunicar a liderança imediata para que seja emitida a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) para garantir que o incidente seja registrado e que as obrigações legais sejam cumpridas.

A empresa possui caixa de primeiros socorros, maca e colar cervical, estes equipamentos têm seu local adequado e ficam a competência da brigada e da CIPAA a utilização dos mesmos.

6.3.3. Abandono de Área

O abandono ordenado e seguro das pessoas presentes em uma edificação deve ser realizado, conduzindo-as para áreas externas ou espaços abertos, onde estarão em local seguro. Atualmente temos 2 locais de ponto de encontro seguros pré-selecionados em casos de simulação que podem ser utilizados em situações reais conforme Figura III. É necessário realizar a evacuação parcial ou total do ambiente, de acordo com o plano de comunicação previamente estabelecido pelos brigadistas, a fim de garantir a segurança de todos os presentes, sendo eles funcionários ou não. As pessoas devem ser encaminhadas para o ponto de encontro previamente determinado pelo brigadista, assegurando que sigam as instruções de maneira tranquila e coordenada sem pânico.

Foi desenvolvido um documento de orientações gerais em casos de abandono conforme o anexo II, e foi desenvolvido também um fluxograma de procedimento de emergência da brigada de incêndio conforme anexo IV.

A evacuação da área deve ser realizada nas seguintes circunstâncias:

  • Incêndio: Quando houver indícios de incêndio, pois, o fogo pode se propagar rapidamente, colocando em risco a vida das pessoas presentes;
  • Explosão ou risco de explosão: Quando houver indícios ou suspeitas de explosão, exemplo: situações como vazamentos de gás podem ocasionar explosões, demandando evacuação imediata;
  • Acidentes que representem perigo: Quando houver qualquer incidente que seja que coloque em perigo a segurança dos colaboradores, exemplo: desabamento de estruturas ou vazamento de substâncias perigosas, para estes casos é necessário o abandono da área sinistrada que apresenta risco aos colaboradores.

6.4. Níveis de Sinistro

Para categorizar a gravidade das situações de sinistros e a atuação da brigada de incêndio, são adotados os seguintes níveis:

  • O nível de sinistro de pequeno porte nível P, está ligado a ocorrências menores como princípio de incêndio ou falhas em equipamentos que, quando tratados com os recursos disponíveis no local ou nas áreas próximas, permanecem restritos ao local do incidente. Caso sejam atendidos instantaneamente, esses eventos não se alastram para outras partes da empresa.
  • Já o nível M, envolve situações que precisam da utilização de recursos humanos e materiais para controlar o incidente, o qual pode atingir outras proporções e áreas da instalação. Se o coordenador da brigada de emergência avaliar que a situação ultrapassa a capacidade de controle interna, será necessário acionar recursos externos, como o Corpo de Bombeiros (193) e o SAMU (192).
  • Este nível abrange situações graves que exigem a mobilização de todos os recursos humanos e materiais disponíveis na instalação, além de apoio externo, como o Corpo de Bombeiros (193) e o SAMU (192), para garantir a segurança das pessoas e a contenção do incidente de maior proporção na planta industrial e reduzir o máximo possível dos danos ao patrimônio.

6.5. Apoio Órgãos Externos

O Corpo de Bombeiros e/ou outros órgãos locais devem ser acionados imediatamente, preferencialmente por um brigadista, e informado do seguinte:

  • Nome do solicitante e o número do telefone utilizado; (indústria de cosmeticos Biocap: (62) 3577-3600)
  • Endereço completo, pontos de referência e/ou acessos; (Avenida Tiradentes próximo ao UPA, de frente o posto de combustível Shell).
  • Características do sinistro, local ou pavimento e eventuais vítimas e seus estados.

O Corpo de Bombeiros e outros órgãos, quando chegarem ao local, devem ser recepcionados preferencialmente por um brigadista, que deve fornecer as informações necessárias para otimizar sua entrada e seus procedimentos operacionais.

6.6. Alarme

O sinal sonoro tem como objetivo alertar todos os colaboradores a evacuarem os setores e departamentos de maneira ordenada conforme a orientação do brigadista imediato. Ao ouvir o sinal, todos devem deixar rapidamente o ambiente que estão garantindo que a área onde se encontram não ofereça riscos à segurança pessoal, formando filas para receber as instruções dos brigadistas.

É importante que todos permaneçam tranquilos, sem pânico e sigam as orientações recebidas do brigadista. No caso específico do departamento de laboratório e manipulação, os colaboradores devem aguardar as instruções de um brigadista no térreo, onde serão orientados sobre a rota de evacuação mais segura com os demais colaboradores.

6.6.1.  Alerta

Após o sinal de alerta ser acionado, a Brigada de Incêndio deve avaliar a situação desde o momento inicial até a completa resolução do incidente. Caso seja necessário, deve acionar o Corpo de Bombeiros, além de iniciar as ações apropriadas, que poderão ser priorizadas ou executadas simultaneamente, dependendo da quantidade de brigadistas e dos recursos disponíveis no local (extintores e hidrantes para incêndios e primeiros socorros para vítimas).

6.6.2. Comunicador

É o responsável por realizar as ligações telefônicas pertinentes para o corpo de bombeiros e/ou SAMU. Ao soar o alarme, ele deve se deslocar imediatamente ao ponto de encontro e apresentar-se ao coordenador da brigada, solicitando autorização para retornar à edificação e fazer os contatos necessários. Caso não seja possível retornar, o comunicador pode utilizar um celular no próprio ponto de encontro para realizar as ligações necessárias tanto para equipes de socorre e resgate quanto para outros brigadistas.

Lista de telefones de emergência, tais como:

  • Corpo de Bombeiros 193
  • SAMU 192

6.7. Primeiros Socorros

Os brigadistas ou voluntários devidamente treinados devem prestar os primeiros socorros às vítimas, com o objetivo de manter ou restabelecer suas funções vitais, aplicando o Suporte Básico de Vida (SBV) e, quando necessário, a Reanimação Cardiopulmonar (RCP). Esses procedimentos devem ser realizados até a chegada das equipes de socorro especializado. Além disso, os brigadistas devem monitorar continuamente a condição das vítimas, fornecer informações atualizadas aos serviços de emergência e garantir que o ambiente ao redor esteja seguro para prevenir novos incidentes. Uma comunicação clara e eficaz com os socorristas especializados é fundamental para garantir uma transição ágil e eficiente no atendimento às vítimas.

6.8. Eliminação dos Riscos

Em situações de sinistro, a equipe da brigada deverá agir de forma rápida, tomando decisões ágeis sobre o corte de energia elétrica e fornecimento de gás para evitar riscos adicionais. A comunicação clara sobre essas ações é de extrema importância para garantir que todos os ocupantes estejam bem-informados e possam seguir as orientações do brigadista. O desligamento geral da energia deve ser realizado por um membro da equipe de manutenção, que estará à disposição do chefe da brigada. Essas ações têm como prioridade proteger a segurança dos colaboradores e reduzir danos à estrutura durante o evento de sinistro.

6.9. Pontos de Encontro

Local previamente estabelecido, onde serão reunidos todos os colaboradores, terceirizados e outras pessoas que estejam em visita à empresa.

Espaço amplo e seguro fora do edifício, que depois de realizado o abandono do prédio, os ocupantes da edificação deverão reunir-se, conforme Anexo III – Pontos de Encontro.

6.10. Rotas de Fuga

Trajeto a ser percorrido em passo rápido do local onde esteja a pessoa até o ponto de encontro.

Em todos os departamentos contêm iluminação de emergência, placas de saída de emergência visíveis indicando conforme a localização o sentido de fuga que tem o objetivo de encaminhar os ocupantes de maneira mais rápida e segura para o exterior do edifício (Anexo V, VI e VII Rotas de fuga)

6.11. Equipe de Primeira Intervenção

Equipe composta por integrantes da Brigada de Incêndio (Anexo VIII) que tem como objetivo as seguintes funções:

  • Observar condições de uso e manutenção dos equipamentos de combate a incêndio (Figura 6 – Novo modelo de check list);
  • Confirmar se existe/ está sob controle as situações de emergências na área de atuação;
  • Observar as condições dos meios de extinção de fogo (extintores e hidrantes);
  • Utilizar os sistemas de combate em incêndio, extintores e mangueiras em caso seja necessário em situações de emergência.
  • Auxiliar os ocupantes no abandono da edificação em caso de sinistro

6.12. Equipe de Segunda Intervenção

Equipe composta por integrantes do Corpo de Bombeiros, SAMU.

  • Em casos de emergência de médio e grande porte a equipe de segunda intervenção deverá ser acionada.

6.13. Isolamento de Área

A área sinistrada deve ser isolada fisicamente, de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

6.14. Investigação do Sinistro

Após o controle total da emergência e o retorno dos colaboradores aos seus postos de trabalho e a liberação das autoridades competentes, o Coordenador da Brigada deve iniciar o processo de investigação e elaborar um relatório por escrito sobre o sinistro e as ações de controle realizadas. Esse relatório servirá como base para as devidas providências e análises futuras, assegurando que lições aprendidas sejam aplicadas em outras ocorrências para melhorar a segurança e a resposta a emergências.

6.15. Simulados

Devem ser realizados exercícios simulados de abandono de área a cada 12 meses, envolvendo a participação de toda a população. Imediatamente após o simulado, uma reunião extraordinária com a Brigada de Incêndio deve ser convocada para avaliar e corrigir eventuais falhas identificadas durante o exercício. Para a condução do simulado, deverão ser utilizados os formulários específicos: o "Desenvolvimento do Simulado" (Anexo IX) e a "Avaliação do Simulado" (Anexo X).

6.16. Elaboração de ATA

Após a realização do simulado, deve-se elaborar uma ata contendo no mínimo as seguintes informações:

  1. Horário do evento;
  2. Tempo gasto no abandono;
  3. Tempo gasto no retorno;
  4. Tempo gasto no atendimento de primeiros socorros;
  5. Atuação da brigada;
  6. Assinatura dos participantes da simulação;
  7. Comportamento dos colaboradores;
  8. Participação do corpo de bombeiros e tempo gasto para sua chegada;
  9. Falhas de equipamentos;
  10. Falhas operacionais;
  11. Demais problemas levantados na reunião;
  12. Decisões/missões/resultados;
  13. Ajuda externa.

6.17. Manutenção do Plano de Emergência

Mensalmente reuniões regulares devem ser realizadas com o Presidente da Brigada de Incêndio e os membros da equipe. Essas reuniões precisam ser documentadas em atas e enviadas às áreas competentes para providências cabíveis.

6.17.1. Reunião Ordinária (mensal)

Na reunião ordinária devem ser discutidos os seguintes itens:

  • Calendário dos exercícios de abandono;
  • Funções de cada brigadista dentro do plano de emergência contra incêndio;
  • Condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio;
  • Apresentação dos problemas relacionados à prevenção de incêndios, encontrados nas inspeções, para que sejam feitas propostas corretivas;
  • Abordar quaisquer outros pontos relevantes que possam surgir.

6.17.2. Reunião Extraordinária

Devem ser realizadas reuniões extraordinárias para análise sempre que:

  • Ocorrer um exercício simulado;
  • Ocorrer um sinistro;
  • For identificado um risco iminente;
  • Ocorrer uma alteração nos processos de área ou layout;
  • Houver uma previsão de execução de serviços geram algum risco.

6.17.3. Revisão do Plano de Emergência Contra Incêndios

O plano de emergência contra incêndio deve ser revisado por profissional habilitado sempre que correr uma alteração significativa nos processos, área ou layout; for constatada a possibilidade de melhoria do plano; completar 12 meses de sua última revisão.

7. Conclusão

O desenvolvimento deste Plano de Emergência para a Biocap teve como objetivo garantir a segurança e a proteção tanto dos colaboradores quanto do patrimônio da empresa, abordando todas as fases críticas de prevenção, combate, evacuação, suporte básico de vida e resposta a sinistros. A segurança no ambiente industrial é fundamental não só para a integridade física dos trabalhadores, mas também para assegurar a continuidade das operações da empresa e a conformidade com as normativas legais vigentes, além de preservar a integridade do meio ambiente.

Como o PAE é além de um documento é um sistema contínuo de instrução e treinamento, neste trabalho foi possível explorar uma parcela da sua capacidade, advindo do esforço realizado para treinar e instruir o máximo de pessoas, indo em cada departamento apresentando o plano e orientando em como se portar.

O propósito da pesquisa era definir roteiro para a elaboração do plano de emergência e a criação de fichas de instrução e avaliação dos colaboradores e brigadistas, tendo como objetivo geral propor o plano de emergência para a indústria de cosméticos. O esforço, o objetivo e o proposito foi possível aplicar juntamente com o plano de atendimento a emergência definido e estruturado, fazendo com que todos os objetivos gerais e específicos fossem alcançados. Pode se concluir que o plano de emergência permite que a empresa tenha um alto nível de segurança com os colaboradores e ainda garante a sua boa imagem perante o mercado.

Conclui-se que, com a proposta do PAE e com os treinamentos realizados em todos os departamentos da empresa, a percepção de segurança dos colaboradores aumenta, pois, após os treinamentos cada um sabe o que fazer e principalmente o que não fazer em situações de emergência.

Com o aumento da segurança, os colaboradores trabalham sem preocupação, garantindo assim que atinjam a sua eficiência máxima e atenção aos processos, reduzindo assim os indicadores de acidentes e custos com retrabalhos, reduz também os custos de paralisação, pois, com os treinamentos a resposta é imediata a ocorrência e a situação é controlada em tempo hábil.

Durante todos os processos sendo eles de treinamento ou simulação, foi necessário o engajamento de todos os envolvidos, fazendo-os se sentirem importantes e empolgados com a aplicação do estudo.

Todo o projeto foi elaborado e aplicado sem investimentos além do tempo gasto, ou seja, a elaboração de um PAE é acessível a todas as empresas.

Como o PAE é um processo contínuo, a busca por melhorias não para, e aos poucos vai-se obtendo melhores e mais eficientes processos. Com a mitigação de algum risco, surgira a oportunidade de estudar outros riscos, no qual deverão ser analisados e incluídos no PAE. A sugestão para posteriores trabalhos é a inclusão de simulação de primeiros socorros para vítimas de engasgo, onde seria combinado com algum colaborador simular um engasgo, a brigada intervir e realizar as manobras de desengasgo e após passar um treinamento para os demais. Outra sugestão é a empresa melhorar o sistema de alarme interno, investindo em um equipamento mais moderno como alguns equipamentos wireless que avisam a emergência no próprio smartphone, facilitando assim a identificação do local do sinistro.

8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

ABNT. NBR 14276: Brigada de incêndio – Requisitos. Rio de Janeiro, 2006.

ABNT. NBR 15219: Plano de emergência contra incêndio – Requisitos. Rio de Janeiro, 2005.

ABNT. NBR ISO 31000: Gestão de risco – Diretrizes. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.

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VIA CARREIRA. Pesquisa aplicada. Disponível em: https://viacarreira.com/pesquisa-aplicada/. Acesso em: 8 jan. 2025.

9. Anexo I

Classificação das Edificações Quanto a Ocupação ou Uso

10. Anexo II

11. Anexo III

Vista Aérea Pontos de Encontro e Saídas

Em caso de sinistro, ao soar o alarme, todas as SAÍDAS 1, 2, 3, 4 e 5 devem ser imediatamente destrancadas pelo responsável pela segurança. Os colaboradores devem evacuar em direção ao PONTO DE ENCONTRO 1 ou 2, seguindo as orientações dos brigadistas.

Quando houver necessidade de evacuação para a área externa, as seguintes diretrizes devem ser seguidas: se a orientação do brigadista for para evacuar pelas SAÍDAS 1, 2 ou 3, a Avenida Tiradentes deverá ser bloqueada. Se a evacuação for pela SAÍDA 4, a Rua Ipanema deverá ser bloqueada. Caso a orientação seja para evacuar pela SAÍDA 5, a Rua 15 de Novembro deve ser bloqueada. Essas medidas são essenciais para garantir a segurança de todos os colaboradores durante a evacuação.

12. Anexo IV

Fluxo de Procedimento de Emergência da Brigada de Incêndio

13. Anexo V

Plano de Emergência Rotas de Fuga (RH, DP, DIRETORIA, FINANCEIRO, CONTABILIDADE, RECEPÇÃO, COPA)

Observação: Os ocupantes dos departamentos de RH, DP, Diretoria, Financeiro, Contabilidade, Recepção e Copa devem aguardar a orientação de um brigadista no local sinalizado no mapa (fora dos departamentos, próximo a sala de reunião, para os integrantes da copa, aguardar orientação próximo ao banheiro especial). É importante que todos permaneçam juntos e mantenham a calma enquanto aguardam instruções. O brigadista fornecerá informações sobre a saída mais segura, considerando a localização dos riscos e a necessidade de evitar estas áreas perigosas. Durante este período de espera, é importante que os ocupantes não tentem sair por conta própria, pois isso pode comprometer sua segurança e a dos demais. Seguir as orientações da brigada de incêndio é essencial para garantir uma evacuação ordenada e segura.

14. Anexo VI

Plano de Emergência Rotas de Fuga (Area Interna)

15. Anexo VII

Plano de Emergência Rotas de Fuga (Manipulação)

Observação: Os ocupantes do departamento de laboratório e manipulação devem aguardar a orientação de um brigadista no andar térreo. É importante que todos mantenham a calma enquanto aguardam instruções. O brigadista fornecerá informações sobre a saída mais segura, levando em consideração a localização dos riscos e a necessidade de evitar estas áreas perigosas. Durante este período de espera, é importante que os colaboradores não tentem sair por conta própria, pois pode comprometer sua segurança e a dos demais. Seguir as orientações da brigada de incêndio é o correto a se fazer para garantir uma evacuação ordenada e segura.

16. Anexo VIII

Organograma Brigada 2024-2025

17. Anexo IX

18. Anexo X

19. APÊNDICE A - SIMULADO DO PAE PARA ABANDONO 2023

20. APÊNDICE B – CARTA DE AUTORIZAÇÃO


Publicado por: washington oliveira gonçalves

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