Propagação Vegetativa Foliar da Chacrona (Psychotria viridis Ruiz e Pavon - RUBIACEAE) em diferentes substratos
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1. RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a propagação vegetativa de Psychotria viridis por meio de estacas foliares em diferentes substratos. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação particular localizado no município de Cruzeiro do Sul – Acre. Foram utilizados três substratos: areia; terra vegetal e esterco bovino + terra vegetal, colocados em canteiros suspensos de madeiras de 1x1 metro. O delineamento experimental empregado foi o inteiramente ao acaso, com três repetições, sendo cinco estacas de P. viridis por repetição em cada tratamento. As estacas foram coletadas do ápice do ramo de 12 plantas diferentes com aproximadamente 15 anos e cortadas na nervura primária de cada estaca. Aos 120 dias após a instalação do experimento, cinco estacas de cada tratamento, escolhidas aleatoriamente, foram retiradas e foi medido o comprimento da raiz mais longa. As estacas tiveram massa úmida calculada e, posteriormente, levadas para estufa para determinação da massa seca. Os resultados indicam que o substrato areia apresentou maiores percentuais de massa úmida e seca das raízes e do comprimento da maior raiz. E que o substrato terra + esterco bovino não é recomendável para a propagação vegetativa de P. viridis.
Palavras-chave: Biomassa, substratos e propagação vegetativa.
ABSTRACT
This work objective was evaluating Psychotria viridis vegetative propagation by leaf cuttings, testing three different substrates. The work was conducted in a private greenhouse located in Cruzeiro do Sul - Acre. Three substrates were used: sand; regular soil and bovine manure + regular soil, placed in 1x1 m wood boxes suspended. The experimental design was completely randomized, with three replicates, being 5 stakes per repetition. The cuttings of Psychotria viridis were collected from branch apex of 12 different plants with approximately 15 years of age and cut in the primary vein of each stake. At 120 days after the experiment, five cuttings randomly selected of each treatment, were removed and the length of the root was measured. The cuttings wet weight was determinate and later taken to greenhouse to determine the dry weight of the cuttings. It was evidenced that the sand substrate had higher wet and dry weight percentages of the roots and the length of the largest root. And that the soil substrate + bovine manure is not recommended for a vegetative propagation of P. viridis.
Key words: Biomass, substrates and vegetative propagation.
2. INTRODUÇÃO
A espécie Psychotria viridis Ruiz e Pavon é uma planta arbustiva, nativa do sub-bosque da Floresta Amazônica e pertencente à família Rubiaceae. É conhecida popularmente como rainha ou chacrona. A espécie é utilizada com fins religiosos e medicinais e há cultivos em diferentes Regiões do Brasil e do mundo. É ingrediente fundamental de uma bebida ritualística e medicinal chamada de Ayahuasca. O chá do Ayahuasca é utilizado em rituais religiosos, inicialmente dos povos indígenas da Região Amazônica e, posteriormente, em diversos outros, como Santo Daime, União do Vegetal e Barquinha (MCKEENA, 1996). A bebida é feita do cozimento do caule do cipó Banisteriopsis caapi com as folhas do arbusto Psychotria viridis, sendo caracterizada como enteógena (LABATE e CAVNAR, 2018).
Diversas espécies do gênero Psychotria, são conhecidas popularmente por suas características medicinais (TEIXEIRA et al., 2012), e, de acordo com Riba et al. (2012), o gênero Psychotria se destaca pela sua propriedade de ação no sistema nervoso. Como é o caso do uso das folhas de P. viridis no preparo da bebida psicoativa Ayahuasca, juntamente com o cipó da Banisteriopsis caapi (Malpighiaceae).
Psychotria viridis é uma planta arbustiva de pequeno porte, podendo atingir cerca de dois a três metros de altura quando cultivada, apresentando folhas lanceoladas com distribuição oposta e nervação peninérvea. Suas flores são brancas esverdeadas e frutos com forma de bagas vermelhas, podendo ser confundida facilmente por outras espécies do mesmo gênero (RATSCH, 2005).
A maioria das espécies vegetais possui multiplicação por sementes, origem de uma reprodução sexuada. Entretanto, existem os métodos de propagação, de origem não sexuada, tais como a estaquia, a enxertia, a mergulhia, a alporquia e a micropropagação. Estes métodos podem ser testados e avaliados quanto ao custo e rapidez de formação de mudas. No presente trabalho foi estudada somente a estaquia (MAZZINI, 2012).
Na propagação vegetativa são utilizadas partes de plantas tais como células, tecidos, órgãos ou propágulos, que originam indivíduos geralmente idênticos à planta-mãe (WENDLING, 2003). De acordo com Pereira (2003) esse método é possível devido certos órgãos vegetais possuírem a capacidade de se reconstituírem quando são colocados em condições favoráveis, dando origem a um novo indivíduo com características idênticas ao do seu progenitor. É uma técnica que está sendo cada vez mais utilizada em nível mundial, principalmente devido aos aumentos da efetividade nos programas de melhoramento genético (WENDLING, 2003).
Dentre os tipos de propágulos geralmente utilizados na propagação vegetativa estão as estacas, que podem ser dos tipos: caulinar, foliar ou radicular. Nas estacas foliares e radiculares há a necessidade de formação adventícia tanto do sistema radicular como da parte aérea, o que dificulta a sua utilização na área florestal (XAVIER et al., 2003). A maioria das estacas foliares enraíza com facilidade, porém com certa limitação para regeneração e desenvolvimento da parte aérea (HARTMANN et al., 1997 apud XAVIER et al., 2003).
Atualmente, encontra-se com grande facilidade estudos que descrevem o contexto da utilização do chá Ayahuasca e sua ação neurofisiológica, existindo uma vasta literatura principalmente nas áreas da antropologia, medicina e farmacológica. Porém, há escassez de informações botânicas e estudos específicos a respeito das espécies utilizadas na fabricação do chá, tanto do cipó Banisteriopsis caapi como da folha de Psychotria viridis (SÉRPICO e CAMURÇA, 2006). Com isso surgiu a necessidade da realização desse trabalho visando apresentar subsídios que possam ajudar na reprodução e desenvolvimento da planta P. viridis.
Nos últimos anos houve uma crescente procura no consumo da bebida em várias regiões do Brasil, impulsionando o aumento do extrativismo dessas espécies na região Amazônica (SÉRPICO e CAMURÇA, 2006), principalmente por pessoas com fins lucrativos, e também por existir uma dificuldade de se atingir um desenvolvimento ideal para as espécies fora da área de ocorrência natural das mesmas, devido às diferenças nos fatores bióticos e abióticos sobretudo a umidade, temperatura e insolação.
O conhecimento sobre as características fisiológicas, ecológicas e do cultivo dessas plantas é de extrema importância para a definição de planos de manejo sustentáveis e de técnicas apropriadas para esses produtos florestais não madeireiros bastante explorados, como também na produção de mudas e principalmente na garantia da qualidade do material colhido. As informações propostas nesse trabalho podem servir como subsídios para novos estudos ecológicos, otimização de metodos de manejos e maior entendimento a respeito da espécie estudada.
Com isso o objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente a propagação vegetativa de Psychotria viridis por meio de estacas foliares, através da utilização de três substratos diferentes (tratamentos). Pretende-se também neste trabalho: a) definir qual dos substratos utilizados apresentou melhores resultados para propagação; b) utilizar o comprimento da maior raiz das estacas como parâmetro comparativo; c) obter e utilizar as variáveis peso úmido e peso seco das estacas e raízes, bem como a biomassa geral, como parâmetros comparativos entre os tratamentos.
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. A chacrona (Psychotria viridis Ruiz e Pavon)
A família Rubiaceae é a quarta maior das angiospermas com um total de 13.143 espécies e 611 gêneros. Psychotria L., é o maior gênero nas Rubiaceae com 1834 espécies distribuídas mundialmente em regiões tropicais e subtropicais, e também, é considerado o terceiro maior gênero de angiospermas (DAVIS et al., 2009).
A espécie Psychotria viridis Ruiz e Pavon é, de acordo com Ratsch (2005), planta de pequeno porte que pode atingir de 2 a 3 metros de altura quando cultivada, apresentando folhas no formato lanceolado, com filotaxia oposta cruzada, nervação peninérvea, presença de bainha semi-amplexicaule e pecíolo curto, limbo simples e inteiro, liso na parte superior e presença de domácias na parte inferior. Suas flores são branco-esverdeadas e frutos em forma de bagas vermelhas, sendo muito confundida com outras da mesma espécie.
Domácias em Psychotria viridis são popularmente conhecidas como ‘velas’, sendo utilizadas em seu reconhecimento no campo. As domácias ocorrem na metade distal das folhas e o seu tamanho varia com o comprimento da folha. Nos indivíduos mais jovens as domácias não ocorrem ou surgem em pequenas quantidades (QUINTEIRO et al. 2006).
O princípio ativo da espécie Psychotria viridis é um alcalóide indólico N,N-dimetiltriptamina (DMT), derivado triptamínico muito semelhante a serotonina (5HT) (STRASSMAN, 2001). O DMT é um composto endógeno também metabolizado pela enzima monoaminoxidase (MAO), e também um potente alucinógeno, no qual os receptores da serotonina são absolutamente dependentes para sua desativação (SMITH et al., 1998). O cipó Banisteriopsis caapi gera grandes quantidades de alcaloides β-carbolínicos, maiormente tetrahidroharmino e harmano, e em minoria harmalina, harmol e harmalol que são potentes inibidores reversíveis da MAO (WAKUI, 2015).
A combinação dos alcalóides β-carbolínicos com a DMT no chá Ayahuasca é importantíssimo para a sua ação psicotrópica. A DMT possui baixa psicoatividade quando ingerida oralmente devido a sua metabolização pela MAO (RIBA et al., 2012). Deste modo, a presença de outros alcalóides, principalmente aqueles produzidos pelo cipó B. caapi, previnem que aconteça a desaminação oxidativa da DTM, que produz o ácido indolacético, fazendo com que atinja o sistema nervoso central de forma estável (SANTILLO et al., 2014). Portanto, o uso destas duas espécies no preparo da bebida Ayahuasca, viabiliza uma associação desses alcalóides, que juntos provocam efeitos enteógenos (DE SOUZA, 2011).
Diversas espécies do gênero Psychotria são conhecidas por suas características medicinais. Entre elas está Psychotria ipecacuanha, conhecida como ipeca ou poaia, utilizada no tratamento de diarréias, como expectorante e anti-inflamatório devido dois alcalóides, a emetina e a cefalina, encontrados em suas raízes (TEIXEIRA et al., 2012). De acordo com Riba et al. (2012) o gênero Psychotria se destaca pela sua propriedade de ação no sistema nervoso como é o caso do uso das folhas de P. viridis no preparo da bebida psicoativa Ayahuasca, junto ao cipó Banisteriopsis caapi (Malpighiaceae).
3.2. Propagação vegetativa
A propagação vegetativa consiste em multiplicar assexuadamente partes de plantas como células, tecidos, órgãos ou propágulos, originando indivíduos idênticos à planta-mãe (WENDLING, 2003). De acordo com Pereira (2003) esse método só é possível devido certos órgãos vegetais possuírem a capacidade de se reconstituírem quando são colocados em condições favoráveis, dando origem a um novo indivíduo com características idênticas ao do seu progenitor.
A propagação vegetativa é obtida por diferentes métodos como: mergulhia, enxertia, alporquia e estaquia (MAZZINI, 2012). A estaquia é a técnica de propagação vegetativa mais rápida e de fácil execução, sendo que para o sucesso desse método, é indispensável a formação de raízes adventícias para a sobrevivência das estacas (GARBUIO et al., 2007).
As estacas, na propagação vegetativa, são de origem caulinar, foliar ou radicular. Na propagação por estaca caulinar requer apenas que um novo sistema radicular adventício seja formado, isso acontece devido ao potencial da regeneração de gemas pré-formadas já existentes. Todavia, na propagação por estaca foliar e radicular é necessário a formação adventícia tanto do sistema radicular como da parte aérea, sendo que as espécies podem ser multiplicadas usando diversos métodos (XAVIER et al., 2003; PEREIRA, 2003).
A estaca foliar, ainda sendo pouco estudada na silvicultura, tem sido utilizada com maior frequência na floricultura e na jardinagem. A maioria das estacas foliares enraíza com facilidade, mas com certa limitação para regeneração e desenvolvimento da parte aérea (HARTMANN et al., 1997 apud XAVIER et al., 2003).
Betanin e Nienow (2010) destacam as vantagens e desvantagens do método de estaquia:
A estaquia possui a vantagem de garantir a reprodução das características de genótipos superiores; reduzir o período de juvenilidade, ou seja, o tempo até as plantas iniciarem a fase reprodutiva (floração e frutificação), desde que utilizadas estacas de matrizes já diferenciadas para tanto; além de permitir elevada produção de mudas em tempo e espaço reduzido. As desvantagens incluem a dificuldade de se induzir raízes adventícias em muitas espécies.
Psychotria viridis tem sua propagação sexuada aleatória, mesmo produzindo sementes, e tem suas mudas multiplicadas a partir das estacas foliares e caulinares. Testes realizados no estudo indicaram 100% de aproveitamento na estaquia foliar, tanto da região do pecíolo como da parte do limbo central seccionado (TEIXEIRA et al., 2008).
Diferentes espécies possuem necessidades diversas para o sucesso do enraizamento no uso da propagação, as quais estão relacionadas com as condições ambientais, configuração genética e as condições fisiológicas no momento da coleta das estacas de cada espécie (MAZZINI, 2012). Dentre as substâncias reguladoras de crescimento utilizadas na estaquia, as auxinas são as que apresentam maior efeito positivo na formação de raízes adventícias (NICOLOSO et al., 1999). Grandes quantidades de reservas de carboidratos estabelecem relações com maiores porcentagens de enraizamento e de sobrevivência das estacas, devido à auxina solicitar fonte de carbono para a biossíntese de ácidos nucleicos e de proteínas para a formação de raízes (FACHINELLO et al., 1995).
De acordo com Fachinello et al. (2005) existem fatores externos e internos ligados à planta mãe ou às estacas que podem intervir no processo de enraizamento como:
São considerados fatores internos as condições fisiológicas da planta matriz, a idade da planta ou das estacas, o tipo de estaca (apical, mediana ou basal; herbácea, semi-lenhosa ou lenhosa), a época de coleta, o potencial genético de enraizamento, a sanidade da planta, o balanço hormonal e a possibilidade de oxidação de compostos fenólicos. Como fatores externos citam-se a temperatura, a luz, a umidade, o substrato e os condicionamentos (lesão na base da estaca e a aplicação de reguladores de crescimento). De modo geral, a interação entre esses fatores permite melhor explicar as causas do enraizamento, ou seja, quanto mais difícil o enraizamento de uma espécie ou cultivar, maior será a importância dos fatores envolvidos.
Salgado et al. (2012) avaliando a propagação assexuada de Psychotria viridis por meio de estacas foliares, verificaram que a emissão de raízes ocorreu após 45 dias e, aos 70 dias, as raízes possuíam 1,0 cm de comprimento. As estacas foliares que tiveram cortes sobre a nervura primária e secundária obtiveram maior velocidade de desenvolvimento de raízes. O enraizamento de estacas foliares de P. viridis pode ser alcançado, principalmente, quando os cortes são nas nervuras e mantidos em contato permanente com umidade.
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Descrição da Área de Estudo
O estudo foi conduzido em casa de vegetação particular localizada no município de Cruzeiro do Sul (Latitude: 07º 37’ 52’’ S e Longitude: 72º 40’ 12’’ W), no estado do Acre (FIGURA 1). O clima apresenta uma estação chuvosa, de novembro a abril, e outra seca, de maio a outubro. A umidade relativa do ar é de 80 a 90% durante todo ano. O tempo médio de insolação é de aproximadamente 1.200 horas anuais. A precipitação anual total é de 1.600 a 2.750 mm, sendo agosto o mês de menor pluviosidade (49,97 mm) e março o de maior (295,9 mm) (BRASIL, 2011).
Figura 1: Localização de Cruzeiro do Sul - Acre. Fonte: Wikipédia, 2018.
4.2. Delineamento Experimental
Foi utilizado o delineamento inteiramente ao acaso, com três repetições, sendo cinco estacas por repetição, e três tratamentos: Areia, Terra vegetal e Terra vegetal + Esterco bovino (TABELA 1).
Tabela 1: Delineamento experimental do estudo. Fonte: Do Autor, 2018.
Tratamento |
Tipo de substrato |
Número de repetições |
Número de estacas por repetições |
Total de estacas |
|
|
|||||
A |
Areia |
3 |
5 |
15 |
|
B |
Terra vegetal |
3 |
5 |
15 |
|
C |
Esterco bovino + terra vegetal |
3 |
5 |
15 |
|
Foram utilizados dois canteiros de madeira de 2x1 metro de comprimento (FIGURA 2) onde os mesmos foram divididos ao meio, totalizando quatro seções de 1x1 metro de comprimento, sendo uma para cada tratamento.
Figura 2: Croqui da construção dos canteiros. Fonte: Do autor, 2018.
As estacas de Psychotria viridis foram coletadas do ápice do ramo (FIGURA 3a) de 12 plantas diferentes com aproximadamente 15 anos de idade do cultivo localizado no Centro Luz do Juruá (instituição religiosa) situado no município de Cruzeiro do Sul – Acre. As mesmas foram cortadas ao longo da nervura primária (SALGADO et al., 2012) de cada estaca (FIGURA 3b), sendo colhidas e plantadas no mesmo dia.
Figura 3: Esquema da coleta das estacas do ápice do ramo (A) e o local do corte realizado na nervura primária da folha (B). Fonte: Do autor, 2018.
As características ambientais internas e externas à casa de vegetação foram as mesmas para todos os tratamentos. Também a rega foi realizada manualmente com auxílio de um regador três vezes por semana, sendo duas vezes ao dia (uma de manhã e a outra no final da tarde), de igual maneira para todos os tratamentos.
Aos 75 após o plantio, cinco estacas foram retiradas para análise da estrutura radicular e da parte aérea das mesmas (FIGURA 4). Aos 120 dias, outras cinco estacas de cada tratamento, escolhidas aleatoriamente, foram retiradas para a análise final e o comprimento da raiz mais longa foi medido com auxílio de uma régua. Posteriormente, as estacas foliares foram levadas para o Laboratório de Química e Fertilidade do Solo da Universidade Federal do Acre – Campus Floresta para a obtenção do peso úmido de toda a estaca e da raiz em uma balança semi-analítica com capacidade de 500 g e precisão de 0,1 g.
Figura 4: Experimento instalado com os tratamentos Areia (A); Terra vegetal (B) e Terra + esterco (C). Fonte: Do autor, 2018.
Para a determinação do teor de massa seca, as estacas e as raízes foram colocadas em placas de Petri e levadas para estufa a 100ºC durante 24 horas. Após a estufa, as estacas e raízes foram maceradas a pó, e seu peso seco obtido utilizando-se o mesmo procedimento descrito para peso úmido das estacas.
Foram avaliadas as seguintes características das estacas: peso úmido da estaca (em gramas); peso seco da estaca (em g); peso úmido e seco somente da raiz (g); comprimento da maior raiz (cm) e biomassa geral (%).
A biomassa geral das estacas foliares foi calculada em porcentagem de massa seca, por meio da equação abaixo (segundo FORSTER e MELO, 2007):
%massa seca= (peso seco / peso úmido) x 100
Foram realizados os testes de Normalidade (Shapiro-Wilk) e Homogeneidade (Bartlett) dos dados através do software R®. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e avaliados pelo teste Tukey a 5% de probabilidade através do software Past®.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Aos 75 dias após o plantio (FIGURA 5), cinco estacas escolhidas aleatoriamente de cada tratamento foram retiradas, sendo que foi constatado que todas estas já possuíam estruturas radiculares, entretanto ainda não apresentavam parte área. Após 120 dias, mais de 50% das estacas apresentaram parte área desenvolvida e 100% de presença da parte radicular (FIGURA 6).
Figura 5: Estacas de P. viridis com a estruturas radiculares aos 75 dias no tratamento Areia (A), Terra vegetal (B) e Terra + Esterco bovino (C). Fonte: Do autor, 2018.
Figura 6: Estacas de P. viridis com a parte aérea e radicular aos 120 dias no tratamento Areia (A), Terra vegetal (B) e Terra + Esterco bovino (C). Fonte: Do autor, 2018.
A análise de variância mostrou que não houve diferença significativa (F=1,218; p=0,3299) em relação ao peso seco das estacas inteiras de Psychotria viridis mas, em relação ao peso úmido das estacas, a análise (F=5,473; p=0,02046) mostrou que o tratamento Areia apresentou a melhor média em relação aos tratamentos Terra e Terra vegetal + esterco, que não diferiram significativamente entre si (TABELA 2).
Tabela 2: Resultados do peso úmido e seco (em gramas) das estacas inteiras de Psychotria viridis (Média ± Desvio-padrão) nos três tratamentos (substratos areia, terra e terra + esterco).
Tratamentos |
Peso Úmido (g) |
Peso Seco (g) |
||
Média |
DP |
Média |
DP |
|
Areia |
1,7042 a |
±0,41 |
0,3480 a |
±0,06 |
Terra |
1,2028 b |
±0,33 |
0,3244 a |
±0,06 |
Terra + Esterco |
1,0854 b |
±0,14 |
0,3004 a |
±0,01 |
Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (p<0,05). DP=desvio-padrão.
Na Tabela 3, a análise mostrou que houve diferença significativa no peso úmido (F=9,202; p=0,00378) e seco (F=4,615; p=0,03261) no que se refere às raízes das estacas, mostrando que o tratamento Areia se sobressaiu em relação ao tratamento Terra vegetal e Terra + Esterco bovino, tanto no que diz respeito ao peso úmido como no peso seco das raízes, possuindo as maiores médias equivalente a 0,8058 g-1 e 0,0978 g-1, respectivamente.
Tratamentos |
Peso Úmido (g) |
Peso Seco (g) |
||
Média |
DP |
Média |
DP |
|
Areia |
0,8058 a |
±0,22 |
0,0978 a |
±0,04 |
Terra |
0,3444 b |
±0,34 |
0,0522 a |
±0,05 |
Terra + Esterco |
0,1734 b |
±0,12 |
0,0230 b |
±0,02 |
Tabela 3: Resultados do peso úmido e seco (em gramas) das raízes das estacas de Psychotria viridis (Média ± Desvio-padrão) nos três tratamentos (substratos areia, terra e terra + esterco).
Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (p<0,05). DP=desvio-padrão.
A análise referente a biomassa geral (F=8,815; p=0,004412) da estaca inteira de P. viridis (TABELA 4) mostrou que o tratamento Terra e Terra + Esterco bovino não diferem entre si, mas, se destacam em relação ao tratamento Areia que possui a menor média (20,67 g-1 ±1,56). Já a análise da biomassa geral da raiz (TABELA 4) mostrou que o tratamento Terra obteve maior média (16,70 g-1 ±2,27) em relação aos tratamentos Areia e Terra + Esterco, onde estes, que não diferiram estatisticamente entre si (F=4,445; p=0,03573).
Tratamentos |
Biomassa da Estaca (%) |
Biomassa da Raiz (%) |
||||||||
|
Média |
|
DP |
|
Média |
|
DP |
|
||
Areia |
20,67 b |
±1,56 |
11,68 b |
±2,35 |
||||||
Terra |
27,65 a |
±3,96 |
16,70 a |
±2,27 |
||||||
Terra + Esterco |
27,99 a |
±3,31 |
13,42 b |
±3,34 |
Tabela 4: Resultados da biomassa geral da estaca e biomassa geral da raiz de Psychotria viridis (Média ±Desvio-padrão) nos três tratamentos (substratos areia, terra e terra + esterco).
Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (p<0,05). DP=desvio-padrão.
A Tabela 5 apresenta a média e desvio padrão do comprimento da maior raiz das estacas foliares de P. viridis de cada tratamento (F=7,228; p=0,00871), onde a análise mostrou que o tratamento Areia e Terra vegetal não diferiram significativamente entre si, e que o tratamento Terra + Esterco bovino apresentou o menor valor de comprimento da raiz (2,66 cm-1 ±1,07).
Tabela 5: Resultados do comprimento da raiz (em cm) das estacas de Psychotria viridis (Média ±Desvio-padrão) nos três tratamentos (substratos areia, terra e terra + esterco).
Tratamentos |
Comprimento da Raiz (cm) |
|
Média |
Desvio Padrão |
|
Areia |
6,94 a |
±1,37 |
Terra |
5,14 a |
±2,56 |
Terra + Esterco |
2,66 b |
±1,07 |
Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (p<0,05).
Resultados obtidos por Salgado et al. (2012), que analisaram a propagação assexuada de P. viridis via estaquia foliar, mostram que estacas foliares que sofreram cortes nas nervuras da folha apresentaram maiores porcentagem de enraizamento, principalmente aquelas com cortes na nervura primária que apresentaram 100% de enraizamento, sendo estes mantidos em contato permanente com a umidade. No presente trabalho, todas as estacas sofreram corte na nervura primária e mostraram resultados satisfatório.
De Assis et al. (2015), analisando o efeito dos substratos na propagação vegetativa da ipeca (Psychotria ipecacuanha), constataram que o substrato terra preta + serragem, mostrou-se melhor ao tratamento constituído de areia. O maior comprimento médio de raiz, por exemplo, foi obtido no tratamento terra preta + serragem em comparação ao tratamento areia. Os autores ressaltaram que esse efeito pode estar relacionado com a alta taxa de teor de umidade presente no substrato de areia, pois segundo Lameira (2002) a ipeca não tolera excesso de umidade. Diante disto, pode-se ressaltar que a espécie de P. viridis tolera excesso de umidade, visto os resultados obtidos por Salgado et al. (2012) onde as estacas de P. viridis ficaram em contato com a umidade apresentaram 100% de enraizamento.
Nery (2013), estudando a propagação vegetativa de Psychotria nuda nas quatro estações do ano, destacou que a porcentagem de enraizamento de estacas com folhas de P. nuda no outono de 2007 foi considerada satisfatória, estatisticamente maior que estacas sem folhas. O autor destaca que a presença de folhas na estaca possibilita maior translocação de nutrientes e fotoassimilados para a base da estaca, facilitando o enraizamento.
No presente trabalho verificou-se que o tratamento Areia apresentou média superior (6,94 cm-1 ±1,37) em relação ao comprimento da maior raiz, comparado aos outros tratamentos analisados, no qual, de acordo com Cunha et al. (2015) a areia possui uma quantidade maior de macroporos que propiciam uma maior aeração na base da estaca, fazendo com que a mortalidade das mesmas diminua e assim, facilitando o enraizamento. Fachinello et al. (2005) ressaltam que o “uso da areia é vantajoso na propagação via estaquia, pois é de baixo custo, fácil disponibilidade e apresenta características positivas quanto à drenagem”. Essas afirmações diferenciam dos resultados obtidos por De Assis et al. (2015) que afirmam que o substrato areia possui uma alta taxa de teor de umidade, o que, talvez, possa ter influenciado nas estacas de P. viridis no presente trabalho.
Em relação à biomassa geral das estacas de P. viridis, o tratamento Areia apresentou média inferior em relação aos tratamentos Terra e Terra + Esterco bovino, fato este, que pode estar relacionado com peso úmido das estacas, que apresentaram uma maior retenção de umidade nos tratamentos Terra e Terra + Esterco do que no tratamento Areia.
Resultados obtidos por Amaro et al. (2013), que avaliaram a propagação vegetativa da menta, mostraram que o maior comprimento das raízes ocorreu nas estacas cultivadas com o substrato solo + esterco bovino, devido as melhores condições de desenvolvimento das estacas proporcionadas pelo substrato, que disponibilizou nutrientes, resultando na formação de novas ramificações e crescimento de estacas. A vantagem do substrato verificada por estes autores, não ocorreu no presente trabalho. O substrato terra + esterco bovino apresentou média inferior (2,66 cm-1) comparada aos substratos areia e terra.
No presente trabalho, o tratamento contendo Terra + Esterco bovino, as variáveis analisadas comprimento da raiz, peso úmido e seco das raízes e das estacas inteiras apresentaram os menores valores em relação aos outros tratamentos analisados (Areia e Terra vegetal). Na propagação vegetativa de Hyptis pectinata na qual, Carvalho et al. (2015) analisaram a influência de diferentes tipos de estacas e substratos, observaram que o substrato terra + esterco é o melhor a ser utilizado, visto que apresentou os maiores percentuais independentemente da posição da estaca, havendo aumento significativo para as estacas basais e medianas quando comparadas às estacas apicais.
A utilização de substratos adequados na propagação vegetativa é extremamente importante, devido o mesmo ser um dos fatores de maior influência na taxa de enraizamento das estacas. Substratos utilizados adequadamente possuem a função de sustentação das estacas durante o enraizamento, mantendo as bases das mesmas em um ambiente úmido e aerado (HOFFMANN et al., 1996). Segundo Coutinho e Carvalho (1983), o substrato ideal deve ter baixa densidade, ser rico em nutrientes, ter boa aeração e drenagem, boa coesão entre as partículas e raízes, livre de pragas e plantas daninhas e possuir uma boa flora bacteriana.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi observado que estudos sobre a propagação de Psychotria viridis por estaquia foliar são raros. Portanto, devido à falta de um fundamento teórico mais específico sobre o cultivo dessa planta, os resultados somente puderam ser parcialmente discutidos, determinando assim que mais estudos futuros sejam desenvolvidos.
Existe também a necessidade de realização de estudos em outros campos de pesquisa com a planta, tais como germinação de sementes, produtividade, etc., também se observa serem necessários reinados plantados e a importância de se estudar a distribuição da espécie e do seu manejo, não somente da folha Psychotria viridis, como também do cipó Banisteriopsis caapi.
Como o aumento do consumo da bebida Ayahuasca em várias regiões do Brasil, a exploração desses dois produtos florestais não madeireiros tem se tornando cada vez mais expressiva, fazendo com que grandes áreas florestais sejam exploradas sem estudos prévios ou consentimentos de extrativismo. A importância de novos estudos e incentivos a pesquisas sobre essas espécies é fundamental para o bom desenvolvimento das mesmas.
7. CONCLUSÃO
Diante dos resultados apresentados neste trabalho pode-se concluir:
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O tratamento contendo o substrato terra vegetal mais esterco bovino não é recomendado na propagação vegetativa de Psychotria viridis;
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Os tratamentos contendo os substratos areia e terra vegetal apresentaram os melhores valores entre as variáveis analisadas, portanto são indicados na propagação vegetativa de Psychotria viridis por meio de estacas foliares.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Publicado por: Clarissa Natachi de Souza Carvalho
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