A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS DE ACIDENTES EM UMA ENGARRAFADORA DE GÁS LIQUEFEITO DO PETRÓLEO (GÁS LP)

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1. RESUMO

O GÁS LP (Gás Liquefeito do Petróleo) pode trazer riscos à saúde dos trabalhadores, à população e ao meio ambiente e a prevenção de qualquer tipo de dano ocasionado por estes riscos, é fator primordial de qualquer empresa. Sabe-se que o principal perigo do GÁS LP está associado às suas características de inflamabilidade; no entanto, por ser um gás à temperatura ambiente, pode atuar como asfixiante simples. O presente artigo tem como objetivo demonstrar a importância da identificação de riscos de acidentes em uma engarrafadora de Gás Liquefeito de Petróleo (GÁS LP). Para este artigo utilizou-se de revisões bibliográficas e, detectou-se que o maiores problemas encontrados foram à falta de cumprimentos dos itens previstos na analise de riscos e falta de manutenções preventivas nos equipamentos.

Palavras-chave: GÁS LP. Riscos. Acidentes.

2. Introdução

Vários estudos como os de Machado, Freitas e Porto (2000), têm sido desenvolvidos com o intuito de analisar os riscos existentes em determinados ambientes de trabalho. Porém, ainda são identificados nestes ambientes, acidentes, principalmente quanto ao uso de alguns produtos químicos e inflamáveis. Sabendo-se da existência destas áreas de risco e de muitas ocorrências de acidentes de trabalho, surgiu a necessidade de se ampliar os estudos em relação ao aspecto preventivo, que, juntamente com as políticas de segurança e saúde no trabalho formulam as principais normas regulamentadoras (NR-13 e NR-20) que auxiliam na construção de um ambiente tranquilo e saudável, sem contar que os riscos de acidentes existem e exigem maior atenção no que diz respeito ás condições de trabalho e ao uso correto do produto e dos equipamentos de proteção (Machado, Freitas; Porto, 2000).

O tema central desta pesquisa será a identificação de riscos de acidentes no processo de engarrafamento de Gás Liquefeito de Petróleo (GÁS LP), utilizando para isso a técnica Análise Preliminar de Perigo (APP). Esta técnica, também conhecida como Análise Preliminar de Riscos (APR) é uma ferramenta bastante disseminada em empresas dos mais diversos setores como instrumento para avaliar e controlar os riscos de segurança e saúde do trabalho e meio ambiente, associados às tarefas realizadas por suas respectivas forças de trabalho. Geralmente, os procedimentos relacionados à prevenção está centrado na formação de equipes multidisciplinares, com a presença de profissionais das mais diversas áreas, com conhecimentos e experiências, que conjuntamente, buscam, a partir da troca de informações sobre suas vivências, estabelecer consensos a cerca dos riscos envolvidos em cada atividade ou tarefa e recomendar a adoção de medidas que venham a prevenir a ocorrência de situações indesejadas. Após esta análise será possível identificar e promover ações preventivas com o intuito de diminuir os riscos existentes.

A problemática analisada neste estudo foi em relação à importância da identificação dos riscos de acidentes em um engarrafamento do gás liquefeito de petróleo (GÁS LP).

O GÁS LP pode trazer riscos à saúde dos trabalhadores, à população e ao meio ambiente e a prevenção de qualquer tipo de dano ocasionado por estes riscos é fator primordial de qualquer empresa (Junqueira, 2007).

Sabe-se que o principal perigo do GÁS LP está associado às suas características de inflamabilidade; no entanto, por ser um gás à temperatura ambiente, pode atuar como asfixiante simples. O contato com o líquido pode causar queimaduras e a inalação de vapores em altas concentrações pode ocasionar tontura, dificuldade respiratória e até a perda de consciência (Junqueira, 2007).

Estes fatores contribuem ainda mais para os cuidados quanto à prevenção de acidentes, principalmente na unidade de engarrafamento em estudo.

Desta forma, esta pesquisa justifica-se, principalmente pela necessidade de se avaliar os riscos existentes no ambiente de trabalho como também pela relevância social deste estudo, que tem como intuito, verificar as formas de prevenção de acidentes nas unidades de engarrafamento do GÁS LP.

O objetivo geral deste trabalho é avaliar a importância da identificação de riscos de acidentes em uma unidade de engarrafamento de gás liquefeito de petróleo (GÁS LP).

Além do objetivo geral, foi necessário estabelecer objetivos específicos, com o intuito de alcançar os resultados propostos. Estes objetivos foram:

  • avaliar os riscos em relação ao ambiente de transporte, manuseio e armazenamento do GÁS LP;

  • analisar o ambiente onde é feito o engarrafamento do GÁS LP;

  • verificar quais os riscos existentes no ambiente de engarrafamento do GÁS LP;

  • verificar se há mapa de riscos e estes condizem realmente com os riscos do ambiente de trabalho;

  • informar quanto á necessidade de uso de equipamentos de proteção individual; propor medidas de segurança para as áreas onde os riscos foram detectados.

Para responder à proposta desta pesquisa, deve-se saber que os riscos existentes nas unidades de engarrafamento de GÁS LP são inúmeros e os mesmo devem ser analisados cuidadosamente com o intuito de criar ações de prevenção que possam resolver parte do problema.

Espera-se que este artigo possa contribuir para melhorias nas unidades de engarrafamento do GÁS LP, como também possa ajudar na elaboração de mapas de risco mais precisos e elaboração de treinamentos mais eficazes para o manuseio deste gás.

Segundo Demo (2000) trata-se de uma pesquisa empírica porque se dedica a “reconstruir a teoria, conceitos, ideias, ideologias, polêmicas, tendo em vista aprimorar cada vez mais os conhecimentos teóricos”.

Quanto aos seus objetivos é uma pesquisa exploratória e descritiva, segundo Gil (2001). Exploratória porque envolve um levantamento bibliográfico e questionário estruturado.

Quanto ao projeto, segundo Minayo (1999), ao elaborar um projeto de pesquisa, o pesquisador estará lidando com, no mínimo três dimensões:

Técnica: Regras cientificas para a construção do projeto;

Ideológica: Relaciona-se às escolhas do pesquisador, sempre tendo em vista o momento.

Histórico;

Cientifica: Ultrapassa o senso comum através do método cientifico.

A pesquisa foi realizada coletando dados através de artigos, livros e monografias a respeito de engarrafadoras de Gás Liquefeito do Petróleo.

3. Desenvolvimento

O gás liquefeito de petróleo (GÁS LP) é um composto orgânico constituído de carbono e hidrogênio (hidrocarboneto). Este composto é obtido através da destilação do petróleo, podendo liquefazer-se quando submetido a ação de pressões moderadas, mesmo em temperatura ambiente, vaporizando-se rapidamente mediante redução dessa pressão (Junqueira, 2007).

Como todo composto orgânico, o GÁS LP tem características físico-químicas e também toxicológicas que não possuem efeitos graves de toxidade, porém, quando ocorre um acidente e este composto vaza ocorre uma radiação térmica, podendo ou não ocasionar em uma explosão de altas proporções (Junqueira, 2007).

Segundo estudos da Petrobrás (2003):

“A mistura GÁS LP (propano mais butano) face às suas características expostas é transportada em dutos no estado líquido. Portanto, um vazamento de GÁS LP líquido representa um risco muito maior do que um vazamento em forma de vapor, pois a massa vazada será maior, face à taxa de expansão na mudança de fase.”

O GÁS LP (Gás Liquefeito de Petróleo), conhecido popularmente como gás de cozinha, pode ser separado das frações mais leves de Petróleo ou das mais pesadas de Gás Natural. Sob a pressão atmosférica e temperaturas normalmente encontradas no ambiente é um produto gasoso, inflamável, inodoro e asfixiante, quando aspirado em altas concentrações (Freitas, 2006).

Em temperatura ambiente, mas submetido à pressão na faixa de 3 a 15 kgf/cm2, o GÁS LP se apresenta na forma líquida. Deste fato resulta o seu nome - gás liquefeito de petróleo - e a sua grande aplicabilidade como combustível, devido à facilidade de armazenamento e transporte do gás, a partir do seu engarrafamento em vasilhames (Freitas, 2006).

Este produto é um derivado composto da mistura de hidrocarbonetos com 3 e 4 átomos de carbono com ligação simples, denominados de propano e butano ou ligações duplas, propano e butano. Para que os vazamentos de gás sejam facilmente identificados, compostos a base de enxofre são adicionados apenas para lhe dar um odor característico, sem lhe atribuir caráter (Junqueira, 2007).

O risco resultante ou os danos provocados por um acidente com GÁS LP não confinado é proporcional à massa de gás vazada associado ao ambiente em que se encontra. Outro risco que preocupa muito os engenheiros de segurança é a redução de temperatura que pode produzir “geladuras” em caso de contato acidental (Liquigás, 2009).

Deve ser levada em consideração qualquer hipótese de acidente dentro de uma unidade de engarrafamento, como por exemplo, um incêndio, que em poucos minutos pode elevar a temperatura dos materiais da instalação acima da temperatura de autoignição do gás que, caso haja uma extinção do fogo seguida de um vazamento de gás, pode ocorrer uma explosão muito grande (Junqueira, 2007).

Incêndios em um ou mais vasos de pressão tem sido a grande preocupação, pois quando expostos às chamas, estes vasos devem ser resfriados para que a pressão interna não aumente a níveis perigosos, pois se há elevação desta pressão em níveis muito altos, há também a ruptura das válvulas de alívio de pressão o que torna o acidente fora de controle, comprometendo toda a estrutura da unidade de engarrafamento, liberando uma massa de gás aquecida com altos níveis de radiação (Petrobrás, 2003).

Ainda segundo estudos da Petrobrás (2003):

“O vazamento poderá ser líquido ou gasoso, dependendo das condições de massa e de armazenamento do produto no ponto onde ocorreu a ruptura. Ao deixar a tubulação o gás se mistura com o ar e este processo de difusão permite que a nuvem formada possua em toda sua região periférica em interface com o ar uma mistura inflamável. Esta nuvem é formada por uma mistura demasiadamente rica para se inflamar, em seu início, porém na interface com o ar a massa de gás presente está em condições de inflamabilidade.”

Conforme exposto acima, são vários os riscos existentes em uma unidade de engarrafamento de GÁS LP. Porém, são várias as técnicas utilizadas para identificação e análise de riscos de acidentes, dentre as quais se pode citar a análise preliminar de perigos (APP), análise de modos de falha e efeitos (AMFE), análise de árvore de falhas (AAF), diagrama de causa e efeito (5M), fluxograma, análises de procedimentos, análise de energia, análise de riscos e operabilidade (HAZOP). Todas essas técnicas são muito importantes para uma análise completa do ambiente e de todos os materiais envolvidos no processo de engarrafamento de GÁS LP (Machado; Freitas; Porto, 2000).

Porém, nas unidades de engarrafamento de GÁS LP, a análise preliminar de perigo (APP) é suficiente, pois consiste em identificar todos os perigos envolvidos na realização de uma atividade. As demais técnicas são mais sofisticadas e requerem grandes custos para as empresas, o que, muitas vezes, as tornam inviável no processo. (Machado; Freitas; Porto, 2000).

Avaliar a importância da identificação de riscos de acidentes em unidades de engarrafamento de GÁS LP torna-se muito importante para a empresa, para os funcionários e para o meio, assim, no decorrer do desenvolvimento do trabalho, que se deu origem neste projeto, será feita uma analise mais aprofundada sobre esta importância e quais as medidas de seguranças estão sendo tomadas pelas empresas.

A Gestão de riscos nas envazadoras se inicia no abastecimento, Para entender melhor este sistema no abastecimento, pode ser visualizado na figura 1 um esboço que identifica, basicamente, seu funcionamento.

Figura 1 – Sistema atual para abastecimento de GÁS LP líquido


Fonte: Acervo do pesquisador (2018)

A linha de retorno, controlada pela válvula diferencial de pressão, está interligada a linha a montante da bomba, como na figura 1. Há casos, menos usuais, em que esta tubulação promove o retorno diretamente para o tanque.

A pressão calibrada para o acionamento depende da escolha da bomba e do dimensionamento específico de cada sistema. Para pit stop o mais usual é encontrar uma pressão de calibração em torno de 9 kgf/cm² (0,88 MPa), considerando que a bomba utilizada não ultrapasse uma pressão de descarga de 8 kgf/cm² (0,78 MPa), conforme definido em testes de ensaio conforme a NR-13 (Norma regulamentadora para vasos de pressões do Ministério do trabalho e emprego). Alguns problemas podem surgir neste setor de abastecimento.

Para fins dos critérios de segurança na instalação e operação das bases de armazenamento, envasamento e distribuição de GLP, adota-se a norma NBR 15186/05 regulamentada pela Portaria ANP 35. A NBR 15186 de 2005 estabelece que toda a instalação que envolva movimentação, manuseio e armazenagem de GLP deve contar com medidas de segurança intrínsecas previstas já na fase de elaboração do projeto da planta ou do equipamento. Algumas dessas principais medidas são as localizações das instalações de grande capacidade em áreas adequadamente afastadas de conglomerados urbanos e a utilização de equipamentos e instalações elétricas específicas para áreas sujeitas a formação de mistura explosivas de ar e gás, conforme descrito respectivamente na Instrução Técnica Nº 28/2012 e na NBR 5410.

Em Minas Gerais são 5 grandes empresas que envazam gás GLP, Supergasbras, Nacional Gás Butano, Ultragas, Liquigás e Copacaz, as maiores bases estão localizadas na cidade de Betim-MG, pela proximidade com a Refinaria Gabriel Passos- REGAP, fornecem gás para Toda região metropolitana de Belo Horizonte, e atendem grande parte das cidades do interior de Minas, através de revendedores, menos as cidades que fazem fronteiras com outros estados (Sindigas, 2016).

Como as empresas trabalham com uma substância de alta periculosidade, é de extrema importância projetos de segurança no ambiente de trabalho, como também, fornecer treinamento aos funcionários no sentido de promover a prevenção de acidentes.

Foram analisados os números de acidentes e as ferramentas de gestão utilizadas pelas empresas para se ter uma melhor compreensão do estudo. Todas utilizam Analise preliminar de Riscos, Permissão de Trabalho elaborada pelos profissionais de Segurança do Trabalho e o HAZOP- Hazard and Operability Study, que é o estudo de Perigo e operabilidade, elaborado por uma equipe multidisciplinar.

Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, os eventos mais relevantes da análise de consequências de algum acidente são: incêndio empoça e ou piscina; incêndio em nuvem; jatos de fogo; bleves. Vazamentos significativos; explosões. O bleve (bleve ou "bola de fogo" é uma combinação de incêndio e explosão, com uma emissão intensa de calor radiante, em um intervalo de tempo muito pequeno) que é o evento mais comum pode ocorrer depois de uma ruptura instantânea de um tanque contendo líquidos sob pressão. Bleves quentes ou frios ocorrem na mesma proporção.

Nas condições normais de uso, recipientes de GLP não explodem. O recipiente pode explodir se permanecer em contato direto com altas temperaturas por período prolongado. Esse fenômeno é chamado de BLEVE (Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion), sigla em inglês para a explosão de fase vapor devido à expansão do líquido em ebulição (Sindigás, 2008d).

O mais grave acidente industrial com GLP ocorreu em 1984 em San Juanico-Mexico que vitimou fatalmente cerca de 600 moradores que viviam nos arredores de uma planta de grande capacidade de armazenagem do produto. (Fundacentro, 2014).

No Brasil o maior acidente com GLP, foi em 30 de março de 1972, No dia 30 de março de 1972, ocorreram três explosões em três tanques de gás liquefeito de petróleo (GLP); a primeira e mais forte, por volta das 0h50m; a segunda às 1h30m; e, a terceira, aproximadamente, às 2h30m, No dia 01 de abril de 1972, 48 funcionários estavam internados, sendo 36 os feridos da REDUC e 14 empregados da FABOR (Fábrica de Borracha Sintética). No dia 11/04/1972 o número de vítimas fatais alcançou 38 trabalhadores; e 35 trabalhadores continuavam hospitalizados, sendo dois deles em estado grave, O vazamento de gás começou às 17 horas de quarta-feira (29/03). Às 18 horas a Brigada Contra o Fogo da Petrobrás lutava para evitar a progressão do defeito, resfriando toda a área, porque a temperatura (de 45 a 50, graus normalmente) subia a cada instante. Mais de 100 homens banhavam permanentemente as esferas de gás. O trabalho não surtia efeito e o calor continuava aumentando. O gás já ocupava extensa área, inclusive fora dos limites da refinaria. Àquela altura, um fósforo riscado ou até mesmo uma faísca provocaria o incêndio. A temperatura no ponto de vazamento já estava a mil graus. Com as três explosões, o calor ficou insuportável e o colchão de ar transforma-se em chama gigantesca. A grande esfera de aço rompeu-se de tal forma que seus pedaços pareceram rasgados como se fossem papel, embora pesasse dezenas de toneladas. (Jornal do Brasil, 31/03/1998, p. 18.).

No dia, 6 de agosto de 2005, dia calmo na Vila Moraes, Goiânia, foi interrompido por uma série de explosões. Primeiro uma forte explosão, às 11h 22, seguida imediatamente de um tremor que abalou os quatro quarteirões da Rua das Indústrias e algumas casas vizinhas. Vieram outras explosões médias, seis delas nos primeiros cinco minutos, e depois várias outras até quase meio-dia. Uma fumaça preta acompanhada de uma labareda gigante começou a cobrir o céu e os moradores do bairro pensaram que finalmente aconteceu o que eles temiam: o reservatório da Supergasbrás Distribuidora de Gás S.A. às margens da BR-153 explodiu. causa provável foi a utilização de uma ferramenta que produz faísca, que foi usada para bater na válvula de um dos botijões. ( Diário da manhã, 06/08/2005).

Os acidentes acidentes ambientais de origem tecnológica, envolvendo Gás LP, ocorridos nas décadas de 70 e 80, motivaram os órgãos governamentais, a promoverem diversos programas para o gerenciamento de riscos nas envazadoras de Gás ( Fundacentro, 2009).

Devido a inúmeros acidentes ocorridos no mundo, no Brasil para se que uma empresa de envaze de gás LP possa operar, ela passa por um processo de licenciamento ambiental, onde são exigidos a apresentação de uma analise de Risco Global, e Um Planilha de aspecto e impactos ambientais e o AVCB- Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. ( Feam, 2001).

A falta de manutenção preventiva e preditiva é uma das principais causas de acidente em clientes, e nas bases de envase de Gás GLP, A manutenção e a instalação adequadas evitam casos como possíveis explosões e até mesmo a morte de pessoas, a análise periódica das peças serve para prevenir o desgaste natural que ocasiona danos aos equipamentos, além de garantir a segurança do ambiente em que está instalado. É preciso ter um plano de manutenção, estando atento ao cumprimento dos prazos das manutenções, é importante também para a segurança dos usuários, que a instalação de gás tenha avaliação de um profissional, pois o vazamento de gás pode ser silenciosos extremamente perigoso.( Sindigas, 2010).

4. Conclusão

Conclui-se com este estudo que a maioria dos acidentes nas engarrafadoras de GÁS LP, ocorrem por falta de manutenções, em instalações e vasilhames, falha nas elaborações das Analises de riscos, falta de informação, seja por ausência de interesse do funcionário, ou seja, por falta de treinamentos, fiscalização adequada em relação do uso de EPIs e, também, quanto ao engarrafamento, manuseio, transporte e armazenamento do GÁS LP.

A importância da detecção de riscos e consequências se torna essencial para se evitar acidentes de grandes proporções como no caso das válvulas, que podem dar defeito e ocasionar vazamento de gás.

É importante que os riscos sejam avaliados e inseridos no contexto dos mapas de riscos para que os funcionários estejam cientes e alertas quanto a quaisquer alterações que possam ocorrer dentro dos setores das empressa que lidam com o GÁS LP.

Os fatores de riscos mais identificados nas empresas são a falta de treinamento que deve ser estendida a 100% dos funcionários e a falta de informação quanto aos mapas de risco e como interpretá-los.

As empresas precisam ter um sistema de Gestão de Segurança e Saúde ocupacional, com ferramentas que consigam envolver, todos os setores da empresa, iniciando pelas lideranças, chegando até as áreas operacionais. O sistema precisa ter, Planejamento da identificação de perigos, avaliação de riscos e controle dos riscos, estrutura e responsabilidade, treinamento e conscientização e competência, consulta e comunicação, controle operacional, prontidão e respostas a emergências, Medições de desempenho, monitoramento de melhorias.

5. REFERÊNCIAS

Abiquim (2004). Manual para atendimento de emergências com produtos perigosos – pró-química. Associação brasileira da indústria química e de produtos derivados. São Paulo.

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Eduardo, A.C.; Andrade, R. M. Detecção de falhas em sistemas mecânicos usando função de correlação e rede neurais artificiais. In: Congresso Nacional de Engenharia Mecânica - CONEM2006. Recife, 2006.

Freitas, C. M. Acidentes químicos ampliados: incorporando a dimensão social nas análises de riscos. Tese de Doutorado, Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, 2006.

Gil, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Liquigás Distribuidora S/A. PG-GGOP-DIOL-017: Informativo de Gás Liquefeito de Petróleo. 2006. LLORY, M. Acidentes industriais: o custo do silêncio. Rio de Janeiro: MultiMais Editorial, 2009.

Junqueira, K. A “democratização” do gás liquefeito de petróleo e o desenvolvimento sustentável. 2007.

Machado, J. M. H.; Freitas, C. M.; Porto, M. F. S. Perspectivas para uma análise interdisciplinar e participativa de acidentes (AIPA) no contexto da indústria de processo. In: Acidentes industriais ampliados – desafios e perspectivas para o controle e a prevenção de acidentes. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000.

Petrobrás. Treinamento de controle de emergências com GÁS LP. Recife, 2003.

Porto, M. F. S. Análise de riscos nos locais de trabalho: conhecer para transformar. In: Cadernos de saúde do trabalhador. Fundação Oswaldo Cruz, 2000.

Santos, Antonio Raimundo. Metodologia científica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.

Strauss, AL; Corbin, J. 2008. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. Trad. De Luciane de Oliveira da Rocha. 2ª ed., Porto Alegre, Artmed.

Sindigas . Manual de Segurança para o posto de revendedor de GLP. Rio de Janeiro, 2010.

Sindigas. Panorama do Setor de GLP em movimento. Rio de Janeiro, 2006.


Publicado por: Alexandre Gustavo Souza de Oliveira

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