SONO X TRABALHO A INFLUÊNCIA DA QUALIDADE DO SONO NA VIDA DOS MOTORISTAS E DOS DIVERSOS PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM DE TURNO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

índice

Imprimir Texto -A +A
icone de alerta

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

1. RESUMO

Com o passar do tempo, as pessoas estão trocando algumas valiosas horas de sono pelo trabalho, o que pode resultar de forma precoce ou tardia, em graves consequências à saúde. No desempenho profissional, a atenção, a coordenação motora, o ritmo mental e principalmente o alerta são influenciados pelo estado de fadiga e sono. O trabalho realizado em turnos, principalmente noturno, traz prejuízos à saúde do trabalhador. Foi constatado que a sonolência tem contribuído de forma significativa para o aumento no número de acidentes nas rodovias. Este artigo tem como objetivo geral, identificar a importância de uma maior atenção à qualidade do sono, seus reflexos na atuação e na vida dos trabalhadores de turno, enfatizando o trabalho dos motoristas. E como objetivo específico, relacionar as possíveis patologias diante da extensa carga horária de trabalho e curto tempo de sono; identificar quais possíveis riscos no trabalho devido á sonolência/fadiga; Sinalizar, quanto aos motoristas profissionais, o que regulamenta a lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012 e traçar os hábitos saudáveis quanto ao tempo de trabalho e de sono diários. Através de uma breve revisão de literatura onde foram utilizadas amostras compostas por artigos científicos publicados em revistas indexadas, relacionados ao tema, nos últimos doze anos. O resultado desta pesquisa identificou a necessidade de maior conhecimento, tanto para os empregadores como para os trabalhadores, a cerca da importância de uma boa noite de sono e qualidade de vida dos diversos profissionais para evitar acidentes do trabalho e doenças ocupacionais.

Descritores: Sono; Fadiga; Motoristas profissionais; Acidentes; Trabalho de turno.

ABSTRACT

Over time, people are exchanging some valuable hours of sleep at work, which may result by early or late in serious health consequences. Professional performance, attention, motor coordination, rhythm and mental especially alert are influenced by the state of fatigue and sleep. The work done in shifts, mainly nocturnal, brings harm to workers' health. It was found that sleepiness has contributed significantly to the increase in the number of accidents on highways. This article aims to generally identify the importance of greater attention to the quality of sleep, its effects on performance and life of shift workers, emphasizing the work of drivers. And as a specific goal, list the possible diseases due to the extensive workload and short sleep time; identify possible risks at work due to drowsiness / fatigue; Flag, as the professional drivers, which regulates Law No. 12,619, of April 30, 2012 and trace the healthy habits as working time and sleep diaries. Through a brief literature review where composite samples were used for scientific papers published in indexed journals related to the topic, in the last twelve years. The result of this research identified the need for greater knowledge, both for employers and workers about the importance of a good night's sleep and quality of life for many professionals to prevent labor accidents and occupational diseases.

Keywords: Sleep, Fatigue, Professional Drivers, Accidents, Work shift.

2. INTRODUÇÃO

O sono é parte essencial da vida, pois é um período de restauração física que nos protege do desgaste natural das atividades que desempenhamos quando estamos acordados, sendo assim essencial para a saúde de todos (IBGE TEEN, 1998). Uma constatação recente afirma que, a cada dia, as pessoas estão trabalhando um pouco mais e, como consequência, dormindo menos. As duas coisas combinadas acabam levando a uma terceira, que é o reflexo na saúde (RESENDE, 2010). Com isso, faz-se necessário lembrar a definição de Saúde, que segundo a Organização Mundial de Saúde, é um estado de completo bem estar, físico, mental e social, e não apenas ausência de doença (SEGRE, 1997).

Muitas vezes, o sono acontece de forma involuntária, pela produção do hormônio chamado melatonina. É um neurohormônio produzido pela hipófise na presença de pouca ou nenhuma luz. Quando se fecha os olhos ou num ambiente de penumbra a hipófise começa a produzir tal hormônio que induz ao sono (ALVES, 2010).

No desempenho profissional, o sono tem importância fundamental, a atenção, a coordenação motora, o ritmo mental e principalmente o alerta são influenciados pelo estado de fadiga. A necessidade de sono varia de pessoa para pessoa e não depende somente do trabalho em turnos, porém este fator pode modificar o padrão de sono, diminuindo a qualidade e o tempo total de sono principalmente dos trabalhadores noturnos (RUTENFRANZ, 1989, APUD MELLO, SANTOS E TUFIK, 2006) (9).

Contudo, pode-se afirmar que com o passar do tempo, as pessoas estão trocando algumas valiosas horas de sono pelo trabalho, o que pode refletir de forma precoce ou tardia, graves consequências à saúde e também no próprio ambiente de trabalho. De acordo com Resende, 2010, o trabalho é saudável, mas deve ser contido dentro de limites que acompanhem o que o corpo humano suporta. O que dizem os especialistas é que o sono é fundamental, não só para o relaxamento e afastamento do stress, mas para a própria recuperação do corpo.

De acordo com Lemler (2012), foi revelado, em um levantamento feito com base nos dados da Polícia Rodoviária Federal de 2001 e 2002 sobre ocorrências em estradas federais, que o sono é responsável por um em cada quatro acidentes de trânsito nas rodovias do país. E a Associação Brasileira do Sono (ABS) estima que o sono seja responsável por 30% das mortes e 20% dos acidentes no país. Contudo, nota-se que apesar de o sono ser um dos mais importantes elementos na causa de Acidente de Transito, é muito pouco estudado.

Esta pesquisa tem como objetivo geral, identificar a importância de uma maior atenção à qualidade do sono, seus reflexos na atuação e na vida dos trabalhadores de turno, enfatizando o trabalho dos motoristas. E como objetivo específico, relacionar as possíveis patologias diante da extensa carga horária de trabalho e curto tempo de sono; identificar quais possíveis riscos no trabalho devido á sonolência/fadiga; Sinalizar, quanto aos motoristas profissionais, o que regulamenta a lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012 e traçar os hábitos saudáveis quanto ao tempo de trabalho e de sono diários. Através de uma breve revisão de literatura onde foram utilizados artigos publicados em revistas indexadas, relacionados ao tema, no período delineado na metodologia (2000-2012).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para realização da referida pesquisa foi adotado o método bibliográfico, visto que a presente pesquisa é um estudo de revisão de literatura. Este método é definido por, segundo Noronha e Ferreira (2000), apud, Moreira (2004), como sendo um estudo que analisa a produção bibliográfica em determinada área temática, dentro de um espaço de tempo, fornecendo uma visão geral ou um relatório sobre um tópico específico, evidenciando novas idéias.

Para a busca de dados foram consultados artigos e revistas científicas relacionados ao tema publicados , nos últimos doze anos em revistas indexadas eletrônicas e sites de pesquisas como, por exemplo, Scielo e BVS (Biblioteca Virtual da Saúde)- bibliotecas eletrônicas que abrangem periódicos científicos. Tal modalidade de produção, além de ser comumente valorizada no conjunto da produção bibliográfica, é a mais facilmente acessada. Para tanto, utilizou-se os seguintes descritores: Sono; Fadiga; Motoristas profissionais; Acidentes; Trabalho de turno.>

Os critérios de inclusão foram: artigos publicados no período delineado na metodologia (2000-2012); publicados no idioma português; contendo pelo menos um dos descritores escolhidos; e que tratem da temática em questão. Foram excluídos artigos em outros idiomas, com abrangência em outra área de especificação, que apresentavam outros países como focos geográficos e com publicação anterior a 2000.

4. REVISÃO LITERÁRIA

4.1. POSSÍVEIS RISCOS NO TRABALHO DEVIDO Á SONOLÊNCIA

As mudanças econômicas, demográficas e tecnológicas são as principais causas do aumentado considerável nos horários de trabalho em turnos e noturnos na ultima década. Porém, este modelo de organização de trabalhos não é exclusividade da era industrial, pois já existiam formas de trabalhos em turnos como serviços de guardas, bombeiros, polícias e enfermeiras desde o começo das relações sociais entre os homens (RUTENFRANZ, 1989, apud, MELLO, SANTOS E TUFIK, 2006) (9). Ou seja, com as mudanças citadas pelo autor, as pessoas estão passando mais tempo trabalhando, e consequentemente tendo menor tempo de laser e descanso, o qual relacionamos ao sono .

Segundo Mauro, et al.,2004, a palavra trabalho e o qualitativo profissional são usados para designar toda atividade realizada tecnicamente com a finalidade de conseguir um rendimento econômico. O mesmo afirma que em nossa organização social, o ser humano dedica ao trabalho aproximadamente 65% da sua vida produtiva, incluindo-se jornada de trabalho e atividade propriamente dita, a locomoção e o atendimento das necessidades relacionadas ao trabalho. Portanto, o homem dedica metade da sua existência ao trabalho profissional.

Estudos recentes, indicam um aumento no risco de acidentes em função do tempo de trabalho, relacionado a quantas horas consecutivas o trabalhador está desempenhando sua função sem intervalo. Desta forma este risco estaria aumentado em torno de 9 horas após o início do turno de trabalho. Com 12 horas de trabalho o risco aumentaria em dobro, e com 14 horas de trabalhos contínuos este fator de risco aumenta em três vezes (FOLKARD, 1996 apud. MELLO SANTOS E TUFIK 2006) (10).

Segundo Dinges, 1995 apud Mello, Santos e Tufik, 2006(9) a sonolência contribui consideravelmente para os erros e aumento do risco de acidentes nos locais de trabalho, sejam eles nas operações industriais, plataformas petroquímicas, saúde ou sistemas de transportes.

Ou seja, a sonolência altera a atenção, a coordenação motora, o ritmo mental e o reflexo, quadro de alteração que caracteriza a fadiga. Com isso, a probabilidade de acidente é aumentada, colocando a vida do profissional e em alguns casos, até mesmo outras vidas em risco. Quando se trata de trabalho em turnos esta probabilidade pode apresentar-se ainda maior.

De acordo com Takana, 1988, apud Mauro et al., 2004, as consequências diretas diante do trabalho de turno são: fadiga, desadaptação à atividade, baixo rendimento, baixa capacidade de conciliar o sono normal, maior índice de erros detectados, desequilíbrio nutricional, limite reduzido de responsabilidade; aumento ou aparecimento de patologia de natureza somática e estresse.

Dinges, 1995 apud. Mello Santos e Tufik, 2006(10), considera que as maiores consequências dos problemas da sonolência para os trabalhadores de turnos têm relação com a qualidade de vida, redução na produção e aumento potencial no risco de acidentes e de lesões durante o horário de trabalho. Com relação à qualidade de vida, Gordon et. al., 1985, afirma que esta população geralmente apresenta aumento de sintomas neurais, uso de álcool e de remédios estimulantes e para dormir. E com relação ao aumento no numero de acidentes, este estaria diretamente correlacionado com fatores circadianos, ou seja, distúrbios do ciclo vigilia-sono (MELLO, SANTOS E TUFIK, 2006) (9).

No que se refere aos transportes, Horne, 1999 apud. Mello, Santos e Tufik, 2006(10), afirma que a sonolência contribui de uma forma significativa para o aumento no número de acidentes nas rodovias, sendo também influenciada pôr vários fatores como, o ritmo circadiano vigília-sono, trabalhos em horários irregulares, tempo de trabalho na direção dos veículos, desordens de sono e principalmente privação de sono.

E Hansotia (1997) apud Mello, Santos e Tufik ( 2006) (10), comprova através de seus estudos que tanto a sonolência quanto os problemas relacionados com o sono, colocam os motoristas e outras pessoas durante as suas viagens, em alto risco para sofrerem acidentes com seus veículos.

Diversos acidentes ocorridos durante a jornada de trabalho são devido a fatores relacionados à fadiga e/ ou a sonolência excessiva. Provavelmente, o tipo de acidente mais exposto na opinião da população seja o acidente de transito, automobilístico, pois anualmente o mesmo e responsável por mais de quinhentas mil mortes no mundo, contra quatrocentos e quarenta mil decorrentes de homicídios e trezentos e vinte mil devido às guerras. (MELLO, 2008) (11)

De acordo com George, 1998, apud. Mello, et. al. 2006(10), justamente a sonolência diurna pode desencadear a diminuição desta atenção e aumentar o risco de acidentes, esta sonolência pode ainda ser uma consequência de uma má qualidade de sono, tempo de sono insuficiente ou dos distúrbios de sono. Segundo o mesmo autor, constatação de estudos, afirmam que o erro humano é um dos maiores determinante nos acidentes automotivos, falta de atenção, observações inadequadas e erros cognitivos são responsáveis pôr aproximadamente 40% dos casos.

4.2. POSSÍVEIS PATOLOGIAS DIANTE DA EXTENSA CARGA HORÁRIA DE TRABALHO E CURTO TEMPO DE SONO

Os trabalhadores que estão constantemente alterando seus horários de dormir, geralmente, causam perturbações do padrão de sono, e este quadro pode levar ao surgimento de alguns distúrbios de sono, onde se pode citar como exemplo a síndrome da apneia e a hipopinea obstrutiva do sono, que geralmente apresenta-se em pessoas obesas e sedentárias, quadro tipicamente encontrado em motoristas de ônibus profissional. Outros exemplos de distúrbios de sono que também podem ser observados entre os trabalhadores em turnos, são a Síndrome dos Movimentos Periódicos das Pernas, insônia e narcolepsia, que são também alguns fatores que podem causar um quadro de sonolência e consequentemente, aumentarem o risco de acidentes (GUILHERMINAULT, 1977, apud MELLO SANTOS E TUFIK, 2006) (9).

Os distúrbios de sono, tem se tornado uma preocupação de médicos e administradores de saúde pública atingindo nas últimas décadas índices crescentes. Percebe-se que a maioria das pessoas que tem queixas relacionadas ao sono relata problemas como sonolência excessiva diurna, irritabilidade e estresse (HAURI, 1982 apud MELLO SANTOS E TUFIK) (10).Tais sintomas podem interferir de forma direta tanto no ambiente de trabalho,tanto conjugal, como social.

Já se sabe que o trabalho prolongado reduz a atenção e aumenta o risco de acidente no trabalho, além disso, a fadiga também pode causar transtornos sexuais como impotência e frigidez, dores variadas, distúrbios digestivos, desordens mentais, distúrbios de caráter, memória, atenção, irritabilidade, agressividade, crises nervosas, intolerância à ruídos, hipersensibilidade, depressão nervosa, além de distúrbios psicossomáticos como angústias, palpitações, hipertensão essencial, úlceras gástricas, enxaquecas, desmaios, vertigens (FLOREZ-LOZANO, 1980, apud MELLO,SANTOS E TUFIK,2006) (10).

O trabalho realizado em turnos, principalmente o trabalho noturno fixo ou alternante, traz prejuízos à saúde do trabalhador e sob a óptica da cronobiologia estes prejuízos são decorrentes de uma desordem temporal do organismo (CAMPOS, 2004).

Analisando quanto ao gênero, segundo Mello, Santos e Tufik, 2006 (9), as mulheres em muitos casos fazem um chamado duplo papel, pois além de fazerem todas as atividades domesticas e dos cuidados com os filhos, ainda comparecem ao turno de trabalho no período que deveriam estar descansando, tal situação não permite que elas possuam um repouso satisfatório, se encontrando constantemente em um estado de privação de sono, apresentando um risco ainda maior para acidentes.

Ou seja, se formos comparar a rotina do homem e da mulher, certamente, à mulher em sua maioria apresentará maior nível de cansaço, considerando a presença da cultura, que apesar da evolução quanto ao grande numero de ocupação no mercado de trabalho, a mulher continua com os papeis a serem cumpridos no lar, entre os quais se destacam a função de esposa, mãe e dona de casa, tal questão pode comprometer a saúde destas profissionais de forma severa.

De acordo com Alves (2010), a resolução 80/98 do CONTRAN recomenda que todo candidato a motorista das categorias C (caminhão), D (ônibus) e E (carreta) devem ser avaliado com relação à distúrbios do sono síndrome da apnéia obstrutiva do sono.Toda essa preocupação com relação a esta síndrome explica-se devido ao fato dela aumentar em três a sete vezes o risco de acidente. Considerando-se que o motorista fica em média sessenta ou mais horas na direção por semana o que propicia a fadiga que por sua vez facilita o aparecimento dos sinais e sintomas decorrentes dos distúrbios do sono.

A presença do sono ou da fadiga permite alterações nos níveis de estresse e decréscimo no desempenho, além dos distúrbios de saúde, essencialmente do sono, digestivos e mentais, com isso os trabalhadores estão mais propensos a redução do bom desempenho físico e mental em função da sua atividade profissional. O surgimento dos distúrbios do sono, inclusive a insônia, a sonolência excessiva, apneia do sono e síndromes das pernas inquietas, são alguns dos indicativos comuns do desempenho do trabalho por turno e noturno, pois estes alteram a saude e consequentemente a qualidade de vida (MELLO et al.2008) (11).

Diante dos dados citados, pode-se afirmar que o profissional precisa atentar quanto aos riscos que estão expostos, buscando manter uma vida com hábitos saudável, permitindo-se, independente de seu gênero, o descanso adequado para seu corpo e para sua mente.

4.3. SONO E DIREÇÃO

Os Acidentes de Transito surgiram como uma epidemia capaz de produzir muitas mortes, ferimentos e incapacidades, gerando custos financeiros e sociais enormes, representando também, um grande problema de saúde pública (SODERLUND & ZWI, 1995, apud, MARIN, 2000).

Segundo o Ministério da Saúde, em 2006 no Brasil 35.156 pessoas morreram em acidentes de trânsito. Aplicando a média mundial, cerca de 6600 perderam a vida por causa do sono ao volante (TOBIAS, 2008). Diante de tais fatos, pode-se observar que além da constatação dos acidentes de transito de forma geral, já ser considerado um problema de saúde pública, tal situação apresenta-se como reflexo do sono ao volante.

De acordo com Alves (2010), no Brasil, motoristas que dirigem com sono são responsáveis por 42% dos acidentes de trânsito, e os que dirigem com fadiga são responsáveis por 18%. Juntos o sono e a fadiga/cansaço representam 60% dos acidentes causados no país.

Segundo Leger (1994) apud Marin (2000), as informações de índices de acidentes no transito relacionados ao sono diferenciam-se de um autor para outro. São calculadas duas taxas para estimar o número de acidentes por veículo causados por sonolência. Uma é baseada na percentagem total de acidentes e o total de acidentes fatais que ocorrem nas horas de maior sonolência, das 2h às 7h e das 14h às 17h. A outra é a percentagem do total de acidentes ocorridos à noite, quando o tempo de reação e de desempenho estão consideravelmente diminuídos.

Tobias (2008) relata que segundo Marco Mello, da Unifesp, o risco de acidentes torna-se maior, não no horário de maior trânsito, mas sim naquele em que o condutor tem um declínio na temperatura corporal, e inicia a liberação de melatonina, o que o induz ao sono.Sendo entre 12h30 e 14h e das 22h às 6 da manhã, considerando-se que o período crítico fica entre 3h30 e 5h30.

Para Alves (2010), o ruído uniforme e contínuo, a vibração de corpo inteiro e o movimento pendular do tronco e cabeça quando na direção veicular concorrentes,também favorecem para indução ao sono.Desta forma, a junção desses fatores gera torpor e sonolência aos motoristas expostos aos mesmos.

O neurologista, Rubens Reimão, afirma que os caminhoneiros, tendem a fazer jornadas muito longas, em muitos casos, tomam estimulantes proibidos para manter o alerta, conhecidos como “rebites”. Porém, essas drogas não funcionam. O motorista tem a sensação de estar bem, por causa do componente euforizante, mas na realidade tem um déficit de atenção. >Desta forma, os rebites são mais um risco adicionado à vida destes condutores, considerando que quando o efeito acaba os motoristas não percebem e chegam a dormir de olho aberto(LEMLE, 2012).

Segundo o mesmo autor, os motoristas de ônibus também estão sendo analisados pelos especialistas. Segundo o autor, um estudo feito em 2000 pelo >Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) afirmou que 16% dos motoristas de ônibus admitiram cochilar durante o trabalho, mas a real proporção seria de 48%.

Contudo, é importante sinalizar quanto ao sub-registro da sonolência, que segundo MARTIN (2000), existe por diversos motivos: os envolvidos não desejam referir nem aos policiais, nem amigos ou familiares, que eles dormiram na direção, pois assim, significaria admitir responsabilidade pelo acidente. Algumas vezes sonolência é ignorada por falta de reconhecimento do motorista, que atribui a causa do acidente a outras causas, como por exemplo, má condição climática ou o estado insuficiente de preservação da rodovia.

4.4. REGULAMENTAÇÃO DA LEI Nº 12.619

A lei nº 12.619, sancionada no dia 30 de abril de 2012 dispõe sobre o exercício da profissão de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; e dá outras providências. A partir de agora, as novas regras de jornada de trabalho dos motoristas empregados estão incluídas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o tempo de direção e descansos obrigatórios foram incluídos no Código de Trânsito e aplicável aos motoristas autônomos (SOUZA, 2012).

Lei N° 12.619 Art. 67-A.  É vedado ao motorista profissional, no exercício de sua profissão e na condução de veículo mencionado no inciso II do art. 105 deste Código, dirigir por mais de 4 (quatro) horas ininterruptas.

§ 1o  Será observado intervalo mínimo de 30 (trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas ininterruptas na condução de veículo referido no caput, sendo facultado o fracionamento do tempo de direção e do intervalo de descanso, desde que não completadas 4 (quatro) horas contínuas no exercício da condução.  

 § 3o O condutor é obrigado a, dentro do período de 24 (vinte e quatro) horas, observar um intervalo de, no mínimo, 11 (onze) horas de descanso, podendo ser fracionado em 9 (nove) horas mais 2 (duas), no mesmo dia.

 § 4o Entende-se como tempo de direção ou de condução de veículo apenas o período em que o condutor estiver efetivamente ao volante de um veículo em curso entre a origem e o seu destino, respeitado o disposto no § 1o, sendo-lhe facultado descansar no interior do próprio veículo, desde que este seja dotado de locais apropriados para a natureza e a duração do descanso exigido (PRESIDENCIA DA REPÚBLICA, 2012)

De acordo com Lemle (2012), as resoluções 405 e 406 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) detalham como será feita a fiscalização sobre as horas de descanso obrigatórias, previstas na Lei 12.619/2012, de 30 de abril. A primeira estabelece um repouso de 11 horas por dia e descanso de 30 minutos a cada quatro horas trabalhadas. A mesma determina que a fiscalização possa ser feita também pelo registro manual da jornada, por meio de diário de bordo ou ficha de trabalho. O descumprimento da norma é uma infração grave, sujeita a multa e retenção do veículo. A segunda é relacionada com controle do tempo de direção e descanso será feito pelo tacógrafo, registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo do veículo. O equipamento é obrigatório para veículos de transporte escolar, de passageiro e de carga e deve ter a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Resolução 405, em vigor em 29 de julho de 2012, dispõe sobre a fiscalização do tempo de direção do motorista profissional de que trata o artigo 67-A, incluído no Código de Transito Brasileiro – CTB, pela Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012, e dá outras providências. Resolução 406, em vigor em 14 de junho de 2012, altera a Resolução nº 92, de 4 de maio de 1999, que dispõe sobre requisitos técnicos mínimos do registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (DETRAN,2012).

Lemle (2012), afirma que de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), considera a regulamentação da lei 12.619, um avanço para a categoria e visa à redução de acidentes provocados por cansaço dos motoristas profissionais.

A principal preocupação do governo foi propor na legislação a possibilidade do descanso entre jornadas, buscando com isso, evitar que os motoristas principalmente de caminhões, continuem tendo jornadas de trabalho exaustivas, possibilitando assim, a redução de acidentes nas estradas. É importante ressaltar, que fica determinada para os motoristas, também, a disponibilidade de acesso a programas de formação e aperfeiçoamento profissional, atendimento profilático, terapêutico e reabilitador através do Sistema Único de Saúde (SUS) (SOUZA, 2012).

Considerando os acidentes de transito provocado pelo sono, como um problema de saúde pública, e de saúde ocupacional, pode-se afirmar que esta lei, tem grande importância na vida dos motoristas profissionais, porém tem que haver uma estrutura política capaz de além de inspecionar disponibilizar atendimento profilático, terapêutico e reabilitador. A conscientização dos profissionais, quanto aos seus direitos e a importância de uma atenção voltada às possíveis distúrbios do sono, é torna-se essencial neste momento. Para que não haja omissão do “cochilo” ao volante por medo do desemprego, ou algum fator relacionado.

4.5. HÁBITOS SAUDÁVEIS QUANTO AO TEMPO DE TRABALHO E DE SONO DIÁRIO

Além da redução do tempo total de sono e da diminuição da eficiência de sono nos trabalhadores, outro fator que foi identificado, foi o risco de acidentes. Com isto, para evitar tais acidentes seria muito importante que o trabalhador não desempenhasse suas funções por um tempo prolongado sem intervalos, evitando assim entrar em um estado de fadiga aumentando o risco de acidentes e lesões (MELLO, SANTOS E TUFIK, 2006) (9).

Tratando-se dos motoristas, uma boa estratégia para minimizar a sonolência ao dirigir, é realizar “cochilos” de trinta minutos, nos intervalos das viagens. Outro aspecto importante é a necessidade de intervalos e descanso maiores que 24 horas, entre as jornadas de trabalho, considerando os trabalhadores de turnos. Uma avaliação polissonografica e a adequação das escalas de trabalho ao cronotipo e ritmos biológicos do motorista também se mostra muito importante para minimizar os efeitos negativos para a saúde do trabalhador melhorando a eficiência e produtividade além de reduzir os riscos

Ibid. é de grande relevância a obtenção deste tipo de conhecimento para a área de Recursos Humanos e tráfego, dentro das empresas de transportes. Uma vez que com conhecimentos básicos sobre o sono as empresas podem adotar medidas simples e de baixo custo para a alteração das jornadas de trabalho e em sua relação empregado-empregador, isso possibilita uma melhora na qualidade e estilo de vida pôr parte dos motoristas e uma possível e provável melhora na qualidade do serviço prestado pela empresa, propiciando assim aumento da segurança para os usuários e profissional.

Segundo o IBGE, 1998, não existe um número de horas ideal para se dormir por dia. A quantidade de sono necessária para se sentir alerta durante o dia varia de pessoa para pessoa. O mesmo cita algumas medidas para preservar um bom sono, como: dormir apenas o necessário para sentir-se recuperado, pois muito tempo na cama interfere na qualidade do sono na noite seguinte; ter horário regular para levantar sete dias por semana; evitar bebidas com cafeína à noite, pois o café, chá preto, chimarrão, chocolate e refrigerantes à base de cola estimulam o sistema nervoso; evitar fumar, principalmente à noite pois a nicotina tem efeitos diversos sobre o sistema nervoso e é prejudicial ao sono;evitar ingerir bebidas alcoólicas à noite pois pode prejudicar a respiração, estimular o ronco e sonhos desagradáveis. Além disso, o álcool cria dependência física e psíquica; dormir em ambiente escuro, silencioso, bem ventilado e com temperatura agradável; não dormir com fome; evitar refeições pesadas até três horas antes de dormir; diante de eventual noite de insônia não se deve permanecer na cama forçando o sono. Deve-se procurar uma atividade fora da cama e só retor quando sentir novamente sono.

Segundo Tobias (2008), os condutoras que tem dormido pouco e precisa enfrentar estradas, devem seguir as recomendações do diretor do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (InCor), Geraldo Lorenzi Filho:Colocar um despertador para os próximos 15 minutos, quando decidir descansar,não dormir mais do que esse tempo, ou irá entrar em sono profundo e isso poderá atrapalhar , como por exemplo o motorista poderá acordar com tontura; após o cochilo, sair do carro, lavar o rosto e se possível, tomar um café.O mesmo, orienta também quanto a importância de investigar se tem apnéia, que fragmenta o sono, principalmente dos homens entre 30 e 60 anos.

Segundo Alves (2010), as jornadas de doze e até quatorze horas são absurdas, incompatíveis com trabalho seguro e de qualidade, comprometendo a vida e/ou saúde dos motoristas. Desta forma, é recomendado que a jornada seja de no máximo seis horas e que a cada duas horas haja pausa, quando o motorista descer do veículo, deve fazer uma curta caminhada, fazer ainda um alongamento e após dez a quinze minutos poderá reassumir a atividade,podendo seguir mais descansado.

Como já foi exposto no decorrer do trabalho, a sonolência, o baixo rendimento no trabalho e a qualidade de vida estão evidentes na sociedade moderna, a qual vive em constante modificação com a presença de dificuldades psicológicas no bem-estar social, aumento nos níveis de estresse e decréscimo no desempenho no trabalho. Com tudo, pode-se afirmar que tais dicas citadas ao longo deste tópico, podem e devem ser seguidas por todos, em especial trabalhadores que necessitam de descanso de qualidade para ter bom desempenho no trabalho. Pois, tais hábitos de saúde e algumas mudanças no ritmo de vida citados podem permitir mudanças consideráveis e uma vida mais saudável e livre de acidentes de trabalho.

5. CONCLUSÃO

Considerando a importância deste trabalho para estudantes e profissionais de área da saúde, principalmente de saúde ocupacional, devido ao fato de atuarem com o objetivo de manter a saúde e a qualidade de vida do trabalhador. Deste modo, se torna importante o conhecimento de conteúdos relacionados ao padrão, higiene e distúrbios do sono.

Segundo Philip, et al. ,1999, apud Mello, Santos e Tufik,2006 (4) fatores como restrição e/ou privação de sono, hábitos relacionados ao ciclo vigília-sono, estão frequentemente relacionados aos relatos de acidentes associados ao adormecimento ao volante.

Estudos recentes demonstraram que com o passar do tempo, estamos dormindo menos (MELLO et al.2008) (11). Tal fato, sem dúvidas, reflete em no dia-a-dia destas pessoas, seja no ambiente familiar, ou no ambiente de trabalho, onde qual pode ocorrer até mesmo, acidentes trágicas.

Mello, Santos e Tufik, 2006(10), afirmam que os distúrbios do sono podem acarretar várias consequências como: comprometimento do desempenho profissional, o desordenar social e conjugal, as perturbações do humor, graves acidentes de carro ou do trabalho, aumento da incidência de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica e até mesmo doenças médicas e psiquiátricas graves.

Para Alves (2010), a equipe de segurança e medicina do tráfego precisa atentar-se com os sinais e sintomas muitas vezes subjetivos, mas importantes na prevenção de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Considerando o que regulamenta a lei 12.619, essa atenção deve seguir o que reza a lei, e conscientizando os profissionais quanto aos seus direitos. Para isso, é necessário um maior investimento e atenção dos poderes públicos em políticas de saúde relacionada ao assunto em questão, para que possa dar assistência integral com promoção, prevenção e reabilitação dos motoristas profissionais. Lembrando, que é fundamental que os empregadores tenham conhecimento da lei em questão e os riscos existentes relacionados a fadiga e ao sono.

Diante disso, faz-se necessário dar uma atenção maior quanto às escalas de trabalho dos motoristas e dos diversos trabalhadores de turno e principalmente noturno, objetivando adequar o ritmo do indivíduo para sua melhor adequação ao trabalho e melhor desempenho, eliminando com isso, os riscos relacionados à fadiga. Além disso, todas as pessoas principalmente trabalhadoras devem ter conhecimento maior a cerca da importância que o uma boa noite de sono tem na vida dos mesmos, buscando seguir, hábitos saudáveis. Com tudo, pode-se concluir que tanto os empregadores como os trabalhadores devem atentar a qualidade de vida e descanso, dando maior atenção aos sinais simples de fadiga e má qualidade do sono, para buscar reverter tal situação evitando assim, acidentes ocupacionais ou do trabalho.

6. REFERÊNCIAS

ALVES, Dirceu Rodrigues J., Portal Transporta Brasil - Notícias em transporte e logística Repercussão do sono sobre o trabalho,artigo publicado em18 de junho de 2010.Disponível em: http://www.transportabrasil.com.br/2010/06/repercussao-do-sono-sobre-o-trabalho/;Acessado em:jul.de 2017.

CAMPOS, M. L. P., MARTINO, M. M. F. de. Aspectos cronobiológicos do ciclo vigília-sono e níveis de ansiedade dos enfermeiros nos diferentes turnos de trabalho; Ver. Esc. Enf.. USP 2004; Disponível em: http.: www.scielo.br/pdf/reeusp/v38n4/07.pdf .Acessado em: agos.de 2017;

DETRAN, Departamento Nacional de Trânsito, Resoluções do CONTRAN, 2012, Disponível em: http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm; Acessado em: jun.de 2017.

IBGE TEEN, 1998, Vida saudável. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ ibge teen/datas/saude/saúde.html. Acessado em: agos.de 2017;

LEI12.619 - Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, 30 de abril de 2012. Disponível em: www.planalto. gov.br/ccivil_03/_Ato20112014/.../Lei/L12619.htm ; Acessado em: jul.de 2017.

LEMLE, Marina, Privação do sono aumenta riscos de acidentes graves, 05 de julho de 2012, por vias seguras <info@vias-seguras.com. Disponível em:http://www.viasseguras.com/layout/set/print/comportamentos/desatencao_e_cansaco/privacao_do_sono_aumenta_riscos_de_acidentes_graves;Acessado em: mai. de 2017.

MARÍN, L., QUEIROZ, M. S., A atualidade dos acidentes de trânsito na era da velocidade: uma visão geral, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 16(1): 7-21,jan-mar, 2000; Disponível em:www.scielosp.org/pdf/csp/v16n1/1560.pdf. Acessado em: agos. de de2017.

MAURO, M. Y, MUZI,C. D., GUIMARÃES,R.M., MAURO, C., C.C. Riscos Ocupacionais em Saúde, R Enf. UERJ, 2004.Disponível em: http.: www.facenf.uerj.br/v12n3/v12n3a14.pdf .Acessado em: jun.de 2017;

MELLO, M.T. SANTOS, E. H. R.; TUFIK, S.. Sonolência durante o horário de trabalho: um grande perigo para a ocorrência de acidentes. Texto elaborado para o CNT/SEST/SENAT, 2006. Disponível em: http.: www.estradas.com.br; Acessado em: jan.de 2017;

MELLO, M.T. SANTOS, E. H. R.; TUFIK, S... Distúrbios do Sono, Sonolência e Acidentes de Transito; PROJETO/PROGRAMA CEPID/SONO/FAPESP/UNIFESP, 2006. Disponível em: http.: www.estradas.com.br; Acessado em: jun.de 2017;

MELLO, MT et al . Resenha do livro: Sono: Aspectos Profissionais e suas Interfaces na Saúde, JBrasPsiquiatr. 2008. Disponível em: http.:www.scielo.br/pdf/jbpsiq/v57n4/a12v57n4.pdf.Acessado em: maio de 2017;

MOREIRA, Walter, JANUS, Lorena, Revisão de Literatura e Desenvolvimento Científico: conceitos e estratégias para confecção, 2 setembro de 2004, SP.Disponível em: http.:www.fatea.br;Acessado em: jul. de 2017.

RESENDE, Lino; Trabalho, Sono e Saúde, artigo escrito publicado em 02 de jul. de 2010.Disponível em: http://linoresende.jor.br/trabalho-sono-e-saude.Acessado em: jun. de 2017;

SEGRE, M. e FERRAZ, F.C.; O conceito de saúde. Rev. Saúde Pública-1997,Disponívelem:http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v31n3/2334.pdf.Acessado em: junho de 2017.

SOUSA, Danielle, Motoristas tem profissão regulamentada no Brasil. Edição: Bruna Yunes, Agência T1, 02 de maio de 2012. Disponível em: http://agenciat1.com.br/?p=22997;Acessado em: Jul. de 2017.

TOBIAS, Simone, A sonolência e fadiga ao volante podem ser tão perigosas quanto o álcool; Editora Abril, setembro de 2008;Disponível em: http://quatrorodas.abril.com.br/reportagens/conteudo_298400.shtml;Acessa- do em: jun. de 2017.


Publicado por: Joseane Sales De Souza

icone de alerta

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.