Percepção do enfermeiro quanto a humanização no atendimento de urgência e emergência no Hospital Municipal de Bebedouro-SP

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1. RESUMO

O Atendimento de urgência hospitalar vem sofrendo transformações voltadas questão da humanização no atendimento ao paciente . O objetivo desta pesquisa foi de analisar a percepção do cuidado humanizado por parte dos enfermeiros durante o atendimento em situações de urgência ou emergência nos setores de internação do Hospital Municipal Júlia Pinto Caldeira no Município de Bebedouro – SP. Trata-se de uma pesquisa de campo exploratória, descritiva, de natureza qualitativa. Participaram do estudo 10 enfermeiros de diversos setores. A coleta de dados ocorreu por meio de uma entrevista com perguntas relacionadas à percepção dos enfermeiros. Como resultado obteve-se a classificação de 5 categorias que foram analisadas utilizando-se o referencial da aná lise de conteúdo: Definição de urgência; Definição de emergência; Definição do que é a humanização da assistência; Possibilidades da aplicação de um aten dimento humanizado; Fatores impeditivos para aplicação de um atendimento humanizado; A partir dessa análise espera-se ampliar a reflexão para novos modelos ou condutas para uma assistência humanizada. Conclui-se que a humanização se faz pouco presente nos atendimentos de urgência ou emergência e faz-se nec essário capacitar os profissionais da saúde, tendo assim a efetivação de sse modelo assistencial mais humanizado e menos robotizado.

Palavras-chave: Humanização. Atendimento. Urgência. Emergência.

ABSTRACT

Hospital emergency care has undergone transformations focused on the issue of humanization in patient care. The objective of this research was to analyze the perception of humanized care by nurses during urgency or emergency care in the hospitalization sectors of the Municipal Hospital Júlia Pinto Caldeira in Bebedouro - SP. This is an exploratory field research, descriptive, of a qualitative nature. Ten nurses from different sectors participated in the study. The data collection took place through an interview with questions related to the nurses' perception. As a result, we obtained the classification of 5 categories that were analyzed using the content analysis framework: Definition of urgency; Definition of emergency; Definition of humanization of care; Possibilities of applying a humanized care; Preventing factors for the application of a humanized care; From this analysis it is hoped to broaden the reflection to new models or conduits for humanized assistance. It is concluded that humanization is not present in urgent or emergency care and it is necessary to train health professionals, thus making the implementation of this assistance model more humanized and less robotized.

Key words: Humanization. Customer Service. Urgency. Emergency.

2. INTRODUÇÃO

Em um atendimento hospitalar humanizado, deve-se levar em conta não somente o aspecto físico relacionado à patologia ou a enfermidade do paciente, e sim ele como um todo, levando em conta os aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais.

Neste sentido, humanizar deve fazer parte da filosofia de enfermagem. Com isso, o ambiente físico, os recursos materiais e tecnológicos não são mais significativos do que a essência humana. Esta sim i rá conduzir o pensamento e as ações da equipe de enfermagem, principalmente do enfermeiro, tornando-o crítico e capaz de construir uma realidade mais humana (VILA; ROSSI, 2002).

O Programa Nacional de Humanização da Assistência H ospitalar (PNHAH) surgiu a partir de um conjunto de ações que aconselha integralizar o padrão de assistência ao usuário nos hospitais, qualificando a eficácia dos serviços prestados, tendo por objetivo o aperfeiçoamento das relações entre profissional e usuários, valorizando a dimensão humana e subjetiva, presente em todo ato assistencial a saúde. O comprometimento do Ministério da Saúde (MS ) e o empenho dos demais envolvidos com o programa retificam a importância d a relação humanitária como necessidade ética para com os usuários e para com t odos os profissionais que atuam no setor da saúde (BRASIL, 2001).

Segundo a Política Nacional de Humanização (PNH), a humanização é um pacto, uma construção coletiva que só pode acontecer a partir da preparação e troca de saberes, através do trabalho em redes com equipes multidisciplinares, identificando necessidades, desejos e interesses dos envolvidos, bem como o reconhecimento de gestores, trabalhadores e usuário s como sujeitos ativos e protagonistas das ações de saúde (BRASIL, 2004).

De acordo com Vila e Rossi (2002) deve-se levar em consideração que a humanização deve fazer parte da filosofia de enfermagem, assim humanizar significa colocar a cabeça e o coração na tarefa a ser desenvolvida, entregar-se de maneira sincera e leal do outro e saber ouvir com ciência e paciência as palavras e os silêncios.

Para Oliveira (2001) o relacionamento é o contato direto com o outro, este o faz crescer, e é neste momento de troca que ocorre a humanização, porque assim o outro pode se reconhecer e se identificar como gente, como ser humano.

Portanto, a humanização como uma política de saúde, vista e assimilada como um novo conceito tem despertado o interesse de trabalhadores, de gestores, intelectuais políticos e pesquisadores com a perspectiva de entender e refletir a humanização nos serviços de saúde e de promover açõ es concretas dentro desse contexto (PALHETA; COSTA, 2012).

A unidade de urgência e emergência é destinada a pr opiciar serviços médicos exigidos de acordo com a gravidade do paciente. Assim, os mesmos precisam ser rápidos, imediatos em suas ações e, a equipe de enf ermagem que atua neste setor, deve estar apta para atender as mais variadas situações. Com isso, o enfermeiro deve ter conhecimento científico, prático e técnico , a fim de que possa tomar decisões rápidas e concretas, transmitindo seguranç a a toda equipe e principalmente diminuindo os riscos que ameaçam a vida do paciente (SOUSA; SILVA; NORI, 2007).

Partindo de uma reflexão a respeito da importância para um atendimento de urgência ou emergência mais humanizado e quais razõ es levaram este atendimento se tornar um processo por vezes mecanizado, partiu-se da hipótese que os enfermeiros talvez tenham se deixado levar pela rotina, e passam a realizar um trabalho cumpridor somente de tarefas e técnicas, esquecendo se por vezes o lado humano.

Assim, este estudo traz uma reflexão sobre a percep ção dos enfermeiros a respeito do que seria um atendimento humanizado a qualquer cidadão que precise de atendimento de urgência ou emergência em unidade de internação hospitalar, realizando um serviço de qualidade de forma confiável, acessível, segura, no tempo certo, atendendo as necessidades do cliente.

O presente estudo teve como objetivo analisar a percepção do cuidado humanizado por parte do enfermeiro em um atendimento de urgência ou emergência no serviço hospitalar no Município de Bebedouro – SP, levantando as abordagens utilizadas pelos enfermeiros em um atendimento de urgência ou emergência nos setores de internação, avaliando a capacidade de compreensão dos enfermeiros a respeito dos critérios de humanização em urgência e emergência e comparando a utilização das abordagens utilizadas com os padrões humanitários preconizados pelos enfermeiros em um atendimento de urgência ou emergência.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), através da Resolução 1451/95, urgência é a ocorrência imprevista de agra vo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata e emergência é a constatação médica de condições de a gravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA,1995).

A Enfermagem é uma profissão que se expandiu no decorrer dos séculos mantendo uma estreita relação com a história da civilização, tendo como busca promover o bem estar do ser humano, considerando sua liberdade e dignidade, atuando na promoção da saúde, prevenção de enfermid ades, transcurso de doenças, agravos, nas incapacidades e no processo de morrer (SOARES; EURÍPEDES; SHÉLIDA; NILZEMAR, 2012).

Segundo Deslandes (2011), a palavra “humanização” d eriva do latim humanus; para o mesmo um humanista é alguém que tem uma visão do mundo voltada prioritariamente aos valores humanos e a vida. A humanização é um processo reflexivo acerca dos valores e princípios que norteiam a prática profissional, presumindo além de um tratamento, um cuidado digno, solidário e acolhedor por parte dos profissionais de saúde ao s eu principal objeto de trabalho o ser/doente (BACKES; LUNARDI; LUNARDI FILHO, 2006).

Para Shiroma (2008), a preocupação com a “humanização” surgiu vinculada à saúde da mulher e humanização dos partos, sendo uma reivindicação dos movimentos sociais. No ano 2000, o governo federal lançou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH). Em 2 002, foi aprovado o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgên cia e Emergência. Em 2004, o PNHAH passou a Política Nacional de Humanização (PNH) - HumanizaSUS com o desafio de tornar viável os princípios do Sistema Ú nico de Saúde (SUS).

Segundo Leite (2010), a humanização depende da modificação no modo de pensar e agir das pessoas, na ênfase aos valores at ados à defesa da vida, a fim de tornar criativo e prazeroso o modo de fazer o trabalho, ou seja, a humanização não é apenas resgatar o mais bonito do humano ou quanto “somos maravilhosos”, mas nos libertar de forma interior e em todas as dimensões da comunicação. Temos que entender que a nossa aptidão de comunicação passa p ela capacidade de nos relacionar com quem está a nossa volta, o que signi fica conquistar o melhor de nós mesmos quando nos relacionamos com o outro.

Assim, a assistência humanizada no contexto hospitalar dev e considerar o paciente em seu contexto existencial, a partir da compreensão das dimensões fisiológicas, psicológicas e social, realçando ao máximo o conjunto de suas possibilidades de funcionamento, devendo se evitar que o paciente seja descompensado pela angústia e envolvido por suas re ações emocionais, incentivando seu acesso à palavra e expressões simb olizando seus afetos, partindo do princípio de que esse cuidado com o ser humano doente promove uma saúde integradora, em todas as dimensões física, mental e social (MOTA; MARTINS; VERAS, 2006).

Muito se tem discutido a respeito da humanização no atendimento hospitalar principalmente pela vulnerabilidade do paciente e ao confronto entre tecnologia e humanização. No entanto, os estudos têm dado pouca ênfase nos atendimentos de urgência ou emergência, onde o cliente crítico nece ssita de atendimento rápido, mas que da mesma forma necessita e busca por um atendimento de qualidade e humanizado (SIMÕES; RODRIGUES; TAVARES; RODRIGUES, 2007).

Pai e Lautert (2005) afirmam que na busca pela estabilização das condições vitais do paciente, o atendimento se dar por meio do suporte à vida, exigindo agilidade e objetividade no fazer. Desta forma, quando se fala em humanização no atendimento de urgência ou emergência, pensa-se na descentralização do atendimento e remete-se à necessidade de resgatar de um atendimento mais humano que seja capaz de focar a dignidade das pessoas em situações de necessidades de cuidados ou atenção.

E considerando toda imprevisibilidade, o ritmo acelerado de trabalho, a vigilância constante, a sobrecarga física e emocion al, e a busca incessante pela manutenção da vida, a assistência humanizada nesse âmbito emergência é sempre questionada (CRISTINA; BARBOSA; FERREIRA; ESPÍNDULA, 2010).

Haja visto que a humanização muitas vezes é negligenciada pelos profissionais de enfermagem, devido à excessiva carga de trabalho, responsabilidade de suas ações episódios de extrema tensão, envolvimento constante com a dor, perda e morte. Poucos conseguem lidar com esse cotidiano de forma imparcial, e muitos, desenvolvem mecanismos de defesa, entre eles a negação e a fuga. O resultado é uma atuação fria e distante com o cliente e seus familiares evitando qualquer envolvimento emocional e diálogo (SOARES; EURÍPEDES; SHÉLIDA; NILZEMAR, 2012).

Desta forma, acredita-se que é viável que se implan te um processo de atendimento humanizado nos hospitais, principalmente pela maioria vista em longo prazo, tanto nas relações interpessoais entre profissionais como na melhoria da qualidade da assistência ao paciente/cliente e tamb ém aos seus entes envolvidos neste processo (SOARES; EURÍPEDES; SHÉLIDA; NILZEMAR, 2012).

Pensar em relação humanização/trabalho em enfermagem nos remete a duas diferentes formas de abordar o assunto. Podemos estar nos referindo à humanização do trabalho de enfermagem ou ao trabalho humanizado da enfermagem. No primeiro caso, estaríamos nos referindo ao desenvolvimento de uma assistência de enfermagem humanizada e, no segu ndo, a um processo de trabalho que humanize as relações de trabalho de enfermagem. Nos dois casos estraríamos falando da razão e do sentido que esses conceitos abarcam na profissão. Enfermagem, pois a enfermagem é, essencialmente, cuidado, e cuidado prestado ao ser humano, individualmente, na família ou na comunidade (COLLET; ROZENDO, 2003).

A organização de atendimento de enfermagem no âmbit o hospitalar de estrutura com atendimentos de emergência ou de urgê ncia, exigindo um fluxo de diversidade de atendimento. A estrutura física associada à rotatividade de pacientes compromete o atendimento, tornando o ambiente de trabalho em espaços limitados e inadequados, intervindo assim na organização do atendimento de enfermagem (MACIAK; SADRI; SPIER, 2009).

É importante destacar ainda, que para a implantação do cuidado com ações humanizadas é preciso valorizar a dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão no SUS, fortalecer o trabalho e m equipe multiprofissional, fomentar a construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos, fortalecer o controle social com caráter participativo em todas as instâncias gestoras do SUS, democratizar as relações de trabalho e um ponto muito importante: valorizar os profissionais de saúde (ANDRADE; LACERDA; MOREIRA; TEIXEIRA; BOERY, 2013).

A enfermagem é uma profissão de muitas técnicas e cuidados, mas o maior desafio está em aprender a escutar, acolher o outro , partilhar o momento, aprender com o outro, ser coerente, sorrir, criar harmonia, não rotular, atender prontamente e acima de tudo ser apaixonada pelo que faz. Deus nos deu o rosto, nós fazemos as nossas expressões (RAVAZZI; DIAS; OLIVEIRA; BARALHA S, 2009).

O cuidado, objetivo da prática da enfermagem, desen volve-se no encontro com o outro, sendo facilmente reconhecido como uma necessidade nos momentos críticos da existência do ser humano, isto é o nasc imento, a doença e a morte. Precisa, no entanto, ser sentido, assumido e exercitado no dia a dia da enfermagem para evitar que sua prática se torne mecânica, impe ssoal e até desumana (PAI; LAUERT, 2005).

A humanização na saúde, em especial no atendimento de urgência ou emergência, se apresenta como um grande desafio par a a enfermagem, que envolve uma construção permanente de cidadania e corresponde à produção de novas atitudes por parte de trabalhadores, gestores e usuários, de novas éticas no campo do trabalho, incluindo ai o campo da gestão e das práticas de saúde, superando problemas e desafios do cotidiano do trabalho (ANDRADE; LACERDA; MOREIRA; TEIXEIRA; BOERY, 2013).

Acredita-se que, em meio às limitações existentes, planejar o cuidado de enfermagem nesta perspectiva pode vir a ser uma alternativa para a inclusão desta prática no cotidiano de trabalho. As verdadeiras di mensões do cuidar – éticas, subjetivas, técnicas e instituições – devem ser claras para o planejamento da humanização da assistência. Esta pode ser pensada e nquanto acolhimento que permita reflexões e criações coletivas, com comprom etimento dos envolvidos e poderá iniciar pelo resgate do sentido da enfermage m enquanto profissionais do cuidado (PAI; LAUERT, 2005).

Desse modo para a condução deste estudo formulou-se a seguinte questão norteadora: “Qual a percepção do enfermeiro sobre a humanização em um atendimento de urgência ou emergência em seu setor de atuação e como este irá impactar na assistência prestada?”

4. METODOLOGIA

É uma pesquisa de campo, exploratória e descritiva,de natureza qualitativa que utilizou-se de uma entrevista gravada semi-estruturada, que foi desenvolvida no Hospital Municipal Julia Pinto Caldeira, sendo um hospital de média complexidade que atende toda a região de Bebedouro – SP, durante o mês de setembro de 2017.

De acordo com Gil (2008) pesquisa de campo procura o aprofundamento de uma realidade específica, basicamente sendo realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do ocorrem n aquela realidade.

Para o autor acima, a pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o problema (explicitá-lo), esta pode envolver l evantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado, geralmente assumindo a forma de pesquisa bibliográfica e estud o de caso. Enquanto que a descritiva descreve as características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas peculiaridades está na utilização de té cnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação s istemática (GIL, 2008).

Para tanto, a entrevista é uma das técnicas mais utilizadas no trabalho de campo para coleta de dados sobre um determinado tema científico, a mesma permite que os pesquisadores obtenham informações amplas, ou seja, coletam dados objetivos e subjetivos. Os dados objetivos podem ser obtidos através de fontes secundárias tais como: censos, estatísticas, etc. Enquanto que os dados subjetivos só poderão ser obtidos através da entrevista, pois que, eles se relacionam com os valores, às atitudes e às opiniões dos sujei tos entrevistados (BONI; QUARESMA, 2005).

De acordo com Minayo (2008) a “Entrevista é, acima de tudo, uma conversa a dois, ou entre vários interlocutores, realizada por iniciativa do entrevistador destinada a construir informações pertinentes para um objeto de pesquisa”.

As entrevistas estruturadas são elaboradas mediante questionário totalmente estruturado, ou seja, é aquela onde as perguntas são previamente formuladas e tem-se o cuidado de não fugir a elas. O principal m otivo deste zelo é a possibilidade de comparação com o mesmo conjunto de perguntas e que as diferenças devem refletir.

Desse modo, foi realizada uma entrevista semi-estruturada com sondagem de opinião com todos os participantes do estudo, utili zando-se de questões relacionadas à aplicação da assistência humanizada no atendimento de urgência ou emergência no setor em que estes atuam.

Toda a população da região procura o hospital para os diversos atendimentos que o mesmo oferece inclusive o de urgência e emerg ência levando à sua inevitável superlotação e queda vertiginosa da assistência pre stada aos pacientes e um atendimento sujeito a ser pouco ou nada humanizado, bem como ao desgaste dos profissionais da área da saúde deste Hospital. Como o mesmo oferece atendimento de média complexidade, caso o paciente necessite de um atendimento de alta complexidade, o mesmo será transferido para outros hospitais da rede de referência com regulação pela CROSS (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde foi criada pela Secretaria da Saúde e é administrada pelo SECONCI-SP. Tem como objetivo congregar as ações voltadas para a regulação do acesso na área hospitalar e ambulatorial.)

Os sujeitos do estudo foram os enfermeiros que trabalham no Hospital Municipal, com um tempo de experiência no mínimo de 06 (seis) meses no serviço,considerando que estes já conhecem melhor a sistema tização do serviço, independentemente de sexo, idade, estado civil, com estado de lucidez e orientação preservadas.

Participaram da pesquisa 10 enfermeiros do período matutino, vespertino e noturno sendo 3 da clínica médica, 2 da clínica cirúrgica, 1 da pediatria, 1 da maternidade-berçário, 1 do centro cirúrgico e 2 da Unidade de Cuidados Especiais no momento de seu horário de trabalho, entre os con vidados houve apenas uma recusa a participar da pesquisa e, aqueles que concordaram em participar assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), em duas vias. Para preservar o anonimato dos sujeitos foi atribuído uma sigla profissional e denominação numérica aos depoentes, sendo ENF para o enfermeiro.

Para a coleta de dados utilizou-se de uma entrevista gravada, direcionada por um formulário com perguntas abertas e fechadas elab oradas pela autora da pesquisa, relacionadas à percepção dos enfermeiros quanto a questão da humanização no hospital, quanto a conduta adotada por eles ao atendimento prestado, sobre o que entendem, o que é um trabalho humanizado e o que é necessário para se ter uma assistência humanizada. Após a conclusão da entrevista, as gravações foram transcritas na íntegra para posterior análise.

A análise dos dados foi realizada baseada no método da análise de conteúdo de Bardin (2006):

A análise de conteúdo consiste em um conjunto de té cnicas de análise das comunicações, que utiliza procedimentos sistemático s e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens. A intenção da análise de conteúdo a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção (ou eventualmente, de recepção), inferência esta que re corre a indicadores (quantitativos ou não) (BARDIN,2006,p.38).

Neste contexto a análise compreendeu as comparações das respostas quanto conduta adotada por eles ao atendimento prestado, sobre o que entendem quanto o que seria um trabalho humanizado e o que é necessário para se realizar uma assistência humanizada, considerando a especificida de de um setor para o outro. Como fruto dessa análise espera-se ampliar a reflex ão para novos modelos ou condutas para uma assistência humanizada .

5. RESULTADOS

5.1. Definição de urgência

Segundo a Resolução 1.451/95 do Conselho Federal de Medicina, urgência significa a ocorrência de aparecimento rápido, mas não necessariamente imprevisto, de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vi da e cujo portador necessita de tratamento em curto prazo, a fim de evitar mal irreversível ou morte.

Esta categoria teve como objetivo analisar o nível de conhecimento dos enfermeiros quanto à definição de urgência.

Serão ressaltadas algumas falas dos entrevistados q ue correspondem a essa categoria de análise.

É o atendimento de urgência é um atendimento que ele não necessita de umimediatismo ele pode ser postergado esse atendimento né pode se dar um atendimento inicial atendimento básico e pode ser gendado pra um tempo superior a 24 horas ou mais (...)”. (ENF 6)

São casos graves que tem que ser que tem que ser a tendidos assim na hora se não leva ao óbito”. (ENF 8)

Dentre os conceitos apresentados pelos profissionais de enfermagem alguns chamaram a atenção quanto à falta de clareza ou interpretação do mesmo:

Urgência é um atendimento que é [...] que tem queser dado é [...] um cuidado que tem que ser dado ... de emer de [...] com um tempo ... é [...] imediato”. (ENF 1)

Urgência é o a atendimento imediato pra procedimento ou qualquer tipo de cuidados que é necessitado pela enfermagem”. (ENF 9)

Nesta categoria observou-se que alguns profissionais confundem este conceito com o de emergência.

5.2. Definição de emergência

Segundo a Portaria Nº 354, de 10 de março de 2014 do Ministério da saúde emergência é a constatação médica de condições de a gravo a saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.

Emergência pode é [...] espera pode esperar mais mu pouco que a urgência”. (ENF 7)

A emergência é quando a gente é o paciente chega agente tem que já iniciar imediatamente”. (ENF 5)

Pode-se notar que assim quanto à definição de urgên cia, tiveram divergência de definições sendo algumas coerentes com a literatura e outras não.

5.3. Definição do que é a humanização da assistência .

Dentre as várias conceituações existentes sobre a h umanização, a mesma traduz uma forma de cuidar, compreender, abordar, perceber e respeitar o doente em momentos de vulnerabilidade (LAZZARI; JACOBS; JUNG, 2012).

É [...] eu acho que a humanização é você tratar o p aciente como se fosse alguém da sua família como se fosse o seu pai isso pra mim é humanização como você gostaria de ser tratado né é”. (ENF 4)

(...) ser empático você por no lugar da pessoa éocêv prestar uma assistência qualificada é você fazer aquilo com amor com carinho [...] porque você tá lidando com uma vida ali então você tem que ser humano”. (ENF 3)

A assistência humanizada é o cuidado prestado no at endimento ao paciente nas diferentes situações do dia a dia, voltado não para a doença, mas para o ser que adoece (MACIAK; SADRI; SPIER, 2009).

Quando os profissionais foram perguntados sobra sua opinião, sobre a existência da humanização nos atendimentos de urgên cia ou emergência pela equipe de enfermagem do setor onde atuava a maioria respondeu que às vezes isso era percebido.

No entanto, em outra pergunta que era “O que você f az pra realizar um atendimento humanizado?”. Pergunta esta que trazia uma proposta auto reflexiva ao enfermeiro sobre como está sendo a aplicação da hum anização no atendimento prestado por ele:

Eu tento na maioria das vezes enxergar o paciente como alguém da minha família e [...] tratar ele dessa forma”. (ENF 2)

De acordo com achados na pesquisa de Barra, et al (2010) a definição do cuidado pode ser mensurada a partir da percepção individual e subjetiva do que cada sujeito carrega dentro de si, uma visão social e histórica, na qual é construído por vivências familiares, no ponto de vista filosóf ico o cuidado traz um conceito como sendo o mesmo de cura: pensar, dar atenção, mostrar interesse, revelar atitude desvelo e de preocupação, antecipar-se aos problemas, cessando estados de desequilíbrios, mantendo a harmonia, considerando tudo isso com uma atitude que promove saúde.

Mas, o que pôde ser notado é que por vezes a depender do perfil do cliente do para o profissional fica pré-estabelecido à necessidade de um atendimento mais humanizado:

Tudo, tudo que se diz respeito a um ser humano que a gente tem que dar um acompanhamento principalmente na área da pediatria pra criança que [...] requer um olhar mais doce mais suave tudo nela é mais delicado”. (ENF 10)

Diante da realidade e do estresse comum aos usuário s (externo e interno) e da necessidade de se atuar de forma mais humanizada no atendimento, é necessária uma reflexão sobre a humanização da assi stência de enfermagem que vem sendo precariamente exercida em dias de hoje, predominando o avanço tecnológico e científico e, muitas vezes, fragmentando-se a atenção que deveria ser dispensado de forma mais humana (PAI; LAUERT, 2005).

5.4. Possibilidades da aplicação de um atendimento h umanizado

De acordo com a pergunta: “Quando se trata da ocorrência de uma urgência ou emergência é possível à aplicação de um atendime nto humanizado? Por quê?” as repostas foram as seguintes:

É possível se a equipe se é [...] respeitar um ao outro se a equipe desenvolver as técnicas os procedimentos é [...] com qualidade sempre se pondo no lugar da pessoa priorizando a vida da pra fazer uma assistência com qualidade”. (ENF 3)

Em todo atendimento a gente tem que ser humanizado desde um atendimento de urgência emergência às vezes um simples curativo todo atendimento da enfermagem tem que ser humanizado”. (ENF 10)

Embora exista o estresse característico do hospital, faz-se necessária a elaboração de estratégias de aplicabilidade na dinâ mica do serviço no intuito de amenizar fatores possíveis de interferir na qualidade do atendimento. Portanto, a humanização no ambiente de atendimento de urgência ou emergência precisa ser trabalhada com vista a intervenções voltadas ao bem -estar do paciente/família, dos profissionais, da comunidade em geral e da instituição (VERSIANI; SILVA; BRETÃS; MARQUES; SOUTO; MAGALHÃES et al., 2014).

5.5. Fatores impeditivos para aplicação de um atendi mento humanizado

De acordo com a pergunta “Quais os obstáculos para que ocorra a aplicação de um atendimento humanizado em urgência e emergênc ia nos setores hospitalares?”

Nessa pergunta dentre a maioria dos obstáculos cita dos se destacaram a falta de material, déficit de recursos humanos representado pela falta de pessoas compondo a equipe de enfermagem, e a estrutura física precária:

Falta de funcionário tudo bem que não é a principal desculpa falta de material adequado (...)”. (ENF 7)

É muito é estrutura física imprópria é [...] quant idade pouca que a gente não tem a necessidade que a gente precisa de funcionários pra dar esse atendimento”. (ENF 1)

Destaca-se que o processo de implantação dessa equipe deve ser gradual e as dificuldades deverão ser resolvidas pela informa ção e pela educação continuada. A aplicação de protocolos, a integração e a colaboração entre a equipe assistencial já existente no serviço na solução dos problemas de vem se incorporar à rotina de trabalho, contribuindo assim para a melhoria na qualidade da assistência prestada aos doentes (LEITE; CARVALHO; MENESES, 2005)

Observa-se que alguns participantes não levaram em consideração o obstáculo pessoal que cada um encontra para realiza r um atendimento humanizado. Mas, atribuíram a falta de recursos materiais ou humanos (algo ou de alguém). Descartando a possibilidade da ocorrência da humani zação com o paciente depender exclusivamente deles, da forma como agem, de como tratam o paciente. A exemplo disto, foi dado por um entrevistado a respeito do “trabalho robotizado” como um obstáculo:

[...] a rotina ficar robotizado você trabalha robotizado e você não consegue enxergar como um ser humano você consegue enxergarcomo um paciente como um diagnóstico e não como uma pessoa”. (ENF 2)

Criou-se uma “cultura” por parte dos profissionais da área saúde que não é necessário cuidar, abordar, algo além do fisiológico, pois lidam a todo tempo com risco de vida, e tudo exige muita técnica e agilidade, deve-se atender aquela algia, dispnéia ou náuseas, não considera o fato de que o individuo não somente é sua patologia ou queixa mencionada naquele momento, mas é um ser completo cheio de dúvidas, medos e necessidades (SOUZA; SILVA; NORI, 2007)

No entanto, contrapondo à maioria das respostas, um entrevistado relata não haver obstáculos:

Eu acho que não tem obstáculo quando você tem conhecimento quando você tem entendimento você sempre vai dar um atendimento humanizado tanto pra criança especifico quanto pra família”. (ENF 10)

Destaca-se que há certa dificuldade da parte dos tr abalhadores para atuar na política de humanização, certa desmotivação, uma vez que o processo de humanização no trabalho da enfermagem é uma questão a ser refletida, pois a maioria dos profissionais enfrenta situações difíceis em seu ambiente de trabalho, tais como baixas remunerações, pouca valorização da profissão e descaso frente aos problemas identificados pela equipe, especialmente quanto ao distanciamento entre o trabalho prescritivo, o preestabelecido institucionalmente e aquele realmente executado junto ao cliente (GALLO; MELLO, 2009).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tema pesquisado torna-se instigante e faz-se relevante, tendo em vista a pouca literatura específica sobre o tema.

Com a análise de dados das diferentes perguntas rea lizadas, pode-se notar que a humanização se faz pouco presente nos atendimentos de urgência ou emergência onde muitos não sabem diferenciar estes conceitos e atribuem a não humanização a outrem e não a eles mesmos. Para tal, o processo de uma assistência mais humanizada nos atendimentos de urg ência e emergência deve ter como ponto inicial a capacitação dos profissionais da saúde, tendo assim a efetivação desse modelo assistencial mais humanizado e menos robotizado.

Concluiu-se através deste estudo que a humanização nos atendimentos de urgência ou emergência no Hospital Municipal de Beb edouro, é um ato a ser refletido e seguido e que se faz importante para garantir uma assistência de enfermagem mais humana, dando o direito da pessoa a dignidade e respeito enquanto paciente.

7. REFERÊNCIAS

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BACKES, Dirce Stein.; LUNARDI, Valéria Lerch; LUNARDI FILHO, Wilson D. Humanização Hospitalar como expressão da ética. Rev Latino-americana, Ribeirão Preto, SP, 14, n. 1, p. 132-135 jan./fev. 2006.

BARRA, Daniela Couto Carvalho; WATERKEMPER, Roberta; KEMPFER, Silvana Silveira; CARRARO, Telma Elisa; RADÜNZ, Vera. Hospi talidade como expressão do cuidado em enfermagem. Rev. Bras. Enferm. Brasília, DF, v.63, n.2, p.203-208, mar./abr. 2010.

BARDIN, L. (2006). Análise de conteúdo (L. de A. Re go & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa: Edições 70. (Obra original publicada em 1977)

BATISTA, Karla de Melo.; BIANCHI, Estela Regina Ferraz. Estresse do enfermeiro em unidade de emergência. Rev Lat amer Enf, São Paulo, SP, v.14, n.4, p. 534-9, 2006.

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Bruna Cristina Zanata - Graduanda em Enfermagem no Centro Universitário UNIFAFIBE de Bebedouro, SP.

Gisleangela Lima Rodrigues Carrara - Professora Mestre no Centro Universitário UNIFAFI BE de Bebedouro, SP.


Publicado por: Bruna Cristina Zanata

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