Métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto

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1. RESUMO

O objetivo desta pesquisa é analisar nos resultados das produções científicas a efetividade das técnicas não farmacológicas para alívio da dor durante o trabalho de parto. A pesquisa é do tipo revisão integrativa com abordagem qualitativa, com inclusão de artigos completos publicados entre os anos de 2015 a março de 2020, em português, disponíveis nas bases de dados SciELO e BDENF. Na análise dos dados observou-se que os métodos considerados mais eficazes são banho morno (22%), deambulação (17%), massagem (16%) e bola suíça (15%). Verificou-se que a maioria das gestantes (72%), não receberam orientações sobre os métodos não farmacológicos no pré-natal. Por meio desta revisão, foi possível observar a necessidade de melhoria nas orientações do pré-natal, a eficácia da utilização desses métodos no alívio da dor destacando o profissional enfermeiro como o mais habilitado para aplicação dessas técnicas, além da falta de infraestrutura das unidades de atendimento ao parto que dificulta a implementação de técnicas humanizadas.

Palavras-chave: Parto Humanizado. Cuidados de Enfermagem. Trabalho de Parto. Enfermagem Obstétrica.

ABSTRACT

The objective of this research is to analyze in the results of scientific productions the effectiveness of non-pharmacological techniques for pain relief during labor. The research is of the integrative review type with a qualitative approach, with the inclusion of complete articles published between the years 2015 to March 2020, in Portuguese, available in the databases SciELO and BDENF. In the analysis of the data it was observed that the methods considered most effective are warm bath (22%), ambulation (17%), massage (16%) and Swiss ball (15%). It was found that most pregnant women (72%) did not receive guidance on non- pharmacological methods in prenatal care. Through this review, it was possible to observe the need for improvement in the prenatal guidelines, the effectiveness of using these methods in pain relief, highlighting the professional nurse as the most qualified to apply these techniques, in addition to the lack of infrastructure in the care units. delivery care that hinders the implementation of humanized techniques.

Keywords: Humanized Childbirth. Nursing care. Labor. Obstetric Nursing.

2. INTRODUÇÃO

O processo parturitivo é um evento fisiológico taxado por crenças modernas que o assimilam à ideia de sofrimento e alteração da sexualidade feminina. No entanto, quando bem orientada, a vivência do parto se torna um momento de valorização da autonomia da mulher e sua autoestima (FREIRE et al., 2017).

O processo de hospitalização para parturição iniciou-se na década de 40, no qual, incrementou-se algo nunca explorado por mulheres – a atuação médica no controle da gestação e trabalho de parto. Essa inovação incluía técnicas que configuram um modelo assistencial que perturbava e inibia o desfecho fisiológico do parto (ALMEIDA; ACOSTA; PINHAL, 2015).

Destarte, o Ministério da Saúde (MS) tem formulado políticas frisando a importância da humanização no cuidado ao nascimento e do parto baseado em evidências científicas. Em 1985, ocorreu a Conferência sobre Tecnologia Apropriada para o Nascimento e Parto que foi importante para revisão das tecnologias usadas e, por conseguinte, contraindicação do uso de tecnologias invasivas. Outrossim, evidenciou-se o direito da população à informação e acompanhamento pré-natal (MEDEIROS et al., 2016).

Em 1996, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu uma classificação de práticas na condução do parto vaginal e nascimento que instrui o que deve ou  não ser utilizado durante o parto. Além disso, incentiva a oferta de capacitações e introdução de enfermeiras obstétricas para assistência ao parto (MEDEIROS et al., 2016).

A recomendação da OMS é que apenas 15 % dos partos sejam cesáreos. Contudo, em cinco anos, o Brasil ultrapassou a linha de 50% de cesarianas. Existem movimentos mundiais para partos humanizados em diferentes países, lutando por alteração em diversos aspectos de cuidados obstétricos (ALMEIDA; ACOSTA; PINHAL, 2015).

Preconiza-se que, a integração da enfermagem obstétrica no processo de parturição é de fundamental importância para diminuir as cesarianas. Essa especialidade atua de forma humanizada ao empregar condutas não invasivas para redução da dor no trabalho de parto (LEHUGEUR; STRAPASSON; FRONZA, 2017).

O termo “humanização” foi empregado no dia 1º de junho de 2000, através da portaria GM/MS nº 569, pelo Programa Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN). O programa tem a finalidade de melhorar o acesso e a qualidade da assistência desde o pré-natal até o parto e puerpério (ANDRADE et al., 2017).

De acordo com a Rede Cegonha, toda gestante tem direito a planejar seu parto e dispor de uma assistência humanizada no seu processo de parturição e puerpério. Da mesma forma, os seus filhos têm o direito de nascer de forma saudável e segura. Esse programa foi instituído pelo MS com o objetivo de garantir os direitos da parturiente, e está sendo implementado em todo o país a fim de organizar a atenção à saúde materna e infantil (BRASIL, 2011).

O pavor de não saber o que irá acontecer durante o processo do parto, traz à parturiente sentimentos desagradáveis, como ansiedade, medo e preocupação. Sendo assim, é fundamental que os profissionais de saúde orientem as mulheres ainda no pré-natal e promovam uma atenção mais qualificada para que o processo parturitivo ocorra com mais confiança e tranquilidade (MELO et al., 2018).

Para diminuir o desconforto no processo de parturição, o cenário de parto e nascimento terá de possuir condutas humanizadas, bem como de estratégias não farmacológicas de alívio da dor (BRASIL, 2014). Dentre esses métodos destacam-se o banho de imersão e aspersão, uso de bola suíça, técnicas de massagem, técnicas de respiração, acupuntura, musicoterapia, aromaterapia, deambulação, entre outras. Todas essas técnicas devem ser realizadas mediante escolha da mulher (BRASIL, 2017).

A justificativa para a realização desta pesquisa sucedeu-se a partir da vivência no estágio da disciplina “Ensino Clínico em Saúde da Criança e Adolescente” em um posto de saúde, através da qual foi estabelecido o contato direto com as mães. Dessa forma, passou-se a conhecer a assistência que elas haviam recebido durante seu processo de parturição, onde surgiram inquietações e afeição em entender como são desenvolvidas as condutas de humanização, e quais foram os métodos não farmacológicos de alívio da dor mais utilizados pelas parturientes no trabalho de parto.

Portanto, objetiva-se analisar nos resultados das produções científicas a efetividade das técnicas não farmacológicas para alívio da dor durante o trabalho de parto.

3. METODOLOGIA

A presente pesquisa se utiliza do método de revisão integrativa, que atualmente tem sido muito abordada na área da saúde e tem possibilitado evidenciar a colaboração da Enfermagem no aperfeiçoamento dos seus cuidados. Designa-se integrativa por trazer vasta informação acerca de temáticas, produzindo assim um extenso corpo de ideias e de aplicação metodológica (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).

A associação de informações de desenhos de análises diferenciadas é enigmática e difícil. No entanto, o controle da revisão integrativa a partir de uma intensa abordagem do progresso, especificamente de avaliação de dados, proporciona a redução de adversidades e erros (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).

Para guiar a pesquisa, formularam-se as seguintes questões: O que a literatura abordou nos últimos anos sobre a efetividade das técnicas não farmacológicas para alívio da dor durante o processo parturitivo? Qual a importância da humanização durante o processo de parto? O pré-natal tem sido fonte de informação sobre as técnicas não farmacológicas de alívio de dor durante o trabalho de parto e nascimento? De acordo com a literatura, qual técnica não farmacológica é mais eficaz no alívio da dor no parto?

Entre fevereiro de 2019 e março de 2020, foi realizado uma pesquisa de produção científica por meio da procura eletrônica de artigos indexados nas sequentes bases de dados: Base de Dados em Enfermagem (BDENF); e na biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online (SciELO).

Definiu-se estas bases de dados e biblioteca por compreender que envolvem revistas importantes da área da saúde. Foram aplicados os seguintes descritores: “Parto Humanizado”, “Cuidados de Enfermagem” AND “Trabalho de Parto”, “Enfermagem Obstétrica”.

Foram incluídas neste estudo as seguintes publicações: artigos que discutissem sobre métodos não farmacológicos de alívio da dor e humanização do parto; que fossem originais; publicados em português ; com recorte temporal entre os anos de 2015 a 2020.

Os artigos tiveram seus resumos lidos e os que responderam aos critérios propostos anteriormente foram selecionados e utilizados nesta pesquisa. Em seguida, foram ordenadas em fichamentos onde se destacava título, referência, objetivo, introdução, tipo e abordagem de estudo, principais resultados, conclusões dos autores e considerações pessoais.

A escolha inicial dos artigos se deu baseado em seus títulos e resumos. A pesquisa nas bases de dados consultadas resultou em 310 artigos, e quando foram levados em consideração os critérios de inclusão e exclusão definiu-se apenas 20 para análise, principalmente, pela finalidade da atual pesquisa.

Foi criado um instrumento para a coleta dos dados, com a finalidade de responder as questões norteadoras deste estudo, constituídos pelos seguintes tópicos: Base de dados, Título do artigo, Autores/Profissão, Periódicos, Consideração/ Temática e Região.

Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica de caráter integrativo, os dados obtidos por meio dessa seguiram princípios éticos da Lei dos direitos autorais 12.853/13 que dispõe em seu Art. 1º. Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos.

O cálculo das porcentagens foi realizado através de porcentagem simples. A avaliação dos resultados deve apresentar com quais instrumentos os dados colhidos na pesquisa serão examinados e se estes atribuirão de modo correto ao conteúdo levantado no projeto de pesquisa, com o propósito de ofertar oportunidades a fim de que o pesquisador possa comprovar ou contrapor a suposição inicialmente relatada (PRAÇA, 2015).

4. RESULTADOS

Foram encontradas 310 publicações, sendo 156 na base de dados BDENF, e 154 na SciELO. Destes 310 artigos, tendo como foco a pergunta e os parâmetros de inclusão da revisão integrativa, e trazendo em consideração que alguns artigos apareciam em mais de uma base de dados, o estudo foi composto por 20 artigos, representados de maneira precisa no Quadro 1.

Quadro 1- Caracterização dos artigos selecionados sobre a humanização do parto através dos métodos não farmacológicos de alívio da dor, 2015 a março de 2020.

Base de dados

Título do Artigo

Autor(es) (profissão)

Periódico

Considerações/ Temática

Região

SciELO

A prática de métodos não farmacológicos para o alívio da dor de parto em um Hospital Universitário no Brasil

MIELKE

et al.

(enfermeiros)

Avances em Enfermagem, v.37, n.1, p.47-55, 2019

Relata a importância de informar as parturientes sobre os métodos não farmacológicos de alívio da dor para que em conjunto com o profissional possa escolher o melhor método.

Sul

BDENF

Avaliação de partos assistidos na água por enfermeiras obstetras

BRILHANTE

et al. (enfermeiras)

Revista de Enfermagem UFPE, Recife, v.11 n.11 p.4418- 4423, 2017

Relata sobre a implantação da primeira banheira e seus benefícios, do banho de imersão durante o trabalho de parto e parto, fala sobre o alívio da dor através desse método não farmacológico.

Nordeste

SciELO

Boas práticas aplicadas às parturientes no centro obstétrico

VIEIRA

et al. (enfermeiras)

Revista Brasileira de Enfermagem, v.72, n.3, p.199- 205. 2019

Mostra a importância dos técnicos de enfermagem diante da assistência humanizada ao parto.

Sul

BDENF

Conformidade das práticas assistenciais de enfermagem com as recomendações técnicas para o parto normal

GUIDA

et al. (enfermeiras)

Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v.18, n.4, p.543-550, 2017

Evidenciou que as enfermeiras das maternidades estudadas possuíam uma conduta assistencial humanizada, porém ainda foram encontradas condutas inapropriadas.

Sudeste

BDENF

Conhecimento das puérperas com relação aos métodos não farmacológicos de alívio da dor do parto

ALMEIDA; ACOSTA; PINHAL

(enfermeiros)

Revista Mineira de Enfermagem, v.19, n.3, p.711-717, 2015

Identifica a opinião das mulheres sobre a eficácia dos métodos não farmacológicos de alívio da dor, conseguindo demonstrar que estas técnicas trazem satisfação, alívio e conforto no parto.

Sudeste

Continua.

Base de dados

Título do Artigo

Autor(es) (profissão)

Periódico

Considerações/ Temática

Região

SciELO

Contribuição de enfermeiras obstétricas para consolidação do cuidado humanizado em maternidades no Rio de Janeiro – Brasil

VARGENS; SILVA; PROGIANTI

(enfermeiros)

Escola Anna Nery, v.21, n.1, 2017

Reflete a importância da enfermagem obstétrica no parto no uso de técnicas menos invasivas.

Sudeste

SciELO

Cuidados humanizados: a inserção de enfermeiras obstétricas em um hospital de ensino

MEDEIROS

et al. (enfermeiras)

Revista Brasileira de Enfermagem, v.69, n.6, p.1091- 1098, 2016

A inserção do trabalho de enfermeiras obstétricas, é capaz de reconfigurar as práticas e cuidados em saúde nas maternidades em casas de parto.

Centro- Oeste

BDENF

Eficiência de métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto normal

DIAS

et al. (enfermeiros)

Enfermagem em Foco, v.9, n.2, p.35-39, 2018

Identificou a opinião das mulheres sobre a eficácia dos métodos não farmacológicos de alívio da dor, conseguiu demonstrar que tais técnicas trazem satisfação alívio e conforto no parto.

Sudeste

BDENF

Estratégias não farmacológicas para o alívio da dor no trabalho de parto: efetividade sob a ótica da parturiente

HANUM

et al. (enfermeiros)

Revista de Enfermagem UFPE, Recife, v.11, n.8, p.3303- 3309, 2017

Mostra a deficiência de informações sobre as técnicas não farmacológicas no pré-natal, e revela a técnica mais eficiente e mais usada pelas parturientes para alívio da dor durante seu processo de parturição.

Centro- Oeste

SciELO

Hidroterapia e bola suíça no trabalho de parto: ensaio clínico randomizado

HENRIQUE

et al. (enfermeiros)

Acta Paulista de Enfermagem, v.29, n 6, p.686-692, 2016

Trata sobre o quanto a utilização dos métodos é mais eficaz feita conjugada do que isolada.

Sudeste

SciELO

Humanização do parto: significados e percepções de enfermeiras

POSSATI

et al. (enfermeiras)

Escola Anna Nery, v.21, n.4, 2017

Ressalta a importância de resgatar a autonomia da mulher, mostrando os benefícios da liberdade de movimento no trabalho de parto.

Sul

BDENF

Manejo não farmacológico de alívio da dor em partos assistidos Por enfermeira obstétrica

LEHUGEUR; STRAPASSON; FRONZA (discente de graduação em enfermagem, enfermeira e biólogo)

Revista de Enfermagem UFPE. Recife, v.11, n.12, p. 4929-4937,

2017

Expõe detalhadamente sobre os efeitos positivos dos métodos não farmacológicos para alívio da dor nas parturientes durante o processo de parto e nascimento.

Sul

Continua.

Base de dados

Título do Artigo

Autor(es) (profissão)

Periódico

Considerações/ Temática

Região

BDENF

Parto normal assistido por enfermeira: experiência e satisfação de puérperas

FREIRE

et al. (enfermeiras de um programa de residência em

obstetrícia)

 

Revista de Enfermagem UFPE. Recife, v. 11, n. 6, p. 2367-

2357, 2017

Destaca fatores que podem influenciar na duração do processo de parto, e os benefícios da presença da enfermeira obstétrica na experiência única da mulher.

Nordeste

SciELO

Percepções de gestantes acerca do cuidado pré-natal na atenção primária à saúde

LIVRAMEN TO

et al. (enfermeiras)

Revista Gaúcha de Enfermagem.

Porto Alegre, v.40, 2019

Trata sobre o acompanhamento da gestante antes e durante a gestação, que precisa ter uma postura humanizada, e atenção integral.

Sul

BDENF

Práticas dos profissionais de enfermagem diante do parto humanizado

ANDRADE

et al. (enfermeiras)

Revista de Enfermagem UFPE, v.1, n.6, p.2576- 2585, 2017

Aborda sobre a dor que é causada no parto e a importância da enfermeira obstétrica nesse cenário de parturição.

Nordeste

SciELO

Práticas e intervenções obstétricas em mulheres de um estado do nordeste do Brasil

PRADO

et al. (médicos e enfermeiros)

Revista Associação Médica Brasileira, v.63, n.12, p.1039-1048, 2017

Enfatiza que apesar de ser observada práticas humanizadas, ainda são observadas práticas intervencionistas.

Nordeste

SciELO

Práticas humanizadas da enfermeira obstétrica: contribuições no bem-estar materno

ALVARES

et al. (enfermeiras)

Revista Brasileira de Enfermagem, v.71, n.6 p.2620-2627, 2018

Destaca com ênfase a importância de orientações durante o pré-natal sobre o processo parturitivo e a presença da enfermeira obstétrica para realizar métodos não invasivos para alívio da dor.

Centro- Oeste

SciELO

Práticas na assistência ao parto em maternidades com inserção de enfermeiras obstétricas, em Belo Horizonte, Minas Gerais

SOUSA

et al. (enfermeiros)

Escola Anna Nery, v.20, n.2, 2016

Demonstra que o enfermeiro é um profissional capacitado e indicado para atenção humanizada no parto.

Sudeste

BDENF

Satisfação das puérperas atendidas em um centro de parto normal

SOARES

et al. (enfermeiras)

Revista de Enfermagem UFPE, Recife, v.11, n.11, p.4563-4573, 2017

Relata a satisfação da parturiente desde a estrutura física da maternidade até a assistência prestada pela equipe de enfermagem.

Nordeste

SciELO

Uso dos métodos não farmacológicos durante o trabalho de parto: estudo observacional transversal

ROMÃO; PRUDÊNCI O; FUZISSAKI

(enfermeiros)

Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde ao Contexto Social, v.7, n.3, p.338- 344, 2019

Relata sobre a informação sobre o conhecimento das parturientes com relação as técnicas não farmacológicas de alívio da dor e sua utilização na instituição pesquisada.

Sudeste

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2020.

Os artigos foram analisados e encontrou-se os seguintes resultados: dentre as 20 pesquisas realizadas no Brasil, 7 (35%) na região Sudeste, 5 (25%) ocorreram na região Nordeste, 5 (25%) na região Sul, e 3 (15%) na região Centro-Oeste. Diante desse dado levantado, a região Sudeste destaca-se no que se refere às publicações sobre o tema discutido nesta pesquisa. Também foi observado que as regiões Sul e Nordeste vem ganhando destaque nas produções científicas (Quadro 1).

Referente aos autores, constatou-se que 18 (90%) dos artigos foram escritos por enfermeiros, e somente 2 (10%) houve a participação de médico e biólogo (Quadro 1). Dessa forma, observa-se que os enfermeiros vêm ganhando destaque em pesquisa e extensão visando um cuidado baseado em evidências científicas na área obstétrica.

A análise dos artigos proporcionou a elaboração de 02 categorias temáticas: importância da orientação no pré-natal sobre os métodos não farmacológicos de alívio da dor; e o papel do enfermeiro frente as técnicas não farmacológicas e a efetividade na utilização destas para alívio da dor no trabalho de parto.

Dentre as técnicas de alívio da dor existentes, as mais citadas nos artigos foram: banho (22%), deambulação (17%), massagem (15%) e utilização de bola suíça (15%). A Figura 1 ilustra o gráfico do percentual de técnicas mais utilizadas de acordo com os artigos encontrados.

Gráfico 1. Técnicas de alívio da dor mais utilizadas nos artigos selecionados, 2015 a março de 2020, ARACAJU-SE.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2020.

Quanto às orientações no pré-natal sobre os métodos não farmacológicos de alívio da dor, somando as amostras dos estudos selecionados, a maioria das mulheres (72%) não receberam informações no pré-natal (Figura 2).

Gráfico 2. Proporção de parturientes informadas sobre os métodos não farmacológicos de alívio da dor no pré-natal de acordo com os artigos selecionados, 2015 a março de 2020, ARACAJU-SE.

5. DISCUSSÃO

Importância da orientação no pré-natal sobre os métodos não farmacológicos de alívio da dor

O pré-natal é uma etapa primordial para esclarecimento de dúvidas e para construção de práticas educativas em saúde, além de nortear a mulher a realizar escolhas seguras durante o processo parturitivo e avaliar a assistência recebida. Dessa forma, as mulheres passam a ter mais liberdade de escolha e empoderamento feminino (ALVARES et al., 2018).

O Ministério da Saúde estabeleceu o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, por meio da Portaria/GM nº 569, 1/6/2000, com intuito de melhorar a assistência exclusiva à parturiente e ao recém-nascido. O programa visa diminuir as altas taxas de mortalidade materna/neonatal, empregar práticas que proporcionam melhor atenção ao pré- natal, no auxílio ao parto e pós-parto e esclarecer todas as dúvidas da gestante (BRASIL, 2002).

Apesar disso, em um estudo realizado por Vieira et al. (2019), parturientes afirmaram que o pré-natal apresenta algumas falhas na orientação sobre trabalho de parto e elas referiram chegar amedrontadas ao Centro Obstétrico. Com isso, fica visível que as informações prestadas durante o pré-natal são imprescindíveis e servem como um guia para que elas se sintam mais seguras e calmas, incrementando satisfação do cuidado ao parto.

Uma pesquisa realizada com 120 mulheres de uma maternidade escola em Sorocaba/SP, apontou que 104 delas (79,4%) expressaram a não obtenção de instruções sobre os métodos não farmacológicos para diminuição da dor ao longo do pré-natal nas unidades básicas de saúde. Esse dado é inquietante e ocasiona uma reflexão sobre os motivos da ausência de entendimento e aptidão dessas parturientes no momento do parto (ALMEIDA; ACOSTA; PINHAL, 2015).

As pesquisas de Mielke et al. (2019) e Romão, Prudêncio e Fuzissaki (2019) corroboraram com a veracidade dos dados da pesquisa acima afirmando que uma baixa quantidade de gestantes recebeu explicações sobre os métodos não farmacológicos de alívio da dor. Devido à essa deficiência preocupante na assistência ao pré-natal, devem ser elaboradas pelo(a) enfermeiro(a) estratégias que garantam com que as gestantes cheguem mais preparadas para vivência do parto.

Nesse cenário, o enfermeiro é o profissional mais habilitado a prestar atenção humanizada ao parto, promovendo autonomia e protagonismo da mulher no trabalho de parto (ALVARES et al., 2018). Em um trabalho elaborado por Livramento, (2019) as gestantes entrevistadas relataram a relevância desse profissional na assistência pré-natal, priorizando a preferência pela consulta com o enfermeiro devido a um maior vínculo afetivo, cuidado, atenção, e escuta qualificada.

Desse modo, fica evidente que o pré-natal é o momento ideal para realização de orientações acerca das técnicas não farmacológicas de alívio da dor no parto, principalmente no terceiro trimestre de gestação. Essas orientações realizadas no momento certo, podem fortalecer e potencializar o protagonismo da mulher na hora do parto.

O enfermeiro deve adequar o pré-natal, utilizando um meio ou estratégia que possibilite a garantia de que as gestantes recebam informações satisfatórias no pré-natal sobre os métodos não farmacológicos de alívio da dor, melhores posições de parto, seus direitos de ter um parto da forma mais natural possível, empoderando a mulher para que ela seja a principal personagem do seu parto e tenha prazer nesse momento tão especial.

6. O papel do enfermeiro frente as técnicas não farmacológicas e a efetividade na utilização destas para alívio da dor no trabalho de parto

O profissional de enfermagem obstétrica, introduzido no cuidado ao parto de baixo risco, e em sua atividade assistencial, procura implantar o manuseio da dor, categorizando uma forma de assistência focada na naturalidade do parto e enaltecendo o protagonismo da mulher. Consequentemente, a presença desse profissional incrementa a elaboração de práticas humanizadas (FREIRE et al., 2017; LEHUGEUR; STRAPASSON; FRONZA, 2017).

As parturientes têm enfatizado que o cuidado da enfermagem obstétrica é um dos princípios mais significativos para satisfação na gestação, à medida que há respeito, oferta de apoio emocional, segurança, favorecimento de liberdade de escolha, bem como uso de técnicas não invasivas de alívio da dor durante o trabalho de parto. Vale ressaltar, que essas práticas utilizadas estão relacionadas a evidências científicas e propostas estabelecidas pelo Ministério da Saúde (SOUSA et al., 2016; POSSATI et al., 2017; SOARES et al., 2017; ALVARES et al., 2018).

No entanto, apesar de existir técnicas não invasivas no cuidado, devido à influência do modelo medicalizado, algumas enfermeiras obstétricas ainda utilizam práticas intervencionistas (VARGENS; SILVA; PROGIANTI, 2017). No contexto do cenário de parto, existem diversas lacunas na assistência de enfermagem. Por conta disso, busca-se a modificação das práticas utilizadas atualmente, direcionadas a transformação para um modelo menos intervencionista, priorizando o processo natural.

Santana et al. (2019) afirmam que a implementação de boas práticas executadas por enfermeira, apresentou-se de modo elevado em comparativo com os procedimentos obstétricos empregados pelos outros profissionais. Nos países que possuem os melhores indicadores no cuidado ao parto, o desempenho ativo da enfermagem obstétrica é um marco em comum.

A inserção de maior quantidade de enfermeiras obstétricas em todas as instituições de assistência ao parto do país, tem a capacidade de cooperar na melhoria dos índices de saúde materno-infantil, reduzindo a mortalidade neonatal e aumentando o bem-estar das parturientes. Da mesma forma, é necessário um reajuste dos protocolos dos estabelecimentos de saúde para um avanço assistencial efetivo.

Perante essas informações, fica claro que a presença do profissional enfermeiro é indispensável no cuidado ao parto, visto que possui condutas humanizadas que trazem benefícios tanto no apoio emocional, como na vivência física, promovendo sua capacidade de adaptação ao processo fisiológico do parto.

A dor do parto é proveniente de contrações e distensões musculares e de articulações, assim, o corpo produz mecanismos de defesa para amenizar a dor, como a liberação de endorfinas. Dessa maneira, a mulher necessita se sentir amparada, para que os mecanismos do próprio organismo não sejam bloqueados. Sobretudo, a “dor anormal”, que pode ser provocada pelo estresse de procedimentos de assistência ao parto, acarreta uma desarmonia no corpo da mulher, influenciando no aumento da dor (BRASIL, 2018).

As práticas efetivas para redução da dor irão contribuir para melhora das condições para o nascimento e a dor em geral. Em um estudo transversal realizado no estado do Mato Grosso, algumas participantes relataram que uma parição rápida é em razão de boas emoções retratadas no nascimento dos seus bebês e através do uso das técnicas não farmacológicas o processo se torna menos doloroso, sendo a principal característica a diminuição da dor (MEDEIROS et al., 2015). Soares et al. (2017) declaram que a utilização dessas práticas não invasivas para redução da dor durante o trabalho de parto é essencial na promoção do bem-estar materno. Essas técnicas além de reduzir a dor, promove conforto e reduz o tempo do trabalho de parto.

7. Técnicas não farmacológicas mais utilizadas para alívio da dor

7.1. Banho

O banho morno diminui e alivia a sensação dolorosa, promovendo o relaxamento das gestantes mostrando ser o método mais eficaz e agradável. Uma pesquisa realizada em uma maternidade pública no Estado de Goiás revelou que das 71 mulheres entrevistadas, 63 (88,7%) avaliaram esse método como o mais eficiente (HANUM et al., 2017). Outros autores reforçam a ideia de que o banho terapêutico é a melhor escolha reduzir a dor e estimular o trabalho de parto, promovendo conforto, tranquilidade, e bem-estar das mulheres (VIEIRA et al, 2019; DIAS et al.,2018).

Em um estudo transversal descritivo, desenvolvido em uma Maternidade Pública da cidade de Salvador/BA foram analisados os dados dos prontuários e constatou-se que o banho quente foi a técnica mais utilizada pelas parturientes, com um percentual de 81,6% (SANTANA et al., 2019). Ratificado também pelas pesquisas de Mielke, Gouveia e Gonçalves (2019), na qual 66,6% das mulheres utilizaram o banho morno e Medeiros et al. (2016) com 58,2%.

Também no Nordeste, em setembro de 2015, foi feita a instalação da primeira banheira com água morna em um Centro de Parto Normal – CPN de Maracanaú. Foram realizados 2.400 partos vaginais, e 18 aconteceram na água, sete pacientes encontravam-se na fase latente do trabalho de parto, dez na fase ativa, e uma no período expulsivo. A normalidade da duração total dos trabalhos de parto é de 304,67 minutos; posteriormente a entrada das pacientes na banheira, a média da duração é de 63,44 minutos. Em relação às expulsões das placentas, todas foram realizadas através de conduta ativa, fora da água, e estas se encontravam íntegras (BRILHANTE et al., 2017).

Todos esses partos na água aconteceram de forma humanizada, sem o uso de práticas intervencionistas como: manobra de Kristeller, uso de ocitocina e episiotomia em todas as pacientes. No pós-parto não ocorreu em nenhum dos casos hemorragia puerperal, todos tiveram loquiação fisiológica. E com relação ao cuidado ao neonato, não se verificou relação de baixos escores de Apgar, proporcionando o contato pele a pele e amamentação no primeiro momento de vida (BRILHANTE et al., 2017).

7.2. Deambulação

O estímulo à deambulação e liberdade de posicionamento é sugerido como benéfico para mãe-bebê. O ato de deambular associado a posições verticais, em comparação a outras posições traz benefícios no decorrer do trabalho de parto, na redução dolorosa, melhora das contrações uterinas, da circulação da mãe para o feto, e elevação do bem-estar materno (FERRÃO; ZAGÃO, 2017).

Em um hospital público de grande porte no Estado de Porto Alegre sucedeu uma pesquisa com análise de 232 prontuários de parturientes, e observou-se que o método mais utilizado (79,2%) foi a deambulação (LEHUGEUR; STRAPASSON; FRONZA, 2017). Na maternidade estudada por Guida et al. (2017) a porcentagem de gestantes que empregaram a deambulação foi de 71,7%. Em um estudo realizado em dois hospitais maternidade verificou- se que as enfermeiras obstétricas estimularam as gestantes a deambulação em 55,45% dos partos (VARGENS; SILVA; PROGIANTI, 2017).

Visto as informações em debate, fica enfatizado a importância da deambulação, pois além de acelerar o trabalho de parto, traz liberdade de movimentos a parturiente, aumentando a satisfação da mulher, estabelecendo maior vínculo entre profissional-paciente.

7.3. Massagem e Bola suíça

A aplicação da massagem vem desde a era pré-histórica, iniciados originalmente na China, Índia, Grécia, Roma e Japão. Em associação com outros exercícios, esta prática sempre foi recomendada como um auxílio a saúde como um todo. A capacidade terapêutica de relaxamento, é o efeito mais relativo à massagem proporcionando amplos benefícios como: melhora na respiração, aumento da circulação sanguínea, redução da congestão digestiva, entre outros (CASSAR, 2001).

Em um relato de experiência de Rangel (2018), em um Hospital da região metropolitana da Grande Vitória, expõe-se o benefício da utilização da bola suíça para reduzir a dor e revigorar as forças da gestante para continuar o trabalho de parto.

De acordo com estudos, apesar dessas técnicas não serem as mais utilizadas no cenário de parto, vem ganhando destaque por sua eficiência no relaxamento da mulher, além de ajudar na progressão fetal (MEDEIROS et al., 2016; HANUM et al., 2017). A efetuação da massagem lombossacral e utilização da bola suíça, entre outros métodos, são conceituados como forma de humanização recomendada pelas Diretrizes de Assistência Humanizada pelo Ministério da Saúde (ANDRADE et al., 2017).

Observa-se que, os métodos não farmacológicos de alívio da dor, quando associados, possuem maior eficácia para regressão da dor que quando utilizados isoladamente. Como foi relatado no estudo de Medeiros et al. (2016), um número significativo (76,3%) das parturientes associou a utilização de duas ou mais técnicas durante o trabalho de parto.

7.4. Presença do Acompanhante

A Lei Federal nº 11.108, de 07 de abril de 2005, que é mais conceituada como Lei do Acompanhante, estabelece que em todos os serviços de saúde do SUS, ou rede conveniada, é obrigatório autorizar à gestante o direito ao acompanhante durante todo o trabalho de parto, parto e pós-parto. E este acompanhante é escolhido pela parturiente, podendo ser qualquer pessoa de sua preferência (BRASIL, 2005).

Em relatos de puérperas entrevistadas por Medeiros et al. (2015), o medo de estar desacompanhada era nítido. Desse modo, ter a companhia de alguém trouxe um diferencial positivo na assistência prestada. Elas referiam se sentir mais seguras, confiantes, tranquilas e relaxadas com a presença do acompanhante, e este facilitou com que fossem utilizados os métodos não farmacológicos durante o trabalho de parto.

Também é relevante que as instituições de saúde designadas ao cuidado ao parto e nascimento permitam e incentivem a presença de um acompanhante de livre escolha da mulher e o incluam no processo de parturição, dando-lhe todas as orientações necessárias sobre a evolução do parto (SOARES et al., 2017).

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No contexto da literatura estudada, a inserção da enfermagem obstétrica é essencial para mudança do cenário de parto atual, trabalhando a diminuição de técnicas invasivas, fortalecendo a ideia de humanização no parto, visto que este profissional é o mais indicado para propiciar um cuidado digno de qualidade buscando inovações baseadas em evidências cientificas, além de oferecer apoio emocional estabelecem um vínculo afetivo com as mulheres e seus familiares.

Destaca-se que um dos grandes problemas na implementação das práticas humanizadas no parto é a falta de informações abordadas ainda no pré-natal. Desse modo, é relevante que os profissionais se atentem acerca das orientações principalmente quando se inicia o terceiro trimestre de gravidez. Devem realizar ações educativas abordando sobre temas como: estímulo ao parto natural, a diversidade e os benefícios da utilização das técnicas não farmacológicas existentes para o alívio da dor e como irá proceder o seu trabalho de parto.

Na análise desta pesquisa, ficou evidente que a técnica mais utilizada e mais eficiente é o banho morno, em segundo lugar a deambulação, e logo depois a massagem e a bola suíça. São métodos de baixo custo e podem ser usados isoladamente, porém quando associados tem maior eficiência. Além de reduzir a duração do trabalho de parto, trazem diversas sensações e sentimentos de prazer e satisfação.

Apesar de alguns autores considerarem não ser um método não farmacológico, a presença do acompanhante se mostrou essencial fazendo com que as mulheres se sentissem mais seguras e confiantes, pois além de auxiliar na aplicação das técnicas observou-se que a companhia de alguém de confiança teve influência no alívio da dor. É um direito por Lei e necessita ser reforçado e respeitado, contribuindo para satisfação e bem-estar da mulher.

Ainda, é importante que os gestores das instituições de assistência ao parto se preocupem em adequar ambientes para implementação desses métodos, pois a falta de estrutura também é um empecilho para esse tipo de assistência. Por fim, é necessário que sejam realizados novos estudos, para fundamentar a utilização das técnicas, amplificando a humanização e a qualidade de assistência ao processo parturitivo.

9. REFERÊNCIAS

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BRASIL. Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005. Altera a lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990 para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde- SUS. Ministério da Saúde, Brasília, 2005.

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Por Nathielly Oliveira Lyra e Nayara Santos de Almeida


Publicado por: Nathielly Oliveira Lyra

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