A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

índice

Imprimir Texto -A +A
icone de alerta

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

1. RESUMO

Esse trabalho tem como finalidade apontar acidentes de trabalho na unidade de terapia intensiva elaborando uma discursiva enfatizando os pontos negativos e positivos para ocorrência de acidentes, diminuindo então a ocorrência dos mesmos e consequentemente diminuindo os riscos à saúde dos pacientes No presente estudo, realizei uma pesquisa bibliográfica a partir de um rastreamento feito em diversas fontes secundárias sobre UTI, essa pesquisa tem caráter informativo para enfatizar a importância da visão de segurança do enfermeiro dentro da unidade de terapia intensiva. Tendo como finalidade esclarecer por meio de teses, a importância do enfermeiro na prevenção de acidentes dentro da UTI, seja ele acidente de trabalho ou acidente com o paciente. Com essas informações foi realizado uma análise onde foi enfatizado alguns pontos importantes, como a percepção dos profissionais de saúde referente aos riscos ocupacionais, dificuldades no processo de divisão de tarefas no local de trabalho, situações diversas ocorridas no local de trabalho e falta de treinamentos de segurança. As fontes de dados utilizadas foram: Scielo e Centro Universitário Univates. A busca bibliográfica compreendeu o período de 2001 a 2012.

Palavras-chave: Enfermagem; segurança; EPI; treinamentos; riscos; ergonomia; pacientes e UTI.

ABSTRACT

The purpose of this study is to identify occupational accidents in the intensive care unit by elaborating a discourse emphasizing the negative and positive points for the occurrence of accidents, reducing their occurrence and consequently reducing the risks to the patients' health. In the present study, I performed a research bibliographical study based on a screening done in several secondary sources on ICUs, this research has an informative character to emphasize the importance of the safety vision of the nurse within the intensive care unit. With the purpose of clarifying through theses, the importance of the nurse in the prevention of accidents within the ICU, be it work accident or accident with the patient. With this information, an analysis was carried out in which I emphasized some important points such as the perception of health professionals regarding occupational hazards, difficulties in the process of division of tasks in the workplace, various situations occurring in the workplace and lack of safety training.The data sources used were: Scielo and Centro Universitário Univates. The bibliographic search comprised the period from 2001 to 2012.

Keywords: nursing; safety; epi; trainings; scratchs; ergonomics; patients and ICU.

2. INTRODUÇÃO

A biossegurança refere-se a estudos relacionados a práticas e teorias que zelam pela segurança, evitando riscos que o trabalho pode causar na vida das pessoas e no local de trabalho, para prevenção de acidentes segundo NR-6 (Norma regulamentadora), deve ser usado o EPI (Equipamento de Proteção Individual), esse equipamento deve ser previamente aprovado pelo Ministério do Trabalho e do Emprego e deve ser entregue aos funcionários gratuitamente e todos devem ser devidamente treinados para seu uso. Nesses anos de graduação, ficou claro que existem diversos modos de promoção a saúde seja ele em relação ao paciente ou ao nosso funcionário, tanto em prevenção de acidentes como também de doenças seja elas ocupacionais ou não, para isso é necessária uma prevenção prévia, para evitar qualquer intercorrência com os funcionários e pacientes, os funcionários de uma unidade de terapia intensiva por lei têm que estar devidamente paramentados com seus EPIs para realizar suas funções, sendo eles: máscaras de proteção respiratórias, óculos de proteção para amparar contra respingos nos olhos, luvas contra riscos biológicos e físicos, avental e gorro para evitar contaminação por partículas de cabelos no campo de atendimento. Todos esses equipamentos devem ser usados para prevenir qualquer tipo de acidentes com nossos funcionários, os mesmos devem receber treinamentos para uso do EPI, forma correta de posicionamento no local de trabalho focando sempre na ergonomia e acidentes que podem ser causados por falta de conhecimento e treinamentos.

Uma das razões significativas para escolha desse tema foi abordar a importância do enfermeiro para evitar acidentes na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), principalmente em relação ao o que ele pode fazer com seus funcionários do setor para evitar acidentes de trabalho e o que ele deve fazer para evitar acidentes com os pacientes, é necessário um mapeamento de risco onde o enfermeiro tem visão e conhecimento o suficiente para diminuir esses riscos na sua área, o ambiente de trabalho na área da saúde oferece diversos riscos ocupacionais causados por agentes químicos por exemplo, como sabemos acidente de trabalho é todo acidente que ocorre durante o exercício do trabalho a serviço de uma empresa, provocando desde lesões leves até a morte, com isso devemos entender a causa raiz desses acidentes.

Afinal por qual motivo o enfermeiro deve atuar na prevenção de acidentes na UTI? Pois ao reduzirmos os riscos ocupacionais na UTI consequentemente é evitado afastamentos dos colaboradores da área, com isso a população é beneficiada com melhores atendimentos, pois quanto mais técnicos e auxiliares estiverem trabalhando na área menor será a possibilidade de erros por falta de atenção e correria, diminuindo então o risco de morte, risco de infecções cruzadas e de qualquer ocorrência fora do comum dentro da unidade de terapia intensiva, ou seja o enfermeiro do setor deve identificar os tipos acidentes de trabalho ocorrido no setor, os motivos qual esses acidentes ocorrem e no que esses motivos de acidentes podem interferir na saúde do paciente e evitar que esses acidentes ocorram dentro da sua Unidade de Terapia Intensiva.

O objetivo geral desse trabalho é acadêmico, com finalidade de apontar acidentes de trabalho na unidade de terapia intensiva e elaborar teses no qual esses acidentes não ocorram com isso diminuindo os riscos à saúde dos pacientes. Como objetivos específicos foram observar a ligação entre saúde ocupacional dos funcionários da UTI ao atendimento dos pacientes; identificar a possibilidade de ocorrência de acidentes em uma UTI com menores números de funcionários, identificar a importância de treinamentos para os funcionários para que todos tenham conhecimento das práticas de segurança.

O presente estudo, foi realizado uma pesquisa bibliográfica a partir de um rastreamento feito em diversas fontes secundárias, por meio do computador com acesso à internet, consultando diversas teses sobre UTI, essa pesquisa tem como finalidade caráter informativo para enfatizar a importância da visão de segurança do enfermeiro dentro da unidade de terapia intensiva, foram diversas teses encontradas no início foram selecionadas por nome, após foi observado que deveria ser usado somente aqueles que tivessem ligação direta com o tema proposto. Portanto tive como finalidade avaliar todas teses que relatavam a quantidade de colaboradores que trabalham na área e quantidade de pacientes que precisam de atendimentos, para que assim possamos observar a importância de uma divisão correta de afazeres dentro da unidade de terapia intensiva, além de estudos que enfatizam a importância de treinamentos e uso de EPI correto na área. As fontes de dados utilizadas foram: Scielo e Centro Universitário Univates. A busca bibliográfica compreendeu o período de 2001 a 2012.

Com todas informações foi realizado uma análise onde enfatizei alguns pontos importantes como a percepção dos profissionais de saúde referente aos riscos ocupacionais, dificuldades no processo de divisão de tarefas no local de trabalho, situações diversas ocorridas no local de trabalho e falta de treinamentos de segurança.

3. SAÚDE OCUPACIONAL X SAÚDE DO PACIENTE

Nos últimos tem se observado diversos acidentes ocorridos dentro da área hospitalar, levando em conta algumas situações precárias de trabalho que enfermeiros e auxiliares são expostos no seu local de trabalho boa parte dos acidentes é por falta de treinamento ou até mesmo por negligência do profissional.

Tais ocorrências algumas pesquisas feitas sobre o assunto no ano de 2001 aproximadamente 30 enfermeiros de uma equipe estudada tiveram algum tipo de acidente de trabalho, conforme gráfico abaixo a ocorrência através de ferimento por material de perfurocortante ainda é a de maior incidência apontando 40 % dos acidentes de trabalho registrados porém em relação ao contato da pele e mucosas com sangue e secreções por falta do uso de luva por exemplo a incidência foi maior apontando 50% dos acidentes registrados (NISHIDE; BENATTI; ALEXANDRE, 2004).

Gráfico 1 - Distribuição de causas do acidente de trabalho (n=30), ocorrido no último ano. Campinas-SP, 2001


Fonte:
Ocorrência de acidente do trabalho em uma Unidade de Terapia Intensiva. (2004, p. 207).

Em outro estudo realizado no ano de 2009, foi relatado outros tipos de acidentes ocorridos dentro da unidade de terapia intensiva:


Fonte:
Sobrecarga de trabalho da Enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes internados em UTI (2014, p. 695)

Ao observar esses tipos de acidentes ficou evidente que existe um grande desfalque em relação a interpretação sobre segurança dentro da área hospitalar, aparentemente os enfermeiros encarregados pela UTI tem para si que a segurança do seu de trabalho é uma atuação exclusiva da área de segurança do trabalho ou até mesmo da CIPA e os conceitos básicos de segurança são esquecidos podendo causar acidentes aos funcionários e consequentemente ao paciente.

O enfermeiro da unidade de terapia intensiva além de zelar pelo seu local de trabalho, também deve cuidar dos seus funcionários realizando assim medidas básicas protetivas para prevenção de acidentes ocupacionais.

Além de realizar procedimentos mais complexos dentro da UTI o enfermeiro tem como atribuição gerenciar sua equipe, sendo eles técnicos ou auxiliares de enfermagem e até mesmo observar outros membros de local de trabalho como os médicos, fisioterapeutas entre todos os outros funcionários que trabalham na assistência ao paciente dentro da UTI, sendo assim o enfermeiro tem total autonomia para realizar estudos em relação à quantidade de funcionários que atuam na UTI, é o enfermeiro que deve recorrer de medidas caso ocorra superlotação de leitos com baixa quantidade de funcionários para o atendimento, evitando sobrecarga aos demais. Com esse excesso de funções os funcionários acabam realizando seus procedimentos sem utilizar os princípios de ergonomia onde conforme relatado no gráfico acima citado, boa parte dos funcionários sentem fortes dores na coluna podendo futuramente causar um afastamento por doença ocupacional, causando deficiência na assistência e prejuízos ao paciente.

Segundo Novaretti (2013) as unidades de terapia intensiva são reconhecidas como setor de maior complexiibilidade e com isso no Brasil, o Ministério da Saúde instituiu, em maio de 2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) com o objetivo de implementar medidas assistenciais, educativas e programáticas e de iniciativas voltadas à segurança do paciente em diferentes áreas da atenção, organização e gestão de serviços de saúde, por meio da implantação da gestão de risco e de Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúdes muito suscetíveis à ocorrência de incidentes, a sobrecarga de trabalho relacionada à desproporção entre o número de profissionais de enfermagem e de pacientes é relatada como fator de risco inclusive para o aumento da incidência de infecções hospitalares em pacientes críticos.

A ferramenta NAS (nursing activities score) utilizada na UTI para mensurar os cuidados da enfermagem para um paciente é uma ótima forma para evitar a sobrecarga de trabalho para a equipe e deve ser feita pelo enfermeiro responsável pelo setor, evitando assim uma sobrecarga de funcionários podendo danificar o atendimento ao paciente. É direito de todo ser humano receber uma assistência de saúde com qualidade e livre de danos que possam agravar seu estado de saúde por exemplo e para isso devemos estar de acordo com as normas de segurança para evitar qualquer tipo de intercorrência. (BRASIL. ANVISA, 2013).

Toda ocorrência de incidente ou até mesmo de erros deve ser analisada com eficácia, sendo necessário descobrir a causa raiz do acidente, se deve levar em conta que na maioria das vezes os funcionários de enfermagem acumularam mais de um emprego, devido à grande número de afazeres o funcionário pode passar por níveis de estresse e cansaço que podem resultar em acidentes, seja com ele mesmo (como uma perfuração) ou com um paciente (administrar dieta em algum acesso venoso por exemplo), o enfermeiro deve estar atento aos níveis de estresse e cansaço de sua equipe e sempre dialogar com eles sobre os riscos que multitarefas podem causar.

Segundo Matilde et al. (2010), a implantação de uma cultura de segurança nas instituições de saúde, no qual o foco é procurar falhas sistêmicas e não culpar alguém, sendo uma principal estratégia proposta pelas organizações que tem como finalidade a melhoria e qualidade da assistência hospitalar. Tendo como foco o registro anônimo de EA (Eventos adversos) é uma ação fundamental pois na obtenção de informações de falhas que irá auxiliar na implementação de medidas proativas que irá auxiliar na diminuição no número de ocorrências e consequentemente diminuirá os acidentes ocorridos na terapia intensiva.

É de extrema importância que o enfermeiro esteja ciente que sua área de trabalho precisa ser uma área segurança tanto para os funcionários quanto para seus pacientes. Promover a cultura da segurança no sistema de saúde é um fenômeno complexo. Reconhecer sua importância e o impacto da cultura de segurança nas organizações é imperativo para desenvolver qualquer tipo de programa de segurança (BRASIL. ANVISA, 2013). Os treinamentos de segurança é um modo para que os funcionários fiquem cientes que o enfermeiro do setor tem uma preocupação em relação a saúde dos mesmos, como também ao realizar a NAS para dividir corretamente os funcionários para cada paciente, evitando assim sobrecarga, algumas doenças ocupacionais e que futuramente podem ocorrer afastamentos diminuindo ainda mais a quantidade de funcionários dispostos na área.

De acordo com estudos, a cultura da segurança é cada vez mais reconhecida como uma estratégia importante para a melhoria do déficit na segurança do paciente, sendo definida e mensurada de várias maneiras, e pode-se dizer que, em essência, a cultura é o “modo como fazemos as coisas por aqui”, sendo que o “aqui” se refere à unidade de trabalho (PRONOVOST, 2015)).

Muitas intercorrências podem ocorrer com o funcionário de uma UTI e isso pode ocorrer por diversos motivos, como falta de atenção, sobrecarga, falta de habilidade etc, cabe ao enfermeiro ter um diálogo sobre esses temas com seus funcionários, enfatizando o uso de EPIs e treinamentos para reforçar as técnicas de trabalho evitando acidentes e afastamentos inesperados. No Brasil, as estatísticas de contaminação pelas hepatites virais, HIV e pela tuberculose em trabalhadores de saúde, após acidentes, são escassas. Estudos têm demonstrado que a contaminação de profissionais pelo HIV em acidentes pode ser evitada, se forem adotadas medidas de biossegurança. (GIR et al., 2004).

Nos acidentes relacionados à equipe de enfermagem, pode ser analisado que 80% deles foram ocorridos em setores fechados como a unidade de terapia intensiva (UTI) e 20% no restante dos setores no ano de 2006. Com isso o profissional da área da saúde deve criar um sentido de responsabilidade para sua própria segurança e a segurança de seus pacientes. Para que isso seja feito é necessário ter conhecimentos específicos de como pode ocorrer os acidentes de trabalho, mostrando como criar uma responsabilidade pela manutenção da segurança do ambiente através das ações educativas sendo os treinamentos por exemplo. (PAIZANTE,2007).

Além dos riscos com os funcionários os riscos com os pacientes é algo que deve ser observado pelo enfermeiro, contaminação cruzada na UTI, pode ser causada por falta de uso de EPIs fazendo com que vírus e bactérias tenham acesso a todos pacientes e funcionários do local e isso pode ser evitado tanto com uso de EPIs e lavagem das mãos, que é algo que fica esquecido no dia a dia dos funcionários da área. Apesar dos riscos que os funcionários dessas áreas estão expostos, eles realizam suas atividades muitas vezes sem o uso do EPI, sem realizar a técnica de lavagem das mãos e também desprovido de qualquer informação sobre sua segurança pessoal. (SOUZA,2001: CANINI,2005).

Os equipamentos de proteção que fazem parte da prática profissional dos profissionais de saúde devem ser distribuídos gratuitamente pela empresa que os contrata e os funcionários precisam estar devidamente treinados sobre a importância do uso e como usar cada EPI. Os EPIs fornecidos têm como finalidade prevenir o usuário de adquirir doenças em virtude do contato profissional – paciente e contra riscos de acidentes de trabalho, visando a conservação da sua própria saúde. (MURADIAN; BICUDO, 2002).

Os acidentes de trabalho no Brasil mostram um decréscimo gradativo nos últimos anos, esse fato tem sido notado inclusive em grandes empresas. Os últimos dados estatísticos sobre acidentes de trabalho disponibilizados pelo Ministério da Previdência e Assistência Social cobrem os anos de 1997 – 1999. Em 1998 os acidentes de típicos tiveram maior número de notificações sendo 130.817 (LOUZADAS,2001). Isso mostra que os acidentes podem ser prevenidos, se lidarmos com eles de maneira correta

4. SOBRECARGA DE TRABALHO, ACIDENTES DE TRABALHO E CONSEQUÊNCIAS AOS PACIENTES

A sobrecarga de trabalho com os funcionários da UTI é algo importante e que deve ser levado em conta para a segurança do paciente entre os diversos fatores que podem ocasionar uma falta de segurança, relacionada ao paciente internados se destaca os eventos adversos, que são incidentes ou quase acidentes que segundo a Organização Mundial de Saúde podem afetar a segurança, podendo causar complicações desnecessárias ao paciente que está sendo assistido sendo complicações desnecessárias as complicações causadas por erros dos profissionais de saúde, atos perigosos que ocorram na UTI.

A maioria dos erros ocorridos não são intencionais, esses incidentes podem ser classificados de dois modos: incidentes sem danos e com danos que também pode ser chamado de EA (Eventos Adversos). Os danos causados são todo ocorridos que causam prejuízo na estrutura, alterações no corpo como lesões, doenças, sofrimentos, incapacidade, morte, podendo ser problemas físicos, sociais e até psicológicos, esses efeitos adversos são itens importantes para indicadores de qualidades na UTI, uma terapia intensiva sem EA é uma terapia intensiva segura (PADILHA et al., 2018).

Os pacientes de UTI têm uma maior “facilidade” para ocorrência de EAs por serem pacientes de alto risco, as vezes são necessárias intervenções rápidas e que ao serem feitas de forma errada pode causar grandes problemas a saúde do paciente, com isso podemos focar na importância de uma boa elaboração da NAS (Nursing activities score) na UTI, pois ela irá informar com exatidão a quantidade de funcionários necessário para prestação de serviço de qualidade para cada paciente. Uma equipe com sobrecarga de trabalho pode dobrar os riscos de acidentes de trabalho, seja com eles próprios como com seus pacientes (PADILHA et al., 2018).

Em uma pesquisa realizada em fevereiro de 2000 a janeiro de 2001 enfatizou que 30 trabalhadores da enfermagem tiveram acidentes de trabalho nesse período, em uma escola por função auxiliares de enfermagem apresentaram 48% de ocorrências de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) em segundo lugar o enfermeiro com 43% de acidentes e por último o técnico de enfermagem com 39 % de acidentes de trabalho, se formos reparar são número exorbitantes de acidentes dentro de uma área e principalmente em relação a enfermagem (NISHIDE; BENATTI; ALEXANDRE, 2004).



Fonte:
Sobrecarga de trabalho da Enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes internados em UTI (2014, p. 208).

De acordo com estudos realizados o maior número de acidentes ocorrem durante a manipulação de material perfurante durante o preparo de medicação (23%), esses acidentes foram ocorridos com agulhas estéreis sem contato com o paciente portanto livre de transmissão de patógenos, porém esse tipo de acidente ocorre na maioria das vezes devido o profissional de saúde estar realizando sua tarefa com maior agilidade para poder atender todos seus pacientes à tempo (sobrecarga de trabalho), por falta de atenção, e alguns caso por falta de destreza porém esse tipo de acidente pode ser diminuído ao realizar uma divisão correta de pacientes por profissionais de saúde (NISHIDE; BENATTI; ALEXANDRE, 2004).

Além de riscos com perfurocortantes os funcionários da enfermagem que trabalham com uma equipe menor do que a necessária, apresentam dificuldades ao realizar os procedimentos como banhos no leito e mudanças de decúbito, por falta de companheiros na área os funcionários acabam realizando essas técnicas sozinhos e deixando de lado o princípio de ergonomia para evitar problemas futuros, como problemas na coluna. Ergonomia também é um grande motivo para afastamento de profissionais em UTI, na maioria das vezes eles acabam fazendo uma atividade que precisa de mais um funcionário por falta de pessoas na área, com isso os mesmos ficam expostos a afastamentos por desvio de coluna, lombalgia entre outros, fazendo com que mais uma pessoa precise sair da UTI diminuindo ainda mais a quantidade de funcionários e aumentando a sobrecarga de trabalho para a equipe restante., com isso podemos notar a necessidade da instituição realizar investimentos em treinamento, para que os trabalhadores adotem posturas corretas para o trabalho focando na ergonomia na UTI e caso for necessário a modernização de equipamentos que reduza o desgaste físicos dos funcionários, para isso o enfermeiro pode criar uma plano de ação e apresentar a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) do hospital, para que seja tomada as devidas providencias em relação a ergonomia dos funcionários.

Além dos desgastes psicológicos devido à falta de materiais adequado, quantidade necessária, sobrecarga de trabalho, existem os estresses gerados por ritmo acelerado de trabalho na UTI, por ser ambiente fechado sem interação com as pessoas, a pressão da equipe médica e familiares, plantão duplicados podendo causar um estresse no funcionário, fazendo com que o mesmo esteja mais suscetível a erros.

A maioria dos funcionários que se acidentam alegam a falta de atenção como seu principal motivo para o erro, além dos acidentes por não estarem usando seus EPIs de forma correta reforçando ainda mais a importância de treinamentos específicos nessa área.

Antigamente os acidentes ocorridos com os funcionários da saúde não eram muito estudados pois a equipe de saúde não eram considerados como uma categoria profissional que advém riscos à saúde do funcionário, isso mudou nos 80 a partir de uma epidemia de HIV/AIDS onde começou a ser estabelecidas normas para a segurança dentro do ambiente de trabalho, isso nos mostra como a segurança na área de saúde evoluiu e isso precisa ser revisto em relação aos cuidados com os funcionários e com os pacientes (NISHIDE; BENATTI; ALEXANDRE, 2004).

Existem diversos modos de prevenir incidentes na UTI como infecção cruzada, uma equipe com número correto de funcionários para trabalhar consegue realizar normas básicas de proteção como higienização das mãos ao atender cada paciente além de ser uma medida de biossegurança ela evita transmissão por contato e infecções cruzadas dentro da UTI, a lavagem das mãos é uma medida de profilaxia da infecção hospitalar, pois através das mãos dos profissionais de saúde transportam microrganismos de um cliente para outro, e também para os equipamentos causando um infecção cruzada entre os pacientes (SANTOS; GONÇALVES, 2009).

No Brasil, os funcionários da enfermagem se submetem a riscos ocupacionais, sofrem acidentes de trabalho, adoecem com maior frequência devido ao grande risco que os mesmos são expostos (NISHIDE; BENATTI; ALEXANDRE, 2004).

As condições de trabalho e saúde da equipe de enfermagem têm sido denunciadas no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Na maioria dos hospitais, a forma de trabalho é inconcebível, doentia e contradiz todas as regras básicas para ambientes saudáveis em todos os aspectos, a saúde no trabalho é essencial para o desenvolvimento socioeconômico de qualquer nação no mundo, principalmente neste momento em que o desenvolvimento tecnológico tem facilitado a substituição da mão de obra de certas atividades pela máquina, exigindo cada vez mais trabalhadores criativos e qualificados, oferecendo-lhes cada vez menos, em termos de condições de trabalho e nível salarial (DA SILVA et al., 2006).

Com isso as equipes de enfermagem precisam intercalar plantões podendo causar em cansaço excessivo e sendo mais suscetível a erros na UTI.

Segundo Da Silva et al. (2006), é neste contraste de correrias e desencontros

que os eventos estressantes permeiam os hospitais e levam os enfermeiros, bem como os demais profissionais, ao esgotamento, gerador de profissionais indiferentes, apáticos e cansados, dominados por estresse e desmotivação, com consequente conflitos e insatisfações. Aumentando ainda mais a possibilidade de EA.

A unidade de terapia intensiva (UTI) é o setor de maior atuação desses profissionais, com 33,3%. Em virtude das condições das pessoas aí internadas, este setor se diferencia dos demais por ser fechado, estressante e de maior complexidade. Além disso, requer profissionais especializados em constante treinamento (DA SILVA et al., 2006). Seja treinamento para cuidados com o paciente ou para prevenção de acidentes, os funcionários da Unidade de Terapia Intensiva precisam estar sempre atualizados evitando intercorrências desnecessárias.

Segundo Da Silva et al. (2006), o trabalho na UTI deve enfocar não apenas a competência para manusear a tecnologia utilizada para o tratamento, mas a qualificação dos profissionais para lidar de maneira mais humana com os indivíduos que ali se encontram.

A ocorrência de erros deve ser interpretada como falhas ou não-conformidades decorrentes de colapsos dos complexos sistemas técnicos e organizacionais relacionados à atenção em saúde e não como resultados isolados de ações profissionais (DA SILVA et al., 2006).

As principais causas dos erros na administração de medicamentos são: caligrafia do médico ilegível, sobrecarga ou distração do profissional em razão das intercorrências (parada cardiorrespiratória, intubação orotraqueal), além do cansaço e estresse dos profissionais, O preparo e a administração de medicamentos devem ser realizados com precisão e índice de erro zero e coloca a supervisão efetiva dos enfermeiros como forma de minimização de ocorrência (BECCARIA et al., 2009).

No Brasil ainda não existem dados segundo os quais se definam os custos que as pessoas estressadas representam para as instituições e tão pouco a parcela da população com alterações da saúde decorrentes do estresse. Porém, o que tem ocorrido normalmente entre os profissionais, em virtude da sobrecarga de trabalho, é a falta de tempo para descansar, refletir, organizar, aprender (DA SILVA et al., 2006).

Em uma pesquisa realizada em 2006, funcionários de UTI relataram a dificuldade para trabalhar em um local que tenha uma grande sobre carga de trabalho “Carga horária extensa, com poucos funcionários e muitos pacientes, prejudica a qualidade de assistência de enfermagem, principalmente devido à complexidade dos cuidados e estado geral do paciente (Jasmim) ”.

Enfatizando ainda mais que os funcionários da área têm conhecimento que trabalhar com uma sobrecarga pode causar danos e alterações e danos tanto para eles como para os pacientes por eles atendidos.

Segundo Da Silva et al. (2006), após essa pesquisa feita em 2006, notou-se o quanto é importante estes profissionais se organizarem e se mobilizarem com o objetivo de obter mudanças capazes de amenizar o estresse gerado com essa forma de se trabalhar. Além de se ter uma boa divisão de funcionários no setor de acordo com a realidade de cada UTI.

5. A IMPORTÂNCIA DOS TREINAMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NA UTI E ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO

Dentro da UTI, pode ocorrer diversos eventos adversos, o profissional de enfermagem sofre com a consequência desse tipo de evento, quer pela sobrecarga de trabalho ou pelas sanções administrativas e legais. É importante que o profissional relate o incidente para que providências sejam tomadas o mais rápido possível,
(BECCARIA et al., 2009).

Segundo a Beccaria et al. (2009), a proteção ao paciente oferecida por meio de uma assistência segura é responsabilidade de cada profissional da saúde, sendo impulsionada também pela exigência da sociedade.

A unidade de terapia intensiva (UTI) é um local onde os eventos adversos merecem análise particular, levando em consideração que o paciente grave apresenta características que o tornam mais susceptível a erros, eles devem ser analisados para identificar problemas estruturais, recursos humanos, materiais, equipamentos e processo de trabalho para subsidiar medidas preventivas de falhas no ambiente hospitalar (BECCARIA et al., 2009). Diante essas medidas preventivas treinamentos de segurança é um grande aliado para a prevenção de intercorrências, quando o profissional trabalha a muito tempo na área alguns hábitos podem fazer com que ocorra algum tipo de incidente ou até mesmo pode ocorrer por falta de prática de funcionário mais novos, portanto treinamentos sobre cuidados na UTI e práticas de segurança auxilia grandemente na prevenção de EA.

A chave para a redução de erros é simplificar os processos reduzindo o número de etapas padronizando o sistema, desde a prescrição médica eletrônica; sem abreviações; com horários padronizados; distribuição de medicamentos da farmácia sempre supervisionada pelo farmacêutico, preferencialmente em dose unitária, até os protocolos da administração de medicamentos (BECCARIA et al., 2009). Enfatizando ainda mais a importância de treinamentos para a equipe de UTI, quando os funcionários são devidamente treinados sobre sua segurança e forma de trabalho o risco para intercorrências pode diminuir em até 60%, a conscientização pode evitar diversos eventos inesperados.

Em uma pesquisa feita em 2007, em um hospital da Bahia, foi esclarecido que os profissionais de saúde sabem modos para prevenir acidentes na UTI, como use de EPIs, evitar movimentação de peso sozinhos, evitar fazer diversas atividades ao mesmo tempo, e isso pode ser esclarecido a novamente nos treinamentos da equipe, mesmo que todos saibam a importância do EPIs, ainda tem funcionários que não os usam, e o treinamento serve para enfatizar a importância do uso durante seu trabalho.

Deve ser ressaltada a necessidade de adoção de medidas voltadas para a educação permanente da equipe de enfermagem no que se refere às normas de biossegurança (CORREA et al., 2007).

A utilização de EPIs é definida como obrigação do trabalhador, que deve utilizar o equipamento apenas com a finalidade a que se destina, responsabilizar-se por sua guarda e conservação e comunicar ao empregador qualquer dano ou alteração que o torne impróprio para o uso (CORREA et al., 2007). Para que os funcionários estejam paramentados com seus EPIs é necessário que eles estendam como utilizá-los corretamente e o que irá auxiliar em caso de acidentes, é preciso enfatizar que o EPI não preveni o acidente e sim diminui os efeitos causados por ele.

Segundo Correa et al. (2007), a UTI é um dos setores em que mais ocorrem acidentes com perfurocortantes porque os profissionais de saúde, em sua grande maioria, cuidam e preservam a vida e a saúde dos clientes, mas descuidam-se, muitas vezes, da própria proteção, os acidentes de trabalho ocorridos nas unidades de terapia intensiva acontecem por se tratar de um ambiente complexo, que apresenta alto risco ocupacional para a equipe de enfermagem, decorrente tanto da assistência prestada diretamente ao cliente, como do manuseio de equipamentos e materiais perfurantes e/ou cortantes, que podem estar contaminados por sangue e outros fluidos corporais, representando a educação permanente da equipe de enfermagem um desafio para a prevenção de acidentes.

Ao realizar treinamentos de segurança o enfermeiro irá realizar seu papel de educador e proteger seu local de trabalho e seus funcionários.

As equipes de enfermagem relatam que uma das medidas de biossegurança mais importantes é o uso dos EPIs, ao relacionar com o tipo de procedimento que será realizado no paciente, demonstrando, assim, uma preocupação em como utilizá-los e manuseá-los corretamente, quando utilizados adequadamente, os EPIs servem de aliados dos profissionais, livrando-os dos riscos possíveis relacionados ao tipo de atividade que estão executando (CORREA et al., 2007).

Segundo Correa et al. (2007), as doenças ocupacionais constituem-se em importante problema de saúde pública em todo o mundo, podendo atingir os profissionais de saúde, direta ou indiretamente, durante a assistência prestada ao cliente, o que foi reconhecido por um dos entrevistados ao justificar a adoção e implementação de medidas de biossegurança.

A prevenção nas instituições de saúde é um fenômeno que deve ser analisado coletivamente, pois este está ligado diretamente ao treinamento, ou seja, à educação permanente (CORREA et al., 2007).

Segundo Correa et al. (2007), a criação de boas práticas de saúde e segurança é fundamental para prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais, De acordo com a NR5 PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o empregador deve elaborar cronogramas de metas e treinamentos para prevenções de riscos no ambiente de trabalho.

Perante a legislação os empregadores e instituições que admitem seus trabalhadores devem implantar medidas que visam a preservação da saúde e integridade de seus funcionários através de uma antecipação reconhecimento e avaliação riscos que os mesmos são expostos e controle de ocorrências de riscos ambientais, além de promover treinamentos para que os mesmos entendam todos os tipos de sinalizações e obrigações para prevenções de acidentes, a empresa deve manter em fácil acesso os mapas de riscos, para que os trabalhadores tenham informação atualizado sobre a distribuição dos riscos em seu local de trabalho.

Para evitar incidentes, a Instituição deve proporcionar aulas, cursos, seminários, palestras, workshops e treinamentos com o objetivo de que todos compreendam a importância da adoção e implementação dessas medidas na UTI, pois as mesmas visam também à proteção e à segurança do cliente e a de outros profissionais que exercem atividades naquele contexto laboral (CORREA et al., 2007).

Segundo Correa et al. (2007), as ações de promoção e prevenção em segurança no trabalho são da competência do setor de Engenharia e Segurança no Trabalho; porém, o enfermeiro, na qualidade de educador e de líder da equipe de enfermagem, deve contribuir para melhorar a percepção de seus funcionários acerca das medidas de biossegurança em UTI.

Enfermeiro na maioria das vezes é um membro efetivo da CIPA e, assim, cumprindo esse papel, comparecer às reuniões desta Comissão, visando discutir com os profissionais de segurança no trabalho e com os representantes dos trabalhadores os diversos aspectos das condições laborais existentes na UTI para evitar e controlar a ocorrência de riscos ocupacionais e acidentes de trabalho neste setor hospitalar, deve-se ressaltar a importância do papel que desempenham, respectivamente, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e o Setor de Saúde e Segurança no Trabalho, com o objetivo de trocarem informações a respeito das condições ambientais e dos trabalhadores de enfermagem. (CORREA et al., 2007).

Segundo Correa et al. (2007), no que diz respeito à informação sobre o uso de EPIs, deixa entrever a necessidade de maior integração entre estas equipes com o objetivo de possibilitar e/ou ampliar as discussões acerca das medidas de biossegurança, bem como do uso e dos aspectos ergonômicos destes equipamentos de segurança.

Promover a cultura da segurança no sistema de saúde é um fenômeno complexo. Reconhecer sua importância e o impacto da cultura de segurança nas organizações é imperativo para desenvolver qualquer tipo de programa de segurança (BRASIL. ANVISA, 2013).

É direito de todo ser humano receber uma assistência de saúde com qualidade e livre de danos que possam agravar seu estado de saúde por exemplo e para isso devemos estar de acordo com as normas de segurança para evitar qualquer tipo de intercorrência. (BRASIL. ANVISA, 2013).

Treinamentos de segurança e saúde auxilia os funcionários do setor a criarem uma instrução de trabalho, facilitando seu trabalho e diminuindo risco de incidentes.

Segundo a Beccaria et al. (2009), a assistência de enfermagem em UTI merece uma atenção especial, pois durante a realização de uma técnica, o cuidar do profissional ao manusear tantos artefatos terapêuticos e diagnósticos pode causar sérios prejuízos para a continuidade da assistência, tais como a saída acidental, obstrução ou posicionamento incorreto de cateteres, cânulas, sondas e drenos, treinamentos e atualizações podem fazer com que os funcionários criem mais afinidade na execução do trabalho, diminuindo os riscos.

Os erros devem ser vistos como um desafio aos profissionais de enfermagem que visam qualidade na assistência de enfermagem ao doente grave, no entanto, visualizar estas falhas não basta, o primordial é preveni-las a fim de garantir a segurança do paciente durante o seu tratamento.

Nos acidentes relacionados à equipe de enfermagem, pôde ser analisado que 80% deles foram ocorridos em setores fechados como a unidade de terapia intensiva (UTI) e 20% no restante dos setores no ano de 2006. Com isso o profissional da área da saúde deve criar um sentido de responsabilidade para sua própria segurança e a segurança de seus pacientes. Para que isso seja feito é necessário ter conhecimentos específicos de como pode ocorrer os acidentes de trabalho, mostrando como criar uma responsabilidade pela manutenção da segurança do ambiente através das ações educativas sendo os treinamentos por exemplo. (PAIZANTE; BERNARDINO, 2007).

Os acidentes de trabalho no Brasil mostram um decréscimo gradativo nos últimos anos, esse fato tem sido notado inclusive em grandes empresas. Os últimos dados estatísticos sobre acidentes de trabalho disponibilizados pelo Ministério da Previdência e Assistência Social cobrem os anos de 1997 – 1999. Em 1998 os acidentes de típicos tiveram maior número de notificações sendo 130.817 (VAGOL,2012). Isso mostra que os acidentes podem ser prevenidos, se lidarmos com eles de maneira correta.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De fato, a saúde da equipe que atende os pacientes na UTI é importante para que seja prestado um bom atendimento aos pacientes do setor, conforme relatado durante o trabalho uma equipe que apresenta uma boa saúde ocupacional reflete nos cuidados prestados da UTI, uma UTI segura é uma UTI que presta serviços adequados ao paciente.

Quando se tem uma equipe corretamente distribuída no setor as chances para ocorrências de incidentes por falta de adesão ou por sobrecarga de trabalho é cada vez menor, quando se realiza a NAS corretamente e a equipe de enfermagem é bem distribuída de acordo com a patologia e necessidade de cada paciente os cuidados com o mesmo são ainda melhores diminuindo a ocorrências de eventos adversos na unidade de terapia intensiva.

O enfermeiro responsável pelo setor tem um grande papel na prevenção de acidentes na UTI, o mesmo tem total autonomia e conhecimento para relatar e criar relatórios para que seja discutido junto a equipe de segurança e CIPA do hospital, tendo como seu maior objetivo evitar acidentes com seus funcionários, afastamentos por doenças ocupacionais que possam causar uma sobrecarga aos funcionários restantes podendo apresentar riscos aos pacientes que são assistidos na UTI.

A temática abordada requer estudos futuros referente a atuação da enfermagem na prevenção de acidentes na UTI e prevenção de acidentes de trabalho.

7. REFERÊNCIAS

BRASIL. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada a Prática. Disponível em: http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/Livro1-Assistencia_Segura.pdf. Acesso em: 12 abr.2018

BECCARIA, Lucia Marinilza et al. Eventos adversos na assistência de enfermagem em uma unidade de terapia intensiva. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbti/v21n3/a07v21n3>. Acesso em: 05 abr. 2018.

COREN-SP. NR-32. Disponível em:<http://www.coren-sp.gov.br/sites/default/files/livreto_nr32_0.pdf>. 04 mar. 2018.

CORREA, Chistina Feitoza; DONATO, Marilurde. Biossegurança em uma unidade de terapia intensiva – a percepção da equipe de enfermagem. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v11n2/v11n2a03.pdf >. Acesso em: 12 abr. 2018.

DA SILVA, Bernadete Monteiro et al. Jornada de trabalho: fator que interfere na qualidade da assistência de enfermagem. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v15n3/v15n3a08>. Acesso em: 05 abr. 2018.

FEITOZA Correa Chistina, DONATO Marilurde. Biossegurança em uma unidade de terapia intensiva–2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v11n2/v11n2a03.pdf>. Acesso em: 04 mar. 2018.

GIR, Elucir et al. Biossegurança em DST/AIDS: condicionantes da adesão do trabalhador de enfermagem às precauções. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v38n3/02.pdf>. Acesso em: 02 abr. 2018.

MURADIAN, Almeida; BICUDO, Ligia de. Equipamentos de proteção individual e coletiva. 2002. Disponível em: <http://pesquisa.bvs.br/brasil/resource/en/ses-8762>. Acesso em: 12 abr. 2018

NISHIDE, Vera Médice; BENATTI, Maria Cecília Cardoso; ALEXANDRE, Neusa Maria Costa. Ocorrência de acidente do trabalho em uma unidade de terapia intensiva. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v12n2/v12n2a09.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2018.

NOVARETT, Marcia Cristina Zago et al. Sobrecarga de trabalho da Enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes internados em UTI Nursing 2014. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/2670/267032830004.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2018.

PADILHA, Katia Grillo et al. Eventos adversos em Unidade de Terapia Intensiva: percepção dos enfermeiros sobre a cultura não punitiva. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v45n1/23>. Acesso em: 12 abr. 2018.

PAIZANTE, Grasiella Oliveira; BERNARDINO, Sulamita Heringer Moreira. Análise dos registros de acidentes ocupacionais, ocasionados por perfurocortantes. 2007. Disponível em: <http://www.faculdadedofuturo.edu.br/revista/2007/pdfs/RMAS%202(1)%20136-150.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2018.

PRONOVOST, Peter. Assessing safety culture: guidelines and recommendations. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v24n1/pt_0104-0707-tce-24-01-00161.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2018.

SANTOS, Fernanda Mendes; GONÇALVES, Virgínia Maria da Silva. Lavagem das mãos no controle da infecção hospitalar: um estudo sobre a execução da técnica. 2009. Disponível em: <https://www.unilestemg.br/enfermagemintegrada/artigo/v2/Fernanda_santos_e_Virginia_goncalves.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2018.

VALGOI Vanessa. Biossegurança na unidade de terapia intensiva: A utilização das medidas de precaução pelos profissionais de saúde. 2012. Disponível em: <https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/415/1/VanessaValgoi.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2018.


Publicado por: Izabela de Souza Ramalho

icone de alerta

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.