Resolução de conflitos escolares entre alunos: Intervenção dos coordenadores de turnos do colégio “Mfumu” em Mbanza- Kongo, província do Zaire, Angola
índice
- 1. Resumo
- 2. Introdução
- 3. Objectivo Geral
- 4. Objectivos específicos
- 5. Problema da pesquisa
- 6. Hipóteses da pesquisa
- 7. Bases teóricas da pesquisa
- 7.1 Dinâmica do conflito
- 7.2 Aproximações ao conflito
- 7.2.1 Comunicação e o conflito
- 7.2.2 Resolução de conflitos
- 7.3 O processo cooperativo de resolução de conflitos
- 7.3.1 Planejamento e reflexão
- 7.3.2 Assuntos superficiais e subjacentes
- 7.3.3 Posições e interesses
- 7.4 Resolução de conflitos escolares: educação para a resolução de conflitos (ERC)
- 8. Metodologia da pesquisa
- 8.1 Descrição do contexto, dos participantes ou população e o período em que a pesquisa foi realizada
- 8.2 Métodos, procedimentos e técnicas do estudo
- 8.3 População e Amostra
- 9. Análise e discussão de resultados da pesquisa
- 10. Considerações finais e recomendações
- 11. Referências bibliográficas
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1. Resumo
Os conflitos têm acompanhado o homem em todas suas vivências, pois o homem vive em sociedade e em cada sociedade há sempre conflitos entre as pessoas envolvidas nesta, para isso a escola também como um espaço que alberga muitos entes com a educação, crenças e culturas diferentes, é alvo também de vários conflitos. Nesta senda, os maus entendidos entre professores-Professores, alunos entre alunos, Professores entre alunos, Pais e professores, podem originar conflitos. Nesta perspectiva, Morgado e Oliveira (2009) apontam o seguinte:
Actualmente, assistimos à uma cultura de violência que sobressai nos modos de interagir dos indivíduos e à qual as escolas em geral não escapam. Para inverter esta tendência das sociedades democráticas, torna-se necessário desenvolver uma educação para a convivência e para a gestão positiva dos conflitos, a fim de se construir uma cultura de paz, de cidadania e de sã convivialidade.
A presente pesquisa aborda uma temática que tem a ver sobre os conflitos escolares entre alunos, com objectivo de identificar os mecanismos pelo qual os coordenadores de turnos do colégio Mfumu optam para resolver os conflitos entre alunos e criar neles um valor e competências para que sejam bons mediadores. Desta forma, foi imprescindível a incorporação de uma introdução, uma parte teórica, metodologia da pesquisa, as considerações finais e as recomendações. Nesta perspectiva os resultados da pesquisa foram alcançados através da aplicação do questionário aos dois (2) coordenadores de turnos que constituem a amostra da mesma, todavia, o autor recomendou ao centro em destaque que funcionasse com um programa de resolução de conflitos escolares a fim de erradicar ou mitigar a propagação dos conflitos escolares verificados neste centro educativo.
Palavras- Chave: Resolução; Conflitos escolares; Alunos; Intervenção.
Key words: Resolution; School conflicts; Students; Intervention.
2. Introdução
A Educação para a Resolução de Conflitos modela e ensina, de diferentes formas, culturalmente significativas, uma variedade de processos, de práticas e de competências que ajudam a prevenir, a administrar de forma construtiva e a resolver pacificamente o conflito individual, interpessoal e institucional. Apesar de nem sempre semelhantes, ou utilizando modelos de intervenção idênticos, os programas de resolução de conflitos partilham princípios básicos. O conflito é tomado como uma dimensão natural e inevitável da existência humana que, se for conduzido eficazmente, pode constituir uma importante experiência de desenvolvimento pessoal. A aprendizagem de competências de resolução de problemas deve, assim, constituir uma oportunidade para os indivíduos construírem soluções mais positivas e mais pacíficas para os seus conflitos. Os programas de mediação de conflitos tiveram origem fora do contexto escolar mas rapidamente o modelo foi adaptado às instituições educativas. A mediação escolar abrange a resolução dos conflitos entre estudantes, entre estudantes e adultos e entre adultos. A mediação é um processo flexível, de carácter voluntário e confidencial, conduzido por um terceiro imparcial – o mediador – que promove a aproximação entre as partes em litígio e que as apoia na tentativa de encontrar um acordo que permita pôr termo ao conflito Íbdem (2009).
3. Objectivo Geral
- Identificar os mecanismos pelo qual os coordenadores de turnos do colégio Mfumu optam para resolver os conflitos entre alunos e criar neles um valor e competências para que sejam bons mediadores.
4. Objectivos específicos
- Identificar as principais causas que provocam os conflitos escolares entre alunos no colégio Mfumu;
- Reconhecer as possíveis vias pelas quais os alunos têm resolvidos seus próprios conflitos escolares no colégio Mfumu;
- Produzir competências aos alunos para que sejam mediadores dos seus próprios conflitos escolares no colégio Mfumu.
5. Problema da pesquisa
- Proliferação de conflitos escolares entre alunos no colégio Mfumu.
6. Hipóteses da pesquisa
- Se consciencializamos os coordenadores do turno do colégio Mfumu para que possam criar valores e competências de serem bons mediadores, será que isso poderá reduzir a proliferação dos conflitos escolares entre alunos no colégio Mfumu?
- Se instruímos os alunos do colégio Mfumu o espirito de tolerar, respeitar e dialogar será que poderá erradicar os conflitos escolares neste centro educativo?
7. Bases teóricas da pesquisa
7.1. Dinâmica do conflito
Os conflitos existem em nossas sociedades desde os tempos remotos, pois eles fazem partes da convivência humana, na educação, os conflitos estão presentes nas escolas através da convivência dos alunos e professores, para isso Gorbena e Arregui (s/d) alertam o seguinte:
O conflito é uma parte natural de nossas vidas. Até os educadores frequentemente associam o conflito à hostilidade e à violência extremas, mas a maior parte dos conflitos entre estudantes reflete situações mais corriqueiras. O mais normal é que se vejam envolvidos em desacordos em torno de boatos, namorados/namoradas, e coisas do estilo. Se o conflito for manejado construtivamente, pode ter muitos benefícios. Pode nos ajudar a:
- Vê-lo como uma oportunidade de crescimento pessoal;
- Aprender melhores caminhos de resolução de problemas;
- Construir relações melhores e mais duradouras;
- Aprender mais sobre nós mesmos e sobre os demais;
- Nos comunicarmos com outros de modo mais efetivo.
Quanto à definição de conflito, Íbdem (s/d) encontram as seguintes definições de conflito:
Combate, luta, peleja; enfrentamento armado; apuro, situação desgraçada e de difícil saída; problema, questão, matéria de discussão. Contudo, uma definição simples que pode ser usada com os jovens estudantes ao se trabalhar o conflito é: "um desacordo entre duas ou mais pessoas".
Íbdem (s/d) destacam quatro tipos de conflito que são:
- Intrapessoal;
- Interpessoal;
- Intragrupal;
- Intergrupais.
7.2. Aproximações ao conflito
Cada um de nós aprendeu uma maneira particular de enfocar o conflito. Íbdem (s/d) falam sobre as três categorias gerais dos enfoques do conflito:
1. Evitar: Evitar o conflito de maneira a nos levar a um resultado positivo não ocorre automática ou facilmente. Requer uma combinação de ferramentas pessoais, autoconhecimento, disposição e habilidades de comunicação. Tendo-se em conta que essas ferramentas são dadas a pouquíssimas pessoas como parte de seu desenvolvimento educacional, não é de surpreender que amiúde as pessoas se encontrem perdidas quando implicadas em um conflito. Ao mesmo tempo, provavelmente se assimilou a atitude social geral de que o conflito é algo mau e perturbador. Assumimos que uma "boa" pessoa - alguém compreensivo, cooperativo e apreciado - não tem conflitos com a gente. Provavelmente, também há a crença de que, se um conflito surge em uma relação, não deve ser ela uma "boa" relação. Dadas essas circunstâncias, faz sentido o fato de muitas pessoas escolherem evitar o conflito. O modo mais óbvio é simplesmente evitar completamente a outra pessoa. Mas a evitação pode adquirir outros modos mais sutis: a negação ou a acomodação/adaptação.
2. Confrontar: uma pessoa que confronta o conflito tende a vê-lo como um assunto de "perda-ganho". Crendo que uma pessoa está certa e a outra equivocada, os sujeitos que se confrontam encontram-se determinados a ganhar, provando terem a razão. Podem permanecer irredutíveis em sua opinião pessoal, mantendo seu desacordo em relação à opinião da outra pessoa, e tenazmente. Ou podem se tornar mais agressivos, gritando insultos e inclusive ameaçando. Outra maneira de confrontação pode dar-se pelo uso do poder.
3. Solução de problemas: Um estilo de resposta ao conflito completamente diferente pode ser visto na aproximação de solução para o problema. Em comparação com a pessoa que evita o conflito, aquela que soluciona o problema provavelmente vê o conflito como uma parte natural nas relações humanas, não como um sinal de que algo "mau" está ocorrendo. De maneira diferente, a pessoa que confronta, que soluciona o problema tende a preocupar-se menos com "quem tem razão" e com "quem está equivocado", e se ocupa mais em encontrar uma solução que seja satisfatória a ambas as partes. Há duas maneiras de solucionar o problema, o compromisso e a colaboração.
7.2.1. Comunicação e o conflito
Por que a comunicação é importante no conflito?
A comunicação é acto ou efeito de se comunicar, para isso é imprescindível que haja um emissor e um receptor, no entanto correlação ao conflito a comunicação é fundamental pois secundo Íbdem (s/d) apontam o seguinte a respeito:
A comunicação é um ingrediente essencial ao eficaz manejo dos conflitos. Não se pode resolver um conflito que não se entenda e não se pode entendê-lo até que se tenha uma informação completa e exata. Precisamos ser capazes de falar sobre preocupações, sentimentos e afetos na hora de expressarmos o que gostaríamos de mudar e de abordamos aquilo de que necessitamos para resolver o problema. Também precisamos da comunicação para averiguar exatamente o que é que a outra pessoa quer mudar e o que ela precisa para resolver o conflito.
A comunicação pobre geralmente está presente na raiz do conflito. Se uma pessoa mal-interpreta o que a outra diz, reagindo ofensivamente, a interação pode, pouco a pouco, avançar para o conflito. Uma vez que as duas pessoas sejam capazes de se entender e de entenderem a si mesmas, é que geralmente podem começar a trabalhar juntas na busca de soluções que beneficiem a ambas. Portanto, a comunicação é um elemento importante na resolução de conflitos por três razões:
1. A comunicação clara é uma ferramenta necessária para entender os outros e os problemas que podem levar a conflitos;
2. Uma comunicação pouco clara pode ser a própria causa de um conflito;
3. Comunicação pode nos ajudar a entender as diferenças em termos de valores culturais e ideológicos que causem ou que compliquem muitos conflitos.
7.2.2. Resolução de conflitos
Fases do conflito e intervenções
A maioria dos problemas ou conflitos começa por pouco e cresce por etapas. Algumas vezes, nem os reconhecemos como "conflitos" até que começam a crescer ou ficar fora de controle. Íbdem mencionam as fases do conflito:
Fase 1- Incomodidades: Suspeita-se de que algo não vai bem, porém não se tem certeza, a atuação costuma ser a de ignorar a situação, com a esperança de que tudo ficará bem.
Intervenção: pode-se prevenir contra a escalada utilizando a audição ativa para conseguir mais informação e expressar os interesses de uma maneira positiva.
Fase 2- Mal-entendidos: A incomodidade aumenta. Agora se está seguro de que há um problema, porém como não se sabe o que é, fazem-se suposições. Com base nessas suposições, reage-se, tentando eliminar o desconforto. Frequentemente, tenta-se a evitação ou a confrontação ou uma combinação de ambas visando tentar mudar as coisas.
Intervenção: estabelecer um tempo para falar, utilizar a audição ativa para "desescalar" a situação. Usar mensagens-eu para expressar os interesses sem pôr a outra pessoa na defensiva.
Fase 3- Incidentes: A situação piora. São feitas ou ditas coisas que ferem, depreciam ou ameaçam. Já começa a formação de imagens negativas um do outro.
Intervenção: ainda é relativamente fácil intervir nesse ponto. Sugerir um processo de solução de problema. Estabelecer um tempo para falar e preparar-se então para a reunião. Durante a reunião, utilizar habilidades de boa comunicação.
Fase 4-Tensões: A partir de vários incidentes, a situação se torna muito tensa. As duas pessoas implicadas se sentem antagonistas uma com relação a outra e adotam uma quantidade de tomadas de posição. Pode começar o recrutamento de outros indivíduos para que se ponham ao lado de cada uma das partes.
Intervenção: a solução do problema ainda é uma possibilidade e deve ser aplicada para aliviar a tensão. Se a solução de problema um-a-um é muito difícil, pedir a intervenção de uma terceira parte (mediador) para que intervenha e facilite a resolução de problema.
Fase 5- Crise: A situação atingiu um ponto crítico. Essa é a fase na qual os conflitos são levados a sério, geralmente. Agora, em vez de tentar resolver o problema, sente-se a urgência de brigar (confrontar-se) com a outra pessoa ou manter-se tão afastado quanto possível (fugir). As emoções são intensas.
Intervenção: alcançar uma compreensão e reparar a relação danificada é muito difícil. Pode-se necessitar fazer algumas intervenções antes de tentar a resolução do problema, e isso só com a ajuda de mediadores habilidosos Os mediadores dedicarão algum tempo a cada uma das partes, isoladamente, e preparam-nas para a sessão ou para as sessões de resolução de problemas. Tem-se que levar em conta que essa situação exigirá tempo e esforço para que se resolva.
7.3. O processo cooperativo de resolução de conflitos
Secundo Íbdem (s/d) ressaltam o seguinte:
Esse processo tem dois momentos; o primeiro: tempo para que cada pessoa possa refletir e planejar; e o segundo: uma reunião na qual se utilizará o processo de solução de problemas por passos, visando resolver o conflito.
7.3.1. Planejamento e reflexão
Íbdem (s/d) afirmam o seguinte:
O planejamento é um dos ingredientes mais importantes e descuidados no manejo dos conflitos. Faz -se necessário tomar tempo para compreender as necessidades de cada um e os sentimentos despertadoss com relação à situação. Quando duas pessoas se sentam para negociar, há que comunicar essa informação claramente e conseguir informação exata sobre os pontos de vista da outra pessoa com relação ao conflito. Planejando antecipadamente, tem-se mais capacidade de expressar as necessidades e os sentimentos de um modo não ameaçante. Também estaremos melhor preparados para ouvir a outra pessoa de um modo que a anime a trabalhar conosco com vista à solução do conflito.
Ademais, o tempo de planejamento é uma boa oportunidade para refletir, outra vez, sobre a maneira com que cada pessoa tem de manejar o conflito. Sendo entendidos os padrões negativos e como eles afetam o conflito que se está enfrentando, podem-se identificar distintas respostas alternativas buscando pôr em prática e começar assim um giro rumo a um ciclo do conflito mais positivo. Um momento excelente para retomar essa reflexão é quando se está perto de falar com outra pessoa sobre um conflito específico.
7.3.2. Assuntos superficiais e subjacentes
Íbdem (s/d) alegam o seguinte:
Nessa fase de preparação e reflexão, devem-se considerar distintos pontos. Em primeiro lugar, é importante identificar todos os assuntos que possam estar em jogo no conflito. É raro tenham os conflitos uma só causa. O mais frequente é implicarem diversos assuntos alguns mais fundamentais que outros. Se só considerados os assuntos mais óbvios, o conflito voltará a emergir, frequentemente sob outra aparência. Se há que encontrar uma solução definitiva a um problema, é essencial identificar e abordar também os assuntos subjacentes.
7.3.3. Posições e interesses
Íbdem (s/d) apelam o seguinte:
Em segundo lugar, precisa-se distinguir de cada assunto a posição e a autêntica importância. Inicialmente, a reação a um conflito adota, não raro, a forma de uma posição, um curso de ação que se decidiu antecipadamente. Por exemplo, uma posição pode ser: "se voltares tarde para casa outra vez, não estarei aqui". Uma posição envolve uma exigência ou uma ameaça que revela o que realmente a pessoa quer dizer. Essa ameaça licita amiúde atitudes defensivas da outra pessoa e tende a levar o conflito a assumir proporções de escalada.
O interesse, por outro lado, é a necessidade real a impulsionar a tomada dessa posição. Nesse caso, o interesse pode ter-se manifestado como: "preciso que me avises quando chegarás tarde, assim posso alterar meus planos ". Se realmente é importante para as partes resolver o conflito, faz-se preciso olhar além da posição inicial visando examinar honestamente os autênticos interesses e as necessidades dessa situação. Também ajuda o pensar quais poderiam ser os interesses da outra parte.
7.4. Resolução de conflitos escolares: educação para a resolução de conflitos (ERC)
A resolução de conflitos escolares é um assunto que tem promovido muitos estudos científicos, para isso Morgado e Oliveira ( 2009) citam (Jares, 2002) afirmam o seguinte:
A resolução de conflitos em geral, e a mediação em particular, têm desempenhado um importante papel no movimento da Educação para a Paz. A construção de uma cultura de paz assenta no respeito pela diferença e pela diversidade, na promoção das diferentes criações culturais dos indivíduos e dos povos É com este fim que a educação para a paz visa o desenvolvimento de competências de comunicação, de construção do consenso e de sensibilidade à diversidade cultural, enquadrando-se numa perspectiva multi e intercultural, não preconceituosa, e de resolução alternativa de conflitos.
Íbdem (2009) citam (Heredia, 2005); (Mendel, 1974, p. 13); (Pallarés, 1983, p.103) apelam o seguinte:
Na quarta conferência do World Council for Curriculum and Instruction sugeria-se que, ainda que a educação tente não ser partidarista, não pode permanecer neutra quando enfrenta problemas de justiça e injustiça, cooperação e dominação, paz ou violência. Ora, o objectivo de aprender a conviver faz parte, pelo menos de forma implícita, de todo e qualquer processo educativo, consubstanciando-se como uma necessidade inadiável de qualquer projecto educativo e uma exigência urgente nos tempos actuais em que a violência impregna todo o tecido social. Conviver não significa, porém, ausência de conflitos ou ter por objectivo eliminálos. O conflito é inevitável à condição humana, “o conflito é o estado natural do homem” Embora represente uma parte construtiva da vida, em todas as suas dimensões, o conflito continua a ter uma conotação negativa na nossa sociedade. É assumido como um desvio do estado normal das atitudes e dos comportamentos e com frequência se associa a sua expressão à angústia, à dor e à violência, supondo-se que o melhor é evitá-lo ou suprimi-lo. Enfrentar desacordos e litígios não equivale, no entanto, a um processo destrutivo:
“o conflito em si não é mau, embora as pessoas lhe possam dar respostas que assumem formas prejudiciais”. Por conseguinte, a chave não está na eliminação do conflito mas sim na sua regulação, solução justa e não violenta. Tratase de utilizar os meios adequados, enfatizando as estratégias de resolução pacifica e criativa do mesmo.
Íbdem (2009) citam (Association for Conflict Resolution, 2002, p.1) rematam o seguinte:
A escola, com as suas especificidades de natureza organizativa, as nem sempre harmoniosas relações com as finalidades educativas da sociedade e a inevitável ressonância da conflituosidade social, é um campo propício à emergência do conflito. Daqui se depreende a necessidade de educar gerações, e todo o corpo educativo, na resolução criativa e nos benefícios da gestão construtiva dos conflitos. Enquanto instrumento desta necessidade, a Educação para a Resolução de Conflitos (ERC) modela e ensina, de formas culturalmente significativas, uma variedade de processos, práticas e competências que ajudam a lidar com os conflitos individuais, interpessoais e institucionais e criam comunidades acolhedoras e seguras.
Íbdem (2009) citam (Jones, 2004) enfatizam:
Os programas de educação para a resolução de conflitos dão a conhecer, aos alunos, qual a dinâmica do poder e providenciam uma compreensão básica acerca da natureza do conflito e do papel da cultura na forma como o resolvemos. As finalidades destes programas são:
1. Criação de ambientes de aprendizagem seguros: Os programas que enfatizam estes objectivos incidem na diminuição da violência, redução dos conflitos entre estudantes, particularmente dos conflitos inter-grupais baseados nas diferenças étnicas e raciais; ao mesmo tempo, procuram reduzir o número de suspensões, o absentismo e o abandono escolar, frequentemente relacionados com ambientes de aprendizagem inseguros.
2. Promoção de ambientes de aprendizagem construtivos, isto é, promoção de um ambiente positivo na sala de aula, cuja gestão eficaz dos comportamentos potencie a disciplina e, simultaneamente, o respeito e afecto, necessários para crianças e jovens se sintam confiantes na partilha de ideias e sentimentos.
3. Desenvolvimento pessoal e social dos alunos, incluindo a aprendizagem de competências de resolução de problemas; o treino das aptidões para reconhecer e lidar com as emoções; a identificação e redução das orientações agressivas e atribuições hostis; a utilização de estratégias construtivas face ao conflito nas escolas, no contexto familiar e comunitário.
4. Desenvolvimento de uma perspectiva construtiva do conflito: Pretende estimular- se a justiça social na comunidade, responsabilizando os seus elementos não apenas pelos problemas que nela emergem, mas também pelo sucesso das respostas sociais por eles geradas. Este princípio, de confronto e responsabilização pelo conflito, traduz a implementação dos meios de resolução alternativa de conflitos na ERC. De acordo com esta perspectiva, procura-se a participação parental e da comunidade na vida escolar, bem como a generalização à vida comunitária das competências adquiridas no âmbito da ERC, o que deverá reflectir-se na desejada diminuição da tensão e violência na comunidade.
7.4.1. Mediação de conflitos
A introdução no sistema educativo do conceito de gestão e resolução positiva de conflitos tem a virtude de promover o desenvolvimento de capacidades e competências interpessoais e sociais, essenciais para o exercício de uma cidadania
Participativa, pois para Íbdem (2009) acrescenta o seguinte:
A Mediação é uma negociação com a intervenção de um terceiro neutral, baseada nos princípios da voluntariedade das partes, da neutralidade e imparcialidade do terceiro (mediador) e na confidencialidade do processo, a fim de que as partes em litígio encontrem soluções que sejam mutuamente satisfatórias. A mediação, enquanto meio construtivo de resolução de conflitos oferece, pelo que proporciona aos envolvidos no conflito, um espaço ideal para desenvolver, quer naqueles que desempenham o papel de mediadores, quer naqueles que como mediados trabalham em conjunto para a resolução do seu problema, a capacidade de respeito mútuo, comunicação assertiva e eficaz, compreensão da visão do outro e aceitação da diferente percepção da realidade. Tratando-se de um meio de resolução de conflitos, não litigioso e baseado no consenso, é propício ao desenvolvimento de soluções criativas, preservando a relação entre as partes em conflito. Aqui, trabalhase a cooperação (para resolver um problema comum), o respeito, a identidade e o reconhecimento do outro enquanto pessoa e ser total. Por outro lado, a presença de um terceiro neutral, isto é, sem poder para impor uma solução, confere ao processo um carácter pedagógico, dado que as partes mantêm a sua capacidade de actuação e aprendizagem, com vista à obtenção de um acordo. Daí que se trate de um processo activo, não só para o mediador mas, igualmente, para os protagonistas do conflito.
De acordo com Íbdem (2009) citam Jares (2002) alertam como deverá ser o processo de mediação:
1. Favorecer e estimular a comunicação entre as partes em conflito, o que traz consigo o controlo das interacções destrutivas;
2. Levar a que ambas as partes compreendam o conflito de uma forma global e não apenas a partir da sua própria perspectiva;
3. Ajudar na análise das causas do conflito, fazendo com que as partes separem os interesses dos sentimentos;
4. Favorecer a conversão das diferenças em formas criativas de resolução do conflito;
5. Reparar, sempre que viável, as feridas emocionais que possam existir entre as partes.
Nesta perspectiva, Íbdem (2009) citam (Floyer, 1993, p. 43) e (Singer, 1996, p. 232) enfatiza:
Independentemente do tipo de mediação ou do papel do mediador em que nos situemos, qualquer processo de mediação deve desenrolar-se de acordo com uma série de princípios de actuação, dos quais destacamos:
1. Voluntariedade: A intervenção do mediador deve ser aceite pelas partes em conflito. A decisão de partir para uma mediação por parte dos litigantes deve, igualmente, ser um acto livre e voluntário. Este princípio implica que as partes em conflito se possam retirar “em qualquer momento e sem problemas”.
2. Confidencialidade: As partes deverão cumprir com este dever mantendo as sessões em segredo. No caso da mediação na área educativa, deve insistir-se no princípio de confidencialidade, quando se procede à formação dos mediadores. A garantia de confidencialidade torna ambas as partes do conflito mais disponíveis para se manifestarem acerca do conflito, para exprimir a forma como o encaram e, por conseguinte, mais aptas para propor alternativas de resolução. Este dever é igualmente importante, porque garante que tudo aquilo que for dito pelas partes “não poderá ser utilizado contra elas num futuro procedimento sobre a mesma ou outra questão.” 3. Imparcialidade/ Neutralidade e Independência: O mediador deve manter-se independente, tanto das partes como de qualquer outra instância. Desta forma, deve evitar as possíveis estratégias de sedução ou cumplicidade de uma ou ambas as partes, mantendo quanto possível a sua identidade e evitando tomar partido.
7.4.2. A introdução da mediação no contexto escolar
A incorporação da mediação no contexto escolar é uma das formas favoráveis para resolver os conflitos escolares que têm se propagando nos centros educativos, nesta senda, Íbdem (2009) abordam o seguinte:
Para se levar a cabo a transformação do conflito no contexto educativo através da mediação, e na sequência do exposto, é necessário alterar comportamentos e a comunicação interpessoal e, simultaneamente, desenvolver capacidades e competências para a gestão e resolução de conflitos. Neste sentido, o sucesso de um projecto de mediação na escola depende do envolvimento de todos os “actores” do contexto escolar. A escola deve desenvolver um contexto de significação congruente com a mediação. De pouco servirá que as crianças e os jovens estudantes sejam sensibilizados e treinados para uma cultura de diálogo, de escuta e de pacificação das relações interpessoais, se o discurso de educadores e docentes for incoerente com esta postura.
Íbdem (2009) citam (Burrell, Zirbel & Allen, 2003; Jones, 2004); (Jones & Kmitta, 2000); Ramón Alzate (2005) afirmam o seguinte:
De facto, a evidência empírica revela que, ainda que a mediação entre pares se mostre bastante eficaz na promoção de competências relacionadas com a resolução do conflito e melhoria do ambiente escolar, os benefícios para os alunos são francamente maiores quando a mediação inclui não só crianças e jovens, como pais, educadores e restante pessoal escolar e da comunidade. Em síntese, nas escolas a mediação deve ser utilizada em todos os âmbitos da vida escolar e com todos sectores da comunidade educativa. O projecto de implementação da mediação escolar exige, para que seja compatível com a aprendizagem dos seus jovens, uma intervenção organizacional ao nível dos conflitos existentes na escola: relação professores/direcção, relação professores/professores, relação professores/ alunos, relação professores/pais; bem como, no contexto da sala de aula: relação professores/alunos, relação dos alunos entre si e relação professores/pais. Uma vez que todos os elementos da comunidade educativa (direcção da escola, docentes, pessoal auxiliar e administrativo, estudantes e pais) podem intervir de modo a serem ouvidos, numa mudança de cultura e de hábitos de resolução de conflitos, a implementação de um projecto de mediação escolar deve ser o mais abrangente. Esta perspectiva é defendida por quando se fala de “enfoque escolar global de transformação de conflitos” e refere a inclusão simultânea das seguintes áreas: O sistema disciplinar (os programas de mediação permitem abordar construtivamente conflitos que se revelam difíceis de resolver); O currículo (o conceito e as técnicas utilizadas no processo de mediação podem ser incluídas no conteúdo curricular); A pedagogia (a utilização de jogos cooperativos, de debates, de workshops temáticos); A cultura escolar (a formação em mediação deve abranger toda a comunidade escolar – docentes e não docentes, pais e alunos, direcção da escola, de modo a que todos tenham contacto e aprendam técnicas de resolução de conflitos); O lar e a comunidade (é importante abrir o projecto à comunidade, pois muitos dos conflitos que os alunos trazem para a escola têm a sua origem na comunidade envolvente). O trabalho a realizar na implementação da mediação escolar passará necessariamente pela organização de uma equipa multidisciplinar de mediadores, devidamente capacitados em mediação de conflitos, com formação nas áreas de psicologia, sociologia, serviço social, pedagogia, entre outras, de modo a desenvolver um conjunto de acções que permitam a concretização dos objectivos do projecto.
8. Metodologia da pesquisa
A metodologia é a ciência que estuda os métodos, pois os métodos servem para norteiar qualquer pesquisa para que os objectivos desta sejam atingidos, para isso, o uso dos mesmos numa pesquisa deve ser imprescindível para garantir a autenticidade da pesquisa, bem como o alcance dos objectivos traçados.
8.1. Descrição do contexto, dos participantes ou população e o período em que a pesquisa foi realizada
O colégio Mfumu é um centro educativo do Iº ciclo do ensino segundário no município de Mbanza- Kongo, província do Zaire, Angola. Quanto a sua localização, importa salientar que, o mesmo encontra-se numa zona periférica a sul da cidade de Mbanza- Kongo na mesma rua com a unidade trânsita, regedoria e posto médico do bairro 11 de novembro na entrada da via principal que liga a referida cidade da comuna sede com a comuna do Luvu do município de Mbanza-Kongo, na província do Zaire em Angola.
O colégio “Mfumu”, é uma instituição educativa do primeiro ciclo do ensino secundário, de nível base (7ª, 8ª e 9 ª classes) com 8 salas, três (3) gabinetes, uma secretaria, uma sala para os professores, quatro latrinas. A escola possui água potável, um tanque subterrano de água, um pequeno jardim. A escola carece de um laboratório, bibliotéca, espaço de lazer, um campo desportivo, anfiteatro e uma sala de reunião, todavia, tendo em conta aos aperelhos e equipamentos para atender as novas tecnologias, a escola carece também muitos destes equipamentos como tais: computadores na sala dos professores, rede da internet entre outros.
O colégio Mfumu Foi criado ao abrigo do disposto artigo 71º da Lei Nº 13/01, de 31 de Dezembro que aprova a lei de base do sistema de educação, conjunto com as disposições do Decreto Presidencial Nº 104/11, de 23 de Maio que define as condições e procedimentos de elaboração. Construída e apetrechada pelo estado angolano, e sua inauguração enquadrou-se nas comemorações do dia 17 de Setembro de 2012, isto é, dia dos heróis nacional, feita pela ministra da cultura Dra. Rosa Cruz Silva em representação do presidente da República de Angola, sua excelência José Eduardo Dos Santos.
8.2. Métodos, procedimentos e técnicas do estudo
Gobbo (2017) enfatiza o seguinte:
A definição dos procedimentos técnicos da pesquisa deve estar intimamente ligada aos instrumentos que você utilizará para realizar a coleta dos dados. Para caracterizar uma pesquisa quanto aos procedimentos técnicos deve-se saber qual ou quais serão os instrumentos que você utilizará sendo que os mesmos podem ser bastante variados e dependem dos objetivos previamente elaborados.
Quanto à natureza da pesquisa, o presente estudo é caracterizado como um estudo de campo combinado com a pesquisa descritiva com a introdução da metodologia qualitativa, pois na visão do Íbdem (2017) cita (Raupp; Beuren, 2012) aponta o seguinte:
Quando o pesquisar procurar o aprofundamento de uma realidade específica. Este tipo de pesquisa é realizado basicamente por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do ocorre naquela realidade. Por sua vez a pesquisa descritiva busca identificar, relatar, comparar, dentre outros aspectos. Seu principal objetivo é descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou então, o estabelecimento de relações entre as variáveis. Neste tipo de pesquisa o pesquisador observará, registrará, analisará, classificará e interpretará os fatos sem interferir e/ou manipular neles. Este tipo de pesquisa normalmente se utiliza de técnicas estatísticas.
8.3. População e Amostra
É importante mencionar que todos sabemos o que a palavra “população” significa em nossas vidas diárias. É frequentemente usada para descrever a população humana ou o número total de pessoas que vivem em uma área geográfica de um país ou estado. Feijoo (2010) alerta o seguinte:
A população de pesquisa é um conjunto completo de elementos que têm um parâmetro comum entre si. A população pesquisada não precisa necessariamente ser humana. Pode ser qualquer coleção de dados que tenha um parâmetro comum, como o número total de lojas de animais em uma. “População – conjunto de elementos definidos no espaço e no tempo, em termos de um “atributo” comum a todos os elementos” .
Na presente investigação, define-se como população o universo de coordenadores que labutam em três (3) turnos ( Matutino, Vespertino e Nocturno) no colégio Mfumu em Mbanza- Kongo. Nesta senda, entre os três (3) coordenadores que constituem a população desta, considera-se apenas como a amostra da pesquisa dois (2) coordenadores que responderam as questões do questionário elaborado para a presente pesquisa. “Uma amostra é sempre um grupo menor ou um subconjunto dentro de uma população”, a amostra é o conjunto de características da população que vai ser usado para definir o grupo a ser pesquisado” ( Mathias, 2017). Enfatizo que a seleção da amostra é aleatória, nesta perspectiva, importa salientar que a presente pesquisa tem como uma amostragem aleatória simples.
9. Análise e discussão de resultados da pesquisa
Para analisar os resultados da presente pesquisa, foi possível a elaboração dum questionário com oito (8) questões em que foi dirigido aos dois (2) coordenadores do referido colégio que constituem a amostra da população da pesquisa em abordagem, nesta perspectiva, em consonância às questões formuladas neste questionário, os coordenadores do colégio em estudo responderam da seguinte forma:
Na questão 1, questionou-se se existem conflitos escolares entre alunos em cada turno, os dois (2) coordenadores responderam Sim;
Na questão 2, perguntaram aos coordenadores se quais são os mecanismos que usam para resolver conflitos escolares entre alunos, Um (1) respondeu que tem convocado os pais dos alunos em conflitos e um (1) respondeu que Tem mediado os conflitos escolares entre alunos.
Na questão 3, procurou-se saber se os alunos de cada turno têm resolvido os seus próprios conflitos escolares, os dois (2) coordenadores responderam As vezes têm mediado sozinhos os seus conflitos;
Na questão 4, solicitaram aos coordenadores de declarar se têm competências de serem bons mediadores dos conflitos escolares entre alunos, um (1) alega Sim e um (1) abona Não ter competências para tal;
Na questão 5, perguntaram aos coordenadores se possuem uma formação ou especialização em resolução de conflitos escolares, a resposta foi Não para os dois (2);
Na questão 6, interrogaram aos coordenadores se a escola tem promovido seminários sobre a resolução dos conflitos escolares, Não foi a resposta para os dois (2) coordenadores;
Na questão 7, solicitaram aos coordenadores, se a escola tem um especialista em resolução de conflitos escolares para suprir o trabalho dos mesmos no que tange a resolução de conflitos escolares entre alunos, os dois (2) responderam Não;
Na questão 8, perguntaram se a escola trabalha com um programa de resolução de conflitos escolares, Não foi a resposta unanima para os dois (2) coordenadores de turnos.
10. Considerações finais e recomendações
Em rendimento à análise e discussão de resultados da pesquisa sobre resolução de conflitos escolares entre alunos: Intervenção dos coordenadores de turnos do colégio “Mfumu” em Mbanza- Kongo, província do Zaire, Angola. É de salientar que em consonância aos resultados da pesquisa o estudo revelou o seguinte:
Nota-se que os coordenadores do colégio em estudo enfrentam numerosos problemas correlação à resolução de conflitos entre alunos pois estes não possuem formação nem especialização em resolução de conflitos escolares, nesta senda também averiguou-se que a escola não é detentor de um professor especialista em resolução de conflitos escolares, todavia, o estudo destapa também que o colégio Mfumu funciona sem nenhum programa de resolução de conflitos escolares e que nunca se preocupou também em contratar um especialista em matéria de resolução de conflitos para dar pelo menos um seminário aos coordenadores deste, bem como aos professores em geral do colégio em abordagem. Para isso, em conexão às considerações finais da pesquisa tendo em conta os resultados da mesma, o autor faz um leque de recomendações ao colégio Mfumu a fim de suprir o trabalho dos coordenadores de turnos deste enquanto exercem suas funções. Nesta perspectiva, segue-se abaixo as seguintes recomendações:
- Que a direcção do colégio Mfumu possa elaborar um projeto de um programa de resolução e mediação de conflitos escolares;
Exemplo duma elaboração dum Programa de resolução e mediação de conflitos escolares:
Elementos chave no projeto de um programa de mediação escolar |
- Pessoas
- Mediadoras
- Mediadas
- Equipe coordenadora
- Comissão de convivência
- Outras pessoas envolvidas
- Conflitos
- Que tipo de conflitos de sua instituição podem ser mediados?
- Critérios do conflito a mediar
- Processo
- Modelo de mediação
- Fases:
- Abertura do mediador
- Discurso
- Intercâmbio
- Organização
- Seleção de equipe mediadora
- Formação
- Logística da mediação (espaço, horários, ferramentas, etc.)
- Sistema de derivação
- Acompanhamento/ formação contínua
- Avaliação
- Que a subdirecção pedagógica reúna condições para contratar um especialista em resolução de conflitos escolares para um possível seminário aos coordenadores de turnos, bem como aos professores em geral;
- Que a direcção do colégio Mfumu envide esforços para uma exequível solicitação ou contratação dum professor especialista em resolução de conflitos escolares para que este possa atender os alunos em conflitos escolares neste centro educativo.
11. Referências bibliográficas
Feijoo, A.M.L.C. (2010). Introdução. In: A pesquisa e a estatística na psicologia e na educação [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010, pp. 1-3. ISBN: 978-85-7982-048-9. Available from SciELO Books . Disponível em: http://books.scielo.org/id/yvnwq/pdf/feijoo-9788579820489-02.pdf
Gobbo, A. (2017). Ciência e metodologia da pesquisa e do trabalho científico. Camboriú: faculdade Avantis, 2017. 191p. il. Disponível em: https://www.uniavan.edu.br/uploads/arquivo/B3gVBvd.pdf
Gorbena, L.; Arregui, A. (s/d). Material impresso do Funiber, mestrado em educação 2019-2021. Disponível no Campus panal do funiber. Org. https://www.questionpro.com/blog/pt-br/populacao-e-amostra/
Lucas Mathias (2017). Como definir amostra de uma pesquisa: 4 pontos fundamentais. disponível em: https://mindminers.com/blog/definir-amostra-de-pesquisa/
Morgado, C.; Oliveira, I. (2009 ). Mediação em contexto escolar: transformar o conflito em oportunidade. Disponível em Dialnet e d
Publicado por: Pedro Muanda Diwavova
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