RELATÓRIO DE ATIVIDADES REALIZADAS NO DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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1. INTRODUÇÃO

O presente relatório de estágio obrigatório supervisionado apresenta a importância de embasar teoria e prática no curso de Letras - Língua Portuguesa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA campus Belém, sendo exigência do currículode graduação superior Segundo a LDB – 9.394/96que diz:

Art. 61- “Os Estágios Supervisionados constam de atividades de prática pré-profissional, exercidas em situações reais de trabalho, nos termos da legislação em vigor”, e em seu Parágrafo único – “Para cada aluno é obrigatório a integralização da carga horária total do estágio previsto no currículo pleno do curso, nela podendo ser incluídas as horas destinadas ao planejamento, orientação paralela e avaliação das atividades”.

Com base nas informações podemos dizer que o estágio supervisionado tem como objetivo proporcionar a junção entre teoria e prática ao cotidiano dos educandos, promovendo uma vivência no âmbito escolar que traz um ensino voltado às questões sociais, na quala Educação de Jovens e Adultos(EJA) aparece como um dos fatores inclusos no currículo acadêmico.  Vemos então que a disciplina possibilita que todo o trabalho estudado e realizado em sala possa ser efetivamente transportado para a prática escolar, ajustando-se à realidade da escola e dos alunos.

Sendo assim este relatório vem explanar de forma detalhada e honesta os processos de pesquisa, elaboração, execução e reflexão das experiências vividas durante a realização do estágiona E.E.E.F.M. “Paulino de Brito” situada na Av. Almirante Barroso, 1155– Marco - 66093-032, Belém – PA.

A realização das atividades se deram no turno da noite, no período de  01/11/2019 á 20/03/2020 das 19:00h e às 22:00h, duas vezes por semana, todas as segundas e quintas-feiras nos meses de novembro e dezembro de 2019,  janeiro, fevereiro e março de 2020, com duração de 3hs por dia, nas turmas 101j, 102j e 202j do ensino médio, sendo que em ambos os períodos e salas foram trabalhadas atividades correlatas a disciplina de Língua Portuguesa com aprofª. Antonieta Vieira da Silva.

Este relatório busca mostrar como foram desenvolvidas as atividades bem como a preparação das aulas e as etapas que acompanhei a professora, assim sendo, este relatório se divide em 2 fases: A primeira fase vai descrever toda a estrutura e características do estabelecimento de ensino enquanto espaço educativo, ou seja, sua organização, sua estrutura, aparência, descrição dos alunos, das turmas e séries existentes, como também do corpo docente da escola.

Já a segunda fase mostra como foi feita a coleta dos documentos necessários para a realização do estágio e minha apresentação na escola estadual de ensino fundamental e médio “Paulino de Brito”, co o também descreverá minha atuação na referida escola enquanto estagiária nas turmas 101j, 102j e 202j da Educação de Jovens e Adultos(EJA), as atividades desenvolvidas com os alunos, assim como o planejamento do projeto político pedagógico e toda sua elaboração até a aplicação com os alunos.

Segundo Pimenta e Lima (2008) o estágio oferta novas possibilidades de ensinar e aprender a profissão docente, inclusive para os professores formadores, convidando-os a rever suas concepções sobre o ensinar e o aprender. É importante registrar também que, para a realização desse componente, todas as disciplinas que envolvem o currículo são fundamentais, uma vez que trabalham conhecimentos e métodos (subsídios) a serem desenvolvidos durante a prática e ao longo da carreira profissional.

Diante disso entende-se que o estágio supervisionado é um espaço de aprendizagem da profissão docente e de construção da identidade profissional. Assim, ele é compreendido como campo de conhecimento e a ele deve ser atribuído um estatuto epistemológico indissociável da prática, concebendo-o como práxis, o que o define como uma atitude investigativa que envolve a reflexão e a intervenção em questões educacionais.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Da Educação de Jovens e Adultos(EJA)

A Educação de Jovens e Adultos(EJA), é uma modalidade de ensino que é ofertado a jovens a partir dos 15 anos de idade e que perpassa todos os níveis da educação básica do país, destinada a jovens e adultos que não deram continuidades em seus estudos, e para aqueles que não tiveram o acesso ao ensino fundamentale/ou Médio na idade apropriada,preferencialmente em escolas regulares.

Sabe-se que existem diversos fatores que não possibilitam a alfabetização no período da infância no decorrer dos anos, diante disso o indivíduo sente a necessidade de inserir-se nesse processo e procura a EJA(Educação de Jovens e Adultos) oferecido por escolas públicas, em termos de acesso a essa modalidade , a legislação educacional determina que a idade mínima para o ingresso nos cursos de educação de jovens e adultos e a participação nos exames supletivos é de 15 anos completos para o ensino fundamental e de 18 para o ensino médio.

Levando em consideração que a educação é um processo complexo, envolvendo diversos fatores que contribui para que uma imensa parcela da população não consiga ter o devido acesso à educação, como por exemplo, condições sócios-econômicas em que se encontram, o que dificulta o acesso ao conhecimento, além de outros fatores que levam a um índice de evasão escolar altíssimos no Brasil.

Nesse contexto é importante ressaltar que os educadores que lidam com essa modalidade de ensino precisa ter um comprometimento ainda maior, buscar mecanismos e métodos que estimulem o público alvo a não abandonar a sala de aula, ou seja, o professor tem que ser o estimulador, o mediador de seus alunos, adequando técnicas cada vez mais relacionados à realidade do público que se enquadram nessa conjuntura.

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) em relação à Educação de Jovens e Adultos, nos artigos 37 coloca as “oportunidades educacionais apropriadas”, segundo as características do alunado; mero estímulo genérico, pelo Poder Público, evidencia a preocupação em garantir a continuidade de acesso aos estudos por aqueles que não tiveram oportunidade na idade apropriada:

Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida. (Redação dada pela Lei nº 13.632, de 2018)

§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.

§ 3° Educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Já o art. 38 lista as ações que procure manter o trabalhador na escola; exames (supletivos e de aferição de conhecimentos e habilidades informais). Conforme descrito:

Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular.

§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:

I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;

II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.

§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames

Nesse caso é relevante elaborar atividades diferentes que proporcione a estas pessoas um aprendizado prazeroso que os levem a adquirir novas formas de conhecimento, novas descobertas, compartilhamentos de ideias onde surja novas construções de opiniões fazendo com que o aluno desenvolva suas potencialidades e seus limites exercitando através das tarefas a sua autonomia e identidade. Assim como coloca Freire:

Essas condições implicam ou exigem a presença de educadores e de educandos criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. [...] os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo. (FREIRE, 2000, p.29).

Diante disso deve-se criar possibilidades para a produção ou construção de conhecimentos que faça aguçar o interesse por novas descobertas, e despertar a busca constante de novas aprendizagens, visto que os alunos que requentam o Ensino de Jovens e Adultos são alunos que precisam de incentivos que os motivem a continuar os estudos, além disso o educador precisa conhecer o perfil do aluno, suas necessidades e interesses , pois a partir desses dados o professor poderá elaborar o seu planejamento de ensino de forma que para o aluno será melhor absorvido o conteúdo.

Em 1997 o governo federal criou os PCNs(Parâmetros Curriculares Nacionais) que tinha como objetivoprincipal de orientar os educadores por meio da normatização de alguns fatores fundamentais concernentes a cada disciplina.Em seguida em 1998 foi disposta para o ensino médio pelo Ministério da Educação e Desporto – MEC.  Ainda ressalta que: “[...] a escola deve assumir o compromisso de procurar garantir que a sala de aula seja um espaço onde cada sujeito tenha o direito à palavra reconhecida como legítimo, e essa palavra encontre ressonância no discurso do outro”. (1998, p. 48).

No Brasil os Parâmetros Curriculares Nacionais firmados na teoria epistemológica construtivista indicam metas de qualidade para o ensino, sendo estes parâmetros ajustável e acessível a todos os professores e alunos, cabendo o docente direcioná-lo da melhor forma possível, buscando metodologias compatíveis com a realidade do aluno, visto que, as experiências não-formais do aluno contribui para a sua formação, de forma a permitir a interação e o diálogo entre os educandos.

2.2. Breve histórico da Educação de Jovens e Adultos(EJA) no Brasil

A Educação de Jovens e Adultos no Brasil teve início com os jesuítas na época do Brasil colônia, através da catequização das nações indígenas, sendo que os jesuítas preocupavam-se com os ofícios necessários ao funcionamento da economia colonial, ou seja, havia mais trabalhos manuais e agrícolas do que leitura e escrita e também tinham o objetivo de propagar a fé cristã com o interesse de propagar o catolicismo pelo mundo.

O ensino jesuítico naquele tempo era destituído de propósitos voltados para a transmissão de conhecimentos científicos e isso se entendeu até o período pombalino, quando os colonizadores começaram a perceber a utilização de seus ensinamentos para a domesticação e resiliência dos povos indígenas a imposição do trabalho forçado pelo processo colonizador, diante disso Marques de Pombal agiu de forma rígida contra os jesuítas, expulsando-os do Brasil.

Vale ressaltar que na época da colonização no Brasil, apenas as classes médias e altas tinham acesso ao conhecimento nas poucas escolas que haviam, a classe menos favorecida, ou seja, os pobres, crianças e mulheres não tinha nenhum acesso à escola e quando ocorria era de forma indireta. Já os anos de 1822 a 1989, no período imperial surgiu o decreto n. 7.031 de 6 de setembro de 1878, que estabelecia a criação de cursos noturnos para adultos analfabetos nas escolas públicas de educação elementar,para o sexo masculino.

O  século XX no governo de Getúlio Vargas(1930), com a criação do regime militar chamado de “Estado Novo”, que o interesse por organizar a educação surgiu de forma a atender as demandas do setor produtivo que se faziam forte naquela época pelas políticas de substituição de importação, todavia com o objetivo de privilegiar o estado retirando toda sua responsabilidade , foi criada a Constituição de 1937, que favorecia o ensino profissionalizante, com o intuito somente de capacitar os jovens para trabalhar nas indústrias,sem nenhum interesse no conhecimento científico, pois seria mais fácil dominar um povo sem educação.

Posteriormente surge o movimento de alfabetização “Mobral”, que tinha o intuito de erradicar o analfabetismo no Brasil, esse método usava cartazes, fichas, família silábica, sem se basear no diálogo, se restringia somente ao fato de ler e escrever, bastava o indivíduo saber assinar seu nome, sem se importar com a produção de conhecimento e o desenvolvimento do pensamento crítico e intelectual.

Foi precisamente na década de 1940, que a Educação de Jovens e Adultos, começou a se delinear e se constituir como política educacional, as escolas noturnas eram os únicos meios de alfabetização, quem sabia ler e escrever transmitia para os que não sabiam. Mais tarde foi lançada a campanha de alfabetização em 3 meses, pois para participar das eleições era necessário ser alfabetizado, o que contribuiu também para a criação de escolas de EJA.

Por volta de 1985 deu-se o fim do movimento Mobral e foi criado a fundação Educar que apoiava a educação de EJA. E com a constituição de 1988 a Educação de Jovens e Adultos tem a primeira referência à garantia de ensino público fundamental obrigatório em seu art. 208, inclusive “para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria”.

“Art. 208- O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de”: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; (...) § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.(C.F.-88).

Assim na década de 1990 o governo realizou parcerias entre Ong’s(organização não governamental), municípios, universidades, grupos informais, fóruns estaduais e nacionais em prol de melhorias da educação de jovens e adultos, e com isso a EJA passou  a ser intitulada como “Boletim de Ação Educativa”.

O governo então passou a ampliar a oferta dos cursos de  EJA que passaram a ser oferecidos nas formas presencial, semi - presencial e a distância, seus conteúdos são dispostos ao atendimento de preceitos curriculares referentes a cada nível de ensino em que estão associados Quanto à organização curricular da educação básica, a LDB estabelece os currículos da educação básica (no ensino fundamental e médio) e compreendem uma base nacional comum a ser adotada por todos os sistemas de ensino.

Assim o professor deverá explorar todos os canais de conhecimento dos alunos, de suas experiências com o mundo, suas formas de interação e suas maneiras particulares de aprender, se tornando um observador atento, que precisa ser apoiado pela equipe pedagógica da escola, que deve possibilitar recursos para melhor organização das condições em que se ensina.

[...] é preciso considerar as diferenças das aquisições de conhecimentos e experiências dos alunos com a língua escrita. Essas diferenças, comuns em todas as salas de aula, indicarão para o professor quais as atividades podem ser realizadas por todos os alunos ao mesmo tempo, pois envolvem habilidades que todos dominam e quais precisam ser realizadas por meio de orientações especificas para grupos diferenciados (SILVA, 2009, p.53).

Sendo assim a Educação de Jovens e Adultos no Brasil tem sido vista como um desafio para a nova geração de profissionais da educação, assim como para os profissionais que já atuam na área, que pretendem tornar essa modalidade algo efetivo e com bons resultados. A escola pública brasileira ainda parece estar muito aquém a essa necessidade de mudança. Ainda não se contempla um projeto político pedagógico capaz de vislumbrar uma perspectiva realmente efetiva. A reorientação curricular e a real mudança educacional, que inclui a qualificação e valorização do professor e do seu ambiente de trabalho, são ações que efetivarão os objetivos da educação.

Diante disso, a sala de aula tem que ser um espaço estimulador que favoreça ao aluno a construção do processo de aquisição de conhecimento, se utilizando de materiais tais como textos variados, tecnologias educacionais que o ajude no desenvolvimento de maneira a ampliar suas competências de leitura visto que são métodos eficazes de apoio, pois estimulam o raciocínio do aluno,  aproveitando as potencialidades que esses alunos dispõem em suas vivências, a fim de que ocorra a aprendizagem significativa, partindo de estratégias de ensino que estejam articuladas ao interesse do aluno e aos conhecimentos que possui.

3. CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA

3.1. ENDEREÇO DA ESCOLA

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio  “Paulino de Brito”, é localizada na Av. Almirante Barroso, 589, Entre Chaco e Travessa, Belém do Pará, Bairro do marco, CEP:66093-020 . O prédio escolar possui uma área considerada de médio porte, em alvenaria. Funciona em três turnos, com Ensino Fundamental reconhecido através da Resolução 235/92 CEE (Conselho Estadual de Educação) e Ensino Médio.

3.2. ESPAÇO FÍSICO

Infraestrutura

  • Alimentação escolar para os alunos
  • Água filtrada
  • Água da rede pública
  • Água de cacimba
  • Energia da rede pública
  • Esgoto da rede pública
  • Lixo destinado à coleta periódica
  • Acesso à Internet
  • Banda larga

Instalação de ensino

  • 16 salas de aulas
  • Sala de diretoria
  • Sala de professores
  • Laboratório de informática
  • Laborarório de ciências
  • Sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional   Especializado (AEE)
  • Quadra de esportes coberta
  • Quadra de esportes descoberta
  • Cozinha
  • Biblioteca
  • Banheiro adequado à alunos com deficiência ou mobilidade reduzida
  • Sala de secretaria
  • Banheiro com chuveiro
  • Despensa
  • Pátio descoberto
  • Área verde

Equipamentos

  • TV
  • DVD
  • Copiadora
  • Impressora
  • Projetor multimídia (datashow)

Turmas:

  • Atendimento Educacional Especializado (AEE)
    • Aulas no período da Tarde, Noite
    • Número de turmas 2 / Média de alunos por turma: 6
  • Ensino Fundamental de 9 anos - 6º Ano
    • Aulas no período da Manhã, Tarde
    • Número de turmas 3 / Média de alunos por turma: 21
    • Inglês
    • Artes (Educação Artística, Teatro, Dança, Música, Artes Plásticas e outras)
    • Ensino Religioso
    • Educação Física
  • Ensino Fundamental de 9 anos - 7º Ano
    • Aulas no período da Manhã, Tarde
    • Número de turmas 3 / Média de alunos por turma: 30
    • Inglês
    • Artes (Educação Artística, Teatro, Dança, Música, Artes Plásticas e outras)
    • Ensino Religioso
    • Educação Física
  • Ensino Fundamental de 9 anos - 8º Ano
    • Aulas no período da Manhã, Tarde
    • Número de turmas 3 / Média de alunos por turma: 25
    • Inglês
    • Artes (Educação Artística, Teatro, Dança, Música, Artes Plásticas e outras)
    • Ensino Religioso
    • Educação Física
  • Ensino Fundamental de 9 anos - 9º Ano
    • Aulas no período da Manhã, Tarde
    • Número de turmas 4 / Média de alunos por turma: 25
    • Inglês
    • Artes (Educação Artística, Teatro, Dança, Música, Artes Plásticas e outras)
    • Ensino Religioso
    • Educação Física
  • Ensino Médio - 1ª Série
    • Aulas no período da Manhã, Tarde
    • Número de turmas 6 / Média de alunos por turma: 32
    • Aula Presencial
    • Inglês
    • Artes (Educação Artística, Teatro, Dança, Música, Artes Plásticas e outras)
    • Filosofia
    • Sociologia
    • Estudos Sociais ou Sociologia
    • Educação Física
  • Ensino Médio - 2ª Série
    • Aulas no período da Manhã, Tarde
    • Número de turmas 4 / Média de alunos por turma: 32
    • Aula Presencial
    • Inglês
    • Filosofia
    • Sociologia
    • Estudos Sociais ou Sociologia
    • Educação Física
  • Ensino Médio - 3ª Série
    • Aulas no período da Manhã, Tarde
    • Número de turmas 3 / Média de alunos por turma: 36
    • Aula Presencial
    • Inglês
    • Filosofia
    • Sociologia
    • Estudos Sociais ou Sociologia
    • Educação Física
  • EJA - Ensino Fundamental - Anos Finais
    • Aulas no período da Tarde, Noite
    • Número de turmas 4 / Média de alunos por turma: 30
    • Aula Presencial
    • Inglês
    • Artes (Educação Artística, Teatro, Dança, Música, Artes Plásticas e outras)
    • Educação Física
  • EJA - Ensino Médio
    • Aulas no período da Tarde, Noite
    • Número de turmas 6 / Média de alunos por turma: 30
    • Aula Presencial
    • Inglês
    • Artes (Educação Artística, Teatro, Dança, Música, Artes Plásticas e outras)
    • Filosofia
    • Sociologia
    • Estudos Sociais ou Sociologia
    • Educação Física

3.3. RECURSOS HUMANITÁRIOS

A escola E.E.E.F.M. “Paulino de Brito” conta com um espaços multidisciplinares que motivou os alunos a retornarem para a escola com mais entusiasmo aos estudos. É uma estrutura muito mais equipada, que com certeza vai fazer com que a participação dos professores e alunos seja maior e envolvendo todos os alunos sem distinção. Assim como conta também com um atendimento pedagógico que garanta ao aluno um acolhimento em várias situações conflitantes.

3.4. ATENDIMENTO AO ALUNO

O Ensino Fundamental tem aproximadamente 500 alunos e o Ensino Médio 600 alunos. Possui equipe Gestora completa, equipe técnica completa, Corpo docente com 100% de formação acadêmica de nível superior e 50% de especialização, Apoio Operacional e Administrativo completo. com professores especializados na Sala de Apoio Pedagógico.

4. AÇÕES DO ESTÁGIO.

4.1. PERÍODO DE OBSERVAÇÃO

O cumprimento do estágio abrange o período de 01/11/2019 à 20/03/2020, porém me apresentei na referida escola no dia 04/11/2019, segunda-feira no horário da noite portando os documentos necessários para a realização do estágio, fui atendida pela vice-diretora que me recebeu com cortesia e explicou com detalhes os horários e as turmas que eu iria acompanhar, além disso me apresentou para a professora que iria me supervisionar.

Sendo assim fiquei lotada no turno da noite, com início das aulas às 19:00horas e término às 22horas, duas vez por semana, todas as segundas-feiras e quintas-feiras nos meses de novembro e dezembro de 2019, janeiro, fevereiro e março de 2020, nas turmas 101j, 102j e 202j da Educação de Jovens e Adultos (EJA), sendo que em ambos os períodos e salas foram trabalhadas atividades correlatas a disciplina de Língua Portuguesa com a profª. Antonieta Vieira da Silva.              

Pode-se considerar que a duração do estágio foi relativamente razoável para adquirir conhecimento e experiência na prática docente e as atividades que desenvolvidas foram: observação das aulas; tomar conhecimento sobre o funcionamento da escola; ajudar na elaboração e preparação das aulas, caso solicitado; corrigir exercícios e avaliações, caso solicitado; ler o Projeto Político Pedagógico da escola e auxiliar a professora regente da turma relatando a função e habilidade que o docente possui para exercer sua atribuição com dignidade, e criando autonomia com os conteúdos usados para trabalhar, buscando formas de avaliar e ajudar o aluno a absolver os assuntos retratados e posto em prática nesta fase do curso.

Ao realizar essa etapa de observação do estágio e acompanhamento de processo de ensino e aprendizagem consegui perceber o quanto este estágio é de fundamental importância para pôr em prática o conhecimento que adquiri durante o curso de licenciatura em Letras. O período trouxe oportunidades de aprendizado com a prática docente e com a realidade escolar e aproximação com alunos-sujeitos que são os protagonistas desta realidade.

4.2. PERÍODO DE APLICAÇÃO DE PROJETOS

Délia Lerner (2002)coloca que “criar condições didáticas de ensino é imprescindível para formação do educando”, sendo assim, para a conclusão do estágio supervisionado , fizemos o planejamento do projeto de intervenção pedagógico na escola para ser aplicado na etapa final do estágio, elaborei juntamente com outras amigas do curso de Letras, Lidiane e Larissa, que estavam realizando o estágio na mesma escola, uma atividade de determinado assunto que viabilizasse a participação das turmas em que estávamos lotadas. 

Durante o estágio percebeu-se alguns fatores relacionados aos alunos, como por exemplo, falta de comunicação, pouca participação nas aulas, falta de autonomia para tomar decisões, dificuldades de relacionamentos, entre outros fatores, dessa forma pensou-se em algo que objetivasse promover a interação e socialização entre os eles, e assim procuramos trabalhar um assunto da disciplina Língua Portuguesa que envolvesse os alunos de forma dinâmica e assim estimular a criticidade dos alunos.

Planejamos a atividade num período de cinco dias, trabalhamos com o assunto “Funções de Linguagem” e usamos como metodologia materiais informativos como jornais, revistas, e inclusive consulta em sites de internet, como também solicitamos opiniões dos professores sobre o quê aplicar como atividade com os alunos e na elaboração de alguma atividade que exigisse dos alunos a participação intelectual crítica e uma postura autônoma.

Neste sentido, tencionamos trabalhar com o assunto Funções de Linguagem, pois acreditamos que o objeto a ser trabalhado é pertinente para esta turma, visto que grande parte dos alunos ainda encontra dificuldades em distinguir e interpretar sobre algumas mensagens e informações comunicativas que surgem no dia a dia e facilmente são presentes no cotidiano dos alunos, como por exemplo, a notícia, a música, e inclusive o diálogo.

Diante disso reunimos as turmas 101j e 102j, dividimos em seis grupos e cada estagiária ficou responsável por dois grupos, e para o desenvolvimento da atividade, fizemos primeiramente uma introdução do assuntou com a utilização de datashow para expor os seis tipos de funções de linguagem: função referencial, função emotiva, função poética, função fática, função conativa e função metalingüística, e assim conseguirem ter uma melhor apreensão do conteúdo.

 Posteriormente distribuímos um tema para cada grupo para que eles pudessem desenvolver cada função de linguagem que o tema estava relacionado, logo depois cada grupo leria o seu texto desenvolvido e os demais grupos teriam que responder qual a função de linguagem que o grupo teria trabalhado e quais as características que havia, naquela mensagem. Percebemos durante a realização o interesse dos alunos em debater tais temáticas, mostrando informações pertinentes e críticas fundamentadas para a resolução da problemática imposta para eles na socialização.

A conclusão da atividade foi bem satisfatória visto que despertou nos alunos a autonomia de decidir e interagir com outros, colocando suas ideias, suas críticas, opiniões e inclusive mostrando estarem aptos para discutir assuntos e acontecimentos que envolvam a sua realidade.

4.3. ANÁLISE DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS   

QUADRO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE

PERÍODO

RESUMO

CARGA

HORÁRIA

Nome da atividade

    Orientação

25/10  e

01/11/2019

Desenvolvimento

Embasamento teórico sobre o estágio supervisionado

10hs

Apresentação ao

local do estágio

  04/11/2019

Entrega de documentos de apresentação à escola para iniciar o estágio de observação, em seguida participei de uma reunião com a coordenadora pedagógica.

 

03hs

Entrevista com o professor de Letras da escola e montagem do cronograma.

  07/11/2019

Entrevista com o professor para saber qual conteúdo está sendo trabalhado com os alunos depois montou o cronograma do estágio.

03hs

Conhecendo a escola  e         e as          turmas

11/11/2019

 

Conhecendo as estruturas físicas da escola, turma que estagiarei e apresentação para os alunos.

 

03hs

Preparação de

Plano de aula com

o professor

14 e

18/11/2019

Preparação dos planos de aulas que serão ministradas pelo professor.

 

06hs

Auxilio na aula

 

21/11/2019

Ajudando o professor na turma 202j com tipos de linguagem.

19:00h

às 22:00h

Auxilio na aula

 

25/11/2019

Ajudando o professor na turma 101j e 102j com linguagem verbal e não verbal

19:00h

às 22:00h

 

 

 

 

Auxilio na aula

28/11/2019

Interpretação de texto na turma 202j

19:00h

às 22:00h

Auxiliando na aula

  02/12/2019

Ajudando o professor na turma 101j e 102j com o assunto linguagem oral e escrita

19:00h

às

22:00h

Auxiliando na aula

  05/12/2019

Auxilio na aulas em sala de aula ,turma 202j com verbos regular e irregular

19:00h

às 22:00h

Auxiliando na aula

  09/12/2019

Auxilio na aulas em sala de aula, turma .Elaboração de texto argumentativo: resenha, parágrafo dissertativo, carta de reclamação, artigo de opinião, etc.

19:00h

às 22:00h

Auxiliando na aula

  12/12/2019

Ajudando o professor na turma  .Tempos verbais

19:00h

às

22:00h

Auxiliando na aula

  16/12/2019

Auxilio na aulas em sala de aula ,turma  Verbos regulares e auxiliares (tempos e modos)

19:00h

às 22:00h

Auxiliando na aula

  19/12/2019

Auxilio na aulas em sala de aula ,turma  ,Elaboração de debate, raciocínio crítico, prospectivo e interpretativo de questões.

19:00h

às

22:00h

Auxiliando na

 Aplicação de

de provas

  06/01/2020

Auxilio nas provas em sala de aula, nas turmas 101j,102j e 202j.

19:00h

às 22:00h

Planejamento do

projeto de interven

ção

 09/01/2020

Reunião e montagem dos materiais para a aplicação do Projeto.

19:00h

às 22:00h

Aplicação do Projeto

 13/01/2019

Aplicação do projeto pedagógico em sala de aula, nas turmas .

19:00h

às 22:00h

Correção de trabalhos

16/01/2020   

Auxiliando o professor na correção de trabalhos avaliativo da turma

19:00h

às 22:00h

Correção de provas

20/01/2020

Auxiliando em correção de provas da turma 101j.

19:00h

às 22:00h

Correção de provas

23/01/2020

Auxiliando em correção de provas da turma 102j.

19:00h

às 22:00h

Correção de provas

27/01/2020

Auxiliando em correção de provas da turma 202j.

19:00h

às 22:00h

Resultado dos alunos

29/01/2020

Auxiliando o professor na entrega de resultados / aprovados e reprovados.

19:00h

às 22:00h

Prova de recuperação e

Resultado dos alunos.

30/01/2020

Auxiliando o professor na prova de recuperação e resultados.

19:00h

às 22:00h

INÍCIO DO ANO LETIVO

2020

03/02/2020

Recebendo alunos novos

19:00h

às

22:00h

Acolhida de alunos

Novos.

06/02/2020

Recebendo alunos novos

19:00h

às

22:00h

Preparação de

Plano de aula com

o professor

 

10/02/2020

Preparação dos planos de aulas do ano de 2020 que serão ministradas pelo professor.

 

19:00h

às

22:00h

Montagem de cronogra

ma das aulas de 2020.

13/02/2020

 dos planos de aulas do ano de 2020 que serão ministradas pelo professor.

 

19:00h

às

22:00h

Apresentação do conte-

údo programático.

 

17/02/2020

Apresentação de conteúdo para turma nova 101j e 102j

19:00h

às

22:00h

Apresentação do conte-

údo programático.

 

20/02/2020

Apresentação de conteúdo para turma nova 202j.

19:00h

às

22:00h

Auxiliando na aula

02/03/2020

Acompanhando professor em aula

19:00h

às

22:00h

Auxiliando na aula

05/03/2020

Acompanhando professor em aula

19:00h

às

22:00h

Auxiliando na aula

09/03/2020

Acompanhando professor em aula

19:00h

às

22:00h

Auxiliando na aula

12/03/2020

Acompanhando professor em aula

19:00h

às

22:00h

Auxiliando na aula

16/03/2020

Acompanhando professor em aula

19:00h

às

22:00h

 

 

Total carga horária

112h

5. CONSIDERAÇÃOES FINAIS

Com base nos Estágios Supervisionados em Educação de Jovens e Adultos desenvolvidos até o presente momento, podemos destacar como ponto forte a avaliação dos universitários com relação às possibilidades de aprendizado com relação as pessoas que por algum motivo pessoal não teve a oportunidade de cumprir seus estudos em tempo, e a importância de se realizar a docência com conhecimento dessa modalidade de ensino dos alunos, compreendendo suas potencialidades e necessidades para, a partir desses dados, elaborarem os planos de aula e intervenção.

A graduação nos embasa teoricamente para a profissão de professor, o estágio nos mostra na prática as realizações e decepções que por vezes podem aparecer, as dificuldades de se conciliar estudos, trabalho e o estágio são conhecidas, porém mesmo neste contexto, ele é parte fundamental do aprendizado e na formação de professores como expressa Cury (2003, p.55) “educar é acreditar na vida, mesmo que derramemos lágrimas. Educar é ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos decepcionem no presente. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência”. Entende-se assim que o estágio obrigatório supervisionado é o eixo central entre teoria e prática que leva a realidade de ser professor.

A Educação de Jovens e Adultos é destinada a indivíduos que não cursaram suas séries na idade correta, ou seja, seu público abrange idades diferentes  e assim seu ensino para o professor se torna ainda mais desafiador, pois o professor tem que ter empatia e um olhar diferente, ou seja, saber lidar com cada pessoa e conseguir detectar sua dificuldades para depois planejar de que maneira ou que metodologia irá usar para ministrar suas aulas sem que nenhum aluno tenha problema na apreensão do conteúdo.

Dessa forma o presente estágio obrigatório foi de suma importância para o meu desenvolvimento como futuro professor conviver com essa realidade educativa evidencia a boa relação do docente no seu âmbito de trabalho, aplicando uma forma diferenciada que leva o aluno a compreender melhor, facilitando no seu ensino a aprendizagem.

Cada etapa do Estágio Supervisionado foi marcada por frequente diálogo entre os professores e os acadêmicos, que levaram para suas docências muita criatividade e materiais alternativos produzidos por eles próprios e/ou com os alunos, buscando tornar a prática pedagógica significativa e contextualizada. Acreditamos, portanto, que para a aprendizagem realmente acontecer é necessário que seja pautada nos elementos de significação e contextualização, aproximando conceitos a serem aprendidos com os motivos para aprender.

6. BIBLIOGRAFIA

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2008.

DECRETO N° 7. 611, de 17 de novembro de 2011.

LEI N° 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB)

Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1998..C.F./88. – Art. 208

SILVA, Ceris S. Ribas da. O planejamento das práticas escolares de alfabetização e letramento. In: CASTANHEIRA, Maria Lúcia, MACIEL, Franscisca Izabel Pereira, MARTINS, Raquel Márcia Fontes (Orgs.)Alfabetização e Letramento na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica: Ceale, 2009.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 16.ed. São Paulo: Paz e Terra Ltda, 2000. 165p. (Coleção leitura)

LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: O Real, o possível e o necessário. Rio de Janeiro: Artmed, 2002.

CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes: A educação inteligente; formando jovens educadores e felizes. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2003.

7. ANEXOS

ANEXO: ESCOLA JARBAS PASSARINHO

ANEXO: INTERIOR DA ESCOLA

ANEXO : ASSUNTO A SER TRABALHADO NO PROJETO

APLICAÇÃO DO PROJETO:

ANEXO: elaboração do texto sobre funções de linguagem       

ANEXO: auxiliando os alunos com os textos

ANEXO: alunos elaborando os textos. 


Publicado por: ÂNGELA BATISTA CANTARELLI VALEZI

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