Prováveis causas em que a família influencia na indisciplina escolar
índice
- 1. RESUMO
- 2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
- 3. AS MUDANÇAS NO CONCEITO DE FAMILIA
- 3.1 A família de hoje
- 3.2 Diferentes relacionamentos familiares
- 3.2.1 Pais separados
- 3.2.2 Segundo casamento
- 3.2.3 O auxilio de terceiros
- 3.3 A família e a criança
- 3.4 Relações família e escola
- 4. LIMITES E DISCIPLINAS NA FAMILIA E NA ESCOLA
- 4.1 Crianças pós-modernas e o desafio de educá-las.
- 4.2 Diferença entre meninos e meninas
- 4.3 Limites e disciplina na escola
- 4.4 Delegar à escola a educação dos filhos
- 5. ANALOGIA FAMILIAR E ESCOLA: PAIS / FILHOS /
- 5.1 Metodologia
- 5.2 Resultado e discussão
- 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1. RESUMO
O presente trabalho titulado como “As Prováveis Causas que a Família Influência na indisciplina Escolar” tem como objetivo analisar os diversos ambientes familiares e como eles afetam a criança no seu comportamento, compreendendo que a família é o ponto fundamental para a educação da criança, onde visa ensinar os valores éticos morais e sociais e que a escola tem o dever de continuar a educação que o seio familiar proporciona, sua obrigação é de passar os conhecimentos científicos além de prepará-los para o mercado de trabalho. A metodologia utilizada primeiramente foi bibliográfica e em segundo plano realizou-se uma pesquisa de campo em uma escola estadual de ensino público localizado na cidade de Estrela do Norte – GO, tendo como ênfase 15 alunos do 8° ano d o ensino fundamental segunda fase, por estarem ligados aos pais e ao mesmo tempo entrando na adolescência onde é uma fase de grandes conflitos emocionais acontecendo modificações no comportamento desses indivíduos. Foram também aplicados questionários para quatro (04) pais, um (01) avó e quatro (04) professores para obter um maior esclarecimento sobre o assunto. O resultado mostrou que o ambiente familiar desestabilizado compromete o aprendizado da criança, afetando-o sua vida emocional e social, provocando algum distúrbio de comportamento mesmo que seja em um curto período. A instituição educacional precisa ter uma relação família/escola, para obter melhores resultados no aprendizado do aluno, pois uma família ausente poderá afetar o ensino-aprendizado. Os alunos intitulados indisciplinados são crianças agressivas, desatentas ou irrequietas e desobedientes. Pode-se perceber que a parceria família/escola é de suma importância para o desenvolvimento do aluno e que os pais devem estar atentos e ligados diretamente nas atividades do dia-a-dia dos filhos, e que a educação é responsabilidade da família e não de terceiros que a continuidade desses ensinamentos é estendida a escola e na convivência social.
Palavras-chave: Indisciplina. Relação Família/Escola/criança. Ambiente Familiar.
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A família é o sustentáculo da vida, com ela aprendemos o que é ser ético, respeitar a diferença de cada ser, os limites que nos temos, enfim é o início para convivermos em sociedade. Ela que nos enche de carinho e amor é o nosso bálsamo de segurança e conforto para enfrentar qualquer problema que venha adiante.
Quando a procedência é desestruturada, os componentes dessa trazem consigo grandes problemas na sociedade e conflitos emocionais que geram distúrbios de aprendizado entre outros que danifica a sua vida em todos os aspectos.
Atualmente as famílias, estão mais ausentes por não haver tempo, o mundo de hoje tem cobrado e exigido muito de cada indivíduo, assim os pais estão deixando as suas casas para irem de encontro ao mercado de trabalho para que possam dar mais conforto e sustentabilidade aos seus filhos. Isso contribui para que as crianças fiquem cada vez mais na companhia de outras pessoas como, babás, vizinhos, avós e em instituições responsáveis por essas atividades, creches e escolas que são integrais.
A família onde o pai, a mãe e os filhos conviviam diariamente tem se extinguido e tudo isso gera grandes conflitos, porém não são apenas os pais que são omissos que prejudica sua descendência, mas os pais que são divorciados. Estáticas revelam que vem crescendo de forma avassaladora os divórcios em nosso país, mostrando que a família tradicional composta pelo o pai, à mãe e os filhos tem sido degenerada transformando-se em mãe e filhos, ou pai e filhos, ou ainda quando se casam novamente alterando esse quadro.
Uma separação ela pode ser muito dolorosa não só para aqueles que se afastam, mas para os filhos, principalmente quando essa entra em continua discussão tendo no meio os sentimentos da criança.
A família, portanto era a “célula da reprodução social por excelência, assegurava o bom andamento da sociedade civil, essencial à estabilidade do estado. Era a instância primária de formação de bons cidadãos [...]” (FALSARELLA, 2007, p. 35). Com todas as mudanças no mundo moderno o quadro família tem tido grandes alterações no quesito educação.
Com base nessas evidências o presente estudo tem como objetivo analisar o que a família influência nas diversas indisciplinas que vem ocorrendo dentro das escolas. As instituições de educação têm clamado que os pais de hoje têm deixado a responsabilidade de toda a educação das crianças para os professores não participando da vida escolar dos filhos.
Entende-se que no mundo conturbado de hoje traz grandes desafios para educar os filhos, mas que isso não impede de ensiná-los. A parceria escola/família é fundamental para que a criança cresça e se desenvolva sem grandes prejuízos.
Sabendo que cada um tem a sua parcela de responsabilidade de educar, é necessário que nenhum coloque o encargo para apenas um dos integrantes, mas que possa ter uma união.
Segundo (PIAGET, 1972 – 2000, p. 50 apud JARDIM, 2006, p. 15)
Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois, a muita coisa mais que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, freqüentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades.
O relacionamento família/criança é um fator essencial para o desenvolvimento cognitivo dos filhos. Quando não existe essa relação esse crescimento é alterado.
É certo que falar sobre os diversos ambientes e relacionamentos familiares e como eles afetam as crianças não é fácil, pois para muitos de alguma forma provoca grandes distúrbios, mas para outros pode apresentar um quadro reversível e contornável.
Pais omissos, pais separados, problemas financeiros, educação direcionada apenas para a escola ou deixada por conta de avós, babás e outras pessoas, são alguns fatores que podem prejudicar a vida da criança.
Baseando-se nesse contexto o trabalho tem como alvo crianças que houve uma transformação no meio da família como, divórcio, quando os pais trabalham o dia inteiro e são cuidadas por outras pessoas e por alguma eventualidade houve uma desestabilidade comportamental provocada por um fato ocasionado pelo seio familiar.
Fatos recentes mostram que a indisciplina tem aumentado, trazendo consigo a tão temida violência escolar. Um dos fatores que contribuem para esse quadro é a família. Pois é ela que decide desde cedo o que seus filhos devem aprender, com quem devem andar e o lugar em que vão estudar.
Se não houver essas preocupações deixando-os a deriva, eles decidiram por si só, mesmo não tendo o real conhecimento do que é idôneo e se pode ser ilícito, assim poderá provocar conflitos emocionais e sociais não sabendo tomar decisões que beneficiaram o seu futuro.
Este trabalho prioriza a relação família, criança e o envolvimento escolar, entendendo que se há inclusão obterão uma maior compreensão da realidade família x escola.
Com base nessas idéias o trabalho foi dividido em três capítulos, o qual o primeiro aborda “As mudanças do Conceito Família”, mostrando como é a família de hoje, os diferentes relacionamentos familiares como, pais separados, segundo casamento e a ajuda de terceiros, discutindo a relação família/escola/criança. No segundo capítulo são intitulados os “Limites e Disciplinas na Família e na Escola”, discutem-se o desafio de educar as crianças pós-modernas, a liberdade dos novos tempos, as diferenças que os meninos e as meninas têm sobre esse requisito disciplina. Enfatizando ainda as causas da indisciplina dentro da escola, a delegação da escola na educação dos filhos, a responsabilidade de cada educador e os componentes principais da disciplina. O último capítulo destaca “Analogia Família e Escola: Pais/Filhos/Professores”, apontando suas visões sobre a educação, como é o relacionamento familiar, o relacionamento família/escola, quem são os responsáveis pela educação da criança, que mudanças de comportamento a criança exibe quando o quadro familiar em que esta acostumada é alterada e quais são os alunos que apresenta maior deficiência de aprendizado.
O presente trabalho está norteado em estudos de casos. A metodologia assentada fora através de pesquisas bibliográficas, que contribuíram para melhores esclarecimentos sobre o determinado assunto. Foi realizada ainda uma pesquisa de campo em um colégio estadual da rede pública na cidade de Estrela do Norte-GO. Direcionada aos alunos do ensino fundamental segunda fase, seus respectivos professores e pais.
A análise aponta a influência que a família exibe na vida de um adolescente, que tudo que ocorre em sua casa é levado consigo para dentro da sala de aula, muitas vezes apontando um déficit de aprendizado. O estudo na sua parte final é decorrido pela discussão dos dados obtidos na pesquisa, analisando as eventuais contradições entre professores e pais, finalizando assim com as considerações finais decorrentes das conclusões obtidas nesse estudo.
3. AS MUDANÇAS NO CONCEITO DE FAMILIA
Quando se pensa em família, logo vem em mente pai, mãe e filhos exatamente nessa ordem. Família é amor, amizade, companheirismo, união, compromisso e cumplicidade.
É ela que agrega e aproxima as pessoas e que organiza o meio para receber o bebê, sempre de acordo com a cultura, condição econômica e disposição afetiva da família. É a família que dá nome e sobrenome ao bebê e o faz sentir, ou não, um membro com direitos e deveres, expressos verbalmente ou não. Ela é o elo entre o indivíduo e a sociedade, e transmite a cultura, o modo de vida e os comportamentos do grupo social. (CRUZ, 1997, p. 33)
No entanto, se for analisar desde o princípio verá que a realidade não é exatamente como descrita, uma família inteiramente amorosa e que há cumplicidade.
Em uma breve retrospectiva, não muito distante, no tempo de nossos avos, os casamentos eram arranjados, casavam-se por interesse, o que a família da moça poderia proporcionar de conforto, portanto a união era realizada sem afetividade apenas por conveniência. Desta união logicamente ocasionaria filhos, que certamente eram criados com desprezo até mesmo com agressividade, o amor ai existente era quase que extinto. A educação ficava apenas para mãe, isso quando eram trancados em internatos, longe da família.
De acordo com (CRUZ, 1996 p. 42 e 43)
No casamento, era comum o rapto, a bigamia e o compromisso desprovido de amizade, desejo ou amor. Com a prática do dote, os casamentos por conveniência se consolidavam, e os filhos eram tão somente herdeiros da fortuna e do nome.
As crianças eram consolidadas como animais sem intelecto, afeto ou talento, sempre prontos a errar. Eram comuns os abrigos, internatos, agências ou casas de ama-de-leite.
Com isso, as crianças eram educadas longe, por outras pessoas, até mesmo com outras culturas, voltavam apenas quando se tornassem adultas. Entretanto essa situação foi mudada, a mulher exigia escolher seu esposo e não aquele em que os pais lhe empunham. Esse fator fez com que provocasse uma revolução no conceito de família sem afeto e alegria para uma família harmoniosa.
No entanto, não foi apenas essa mudança que ocorreu, para que chegasse ao patamar estrutural da família de hoje. Com a revolução industrial veio à luta pelos direitos da mulher, elas não aceitavam mais serem vistas apenas como donas de casa e mãe, queriam ser formadoras de opiniões, gostariam de competir com igualdade para com os homens no mercado de trabalho.
Fatores recentes mostram que com muita luta a mulher vem conseguindo cada vez mais seu espaço no mercado de trabalho podendo, assim, competir com os homens com a mesma igualdade. Porém a sociedade tem discriminado a mulher, não aceitando sua mão de obra, existindo um preconceito e com isso não sendo valorizado e reconhecendo seu esforço.
Assim, o ponto crucial dessa transformação, não é apenas a mulher deixar de ser uma dona de casa e se tornar uma grande empreendedora. O grande obstáculo apresentado aqui é a falta de disciplina de atenção dos pais. O que acarreta muitos problemas nas crianças, como hiperatividade, dislexia, indisciplina, violências, depressão entre outros distúrbios.
O modelo da família brasileira mudou hoje o que se vê mais são famílias formadas apenas pela mãe que tem que assumir o papel de pai e mãe, crianças que vivem com os avos ou até mesmo pai assumindo papel de mãe e pai ao mesmo tempo. E isso ocasiona um grande transtorno, pai e criança, muitas vezes, não tem uma orientação ou cuidados especiais que necessitam. Os filhos estão sendo deixados de lado por estarem ligados quase que inteiramente com a sua vida profissional e seus interesses econômicos e pessoais. Quando os pais percebem essa situação fazem de tudo para suprir essa carência.
(GRUNSPUN, 2002, p.12 apud TIBA, 2002, p. 12) afirma que, “Com amor os filhos podem ser criados, ou melhor, eles se criam se os pais não atrapalharem. No amor um filho se cria sozinho, mas por mais que seja amado ele não se educa sozinho.” Dessa forma, filhos podem crescer e se desenvolver sozinhos, mas a educação é de total responsabilidade dos pais e não de outros.
Em conseqüência a família em que a mãe estava sempre presente esta se extinguindo o pai que já não era presente tem ficado mais distante ainda. E com isso a família desestruturada tem se formado, com crianças sem limites, pais jogando a inteira responsabilidade de educação para escolas e conselho tutelar.
3.1. A família de hoje
A família da modernidade é aquela em que o pai e a mãe trabalham para dar o de melhor aos seus filhos. Uma boa educação, conforto, cuidando para que nada lhe falte.
Cada vez mais cedo, a mulher tem deixado o seu lar, para ajudar o esposo na renda familiar. Tiba (2002) ressalta que a esposa vai de encontro ao trabalho, porém não deixou de ser mãe, no entanto nem por esse motivo os homens se tornaram mais pais. Muitas mulheres que trabalham, chegam em casa cansadas do trabalho, ainda preocupa-se com os afazeres doméstico e além disso tem que dar atenção aos filhos, ver se tem algum machucado, se esta doente, se fez os deveres da escola, entre outras coisas. O pai ao contrário chega do serviço e quer apenas descansar, afinal teve um dia estressante, não quer ouvir um ruído do filho nem se quer um barulho, somente curtir o silêncio.
Mas é evidente que essa situação está cada vez em menor proporção, se fosse analisar a figura paterna, uns cinco anos atrás, dificilmente os pais conversavam com os filhos e até mesmo se preocupavam com as coisas deles. Tiba (2002, p. 27) afirma que “A presença masculina é bem maior quando os filhos são pequenos ou estão às vésperas do vestibular. Entre essas duas etapas, a presença dos pais é quase nula.” Ou seja, o pai está mais presente quando os filhos são bebês à medida que vão crescendo tornam-se mais ausentes.
A mãe pelo contrário, sente a necessidade de suprir toda essa ausência dando mais amor, atenção e muitas vezes fazendo todas as suas vontades, em conseqüência criando filhos sem limites, sem aprender o real valor das coisas.
A família é um grupo primário e natural de nossa sociedade, no quais o ser humano vive e consegue se desenvolver. Na interação familiar, que é previa e social (porém determinada pelo ambiente), configura-se bem precocemente a personalidade, determinando-se aí as características sociais, éticas, morais e cívicas dos integrantes da comunidade adulta. Por isso, muitos fenômenos sociais podem ser compreendidos analisando as características da família. Muitas das reações individuais que determinam modelos de relacionamentos também podem ser esclarecidos e explicados, de acordo com a configuração familiar do sujeito e da sociedade da qual faz parte. (KNOBEL, 1992, p. 19 apud JARDIM, 2006, p. 16).
Muitos dos distúrbios em que as crianças de hoje estão apresentando ter na escola, tem uma forte ligação com a família, principalmente aquelas que são desestruturadas, que não oferece um lar confortável e não transmitem segurança. O mais comum são pais ausentes, que deixam a responsabilidade do educador dos filhos para terceiros. Ultimamente as escolas vêm se queixando dessas famílias, que não há participação nesse ambiente, dificultando o desenvolvimento da educação.
3.1.1. Por que não pais no lugar de mãe e pai
A indagação é porque o coletivo de pai e mãe é pais, Tiba (2002) ele destaca a importância da figura materna, no entanto quando se fala pais, essa figura desaparece, o pai ele sempre é mencionado, sendo que a responsabilidade da educação dos filhos na maioria das vezes é da mulher. Então porque não usar mãe para se referir mãe e pai para pai.
Tendo em vista que cada um tem um papel na educação dos filhos, e todos exercem um importante aspecto na educação deles, quando um se ausenta provavelmente afetará no aprendizado da criança. Sabemos que a criança evolui com mais facilidade quando percebe que os responsáveis valorizam o aprendizado. O envolvimento dos pais/família tem um efeito positivo direto no aproveitamento da criança.
Ser mãe e ser pai há grandes diferenças, entre esses dois, não dirigindo ao aspecto biológico, mas na maneira de agir, de lidar frente às diversas circunstâncias que podem aparecer.
Um exemplo que se pode ser citado é quando o pai e mãe são chamados na escola por um eventual problema ocasionado pelo filho dentro da sala de aula. A mãe, muitas vezes, quer descobrir a fundo o que aconteceu, e conversa com os professores e depois com o filho, o pai provavelmente vai pela conversa da professora isso quando escuta, vai logo chamando a atenção do filho, quando não bate. Mas existe outro fator nesse ponto, quando esse pai vai à escola, o que raramente acontece. O pai sempre deixa a parte da educação para a mãe e se ausenta desta parte tão importante na vida da criança.
Tiba (2002) aponta algumas diferenças comportamentais masculinos e femininas. Segundo ele a mulher fala e pensa, ou seja, ela consegue escutar, falar e pensar ao mesmo tempo, o homem consegue apenas uma ação de cada vez. A mulher ela é detalhista, ele apenas repara no que lhe interessa, se o filho não quer comer a mãe o faz comer, o pai não se importa. Tiba (2002, p. 33) ainda ressalta que “[...] na família, o pai tem dois filhos, enquanto a mãe tem três: filho “temporão” é o marido!”
Entretanto, mãe não pode ser pai, da mesma forma, que pai não pode ser mãe. A mulher por instinto já exibe o dom da maternidade, enquanto que o homem foi aprender ser pai recentemente.
A mulher que trabalha sente uma enorme culpa por estar fora de casa, preocupando com o filho, com o esposo com os afazeres domésticos. Se a criança vai mal à escola ela já se culpa. E isso, muitas vezes, é seu inimigo, pois quer consertar esse erro fazendo as vontades de suas crianças.
Muitas vezes a mãe e o pai entram em controvérsias um diz sim o outro diz não, fazendo com que a criança utilize isso ao seu favor. Cruz, (1997, p. 62) considera que “[...] não haja erro ou incoerência no que pensam, mas o problema esta no fato de que, ao se educar uma criança, os pais devem falar uma só língua, principalmente questões relacionadas ao cotidiano.”
Pois a criança percebe esse episódio, e usa para suprir suas vontades. O que mais tem acometido ultimamente são crianças que querem tudo e naquela hora, não sabendo esperar, tornando pessoas sem regras. O que afetará o seu convívio com a sociedade, principalmente no ambiente escolar.
Justamente por isso que pai ou mãe não podem transferir responsabilidades um para o outro e nem para terceiros, os dois tem que ter e exercer o seu lugar na educação dos filhos. Para que não possam prejudicá-los nas possíveis decisões futuras.
3.2. Diferentes relacionamentos familiares
Atualmente, a constituição de uma família tem sido muito diferente de outros tempos, pois não só está ligado com consangüinidade, mas um pai ou uma mãe poderá levar crianças que não são seus filhos para morar numa mesma residência, e ainda quando outras pessoas sendo ou não da família residem em um mesmo lugar.
(TIBA, 2002, p. 217) afirma que “a dinâmica das famílias mudou. Há casais que reúnem sob um mesmo teto os filhos do atual e dos antigos relacionamentos.”
Com esse fato apresenta-se variados tipos de relacionamentos dentro de uma casa, como poderão surgir ciúmes, um pode se sentir excluído achando que o outro é mais querido, não só esses sentimentos, mas haverá um convívio com diversas pessoas diferentes, com outras personalidades, o que acarretará uma adaptação do meio ou ocasionará distúrbios nos indivíduos ali.
Nesse contexto, existem diversos relacionamentos familiares, como, pais separados, família de segundo casamento e ainda aqueles que são direcionados a família que buscam auxilio de outras pessoas, avós, tios, babás e a escola.
3.2.1. Pais separados
Relatos atuais mostram que cada vez mais tem crescido o divórcio no Brasil, de acordo com Jardim (2008, s/p)
Foram 179.342 registros de divórcios no ano passado, um número 200% maior do que o verificado em 1984, segundo dados divulgados [...] na pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2007, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Tiba (2002) antes do casamento chegar ao fim apresenta vários sinais, como afastamento físico, brigam por tudo e por nada, as maiorias das outras pessoas parecem ser mais atraentes que o seu cônjuge, sente uma sensação de alívio quando está só, sem seu parceiro é o sinal que quer dizer que acabou é quando um quer eliminar o outro da sua vida.
Toda essa separação afeta muito a criança, pois muitos divórcios acontecem de forma litigiosa, ou seja, com brigas e muitas desavenças, o que proporcionará conflitos na mente dos filhos. E quando há realmente a separação muitas mães não assumem para seus filhos que está separada do pai ou vice-versa. O que acomete vários pontos de interrogações na cabeça dessas crianças, como, por que meu pai não chegou do trabalho? Por que ele não veio almoçar? Ele vai me levar para escola hoje? Não irá dormir em casa, por quê?
Em conseqüência esse pequeno indivíduo terá problemas de relacionamentos, de aprendizagem na escola, o que tornará até mesmo uma criança nervosa e agressiva.
“[...] como queda no rendimento escolar, grande apatia, insônia, isolamento e até mesmo somatizações como dores de cabeça, estômago e mau funcionamento intestinal. Tudo pode doer. É o corpo chorando lágrimas que olhos contiveram.” (TIBA. 2002, p. 204)
Tiba (2002) ressalta que a melhor maneira para amenizar um eventual problema no desenvolvimento da criança é conversar e explicar o motivo da separação, enfatizando que não é ela a causa do divórcio. Sempre respondendo todas as suas perguntas.
O medo é sempre comum depois de um entrave desses, afinal é uma vida nova, que poderá ser tempestuosa ou com calmaria.
A grande dificuldade ai apresentada é a convivência, não podem nem se cruzarem que estão discutindo e ainda quando nesses debates colocam o filho no meio. O maior problema é quando um dos cônjuges resolve se casar novamente, tudo fica mais difícil de ser controlado. E ainda atrapalha a criança de fazer a sua vida, pois ele vive por conta de confusões e brigas.
A família tem que deixar a criança aprender a viver e sociabilizar, não fazê-lo com que ele tenha repulsa disso.
3.2.2. Segundo casamento
É normal em casais que se separam quererem constituir uma nova família. Afinal qual o problema nesse eventual processo, uns se casam, divorcia e se casam novamente, enfim ninguém quer viver por si só.
Geralmente o homem procura mulheres mais novas, mais bonitas para namorar, isso quando decidem se unir novamente. Já a mulher que na maioria das vezes fica com a guarda dos filhos busca por homens que poderá ser um ótimo pai.
Nesse sentindo quando realmente decidem se casar, muitos levam consigo outros filhos, ou seja, uma família com hábitos, personalidades, atitudes uma educação totalmente ou parcialmente diferente da então casual família.
Entretanto, muitos conflitos poderão ser gerados, como o antigo parceiro ou parceira não se der bem com o ou a atual, o cônjuge não relacionar bem com os filhos e com a família.
Em contrapartida um novo casamento não trará só prejuízos, de acordo com Tiba, (2002, p. 218) “O casal aprende que amor e atração sexual, sozinhos, não são suficientes para manter a união está mais disposto a:” resolver conflitos, superar os problemas, tolerar e aceitar as diferenças de cada um, pedir sempre que necessário ajuda para o outro bem como reconhecer que a força do casal é bem maior que um.
Se o novo relacionamento for desarmônico, certamente influenciará no convívio social da criança, se for o contrário ele poderá tomar como exemplo, e saber se relacionar, e tendo um futuro mais feliz, sem colocar a culpa nos outros casos ele cometa os mesmos erros.
3.2.3. O auxilio de terceiros
A história não tem cessado de mostrar que habitualmente o casal está trabalhando e deixando a casa. Isso complica quando esse casal tem filhos, a mãe se preocupa muito com a criança principalmente quando é muito nova, mas, muitas vezes ela necessita trabalhar fora para obter uma renda mais alta. Com isso a criança é cuidada por terceiros como, babás, avós, creches, escolas e também até por eletros domésticos (TV, videogames, computadores).
Quando esses pais necessitam de auxilio, contratam babás para cuidarem de seus filhos, porém, muitas vezes, eles ficam temerosos, pois o que se mais tem visto na televisão, jornais são babás surrando, agredindo esses inocentes. Tiba (2002) considera que quando for contratar uma pessoa para cuidar dos filhos é preciso que os pais perguntem tudo observando atentamente seu comportamento porque muitas vezes elas expressam outra conduta do que falam.
As babás exercem uma grande influência na vida da criança, pois elas se apegam emocionalmente, principalmente porque elas passam o maior tempo com a babá. “Boa babá é aquela que estabelece bons relacionamentos e, com seu apego à criança, tornam-se uma aliada da família.” (TIBA, 2002, p. 173)
Contundo muitos pais ainda não confiam em babás, deixando os cuidados para as avós, só que existe um porém, muitos querem deixar a educação para os avós, segundo Tiba (2002) as avós muitas vezes são as grandes vilões da educação. Isso porque eles pensam que a hora de educar deles já passou agora é hora de curtir os netos. A formação de uma criança criada por avós é totalmente diferente daquela criada pelos pais, as crianças são geralmente mais mimadas, sem limites, não sabem escutar e geralmente são crianças que conversam gritando para obter tudo o que desejam.
Da mesma forma são as creches, os pais devem ter um cuidado todo especial para escolher a instituição, analisando referencias, história e os funcionários que trabalham ali.
Os pais devem deixar claro a eles o que querem que eles façam, pois os avos devem complementar a educação dos pais, e não discordar.
A escola é outro refúgio da família, colocando toda a responsabilidade da educação para essas instituições, na verdade a escola apenas complementa o ensino dado pelos pais.
Jardim (2006, p. 43) enfatiza que,
A responsabilidade de educar não pode ser só atribuída à família ou a escola, pois se a família atua de forma profunda e durante mais tempo, a escola oferece condições especiais para influir sobre o educando, pela formação especializada de seus elementos.
Muitos pais resolvem deixar os filhos sozinhos em casa, ligam à televisão, colocam o videogame para eles se distraírem e vão para o trabalho. Elas são responsáveis por si só. O que acontece é que essas crianças fazem o que querem e quando querem, estudam quando dá vontade, vai à escola na hora que desejam. Muitas vezes não obedecem a ninguém, pois não tem alguém para ensinar o que é preciso. E quando os pais chegam não verifica se a criança foi para escola, se fez seus deveres não dando à atenção necessária a criança.
O que mais tem acometido na atualidade, são pais que não tem tempo, dedicando ao trabalho e deixando os filhos de lado, e quando se dão conta faz todas as suas vontades para suprir essa enorme falta.
3.3. A família e a criança
A família é a base da convivência social, é por ela que a criança dá seus primeiros passos para as relações com outras pessoas. É ela que molda sua personalidade e seu crescimento cognitivo.
A família constitui um grupo, cuja estrutura se relaciona com a organização da personalidade do indivíduo, é o primeiro agrupamento e o que esta mais próximo da unidade da personalidade e em termos de crescimento do indivíduo. Bons pais constroem um lar e mantêm-se juntos, provendo então uma relação básica de cuidados à criança e mantendo, portanto, um contexto em que cada criança encontra gradualmente a si mesma (seu self) e ao mundo, e uma relação operativa entre ela e o mundo. (JARDIM, 2006, p. 22)
A relação, o diálogo entre pais e filhos, faz com que a criança seja mais comunicativa, provavelmente não apresentando distúrbios de convivência e aprendizado.
Porém existem aquelas famílias que só tem uma convivência em finais de semana e feriado, o isso tem prejudicado as crianças, no seu crescimento e no desempenho escolar.
Muitas mães se sentem totalmente culpadas pelo abandono, e realizam todas as querências de seus filhos, crianças que se sentem sozinhas normalmente possuem uma grande agressividade onde se socializa, ou seja, na escola. Quando então são chamadas atenção, não dão importância e então a mãe ou o pai é chamado para resolver tal conflito, no entanto normalmente esses pais jamais admitem que sejam os seus filhos os errados e sim os outros, isso porque são pais super protetores, que não querem enxergar os seus próprios erros.
Cruz (1996) afirma que o acompanhamento do processo de desenvolvimento dos filhos é algo maravilhoso, porém para isso a família tem que estar próximo da criança. E isso faz com que os filhos se sintam mais amados e compreendidos e fará que elas não apresentem as dificuldades citadas acima, pois os pais conheceram seus filhos, e as crianças distinguiram seus progenitores.
Dessa forma, a relação constante entre a família é fundamental, sendo assim não deixando a educação e os cuidados apenas para terceiros. Mas cada um contribuindo para um melhor desenvolvimento do indivíduo.
3.4. Relações família e escola
Em momentos de crise o homem quanto à mulher tem procurado melhores oportunidades de trabalho e estudo. Normalmente eles demoram mais tempo para constituir uma família e quando se casam espera um determinado momento para terem filhos.
No entanto, isso não facilita o cuidado que necessita ter com as crianças, principalmente, quando estão no processo de desenvolvimento, como já citado anteriormente, os pais do século XXI estão mais ausentes, deixando a responsabilidades educativas para terceiros.
Ultimamente o grande alvo dessas famílias são as escolas. Eles têm matriculados seus filhos em instituições educativas cada vez mais cedo. Muitas vezes não respeitando a idade certa da criança ir estudar.
Visto que a grande dificuldade apontada aqui é o relacionamento que a família tem com escola. Como se podem observar os primeiros passos da educação da criança é de total responsabilidade dos pais, a escola complementa esses ensinamentos sócio-culturais. Jardim (2006) afirma que a responsabilidade de educar não pode ser atribuída apenas a um, mas trabalharem juntos em parceria.
Contundo o que se tem notado, ultimamente, é o contrário, muitos pais têm deixado a educação totalmente para escola, esperando assim que além da educação dos ensinamentos sociais possam passar os valores culturais, a ética e a respeitar os sentimentos e a propriedade de outros, sendo que isso é encargo da família. A convivência entre escola - família tem sido o mais conflitante, por não haver a troca de idéias.
A relação família – escola é a mais conflitante, porque apesar de ambas terem como objetivo central a educação de uma criança, os papeis de cada uma devem ser diferenciadas durante esse processo. A família, de maneira generalizada, delega algumas obrigações da educação ao filho à escola e ao professor, eximindo-se do seu papel fundamental de parceira da instituição de ensino na educação da criança. Os professores, frente a essa nova obrigação, se vêm forçados a responder pelo comportamento positivo ou negativo do aluno, além de se preocupar com o programa curricular, provas, exercícios e ect. (CECON et al. 2001, s/p apud JARDIM, 2006, p.44)
Muitos pais não conseguem perceber a importância que tem seu envolvimento no aprendizado do aluno, deixando tudo nas mãos de professores.
É lógico que a escola não vai deixar de ensinar os valores morais e afetivos ao aluno, até por que a escola se torna sua segunda casa, mas a família tem que estar presente na vida cotidiana da criança. Na idade infantil elas necessitam muito da presença da família, e quando não há sentem falta, fazendo de tudo para chamar sua atenção.
Quando o pai ou a mãe são chamados pela escola por uma indisciplina do filho, além de culparem a entidade, não acreditam que o filho é capaz de fazer um ato desordeiro. Portanto essa atitude danifica a educação do filho, além de trazer grandes distúrbios na criança.
[...] o filho ultimamente está ‘meio estranho’, muitos pais consideram isso como normal, ‘coisa de adolescente’, vai passar, é só uma fase. Há que se observar estes sinais. Podem dizer muito de problemas que precisam ser solucionados, como inadequação, dificuldades nas disciplinas, com os colegas, com os professores, e outras causas. ( SILVA, 2008, s/p)
É quando os filhos começam a apresentar comportamentos diferenciados que os pais e a escola devem entrar em sintonia, um diálogo só, para amenizar o problema dessa criança.
Muitas vezes, quando a família não vai bem a uma crise de autoridade, isso afeta a criança, segundo (MALHO, 2006, s/p) “[...] a intolerância, a agressividade, o desinteresse a superprotecção (sic), marcam a personalidade da criança conduzindo-a a comportamentos anormais que muitas vezes reflectem (sic) nas atitudes face à escola.”
Nesse sentindo, é notável que tanto a escola quanto a família tenha apenas um interesse adequar ao filho ao mundo para que assim ele possa crescer e se desenvolver da melhor maneira possível.
Tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar a criança para o mundo; no entanto, a família tem a suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que aproximam dessa mesma instituição. A escola tem a sua metodologia e filosofia para educar a criança, no entanto, ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo. (PAROLIN, 2003, p. 99 apud JARDIM, 2006, p. 45)
Tanto a escola quanto a família precisa dessa parceria, mesmo sendo diferentes é ai que elas contribuem de uma forma mais significativa na educação e valores ensinados à criança. Se tiver um diálogo, um interesse por parte da família no aprendizado dos filhos, tanto a criança como a família e a escola sairá beneficiado.
4. LIMITES E DISCIPLINAS NA FAMILIA E NA ESCOLA
Em poucos anos a sociedade mudou muito, antigamente o autoritarismo dominava os lares e as escolas. Se cometesse alguma indisciplina eram punidos severamente.
O mundo viveu época em que nada era aceitável realizar, tudo deveria ser comunicado ao estado, e na época do militarismo em que nas escolas os livros eram arrancados páginas, os professores eram vigiados constantemente.
Mas tudo isso mudou, tornamos um país democrático, onde é tolerável realizar as atividades corriqueiras sem se preocupar em alguém vir e impedir que faça o que sentir vontade. As crianças ganharam direitos na escola dentro de casa. Hoje se pode ter liberdade de expressão, de pensar e de agir. Mas dentro do limite, pois temos leis que vigia o indivíduo quanto à calúnia e a difamação.
No entanto essa nova realidade mudou o contexto de família e escola, ou melhor, os pais quanto à escola perdeu a noção de limites. Não tendo autoridade no que falam, quando dizem não, em um momento dizem sim. Isso faz com quem escuta não de atenção, provocando assim a indisciplina.
De certa forma a nova família quer dar tudo ao filho, pois em um passado não tiveram, ou querem suprir a falta em algo. Pais que trabalham muito, não tendo tempo para o filho, ou até mesmo, as mães que se sentem culpadas pela falta de atenção não conseguem dizer não. Famílias desestruturadas, com pais separados, pais problemáticos, tende o filho ser sem limites e conseqüentemente indisciplinados.
“A força dos pais está em transmitir aos filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, adequado ou não, entre o que é essencial e supérfluo, e assim por diante.” (TIBA, 1996, p. 16)
Fica por conta da família ensinar entre o que é correto e o errado, onde pode ir e onde não deve ir, e assim por diante. E a escola fica por continuar a educação que os pais transmitem.
As escolas onde tem parado; os docentes não estão conseguindo dominar uma sala de aula, Quem será o culpado de tanta desordem? São os alunos que estão inquietos, os pais ou mesmo a escola? O que vem ocorrendo com essa geração de crianças cada vez mais desordeiras?
“As instituições de ensino, cuja tarefa é introduzir as crianças nas normas da sociedade, muitas vezes se omitem. O professor também perdeu a autoridade inerente à sua função. Quanto maior a perda, mais anárquica tornou-se a aula.” (TIBA, 1996, p. 18)
Hoje tem sido difícil à interação professor-aluno, as escolas perderam seu eixo de ensino, suas regras estão difíceis de serem cumpridas. Segundo (SANTO, 2007, s/p)
Vários dispositivos legais são criados para fazer funcionar regras e leis como garantia de uma retaguarda ao desenvolvimento da criança. No entanto, a escola não está conseguindo dar conta dessa atribuição como deveria. Está descaracterizada; perdeu o eixo: conhecimento, tradição. E isso está causando um mal estar nos professores que se sentem impotentes frente a estas demandas; têm que preparar o aluno para a vida, fornecer-lhe as ferramentas/conhecimentos com que poderá atuar para conduzir a civilização. Há a idealização de um futuro sem referências ao passado, sem uma aposta na criança. E, frente à magnitude do dever e falta de embasamento no passado, vê-se impedido de ensinar, vê-se em escolas que não conseguem segurar o aluno dentro da sala de aula, muito menos despertar e manter seu interesse pelos conteúdos curriculares específicos.
Dessa forma as medidas que muitas vezes são tomadas pelas instituições de ensino, tem sido paliativo, ou seja, insignificante. Pois as atitudes que estão adotando, não tem sido coerente com as inúmeras dificuldades de disciplina que essas escolas têm enfrentado. As leis estão dando muita prioridade para os alunos e tirando a autonomia dos professores. A escola está de mãos atadas; pois ao deparar com tanta desordem, indisciplina e falta de respeito de certos alunos não pode usar nem mesmo a advertência e suspensão que antes era um meio apaliativo dessa situação.
Visto que isso é um problema que esta crescendo progressivamente existe diversos fatores que contribuem para esse episódio, a liberdade que o mundo tem oferecido às crianças de hoje, tem dificultado os professores, quanto os pais ensinarem, educarem esses garotos. No entanto, muitas famílias colocam a responsabilidade de educar seus filhos nas mãos de outras pessoas, como desculpa que eles não podem fazer nada porque a lei proíbe. Assim o desafio de educar tem sido um grande obstáculo enfrentado pela família e a escola.
4.1. Crianças pós-modernas e o desafio de educá-las.
As crianças do século XXI estão mais inteligentes, mais investigativas, tem curiosidade sobre tudo, estão sempre conectadas em tudo que ocorre à sua volta. São impulsionados a brincarem com brinquedos interativos que estimulam o raciocínio rápido, seus passatempos é com jogos que tem como a lógica e a inteligência.
Hoje não se vê aquelas crianças tímidas e retraídas, mas as que sabem conversar desde cedo, até mesmo quando aprendem falar, são mais coerentes, não dialogam tão errado como eram antes.
No entanto essa nova geração segundo Tiba (2002, p.234) é incapaz “de lidar com frustrações, que se transpõe para os relacionamentos sociais.”
Se não conseguir fazer algo que esteja muito difícil passa para outra em que são mais espertos, da mesma forma são os relacionamentos. Não necessitam frustrar com alguém, apenas deixam de lado e parte para outro alguém.
Nesse sentindo, os adolescentes iniciam sua vida sexual mais cedo, mesmo sem afetividade, se não der certo com essa, com outra irá dar certo, é nesse segmento que pensam. A mídia, as facilidades de acesso a informações fazem com que essas crianças desejam experimentar, ou melhor, preferem estar na moda, para que assim não sejam excluídos da roda de amigos.
Nesse contexto que Tiba (2002) afirma que a culpa não é apenas da mídia, mas dos pais e escolas, que incentivam essa prática precocemente. Os pais quando se dirige ao garoto perguntando quantas namoradas ele tem, algumas escolas fazem festinhas no dia dos namorados. E isso reflete na mente dessas crianças achando que já estão preparados para obter um relacionamento a dois.
Um grande obstáculo que as escolas vêm enfrentadas são crianças curiosas que vêem na televisão na internet e querem fazer igual, muitos professores reclamam de alunos que fazem gestos obscenos dentro da sala de aula.
Na verdade, não existe hora certa para iniciar uma educação sexual, mas sim momento adequado.
Em instituições de educação, há mais palestras referentes a esse assunto, atualmente pela necessidade e devido ter sido incluído no currículo através dos PCNs. Pois é melhor informar corretamente do que deixar algo que impedirá o desenvolvimento da criança como, gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis.
Rojtenberg (s/d, s/p) ressalta que,
A grande parte dos jovens recebe estímulos de seu grupo para realizar logo atos sexuais e, pior que isso, é informada por outros adolescentes um pouco mais velhos que também receberam péssimas orientações. Estes são, na sua grande maioria, supervalorizados pelo grupo por serem considerados ‘cabeças abertas’.
Conversar de forma séria sobre assuntos sexuais em geral tende a baixar a ansiedade dos jovens, que naturalmente são muito curiosos e desejam viver suas experiências o mais rápido possível. Afinal, a adolescência é um período de descobertas.
Visto que não são somente essas as preocupações que se passam na cabeça de pais e escolas, as drogas é outro assunto que intriga. Pois da mesma forma que a atividade sexual é iniciada pelo fato de curiosidade, o uso de drogas também começa assim.
Nesse sentindo, o grande desafio de educá-los. É tanta informação que eles possuem que fica difícil de como e o que deve ensinar primeiro. Assim pais e escola devem ficar atentos às crianças, no que assistem na televisão, onde estão acessando a internet, quais são as companhias. Nesse segmento facilitará o ensino – aprendizagem.
4.1.1. A liberdade dos novos tempos
Muitas pessoas não sabem o que é liberdade, principalmente a liberdade individual. Confundem que essa tal liberdade seria não fazer nada, não trabalhar, não estudar, simplesmente ficar em casa e fazer tudo o que realmente quiser.
No entanto, ela pode significar muito para uma pessoa que estuda e trabalha durante todo ano, ao chegar às férias para ela tem muito valor, isso segundo Tiba (1996).
Tiba (1996, p. 57) ainda afirma que “Liberdade é poder material e psicológico, mas só tem valor quando associa à responsabilidade. Liberdade absoluta não existe, pois está sempre relacionada a algo.”
Muitos pais confundem que dizer não aos seus filhos estaria sufocando-os e tirando a sua liberdade. Quando o pai ou mãe dizem não em algo é indicando a criança que aquilo está errado, e que não pode repetir novamente aquela atitude. Por exemplo, quando uma criança esta juntamente com o seu pai ou sua mãe em um escritório ao sair dali percebe-se que o garoto levou uma caneta ou outro objeto qualquer sem pedir autorização, os pais deveriam falar para ele voltar e devolver, porém muitos não chamam a sua atenção, deixando isso acontecer, o que é errado, pois ela não terá a real noção que a sua atitude é errônea e continuará agindo dessa forma, um dia é a caneta e amanhã o que será.
Em conseguinte a família tem que aprender que educar não é tirar a liberdade do filho mais sim garantir um convívio social saudável.
A liberdade nos dias atuais vem se tornando muito comum, com os pais fora de casa, deixando tudo por conta de terceiros fazem com que eles sejam donos de si mesmo, onde ninguém impõe limites, horários. Cruz (1997, p. 142) ressalta que,
Deve haver horários estabelecidos para as refeições, para dormir e acordar. Os filhos mais velhos devem obedecer os horários estipulados pelos pais para regressarem ao lar quando saírem à noite. Os pais também devem organizar horários ao longo do dia para filhos assistirem televisão, jogar games, brincar e estudar.
Se o adolescente não tem regras, limites dentro de casa, fora ele terá a mesma ação, não respeitando leis, sendo mal educados e achando que pode e deve fazer tudo que vier na cabeça.
Hoje se fala muito dos direitos das crianças e do adolescente, fazendo com que eles tenham mais direitos onde utilizam ao seu favor. Com a aprovação do ECA os pais que não estavam conseguindo ou não queriam educar seus filhos, passaram a utilizar esse documento como ponto de apoio para se safar de suas responsabilidades. Ouve-se muito dizerem que não podem educar filhos como antes devido o Conselho Tutelar proibir que os pais as eduquem. E com isso a educação de muitos está ficando mercê da escola e do Conselho, os pais não se importam mais.
Com isso as crianças utilizam todos esses direitos ao seu benefício, garantindo assim a sua total vontade de fazer o que quer. Da mesma forma que existem direitos há também deveres, o que é incumbido aos pais ensinarem não existe lei que irá ausentar as suas responsabilidades. Assim não será prejudicada a educação dos filhos. (ECA, Anexo A)
4.2. Diferença entre meninos e meninas
São notáveis as diferenças existentes entre um sexo e o outro. Quando inicia as transformações no corpo de um adolescente (puberdade), onde verifica essa alternância. Não só do corpo, mas o modo de agir e pensar. É essas particularidades que será analisada, o comportamento de cada um.
Nas escolas é evidente a diferença entre meninos e meninas. Geralmente os meninos são mais afoitos, inquietos, falam sem pensar na conseqüência, exibe um comportamento mais indisciplinados, são curiosos.
As meninas criam responsabilidades mais cedo, muitas vezes são caladas, e possui um comportamento mais ajuizado, sentem a necessidade de estar apaixonada, e os meninos geralmente só querem ter experiências.
Dentro de casa, em uma família, onde há um casal, o adolescente é o que dá mais trabalho. Por querer desobedecer e ter a necessidade de serem independentes dos pais e financeiramente. A garota já é mais apegada afetivamente aos pais, na maioria das vezes totalmente dependente da família.
Segundo indica Tiba (1996), a adolescência é considerada um segundo parto, pois ele irá andar sozinhos sem a companhia dos pais, além disso, ele passará por várias transformações psicossociais e hormonais. (p. 141) “As etapas são cinco: confusão pubertária, estirão, menarca/mutação e onipotência juvenil.”
Essas etapas ocorrem em tempos diferentes em meninas e meninos. Sendo que nos meninos inicia-se mais tarde que nas garotas, porém é mais longa. Essas fases são mais evidentes nos meninos que nas meninas. Mais o que marca essa fase é a primeira menarca nas garotas e a mudança de voz nos rapaz. Contundo essas mudanças fazem com que eles se sintam irritados, respondões, feios.
Tiba (1996) ainda aponta que as meninas elas aproximam-se da mãe para conversar sobre essas mudanças, amadurecem bastante psicologicamente e começam a lutar pela sua independência quanto à proteção familiar. Já os rapazes ficam mais arrogantes, impetuosos, implosivos, sexualmente potentes não respeitam seu ciclo biológico, dormindo pouco, não se alimentando bem e não aceitam as opiniões dos outros, principalmente as dos pais.
Com isso os professores e os pais devem ficar atentos e respeitar essa fase, pois devem ser tratadas com muito cuidado, porque é nessa idade que irão começar uma nova etapa de suas vidas. Observa-se que por estarem afoitos, são mais indisciplinados, odeiam que lhe imponha limites e toda palavra que expressa um termo negativo é motivo para que possam se rebelar. Por esse motivo o cuidado extremo que se deve ter nesse período, pois é nessa fase que estão formando o seu senso critico. É fundamental que tenha diálogo entre pais, filhos e escola para que assim entrem em um senso comum e todos saíram beneficiados.
4.3. Limites e disciplina na escola
A disciplina é algo que se constrói em parceria, na família é a união dos pais e os filhos, na escola é o professor e o aluno.
Segundo Tiba disciplina (1996, p.117) “é uma qualidade de relacionamento humano entre o corpo docente e os alunos em uma sala de aula e, conseqüentemente, na escola.”
Quando o professor está à frente da sala de aula, ele deve saber o que fazer e como agir diante da turma, assim não passará insegurança aos alunos.
Se o docente for totalmente liberal, não importando com a movimentação da classe, as conversas, como ele poderá cobrar depois. Se no início ele não colocou limites.
O professor ele deve chamar a atenção dos educandos, para sua disciplina quando o adolescente se sente motivado, ele terá motivos para aprender. Assim a ordem será estabelecida dentro da sala de aula.
As crianças só aprendem quando têm algum motivo, algum interesse profundo em assimilar novos conhecimentos ou em adquirir novos hábitos. Esta motivação tem raízes nos desejos e nas necessidades de cada ser humano. Quando os objetivos da aprendizagem confundem-se com a satisfação destas necessidades, então teremos as melhores condições imagináveis para a assimilação de novos conhecimentos ou aquisição de novos hábitos. (WELL, 1956, p. 114)
Tiba (1996) ainda afirma que o ambiente interfere muito na disciplina, como salas que há bastante barulho, salas com péssima iluminação, quentes, e que não tem acomodação para comportar todos os alunos. Tudo isso causa a desordem, pois ficam inquietos e sem lugar. Além de afetar o aprendizado.
Muitos jovens não têm animo para estudar. Vivem se perguntando por quê? Pra que estudar? Com isso o professor tem mais dificuldades de fazer com que eles prestem atenção no conteúdo. O mestre deve ter toda uma dinâmica, sendo mais comunicativo, entrando no cotidiano deles, fazendo atividade que os envolvam assim, eles terão ânimo para estudar, contribuindo com a ordem no ambiente escolar, pois, se um aluno desrespeita alguma regra, ele terá quebrando alguma lei dentro da escola.
Outra causa que podem facilitar a desordem é se o professor for inimigo dos alunos, quando a sala tem muitas turmas em um mesmo local gera uma confusão de opiniões.
Visto que à disciplina tem que ser dirigida impondo limite. Fazendo com que ela seja respeitada.
Uma escola onde o que lidera é a indisciplina, com certeza ali não tem limites e nem regras. Disciplina se conquista ganhando a confiança de quem está sendo cobrada, garantindo assim a ordem do ambiente.
4.3.1. Causa da indisciplina na escola
A indisciplina na escola está cada vez mais rotineira, são alunos dispersos, aqueles que gritam, respondem, fazem caretas, são mal educados, baderneiros. Isso vem sendo comum em todas as escolas. Entretanto existem várias causas que contribuem para essas atitudes que levam à desordem.
Tiba (1996) indica três motivos principais que levam ao mau comportamento, os distúrbios de ordem pessoal, distúrbios relacionais e distúrbios e desmandos de professores.
O primeiro seria aquele que é provocado por uma “deficiência mental; distúrbios de personalidade; distúrbios neuróticos; etapas do desenvolvimento: [...] síndrome da quinta série, distúrbios “normóticos”; distúrbios leve de comportamento; uso e abuso de drogas.” (TIBA, 1996, p.137)
Quando o indivíduo possui algum tipo de distúrbio psicótico, ele age sem pensar que seu modo de fazer as coisas é errado. Imaginam que o que as outras pessoas fazem é para lhe prejudicar, estaria assim ameaçando o seu mundo reagindo com agressividade, entendendo que isso é para se proteger.
Well (1959, p. 122) reforça que existe “[...] um tipo de brutalidade ‘gratuita’; a criança ataca de repente a qualquer um, sem motivo; pode se tratar de equivalente epiléptico, ou de ausência de controle celebral motivado por outro tipo de doença mental.”
Porém, esses comportamentos de agressividade, inquietação podem ser também provocados pelas fases de desenvolvimento.
“A agitação, a irrequietude, a instabilidade, são normais em certos períodos da vida da criança, surgindo como reflexo de crises passageiras, tais como a do três anos de puberdade, coincidindo com grandes modificações glandulares.” (WELL.1959, p. 120)
Visto que nessa fase os adolescentes passam por várias modificações no seu corpo, muitas vezes alterando o seu humor. As meninas alteram todo o seu quadro hormonal, isso faz com que tenham oscilações de temperamento. Os meninos iniciam as reações de desejo sexuais, o que muitas vezes é incontrolável, tornando-os imprudentes e até inquietos.
Porém esses comportamentos já citados podem ser causados ainda por ciúmes, tanto dos pais, professores ou por colegas de sala. O que faz reagir de modo descontrolado para chamar atenção daqueles a sua volta.
Contundo ainda há aqueles distúrbios que são considerados normais. Mas, que se não tiver conhecimento, poderá acarretar vários prejuízos aos professores.
Exemplos típicos são algumas confusões masculinas na sétima, brigas corporais na oitava, maior valorização da amizade no ensino médio, sexualidade exuberante no ‘maremoto hormonal’, a timidez no estirão, as crises de autoridade e a ousadia onipotências, a expansão do ego, a temeridade e a ousadia onipotência juvenil. (TIBA, 1996, p. 145)
Esses distúrbios que acontecem nas fases escolares são bastante comuns, mas se não prestar atenção, trará resultados que afetará sua convivência social.
Além desses transtornos há ainda os usuários de drogas, que muitas vezes causa grandes prejuízos dentro da escola, incomodando os que estão a sua volta, tirando a paz da sala de aula. E muitas vezes o professor não esta preparado para lhe dar com essas situações, provocando mais confusão.
A segunda causa apontada por Tiba (1996) é o problema de relacionamento. Que muitas vezes não se percebe com facilidade.
Quando a criança vai pela primeira vez a escola, ali ele iniciará o convívio com outras pessoas diferente de si. Muitos reagem de forma desigual alguns não há problema de adaptar ao ambiente, outros já possuem uma maior dificuldade. Isso vai passando a cada momento que muda de escola, de classe e assim por diante. Quando chegam à fase da adolescência os problemas de relacionamento fica mais freqüente, são inimizades dentro da sala de aula, formando grupinhos que brigam entre si, ficam mais competitivos, iniciando-se um circulo de disputa e ofensas.
Tiba (1996, p. 153) ainda aponta os distúrbios da auto-estima, “[...] são a perda de limites, a autodesvalorização, o excesso de auto-estima, o ego inflado, o ego murcho, o falar que vai fazer algo e não seguir adiante.”
Esse distúrbio acarreta a indisciplina, a falta de respeito pelas pessoas, causando brigas, procura ser diferentes do que realmente são, procura uma saída em coisas que só lhe prejudica, como o álcool, drogas, e outros refúgios que provocam danos em si mesmos.
Todas essas atitudes provocam a indisciplina nas escolas, em casa, no seu convívio social. Mas o que realmente acarreta é a violência nas escolas, o que tem sido cada vez mais comum.
Sabe-se que a violência inicia-se dentro da própria família e é transferida para as escolas.
A violência é uma semente colocada na criança pela própria família, que, encontrado terreno fértil dentro de casa, se tornará uma planta rebelde na escola, expandindo-se depois em direção à sociedade. Quando os pais deixam do filho fazer tudo o que deseja, sem impor-lhes regras ou limites, ele acredita que suas vontades são leis que todos devem acatar. Então, se um dia alguém o contrária, esse filho pode torna-se, num primeiro momento, agressivo, mas depois partir para a violência, exigindo que se faça aquilo que ele quer. (TIBA, 1996, p. 152)
Se a família não cuidar da educação da criança desde cedo o que provavelmente acontecerá são distúrbios de comportamento, ocasionando agressividade, brutalidade entre colegas e professores, o que tem sido mais comum.
De acordo com (CANDAL, 1999, s/p apud ARAUJO, 2004, p.43) as violências relatadas por educadores são “as agressões e brigas entre alunos e as agressões entre os alunos e os adultos. Aqui, incluem-se as ameaças aos professores, as agressões verbais, físicas e psicológicas.”
Conseqüentemente os distúrbios que são as causas da indisciplina, podem e geram grandes desastres, como a violência, falta de respeito e agressividade dentro das escolas e da sociedade. Assim muitos pais delegam a educação dos filhos a outras pessoas.
4.4. Delegar à escola a educação dos filhos
Como já discutido nos textos anteriores, muitos pais não possui tempo de estar com os filhos deixando a responsabilidade de educar para outras pessoas. Com isso pagam a melhor escola que eles acreditam ser, deixando a total educação por conta dessa entidade.
Quando o filho tem um mau comportamento, eles direcionam a culpa inteiramente a escola, principalmente aos professores. Discutindo com os docentes e os culpando. Well (1959) aponta que quando há um problema, os pais deveriam procurar o professor e saber o que realmente esta acontecendo e como eles poderiam colaborar para mudar esse quadro, ainda diz que os professores reclamam, pois a situação é totalmente ao contrário, dificilmente eles encontram os pais para conversar, tornando a tarefa mais difícil de ser resolvida.
A família justifica que não tem tempo para estar na companhia de seus filhos e muito menos para estar indo à escola, e quando as têm querem estar o máximo de tempo com eles para se divertirem e brincar, assim realizando todas as suas vontades, deixando de lado a educação.
Poli ( 2009, s/p) afirma que,
Os pais são responsáveis pela educação dos filhos e a escola deve ser parceira com os pais na educação das crianças. Os pais não devem delegar para o colégio toda a responsabilidade da educação de seus filhos, mas se aproximar da escola para buscar e incentivar essa parceria.
Sabe-se que a criança não freqüenta apenas uma escola durante toda a sua vida escolar, com certeza ela passará por duas, três instituições de ensino diferente, convivendo com valores desiguais daqueles que ele não esta acostumado. Cabe aos pais escolherem aquelas que encontrarem-se mais adequadas aos seus costumes.
É exatamente por esse motivo, que a família deve ter uma parceria com a escola, para que assim a criança tenha uma boa educação.
De acordo com (TIBA, 1996, p.170 e 171)
[...] não cabe ao professor tratar o aluno com base em sua visão pessoal do caso, pois, além de estar abandonando sua função de dar aula, acabará invadindo uma área para qual não foi preparado. Assim sendo, ele deve avisar a direção da escola, que se encarregará de chamar os pais e com eles, discutir formas de disciplinar aquele aluno/filho.
Existe uma grande dificuldade por partes dos professores em resolver assuntos pessoais de seus alunos, pois, por mais próximo que estejam deles, não conhecem realmente o que esta acontecendo dentro de suas casas. Por que querendo ou não o educando sempre reflete os problemas de casa dentro da sala de aula. E muitas vezes a indisciplina do aluno é causada por conflitos que surge em casa.
Os problemas vividos pelas crianças em casa sempre irão afetar o desempenho na escola, em maior ou menor grau. Se essa parceria escola/família é uma realidade, os pais e os professores podem trabalhar em unidade para ajudar as crianças a resolver esses problemas. (POLI, 2009, s/p)
Dessa forma cabe a escola e aos pais educarem as crianças em conjunto. Cada um fazendo a sua parte não transferindo responsabilidade de um para o outro.
4.4.1. Responsabilidades de cada educador
O principal meio de educação vem de berço, dentro de casa, depois vai sendo moldada e acrescentada quando o indivíduo começa a se socializar, freqüentando a escola, a casa de amigos e parentes e outros locais sociais.
Sendo assim cada um exibe um papel de educador, tendo uma responsabilidade de passar um ensinamento que dele é exigido.
A família tem o papel de passar valores éticos, religiosidade, o que é de boa índole e o que não é de bom caráter, ensinar a se comportar educadamente com outras pessoas, a respeitar seus limites. É na constituição da família que se molda a personalidade da criança.
Os pais têm uma grande importância na educação, ela inicia desde quando a criança esta no útero materno até o fim da sua vida, eles ensinam a criança falar, a andar, ou seja, ensina o pequeno ser dar os primeiros passos rumo à socialização.
É dentro de casa, na socialização familiar, que um filho adquire, aprende e absorve a disciplina para, num futuro próximo, ter saúde social. Seus maiores treinadores, professores, mestres e modelos são os pais ou alguém que cative sua admiração. (TIBA, 1996, p. 178)
Já os professores a escola tem o papel de continuar a ensinar o que os pais começaram. Além do letramento, das diversas culturas que ali possui a criança aprenderá a conviver com outras pessoas que possui valores diferentes do seu, ela verá o mundo com seus olhos e não apenas com a visão de sua família, formará suas opiniões sabendo expressa-las. A escola será o seio onde ensinará que a vida é cheia de regras e que devemos cumpri-las, caso contrário terá uma conseqüência.
“O contexto escolar é menos permissivo e proporciona menor envolvimento e desgaste afetivo do que o meio familiar.” (TIBA, 1996, p. 178)
A escola é menos afetiva do que o seio familiar, por isso as suas normas é mais evidente do que dentro de casa.
A sociedade requer que cada indivíduo esteja preparado dentro de suas normas para se inserir a ela. Em qualquer segmento da sociedade tanto no mercado de trabalho ou no meio social é necessário que o indivíduo saiba respeitar as normas, as regras, as leis impostas pela sociedade, caso contrário haverá um punição para cada ato inflacionado ou insano.
Tiba (1996) ressalta que a sociedade não ensina quase nada, apenas sinaliza as regras a serem obedecidas. Ainda afirma que o desrespeito aos pais pode ser justificado, aos mestres implicará em uma advertência, já na sociedade, onde houve desacato às autoridades será punido.
A família, a escola e a sociedade ensinam e advertem de maneiras diferentes. Todos têm uma parcela de responsabilidade na formação do indivíduo, transformando e moldando a educação, o jeito de se comportar em meios às várias situações que podem vir aparecer, compete a cada um realizar a sua função no momento certo, sem deixar a responsabilidade nas mãos do outro não comprometendo a capacidade do sujeito em distinguir o que é lícito realizar.
4.4.2. Componentes principais da disciplina
A disciplina depende do conjunto de todos os responsáveis pela educação. Cada disciplina é regida de acordo com ambiente, de quem é o disciplinador.
Pois todas as pessoas possuem uma personalidade, uma característica única, que faz com que cada um tenha uma maneira de educar. Alguns são tímidos, outros dinâmicos, existem aqueles conservadores outros liberais, então essa diversidade torna a educação um conjunto dessas.
“Disciplinar é um ato complementar, isto é, depende das características pessoais do disciplinador e do disciplinado. Portanto, diferentes professores conseguirão diferentes resultados em uma mesma classe.” (TIBA, 1996, p. 179)
Isso explica porque alguns docentes controlam melhor uma determinada sala de aula enquanto outros já não conseguiram o mesmo resultado.
Cada um exibe sua maneira de ensinar, passando seus conhecimentos com a sua maneira de agir.
O principal componente é a família, e depois vêm os professores que com sua dinâmica e diferença necessitam ter a especialidade de ensinar os mais diversos tipos de culturas familiares, mas só consegue com a ajuda dos pais.
5. ANALOGIA FAMILIAR E ESCOLA: PAIS / FILHOS /
PROFESSORES
Quando a criança apresenta um comportamento desordeiro pode estar refletindo algo que lhe aconteceu trazendo grandes conseqüências, influenciando a se comportar dessa maneira. Essas supostas conseqüências poderiam ser provocadas por algum tipo de distúrbio, por influência do ambiente e por algum problema emocional que acomete a personalidade, o convívio da criança com o meio social conseqüentemente como já discutido a família influência muito nas ações da criança seja ela disciplinada ou indisciplinada.
O assunto principal aqui tratado é a influência que a família provavelmente terá uma parcela de responsabilidade sobre o comportamento dos filhos. Portanto uma família desestruturada faz com que uma criança se desestabilize em sua vida, como seu conceito, seu modo de agir, de pensar, afinal como interagir com outras pessoas que estão em sua volta.
De acordo com ( KNOBEL, 1992, s/p apud JARDIM, 2006 p. 54),
Muitos conflitos neuróticos da infância, da adolescência e dos adultos jovens podem estar ligados a essa patologia dos sistemas familiares, que por outra parte são – em nossa sociedade – coexistentes. Diversos problemas de saúde infanto – juvenil, de relacionamento conjugal, de vida sexual [...] de desavenças entre os pais e filhos, [...] condutas agressivas e até violentas, podem ter parte de sua origem dessa modalidade de vida familiar problemática.
A família é algo que esta ligada intimamente ao ego de uma criança, desde o inicio de sua vida, ao primeiro choro até quando irá formar uma nova família; a sua família. Essa pessoa coloca a sua parentela como o sustentáculo, o que lhe dará segurança e conforto quando necessitar, caso essa confiança não seja transmitida acarretará grandes deficiências nesse indivíduo, o que gerará conflitos emocionais, violências, desrespeito consigo mesmo e com as outras pessoas ao seu derredor.
Muitas vezes esses maus comportamentos são demonstrados em lugares que possui uma aglomeração de indivíduos, isso porque ela precisa mostrar o que realmente esta sentindo por ações que chamem a atenção, o que tem vontade de dizer, porém muitas vezes não é atendida. É exatamente nesse ponto que entra a escola, onde é passada a continuidade do que a família deveria ensinar e que muitas vezes, na atualidade os pais têm dificuldade de informar.
Nesse conflito a família e a escola procuram entender o que esta acontecendo com o aluno, qual o problema? O que faz com que esse educando haja dessa maneira indisciplinado?
Analisando esses eventuais conflitos foi realizada uma pesquisa com os alunos, professores e pais para verificar as diferentes opiniões relacionadas a essa questão de indisciplina, quem realmente influência? Quem é o responsável de educar essas crianças? E de como elas se sentem quando á algum conflito dentro de suas casas?
O trabalho apresentado tem como principal objetivo analisar as diferentes opiniões entre escola e família se está em acordo ou se tem algum tipo de discordância, nesse assunto.
5.1. Metodologia
A metodologia usada para eventual análise do estudo insere-se ao método qualitativo, por permitir melhor compreensão nos seus aspectos subjetivo e particulares e assim compreendendo a relação de seus cuidadores com os demais educadores que participam da rotina dessas crianças. Também utilizando o processo quantitativo, pois assim proporcionará a quantidade de opiniões em que os entrevistados partilham e discordam sobre o presente assunto.
A observação foi realizada em um Colégio da Rede Pública de Ensino, localizada na cidade na cidade de Estrela do Norte – GO. A instituição escolhida foi o Colégio Estadual Valdomiro Lopes Rezende no período letivo de 2009. Priorizando o 8° ano B do ensino fundamental segunda fase, pelo fato dessas crianças estarem ligadas intimamente com os laços familiares e por estar em transição da criança para a adolescência, onde envolvem grandes conflitos e dúvidas que os despertam para o relacionamento com outras pessoas. É nesse alvo que a escola e pais devem estar atentos para qualquer mudança de comportamento. Os entrevistados do presente estudo foram 15 (quinze) alunos, 04 (quatro) professores, 04 (quatro) pais e 01 (uma) avó, sendo que todos estão ligados à escola especificamente aos educandos do 8° ano B segunda fase. Os dados discut idos serão avaliados de acordo com a ordem de aplicação.
Procedimentos de coletas e análise de dados:
1 – Estudo e seleção sobre a literatura específica;
2 – Elaboração e aplicação de questionários inominados para os alunos, contendo questões objetivas e subjetivas referente à família e a escola; (em apêndice - A)
3 – Elaboração e aplicação de questionários inominados para os professores, contendo questões objetivas e subjetivas sobre a família e os alunos; (em apêndice -B)
4 – Elaboração e aplicação de questionários para os pais, contendo questões objetivas e subjetivas sobre a escola e os filhos; (em apêndice - C)
5 – Análise qualitativa e quantitativa dos dados coletados através dos questionários aplicados aos alunos, professores e pais.
5.2. Resultado e discussão
Serão demonstrados os dados referentes dos questionários aplicados aos entrevistados da pesquisa, analisados em forma de gráficos e quadros, contendo informações obtidas pelos alunos, professores e pais.
Os dados discutidos serão avaliados de acordo com a ordem de aplicação.
5.2.1. Questionário aplicado aos alunos
Os alunos tem sido o protagonista desse estudo, por isso é de fundamental importância que eles possam expressar e demonstrar a sua visão sobre a família a qual ele pertence e se está satisfeito com a instituição e os docentes há qual muito lhes ensina.
Nesse sentindo será demonstrado os dados referente ao questionário aplicado aos alunos do 8° ano B do ensino fundament al segunda fase estudando no período vespertino.
A base de idade é entre 12 anos á 15 anos, sendo que sete deles são do sexo masculino e oito são do sexo feminino, tendo um total de 15 alunos.
A - Questões específicas
Gráfico 1 – Estado civil dos pais
Fonte: a autora.
Com relação ao estado civil dos pais dos alunos é demonstrado no gráfico 1, onde 53% dos pais são que nessa porcentagem entram aqueles pais que moram na mesma residência, mas não são casados no civil.
Como se pode verificar 53% é constituído de uma família estabilizada, no ponto de vista educacional, pois a criança estará se relacionando com o pai e com a mãe. Porém outro número preocupante é dos pais solteiros, que provavelmente cuida de seu filho sozinho. A minoria esta constituída por pais separados, vale lembrar que um processo de divórcio, ac dos filhos, principalmente se o pai e mãe não possuem uma convivência amigável.
De acordo com Tiba (2002, p.200) “A maneira como o pai e a mãe enfrentam a separação e suas conseqüências podem influir na vida futura dos filhos.”
Na atualidade, a composição de uma casa hoje tem sido principalmente composta por pai, mãe e filhos, porém quando a uma separação normalmente o conjugue procura um novo parceiro alterando assim esse arranjo.
Gráfico 2 – Quantas pessoas moram na mesma casa.
Fonte: a autora.
No gráfico 2 , observa pessoas dentro de casa, entre mãe, pai e irmãos. Em um dos questionários foi observado que uma aluna de pais na mesma casa apesar de não ser o pai biológico as crianças não demonstrará insatisfação por esse fato. É verificado também que 5% a família é composta por seis e oito pessoas.
Numa família grande é necessário de casa, assim é comum que tanto o pai quanto a mãe trabalhem fora. Para proporcionar uma qualidade de vida melhor para seus descendentes.
Gráfico 3 – Se o pai e mãe trabalham
Fonte: a autora.
Como mostra o gráfico 3, as mulheres são as que tem saído de casa para o mercado de trabalho, os pais que antigamente deixavam as mulheres em casa, estão em menor proporção chegando a 20% dos que trabalham, 25% comprova que os dois tem sustentado a casa e 13% estão desempregados.
Cada vez mais, as mulheres estão dominando o mercado de trabalho e muitos dos homens têm ficado em casa e assumindo a responsabilidade que muitas das vezes eram considerados como papel especificamente da mulher, o que não tira a sua responsabilidade. Porém é evidente que cada vez mais tanto o homem quanto a mulher tem deixado os filhos em casa com babás, avós entre outras pessoas para irem trabalhar. Muitas vezes as mulheres depois de chegarem do trabalho ainda sentem a necessidade de cuidar da casa dos filhos do esposo, e isso sobrecarrega, deixando até mesmo de descansar. No entanto, muitos filhos se sentem abandonados pelos pais, por não terem tempo para suas atividades, não os escutarem, não conversarem e até mesmo não participarem da sua vida escolar.
Para Sayão & Rochael (2008), os pais que são ausentes não são aqueles que trabalham fora, mas sim aqueles em que estão voltadas para si, para sua própria vida, para seus sonhos, suas ambições, deixando de lado os interesses dos seus próprios filhos. Sendo ausentes, pois não há espaço internamente para eles.
Nesse contexto pode-se constatar que são inúmeras questões que fazem com que os pais sejam ausentes, porem um fator crucial é a falta de tempo. Por essa lacuna deixam os filhos em casa com outras pessoas, deixando quase toda responsabilidade da criação e até mesmo da educação para outros.
Gráfico 4 – Durante o período em que esta em casa, quem fica com a criança.
Fonte: a autora.
O gráfico 4 apresenta que 60% das crianças ainda estão em companhia da mãe, 7% ficam sobre os cuidados da avó e um número bastante preocupante são daquelas em que as crianças não estão sobre o cuidado de ninguém 33%, as outras alternativas 0%.
O número que é muito alarmante é dessas crianças que se encontram sem companhia, estando mais vulnerável a ocorrer acidentes domésticos, a se envolver com pessoas que não seja de boa índole. Esses garotos geralmente não estão preocupados com a escola, em fazer suas atividades, e vão para onde quiserem sem dar qualquer tipo de explicação. O grande embate aqui a ser questionado é quem será o responsável pela educação desses meninos? A escola, a família são os grandes coadjuvantes e devem se preocupar com esse grande problema. Tentando solucioná-lo.
A. 1 – Apenas para quem os pais são divorciados
Gráfico 5 – Apenas para aqueles em que os pais são divorciados.
Fonte: a autora.
Nota-se que 67% se sentiram mal com a separação de sua mãe e de seu pai, já 33% responderam que não se importaram.
Uma separação sempre é muito dolorosa, principalmente quando está não é uma separação amigável, hoje em dia tem crescido muito esse fato. E quem geralmente sente mais são os filhos, pois estão no meio do conflito e muitas vezes é um alvo de disputa.
Ainda foi questionado aos alunos se alguns deles se sentiram abandonados pelo pai ou a mãe. Um fato intrigante, é que dos três entrevistados dois responderam que a ausência do pai fez com sentissem desamparados por eles. Significando que o pai sempre tem um papel importante na vida e na educação da criança.
Gráfico 6 – Os dois participam da sua educação.
Fonte: a autora.
Em relação ao gráfico 6, de acordo com a participação dos pais na educação 67% afirmam que os dois tem sido presente na educação e 33% já não há envolvimento.
No entanto, há um grande conflito de idéias, pois a criança se sente abandonado pelo pai, mas de acordo com o gráfico 6 eles já participam da sua educação. Porém se a envolvimento da família na educação, tem sido presente. O grande conflito aqui apresentado é o sentimento da criança em relação ao pai, pois os filhos que admitiram se sentir excluídos da vida do pai são aqueles que moram junto com a mãe. Então é natural que sintam a presença da mãe e não do pai, mas que o mesmo está ativo na participação da educação.
A. 2 – Apenas para aqueles que ficam aos cuidados das avós ou outras pessoas
Dos quinze 15 alunos entrevistados apenas um era criado por avó. Foi perguntado ao aluno quem cuidava dele, a criança respondeu que era a avó e que ela era “Minha avó é meu tio é minha mãe” (Fala do entrevistado), isso mostra o grande carinho que tem por ela, mas há um sentimento de tristeza quanto aos pais e ao tio. Ainda esse aluno ao responder uma pergunta que dizia se ele queria morar com os pais, ele demonstrou muita raiva, pois disse que “Eu moro se eu quiser” (fala do entrevistado), isso porque a resposta era somente sim ou não. Mas o curioso é que ele ainda disse que não se sentia abandonado pelos pais.
O comportamento do aluno é muito intrigante. Mas é evidente que todo esse processo afetou e tem afetado o seu lado emocional.
B – Escola / Pais
Gráfico 7 – Você gosta da escola e dos seus professores?
Fonte: a autora.
Identifica-se que 100% dos alunos com a escola. Tudo isso é fundamental porque a indisciplina escolar também esta envolvida com o ambiente em que elas estudam.
Well (1959) afirma que a escola tem grande importância na educação dos filhos, cabe aos pais terem todo cuidado para escolher o colégio, manter uma boa relação família/escola. Principalmente por que as crianças não gostam de estudar e se não estarem satisfeitos com a escola e professores certamente isso o afetará não só no seu aprendizado, mas também nas suas relações interpessoal.
Gráfico 8 – Se a família freqüenta a escola e se eles gostariam que os pais participassem de suas atividades escolares.
Fonte: a autora.
Como mostra o gráfico 8, cerca de 73% dos pais tem freqüentado a escola e 27% não é assíduo. Quanto à vontade dos filhos quererem que a família participe de suas atividades escolares 66% exibem a vontade do conhecimento dos pais em suas atividades, 33% já não desejam a participação da família.
É normal em algumas crianças não quererem a presença da família em suas atividades escolar, principalmente aquelas que estão entrando na puberdade, pois necessita estar dependente dos pais, assim se sentindo capaz de resolver os seus problemas, geralmente esse tipo de comportamento é visto mais freqüentemente em meninos do que em meninas. Com base nos dados obtidos pela pesquisa foi observado que aqueles que responderam que não queriam que a família participasse da sua vida escolar são exatamente os do sexo masculino.
No entanto, é papel da procedência estar atentos as atividades escolares, não só aquelas em que visa festas comemorativas ou qualquer outro evento, mas também esta atentos na evolução do aprendizado de cada um de seus descendentes.
(HEDERSON E BERLA, 1995, s/p apud SCHARGEL, 2005, p. 15) ressalta que “Quando os pais se envolvem na educação de seus filhos em casa, seus filhos se saem melhor na escola.”
Gráfico 9 – Seus pais chamam a sua atenção quando.
Fonte: a autora.
De acordo com o gráfico 9 os pais chamam mais a atenção do filhos quando tira uma nota baixa e quando há conversa dentro da sala de aula 87%, em segundo com 60% quando há algum tipo de briga na escola, 47% se levar uma advertência, segundo a pesquisa é mostrado que nenhum dos pais é tolertolerante com essas circunstâncias apresentadas.
É fundamental que a família esteja atenta às notas dos filhos, se houve alguma reclamação por parte do professor por um comportamento indisciplinado e por problemas que poderá ter surgido no decorrer da aula.
Há pais que não aceitam que seus filhos têm um mau comportamento na instituição, jogando toda responsabilidade e culpa na escola.
Há pais que, por manter seus filhos na escola, acham que esta é responsável pela educação dos mesmos. Quando a escola reclama de maus comportamentos ou das indisciplinas dos alunos, os pais jogam a responsabilidade sobre a escola. (TIBA, 1996, p 169)
Tudo isso faz com que o aluno além de não respeitarem a própria família desrespeitando os professores causando assim a indisciplina autoridade dão muita liberdade aos filhos, fazendo tudo que eles querem. assim uma pessoa sem limites.
Gráfico 10 – Quem mais pega no pé, a escola ou os pais.
Fonte: a autora.
O gráfico 10, destaca que a 40% dos alunos afirmam que a escola tem chamado mais a sua atenção em relação à disciplina, 33% em que são os pais que são mais exigentes e 20% coloca em igualdade tanto a escola quanto a família tem prestado atenção no seu comportamento.
É evidente que a escola e a família devem ter uma parceria, cada uma desempenhando o seu papel, a família em cobrar sobre as dinâmicas corriqueiras do dia-a-dia e também dos deveres da escola, e os colégios exigirem naquilo que lhe compete, a educação.
Gráfico 11 – Os pais deixam fazer tudo o que querem.
Fonte: a autora.
Quanto aos pais darem total liberdade aos filhos, fazendo todas suas vontades o gráfico 11 mostra 53% dos pais não sede as vontades de seus filhos, 47% realizam todos os desejos das crianças.
Ser submisso à vontade das crianças é algo errôneo que prejudica o desenvolvimento e a personalidade do indivíduo. Geralmente pais que não tem tempo para seus filhos, querem suprir essa falta realizando todos os anseios dos garotos. Tiba (1996, p. 15) afirma que “Quando os pais permitem que os filhos, por menores que sejam, façam tudo o que desejam, não estão lhes ensinando noções do que podem ou não podem fazer.” Formando pessoas que não tem limites sem entender o que é errado ou é certo.
5.2.2. Questionário aplicado aos professores
Os professores participantes atuam no colégio já citado, ministrando as disciplinas de história, geografia/ matemática, ciências e língua inglesa, todos atuantes no 8° ano B do ensino fundamental, o qual sendo a turma escolhida para o presente estudo.
A – Questões Gerais
Gráfico 12 – Quem na maioria apresenta um mau comportamento.
Fonte: a autora.
Percebe-se que no gráfico 12 os professores evidenciaram que 100% de indisciplina estão ocorrendo tanto no sexo masculino quanto no feminino.
Tempos atrás era comum observar indisciplinas mais por parte dos meninos do que das meninas, dados recentes mostra que não está sendo assim, as garotas vem se comportando da mesma maneira que muitos garotos.
Alguns anos anteriores as meninas eram super protegidas pela família, quase não tendo liberdade para expressar sua vontade, o garoto sempre podia ficar na rua até mais tarde, brincar com outros colegas; já as garotas deviam ficar quietas, apenas obedecendo à ordem dos pais, hoje tudo isso é muito diferente, com os avanços, as meninas tem tido mais liberdade, sentindo vontade de ter o mesmo comportamento do irmão ou de um amigo. Principalmente quando está vem iniciando a puberdade, deixando de ser criança para passar a fase da adolescência.
Cruz (1997, p. 180) ressalta que “Os adolescentes se encontram numa fase de autodescoberta. Querem mudar o mundo e experimentar novas identidades, novas realidades e novos aspectos de sua personalidade.
O período da adolescência é considerado como a fase de complicações. Os adolescentes estão em um estado onde não sabem se é criança ou são adultos, assim eles se portam de maneiras indisciplinadas. Apresentam comportamentos agressivos, são conversadores, não prestam atenção na aula. Essas ações os professores rotulam como atitudes indisciplinadas.
Quadro 1
Comportamentos Indisciplinados
Fonte: Questionário aplicado aos professores (a autora)
Em relação ao quadro 1 a maioria dos professores concordam que falta de respeito e de atenção tem sido o principal comportamento que faz com que o aluno seja considerado indisciplinado. As outras atitudes são agressividade, conversa e desobediência, esses são caracteres mais comum em que faz o educando ser apontado como aluno problema.
No entanto pode-se observar que são esses comportamentos que tem sido mais comum dentro das salas de aula, apesar de que a agressividade vem aumento consideravelmente, gerando a violência escolar. (OLIVEIRA, 1996, s/p apud DE LUCA & CIULIK, s/d, p. 2) alega que “falar ao mesmo tempo em que o professor, atrapalhando as aulas, responder com grosserias, brigar com os outros alunos ou mesmo entre professor e aluno, bagunçar, ser desobediente e não fazer as tarefas escolares.” Tudo isso são atitudes que evidenciam a indisciplina na sala de aula.
Gráfico 13 – Os alunos que não apresentam um bom comportamento são aqueles criados.
Fonte: a autora.
O comportamento da criança quando esse é indisciplinado de acordo com o gráfico 13, os participantes afirmam que 20% são em decorrência dos pais serem ausentes, 13% quando os pais são divorciados e quando a criança fica sobe o cuidado de terceiros, nenhum relata que o valor aquisitivo da família influência na disciplina do aluno.
Provável que quando os pais são ausentes a criança se sinta abandonada, os filhos percebem quando o pai e a mãe estão presentes e quando são omissos, não basta esta sempre do lado do filho e não estar vendo o que ocorre com a vida do mesmo. Pais ausentes não são apenas aqueles que passam o dia inteiro fora de casa, mas aqueles que não dão espaço para a vida da criança entrar em conjunto com a dele.
Pode ser também que a criança se sinta excluída da vida por parte de um dos pais quando estes são divorciados na maioria das vezes é aquele em que esta mais distante, que não mora na mesma casa, elas se sentem mal e muitas vezes sentem-se culpadas pela separação.
Há vários motivos que fazem com que a criança seja criadas por avós, quando a mãe trabalha e não confiam em mais ninguém e deixa na sua responsabilidade, também quando são divorciados ou por outros motivos que levam que os pais deixem totalmente ou parcialmente a responsabilidade da educação com alguém da família. Para Tiba (2002) a avó tanto pode ajudar na educação quanto pode atrapalhar, na verdade a total responsabilidade da educação é dos pais, as avós têm o dever de manter aquela educação e de transmitir as diferentes tradições e cultura da família. Sem contradizer com o ensino dos pais.
Gráfico 14 – Responsável pela educação.
Fonte: a autora.
O gráfico 14 mostra que 50% dos professores ressaltam que a família é o responsável pela educação da criança, 50% destacam que é o conjunto, escola e família que tem o dever de educar.
A responsabilidade de educar não pode ser só atribuída à família ou a escola, pois se a família atua de forma profunda e durante mais tempo, a escola oferece condições especiais para influir sobre o educando, pela formação especializada de seus elementos.
A família e a escola são parceiras [...] tornado-se assim o bom relacionamento entre ambas, contribuindo cada uma com a sua experiência e respeitando as exigências de cada uma para que possa evitar que o educando sofra conseqüências. (JARDIM, 2006, p. 43)
Tanto a escola quanto a família tem deveres para com a educação do educando, a família não pode trabalhar sozinha e nem tanto a escola. Devem obter uma união para formar um cidadão ético e responsável.
A família é a principal atuante por essa educação ensinando os direitos e deveres, a escola tem como encargo continuar os ensinamento que os pais instruíram, por isso é importante que a família escolha uma intuição que tem os mesmos princípios, para que assim não haja conflitos.
B – Quanto à participação dos pais
Gráfico 15 – Os pais têm demonstrado participação no processo aprendizagem do aluno.
Fonte: a autora.
Percebe-se, pelo gráfico 15, que 100% dos pais segundo os professores, não tem mostrado interesse na participação do aprendizado do aluno, não olham os deveres, não cobram responsabilidades deixando-os na total responsabilidade da escola.
Esses são os considerados pais ausentes, pois demonstram desinteresse na vida escolar dos filhos. Para Jardim (2006, p. 68) “Alguns pais, envolvidos com seus afazeres, se ‘esquecem’ ou não se ‘importam’ com a vida escolar de seus filhos.”
Gráfico 16 – Interesse pai ou mãe no desempenho no aprendizado do aluno.
Fonte: a autora.
Percebe-se que 100% das mães são as que exibem maior interesse no aprendizado do filho, os pais não há participação de acordo com os professores.
Para a criança a presença tanto da mãe quanto do pai é fundamental, para que assim haja uma convivência familiar, a figura paterna é muito importante para o crescimento social das crianças, geralmente pai que não dá liberdade para que o filho converse sobre os seus assuntos, elas crescem tímidas e com receio de se envolver com outras pessoas.
Gráfico 17 – A escola informa o funcionamento da escola e ainda da abertura para que os mesmos opinem.
Fonte: a autora.
Como enunciado no gráfico 17, a escola tem mantido os pais informados sobre a dinâmica escolar e ainda dando abertura para que eles opinem sobre as atividades escolares.
Comumente a escola mantém esse contado em reuniões com os pais e através do conselho de pais e mestres, onde procuram estabelecer uma confiança com a família, realizando o dia da família na escola, desempenhando palestras informando como é importante que a família esteja freqüentando a escola.
As escolas podem incentivar a participação da família, perguntando aos pais quando eles podem participar de reuniões, em vez de simplesmente anunciar os horários que convém à escola. Pode-se envolver os pais no processo decisório, estendendo os horários da escola aos finais de semana e até mesmo às noites, oferecendo aos pais a oportunidade de ‘comparecer’ e ser ouvidos. (SCHARGEL, 2005, P.15)
C – Sobre os alunos
Gráfico 18 – A criança que adapta melhor ao ambiente escolar.
Fonte: a autora.
Como mostra o gráfico 18, os professores acreditam que a criança adapta melhor ao ambiente escolar quando os pais participam ativamente do ensino aprendizado. Se a família procurar a se envolver com a dinâmica escolar certamente o filho terá um desenvolvimento cognitivo melhor.
Schargel (2005, p.15) enfatiza que “Os pais devem estar cientes das políticas escolares e ajudar seus filhos a compreendê-las.” Caso contrário essas crianças apresentaram déficits de aprendizado e até mesmo de convivência, dificultando seu entrosamento no meio escolar. Assim ele poderá apresentar grandes problemas na escola, como não prestar atenção no conteúdo aplicado, não obedecer aos professores sendo considerados muitas vezes alunos problemas.
Gráfico 19 – A criança leva os problemas de casa para dentro da sala de aula.
Fonte: a autora.
O gráfico 19, mostra que 100% das crianças refletem os problemas que acontecem em casa na sala de aula.
Muitas crianças demonstram claramente seus sentimentos, quando estão tristes, se estão nervosas se há alguma coisa que não esteja agradando elas evidenciam tudo no seu modo de agir. Conseqüentemente quando um aluno está tendo um comportamento indisciplinado, principalmente quando este é diferente do que é acostumado apresentar, pode ser que o educando esteja passando por algum problema emocional ou até mesmo um conflito familiar que provoque alterações nas suas atitudes.
Quadro 2
Comportamentos que pode ser provocados por conflitos familiares.
Fonte: Questionário aplicado aos professores (a autora)
No quadro 2, pode-se observar que as principais atitudes que os alunos demonstram quando há algum problema em casa de acordo com os entrevistados é desinteresse e agressividade, além de revolta que é bastante comum entre os adolescentes.
Pode-se notar que às vezes quando os pais não estão bem às crianças também refletiram aquilo que os pais passam para ela no decorrer do dia-a-dia, um pai que chega em casa nervoso, brigando, gritando a criança fará isso com os colegas com os professores e assim por diante.
Assim também quando as famílias são omissas que não preocupa com os filhos, essas crianças podem apresentar diversos comportamentos, como desatenção, não ter compromisso com nada porque os pais não interessam em saber o que estão fazendo, então para que realizar tudo correto se não há ninguém para corrigi-los. Porém esse quadro não é estendido a todas as crianças, pois há casos em que os pais são ausentes, mas a criança respeita a imposição de outras pessoas, como os de professores.
Quadro 3
Pais ausentes
Fonte: Questionário aplicado aos professores (a autora)
Examinando o quadro 3, os professores citaram algumas atitudes em que os alunos apresentam quando a família é ausente, o que chama a atenção é que um dos educadores colocou comportamentos totalmente oposto dos outros, o fato deve ter sido em decorrência de não ter entendido a pergunta, provavelmente achando que se referia a comportamentos quando os pais são presentes.
5.2.3. Questionário aplicado aos pais
As famílias que contribuíram para essa pesquisa são os pais dos alunos do 8° ano B do ensino fundamental segunda fase, do col égio já citado, sendo que um dos participantes é avó de um dos educandos. As informações sobre a escolaridade, a idade, profissão e o estado civil dos pais esta descrito no quadro 4.
As questões aplicadas priorizam a relação familiar com a criança e com a escola.
Quadro 4
Informações sobre a família
Fonte: Questionário aplicado aos pais (a autora)
Gráfico 20 – Estado civil do cônjuge.
Fonte: a autora.
Referente ao gráfico 20, pais que são casados corresponde a 75% tendo uma convivência entre mãe, pai e filhos e 25% são divorciados, o relacionamento poderá ser pai ou mãe ou mesmo um dos conjuges poderá ter casado novamente alterando o quadro familiar, assim complementando com os filhos e provavelmente filhos do outro relacionamento.
(PERROT, 1993, s/p apud FALSARELLA, 2008, p. 34) “[...] toda a sociedade tende a moldar as famílias em função de sua realidade [...]. Mudam os tempos, mudam as formas de organização social, mudam a estrutura e a função família."
Gráfico 21 – Composição da família.
Fonte: a autora.
Como pode observar no gráfico 21, a família é composta por pai, mãe dois filhos ou mais 75%, sendo que 25% são outras composições que inclui os pais divorciados, que formaram outro quadro familiar.
Para que a criança se sinta segura, protegida, amada é necessário que tenha uma família organizada e estabilizada, onde a tempo de conviver uns com outros. Quando os pais chegam a se divorciar isso gera na criança um grande conflito emocional, principalmente quando uns dos pais decidem formar uma nova família.
A concepção da família veio se modificando ao longo dos anos dando origem a novos sistemas familiares, essas modificações podem ocasionar nas crianças uma crise na construção de suas identidades até mesmo da própria história de vida, pois falta referencial familiar. Fica uma situação delicada para essas crianças que acabam tendo que conviver com a presença de um dos pais, ou com o novo casamento de seus pais que podem vir até outros filhos ou trazem filhos de outro relacionamento; tudo isso acaba influencia também na questão educacional. (JARDIM, 2006, p. 54)
Um novo ambiente daquele que a criança não esta acostumada gera muitas complicações e conflitos não só familiares, mas também educacional.
Gráfico 22 – Relacionamento familiar.
Fonte: a autora.
O relacionamento familiar é muito importante para a criança, é necessário que tenha amor, carinho, respeito, companheirismo, atenção, dedicação e responsabilidades por parte dos membros da família.
Um lar em que há brigas constantemente, não há presença, falta de carinho o filho apresentará um quadro agressivo, onde tornará uma criança que terá dificuldades de aproximação com as outras pessoas a sua volta.
Como mostra acima 100% dos pais disseram que o relacionamento familiar é bom, ou seja, existe diálogo, afeto, respeito, porém como em toda casa há discussões, brigas, mas nada que comprometa o convívio familiar.
Gráfico 23 – Participação ativa da família na vida escolar.
Fonte: a autora.
A participação na vida escolar é essencial para o processo aprendizado da criança, não apenas de um dos pais, mas sim dos dois, como é observado 50% apenas a mãe tem uma participação corriqueira na vida escolar do filho, 25% são os dois que colaboram com a escolaridade da criança e os outros 25% eles admitiram que são cientes do que está acontecendo, mas não freqüentam regulamente a escola, para se informar sobre as atividades escolares.
Todo o processo de ausência da família na educação dificulta o ensino aprendizado da criança e uma possível solução de problemas que a criança poderá esta apresentando. É necessário que haja mais contato entre pais e professores, para que assim possam analisar os possíveis problemas gerados nas crianças.
As comunicações entre família e escola deveriam ser mais estudadas porque ambas precisam uma da outra. A interação entre família e escola não deveriam ser reduzidas apenas reuniões formais e contatos rápidos, mas ocorrer regularmente em momentos de maior intercâmbio nos qua família pudesse efetivamente participar do cotidiano da escola. (JARDIM, 2006, p. 46)
Assim obteria uma parceria para o melhoramento da educação, não somente isso, mas a relação família/escola seria evidente o que facilitaria a comunicação e a dinâmica das soluções de possíveis conflitos.
No gráfico abaixo nota-se que, 100% apontaram que existe um bom relacionamento entre a família e a escola, isso quer dizer que não existe confrontos de opiniões entre os pais e os professores, relacionados aos alunos funcionamento escolar.
Gráfico 24 – Relacionamento família/escola.
Fonte: a autora.
“Muitos professores esperam, sem razão, que essa formação moral seja feita 100% pela família.” (VICHESSI, 2009, p. 80). O professor não deve esperar que a família exiba esse papel por si só, mas que ela tem o dever de ajudar na educação da criança, e nem a família pensar que a escola é responsável totalmente desse papel, mas que haja um conjunto para que assim ambos trabalhem em função de educar, cada um desempenhando sua função nesse quadro.
Gráfico 25 – Responsável pela educação.
Fonte: a autora.
Como apresenta o gráfico 25 e o gráfico 14, os professores quanto os pais exibem uma opinião com a mesma probabilidade, 50% acreditam que a responsabilidade da educação se deve somente aos pais e 50% concordam que é o conjunto, a parceria escola/família que devem educar o aluno. Sendo que, cada um faça a sua parte ensinando aquilo que lhes compete exercitar.
Muitas vezes quando os pais são omissos na educação, as crianças crescem sem limites, fazendo tudo que quiserem, sem se importar com o que poderá ocorrer com aquelas ações. Na escola não respeitam ninguém e nem obedecem às imposições do colégio. No entanto alguns pais podem achar que colocar limite nos filhos pode ser prejudicial, pois estará privando de sua liberdade, já outros colocam limites exageradamente não deixando o filho fazer nada. Ensinarem os filhos o que pode ser feito, e privar de algumas coisas não pode ser imposto, mas deve ser explicado o porquê é errado, se não ele não compreenderá o motivo dessa ação.
Quadro 5
Limites é prejudicial à criança
Fonte: Questionário aplicado aos pais (a autora)
No quadro 5, todos os pais disseram que colocar limites nos filhos não é prejudicial, pois se deixarem fazerem tudo que querem, isso não trará conseqüências boas, mas muito pelo contrário, facilitará o envolvimento com drogas, prostituição e tudo que prejudicará seu crescimento educacional e social.
Ausência de regras e limites na educação de crianças pode trazer sérios problemas ao relacionamento pais e filhos, além de produzir adolescentes e adultos com falhas em seu desenvolvimento pessoal e social, entre eles, a ausência de resistência à frustração e a infelicidade pessoal; o favorecimento do envolvimento com drogas e outros comportamentos infratores como a delinquência juvenil ou, até mesmo, o desenvolvimento de 'psicopatias' ou 'sociopatias'. (ESTER, 2008, s/p)
A falta e exagero de limites trazem grandes problemas, que danificará a vida escolar e o relacionamento interpessoal, por isso tudo deve ser aplicado de forma correta sem excesso e muito menos com ausência de disciplina.
Pais Separados
Um grande obstáculo na educação atualmente é em lidar com famílias que apresentam grandes conflitos emocionais. Antigamente a escola não lidava com os sentimentos dos alunos nem tão pouco da família, preocupava apenas em passar informações sem averiguar o aprendizado dos educandos. Hoje a escola trabalha diferente, busca a causa do problema e tenta solucioná-los. Umas das dificuldades que envolvem esse quadro emocional são de crianças em que os pais são ausentes ou mesmo divorciados causando assim, grandes conflitos dentro de casa e no lado afetivo de quem esta presenciando esse episódio.
Tanto os pais quanto os filhos, mudam o seu modo de vida e a sua rotina ocasionando uma grande confusão na mente e na vida da criança. No decorrer do quadro 6, as pessoas envolvidas responderam que não houve grandes diferenças no comportamento dos filhos. Apesar de que no gráfico 6, averigua-se que 67% dos alunos se sentiram mal com a separação.
No gráfico 13, um das possíveis causas de indisciplina dentro da sala de aula é no resultado dos pais serem divorciados. Dessa forma existem vários questionamentos sobre esse assunto, o que se sabe é que toda modificação na rotina, atrapalha de alguma forma o desempenho em certas atividades realizadas.
Quadro 6
Possíveis mudanças no comportamento da criança
Fonte: Questionário aplicado aos pais (a autora)
Terceiros (Avós, Babás, Tios, ect ...)
Como já havia comentado outro fator de distúrbios de aprendizado deve-se ao evento de pais serem omissos, apesar de que pais relapsos não são apenas aqueles trabalham, mas também os que não dão espaço para a vida dos filhos. Deixando para terceiros cuidarem de seus filhos como, babás, avós, vizinhos e a própria escola. Isso não é errado, porém o que não é correto é deixar todo o encargo da educação para eles.
Quadro 7
Informações sobre uma criança criada pela avó
Fonte: Questionário aplicado aos pais (a autora)
Quanto ao quadro 7 é indiscutível que a criança criada pela avó depara com um grande conflito emocional, principalmente quando refere-se aos pais ela expressa um rancor muito grande por eles, pois não gosta que citem alguma coisa sobre o mesmo. Além de ter um contato raramente com a mãe o pai é um presidiário não sendo uma boa influência para essa criança.
O comportamento é presenciado por agressividade, indisciplina e é bastante inquieta. Esse estudo de caso comprova que a ausência dos pais na vida do filho traz prejuízos que afetam indiscutivelmente o sentimento e as relações que fazem com que se desenvolva que poderá comprometer um futuro cheio de grandes possibilidades.
O cientista suíno Jean Piaget (1896-1980) questionava a possibilidade de a criança adquirir essa consciência se todo dever sempre emana de pessoas superiores. Assim, é possível dizer que a autonomia só passa a existir quando as relações entre crianças e adultos (e delas com elas mesmas) são baseadas, desde a fase heterônoma, na cooperação e no entendimento do que é ou não é moralmente aceito e por quê. Sem isso, é natural que, conforme cresçam mais indisciplinados fiquem os alunos. (VICHESSI, 2009, P. 80 e 81)
Se o filho não obtiver um ensinamento de seus pais, não são as outras pessoas que tem o dever de exercer o que a eles compete. Que é o dever de ensinar o que é moralmente aceito pela sociedade.
Nem uma das partes pode-se omitir na sua função, pois quem será danificado é o aluno em todos os aspectos de sua vida.
Segundo a lei das diretrizes básicas é dever da família e do estado garantir a educação e que a escola tem como finalidade promover a educação básica a todas as famílias sejam elas pobres, ricas não importando a raça, a cor e o poder aquisitivo.
Seguindo assim essa ordem todos tem uma parcela de responsabilidade para com a educação, não omitindo nem uma das partes. Sabe-se que a família é o elo da criança para a convivência social, que ela é responsável por transmitir todos os valores para a criança, e que a escola tem como finalidade prepará-los para o mercado de trabalho e a sociedade é incumbida por aplicar suas leis, se não respeitadas serão punidos pelos atos inflacionados.
Se a criança é indisciplinada, não há um bom desempenho escolar pode ser por ausência de algum ensinamento que deveria ser passado, seja ele pelos pais ou até mesmo pela escola.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no presente estudo realizado no Colégio Estadual Valdomiro Lopes Rezende situado na cidade de Estrela do Norte – GO foi analisado o relacionamento família/escola, a composição das famílias dos alunos e o relacionamento do mesmo, os ambientes familiares e quais as possíveis causas da indisciplina na escola.
Durante a realização da pesquisa percebe-se a preocupação dos professores quanto à participação da família nas atividades escolares dos alunos. Pois se a família não envolve na dinâmica escolar as dificuldades de melhorar o ensino-aprendizado fica desfalcado. No momento em que estava sendo feito a pesquisa a coordenadora pedagógica estava ansiosa em resolver alguns problemas que surgiram com uma aluna que apresentava um comportamento agressivo com os colegas e até mesmo com os professores além de não realizar suas atividades escolares. A aluna em questão estava sendo criada pelos avos, pois o pai era presidiário e a mãe morava em outra cidade, assim a responsabilidade de educar a criança ficou totalmente nas mãos da avó e do avô. A avó no momento da aplicação do questionário se emocionou quando citava a neta, pois se lembrava das dificuldades que ela passava para cuidar da criança. A coordenadora pedagógica ainda fez uma observação que “se não fosse por eles a criança estaria totalmente abandonada, que aqueles avos eram guerreiros por cuidarem da menina”. Por esse fato percebe-se quão importância tem os pais na vida de uma criança, mesmo tendo o carinho dos avos, ela exibe uma conduta de revolta por não ter os pais presentes no seu cotidiano.
No momento da aplicação dos questionários aos alunos, alguns apresentavam uma aparência triste e até mesmo acanhada, os educandos que deparavam com essa situação são filhos de pais divorciados e até mesmo aqueles em que os pais por algum contra tempo não estavam presentes nas suas atividades.
Conseqüentemente, é verificado que uma família ausente ou ainda que terceiros sejam responsáveis pela educação, a criança reflete esses problemas nos seus sentimentos e na hora em que tem que se relacionar com outras pessoas ficam agressivas ou mesmo tímidas, o que é apurado é que uma família onde não transmite segurança, não há participação nas atividades dos filhos, essas crianças desenvolvem vários déficits de aprendizagem e no desenvolvimento social.
Quanto à família sabe-se que ela é responsável por transmitir os valores éticos e sociais e que a escola fica incumbida por dar segmentos na educação, ensinando os conhecimentos científicos, mas também auxiliando a família na preparação dessa criança para a vida em sociedade; para que assim a criança cresça e se desenvolva sendo capaz de tomar suas próprias decisões que serão a chave para o sucesso do seu futuro, tornando um cidadão crítico e sensato respeitando as leis que a sociedade lhe impõe.
O pai quanto à mãe exibem responsabilidades diferentes. Que não somente a mãe seja incumbida do encargo de prestar atenção no filho, mas que o pai também seja assíduo nas atividades corriqueiras da criança. Pois na ausência da mãe ou do pai a criança poderá se sentir abandonada até mesmo excluída da vida deste.
A relação escola/família pode ser tornar um pouco desarmonioza, principalmente quando não partilham da mesma opinião. Geralmente isso ocorre com famílias omissas que não conhecem seus filhos, acreditando que qualquer problema é culpa dos professores, gerando grandes transtornos no aprendizado do aluno. Por isso é fundamental que os pais tenham uma convivência maior na vida escolar e que os professores dêem toda a atenção para dúvidas que os pais podem ter, ajudando e auxiliando-os.
Dados recentes mostram a diferença da família de hoje com as de antigamente, não só isso, mas as transformações que vem ocorrendo no comportamento das crianças. Muitas vezes quando uma criança é rotulada indisciplinada é por exibirem comportamentos agressivos, por não quererem escutar apenas falar e ser atendido e por falta de respeito com as pessoas mais velhas. Todas essas condutas muitas vezes são ocasionadas em decorrência dos pais não atribuírem limites aos filhos, proporcionando todas as suas querências, assim cresce sendo uma criança mimada, sem saber valorizar o que tem nas mãos.
As famílias atualmente tem se modificado muito, hoje não é apenas mãe, pai e filhos, muitas vezes esse quadro sofre alterações, como um segundo casamento, com uma pessoa adulta diferente e ainda com outros filhos do seu primeiro casamento. Esse é outro fator que contribui para a deficiência em algum aspecto na vida da criança. Portanto é necessário que esse procedimento deva ser criterioso, havendo muita conversa e sempre expondo o que realmente esteja acontecendo. Muitas vezes é preferível a separação, porém é necessário que explique isso para os filhos, enfatizando que não são culpados por aquele acontecimento, tudo isso fará com que amenize o sofrimento da criança.
São muitas as prováveis causas de indisciplina na escola e a família influência muito nos comportamentos das crianças. Agressividade, hiperatividade, dislexia, falta de respeito são algumas ações que provavelmente são ocasionadas em decorrência há alguma desestabilidade no seio familiar. Pais que não tem compromisso com a educação deixando a responsabilidade para terceiros, possivelmente afetaram a vida social e emocional da criança.
Partindo para uma resolução plausível, podem se criar atividades que interaja a família com a escola juntamente com a criança, não apenas reuniões de pais e mestres, mas atividade que proponham um entrosamento, uma amizade entre os pais /alunos /professores. Como o dia da família na escola, com brincadeiras, festas promovida pelas partes envolvidas, assim contribuirá para o autoconhecimento entre eles.
Nas reuniões com os pais, incentive-os provendo alguma premiação para que eles compareçam nas reuniões; que o assunto tratado seja como é realizado ensino-aprendizado destacando o que o aluno tem de melhor não rotulando os educandos como alunos problemas sem preconceitos. Mantenha sempre um contato com a família, mesmo que seja informal, visite-os para que assim haja uma convivência harmoniosa.
Uma escola não é apenas um lugar onde passa conhecimentos científicos que servirá para o mercado de trabalho, mas também um lugar onde são passados valores humanos. Uma escola que é bem sucedida normalmente são aquelas que são plenamente apoiadas pela comunidade.
Quanto à família, os pais devem estabelecer horários em que possam brincar conversar estabelecer uma interatividade com os filhos. Estipulando horários para diversão, estudar, assistir televisão, hora de dormir, de comer, sendo firmes e sensatos. Elogiando quando merecer, incentivando naquilo que mais tem habilidades, aceitando – os como realmente são e não como desejam que sejam.
Desenvolver um vínculo com a professora tendo um bom relacionamento com a escola, sempre interessando em olhar os materiais escolares, ajudando-os em algum dever escolar em que o filho apresente uma dificuldade. Acima de tudo estabeleça um dialogo com os filhos, pois assim ambas as partes saíram beneficiadas.
Os pais são os que mais influenciam na educação das crianças, são eles que dão os primeiros passos, ensinado a falar, andar, os valores éticos, sociais e culturais, e a escola vem em segundo lugar tendo a responsabilidade de continuar a educação que os pais iniciaram sem desfazer do que foi ensinado.
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Publicado por: Francielly Gomes dos Santos Carmo
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