PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DIDÁTICA

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1. Planificação

O maior desafio da educação nos días de hoje, é fazer com que os nossos alunos aprendam o que realmente queremos que eles aprendam em nossas aulas, e para que isso possa acontecer, o professor deve planificacar a sua aula, e para que o planejamento de aula se torna um instrumento que garanta a aprendizagem dos nossos alunos.

Uma boa aula é aquela que é muito bem planejada, que tem objetivos claros e precisos e uma avaliação que revela a aprendizagem pretendida naquele exato momento.

(A planificação é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos quanto a sua revisão e adequação no decorrer do proceso de ensino. O planeamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão íntimamente ligado à avaliação.

Oliveira (2011), o plano de uma aula como um instrumento didático-pedagógico necessário à execução da atividade docente no cotidiano escolar colocando-o como elemento básico.

Para o Vasconcellos (2000), enfatiza que, o planejamento deve ser compreendido como um instrumento capaz de intervir em uma situação real para transformá-la, é uma mediação teorico-metodológica para a ação consciente e intencional que tem por finalidade fazer algo vir a tona, fazer acontecer, para isso é necessário estabelecer as condições materiais bem como a disposição interior, provendo o desenvolvimento da ação do tempo e no espaço, caso contrario, vai se improvisando agindo sob pressão administrando por crise.

No campo da educação o planejamento tem um carácter condicionado a essa transformação, poisa ao final da execução deste espera-se que o objetivo seja alcançado e promova uma mudança de comportamento do aluno frente ao conhecimento.

Ibdem (2000), planejar é elaborar o plano de intervenção na realidade, aliando às exigências de intencionalidade de colocação em ação, é um proceso mental de reflexão, de decisão, por sua vez, não uma reflexão qualquer, mas grávida de interações na realidade.

Para Honaiss (2001), a didática geral, nos ensina que para planejarmos uma aula é necessário pensarmos o que queremos que nosso aluno aprenda, ou seja, pensar em nossos objetivos, nos conteúdos que pretendemos ensinar, os meios pelos quais desenvolveremos tais conteúdos e na avaliação de nossa aula.

Bassedas (1999), se não planejamos nossa ação docente conscientemente não teremos condições de gerenciar a aprendizagem, por isso cada ítem do planejamento da aula tem suas especificidades que precisamos considerar. Os objetivos são caracterizados por verbos no infinitivo e designam o produto final da nossa aula aquilo que queremos que seja aprendido, precisam expresar a habilidade que será desenvolvida naquela aula e a razão pela qual ela deve ser desenvolvida.

Os objetivos educacionais são uma exigência indispensáveis para o trabalho docente, requerendo um posicionamento ativo do professor em sua explicação, seja no planejamento escolar seja no desenvolvimento das aulas (Libaneo, 2013).

Ibdem (2013), os conteúdos são um conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudicionais de atuação histórico-social, organizados pedagógicamente e didáticamente em matérias de ensino, tendo em vista o proceso de construação do conhecimento pelos alunos e suas relações com o contexto vivido o autor caracterizada, os conteúdos como saberes que emergem da prática social e histórica da humanidade, traduzidos em matérias de ensino se transformam em conhecimentos sistematizados, que convergem em capacidade cognitivas colaborando no desenvolvimento de habilidades.

Zabala (1998), entende o conteúdo como tudo quanto se tem que aprender para alcançar determinados objetivos que não apenas abrangem as capacidades cognitivas, como também incluem as demais capacidades.

Araujo (2008), para que a aprendizagem ocorra, o ensino precisa encontrar alguns caminhos, ou seja, os modos pelos quais os conteúdos serão desenvolvidos, os métodos de ensino.

Ibdem (1998), os métodos e as técnicas dão ao planejamento uma característica ativa, direcionando o ensino em busca da aprendizagem, por isso, precisam ser planejados, atendendo às necesidades dos alunos, desse modo o professor precisa conhecer o maior número de meios e estratégias para atender as diferentes demandas que aparecerão no transcurso do proceso de ensino aprendizagem.

As principais qualidades profissionais do professor é estabelecer uma ponte de ligação entre as tarefas cognitivas (objetivos e conteúdos) e as capacidades dos educandos para enfrentá-las, de modo que os objetivos da matéria sejam transformados em objetivos dos alunos.

Outro aspeto dum bom planejamento é a avaliação da aula, para isso, Libâneo (1994), nos alerta que, a avaliação está diretamente ligada aos objetivos da aprendiz, é por meio dela que se tem maior clareza do que se quer atingir, permitindo inclusive um replaneamento das ações. Nesta senda, para Gandin (1994), ressalta que uma articulação da avalição e do planejamento, segundo o autor, o proceso de planejamento é um proceso de avaliação, sem exagero pode-se afirmar que o planejamento é um processo de avaliação que se junta a ação para mudar o que não esteja de acordo com o ideal.

O plano de aula precisa atender a todas as especificidades dos itens que compõem trazer o objetivo da aula bem especificado, uma avaliação que revele se a intencionalidade foi atingida e as atividades relacionados aos conteúdos que desenvolverão as habilidades necessárias para que ocorra aprendizagem.

2. Aplicação

2.1. Alinhamento construtivo.

O alinhamento construtivo se fundamenta obviamente no construtivismo, pois, esta é a base para se pensar o ensino, e na teoria do corrículum que traz o princípio do alinhamento para a sala de aula. Segundo Biggs e Tang (2010, apud Mendonça, 2014), é construtivo porque são as atividades realizadas pelos estudantes que definem o que é aprendido, e alinhado porque as tarefas da avaliação (verificação da aprendizagem) devem estar alinhadas com o que se pretende que seja aprendido. Em outras palavras, para o alinhamento construtivo o planejamento do professor deve conter objetivos de aprendizagem bem definidos e atividades avaliativas de verificação da aprendizagem alinhada a esses objetivos, ao mesmo tempo que mantêm os alunos engajados na sua aprendizagem. Nesse entendimento Biggs e tang (2010, apud Mendonça, 2014), levam em consideração alguns questionamentos:

  • O que eu pretendo que meus alunos sejam capazes de fazer depois do que eu ensinei e que não podiam fazer antes?

  • Em que nível eles são capazes de fazer?

  • Como faço para promover atividades que irão ajudá-los a alcançar os resultados pretendidos na aprendizagem?

  • Como posso avaliá-los para ver se eles alcançaram tais resultados?

Mendonça ( 2014, apud Annaly, 2017), no enfoque do alinhamento construtivo, o professor inicia pensando sobre os resultados que pretende alcançar e não sobre o que vai ensinar.

3. Instrumento de avaliação

A avaliação da aprendizagem escolar se faz presente na vida de todos nós que, de alguma forma, estamos comprometidos com atos e práticas educativas. Pais, educadores, educandos, gestores das atividades educativas públicas e particulares, administradores da educação todos estamos comprometidos com esse fenômeno que cada vez mais ocupa espaço em nossas preocupações educativas.

A avaliação implica dois processos articulados e indissociáveis: diagnosticar e decidir. Não é possível uma decisão, em primeiro lugar vem o processo de diagnosticar, o ato de avaliar, é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem para obtenção do melhor resultado possível. Através dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar os progressos, dificuldades e reorientar o trabalho.

É uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do aluno como do professor. É uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. Cumpre assim funções pedagógico-didáticas, de diagnóstico e de controlo em relação às que se recorre a instrumento de verificação do rendimento escolar.

O professor deve prever formas de verificação do rendimento dos alunos. Precisa lembrar que a avaliação é feita no início, durante e no final de uma unidade didática. Deve conjugar variadas formas de verificação, podendo ser informal, para fins de diagnóstico e acompanhamento do progresso dos alunos, e formal, para fins de atribuição de notas ou conceitos.

O professor consciencioso deverá fazer uma avaliação da própria aula. Sabemos que o êxito dos alunos não depende unicamente do trabalho do professor, pois a situação docente envolve muitos outros fatores de natureza social, psicológica, da dinâmica da escola, etc. entretanto, o trabalho docente tem um peso significativo ao proporcionar condições efetivas para o êxito escolar dos alunos.

3.1. Avaliação baseada em exercícios

Bons instrumentos de avaliação seriam aqueles que se elaboram desde múltiplas perspetivas, com exercícios de alta sensibilidade para o contexto. Em tais situações de avaliação os estudantes não precisam saber unicamente o “que”, mas também “quando”, “onde” e “como”, isto implica que limitar-se às respostas não é suficiente, é necessário perguntar também por mecanismos causais subjacentes.

A avaliação da aplicação do conhecimento a casos reais é a meta principal das denominadas práticas de avaliação inovadoras, isto equivale a dirigir a avaliação, a analisar em que medida os estudantes são capazes de aplicar o conhecimento para resolver problemas da vida real e tomar as decisões adequadas.

O valor da avaliação para a aprendizagem o encontramos em sua função pedagógica, no que se convencionou em chamar avaliação formativa: aquela avaliação que se realiza durante um processo de ensino e aprendizagem e que tem como objetivo fundamental regular, de maneira interativa, esse mesmo processo, especialmente no que concerne ao ensino. Trata-se de “avaliação formadora” cujo objetivo fundamental é ajudar os estudantes a regular por si mesmos seus próprios processos e estratégias de pensamento e aprendizagem (Jorba e San Martin, 2000).

Se o desenvolvimento de competências implica uma aprendizagem ativa por parte do estudante, o professorado deve desenvolver uma metodologia que garanta a participação e atividade dos alunos. Portanto, a utilização dos exercícios de aprendizagem como evidência para avaliação facilita a integração e a coerência entre a aprendizagem e a avaliação, ao mesmo tempo que facilita uma avaliação do processo de aprendizagem e não só dos resultados.

4. Referências bibliográficas

  1. Valdivia, A. M. I., (2017) Aprendizagem Estratégica e desenvolvimento Profissional- Material impresso- Funiber

Quadro nº2- Esquema da dinâmica da relação professores- estudantes referida à avaliação

Fonte: Material impresso do Funiber


Publicado por: Pedro Muanda Diwavova

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