O APRENDIZADO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS POR MEIO DO USO DA INFORMÁTICA NA ESCOLA
índice
- 1. RESUMO
- 2. APRESENTAÇÃO
- 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
- 3.1 A inclusão do aluno com NEE: aspectos históricos e conceituais
- 3.2 O uso das TIC’s com alunos disléxicos
- 4. OBJETIVOS
- 4.1 Objetivo Geral
- 4.2 Objetivos específicos
- 5. METODOLOGIA
- 5.1 Fundamentação Teórica da Metodologia
- 5.2 Contexto da Pesquisa
- 5.3 Participantes
- 5.4 Recursos tecnológicos utilizados
- 5.5 Instrumentos da Pesquisa
- 5.6 Procedimentos para levantamento das informações
- 5.7 Análise das Informações
- 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
- 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- 8. REFERENCIA
- 9. APÊNDICE
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1. RESUMO
A presente pesquisa teve como essencial preocupação identificar como as Tecnologias da Informação e da Comunicação - TIC podem contribuir de maneira construtiva no ensino e aprendizagem dos alunos com dislexia. Também teve por objetivo contribuir para uma nova prática educativa feita pelos docentes envolvidos em processos que exigem uma pedagogia diferenciada no trabalho com alunos disléxicos. A investigação partiu do estudo sobre as características inerentes aos portadores de dislexia. Investigou-se também a informação pertinente e atualizada sobre as TIC’s e a inclusão de crianças disléxicas de modo a conhecer melhor a sensibilidade dos docentes na utilização das TIC em contextos de aprendizagem. Metodologicamente foi desenvolvida uma entrevista semiestruturada tendo os resultados auferidos sido alvo de tratamento e análise. Perante os resultados obtidos é possível concluir que o aluno com dislexia em um contexto educacional inclusivo pode se desenvolver e interagir de maneira promissora, principalmente quando esse processo de inclusão se concebe em um Laboratório de Informática. As TIC’s possibilitam que alunos com essa deficiência intelectual possam fazer uma grande diferença na escola, quando existe uma interação professor-aluno que construa novas possibilidades para o seu aprendizado.
Palavras chaves: Tecnologias da Informação e da Comunicação, dislexia, Necessidades Educativas Especiais.
2. APRESENTAÇÃO
O uso de sistemas de informação com o foco na inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais – NEE é a chave para o progresso da inclusão no sistema educacional, buscando incluir o aluno nas atividades do laboratório de informática. A noção de que os docentes e analistas das novas tecnologias trabalham em universos opostos é uma utopia, pois esses dois campos não conseguem ter sucesso isoladamente. A proposta é integrar os dois temas para promover uma educação integral e inclusiva (MELO 2007).
Acessibilidade é um requisito contemporâneo à qualidade no uso de sistemas interativos. O World Wide Web Consortium (W3C), há anos, fomenta discussões em torno do conceito de acessibilidade e propõe recomendações para a criação de conteúdo web-acessível, de ferramentas de autoria e de navegadores que promovam a acessibilidade do conteúdo da web. Embora as recomendações de acessibilidade do W3C sejam necessárias ao conhecimento de design acessível na web, entendemos também ser essencial promover o desenvolvimento de soluções sócio técnicas com participação do usuário final no processo de design, incluindo pessoas com deficiência, e abordar o reconhecimento e respeito às diferenças na educação de designers (MELO 2007, p. vii).
Embora soluções anteriores a este desafio sejam significativas, nenhuma delas pode ser superior à intervenção de um docente especializado que possa introduzir alunos com NEE no mundo digital de maneira há respeitar o tempo e as limitações desse aluno. Esse trabalho propõe responder as questões geradas pelos antigos paradigmas excludentes. Nosso objetivo aqui é ajustar o foco na inclusão dentro do processo de uso das novas tecnologias (MELO 2007).
O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) foi criado de acordo com a Portaria nº 522/MEC, de 9 de abril de 1997, para promover o uso pedagógico das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na rede pública de ensino fundamental e médio. Tem como objetivo promover a criação de laboratórios de informática com verbas federais nas escolas estaduais e municipais. A gestão desses laboratórios para promoção do aluno fica sob a responsabilidade dos municípios e estados, (BRASIL, 1997).
Embora haja interesse e mobilização, percebe-se que as escolas têm tido dificuldade de fazer a inclusão de modo eficiente dos alunos com NEE nesses laboratórios e mesmo em salas de aula comuns utilizando celulares, tabletes e outras tecnologias do contexto atual.
Existem várias formas de se utilizar um celular em sala de aula, seja de um celular simples até mais moderno. Um celular simples, por exemplo, que tem como aplicações, a calculadora, o conversor de moeda, de comprimento, de peso, de volume, de área, e de temperatura, tem também a contagem regressiva e o cronômetro. E os mais modernos possuem, além disso, tudo como aplicações, também o tradutor de línguas que bastante conhecido por ser utilizado no Google, mais que em alguns não têm necessidade da internet para o uso, o gravador de voz, a filmadora a câmera, e a internet (BENTO, 2013, p.118).
Para a inclusão dos alunos NEE, em especial do aluno disléxico nos laboratórios de informática ou mesmo em sala de aula utilizando de tecnologias atuais, é necessária a inclusão digital como também uma forma de inclusão social, como afirma Capitão & Almeida (2011), ao permitir que alunos com necessidades educativas especiais consigam ter um maior acesso à informação. Nesse sentido, é preciso montar os laboratórios e equipá-los de forma que esses alunos possam se desenvolver mais na escola e, de fato, dar o melhor de seu potencial.
O interesse por este estudo surgiu mediante a necessidade de se analisar o processo e os resultados alcançados com o aprendizado dos alunos com NEE no laboratório de informática, e o programa de formação de professores para trabalharem com esses alunos.
Levando-se em consideração a necessidade da presença desse profissional na escola, o aluno disléxico poderá ter seu potencial explorado com mais eficiência, promovendo uma educação de qualidade e visando o desenvolvimento do aluno para superação da dislexia. Para que o processo de inclusão ocorra com mais facilidade no âmbito educacional há a necessidade de desenvolver pesquisas sobre a temática, com a inserção na educação inclusiva das novas tecnologias, especialmente para alunos portadores de dislexia (SERRA, 2008).
As crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem específicas (DAE) – dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia – de entre as que necessitam de algum tipo de diferenciação na escola, são as que se apresentam em maior percentagem e as mais negligenciadas no nosso sistema de ensino. Concordamos que aos docentes especializados em educação especial, sejam atribuí- das funções no campo das respostas educativas dirigidas a alunos com deficiências e níveis de funcionalidade expressa e significativamente comprometidos, isto é, problemas de alta intensidade, embora de baixa frequência (SERRA, 2008, p.138).
A relevância e a atualidade do tema estão no fato que atualmente a informática, enquanto parte das novas tecnologias, é apresentada como recurso que contribui para a construção do conhecimento e, por consequência, com a educação especial (FERNANDES, 2013).
Esse recurso precisa ficar acessível a todos os alunos com NEE, inclusive ao aluno disléxico. Esse projeto se justifica também pelo interesse do pesquisador em compreender como se dá o processo de inclusão do aluno disléxico nas escolas públicas. A forma como o aluno é inserido na escola, reflete diretamente em seu aprendizado (SERRA, 2008).
Salienta-se que é fundamental que os professores utilizem as novas tecnologias no contexto da sala de aula, especificamente com os alunos disléxicos, não perdendo de vista o investimento na formação, principalmente no que se refere aos alunos com necessidades educacionais especiais (VUNGE, 2013).
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1. A inclusão do aluno com NEE: aspectos históricos e conceituais
É importante enfatizar que, em sua especificidade, a educação especial tem suas origens em modelos não tradicionais de sistema escolar, fora de estrutura de escolarização tradicional, e sim com foco no atendimento especializado. Isso leva a conceber, então, que a educação especial é fruto de uma rede de formações discursivas utilizadas em direções diferenciadas (BRASIL, 2008).
O paradigma da inclusão do aluno com NEE refere-se ao entendimento dos problemas sobre a qualidade na educação. Isso convida à ponderação sobre os sistemas de ensino com relação à urgência de se chegar a uma nova organização educacional. Com uma nova leitura de eliminação das barreiras que dificultam e impedem a participação e a aprendizagem desse aluno é preciso pensar uma nova política de educação inclusiva. Isso pressupõe um crescimento de ações estruturadas para satisfazer as especificações e necessidades de cada aluno dentro do contexto educacional (KAFROUNI ET AL, 2001).
A capacitação dos profissionais da educação, entretanto, não é a única variável envolvida no processo de inclusão. Creditar a responsabilidade pelo sucesso do processo de inclusão somente aos profissionais da educação seria desconsiderar uma série de questões importantes. Além disso, seria incorrer, de certa forma, no mesmo erro para o qual se procura alertar. Assim como não se pode atribuir ao aluno exclusivamente a responsabilidade por suas dificuldades, não se pode designar exclusivamente à escola a responsabilidade pelos obstáculos que vem encontrando. É preciso admitir que a escola e seus membros, frente à nova situação apresentada pela LDB, também têm suas “necessidades educativas especiais”, pois as escolas precisam “aprender” a lidar com uma nova demanda (KAFROUNI, ET AL, 2001, p.6,7).
O princípio da acessibilidade está presente dentro do padrão que orienta a construção de uma escolarização abrangente, indicando a sua dimensão que se opõe à visão tradicional. A existência de sistemas paralelos da educação tem um peculiar efeito na formação do aluno: a educação de forma integral tem chegado, aos poucos, nos ambientes escolares tornando-os mais acessíveis e menos discriminatórios, para garantir os direitos de cidadania. Isso lança luz sobre a diversidade humana e sobre o desafio da acessibilidade colocada no contexto de cada escola brasileira. A eficiência da acessibilidade vai depender da capacidade da escola de anular preconceitos, exigindo alteração do foco relacionado às diferenças: uma nova adequação das estruturas físicas e humanas permitindo um movimento de qualidade de acordo com os critérios de acessibilidade. A entrada das novas tecnologias, códigos e linguagem digital permitem formas de comunicação diferenciada; e conduz as alterações das práticas pedagógicas que promovam a interação do aluno com as novas tecnologias de informação e comunicação, resultando em consolidação do conhecimento (BRASIL, 2006).
Dutra ET AL (2006) traz informações sobre as novas realidades e novos paradigmas que emergem na sociedade humana, nos dias de hoje. Essa conjunção é uma possibilidade ainda bastante nova e pouco investigada, principalmente porque ainda são muito recentes os acelerados avanços das Tecnologias de Informação e Comunicação, assim como os estudos dos novos ambientes de aprendizagem possíveis através do uso de adaptações e Tecnologias Assistidas. São consideradas Tecnologias Assistidas, portanto, desde artefatos simples, como uma colher adaptada ou um lápis com uma empunhadura mais grossa para facilitar a preensão, até sofisticados programas especiais de computador que visam à acessibilidade.
As novas tecnologias nos informam nestes dias, que está sendo deixada uma marca a respeito da comunicação. Elas estão se tornando progressivamente, instrumentos vitais da nossa cultura e sua utilização tornam-se cada vez mais comum. Isto sugere que a inclusão também se move dentro do mundo cibernético. Nesses casos, as tecnologias, o personal computer (computador pessoal), tabletes, telefones celulares e outros dispositivos conectados à internet podem ajudar no trabalho com o aluno com NEE. As novas ferramentas de trabalho e a cultura na sua utilização tornam-se cada vez mais sensíveis a realidade do aluno e sugerem novos patamares de interação do aluno com NEE com mundo. A comunicação e a linguagem nos processos de ensino e de aprendizagem são fundamentais e essas ferramentas tecnológicas podem facilitar a aprendizagem e o desenvolvimento de alunos com NEE. A temática da educação especial não é nova, desde o período imperial já se pensava e discutia sobre o assunto, e sempre existiram protagonistas que procuraram fazer com que essa educação fosse desenvolvida.
No Brasil, o primeiro marco da educação especial ocorreu no período imperial. Em 1854, Dom Pedro II, influenciado pelo ministro do Império Couto Ferraz, admirado o trabalho do jovem cego José Álvares de Azevedo que educou com sucesso a filha do médico da família imperial, Dr. Sigaud, criou o Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Em 1891 a escola passou a se chamar Instituto Benjamin Constant – IBC (MARCOS, 2015, s/p).
No Brasil com Império, as pessoas com necessidades especiais mais graves, eram impedidas de realizar atividades comuns a outras pessoas, sendo internadas em sanatórios públicos. Aqueles com um grau mais leve de deficiência poderiam conviver com suas famílias e não tinham destaque algum em nada. A sociedade, ainda rural, não exigia um grau muito elevado de desenvolvimento cognitivo (BATISTA, 2006).
Também, simultaneamente, com a necessidade de escolarização da população, a sociedade passou a entender que o aluno deficiente não poderia conviver nos mesmos espaços que os outros alunos ditos como normais, então surgiram às instituições que são destinadas a serem os locais de aprendizado desses alunos. Marca deste momento é o desenvolvimento da psicologia educacional com ênfase em educação especial (BATISTA, 2006). Além disso, é importante ressaltar também a Declaração de Salamanca e o seu papel na mudança social na vida das pessoas com necessidades especiais. Nesse pacto, os países assumiram um compromisso de mudança de postura e construção de políticas públicas destinadas a garantir os direitos desse público.
1994 – Declarações de Salamanca
Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais
[.] três. Nós congregamos todos os governos e demandamos que eles:
• atribuam a mais alta prioridade política e financeira ao aprimoramento de seus Sistemas educacionais no sentido de se tornarem aptos a incluírem todas as Crianças, independentemente de suas diferenças ou dificuldades individuais.
• adotem o princípio de educação inclusiva em forma de lei ou de política, matriculando todas as crianças em escolas regulares, a menos que existam fortes razões para agir de outra forma.
• desenvolvam projetos de demonstração e encorajem intercâmbios em países que possuam experiências de escolarização inclusiva. [.], (UNESCO, 1994, p.1).
A Declaração de Salamanca ampliou o conceito de necessidades educativas especiais, incluindo todas as crianças que não estão se beneficiando da escola, por qualquer que seja o motivo. Por esta razão, a sugestão de certas necessidades educacionais implica que além de crianças com deficiências, também se considera aqueles que se encontram experimentando, mesmo que transitoriamente ou permanentemente, dificuldades no aprendizado. Ao serem seguidamente reprovados na escola, param de estudar por se acharem incapazes de prosseguir nos estudos e partem para trabalhar. De acordo com a política de inclusão o princípio fundamental da escola inclusiva é que nela cada criança deve ser educada coletivamente, apesar das dificuldades ou das diferenças que eles vão ter (MENEZES & SANTOS, 2002).
Por outro lado, a suposta homogeneização do ambiente escolar não estimula a aluno com NEE, pois procedimentos de inclusão normalmente adotados no contexto atual, não tem levado em conta que o problema da exclusão é fato e precisa ser tratado com muito cuidado, levando-se em consideração cada contexto em que a exclusão acontece. A falta de diálogo entre os diferentes setores que atendem esse aluno acarreta em um processo de isolamento do trabalho de inclusão em sala de aula. É um grande desafio incluir de maneira plena, pois a quantidade de alunos com problemas de aprendizado na escola pública, ainda sofrem algum tipo de exclusão, desde falta de acessibilidade até o despreparo de docentes para lidar com esses alunos. E não conseguem desenvolver o seu potencial por questões meramente gerenciais, educativas e políticas.
O comprometimento entre o ensino e aprendizagem do aluno com NEE revela o histórico de descaso com a educação inclusiva no Brasil, pois o país só veio a dar importância aos novos métodos de inclusão utilizados fora do país, após muita movimentação social pressionando o poder público. Numa avaliação criteriosa de resultados, o processo de inclusão nas escolas ainda é tímido. O desconhecimento de fatores implícitos ao processo causa impacto indireto na reavaliação da maneira de conceber a inclusão nas escolas. O cuidado em identificar pontos críticos no desenvolvimento do aluno com NEE e das variadas formas de intervenção poderiam levar à reestruturação da pedagogia aplicada à inclusão. A valorização de metodologias que auxiliam o aluno disléxico, por exemplo, não estão disponíveis para uso na escola. Os professores é que precisam buscar informações para conseguirem melhorar o trabalho com esses alunos, a gestão pública ignora essa necessidade, tornado a sala de recursos um depósito de alunos que precisam de uma educação especializada que ainda não acontece de forma efetiva (MICHELS, 2006).
Ao lidar com a contínua expansão das novas tecnologias é preciso promover a inclusão desses alunos nos processos tecnológicos, em especial, do aluno portador da dislexia. Essa mudança de postura é importante para fortalecer o entendimento das metas propostas para incluir integralmente o aluno. Isso garante a contribuição do professor no grupo de professores que articulam pela melhoria da educação do aluno com NEE. É importante a determinação dos relacionamentos professor e aluno e a escola, pois todos esses atores fazem com que a inclusão aconteça de forma equilibrada e eficiente. O empenho em se analisar a complexidade de estudos efetuados sobre a dislexia exige muita precisão para definição das diversas práticas de ensino e de técnicas a serem utilizadas com o aluno com NEE. A prática cotidiana mostra que o acompanhamento desses alunos deve passar por intervenções que irão gerar as modificações do sistema de ensino que atende o aluno com Necessidades Educacionais Especiais (ROCHA et al, 2009).
É necessário que os profissionais da educação inovem, busquem novas práticas educativas, saiam da visão tradicional da docência e possam valorizar as diferenças entre as pessoas e suas particularidades, e com isso buscar novas práticas educativas que venham promover o aluno (DA CUNHA, 1989).
Dentre a diversidade de fatores que influenciam no surgimento desses transtornos é fundamental a participação da escola, pois os alunos que os apresentam necessitam de orientação específica e adequada para se desenvolverem e se adaptarem às exigências acadêmicas, desde quando a educação de qualidade é um direito garantido pela lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional8 para todos, o que significa que é função da escola identificar qual a necessidade específica do aluno. Os educadores precisam estar preparados para lidar com a inclusão, além de estarem conscientes da diversidade que os alunos apresentam e da importância de uma constante reflexão sobre educação inclusiva, em todos os aspectos. (ROCHA et al , 2009, p.1)
3.2. O uso das TIC’s com alunos disléxicos
É preciso entender o contexto em que acontece o processo de inclusão dos alunos disléxico nos laboratórios de informática. Segundo Freitas (2012) a evolução tecnológica abriu novos caminhos para a sociedade e as TIC’s permitiram avanços pedagógicos e novos recursos para o ensino. O trabalho com as TIC’s nos conduz a uma metodologia por meio da qual a educação passa a ser um processo especial em que o professor deve apresentar um novo perfil para dominar os recursos tecnológicos.
A atuação do professor é muito importante na inclusão de novas tecnologias na vida do aluno, ainda existe muita resistência para o seu uso em aulas do cotidiano do professor, mas algum desses docentes tem derrubado os paradigmas e mostrado que é possível de fato fazer a diferença.
Algum tem incluído como dever de casa o site carioca da “Educopedia”, 1onde o docente elabora um roteiro para o uso do site, que é recheado de slides, vídeos e atividades.
Existe também a possibilidade de utilizar o “Facebook”2 e utilizando os celulares para tirar fotos produzir gráficos. Então o uso das tecnologias ainda é pouco explorado pelo docente à medida que ele se posiciona como agente transformador da sua turma ele possivelmente derrubará os paradigmas que ainda dominam o preconceito contra as tecnologias em sala de aula.
Deve-se lembrar de que as dificuldades das crianças com dislexia fazem com que elas sofram baixa autoestima e problemas de relacionamento social. As TIC’s podem ser um recurso pedagógico no processo de ensino e aprendizagem destes alunos e um meio de motivação, socialização e inclusão para eles (FREITAS, 2012).
Inclusão não é integração, o conceito de integração remete para a necessidade de manter o indivíduo no meio, mesmo que ele não se torne parte desse meio, tendo apenas a preocupação de inseri-lo ao meio espacial sem se preocupar na sua inserção social, foi o que os governantes fizeram quando começaram a vigorar a lei de obrigatoriedade de incluir, eles apenas integraram alunos, que estavam dentro das salas de aula, mas esses não interagiam com os seus pares. Os docentes eram despreparados para que de fato se consolidasse a inclusão. Diferente da integração a inclusão é um processo que envolve não apenas um lado, colocar o aluno no espaço social, é muito mais que isso, implica no envolvimento do movimento da pessoa do aluno com os pares, o ambiente e a sociedade onde a escola está inserida.
Muitas escolas promovem a integração dos alunos às salas de aula, mas não fazem sua inclusão. Como consequência dessa situação o processo de inclusão nos laboratórios de informática está acontecendo ainda de forma tímida. Beyer (2002), ao referir-se a uma verdadeira inclusão, destaca que não pode haver demarcações, preconceitos ou atitudes que reforçam os estigmas. É preciso, assim, gerar consciência do direito de cada um, e, para isso, penso ser necessário que se invista totalmente em uma equipe multidisciplinar. É preciso, ainda, entender que não se pode ser legalista, paternalista ou ingênuo na construção de uma inclusão verdadeira, pois ela se faz com motivação e criatividade.
Ribeiro (2012) destaca o trabalho de retroalimentação das informações sobre como os laboratórios de informática estão sendo úteis na formação dos alunos, principalmente dos alunos disléxicos. No Brasil, os profissionais da educação que trabalham nos laboratórios têm a participação limitada no processo das decisões educacionais da escola. Isso dificulta a participação dos profissionais do laboratório nos processos de inclusão da escola.
Percebe-se que ainda existe pouca preparação da escola para receber o aluno disléxico, uma vez que nas escolas a realidade ainda é de exclusão, existindo pouca preparação de docentes e pouca estrutura para se fizer um trabalho especializado e de qualidade para esses alunos.
Alencar (2010), abordando sobre como acontece à inclusão nas escolas, fez uma pesquisa de campo com seis sujeitos – três professoras do Atendimento Educacional Especializado e três da sala regular – em três escolas da rede pública Municipal de Fortaleza. Os resultados indicaram um quadro conceitual superficial em relação ao tema e, por conseguinte, a prática pedagógica era inadequada. Os professores desenvolviam estratégias cognitivas e comportamentais de forma empírica, à base de tentativas e acertos, sem um suporte teórico consistente (ALENCAR, 2010). Pelo que se percebe a pesquisadora descortinou para nós a realidade da sala de inclusão escolas públicas, e, a partir daí, pode se inferir que o aluno com necessidades educativas especiais não tem sido atendido de forma integral.
Nesse contexto confuso e de despreparo da escola para interagir com o aluno disléxico, esbarra-se ainda com a legislação que garante, em tese, os direitos desses alunos, mas que na prática esse direito não se concretiza, pois a lei não é integralmente cumprida. Entre a teoria e a realidade o caminho é muito longo. Existe uma grande distância entre o ideal (legal) e o real praticado.
Art. 5º Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:
I - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:
a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;
b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;
II – dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis;.,(BRASIL,2001,P. 1),
A Resolução 04 de 2009, em seu Artigo 2º, destaca o objetivo do trabalho das salas de Apoio Educacional Especializado – AEE. “O AEE tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem” (BRASIL, 2009).
Segundo Capitão & Almeida (2011), em relação à pessoa com deficiência existem alguns estudos que relevam o uso das TICs como forma de promover a participação dos pais. No contexto nacional, a maioria trata-se de projetos com uso de blogs.
Identificam-se alguns blogs associados a escolas com alunos com necessidades educativas especiais, em que há a publicação de materiais construídos pelos alunos e a partilha de notícias sobre atividades que decorreram ao longo da semana/mês (CAPITÃO e ALMEIDA, 2011). Isso demonstra que os alunos disléxicos são capazes de ir além do que se propõe dependendo do estímulo externo, da interação com seus pares e com as TICs.
Portanto, o contexto de inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais pode ser caracterizado como: existem as tecnologias disponíveis, existem as legislações que obrigam inclusão dos alunos, mas ainda pouco aconteceu. Os laboratórios estão aos poucos ficando desatualizados sem cumprir de maneira eficiente o seu papel da vida desses alunos.
O tipo de avaliação que deve ser realizado para a correta identificação da dislexia para uma posterior intervenção. Explica o que se entende por reeducação da dislexia e refere alguns dos métodos tradicionais que podem ser usados de modo a ajudar os indivíduos a superar as suas dificuldades. É explicado com a apresentação de estudos, o modo como às novas tecnologias podem ser importantes na terapia da dislexia. Os estudos foram todos realizados fora do nosso país, sendo um fator muito importante que amplia o interesse em realizar um produto deste gênero para crianças portuguesas (DUARTE, 2013, p.39).
A dislexia não se deve à falta de desenvolvimento cognitivo, nem à falta de oportunidades de interação. Ela é algo que acontece no desenvolvimento podendo ser superado com a maturação da criança diagnosticada. Este tipo de dislexia é considerado hereditário. A dislexia, principalmente, se manifesta por meio dos déficits de memória (dificuldade maior da reminiscência de fotografias, frases, símbolos; principal problema em associar itens a estímulos verbais para que não se esqueça) e déficits no processamento verbal A dislexia hereditária, pode ser por elementos de processamento de linguagem que também serão herdadas. Uma herança fonológica e visual. Existem algumas teorias em consonância com a inspiração do déficit fonológico, a dislexia é uma perturbação na mente no sistema neurológico na medida do processamento fonológico (DA SILVA, 2012).
Neste sentido, a inclusão do aluno disléxico nas novas tecnologias deverá ser promovida por meio de atitudes de valorização e interação. Passa-se a dar à importância as práticas cotidianas dentro do contexto do laboratório de informática. Isso prova que o aluno tem a percepção das dificuldades e potencialidades pessoais ao ser desafiado a resolver atividades utilizando o computador. Isso acarreta um processo de reformulação e modernização dos conhecimentos prévios e posteriormente os adquiridos. Percebemos, cada vez mais, que a adoção de práticas pedagógicas de inclusão maximiza as possibilidades e potencialidades do aluno disléxico (DUARTE, 2013).
É notório que a necessidade de renovação da didática de intervenção no contexto do aluno disléxico oferece uma interessante oportunidade para verificação dos índices de conhecimento alcançados com a ajuda das novas tecnologias. Podemos já vislumbrar o modo pelo qual esse aluno interage com o universo das novas tecnologias e sobre a necessidade de qualificação do docente que atua nesse processo. Se tivermos profissionais capacitados, teremos também uma melhor visão global do contexto do aluno e das demandas que deverão ser atendidas pela escola. Acima de tudo, é fundamental ressaltar que a gestão voltada para a inclusão trará um impacto no desenvolvimento do aluno em relação a sua capacidade de aprender e na promoção da dignidade desses alunos (DUARTE,2013).
4. OBJETIVOS
4.1. Objetivo Geral
Compreender como o aluno com dislexia, com o auxílio das Tecnologias da Informação - TICs disponíveis no laboratório de informática pode avançar em seu desenvolvimento e em sua aprendizagem escolar, na superação das limitações impostas pela deficiência.
4.2. Objetivos específicos
- Intervir, por meio do uso das TICs, com ações motivadoras, no processo de aprendizado dos conteúdos escolares;
- Levantar junto aos professores regentes as evidências que confirmem o progresso do desenvolvimento do aluno em sua aprendizagem em sala de aula como resultado das práticas desenvolvidas no Laboratório de Informática;
- Identificar como o desenvolvimento do aluno a partir dos exercícios realizados no Laboratório de Informática contribui para sua inclusão nas atividades desenvolvidas em sala de aula e com a sua turma.
5. METODOLOGIA
5.1. Fundamentação Teórica da Metodologia
A pesquisa com um foco qualitativo se caracteriza por ser aberta, dialógica e possibilitar reformulações no decorrer do processo, uma vez que o foco principal está na qualidade das informações produzidas. As informações podem ser obtidas em entrevistas, observações, atividades desenvolvidas em conjunto com os pesquisados. Os participantes na pesquisa qualitativa são selecionados à medida que o pesquisador dialoga com eles e avalia o grau de sua contribuição para a compreensão do problema de pesquisa. Conhecer a população que será pesquisada e os participantes da pesquisa torna-se importante, pois através disso se poderá avaliar com maior profundidade cada situação estudada na perspectiva qualitativa (DUARTE, 2002).
A presente pesquisa está voltada para compreender a prática do educador no Laboratório de informática e suas consequências para a inclusão de crianças com dislexia. É um estudo direcionado para a fase inicial da leitura, onde o educador procurou identificar como o aluno com dislexia processa a aquisição da leitura com apoio de mídias digitais. A metodologia de pesquisa adotada foi de natureza qualitativa. Os instrumentos utilizados foram à observação dos alunos em suas práticas no Laboratório de Informática e entrevistas com os alunos. A pesquisa qualitativa propicia a construção de informações relevantes por meio de diálogo como alunos e professores envolvidos no processo.
5.2. Contexto da Pesquisa
A escola onde se realizou a pesquisa é uma escola pública, localizada em um bairro de periferia, com alto grau de marginalidade próximo ao centro da cidade de Ipatinga; oferece o Ensino Fundamental completo (1º ao 9º ano); Possui espaço físico amplo, com salas arejadas e grandes, biblioteca, quadras esportivas, refeitório, banheiros e Laboratórios de Informática.
A instituição referida conta apenas com os funcionários específicos de uma escola regular, como professores, gestores, supervisores, profissionais de apoio e secretárias. A escola possui uma especialista para trabalhar com a inclusão e procura buscar parcerias com as faculdades e com os pais que queiram ser amigos da escola para desenvolverem projetos ou prestarem serviços voluntários para melhorar a educação inclusiva A forma de inclusão da escola é feita através do diagnóstico realizado pela equipe pedagógica, onde é classificada a deficiência intelectual, a idade cronológica, os conhecimentos prévios, o grau de dependência do aluno, entre outros, para que cada estudante com NEE seja enturmado numa sala na qual possa ser realizado um trabalho o mais adequado à condição do aluno.
O laboratório de informática está sob a administração da Prefeitura Municipal de Ipatinga, que fez parceria com o governo federal para executar o programa de educação integral para alunos de 6º ao 9º ano, onde se utiliza o laboratório de informática para o aprendizado de língua portuguesa e de matemática. No Programa de Desenvolvimento Individualizado – PDI são escolhidos alunos com alto índice de vulnerabilidade social que possuem NEE. Esses alunos ficam uma parte do dia tendo reforço escolar por meio do uso do computador no laboratório de informática.
5.3. Participantes
A pesquisa, um estudo de caso, foi elaborada para analisar e avaliar o desempenho do aluno que possui dislexia. Escolhi esse aluno como participante da pesquisa pelo fato de ser seu professor e pela facilidade de interagir com ele. Trabalhar com um jovem de 20 anos de idade disléxico é um desafio, pois o aprendizado não se fixa na mente do aluno.
Ele é aluno do 9º ano, gosta de MPB, tem namorada, sofre muita rejeição pelos colegas, tem foco de progredir nos estudos, a mãe é uma grande incentivadora de seus estudos, as conversas que foram feitas com ela foram de um valor muito especial. Foi percebido o incentivo que a mesma dá para o aluno. Cada uma das coisas interessantes ouvidas na conversa foi muito importante, as oportunidades que o aluno teve desde a educação infantil, a importância dos docentes na vida do aluno, a importância dos serviçais da escola na vida do aluno e a importância os amigos de infância.
A mãe também ressaltou o sofrimento vivido pelo aluno no processo de aprendizado, e o fato da família descobrir que havia algo de errado com o aluno, pelo fato dele não conseguirem aprender a ler. A dificuldade de decodificar as palavras e também a dificuldade de acompanhar as turmas regulares.
A irmã da mãe do aluno é atual diretora da escola onde o aluno estuda, e ela contou como foi importante o sobrinho estudar na sua escola, pois ela poderia ajudá-lo.
O aluno foi diagnosticado com dislexia por profissionais da psicopedagogia por meio de testes cognitivos nos quais demonstrou esse déficit, ele sempre teve dificuldade de aprendizado, mas a família nunca havia notado, ao perceber que ele não progredia então parentes, que são da área de educação, entenderam que precisava de atendimento especializado.
5.4. Recursos tecnológicos utilizados
Durante todas as fases da pesquisa foram utilizados equipamentos do Laboratório de Informática e os seguintes recursos tecnológicos:
1. Jogos online pedagógicos de letras, palavras e quebra-cabeça.
2. Aplicativo de reconhecimento de voz;Voice Note-Google Chrome com as seguintes características:
Digitando com sua voz e reconhecimento de fala. Bloco de notas simples e funcional.
Título: VoiceNote II - voz para texto.
Slogan: facilitar a digitação. Ele escreve o que você diz.
Versão atual: VoiceNote II (geração 2-nd).
Série: Chrome VoiceNote.
Embalagem: Chrome App.
Lançamento: abril 2014.
• Para usar o VoiceNote Chrome, você vai precisar de:
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3. Aplicativo de leitura de texto- Voz da Brasileira Raquel-Text Aloud 3
Converte qualquer texto em palavras faladas. Lê Texto, Email, Páginas da web, e documentos, usando vozes a sua escolha. Conversão de texto para MP3 pode poupar sua leitura diária, basta baixar em seu MP3 player portátil. Escute email, notícia online, ou documentos importantes enquanto exercita-se ou trabalha. Suporta um total de 27 vozes e 7linguagens. Leia mais em: http://www.baixaki.com.br/download/textaloud.htm#ixzz3ltrIvodr4
5.5. Instrumentos da Pesquisa
A pesquisa teve como instrumentos o uso de entrevista aplicado ao aluno, observação do aluno na aula de reforço escolar, também a observação com a mediação em atendimento individual, em grupo e atividades aplicadas dentro do Laboratório de Informática.
No momento da aplicação da entrevista, entre uma pergunta e outra sempre o aluno avaliava seu desenvolvimento de forma descontraída e como estava sendo importante a prática e a produção de texto através do Voice Note e também de ouvir textos através dos Text aloud três, abordou como foram importantes as ferramentas da tecnologia para ajudá-lo - no processo de ensino aprendizagem. O aluno é bem resolvido em relação ao processo em que ele se encontra, ele participa do programa de Educação Especial, a professora da sala de recursos educação especiais interage para que ele melhore o seu desenvolvimento cognitivo.
5.6. Procedimentos para levantamento das informações
Esta pesquisa realizou-se com a observação um aluno com dislexia do nono ano do ensino fundamental, com o objetivo de compreender como a utilização de recursos de tecnologia pode contribuir para o desenvolvimento e inclusão de alunos com dislexia. O estudo do caso foi realizado no ano de 2015 pelo professor de Tecnologia da Informação, no projeto de reforço escolar, com a intervenção pedagógica do próprio professor.
Ao receber um aluno com dislexia no laboratório de informática, o pesquisador recebeu o desafio de trabalhar com ele, tendo como objetivo desenvolver a leitura e a socialização do aluno. Para vencer o desafio de trabalhar os conceitos da língua portuguesa, o pesquisador buscou na especialização de Desenvolvimento Humano e Inclusão Escolar, conhecimentos e métodos para fortalecer melhor sua prática. Esse curso de especialização foi importante para o desenvolvimento do projeto de pesquisa e contribuiu de forma significativa para todo o processo da pesquisa.
A pesquisa foi iniciada com a aplicação de uma entrevista. A entrevista foi entregue assim que a aluno iniciou suas atividades rotineiras no mês de agosto no projeto de reforço escolar no laboratório de informática.
De posse da entrevista respondida, iniciaram-se outras etapas da pesquisa. As perguntas foram elaboradas pelo pesquisador com a participação da orientadora educacional da escola. As observações sobre os aspectos cognitivos e de relacionamento social do aluno foram realizadas no Laboratório de Informática.
A atividade de fortalecimento da leitura e fixação iniciou-se com a aplicação de um texto no Texto Aloud 3. Enquanto toda turma lia o texto, o aluno pesquisado somente ouvia. Após alguns minutos ele teria que recontar o texto com a utilização do programa Voice Note que reconhece a voz e escreve o texto na tela do computador. No momento da produção do texto e das anotações no caderno de reforço, o professor buscou intervir na forma correta de escrever.
5.7. Análise das Informações
Embora seja um distúrbio nervoso sem cura, a dislexia é um transtorno de aprendizagem que pode ser superado em até 80% dos seus sintomas com a ajuda do professor em sala de aula (DE SOUZA, 2009). Pode-se despertar a "autonomia” do aluno através da promoção de "autoprodução" e organização. O ensino deve compreender os erros dos estudantes disléxicos, essa percepção se transforma em um nível de conhecimento a cada intervenção. Embora o método seja importante, é preciso ponderar que se trata de um aluno com um distúrbio nervoso sem cura e a desordem de aprendizagem pode ser superada se houver intervenção eficiente.
O trajeto do aluno disléxico vai se transformando em um nível de informações por meio do processo de erros e acertos cometidos nas atividades propostas no laboratório.
O aluno se esforçou ao máximo para compreender as atividades e por meio de motivação dos professores nos momentos dos acertos recebia parabéns, e nos momentos dos erros sempre foi motivado para conseguir acertar, pois era capaz de fazer a atividade, e isso o estimulava a continuar tentando.
As aulas no laboratório têm sido muito importantes para a vida desse aluno, principalmente no contexto de uma sala de nono ano.
Durante muito tempo, bem antes de entrar no “Projeto Aprender Mais” era uma via crucie, onde sofria muitas críticas pela sua dificuldade na produção de textos e na leitura. Ao iniciar atividade no Laboratório de Informática o aluno passou a demonstrar uma alegria muito grande, uma mudança de foco e o aumento da sua autoestima. Conversando com os professores e com pessoas ligadas a eles dentro escola percebe-se que a informática tem fortalecido a capacidade de aprendizagem cognitiva do aluno.
Existe hoje uma parceria entre os colegas, na qual foi feito um projeto transversal com tema: “Raças e etnias”, no qual o aluno teve uma participação muito importante na confecção do cartaz e na elaboração de frases contra o racismo. Nesse dia houve uma troca de relacionamentos experiências entre esses estudantes e o aluno estava totalmente inserido no grupo. Sentindo-se feliz, sentindo-se aceito por fazer parte do grupo, não mais excluído, como era antigamente.
A mãe tem percebido uma grande melhoria do aluno com relação ao prosseguimento dos estudos, ele tem sido motivado e tem se interessado em perguntar e buscar informações extraclasses para fazer trabalhos dentro de casa e fora também. Está usando computador com muita maestria, tem usado a ferramenta Facebook para se comunicar com professores da sala de recursos.
Ele tem buscado também uma interação maior com os conteúdos do currículo escolar, para que haja um desenvolvimento nesse último ano do ensino fundamental. O aluno tem tido um interesse muito grande por novas tecnologias o Notebook que é utilizado para a produção de texto através da Voice Note é buscado por ele na sala de recursos, ele comenta como tem sido importante a utilização dessas ferramentas no seu dia a dia, tanto o notebook quanto tablet celular mesmo a própria internet, tem sido aliados no aprendizado.
Uma percepção por parte dos professores sobre o desenvolvimento do aluno é sobre a melhoria de sua interatividade em sala, com o restante da turma. Ele agora tem se sentido parte da sala, mesmo que não tenha acertado muito as atividades propostas pelos professores, mas dentro do possível ele tem conseguido alcançar as médias dos conteúdos. Mas, o mais importante, é que ele tem se sentido parte do grupo.
Os dados desta pesquisa resultam das respostas do participante à entrevista, as estratégias para uma avaliação qualitativa das respostas proferidas pelo sujeito. A amostra baseou-se também no referencial teórico onde se se analisou os dados do aluno em conjunto com todos os elementos do processo, além da observação continua do desenvolvimento e interação do aluno dentro do laboratório de informática.
Para avaliar e discutir os resultados organizou os dados da entrevista em 10 perguntas que abrangeram as seguintes áreas: Idade, tempo estudo, número de reprovações que teve ler e escrever no seu cotidiano, aplicativos Text aloud e Voice-to Note no seu aprendizado e a perspectiva futura como estudante.
As observações feitas na pesquisa fazem parte do esforço diário do aluno disléxico no desafio de aprender. O aluno costumava sempre achar necessária a leitura do texto em voz alta para que pudesse fixar o assunto em sua mente, e isso respondeu pergunta de como ele aprendia as matérias tais como: história, geografia e ciências. Ele ouvia atentamente a exposição dos professores em sala e então fixava o conteúdo que resultava em um ótimo rendimento escolar.
Quanto ao seu relacionamento ao lado de seus colegas é sempre tranquilo e otimista, no entanto ainda se sente excluído por ser diferente o seu aprendizado. Seu conhecimento de cálculo é muito mais elevado do que os outros alunos, muitas vezes, no momento em que se utilizam os aplicativos de Voice Note e Text Aloud3, os alunos questionam porque ele precisa daquilo, então ele se sente diferente, por não poder aprender como os outros, mesmo sendo feita a s intervenções motivacionais necessárias.
Essas informações foram coletadas através de buscas bibliográficas no Google Acadêmico, onde se encontrou o artigo de Elizete Cristina De Souza que trata sobre o disléxico como sujeito do processo ensino-aprendizagem, lá se baseou para abordar sobre o indicador da potencialidade de aprendizado do aluno com dislexia, também se buscou entender mais por meio da observação do aluno nos encontros dentro do reforço escolar do projeto Aprender Mais, no período contra–turno, onde se fazia observação do desempenho do aluno e as intervenções pedagógicas necessárias. Buscou-se por meio de conversas informais com a mãe em dias alternados, onde a mesma contribuía com suas informações quando ia à escola para conversar sobre o aluno.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por meio das análises realizadas no Laboratório de Informática e do trabalho realizado com o aluno, confirmaram os seguintes resultados: A participação da escola e da família é de grande importância no processo de aprendizagem do aluno com dislexia. A família do aluno, principalmente a mãe, ajudou no processo afetivo, motivando o aluno nas suas relações educacionais e sociais com a escola. A entrevista aplicada na vida do aluno contribuiu para que os objetivos propostos pela pesquisa pudessem ser concretizados.
Nas reuniões com o aluno se tratavam de eventos extra turno e fora da sala de aula, dentro do projeto Aprender Mais, o aluno participava com muito entusiasmo e nesse momento fazia-se a avaliação do desenvolvimento do aluno por meio de perguntas informais ao mesmo. Em relação às atividades dentro do Laboratório de Informática, no início houve muita dificuldade de manuseio das ferramentas digitais, mas depois o aluno já dominava os aplicativos, e com o passar do tempo, demonstrou-se envolvido totalmente com as novas tecnologias.
Persistia ainda o desinteresse pela escrita no caderno, que foi aos poucos sendo vencida, foi mostrado para ele que era preciso praticar também no caderno de atividades. O desinteresse e a resistência do aluno em realizar as atividades propostas pelos professores do 9º ano foram aos poucos sendo reduzidas, pois o aluno foi se sentido parte do grupo, pois professores começaram a avaliá-lo de forma mais oral do que escrita e perceberam que ele havia absorvido o conteúdo tanto quanto os demais alunos, mas ainda não conseguia expor no papel.
O entendimento antecipado sobre o desenvolvimento do aluno foi feito através da entrevista respondido pelo próprio aluno, e veio confirmar que existe uma distância bastante grande entre a teoria pedagógica e sua prática no cotidiano da sala de aula.
Os educadores operam com suas ferramentas e recursos tradicionais e infelizmente não conseguem tanto sucesso no processo educacional do aluno disléxico.
Através dos dados coletados e das informações obtidas em conversas informais, foi possível gerar algumas considerações à cerca do desempenho do aluno no processo e aprendizagem dentro do Laboratório de Informática. Com relação à compreensão dos diversos gêneros textuais, foi utilizado o TEXT Aloud três com a Voz da brasileira Raquel onde o aluno pode ler e ouvir o texto na tela do notebook, foi difícil explicar para o restante da turma do projeto Aprender Mais que o aluno precisava daquele tipo de atendimento especifico, aos poucos o paradigma da exclusão foi sendo derrubado. Foi preciso bastante repetição de uma mesma atividade para que se fixasse o conteúdo na mente do aluno. Na linguagem matemática o aluno se saiu muito bem, pois possui uma capacidade incrível para o cálculo mental. Nas atividades de discriminação visual, demonstrou habilidade em perceber as diferenças nos jogos digitais.
O aluno apresentou alguma dificuldade em algumas atividades de coordenação motora, por exemplo, na confecção de um cartaz, ele mostrou não ter muita habilidade para colocar as palavras nos locais corretos, mas sempre algum colega o ajudava. Também as atividades para exercitar a escrita, prática de ortografia, através de jogos e produção de textos, conseguia fazer com auxílio do professor do Laboratório De Informática.
Na produção de texto, utilizava o aplicativo do Google Chromme, o Voice Note II, onde o aluno falava e o aplicativo reconhecia sua voz e digitava o texto na tela, após a produção, o texto era salvo numa pasta do aluno na área de trabalho do notebook.
Durante a aplicação das atividades, o aluno demonstrava satisfação quando executava a atividade com rapidez; quando sentia dificuldade em algumas como escrever a palavra de maneira correta, nesse momento se fazia a intervenção necessária.
O trabalho em grupo o estimulava muito, depois que os colegas passaram a respeitá-lo mais, incentivavam-no em realizar as atividades.
Muitas interferências foram feitas devido à baixa concentração e dificuldade de assimilação nas atividades. A grande dificuldade do aluno foi treinar a escrita ortograficamente correta.
Na entrevista respondida pelo aluno houve algumas particularidades, ele falou de forma emocionante o que significa para ele ler e escrever:
“[...] Ler e escrever significa uma conquista, é decifrar o mundo, é poder ter a chance de poder resolver as coisas, sem precisar que alguém leia para você, vejo a dificuldades das pessoas que não sabem ler, são verdadeiros sofredores, pois não podem entender o mundo que está escrito a sua volta, para mim é muito ruim não entender o que leio me sinto mal.[.]”.
Essa conversa com o aluno deixou bem claro o tamanho da libertação social que existe para pessoas que conseguem ser alfabetizadas. Ele explicou sobre as dificuldades que tinha desde a pré-escola em tentar decifrar as letras, tudo parece tão embaralhado. Segundo explicou o aluno, que o apoio da família e professores foi fundamental:
“[.] Eu consegui vencer, agora através do Projeto Aprender Mais também da sala de recursos que trabalha com assistência as crianças, adolescentes e jovens com necessidades educacionais especiais, eu encontrei o meu espaço e estou muito feliz. [.]”.
Com relação à dificuldade na leitura e escrita ele abordou a dificuldade em fixar aquilo que lê, precisa ler várias vezes e fazer atividades repetidas pra tentar fixar um pouco. Ele disse que a leitura é muito importante para ele, mesmo com todas as dificuldades que tem, ele entende a leitura como uma oportunidade de se realizar como pessoa. Ele explicou sua dificuldade de leitura nessa frase:
“[.] Tenho que ler várias vezes, toda vez que leio perco o sentido da frase, então tenho que ler novamente, na sala de recursos a professora tem feito entrevistas virtuais para que eu responda, é estão todos querendo me ajudar! [.]”.
Ele falou também da sua trajetória escolar, sobre a rejeição por não saber as mesmas coisas que seus colegas, eram sempre “zoado” (ridicularizado) quando não acertava as questões. É importante a presença de professores que dão suporte quebrando os paradigmas da exclusão, segundo ele , os melhores momentos foi ter conseguido tirar uma nota superior a alguns colegas considerados “normais”, isso o deixou muito alegre. Na sua casa, as pessoas utilizam tanta leitura como escrita. A relação dele com os colegas melhorou muito, mas ainda não é o ideal esperado. Ele tem conseguido vencer, ele tem imposto a presença dele na sala de aula, não tem deixado as pessoas tolherem esse direito, o direito de aprender.
A sua relação com a família é muito boa, ele expressou essa relação dizendo:
“[.] Minha família sempre me incentiva muito, meus pais, minha tia que é diretora da escola. Todos eles falam que eu vou conseguir vencer, é somente confiar e não desistir, sempre está do meu lado me apoiando e me dando força para continuar meus estudos! [.]”.
Através de o projeto aprender mais onde ele interage com outros alunos dentro do laboratório de informática, a sua interação com os colegas tem melhorado.
Os dois aplicativos tanto o Texto Aloud 3 como Voice Note, foram muito relevantes na aprendizagem dele, o Text Aloud3, é um aplicativo que existe a voz de uma brasileira chamada Raquel que transforma em áudio todos os textos. É muito útil no momento de leitura proposta em sala de aula, ele tem assimilado muito bem, e participado dos momentos de leitura como qualquer aluno da sala, o mesmo texto lido de maneira diferente, ele é um texto em áudio.
O Voice Note é um aplicativo que ele produz o texto através da fala, para ele foi uma conquista esse aplicativo. Porque ele fica de igual para igual com os colegas na produção textual. E as produções dele são até melhores que as dos colegas mostrando a sua criatividade.
Criatividade que tem se expressado também através das manifestações de desejo por ir além, não se limitar e sim ousar alçar voos maiores, como se formar em uma faculdade;
[...]. Eu quero me formar numa faculdade um dia e ter muito sucesso na vida, pois somente estudando que a gente chega lá![...]
As ações pedagógicas foram aplicadas no decorrer do ano letivo em que foi desenvolvida a presente pesquisa. Mesmo o tempo tendo sido bastante flexível para a realização desta pesquisa, o resultado final, atendeu aos objetivos da pesquisa. Se a família e a escola tivessem trabalhado juntas de uma forma convergente, os resultados seriam bem mais satisfatórios. O comprometimento do Laboratório De Informática através do Projeto Aprender Mais foi imprescindível para o bom desempenho do aluno em da sala de aula.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Promover a inclusão escolar não é apenas integrar o aluno a um espaço físico ou a um grupo; é desenvolver estratégias significativas para que o aluno se expresse e se comunique de maneira clara e eficiente. O docente deve ponderar sempre, associando a teoria à prática pedagógica. O ato de ler não é somente decodificar caracteres gráficos, mas ler permite a emancipação social do leitor.
A crença de que a leitura e a escrita são necessárias somente na escola durante o período de permanência nela, deve ser quebrada.
É dever de a escola realizar a conexão da leitura também através das novas tecnologias da Informação, um processo que deve ser aplicado no contexto do aluno com dislexia para que de fato aconteça a participação efetiva desse aluno no processo de ensino e aprendizagem. Além do mais, a prática da leitura através das novas tecnologias tem o intuito de que esse aluno entenda o porquê da leitura e possa usá-la na sociedade na qual está inserida de maneira socialmente correta.
Estimular a leitura não é tarefa única da escola, mas também de todos que fazem parte da vida do aluno. Esse estudo contribuiu para que o aluno com dislexia e profissionais envolvidos com o processo de aprendizagem pudesse, com ajuda das tecnologias de informação e comunicação possam buscar alternativas para a promoção do ensino e aprendizagem na escola.
Foi importante identificar aspectos práticos, favorecedor para a consolidação das políticas publica de inclusão do aluno disléxico no contexto escolar. A demanda do atendimento do aluno disléxico se estende além do que uma simples intervenção em sala de aula é preciso preparar a escola para que esses alunos possam se integrar às atividades escolares exercendo o direito de aprender no seu tempo, superando suas dificuldades.
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VUNGE, Sandra. A percepção dos professores sobre a importância das TIC na aprendizagem de alunos com trissomia 21. 2013.
9. APÊNDICE
A – Carta de Autorização para realização da entrevista
B – Entrevista com o aluno
Curso de Especialização Em Desenvolvimento Humano e Inclusão Escolar
Pesquisador Gilberto Penha de Andrade- 09 de setembro de 2015
Informações gerais:
Idade:
Estuda há quantos anos:
Quantas reprovações já teve:
1) Para você, o que é ler e escrever?
2) Como você percebe suas dificuldades na leitura e na escrita?
3) Como você percebe a importância da leitura e da escrita em sua vida?
3.1) Em sua trajetória escolar, quais foram os momentos mais difíceis que já enfrentou?
3.2) Em sua trajetória escolar, quis são os melhores momentos que já viveu?
4) Como você acha que a escola deveria trabalhar para melhorar o trabalho da leitura e da escrita?
5) Você acha que a escola está lhe ajudando no desenvolvimento da sua leitura e da escrita? Porque?
6) Em sua casa, como as pessoas utilizam a leitura e a escrita?
7) Como você percebe sua relação com seus colegas?
8) Como os aplicativos Têxt. Aloud e Voice Note estão te ajudando?
9) O que espera do seu futuro como estudante?
C - Aplicativos Voice Note e Text Aloud 3
1 - VOICE NOTE
2 - TEXT ALOUD
1 A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e o Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi, lançaram, em parceria, a Educopédia – uma plataforma de aulas digitais de cada disciplina, com material de suporte aos professores, planos de aula, jogos pedagógicos e vídeos, com o objetivo de tornar o ensino mais atraente e mobilizador para crianças e adolescentes, além de instrumentalizar o professor. Além disso, a Educopédia é mais uma alternativa para o reforço escolar e para os alunos que faltaram às aulas ou que não compreenderam o conteúdo ensinado Educopedia é opção para professores pesquisarem conteúdos pedagógicos- disponível em : http://canaldoensino.com.br/blog/educopedia-e-opcao-para-professores-pesquisarem-conteudos-pedagogicos : acesso em 25 de outubro de 2015 interativas que podem consolidar a matéria em curso.
2 Em vez de estudar, seu filho/aluno passa muito tempo navegando nas mídias sociais, como o Facebook e o Twitter? Com um pouco de cautela, dá para transformar essas ferramentas, tidas como inimigas dos estudos, em uma forma divertida de entender melhor os conteúdos aprendidos em sala de aula.
Essa é a opinião do especialista em novas tecnologias Oge Marques, professor da Universidade Atlântica da Flórida. Ele esteve no Brasil para uma palestra sobre o tema em Curitiba (PR) na última sexta-feira (27). Twitter e Facebook na escola? "Pode, sim, desde que com cautela", disponível em :http://educacao.uol.com.br/noticias/2011/05/30/twitter-e-facebook-na-escola-pode-sim-desde-que-com-cautela-diz-especialista.htm -acesso em 25 de outubro de 2015.
3 Voice Note, disponível em <https://chrome.google.com/webstore/detail/voicenote-ii-speech-to-
4 Text Aloud 3, disponível em <http://www.baixaki.com.br/download/textaloud.htm> acesso em 16 de setembro de 2015.
Publicado por: Gilberto Penha de Andrade
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