IMPACTO DA RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA NO DESEMPENHO ACADÊMICO DO ALUNO

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1. RESUMO

A família e a escola se perfazem em dois contextos importantes e relevantes quando se trata de questões relativas a educação e ao desenvolvimento do indivíduo. Este presente trabalho realizou um estudo bibliográfico tendo como objetivo central analisar as formas pelas quais a relação entre família e escola afetam o desempenho acadêmico dos alunos. Ao longo da pesquisa foi feito um apanhado histórico sobre os conceitos família e escola, assim como buscou-se perceber quais as funções exercidas por cada instituição. Posteriormente, foram realizadas análises sobre os impactos causados pela relação entre família e escola, tentando compreender os aspectos positivos do envolvimento de ambos no que concerne ao processo estudantil do sujeito. Assim como também foram traçadas reflexões sobre os aspectos negativos causados pela não interação desses dois âmbitos, refletindo, dessa forma, na vida acadêmica. Conclui-se ao final do estudo que ainda são muitas as dificuldades encontradas para uma aproximação da escola e família e que isso pode estar ligado intrinsecamente as divisões de responsabilidades de cada instituição, criando por meio disto, obstáculos que prejudicam o desempenho acadêmico do aluno.

Palavras-chave: Família; Escola; Relação; Desempenho Acadêmico.

ABSTRACT

The family and school come together in two important and relevant contexts when it comes to issues relating to the education and development of the individual. This study carried out a bibliographic study with the main objective of analyzing the ways in which the relationship between family and school affect students' academic performance. Throughout the research was made a historical overview on the concepts family and school, as well as sought to understand what the functions performed by each institution. Subsequently, analyzes were carried out on the impacts caused by the relationship between family and school, trying to understand the positive aspects of the involvement of both in the student process of the subject. As well as reflections were drawn on the negative aspects caused by the noninteraction of these two scopes, reflecting, in this way, the academic life. It is concluded at the end of the study that there are still many difficulties encountered for an approximation of school and family and that this may be intrinsically linked to the divisions of responsibilities of each institution, thereby creating obstacles that hamper the student's academic performance.

Key words: Family; School; Relationship; Academic achievement.

2. INTRODUÇÃO

O presente trabalho é sobre a temática “Escola e Família”. Sabe-se que a família é o nosso primeiro laço social que temos e construímos ao nascer. Sendo assim, a família ocupa desde sempre, um lugar e um ponto fundamental na vida do indivíduo, tendo assim, um impacto significativo na vida deste. A família, presente em todas as sociedades, é um dos primeiros ambientes de socialização do indivíduo, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos e influências culturais (AMAZONAS, DAMASCENO, TERTO, SILVA,1992, 2000; KREPPNER,2000 apud DESSEN e POLÔNIA, 2007).

Não obstante, a escola também se perfaz num contexto primordial e essencial para o indivíduo. É nele que o sujeito dará início a uma socialização com outros indivíduos que não seja de sua família. Segundo Rego (2003 apud DESSEN e POLÔNIA, 2007), a escola emerge como uma instituição fundamental para o indivíduo e sua constituição, assim como para a evolução da sociedade e da humanidade.

Com isso, observa-se que tanto a família como a escola, se constituem como dois contextos que se fazem presentes em essência na vida do indivíduo, e cada um detém um papel de fundamental importância e influência. Assim, espera-se que estes dois âmbitos andem paralelamente e construam parcerias, possibilitando cada vez mais o desenvolvimento do indivíduo em todos os seus aspectos, principalmente no que concerne à vida estudantil.

No entanto, o que se observa muitas vezes, é que ao invés de uma união entre família e escola, em muitos casos há uma dissociação, onde cada vez mais as famílias de alunos se fazem omissas no processo educativo destes, criando assim, um distanciamento entre escola e família, impossibilitando, dessa forma, uma comunicação necessária entre ambos.

Sendo assim, tendo em vista as várias questões pertinentes no âmbito educacional, esta pesquisa tem o intuito de contribuir no que concerne ao assunto família e escola, analisando assim, as formas pelas quais a relação entre estes dois âmbitos podem afetar o desempenho acadêmico dos alunos.

O tema emerge a partir das minhas vivências dentro do contexto escolar, durante as quais pude observar o quanto este relacionamento entre escola e família, muitas vezes, torna-se sensível, dificultando assim uma aproximação entre essas duas instituições. No entanto, há quem diga que falar dessa temática dentro do âmbito educacional é algo ultrapassado, porém através de minha experiência, percebo que este é um assunto de extrema relevância, pois sempre se torna novo através de sua pertinência neste meio, evidenciando assim a ampla necessidade de ser discutido e debatido.

Portanto, faz-se necessário saber o porquê de muitas famílias se ausentarem no ambiente educacional de seus filhos e também o quanto isso de algum modo pode interferir no desenvolvimento tanto acadêmico quanto cognitivo do aluno. Partindo disso, tomo como pergunta de partida: De que forma a relação família-escola impacta o desempenho acadêmico dos alunos?

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

Analisar as formas pelas quais a relação entre família e escola afetam o desempenho acadêmico dos alunos.

3.2. Objetivos Específicos

•Conhecer o papel que a família pode exercer dentro do âmbito escolar.

•Identificar estratégias de aproximação entre escola e família.

•Elencar possíveis prejuízos causados pela não participação da família na escola.

CAPÍTULO I

4. PERCURSO METODOLÓGICO

A presente pesquisa é qualitativa. Segundo Minayo (2001) a pesquisa qualitativa trabalha com os significados, crenças, motivos, valores e atitudes, dando correspondência a um espaço mais profundo das relações, dos processos e fenômenos. Desta forma, é criticada por seu empirismo, subjetividade e envolvimento emocional do pesquisador. Pode-se compreender que o método qualitativo não enfoca os aspectos quantitativos, numéricos, mas a dinamicidade das relações sociais.

Quanto aos objetivos a pesquisa é explicativa. De acordo com Gil (2008) esse tipo de pesquisa procura identificar os fatores que determinam ou contribuem para o acontecimento dos fenômenos. Com isso, preocupa-se em explicar o porquê das coisas através dos resultados disponíveis.

Segundo os procedimentos realizados, é de cunho bibliográfico. Pois, conforme Fonseca (2002 apud GERHARDT E SOUZA, 2009), se dá por meio de levantamentos de teorias já analisadas e publicadas através de escritos e eletrônicos, como livros e artigos científicos. Assim, se caracteriza pela inspeção e conhecimento do que se já estudou sobre o assunto pesquisado.

Para realização deste trabalho foram utilizados os descritores: família, escola, relação e desempenho acadêmico através da ferramenta Google Acadêmico, conforme a tabela abaixo:

Descritores: Família, Escola, Relação e desempenho acadêmico    Artigos selecionados                          Trabalhos com       descritor: Família      Trabalhos com       descritor: Escola            Trabalhos com descritor: Relação          Trabalhos com descritor:    Desempenho acadêmico   
(Total de Trabalhos Retornados)          
48 22 7 4 8 3

Dos trabalhos retornados foram descartados 26 e apenas 22 foram utilizados de acordo com os objetivos da pesquisa. Ao longo do estudo foram categorizados e selecionados conceitos para serem analisados como, por exemplo, as conceituações históricas dos termos família e escola, assim como as transformações ocorridas e suas respectivas funções, sendo posteriormente enfatizada a importância da relação família-escola para o desempenho acadêmico do aluno.

Foi feita uma análise interpretativa a partir da teoria histórico-cultural de Vigotski bem como foram citados também outros autores relevantes e pertinentes ao assunto estudado.

CAPÍTULO II

5. A INSTITUIÇÃO FAMÍLIA

5.1. A CONCEITUAÇÃO HISTÓRICA DE FAMÍLIA

A palavra família vem do latim famulus que significa “escravo doméstico”. Essa expressão teve origem com os romanos e tinha o fim de designar o poder do chefe sobre a mulher, os filhos e os escravos, assim como, o poder de morte e vida sobre estes. Com isso, observa-se que na família romana quem detinha total poder era o homem. De acordo com Gomes (2009 apud ALVES, 2014),nesta configuração familiar, reinava o autoritarismo e uma falta de direitos aos outros componentes da família, sendo estes totalmente submissos à figura masculina.

Com evolução histórica desse termo, a família começa a modificar-se, a mãe entra em cena também, podendo substituir o pai. Após essa base patriarcal da família, essa expressão passa a ser representada pela figura do marido e da mulher, e esta passa a ser uma protagonista também da família, admitindo assim, seu papel de autoridade dentro deste âmbito.

Com isso percebe-se que a visão original de família se transforma, tornando-se em algo mais flexível e harmonioso. Dessa forma, começam a surgir várias mudanças, como por exemplo, a não admissão do abuso do poder do pai sobre os membros familiares. Conforme isso, Wald (1990 apud VIRGILIO E GONÇALVES) cita que a mulher começa a ser mais autônoma e a participar da vida social e política, podendo também demonstrar sua autoridade perante o outro.

Diante disso, então, passada a ideia da mulher como mero instrumento de reprodução e subordinação e o poder absoluto do pai sobre esta e filhos, aos poucos os outros membros familiares foram adquirindo seu espaço na sociedade como de direito. Conforme ressalta Gonçalves (2011 apud VASCONCELOS, 2013) toda a severidade e brutalidade paterna foi sendo abrandada e vão então surgindo outras concepções sobre família.

A partir disso, a igreja entra em cena, e o assunto família torna-se de interesse seu, sendo tratado no aspecto de direito Canônico. Wald (1990 apud VIRGILIO E GONÇALVES) traz que segundo este direito o único casamento reconhecido seria o religioso, considerado dessa forma um sacramento, ou seja, algo indissolúvel e que somente a igreja tem o poder de celebrá-lo.

Sabe-se que a família, há muito tempo é concebida na sociedade como a instituição primeira de formação do indivíduo, na qual o sujeito dará início à socialização. Dessa forma, é percebida como um sistema social responsável pela transmissão de valores, crenças, ideias e significados que estão presentes nas sociedades (AMAZONAS, DAMASCENO, TERTO, SILVA, 1992, 2000; KREPPNER, 2000 apud DESSEN e POLÔNIA, 2007). Com isso, vê-se que a família possui uma forte influência para o indivíduo, sendo um dos principais fatores que contribuem para desenvolvimento deste.

No entanto, quando se fala em família, é importante ressaltar como se dá essa constituição, pois se sabe que ao longo das últimas décadas essa instituição vem se modificando e transformando. Dessa forma, essas modificações vêm ocorrendo através da história, variando de um contexto para outro, por conta das fortes influências políticas, sociais, econômicas e culturais.

5.2. AS TRANSFORMAÇÕES DA FAMÍLIA

Ao longo de décadas, nota-se que o termo ‘família’ vem se modificando e recebendo outros denominadores. Com isso, tratar este termo no singular já não é mais tão suportável e suficiente, por conta da diversidade e complexidade envolta neste.

Deste modo, pensar na complexidade impressa neste conceito é falar da pluralidade das chamadas configurações familiares, as quais Wagner (2011 apud CÚNICO E ARPINI, 2013) cita como sendo um conjunto de indivíduos que compõem o núcleo familiar.

Assim sendo, percebe-se que a cada dia vem ocorrendo novos arranjos familiares, a partir dos quais percebemos que a ideia de família não está mais tão somente atrelada à consanguinidade ou a concepção nuclear tradicional formada por mãe, pai e filhos, ampliando, assim, essa noção de constituição de família e buscando compreender as diferentes formas de relações existentes. Assim, com o tempo e os avanços dos fenômenos sócio-políticos e da tecnologia, os níveis de complexidade só tem se intensificado (WAGNER E LEVANDOWSKI, 2008).

Portanto, torna-se perceptível as transformações na concepção do que é ser família. Dessa forma, na contemporaneidade, não apenas os laços sanguíneos são necessariamente identificadores dos membros familiares.

Com isso, Wagner (2011 apud CÚNICO E ARPINI, 2013) destaca que a definição vai além dos aspectos biológicos, tornando a subjetividade como um fator essencial na denominação da configuração familiar, integrando, desse jeito, os significados da convivência.

No entanto, apesar das mudanças, Wagner (2002 apud PRÁ, 2013) cita que a família apresenta capacidade de sobrevivência e de adaptação, originando diferentes formas de composições e de padrões relacionais. Atualmente é possível notar os vários modelos familiares que partem das transformações ocorridas pelo casamento e consequentemente pela família. Rios e Gomes (2009 apud VASCONCELOS, 2013) salientam que essas novas configurações tornam-se cada vez mais visíveis, tendo como exigência a legitimidade e a aceitação no meio social.

Diante disso, a família vem se moldando por meio de sua dinamicidade, através de sua própria organização interna e íntima, na qual seus componentes interagem entre si a fim de manter suas relações específicas.

5.3. A FUNÇÃO DA FAMÍLIA

Vê-se que a família se perfaz como uma das instituições mais antigas na história da humanidade. Assim, é inegável o seu agir e influência na formação do sujeito. Desse modo, então, faz-se necessário conhecer a função por esta desempenhada perante os seus membros.

De acordo com Brym (2006 apud TEIXEIRA) a família tem a função social de proporcionar a conquista de diferentes status, como o étnico, o nacional, o político, o educacional, dentre outros. Por meio disso, compreende-se que a família evidentemente é o primeiro âmbito de contato que o indivíduo possui, para assim, perceber o mundo e socializar-se.

Segundo Chanan (2007 apud PASSOS, 2008) a família deve ser compreendida como entidade socioafetiva na qual tem o dever de afeto e cooperação entre seus membros, assim como, a solidariedade e a criação de condições de desenvolvimento saudável. Assim sendo, percebe-se que a função da família também está pautada na criação de um ambiente colaborativo entre seus conviventes, a fim de se proporcionar um lugar digno de convivência e socialização.

Diante disso, faz-se notável a extrema importância da família perante ao desenvolvimento do indivíduo, podendo-se assim dizer que dentro da família, os pais ou quem cumpre como tal este papel, são os maiores responsáveis por este sujeito.

De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (1999) a família se insere na base material da sociedade, com isso, as modificações históricas e sociais são determinantes na maneira como a família irá se organizar e cumprir seu papel social.

Deste modo é inegável que as mudanças ocorridas pelo passar do tempo e das épocas influenciem de maneira significativa no repasse de suas ideias, regras, crenças e convicções para seus respectivos membros. Desta forma, evidentemente, há alterações no tempo e consequentemente nos modos de viver.

Segundo estes mesmos autores, a família se faz como uma instituição de suma relevância dentro do contexto social, na qual se responsabiliza pela subsistência física e psíquica de seus membros. Assim, ainda ressalvam, que na ausência de uma família para o sujeito, faz-se necessário uma que substitua esta lacuna, na qual este sinta-se zelado por meio de outros que cumpram este papel.

CAPÍTULO III

6. A INSTITUIÇÃO ESCOLA

6.1. CONCEITUAÇÃO HISTÓRICA

É fato que a educação sempre existiu, esta era entendida na antiguidade como a transmissão de valores e tradições dos mais velhos para os mais novos. Segundo Coimbra (1986 apud NASCIMENTO E HETKOWSKI, 2009), era perpassada naturalmente, sem a necessidade de uma instituição específica para isso.

No entanto, ainda de acordo com esta autora, foi somente na Idade Média, mais especificamente na Europa, que a educação se tornou um produto da escola, na qual grupos formados principalmente por religiosos se especializaram na propagação do saber, mas sabe-se que a educação ainda era privilégio de poucos, ou seja, a classe dominante detinha a escola como forma de manter seu poder.

É sabido, portanto, que ao se remontar às primeiras concepções sobre o termo escola, percebe-se que este conceito era tido como um instrumento de hegemonia, pois quem tinha acesso à escola, diretamente tinha à educação, logo, esses indivíduos eram vistos na sociedade como os mais capacitados, influentes e soberanos.

Com isso, é notável, que a instituição escola surge a partir de uma necessidade da própria sociedade de tornar específico um local para difundir ideias, valores, ensinamentos e porque não dizer da manutenção de classes. Assim, o que se percebe é que há certo interesse por parte dos sujeitos em relação à educação para o desenvolvimento da sociedade.

Assim, Coimbra (1986 apud NASCIMENTO E HETKOWSKI, 2009) argumenta que a instituição escola está ligada de modo visceral ao desenvolvimento do capitalismo, pois com a Revolução Industrial houve a necessidade de um número maior de pessoas alfabetizadas, ou seja, que pelo menos soubessem ler, escrever e contar.

A partir disso, faz-se perceptível o poder ainda exercido pelas classes dominadoras diante dos outros, tais classes determinam, ainda hoje, o lugar que cada sujeito deve ocupar na sociedade.

6.2. A FUNÇÃO DA ESCOLA

Quando nos remetemos sobre o papel que a escola exerce, devemos lembrar a quem essa instituição serve, o que ela desempenha, quando e de que maneira o faz. Dessa forma, faz-se necessário lembrarmos, como vimos anteriormente, que o fazer da escola era totalmente pautado somente em o indivíduo aprender o básico da leitura e escrita, para assim, atender às exigências e necessidades de adaptação ao mercado de trabalho. Vemos aí, então, que não havia primeiramente uma preocupação com a formação, desenvolvimento e aprendizagem do sujeito.

Mas, o tempo vem e as mudanças ocorrem, diante disso, a escola também se modifica. Sendo assim, esta instituição traz o aluno à tona, de forma ativa, impulsionando este a pensar, além dos moldes curriculares, contribuindo na formação de um sujeito crítico e que intervenha na sua realidade.

Contanto, para isso, o espaço escolar precisa a todo momento buscar métodos e se utilizar da inovação para atingir seus objetivos, além da alfabetização. Com isso, Young (2007) se remete às escolas como instituições que tem a finalidade específica de promover a aquisição do conhecimento e este não estaria em qualquer outro espaço senão o escolar. Deste modo, este autor enfatiza, a importância sobre quais destes conhecimentos se transformarão em meios para que o indivíduo compreenda o ambiente em que vive.

Dessa forma, entende-se que a escola, nos modelos atuais, deve atender tanto a demanda do conhecimento das disciplinas curriculares, como também através destas, fazer um paralelo que cuide das questões cotidianas envoltas e vivenciadas comumente por seus alunos, a fim de conscientizar a transformação e incentivá-los a uma proatividade.

CAPÍTULO IV

7. FAMÍLIA-ESCOLA

7.1. A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA

Ao longo do texto, buscamos falar especificamente dos termos família e escola, tentando traçar suas respectivas características, funções e história. Mas, além disso, o que impulsiona principalmente a escrita deste trabalho é saber como se dá a relação entre estes dois âmbitos e no que isso influencia no desempenho acadêmico dos alunos.

É sabido, portanto, que tanto a instituição família como a escola, possuem seus papéis e responsabilidades perante o desenvolvimento e formação dos indivíduos. Dessa forma, já se faz evidente que a participação da família é de suma importância no contexto escolar e que isto afeta diretamente no bom desempenho acadêmico dos filhos. Contudo, cabe saber que caminhos cada instituição busca traçar, no intuito de se estabelecer e manter uma relação harmoniosa entre ambos com a finalidade que é justamente a do desempenho escolar do aluno.

Deste modo, quando busca-se entender a relação entre família e escola, torna-se relevante pensar nas pessoas que vivenciam esta relação. Com isso, dentro do ambiente familiar, mais precisamente as figuras paternas e maternas, pode-se afirmar que são os grandes responsáveis por seus filhos. Já dentro do ambiente escolar, a direção, secretariado, coordenação e professores constituem-se como figuras essenciais no controle e direcionamento de alunos.

No entanto, quando se pensa em escola e família, não é preciso ir muito além para saber que essa relação é um desafio nos dias atuais, pois, sabemos que muitas vezes a família se ausenta na escola, assim como a escola possa também deixar muito a desejar na atração de métodos e alternativas para uma aproximação mais que necessária entre ambos.

Entende-se que ao longo da história vários foram os fatores que influenciaram no afastamento dessa relação. Conforme Varani e Silva (2010 apud SANTOS; TONIOSSO, 2014) as transformações passadas nestes dois âmbitos camuflaram as atribuições específicas de cada uma. Por meio disto, podemos entender as várias crises ocorridas entre estes dois âmbitos, na qual há certa confusão no entendimento das funções de cada um. Deste modo, é algo comum por parte dos pais confundir o real fazer da escola, denotando por muitas vezes, toda a responsabilidade em relação à formação das crianças para esta.

Com as mudanças ocorridas no seio familiar, altera-se também a dinâmica da escola. De acordo com Soares (2000 apud SOARES) as modificações familiares podem refletir nos comportamentos da criança no meio educacional assim como no desempenho escolar. Desta forma, a inserção cada vez maior da mulher no mercado de trabalho afetou de modo significativo na organização diária do lar e consequentemente nas horas que o filho precisará ficar na escola para suprir certa ausência desta. Deste modo, Duarte (2000, apud SANTOS; TONIOSSO, 2014) relatam que a inserção das mulheres no mercado de trabalho provocou de forma direta a criação de novos modelos de escola, o que acarretou também um distanciamento familiar.

Infelizmente, o que se percebe é que dentro da sociedade a participação, o cuidado e acompanhamento dos filhos foi tradicionalmente delegado exclusivamente à mulher. Para Santos e Buarque (2006 apud OLIVEIRA ;SANTANA) as mulheres são responsabilizadas por toda a tarefa reprodutiva porque ficam grávidas e amamentam. Dessa forma, percebe-se que ainda há resquícios patriarcais nos dias atuais. Dificilmente ouvimos relatos em que o pai participe ativamente da vida estudantil do filho, ajude-o nas atividades escolares e frequente as reuniões. Com isso, a mulher se vê sobrecarregada perante as tarefas do cotidiano que tem a cumprir, esclarecendo dessa forma, as várias ausências da família na escola.

Assim, hoje em dia, é muito comum por parte das famílias procurarem escolas que ofereçam tempo integral, para que desta forma, consigam organizar suas rotinas de trabalhos exacerbadas e retornem às suas casas, muitas vezes, ao findar do dia.

Diante disso, vemos que os filhos, passam a maior parte do dia sem o contato com os pais, ficando, geralmente, sob cuidados de terceiros, realizam, muitas vezes, as tarefas escolares sozinhos sem supervisão de um adulto, ou ainda, quando os pais chegam, já cansados no período noturno, irão tentar ajudar, mas pelo esgotamento físico e psicológico acabam se estressando facilmente. Isso faz com que sejam comuns episódios em que os filhos chegam à escola com as atividades incompletas ou não feitas, e isso repercute num possível desestímulo por parte do aluno.

Com isso, percebemos que o tempo muitas vezes é inimigo maior para se construir e se estabelecer a relação entre escola e família. As famílias a cada dia se veem mais atarefadas e isso torna-se um empecilho no acompanhamento da rotina escolar do aluno. Diante disso, de forma obrigatória, muitas vezes, a escola assume alguns papéis que normalmente são delegados à família ao perceber as falhas, que por vezes, são nítidas nos comportamentos e desempenho dos alunos. Por meio disto Varani e Silva (2010 apud SANTOS; TONIOSSO, 2014) trazem que a escola também passou a exercer o papel de atender e educar os sujeitos conforme suas necessidades.

Desta forma, por várias vezes, o educador se enxerga no papel de orientar seus alunos, dando conselhos, colocando limites e regras, não que este profissional tenha que se eximir disto, mas o que se observa, é que a família, repetidamente, negligencia isso, dificultando assim, os caminhos que a escola deseja percorrer.

A partir disso, podemos afirmar que nem tudo que o indivíduo traz cotidianamente é passível da escola resolver sem a participação e presença da família. Pois, há casos em que o aluno pede pela atenção e acompanhamento destes. Além do que, a escola se perfaz numa instituição que tem a incumbência de desenvolver os aspectos pedagógicos do sujeito, ou seja, ela é espécie de complemento para o que foi iniciado no seio familiar (OLIVEIRA; MARINHO-ARAÚJO, 2007).

Sendo assim, percebe-se que os valores éticos e morais devem ser perpassados, primeiramente, pelos pais aos filhos dentro do ambiente familiar, e os responsáveis pela escola tem como um dos objetivos principais reforçar estes valores, fazendo assim, um paralelo entre as duas instituições, para que os estudantes possam enxergar este entrosamento entre as partes envolvidas.

Deste modo, é inegável que os vínculos construídos e sustentados entre escola e família sejam essenciais para o desenvolvimento saudável do aluno, seja nas esferas cognitivas, comportamentais, sociais e emocionais. Mas, é preciso, portanto, que estes dois campos estejam dispostos a caminhar juntos a fim de possibilitar e facilitar o processo estudantil do sujeito.

Dessa forma, as pessoas responsáveis pelo espaço escolar, independente da ausência da família, devem buscar formas e métodos de estreitar a relação, almejando a todo momento um diálogo amigável entre as partes. Por meio disto, Chechia e Andrade (2005) falam que quanto mais os pais e a escola estiverem envolvidos, se tornando verdadeiros parceiros, cada vez mais se sentirão dispostos na colaboração da educação escolar de seus filhos.

Desta maneira, se torna perceptível que quanto mais essa parceria se fortifica reflete de maneira positiva no desempenho do aluno. Assim sendo, podemos reconhecer que o não desempenho acadêmico esteja somente atrelado ao sujeito em si, mas se deve a todo o contexto vivenciado por este, no qual, muitas vezes, não encontra o amparo necessário para desenvolver suas habilidades.

Vimos até aqui que alguns contratempos podem impossibilitar a família de uma participação mais ativa na vida estudantil do filho. Porém, como já foi citado anteriormente, os familiares não são os únicos responsáveis pelo desempenho do aluno, assim, é válido ressaltar que ao longo do texto serão também traçados possíveis elementos por parte da escola que dificultam os caminhos a serem percorridos pelo estudante.

Contudo, a família, constantemente, espera que a escola dê a melhor solução para resolver as questões referentes ao não desempenho do aluno, em contrapartida, a escola espera que a família seja mais presente e ajude dando suporte preciso. O que se percebe, porém, é que o aluno, inúmeras vezes, fica à margem diante deste impasse, no qual a cooperação e co-responsabilidade parecem se distanciar cada vez mais.

Diante disso, a escola, na pessoa da direção e coordenação, devem estar sempre atentas quanto ao funcionamento e a todas as relações que devem e são construídas dentro do ambiente escolar. Pois, entende-se, que são várias as relações existentes, nas quais especificamente o professor sempre será o mais visto e citado, entendendo que este rotineiramente encontra-se e tem um contato mais íntimo com os alunos, tendo conhecimento, desta forma, sobre a rotina escolar de cada um.

De acordo com Libâneo (1998 apud OLIVEIRA) o professor pode ser referenciado como um dos grandes responsáveis na relação ativa do aluno com a matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas considerando o conhecimento, a experiência ,o cognitivo e o significado que o aluno traz à sala de aula. Daí a importância do professor em conhecer o mundo em que cada aluno vive para assim significar sua prática. Diante disso, Alves (1994 apud OLIVEIRA) afirma que se os professores entrassem nos mundos em que vivem os alunos, eles ensinariam melhor.

Assim, pela sala de aula ser o espaço de atuação deste profissional, o que espera é que a visão deste seja a mais aguçada e compreensível a cada detalhe que o aluno traz consigo. Deste modo, além da tarefa de repassar os conteúdos curriculares, a atuação do professor passa também pela percepção e entendimento de todos os outros conteúdos, que o aluno dificilmente revela de modo verbal, mas que pode se tornar explícito por meio de seus comportamentos e desempenho escolar.

Vemos, dessa forma, que a importância do diálogo já suscita primeiramente dentro do contexto de sala de aula, pois, o professor entendendo e percebendo que o aluno sente dificuldades na aprendizagem e no desenvolvimento de suas tarefas e habilidades, deve de imediato, buscar estratégias para descobrir o que ocorre com tal indivíduo, e isso pode ser iniciado por meio de uma simples conversa honesta, horizontal e amigável entre eles. Ressaltando Freire (1980, apud BERTONCELLO; ROSSETE, 2008):

O diálogo é um encontro no qual a reflexão e a ação, inseparáveis daqueles que dialogam, orienta-se para o mundo que é preciso transformar e humanizar (FREIRE,1980)

É válido salientar alguns conceitos que são trazidos dentro da perspectiva da Psicologia Histórico Cultural e têm um aporte significativo dentro do tema que estamos tratando. Assim, a Histórico Cultural é uma abordagem da Psicologia que foca os estudos nas interações sociais e privilegia a importância desta para o desenvolvimento do indivíduo. Segundo Sigardo (1990 apud DOS SANTOS; AQUINO, 2014) a Psicologia Histórico Cultural está filiada principalmente aos pensadores Vygotsky (1896-1934), Leontiev (1903-1977) e Luria (1902-1977) que contribuíram fortemente nas diversas áreas e campos de estudos.

Dentro da teoria histórica cultural, a mediação é um dos principais conceitos que Vygotsky desenvolveu, e pode ser entendida como algo que está no meio da relação. Conforme Oliveira (1995 apud RIBEIRO, 2007) este termo se refere ao processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação, na qual esta deixa de ser direta e passa a ser mediada por tal elemento.

Trazendo isso para a prática, o professor como um mediador, precisa perceber que há problemas que podem ser solucionados sem a necessidade de acionar direção, coordenação ou pais de alunos, assim, como deve ficar atento ao momento exato de convocá-los. Isso além de ser autonomia do próprio professor deve ser reforçado por parte da coordenação, cabível como uma orientação.

Como havia falado anteriormente, o professor se perfaz numa figura em destaque no contexto escolar, pelo fato de ser uma das pessoas que mantém mais proximidade com os estudantes. Mas, é preciso deixar esclarecido que nem tudo que ocorre dentro do ambiente escolar se remonta ao papel desempenhado pelo professor. Deste modo, a equipe pedagógica e funcionários necessitam saber de modo específico a função que foi delegada a cada um, para que assim, a integração aconteça e consequentemente uma organização nas atividades, evitando dessa forma, conflitos prejudiciais à harmonia do trabalho.

A partir disso, faz-se viável retornar a ideia do diálogo, que deve por sua vez, acontecer constantemente, ainda que não se veja a necessidade, pois, é por meio desta ferramenta que se pode relatar e expor às opiniões, sugestões, adequações e direcionamentos, sempre visando melhorar e tornar o ambiente saudável. Dessa maneira, a escola, como responsável pelos seus empregados, deve propiciar estes momentos, se portando como um suporte, com o intuito de promover uma rede de apoio entre estes, favorecendo assim, uma sintonia entre as funções exercidas por cada um.

No entanto, o que se percebe geralmente, é que toda a carga negativa em relação ao não desempenho do aluno recai sobre o professor. Deste modo, o que se pode ver é que a comunicação entre as partes, seja entre professor-escola ou escola-família, passe desapercebida e que, às vezes, o que poderia ser resolvido de modo simples e rápido, se acumula, como se os envolvidos não dessem abertura um ao outro, se fechassem ao problema, e este somente depois viesse à tona, numa espécie bem mais difícil de solucionar.

Por isto a importância de um ajustamento primeiro entre o corpo escolar, para que assim, as outras aproximações ocorram como se fossem automáticas, pois se uma equipe consegue se organizar de tal modo que favoreça o desempenho de suas obrigações, torna-se mais fácil atrair outras relações e buscar efetivas participações destas. Assim sendo, os ajustes e consertos devem ser feitos quando necessários, e isso, porém, não é somente tarefa do gestor escolar, como muitos ainda pensam.

Neste caso, é preciso desmitificar a figura do diretor como uma pessoa autoritária, em que quando ele fala todos obedecem. Dessa forma, dentro do espaço escolar a divisão de autoridade deve ser evidente, surtindo deste modo, em divisão de responsabilidades. Daí, cabe ao responsável pelo direcionamento, preocupar-se em estrategiar ações em que os funcionários se coloquem e se percebam como membros essenciais no funcionamento da escola, e que estes também, de certa forma, ajam autonomamente quando preciso for, mas que sobretudo, enxerguem que podem contar um com o outro, sempre priorizando o equilíbrio entre a equipe.

Segundo Paro (2010) é preciso iniciar a luta contra este papel do diretor, não contra a pessoa do diretor em si, mas por meio de aprofundamento de reflexões, de modo que, seja perceptível que ao dividir autoridade entre os vários setores da escola, não há uma perda de poder por parte do diretor, já que ele não pode perder o que não possui, e na medida em que ocorre isso, quem ganha poder é a própria escola.

Por meio disto, vemos que a democracia se torna presente no ambiente de trabalho, na qual é possível todos agirem, cada qual dentro dos seus limites, respeitando o lugar do outro. Da mesma forma, é notório que o cargo de diretor fique mais desfocado, não retirando sua responsabilidade e representatividade, mas como já foi dito, delineando e repartindo as ações de todos que fazem acontecer a escola.

Diante do que vem sendo exposto, vemos que para uma melhor atuação, é imprescindível que a escola, a partir do momento que se põe como uma instituição que atende à sociedade, deva saber quais caminhos deseja enveredar e o compromisso que possui perante os indivíduos. Conforme Dessen e Polônia (2007) a escola concebe-se num contexto que tem como prioridade as relações de aprendizagem, mas que constrói e abrange também laços de afetividade e prepara o indivíduo para o mundo. Então, vemos que a escola acolhe o sujeito em sua completude e precisa estar preparada para as várias dificuldades, que com certeza, irá encontrar.

Deste modo, quando a escola se encontra organizada em seu âmago, revela sua real função para o exercício de suas atividades, a qual certamente, ao longo de sua trajetória, encontre obstáculos, mas que por sua vez, podem ser ultrapassados e lhe sirvam posteriormente como experiência e memória de superação. Para isso acontecer, portanto, é necessário enfatizar que a escola trabalhe sempre em conjunto, escutando seus parceiros e se aliando às estratégias que vão dando efeito ao longo de seu percurso.

Com efeito, é dispensável o pensamento sobre a relação família-escola, como uma utopia, uma idealização. Todavia, a estruturação dos laços entre estes devem ser testados constantemente e os resultados, por mais que sejam mínimos, devem ser aplaudidos, pois a desistência da relação, não é o melhor dos caminhos. Por meio disto, o que se percebe é que quando busca-se melhora e resultados, faz-se relevante retornar ao início da relação, a fim de saber como se deu a compactuação entre as partes.

Para Zenker(2004 apud SOUSA, 2011), toda relação começa a existir quando há uma procura, no caso, a família que vai ao encontro da escola, e a escola, deste modo, apresenta suas normas, princípios, qualidades, enfim, o que pode ofertar a família e ao aluno. Assim, a família, quando tem a opção, pesquisa o melhor ambiente escolar para matricular o filho.

Com isso, a mesma autora continua afirmando que a partir do momento que efetua-se a matrícula e os acordos são feitos, entre família e escola começa-se a estabelecer uma espécie de jogo, no qual ocorrem as mais diversas formas de jogar, já que os dois âmbitos se fazem em universos complexos, cada qual revelando suas crenças, valores e costumes, que vão se tornando visíveis no cotidiano.

Vê-se então, que o aluno não mais passa a receber influencia de só uma instituição, no caso sua família, mas passa a influenciar e receber também influência do meio escolar, cada lado mostrando, dessa forma, suas especificidades e singularidades. Diante disso, é notório que possam surgir algumas discrepâncias em relação à orientação do aluno, deste modo, é de suma importância que tanto a escola como a família se alinhem às necessidades do aluno, colocando este como foco principal, fazendo de tudo para evitar atritos e discordâncias que não são benéficos ao desenvolvimento do sujeito.

A todo momento, então, percebemos que para o afunilamento da relação ocorrer, há a necessidade da colaboração de ambas as partes. Assim, uma forma de aproximação, por exemplo, é a família e escola criarem laços, nos quais a escola observe e saiba o que o aluno traz como experiência de casa, e que seja acolhido e, quando preciso, filtrado por esta para uma devolução ao mesmo, do mesmo jeito que, a família deva estar atenta ao que este traz como um repertório da escola, observando os modos e práticas, a fim de conhecer e se avizinhar mais sobre a vida estudantil do filho.

Mas de quem advém, então, o primeiro passo para que esta aproximação aconteça? Vê-se aí que esta é uma questão que se faz pertinente e necessária ao debate, pois quando fala-se sobre a educação, qualquer uma das partes se torna abrangente e se coloca em patamar de igualdade. No entanto, quando atribui-se à escola um papel de orientadora social, acredita-se que esta tem o poder de fomentar e atrair a família, sendo a primeira a criar e estabelecer os vínculos necessários.

Desta maneira, a escola deve buscar compreender que há famílias que vão ao encontro desta sem que nenhuma solicitação e convite cheguem até eles. Em contrapartida, há outras que inevitavelmente será preciso a convocação. Diante disso, a escola deve manter essa compreensão e ser a primeira a elaborar passos para que facilite a trajetória e a estadia da família no espaço escolar.

Com isso, Parolin (2007 apud SOARES) destaca que a família está precisando das parcerias das escolas, que ela não dá conta da educação dos filhos sozinha. A partir daí, percebe-se que a família, mais do que nunca, necessita do auxílio dos educadores para uma melhor efetivação da educação e consequentemente do ensino aos filhos.

A escola precisa demonstrar seu plano de atuação e esboçar este perante a família, evidenciando assim ações na qual favoreça a participação desta e as duas exerçam uma parceria compromissada que afete o desempenho do aluno.

Por meio disto, faz-se possível analisar algumas formas pelas quais família - escola buscam um melhor desenvolvimento do sujeito. Primeiramente, vemos que o diálogo, como um instrumento de construção e ajuda entre as partes envolvidas, faz-se indispensável para criar um ambiente saudável e edificante para o aluno.

A partir disso, é inegável que os caminhos vão sendo construídos, amarrados e facilitados. Como outra forma, vê-se que a escola deve procurar saber e reconhecer a rotina exaustiva de muitos pais, e estes porém, devem buscar deixar isso de forma clara, não como uma justificativa para as ausências existentes, mas como um meio da escola poder se situar e ajustar opções para que esta venha a ter a possibilidade de acompanhar os filhos.

De acordo com isso, Paro (1993 apud SOARES) cita que parece haver uma incapacidade de compreensão daquilo que é repassado na escola, por outro lado, há uma falta de habilidade para promover essa comunicação. Então, é perceptível que a troca de experiências e saberes deva acontecer, e que o contato é indispensável entre as duas instituições, deste modo, não vale que cada qual espere algo mais que a outra, mas que estas percebam a importância e o grau de responsabilidade de cada uma diante da situação.

Contudo, a família não deve ficar calada quando não souber de que maneira lhe dar e ajudar o filho, deve buscar a escola e esta por sua vez, deve estar disposta a procurar maneiras de subsidiar quem a procura. Com isso, é sabido que há vários meios dos pais participarem da vida estudantil dos filhos. Freitas, Maimoni e Siqueira; de Maimoni e Miranda (1994; 1999 apud FERNANDES, 2014) relatam que estes podem acompanhar tarefas e trabalhos escolares, verificar se os filhos fizeram o que foi solicitado pelo professor, informar-se sobre agendamento de provas e datas importantes, entre outros. Com certeza, isso fará um grande diferencial à vida escolar do alunos, pois os filhos percebem a presença e o amparo destes,influenciando assim,num impacto positivo na trajetória escolar.

De certa forma, quando os pais veem o desenvolvimento pedagógico do filho isso também os atraem ao ambiente escolar. Assim Vasconcelos (1989 apud SOARES) enfatiza que uma das melhores formas de chegar até a família é por meio dos filhos, daí a relevância da escola desenvolver um trabalho participativo e significativo em que o aluno entenda o que está sendo proposto.

Deste modo, compreende-se que quando o aluno se vê como uma pessoa que contribui, este começa a conquistar seu espaço em consonância com o que a escola propõe, se enxergando como imbricado da situação e levando isso para casa, convencendo os pais também a uma compreensão e entendimento do que a escola almeja.

A partir daí, entende-se que a escola precisa se portar como uma grande incentivadora dos estudantes. Através disso, precisa cada vez mais criar e executar tarefas que possibilitem a progressão destes, na qual se sintam atraídos e despertem assim a participação da família. Então, podemos compreender que a escola, deve por diversas vezes, parar de somente destacar os pontos negativos em relação ao aluno e procurar maneiras que possa suprir a necessidade que este possa estar sentindo, fazendo com que ele perceba o suporte que está recebendo exercendo dessa forma seu protagonismo dentro da situação, podendo assim, começar a construir e enveredar por caminhos positivos.

Os familiares, na medida em que forem sendo convidados pela escola através dos alunos, devem também optar e se esforçarem o máximo que puderem para se manterem presentes, agindo dessa forma, os filhos certamente se sentirão mais determinados e ajudados para evoluírem academicamente. Podemos considerar, a partir disso, que os alunos carecem de um ambiente estimulador, e este lugar pode ser arquitetado tanto na família como na escola.

Vygotsky à luz da abordagem Histórica Cultural concebe também o conceito de zona de desenvolvimento proximal. É impossível se remeter a este termo sem lembrar da mediação e vice-versa. Desta forma, Vygotsky (1989 apud SOUZA; ROSSO, 2011) desenvolve como sendo a distância entre o nível de desenvolvimento real, constituídas por funções já consolidadas pelo sujeito, que demonstram sua autonomia, e o nível de desenvolvimento potencial, caracterizadas pelas funções em estágio embrionário e não amadurecidas. Ou seja, trata-se da distância entre o que o aluno tem a capacidade de aprender sozinho e aquilo que não consegue, mas por meio da interação com o outro pode vir a conseguir realizar. Com isso, podemos retirar que o meio escolar e o familiar possam vir a funcionar como os principais mediadores e consequentemente estimuladores no desenvolvimento e aprendizado de um sujeito.

Por meio disso, vemos aí que o ato de aprender e se desenvolver não acontece de maneira solitária, faz-se de extrema significância que um outro esteja sempre interagindo, fazendo trocas de experiências e saberes, motivando deste modo, o educando. Dessa forma, Casarin (2007) cita Alosp (1999) na qual diz que a aprendizagem se dá em um contexto social e que essas trocas de informações proporciona um crescimento do grupo.

Assim, percebe-se que quando o sujeito escolar conta com um apoio, este consegue facilmente corresponder as solicitações escolares e também as expectativas familiares, realizando dessa forma suas obrigações como estudante, criando autoestima e autonomia para lidar com os desafios do cotidiano.

Entendemos desse jeito, que um indivíduo que está procurando se desenvolver e amadurecer não deve ser responsabilizado por seus fracassos escolares, principalmente, se não depende e conta com o amparo de outro indivíduo na caminhada estudantil.

Porém, deve-se reconhecer que quando os pais e escola buscam de tudo e cumprem suas funções como o esperado e o aluno, mesmo assim, não consegue corresponde-los positivamente, claramente, este sujeito precisa assumir também suas responsabilidades tanto consigo mesmo como com os outros que desejam seu sucesso e desempenho escolar.

É possível extrair a partir disso que o papel do filho nos tempos atuais modificou-se também, e hoje a família espera que o filho tenha especificamente a função de estudar, não tendo a preocupação de trabalhar para ajudar no sustento da família, como antigamente, fazendo assim, todo um planejamento de um futuro promissor e brilhante do filho.

Contudo, podemos entender que isso de certa forma afete consideravelmente o teor de responsabilização dos pais perante aos filhos, na qual estes assumem por imposição da sociedade todo o sucesso ou fracasso referente a vida dos filhos.

Diante disso, Nogueira (2006) fala que os pais tornam-se os responsáveis pelos êxitos e não êxitos escolares e profissionais dos filhos, tendo como tarefa instalá-los da melhor forma possível na sociedade. Portanto, podemos inferir disso que o excesso de responsabilidade por somente uma das partes não poderá surtir muito efeito, pois como já vimos, pode gerar um ambiente não propício ao desenvolvimento do aluno, dessa forma, o mais ideal e saudável é buscar sempre o equilíbrio da relação família-escola.

Contudo, retomando as formas pelas quais estes dois espaços podem ajudar no desempenho do aluno, devemos lembrar a todo momento que sempre uma vai necessitar da outra, e não cabe nenhuma das duas ficar sobrecarregadas por algo que a outra se escusou de cumprir.

Sobre esta aproximação e firmação de vínculos entre ambas, Paro (2010) relata que muitas vezes isso não ocorre por conta da família ter timidez diante dos professores, temer a reprovação dos filhos e também sentirem que a cultura da escola é algo muito distante e separado de suas experiências.

Por meio disso, vemos a necessidade da escola se ater para as várias questões envoltas das famílias. Conforme o que foi dito, entende-se que muitos pais sentem certo receio de aproximação ou repulsa por não conhecerem a realidade do ambiente escolar e acreditarem que este é muito diferente de suas realidades.

Diante disso, percebe-se que são inúmeros os fatores que impossibilitam ou tornam difíceis o contato entre escola e família. Às vezes, se valem de questões mínimas de serem entendidas e solucionadas rapidamente. No entanto, de fato, é preciso relembrar, que a escola deve estar sempre a frente disso, tentando descobrir e buscando explicações plausíveis do porquê de que muitas famílias sentem dificuldades de participarem ativamente do contexto escolar dos filhos.

Deste modo, é importante buscar evidenciar e trazer à tona todas essas questões, a fim de tentar esclarecer ou até mesmo buscar soluções cabíveis que ajudem neste processo.

CAPÍTULO V

8. ALGUMAS ESTRATÉGIAS DE APROXIMAÇÃO E POSSÍVEIS PREJUÍZOS DA NÃO APROXIMAÇÃO

No capítulo anterior foi feita uma ampla análise sobre a relação entre família e escola, traçando algumas questões pertinentes ao desempenho acadêmico dos alunos, tema central deste trabalho. Aqui, tentaremos abordar possíveis estratégias de aproximação dessa relação, bem como elencar alguns prejuízos causados pela não participação da família no contexto escolar do filho.

Ao longo do texto, vimos que tanto a família como a escola devem sempre buscar o empenho nas suas respectivas atribuições perante aos estudantes. Desta forma, tentou-se enfatizar e demonstrar ao discorrer deste trabalho, que a família e escola não andam sozinhas, que é necessário estas duas instituições buscarem sempre formas de aproximações para trilharem os caminhos mais adequados para um bom desenvolvimento do aluno.

É fato que a aproximação desta relação família-escola já se perfaz numa perfeita estratégia e é inegável que isto não influencie na vida escolar do indivíduo. Assim, quando a proximidade entre esses dois eixos surgem, torna-se mais fácil advirem os interesses colaborativos de ambos no desempenho de suas respectivas funções.

Então é sabido que o envolvimento destes pares é mais que preciso em relação ao desempenho acadêmico do estudante. Diante disso, as propostas e estratégias serão sempre bem-vindas para se alcançar os caminhos necessários. Almeida (2014) cita Epstein (1992) trazendo sua Tipologia de Envolvimento Parental, englobando cinco aspectos que podem colaborar no empenhamento entre os contextos escolar e familiar, conforme abaixo:

Tipo 1: Obrigações essenciais dos pais

Quer dizer das ações da família referentes ao desenvolvimento integral do sujeito, valendo-se da promoção da saúde, proteção e evolução deste. É dever da família criar um ambiente favorável a aprendizagem do indivíduo, além de corresponder todas às suas demandas.

Tipo 2: Obrigações essenciais da escola

Quer dizer das várias formas que a escola adota para estabelecer uma comunicação com a família a respeito da dinâmica escolar, evidenciando os progressos do aluno, normas, métodos de ensino e avaliação, enfim, das funções gerais desempenhadas pela escola.

Tipo 3: Envolvimento dos pais em atividades de colaboração na escola

Trata-se sobre o trabalho dos pais juntamente com a equipe escolar, ou seja, de como estes podem colaborar nas programações, reuniões, eventos e atividades da escola. Seria uma espécie de voluntariado da família perante o espaço escolar.

Tipo 4:Envolvimento dos pais em atividades que afetam a aprendizagem e aproveitamento escolar em casa

Se caracteriza como os meios em que a família constrói e emprega para o acompanhamento do filho em suas tarefas escolares e isso pode ser realizado através da orientação e instrução da escola.

Tipo 5: Envolvimento dos pais no projeto político da escola

Fala da participação ativa dos pais nas decisões da escola . Se caracteriza pelas representações e colegiados que a escola constrói juntamente com a família para dar efetividade as metas e projetos escolares.

Acima foram retratados algumas alternativas que a parceria entre família e escola podem seguir a fim de conseguirem resultados positivos em relação ao percurso escolar do aluno. A partir daí, podemos afirmar que se torna possível criar uma relação saudável e edificante, desde que claramente as partes envolvidas estejam sempre em comum acordo e consenso do que procuram exercer.

Quanto aos efeitos negativos e possíveis danos causados pela ausência da família no contexto estudantil do filho, podemos inferir que o rendimento escolar e desenvolvimento do aluno não esteja somente atrelado ao não acompanhamento dos pais, como já foi debatido anteriormente, porém alguns aspectos se tornam visíveis pela não participação destes.

Lopes (2006 apud DUARTE; FEITOSA, 2010) revela que os pais são atores fundamentais no processo institucional e de acompanhamento dos filhos. Dessa forma, a família precisa iniciar desde os primeiros anos de vida a ideia do processo educacional em casa e dar prosseguimento no âmbito escolar, buscando sempre o aprimoramento do filho.

Winnicott (1997 apud DÍAZ, 2009) também é outro autor que traz sobre o acompanhamento da família nos primeiros anos de vida. Ele relata que os bons cuidados iniciais do indivíduo, uma vez internalizados, levam ao desenvolvimento da responsabilidade, da construção de uma personalidade segura e uma boa inserção e adaptação deste ao âmbito social.

Por meio disto, podemos entender todas as aprendizagens do sujeito, incluindo a aprendizagem no espaço escolar e isso se pode ser construído através da motivação e apoio desde cedo por parte da família.

Segundo Ferreira e Barrera (2010) quando não há valorização dos familiares pelo processo estudantil, os estudantes tendem a não valorizar também o espaço escolar. O mesmo autor acrescenta que a ausência da família é motivo de desânimo e não interesse por parte dos alunos. Com isso, pode-se dizer que a ausência familiar pode ser um dos fatores que causam vários prejuízos no contexto escolar dos estudantes. Mas, talvez, o problema não seja na ausência em si, mas no quanto perdura este não envolvimento e esquiva por parte dos responsáveis familiares.

Duarte; Feitosa (2010 apud NAKANO, 2013) destacam que o desânimo e a falta de interesse podem ocasionar em vários problemas educacionais, tanto por parte dos alunos como da própria escola. Faz-se perceptível, então, que quando isso se instala possa repercutir e desencadear em vários desinteresses por parte dos alunos, desde a não participação ativa nas aulas, faltas frequentes, a não realização de trabalhos e atividades ou até mesmo a evasão escolar, desestruturando dessa forma, todo perfil acadêmico positivo do aluno.

Portanto, vimos que são várias as consequências que podem serem geradas pela não participação da família no contexto escolar do filho, mas também podemos asseverar, que este não acompanhamento, em parte, possa estar ligado a uma não aproximação mais que necessária da relação entre família e escola, confirmando assim, mais uma vez, que é preciso buscar formas e subsídios para que essa proximidade aconteça e se fortaleça a cada dia, abrindo possibilidades para caminhos mais frutíferos dessa parceria e consequentemente no itinerário acadêmico do estudante.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho buscou-se entender as formas pelas quais o impacto da relação família e escola afetam o desempenho acadêmico do aluno. A todo momento ficou esclarecido que não restam dúvidas que o elo entre família e escola afete positivamente no desempenho do aluno.

Mas vimos que os caminhos a serem percorridos para uma aproximação necessária entre estas duas instituições são regados de muitas dificuldades, pois percebe-se que ainda há um certo desarranjo quanto as funções específicas a serem executadas por cada uma.

Dessa forma, notou-se que tanto o âmbito familiar como o escolar ficam perdidos quanto as suas divisões de responsabilidades, o que acaba, por vezes, sempre em um tendo que arcar e se sobrecarregar pelo o não feito do outro.

Diante disso, compreende-se que para se ter uma relação harmoniosa, é favorável que a família e a escola criem propostas construtivas e participativas a fim de estabelecerem formas incentivadoras que influenciem no desempenho acadêmico do estudante.

Com isso, é preciso ter estabelecido anteriormente o papel de cada um dentro deste processo, para assim, ajudar na elucidação de tarefas que cada qual precisa desempenhar. Porém, de certa forma, entende-se que a escola é sempre a primeira a criar e estabelecer ações que favoreçam a relação, acreditando que esta tem uma função vital dentro da sociedade de transformação social.

Sendo assim, é necessário que a escola, no seu papel de orientadora social, esteja sempre atenta aos novos moldes e estruturas familiares, percebendo e buscando adaptações suficientes que alcancem e atraíam a família ao espaço escolar, não se acomodando e desanimando quanto aos efeitos negativos que possam surgir durante o percurso.

Por outro lado, a família precisa ter o comprometimento de se envolver nas questões relacionadas ao processo estudantil dos filhos, não se omitindo frente ao seu papel, ajudando e buscando formas que contribuam no efeito positivo do aluno.

É importante ressaltar que quando trata deste tema não há uma receita pronta a seguir e que se aplicada verdadeiramente vá funcionar, pois cada ambiente escolar e familiar possuem suas especificidades e seus contextos, compreendendo que para implantar uma relação equilibrada e harmoniosa entre os pares e que surta efeitos favoráveis no desempenho do aluno, é perceptível e indispensável uma colaboração e corresponsabilização entre as partes envolvidas.

Conclui-se deste modo que para a construção de uma parceria entre família e escola serão encontrados vários obstáculos, mas se ambos caminharem com os mesmos objetivos, estes devem ser vivenciados e compartilhados, com o intuito de designarem formas e meios de superarem, abrindo novos horizontes, para que assim, aconteçam e fortaleçam os vínculos esperados permitindo o desempenho acadêmico do sujeito.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Publicado por: Francisca Aparecida Nayara Carvalho

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