Gestão Democrática- Um caminho a ser trilhado
índice
- 1. RESUMO
- 2. INTRODUÇÃO
- 2.1 JUSTIFICATIVA
- 2.2 OBJETIVOS
- 2.2.1 Objetivo Geral
- 2.2.2 Objetivo Específico
- 3. REVISÃO DE LITERATURA
- 3.1 Gestão Escolar
- 4. PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
- 4.1 Tema e linha de pesquisa
- 4.2 Justificativa
- 4.3 Problematização
- 4.4 Objetivos
- 4.4.1 Objetivo geral
- 4.4.2 Objetivo específico
- 4.5 Conteúdos
- 4.6 Processo de desenvolvimento
- 4.7 Recursos humanos e materiais
- 4.8 Avaliação
- 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- 6. REFERÊNCIAS
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1. RESUMO
Este projeto propõe ações que possibilitam o inicio para uma caminhada em direção ao processo da gestão democrática com a participação efetiva da comunidade escolar. Tendo em vista que a escola é conduzida de acordo com o que a equipe direciona, o âmbito escolar nem sempre está aberto para edificarem este processo de transição. Sair da zona de conforto muitas vezes gera medo e insegurança, porem há muitas literaturas voltadas para este tema, alguns autores como Paulo Freire, Moacir Gadotti e Demerval Saviani nos dão base para que possamos construir um trabalho voltado para a gestão democrática considerando um novo olhar na forma de conduzir a instituição. Tal mudança acontece com a participação efetiva dos pais e da comunidade como um todo, devendo ser uma constate tanto no aspecto físico quanto na documentação, pois o Projeto Político Pedagógico é de suma importância na escola, e deve ser elaborado e colocado em prática para que possamos ver os frutos. Com isso buscamos através deste proporcionar a escola de campo uma pratica diferente com ações como palestras, mesa redonda e a reorganização do aspecto físico, buscando aprimorar a escola como um todo.
Palavras-chave: Gestão Democrática, Escola do Campo, Projeto Político Pedagógico.
2. INTRODUÇÃO
Todo lugar onde haja pessoas precisa de certa organização para um bom andamento assim há necessidade de uma equipe escolar à qual têm a função de conduzir o trabalho seja pedagógico, de orientação e organização do ambiente escolar.
Para isso, é necessário estar ciente do que se almeja em termos de conquistas, pois um bom trabalho de gestão implica em vários fatores podendo construir ou desconstruir a escola como um todo.
Ainda se percebe que em muitos lugares está enraizado o modelo em que apenas o diretor tem voz e tem vez, procurando apenas consultar algumas pessoas para a tomada de decisões, ou para obter sugestões para agregar o ambiente escolar.
Atualmente há muitos estudos sobre as escolas do campo e suas lutas, assim como a questão sobre a gestão democrática também se repercute em nossas literaturas atuais, e embora ainda tenhamos enraizado algumas formas de se conduzir o trabalho de gestão onde apenas uma pessoa comanda o todo, já estamos ampliando tais discussões através de leituras e possíveis mudança de condutas.
Sabemos que a questão de consciência sobre a gestão democrática deve ser uma constante, mas a necessidade de se aplicar em uma escola do campo se torna maior pela conscientização perante todas as lutas e mudanças geradas através de estudos na busca de uma educação campesina de qualidade.
Assim ha necessidade de saber se as pessoas que trabalham na escola possuem conhecimento sobre o que é a Gestão Democrática assim como toda a comunidade escolar, e sobre o Projeto Político Pedagógico da instituição, pois, o conhecimento é o que acreditamos gerar possíveis mudanças na conduta dos seres humanos.
Para isso propomos algumas ações que possibilitem conhecimento sobre o assunto, abrindo um leque de possibilidades para sugestões e contribuições para uma escola mais efetiva.
2.1. JUSTIFICATIVA
Falar sobre Gestão Democrática na escola nem sempre é fácil, e manter essa conduta de trabalho mais difícil ainda, pois precisa ter claro qual o papel da escola, e um plano direcionado de trabalho,
Muitas vezes se fala sobre o tema porem não ha ações fora do papel, desta forma este projeto justifica se pelo fato de propor ações que busquem favorecer uma participação mais efetiva da comunidade escolar.
2.2. OBJETIVOS
2.2.1. Objetivo Geral
Proporcionar maior participação da comunidade no âmbito escolar.
2.2.2. Objetivo Específico
- Identificar qual a importância da gestão democrática para a escola do campo em meio as suas principais características;
- Analisar qual é a importância do trabalho democrático considerando o Projeto Político Pedagógico da escola;
- Propor um trabalho direcionado à gestão democrática;
- Realizar ações que ampliem o conhecimento sobre a gestão democrática e o PPP;
- Elaborar projetos que possibilitem a participação efetiva da comunidade escolar;
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. Gestão Escolar
A questão de gerir um grupo amplo como uma escola, se torna complexo, e muitas vezes as pessoas que estão à frente se perdem no meio do caminho, podendo comprometer toda estrutura fazendo assim com que haja um declínio no trabalho, sendo difícil de se recompor novamente mais tarde.
Assim é necessário que entendamos primeiramente qual é a função da escola, pois a falta de compreensão acaba dificultando o processo de desenvolvimento, fazendo com que ainda possamos observar comportamentos arcaicos e enraizados e uma forma conservadora e descontextualizada de se conduzir o trabalho no ambiente escolar.
Muitas vezes as pessoas que conduzem a escola têm um olhar especifico sobre determinados temas tratados, ou sobre como a escola deveria ser conduzida diante de vários fatores que interferem no seu cotidiano, e dificilmente consideram o olhar de outras pessoas, o que acaba dificultando a condução do trabalho de uma forma geral.
Desta forma é necessário que todos saibam que a função da escola é a de transmitir conhecimento, ou melhor, de transformar o conhecimento do senso comum para o conhecimento cientifico, também a escola tem um grande papel social, o de formação humana do individuo.
Consideramos então que a função da escola deve estar claro para que não se perca o foco de seus objetivos perante a comunidade escolar, assim ó âmbito escolar deve favorecer a educação formal, conciliando com a não formal, chamamos de educação não formal alguns preceitos, valores que acontecem em tais ambientes como na família, rua, trabalho, assim como no meio de comunicação, etc.
Para Carmem Soares (1996, p.6):
Talvez a escola pudesse ser um lugar onde se vai para aprender coisas que não se sabe, ou que se sabe apenas na superfície. (...) A escola então estaria tratando de saberes mais elaborados ou, conforme Snyders, rompendo com a cultura primeira, ampliando o horizonte do aluno para coisas, lugares e saberes que ele não atingiria sem ela. (...) Esta escola como lugar de conhecer, estaria colocando, para o aluno, o que há de grandioso na ciência, ou seja, o homem diante da dúvida, diante de um processo que se constrói pelos erros e pela negação... por rupturas e continuidades e, sobretudo, por interesses humanos.
É perceptível que a escola deve ser um local que contribui para a formação humana, em todos os sentidos, intelectual, emocional, social e cultural do individuo , sendo assim é papel da escola articular meio de reestruturação de instrumentos que possam superar a alienação presente em algumas práticas educativas.
Com isso a afirmação de Mészáros, (2005, p.65) pontua que:
o papel da educação é soberano, tanto para elaboração de estratégias apropriadas e adequadas para mudar as condições objetivas de reprodução, como para a automudança consciente dos indivíduos chamados a concretizar a criação de uma ordem social metabólica radicalmente diferente. (p.65)
Percebe-se assim quão é importante o papel dos gestores escolares que por sua vez colaboram de forma efetiva nesse processo, tendo em vista que são eles que elaboram um plano de ação para a condução da escola durante a sua gestão.
com o conhecimento da política educacional de seu povo e dos deveres de administrador. (...) [O diretor] defende a política de educação estabelecida, interpreta-a, realiza-a em sua esfera com inteligência e lealdade. (...) Sua ação não se limita, porém, à administração, ela é também de orientação ou de cooperação como o orientador. Em qualquer dos casos é preciosa e indispensável. (...) É então o coordenador de todas as peças da máquina que dirige, o líder de seus companheiros de trabalho, o galvanizador de uma comunhão de esforços e de ações em prol da obra educacional da comunidade (Leão, 1953, pp. 107-109).
Não há como deixar de relacionar os sujeitos que compõe a equipe diretiva da escola com a prática de gestão democrática, pois há necessidade de exercer certa liderança e muitos que pertencem ao quadro não estão prontos para tal cargo.
Segundo Maxwell (2008, p. 12), desenvolver liderança é algo muito complexo e exigente, porque para ele,
♦ Liderança é a disposição de assumir riscos. ♦ Liderança é o desejo apaixonado de fazer diferença. ♦ Liderança é se sentir incomodado com a realidade. ♦ Liderança é assumir responsabilidades enquanto outros inventam justificativas ♦Liderança é enxergar as possibilidades de uma situação enquanto outros só conseguem ver as dificuldades. ♦Liderança é a disposição de se destacar no meio da multidão. ♦Liderança é abrir a mente e o coração. ♦ Liderança é a capacidade de subjugar o ego em benefício daquilo que é melhor. ♦ Liderança é evocar em quem nos ouve a capacidade de sonhar. ♦Liderança é inspirar outras pessoas com uma visão clara da contribuição que elas podem oferecer. ♦ Liderança é o poder de potencializar muitas vidas. ♦Liderança é falar com o coração ao coração dos liderados. ♦ Liderança ó a integração do coração, da mente e da alma. ♦ Liderança é a capacidade de se importar com os outros e, ao fazer isso, liberar as ideias, a energia e a capacidade dessas pessoas ♦ Liderança é o sonho transformado em realidade. ♦Liderança é, acima de tudo, coragem.
A questão de liderança está ligada na questão de gestão democrática, não há como desconciliar, pois um bom líder consegue fazer com que todo o grupo se envolva no trabalho.
Hunter (2004, p. 25), nos diz que "Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum".
Ângelo Ricardo de Souza nos fala que
(...)a construção de um conceito de gestão escolar democrática, reconhecendo-a como um processo político que é mais amplo do que apenas as tomadas de decisão e que é sustentado no diálogo e na alteridade, na participação ativa dos sujeitos do universo escolar, na construção coletiva de regras e procedimentos e na constituição de canais de comunicação, de sorte a ampliar o domínio das informações a todas as pessoas que atuam na/sobre a escola (SOUZA, 2009, p. 136)
Desta forma percebemos que o ambiente escolar deve estar consolidando a gestão democrática de acordo com suas especificidades, pois cada espaço escolar possui características especificas e que merecem ser destacadas.
As características próprias da Escola do Campo propiciam uma maior convivência com as formas organizativas da vida produtiva, cultural, religiosa e política do campo. Com isso, a gestão democrática inclui a possibilidade do professor participar das reuniões comunitárias e abrigar, na escola, assembléias gerais da comunidade. Desta forma, a escola pode se tornar um espaço para encontros da comunidade e dos movimentos sociais como uma das formas de estímulo à participação de todos na vida escolar (GRACINDO, 2006, p.46).
Pressupomos que uma prática educativa deve contribuir para o desenvolvimento, onde o ambiente seja de valorização das relações sociais e culturais dos sujeitos do campo e que busca o desenvolvimento de políticas social e local.
O PPP é o documento que agrega os projetos, a política e o trabalho pedagógico que entraria em vigor, que busca proporcionar a todos uma educação de qualidade que seja voltada para o campesinato.
Ou seja, como nos fala Veiga 1995, p 12 ”Nesta perspectiva, o Projeto Político Pedagógico vai além de um simples argumento de planos de ensino e de atividades diversas”.
Desta forma o PPP não deve ser um amontoado de palavras, mas ser o norte de ensino da Instituição para qual ele foi elaborado, ou seja, ele deve conter ações necessárias para uma melhor organização do trabalho pedagógico e administrativo evidenciando assim o trabalho na escola que neste caso é do campo.
Saviani, (1991, p.51) relaciona que se deve
ordenar e sistematizar as relações homem-meio para criar as condições ótimas de desenvolvimento das novas gerações, cuja ação permita a continuidade da cultura, e em última instância, do próprio homem. Portanto, o sentido da educação, a sua finalidade, é o próprio homem quer dizer a sua promoção.
Na busca por uma gestão democrática, muitas ações foram concretizadas, a construção do Projeto Político Pedagógico, é uma das ações que norteiam a democratização da escola.
A escola possui ideais e metas a cumprir, para Gadotti (1994, p.579)
Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.
Contemplando as relações que se estabelecem entre os Três eixos que compõem o Projeto Político Pedagógico podemos ter um norte do que queremos e buscamos no ambiente escolar, e o que desejamos para o futuro.
Pois segundo Veiga (2001,p.11)
O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explicito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária.
Assim, o PPP é o que organiza e conduz os interesses tanto dos educandos quanto os dos educadores no processo de transformação da escola e da realidade em que esta inserida.
Veiga nos diz que o
Projeto Político Pedagógico é uma ação intencional. É político no sentido de compromisso da formação do cidadão para um tipo de sociedade. É pedagógico no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias das escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade (VEIGA, 1995, p.13).
Severino (2002) nos fala que a educação favorece a autonomia e emancipação do homem. Por isso as ações do Projeto Político Pedagógico devem contemplar a promoção da vida humana, a capacidade de aprender e adaptar se.
“O homem nasce na Natureza e na Cultura, desta forma é fruto e ao mesmo tempo garantia da continuidade da Cultura e da História humana” (Severino,1998,p.52).
Assim o Projeto Político Pedagógico é uma forma de sustentação da vida e da cultura em que a instituição pertença e também como diz Azanha (2000,p.20) “tomada de consciência dos principais problemas da escola, e das possibilidades de solução e definição das responsabilidades coletivas e pessoais para atenuar as falhas detectadas”.
A escola do campo abre um amplo leque de questões culturais e histórica que devem estar inseridas no PPP, questões que não podemos deixar perder se e outras que devemos intervir e buscar melhorias.
Sendo assim ela é rica em suas especificidades, pois ela contempla muitas características que são próprias do campesinato e que através dessa leitura cultural e social deve se construir o Projeto Político Pedagógico, buscando concretizar uma gestão democrática que norteie os caminhos a serem traçados.
A forma de condução de uma gestão democrática é o principio que rege uma educação emancipadora e isso distingue se pela conduta dos seus gestores e da sua visão sobre educação e sobre a função social da escola, ou seja, sua ideologia e os anseios dos que participam dela, para que se estabeleça a forma de gerir a escola.
Assim, o gestor deve ter características como a de observar, pesquisar e refletir sobre o cotidiano escolar e a busca por melhorias deve ser constante assim como deve acontecer à integração com a comunidade para q suas ações possibilitem melhorias, também no processo sócio-econômico e cultural do meio onde a escola esta inserida.
Neste sentido gestão participativa deve ser como algo que fortaleça as políticas educacionais possibilitando melhorar o desempenho da escola como um todo.
Compreender a educação do campo é mais do que apenas estar inserido neste contexto como professor, é ir além, é compreender, transmitir principalmente a importância e os benefícios de ser e estar no campo, é ressaltar a questão de interdependência.
Assim as teorias e prática são aliadas com a experiência de trabalho e educação dos educandos promovendo a discussão com as diferentes dimensões da formação do trabalhador.
Segundo as Diretrizes Operacionais para Educação Básica nas Escolas do Campo:
a identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes a sua realidade, ancorando-se, na temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de ciências e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos sociais em defesa de projetos que associem as soluções exigidas por essas questões à qualidade social na vida coletiva do país.
A escola deve manter uma estreita relação com a família do meio rural com presença e participação dos pais em inúmeros projetos e programas, assim como outros seguimentos da comunidade como produtores, empresas, entidades e associações, as quais têm participação na vida escolar.
Há muitas discussões sobre a educação do campo, embora já se tenha avançado há ainda muitos objetivos à alcançar, sendo a escolarização
da população do campo seus processos culturais e sociais o maior deles.
4. PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
4.1. Tema e linha de pesquisa
Embora existam muitas literaturas que cercam este tema a questão de Gestão democrática ainda é muito repercutida, tendo em vista que diante de muitos empasses e por várias vezes a escola acabe se perdendo do foco principal.
Tal conhecimento associado a ações no âmbito escolar ocasionam mudança de comportamento, de consciência que repercute também na sociedade.
Voltado para a linha de pesquisa Gestão Escolar o tema possibilita pensarmos a importância de obter consciência de quão importante é o trabalho da equipe que gera, e de como é importante a presença da comunidade escolar para o bom andamento da escola.
4.2. Justificativa
Gestão democrática é um tema amplo mais que se faz necessário sempre estar em evidencia, a construção de uma sociedade de fato democrática e com o olhar para o bem comum pode e deve ser construída e fortalecida no âmbito escolar.
As condutas enraizadas de autoritarismo e de favorecimento deveriam ser banidas principalmente do meio onde acontece a formação humana e acaba se estabelecendo na sociedade.
Desta forma, todo estudo sobre este tema se torna relevante ainda mais quando acompanhado de ações que possam favorecer a conduta que agreguem a forma de condução neste processo.
4.3. Problematização
Consideramos que a gestão democrática que muitas vezes fazem parte do PPP das escolas não são colocados em prática no dia a dia. Muitas vezes as condutas e formas de pensar a escola se dão apenas pela equipe que à gere, não possibilitando a participação da comunidade escolar como um todo.
Grande parte das ações desenvolvidas pela escola acontece de forma onde a equipe pré-estabelece e posteriormente repassa ao grupo para a execução, ou até decidem juntos porem acabam alterando o combinado por algum motivo.
Diante disso foi realizada pesquisa sobre a questão de gestão democrática, o papel da escola, e a importância de se ter a comunidade escolar de forma ativa para que a escola possa crescer e desenvolver tornando assim uma sociedade mais justa e igualitária.
4.4. Objetivos
4.4.1. Objetivo geral
Promover maior participação da comunidade no ambiente escolar.
4.4.2. Objetivo específico
-Realizar palestras sobre gestão democrática para a comunidade escolar;
- Evidenciar a importância da participação dos pais na escola;
- Manter a comunidade escolar atualizada sobre as questões de lutas que envolvem a educação do campo;
- Propor trabalhos que edifiquem a população campesina no âmbito escolar;
- Propor a caixinha de sugestões;
- Realizar o dia de ação na escola;
4.5. Conteúdos
Os conteúdos desenvolvidos neste projeto estão voltados para a socialização, oralidade, leitura, comunicação.
4.6. Processo de desenvolvimento
Para a realização deste projeto, é necessário que iniciemos o mesmo justificando ao público alvo a importância do seu desenvolvimento, com as palestras que esclareçam o que de fato é gestão democrática e como funciona a escola como um todo, fortalecendo a importância da participação dos membros na APP e demais grupos que a escola possua.
Também será realizada mesa redonda sobre o que a comunidade acha do trabalho desenvolvido pela escola, qual o olhar da comunidade sobre a escola, pontuando alguns aspectos que precisam de mudanças.
Após esse levantamento pontuado para melhoria da escola, será marcado um dia de ação onde todos, estarão envolvidos na sua organização física, realizando pequenos reparos onde ha necessidade, criando e organizando espaços que por motivos oriundos foram deixados de lado.
Também inaugurar a caixinha de sugestões onde os pais e funcionários poderão colocar suas sugestões para que a escola possibilite um desenvolvimento maior.
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Segunda |
Terça |
Quarta |
Quinta |
Sexta |
Palestra com a Equipe diretiva |
4 horas para realização |
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Mesa redonda com a comunidade escolar |
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3 horas |
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Inauguração da caixinha de sugestões
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30 min |
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Leitura e organização das sugestões |
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2 horas |
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Elaboração de projetos que envolvam a comunidade escolar |
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4 horas |
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Dia de ação
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8 horas |
4.7. Recursos humanos e materiais
Para realização deste projeto, será necessário o ambiente para palestra e mesa redonda, papel sulfite, papel colorido caneta, caixa de papelão, objetos utilizados para o dia da ação como, martelo, tinta, pincel, enxada, pregos, baldes, enfim o material que for necessário para a realização das sugestões que serão repassadas pela comunidade escolar.
4.8. Avaliação
A avaliação será através das observações e participação da comunidade escolar durante e posterior o projeto.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todos somos sabedores de que o Projeto Político Pedagógico são ações que a escola estabelece para conduzir o trabalho realizado nela em todos os aspectos, seja pedagógico, de orientação de socialização ou de organização como um todo.
Em sua maioria ele é elaborado para atender as necessidades da comunidade escolar em que pertence, e por isso ele se torna tão particular em cada escola, sendo como o norte de uma instituição, e devido a isso, ele está ligado à gestão que vincula na escola.
O processo de se estabelecer e estar disposto a se concretizar um processo de democratização no ambiente escolar deve primeiramente estar sendo inserido em meio a reformulação de um novo PPP, onde a reformulação seja algo que tenha a participação de todos pertencentes a comunidade escolar, e não algo que seja feito a quatro paredes apenas por algumas pessoas.
As ações estabelecidas propiciam um ambiente de cooperação fazendo com que todos se sintam responsáveis pelo ambiente escolar, e isso já faz com que se pré-estabeleça certa responsabilidade sobre o mesmo que gera cuidado e zelo.
O fato de todos estarem participando desse processo de reformulação já amplia e possibilita muitas mudanças visando a melhora do ambiente e seus avanços.
A relação do PPP e da gestão democrática se estabelece assim, e ambos fortalecem um ao outro e proporcionam uma escola de maior qualidade em seu contexto social, cognitivo e emocional, pois as pessoas quando sabem de sua importância para que o trabalho flua como um todo, se sentem mais felizes e assim passam a dedicar se mais na busca por uma educação que seja eficaz.
6. REFERÊNCIAS
ALERARO, Lisete R. G. Gestão Educacional. CALDART, Roseli Salete; PEREIRA, Isabel Brasil;
ALENTEJANO, Paulo; FRIGOTO, Gaudêncio (Orgs). Dicionário de Educação do Campo: Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, 2012
ARROYO, Miguel Gonzalez; CALDART, Roseli Salete; MOLINA, Mônica Castagna. Por uma educação do campo. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
BRASIL. CNE. Diretrizes Operacionais para a Educação Básica das Escolas do Campo (Parecer n.º 36/2001 e Resolução 01/2002 do Conselho Nacional da Educação) Brasília: 2002.
FERNANDES, B. M. Por uma educação do campo. In: ARROYO, M.;
_________________A educação básica e o movimento social do campo. v. 2. Brasília: Fundação Universidade de Brasília, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005, edição.
GADOTTI, Moacir. ”Pressupostos do projeto pedagógico”. In: MEC, Anais da Conferencia Nacional de Educação para todo Brasil, 28/08 a 02/09/1994.
GRACINDO, Regina Vinhaes. Conselho Escolar e Educação do Campo. Brasília: Secad.MEC, 2006.
HUNTER, James. O monge e o executivo. Rio de Janeiro: Sextante, 2004
MAXWELL, John C., 1947- O livro de ouro da liderança: o maior treinador de líderes da atualidade apresenta as grandes lições de liderança que aprendeu na vida/John C. Maxwell; tradução de Omar Alves de Souza. - Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008. –
SOUZA, Ângelo Ricardo de. Explorando e construindo um conceito de gestão escolar democrática. Educação em Revista. Belo Horizonte: UFMG. vol.25, n.3. 2009,. p.123-140 .
SAVIANI, Dermeval, 1944. Educação; Do senso comum à consciência filosófica Dermeval Saviani – São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1991.
VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político Pedagógico da escola: Uma construção Coletiva. In Projeto Político Pedagógico da escola: Uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995.
Publicado por: Sheila Peres
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.