EDUCAÇÃO LÚDICA. Os Jogos de Tabuleiro Modernos Como Ferramenta Pedagógica

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1. RESUMO

As formas de ver a educação têm mudado e, junto a esse novo olhar, a busca por novas formas de agir em sala de aula se tornou acelerada e crucial a uma educação de qualidade. O presente artigo propõe, portanto, analisar de forma breve, através da pesquisa bibliográfica, a importância do lúdico e do ato de jogar para uma aprendizagem significativa. Uma ênfase deste artigo é a análise, de forma específica, do Jogo de Tabuleiro Moderno, suas características principais, suas diferenças em relação aos jogos clássicos e seus possíveis usos pelo professor em sala de aula. É evidente na literatura a inserção dos jogos como ferramenta importante para o processo de ensino/aprendizagem. Este fato é explanado com propriedade por Teixeira (2008), Alves (2015) e Huzinga (2010), este último se tornou um dos livros essenciais nos estudos sobre a ludicidade. O ato de jogar foi descrito pelos autores pesquisados como fonte essencial do aprendizado e os jogos de tabuleiro modernos, apesar de serem mencionados apenas nas literaturas mais recentes, foram apontados como um conteúdo recheado em estratégia, no qual os erros são evidenciados como degraus para novos desafi9os e a cooperação se torna uma característica mais frequente. Conclui-se, então, que o currículo escolar necessita ser redimensionado, criando espaços de tempo para os jogos, a fim de que eles sejam respeitados e assumidos como uma possibilidade metodológica ao processo de ensino-aprendizagem de conceitos.

PALAVRAS-CHAVE: 1 Jogos. 2 Educação. 3 Jogos Educativos. 4 Estudo e Ensino.

2. INTRODUÇÃO

Muito se tem estudado atualmente sobre as mudanças nos paradigmas educacionais. A busca pelo novo, por uma educação contextualizada e lúdica tem se tornado um tema recorrente nos fóruns, congressos e especializações. Há uma mudança de consciência acontecendo e dentre as diferenças evidentes nos parâmetros referentes à aprendizagem, uma das principais é a recorrência ao lúdico, por parte do professor. Está claro para muitos professores a importância do ato de jogar, mas muitos não percebem resultados palpáveis deste ato na aprendizagem, e consequentemente, se perdem em realização de atividades que não transmitem o lúdico como deveriam.

É realmente possível aprender jogando? Como os jogos de tabuleiro, algo tão antigo, pode ser uma ferramenta valiosa no processo de ensino/aprendizagem? São estas as perguntas que nortearam a construção do presente trabalho e os estudos sobre as possibilidades que o jogo, especificamente de tabuleiro, pois envolve a interação direta entre as pessoas, pode oferecer como suporte pedagógico. O presente artigo propõe, portanto, analisar de forma breve, através de uma extensa pesquisa bibliográfica, a importância do lúdico e do ato de jogar para uma aprendizagem significativa.

3. O ATO DE JOGAR E A APRENDIZAGEM

No grande clássico dos estudos sobre a ludicidade Homo Ludens, de Huzinga (2010), encontramos a referência de que o jogo é mais antigo que a cultura, pois esta pressupõe sempre a sociedade humana. A cultura surge sob a forma de jogo, que ela é, desde seus primeiros passos. É através do jogo que a sociedade exprime sua interpretação da vida e do mundo. Segundo o autor, na dupla unidade do jogo e da cultura, é ao jogo que cabe a primazia. Este é objetivamente observável, passível de definição concreta, ao passo que a cultura é apenas um termo que nossa consciência histórica atribui a determinados aspectos.

O autor ressalta que a existência do jogo não está ligada a qualquer grau determinado de civilização, ou a qualquer concepção do universo. Os animais brincam tal como os homens e não esperaram que os homens os iniciassem na atividade lúdica. Os cachorros, por exemplo, convidam uns aos outros para brincar, respeitando a regra que os proíbem morderem, ao menos com violência, a orelha do próximo, fingem ficar zangados e, o que é mais importante, experimentam verdadeiro prazer e divertimento. O autor afirma que o jogo é mais que um fenômeno fisiológico ou um reflexo psicológico, ele é uma função significante, ou seja, tem em sua essência um determinado sentido.

Na literatura pesquisada há diversos indícios que mostram que a abstração de um conceito geral de jogo foi, em algumas culturas, tão tardia e secundária como foi primária e fundamental a função do jogo. A designação do conceito de jogo não foi distinguida com idêntico rigor por todas as línguas, nem sempre sendo sintetizada em uma única palavra. Em todos os povos encontramos o jogo, e sob formas extremamente semelhantes, mas as línguas desses povos diferem muitíssimo, em sua concepção do jogo. Poderíamos negar a validade de um conceito geral, afirmando que em cada grupo humano o conceito "jogo" denota apenas o que é expresso na palavra, ou antes, nas palavras que o designam.

Ê possível que alguma língua tenha conseguido melhor do que outras sintetizar os diversos aspectos do jogo em uma só palavra. Contudo, seja qual for a língua a ser tomada como exemplo, sempre será encontrada uma tendência constante para enfraquecer a idéia do jogo, transformando este em uma simples atividade geral, que está ligada ao jogo propriamente dito apenas através de um de seus diversos atributos, alguns dos quais serão mais aprofundados posteriormente, tais como a ligeireza, a tensão e a incerteza quanto ao resultado e a livre escolha.

Segundo Tsukumo e Carvalho (2013), linhas mais tradicionais de ensino têm tradicionalmente determinado uma distinção muito clara entre as brincadeiras e jogos e o trabalho. Dentro dessa visão, aprender é uma tarefa que requer muito trabalho. Segundo Alves (2015), aprendizagem é o processo por meio do qual conhecimento, valores, habilidades e competências são adquiridos ou modificados com o resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Contudo, percebemos na literatura e nas experiências em sala de aula que é possível promover experiências que geram respostas emocionais por meio do uso dos elementos dos jogos. O desafio do professor é fazer com que o conhecimento que precisa ser adquirido pelo aprendiz, passe da memória de curto prazo para a de longo prazo (ou memória permanente) e este processo precisa acontecer rapidamente.

Teixeira (2008) comenta que antes do século XIX o jogo era visto como algo fútil e oposto ao trabalho, contudo após este período, com o renascimento cultural e cientifico, as formas de pensar sobre o mundo e o universo ganharam novos rumos, levando ao nascimento de uma tendência de encarar o jogo sob duas óticas complementares: a da ludicidade e a da educação, passando a ser objeto de estudo de diversas teorias relacionadas às áreas da psicologia e da educação.

Machado et al (1990) afirma que ao brincar, a criança aprende a agir numa esfera cognitiva estimulada pelas tendências internas, ao invés de agir numa esfera visual externa, motivada pelos objetos externos. Esta afirmação é confirmada pelo pensamento de Piaget (1995), o que diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório da atividade intelectual, sendo, por isso, indispensável à prática educativa.

Vygotsky (1989) destaca a importância de jogos e brincadeiras no aprendizado, afirmando que o lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. Segundo ele, é também através do jogo e pelo jogo que a criança é capaz de atribuir aos objetos, através de sua ação lúdica, significados diferentes; desenvolver a sua capacidade de abstração e começar a agir independentemente daquilo que vê.

Huzinga (2010) acrescenta que as grandes atividades arquetípicas da sociedade humana são marcadas pelo jogo. É a linguagem que lhe permite distinguir as coisas, defini-las e constatá-las. O Ato de designar os objetos e o mundo a sua volta, e por detrás de toda expressão abstrata se oculta uma metáfora, e toda metáfora é jogo de palavras. Assim, ao dar expressão à vida, o homem cria um outro mundo, um mundo poético, no qual se forma o jogo.

Segundo Fernandes (1995) os jogos podem ser empregados em uma variedade de propósitos dentro do contexto de aprendizado. Até mesmo o mais simplório dos jogos pode ser empregado para proporcionar informações factuais e praticar habilidades, conferindo destreza e competência. Silva e Kodama (2004) afirmam que a utilização dos jogos na educação propicia ao educando compreender regras a serem utilizadas no processo de aquisição do conhecimento e assimilar conteúdos que até então pareciam totalmente abstratos.

No jogo, objetivos, meios e resultados são indissociáveis e possibilitam à criança aprender consigo mesma e com os objetos e pessoas envolvidas, envolta em um ambiente motivador e desafiador. Em meio ao jogo o indivíduo precisa lidar com conflitos e se organizar em meio a diálogos e argumentos. Segundo Grando (2000), é neste momento de conflito que o sujeito, mesmo que venha a ser derrotado, pode conhecer-se, estabelecer o limite de sua competência enquanto jogador e reavaliar o que precisa ser trabalhado, desenvolvendo suas potencialidades, para evitar uma próxima derrota. A autora acrescenta que diante das situações-problema que se apresentam ao sujeito, quando ele age sobre o jogo e no desafio em vencê-lo, novos espaços para a elaboração de estratégias de jogo são abertos. A análise de possibilidades é marcada por tomada de decisões sobre quais estratégias poderiam ser eficazes.

Todas essas possibilidades de decisão e autoavaliação trazem à tona uma das características mais marcantes do jogo, a tensão. Como diz Huzinga (2010), o elemento de tensão e solução domina em todos os jogos e quanto mais estiver presente o elemento competitivo mais apaixonante se torna o jogo (mesmo que esta competição se dê contra o próprio jogo).

Embora o jogo enquanto tal esteja para além do domínio do bem e do mal, o elemento de tensão lhe confere um certo valor ético, na medida em que são postas à prova as qualidades do jogador: sua força e tenacidade, sua habilidade e coragem e, igualmente, sua "lealdade". Porque, apesar de seu ardente desejo de ganhar, deve sempre obedecer às regras do jogo.

A competição no jogo propicia uma constante autoavaliação do indivíduo sobre suas competências, habilidades, talentos e performance. A cooperação no jogo permite ao indivíduo coordenar diferentes pontos de vista, sendo capaz de “descentrar”, ou seja, de ver uma situação a partir do ponto de vista do outro.

Ao jogar o indivíduo dá muitas informações e comunica, através da ação, sua forma de pensar, a fim de solucionar problemas e formular estratégias para a vitória. Os jogos nos dão a possibilidade ímpar de promover uma pedagogia diferenciada, pois permite ao professor criar e gerir situações de aprendizagem dinâmicas, atrativas e condizentes com as atuais condições educacionais.

Jogar envolve o prazer de exercitar um novo domínio, de testar certa habilidade, de transpor um obstáculo ou vencer um desafio. Na perspectiva da criança ou do adolescente, não se joga para ficar mais inteligente, para ser bem-sucedido quando adulto ou para aprender uma matéria escolar. Joga-se porque isso é divertido, promove disputa com os colegas, possibilita estar juntos em um contexto que faz sentido, mesmo que às vezes frustrante e sofrido, por exemplo, quando se perde uma partida.

Mastrocola (2013) afirma que o tempo do entretenimento passa diferente do tempo real. Quando o indivíduo se envolve com uma atividade que o entretém e o mantém imerso é fácil perceber essa "mudança" no passar dos minutos. A mente passeia por mundos diferentes e a sensação do tempo real se perde com o tempo do entretenimento. Este pensamento também é afirmado por outros autores, como vemos no exemplo da citação abaixo:

Durante o jogo o sujeito encontra situações apropriadas para exercitar seu poder, expressar seu domínio e manifestar sua capacidade de transformar o mundo real, experimentar um sentimento de assombro gozoso diante do descobrimento do novo e de suas possibilidades de invenção. (GONZÁLEZ,Goñi,1987:p.23)

Essa sensação faz ainda mais sentido quando vemos nossos jovens, cada vez mais estimulados pelos dinâmicos jogos online, onde uma gama enorme de saberes é mobilizada. Em jogos os participantes são sérios, atentos, não se perdem em conversas paralelas, permanecendo interessados e envolvidos nas atividades.

Segundo Neto (1992) se o ensino for lúdico e desafiador, a aprendizagem prolonga-se fora da sala de aula, fora da escola, pelo cotidiano, até as férias, num crescendo muito mais rico do que algumas informações que o aluno decora porque vão cair na prova. Quando são propostas atividades com jogos para alunos, a reação mais comum é de alegria e prazer pela atividade a ser desenvolvida. O interesse pelo material do jogo, pelas regras ou pelo desafio proposto envolvem o aluno, estimulando-o à ação.

Alves (2015) afirma que “O local de trabalho, a sala de aula e o modo como se trabalha mudou. O que funcionava antes, não necessariamente funciona hoje quando o assunto é aprendizagem”. Se faz necessário, portanto, um novo olhar para a educação, um olhar que se aproxime do contexto do aluno, que traga a essência da aprendizagem pautada no desafio, no lúdico e na motivação.

4. CONCEITUAÇÃO: JOGOS EDUCATIVOS

Os jogos fazem parte da história do ser humano desde sua primeira infância, evoluindo no seu simbolismo e complexidade. O brincar é essencial ao desenvolvimento cognitivo da criança, bem como faz parte do contexto do processo de construção do conhecimento.

Sabe-se que jogos sempre estiveram presentes na vida cultural dos povos, sendo de grande importância para o ser humano, de qualquer idade. Desde muito cedo as crianças aprendem a brincar e isso é importante para elas, pois as brincadeiras e os jogos estão relacionados ao seu universo e idade, o que possibilita o início do desenvolvimento de suas habilidades. (SILVA e KODAMA. 2004, p. 02)

Faria, citando a concepção Piagetiana diz que “os jogos têm dupla função: consolidar os esquemas já formados e dar prazer ou equilíbrio emocional à criança.” (PIAGET Apud FARIA, 1995). A psicologia tem tentado entender, descrever e definir as origens e os fundamentos do jogo. Existem muitas teorias sobre seus fundamentos biológicos, como vemos na citação a seguir:

Umas definem as origens e fundamento do jogo em termos de descarga da energia vital superabundante, outras como satisfação de um certo "instinto de imitação", ou ainda simplesmente como uma "necessidade" de distensão. Segundo uma teoria, o jogo constitui uma preparação do jovem para as tarefas sérias que mais tarde a vida dele exigirá, segundo outra, trata-se de um exercício de autocontrole indispensável ao indivíduo. Outras vêem o princípio do jogo como um impulso inato para exercer uma certa faculdade, ou como desejo de dominar ou competir. Teorias há, ainda, que o consideram uma "ab-reação", um escape para impulsos prejudiciais, um restaurador da energia dispendida por uma atividade unilateral, ou "realização do desejo", ou uma ficção destinada a preservar o sentimento do valor pessoal. (HUIZINGA, 2010, p. 5)

Essas diversas teorias se interrogam sobre o porquê e os objetivos do jogo e tendem mais a completar-se mutualmente, partindo do pressuposto de que o jogo se acha ligado a alguma coisa que não seja o próprio jogo, que nele deve haver alguma espécie de finalidade biológica. Todas essas propostas, segundo Huzinga (2010), são soluções parciais do problema. A intensidade do jogo e seu poder de fascinação não podem ser explicados por análises biológicas, contudo, é nessa intensidade e nessa fascinação que residem a própria essência e a característica primordial do jogo. O autor afirma que o jogo é uma função da vida, mas não é passível de definição exata em termos lógicos, biológicos ou estéticos. Na tentativa de resumir as características primordiais do jogo, Huzinga elabora sua descrição da seguinte forma:

(...) poderíamos considerá-lo uma atividade livre, conscientemente tomada como "não-séria" e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com a qual não se pode obter qualquer lucro, praticada dentro de limites espaciais e temporais próprios, segundo uma certa ordem e certas regras. Promove a formação de grupos sociais com tendência a rodearem-se de segredo e a sublinharem sua diferença em relação ao resto do mundo por meio de disfarces ou outros meios semelhantes. (HUZINGA, 2010, p.13)

Num contexto mais profundo, o jogar é o brincar em um contexto de regras e com objetivos bem definidos, é uma brincadeira organizada, convencional, com papéis e posições demarcadas. Segundo Macedo, Petty e Passos (2008), jogar é envolvente, interessante e informativo. Coloca a criança em um contexto de interação, além de desenvolver habilidades como a atenção e concentração.

O contexto de interação pode ser bem observado, segundo Huzinga (2010), a partir das comunidades de jogadores, que geralmente tendem a tornar-se permanentes, mesmo depois de acabado o jogo. A sensação de estar "separadamente juntos", numa situação excepcional, de partilhar algo importante, afastando-se do resto do mundo e recusando as normas habituais, conserva sua magia para além da duração de cada jogo.

Segundo Kishimoto (2004), todo jogo empregado na escola aparece sempre como um recurso para a realização das atividades educativas e um elemento fundamental ao desenvolvimento do aluno, assim, qualquer jogo empregado pela escola, desde que respeite a natureza do ao lúdico, apresenta o caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo educativo. O que torna o jogo educativo é a intenção explicita de provocar a aprendizagem.

4.1. JOGOS DE TABULEIRO MODERNOS

Dentre a extensa lista de jogos de tabuleiro que podem servir de ferramenta de suporte no processo de ensino-aprendizagem, ou os chamados “Jogos Educativos”, existem os Jogos de Tabuleiro Modernos. Segundo Tsukumo e Carvalho (2013), os Jogos de Tabuleiro Modernos têm sua origem na década de 90 na Alemanha (país onde os pais consideram que jogar com seus filhos faz parte de seus deveres), com o lançamento do jogo de tabuleiro Settlers of Catan, que rapidamente vendeu milhões de cópias no mundo todo.

No Brasil, estes jogos ainda estão restritos a um pequeno número de colecionadores e aficionados, porém é um domínio em ascensão. Hoje já existem empresas que exportam esses jogos e o traduzem para a língua portuguesa como a Grow (que foi uma das pioneiras), a editora DEVIR e a Galápagos Jogos, além de empresas brasileiras que estão investindo na criação de jogos em território nacional. Os sites nacionais e internacionais também ajudam a divulgar os jogos, o mais famoso atualmente é o site/banco de dados Ludopedia.

Os Jogos de Tabuleiro Modernos apresentam grandes variações em suas características, porém costumam ter a tendência em torno de um eixo comum: tempo curto de jogo (normalmente duram de 30 minutos a duas horas); grande interação entre os jogadores; conflito indireto entre os jogadores (competição por recursos e/ou pontos); ausência de eliminação de jogadores ou quando acontece, é feita de forma que este nunca tenha que esperar muito tempo para uma próxima partida; pouca influência da sorte; elementos que equilibram o jogo, como desvantagens para aqueles que lideram e/ou vantagens para aqueles que estão perdendo; dilemas que levam o jogador a pesar prós e contras de sua escolha e tomar uma decisão.

Uma das características mais presentes nesse tipo de jogo, os modernos, é a pouca influência da sorte e a substituição dessa pelo pensamento estratégico e pela tomada de decisão. As características da tensão e da autoavaliação aparecem mais em jogos como esses. Segundo Huzinga (2010), nos jogos puramente de sorte, a tensão sentida pelo jogador só muito fracamente é comunicada a qualquer observador. Mas esta situação muda logo que o jogo exige aplicação, conhecimentos, habilidade, coragem e força.

Quanto mais "difícil" é o jogo, maior a tensão entre os que dele participam. Segundo Grando (2000) este fator dentro do jogo é essencial no processo de aprendizagem pois favorece a construção e a verificação de hipóteses. As possibilidades de jogo são construídas a partir destas hipóteses e quando o sujeito executa uma jogada, leva em conta o universo das possibilidades existentes para ela. Nesse processo, quanto mais o sujeito analisa, executa e toma decisões sobre as possibilidades, coordenando as informações que ele vai obtendo no jogo, melhor jogador ele se torna, pois é capaz de analisar as os vários caminhos para atingir o seu objetivo.

Por conta da continua interação entre os jogadores, evidenciada nos jogos de tabuleiro modernos, as possibilidades de jogo também são abertas a partir da análise dos erros, que são evidenciados e constatados pelo próprio jogador, levando-o a perceber o motivo de uma jogada mal sucedida e a posterior mudança de estratégia. Segundo Macedo (1997, apud GRANDO, 2000), quando o sujeito joga, quase sempre, sente-se perturbado ou com dúvida a respeito de alguma questão, habilidade ou conceito que anteriormente pode nem ter sido notados por ele.

O resultado de uma partida não favorável leva-o a sugerir que a estratégia de jogo adotada não foi bem definida, ou que ele não esteve atento às jogadas do adversário, implicando na necessidade de analisar os erros cometidos. Esta análise lhe permite corrigir os procedimentos a serem adotados num novo jogo, e aprender a partir da observação dos procedimentos adotados pelo adversário.

Todas essas características acima citadas constituem um sistema de jogo mais complexo em termos de pensamento lógico e tático, além de proporcionarem um planejamento estratégico mais apurado.

5. O USO DOS JOGOS EM SALA DE AULA

Há uma tentativa de incluir jogos no ensino através dos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCN’s, que apontam para a necessidade do jogo no processo de construção do conhecimento.

Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia, (...) Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de linguagem, criadoras de convenções, capacitando-se para se submeterem a regras e dar explicações. (PCN’s. 1998, p.48)

O jogo lida com a conquista cognitiva, emocional, moral e social, podendo ser usado na escola para trabalhar a confiança do aluno, incentivando-o a questionar e corrigir suas ações, a analisar e comparar pontos de vista. O objetivo pelo qual há o jogo e a competição é, antes de mais nada, e principalmente a vitória, mas a vitória é acompanhada de diversas maneiras de aproveitá-la — como por exemplo a celebração do triunfo por um grupo, com aplausos e ovações. Os frutos da vitória podem ser a honra, a estima e o prestígio. O interesse pelo material do jogo, pelas regras ou pelo desafio proposto envolvem o aluno, estimulando-o à ação.

Parece não haver dúvidas sobre essas questões entre os educadores. No entanto, segundo Teixeira (2008), quando passam a desenvolver implicações sobre o jogo, aplicações e a relacionar esses jogos com a efetiva aprendizagem, surgem discrepâncias e inseguranças. Para um bom planejamento da utilização dos jogos em sala de aula o profissional precisa ter uma disponibilidade para a atualização, abertura de espírito, responsabilidade e flexibilidade para mudanças. Atendendo a essa abertura para a mudança, as Orientações Curriculares Para o Ensino Médio (OCNEM) propõem:

Os jogos e brincadeiras são elementos muito valiosos no processo de apropriação do conhecimento. Permitem o desenvolvimento de competências no âmbito da comunicação, das relações interpessoais, da liderança e do trabalho em equipe, utilizando a relação entre cooperação e competição em um contexto formativo...O jogo oferece o estímulo e o ambiente propícios que favorecem o desenvolvimento espontâneo e criativo dos alunos e permite ao professor ampliar seu conhecimento de técnicas ativas de ensino, desenvolver capacidades pessoais e profissionais para estimular nos alunos a capacidade de comunicação e expressão, mostrando-lhes uma nova maneira, lúdica, prazerosa e participativa de relacionar-se com o conteúdo escolar, levando a uma maior apropriação dos conhecimentos envolvidos (BRASIL, 2006, p. 28).

Segundo Grando (2000), alguns educadores acreditam que, pelo fato de o aluno já se sentir estimulado somente pela proposta de uma atividade com jogos e estar durante todo o jogo, envolvido na ação, isto garante a aprendizagem. É necessário fazer mais do que simplesmente jogar um determinado jogo. O interesse está garantido pelo prazer que esta atividade lúdica proporciona, entretanto é necessário o processo de intervenção pedagógica a fim de que o jogo possa ser útil à aprendizagem.

“O jogo lança sobre nós um feitiço: é ‘fascinante’, ‘cativante’. Está cheio das duas qualidades mais nobres que somos capazes de ver nas coisas: o ritmo e a harmonia.” (HUZINGA, 2010. p.12). Não se pode ignorar o poder que os games exercem sobre as pessoas. Compreender o que há nos jogos e os elementos envolvidos para promover o engajamento pode ajudar o profissional a transportar este engajamento para o ambiente da aprendizagem.

O engajamento acontece quando o aprendiz quer aprender o que propomos, percebe a relevância da atividade proposta e desfruta do processo investigando e explorando por conta própria, independentemente da existência de algum tipo de recompensa. Para que isso aconteça de forma efetiva é necessário, segundo Teixeira (2008) que o professor conheça as características do jogo, suas potencialidade e restrições.

A autora ainda afirma que uma aula não precisa ser chata e monótona para ser eficaz. Segundo Huzinga (2010), a utilização do jogo precisa ser uma atividade voluntária, pois se sujeito a ordens, deixa de ser jogo, podendo no máximo ser uma imitação forçada. A ação pedagógica racional do professor deve refletir-se na organização do espaço, na seleção dos jogos e na interação com o jogador.

O ato de jogar ajuda aluno e professor a alcançar os objetivos estabelecidos de forma engajadora, segura e divertida. Segura, pois cria o ambiente de aprendizagem adequado, permitindo que se erre sem consequências reais e permitindo que se aprenda sobre as possíveis consequências em cada situação.

Reina dentro do jogo uma ordem específica que foi estabelecida por ele. O jogo cria ordem e é ordem. Podemos dizer que o game introduz à confusão da vida e à imperfeição do mundo uma perfeição temporária e limitada. Uma das características mais importantes do jogo é sua separação espacial em relação à vida cotidiana. É-lhe reservado, um espaço fechado, isolado do ambiente cotidiano, e é dentro desse espaço que o jogo se processa e que suas regras têm validade. “Há por parte do jogador um esforço para o desenlace. A tensão confere ao jogo o valor ético, uma vez que por mais que se deseja ganhar ou finalizar, é necessário obedecer às regras do jogo” (ALVES, 2015, p. 20).

Grando (2000), analisando o uso dos jogos na intervenção psicopedagógica, conclui que o jogo de regras possibilita ao aluno a construção de relações quantitativas ou lógicas, que se caracterizam pela aprendizagem em raciocinar e questionar o como e o porquê dos erros e acertos. Neste sentido, o jogo de regras trabalha com a dedução, capaz de levar as crianças a formulações do tipo: teste de regularidades e variações, controle das condições favoráveis, observação das partidas e registro, análise dos riscos e possibilidades de cada jogada. O indivíduo problematiza sobre o próprio jogo, produzindo conhecimento.

É importante que, para o professor, o objetivo e a ação em si a serem desencadeados pelo jogo, estejam bastante claros e tenham sido amplamente discutidos e delineados com seus colegas de trabalho, garantindo um trabalho interdisciplinar.

Alves (2015) afirma que trabalhar com jogos em uma sala de aula, exige algumas preparações adequadas: a estética do jogo precisa facilitar o reconhecimento do cenário e de seus personagens, o objetivo do jogo precisa ser claro, as instruções têm de ser simples e objetivas e o grau de dificuldade precisa aumentar gradativamente de forma a manter o aluno engajado. Teixeira (2008) complementa que no contexto de ensino-aprendizagem, o objetivo do professor no trabalho com jogos atenta para valorizar seu papel pedagógico, ou seja, o desencadeamento de um trabalho de exploração e aplicação de conceitos.

Segundo Grando (2000), o educador precisa buscar um processo de ensino que considere o aluno como sujeito, que seja significativo, que lhe proporcione um ambiente favorável à imaginação, à criação, reflexão e construção, e que lhe possibilite um prazer em aprender, não pelo utilitarismo, mas pela investigação, ação e participação coletiva. Isso leva-nos a propor a inserção do jogo no ambiente educacional, de forma a conferir ao ensino, espaços lúdicos de aprendizagem.

Teixeira (2008) salienta que há características nos jogos que os professores sempre querem ver estimuladas em seus alunos, como senso de propósito; regras pautadas em limites bem definidos que estimulam o jogador a explorar novos caminhos, libertando assim a sua criatividade e estimulando o pensamento estratégico; participação voluntária das atividades; alinhamento de pessoas diferentes para trabalhar juntas e solucionar problemas em equipe.

O mesmo é afirmado por Grando (2000), em sua tese o conhecimento matemático e o uso de jogos em sala de aula, a autora salienta que as posturas, atitudes e emoções demonstradas pelos participantes de um jogo, são as mesmas desejadas na aquisição do conhecimento escolar. Espera-se um aluno participativo, envolvido na atividade de ensino, concentrado, atento, que elabore hipóteses sobre o assunto proposto, que estabeleça soluções alternativas e variadas para os problemas que surgem, que se organize segundo algumas normas e regras e que saiba comunicar o que pensa. Todas essas características e competências podem ser trabalhadas em um ambiente natural, dinâmico e desafiador.

A importância de se trabalhar com estratégias didáticas, em uma perspectiva lúdica e criativa, como parte integrante do processo de ensino/aprendizagem é fundamental. A prática lúdica contribui com a valorização do conhecimento como também da criatividade e do pensamento crítico do aluno. Buscar novas práticas pedagógicas é o desafio que deve impulsionar os professores no cotidiano escolar. “É impossível valorizar e utilizar os aspectos lúdicos desconectados da questão da criatividade, pois um dos aspectos do processo criativo é a ludicidade.” (BRAZ DA SILVA e METTRAU, 2009)

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da literatura pesquisada que trata sobre questões específicas da ludicidade e do trabalho com o jogo na sala de aula, conclui-se que o currículo escolar necessita ser redimensionado, criando espaços de tempo para os jogos, a fim de que eles sejam respeitados e assumidos como uma possibilidade metodológica ao processo de ensino-aprendizagem de conceitos.

Ao se tratar sobre jogos e ludicidade em seu sentido mais amplo, um tipo de jogo se destaca, os jogos de tabuleiro, por promoverem a interação direta entre um grupo de jogadores, sem exigir meios eletrônicos como mediadores desta interação, favorecendo assim a ação do professor como facilitador do processo de criação do ambiente lúdico.

Dentro desse universo dos jogos de tabuleiro surgem os jogos modernos, que se contrapõem aos jogos clássicos, principalmente pela pouca influência da sorte, fator que permite ao aluno a análise ampla de possibilidades e diferentes estratégias em torno da busca por um objetivo dentro do jogo, seja ele competitivo ou cooperativo.

A cooperação é outro ponto diferenciado dos jogos modernos, na qual o trabalho em equipe é evidenciado e competências como liderança, uso de habilidades especiais em prol do coletivo e planejamento de metas são aprimoradas.

Algo importante a se aprender com o ato de jogar é que o erro é evidenciado, contudo não é tratado de forma depreciativa. A constatação sobre o conjunto de jogadas mal realizadas, ao final de um jogo em que o sujeito perde para o adversário, pode levá-lo a refletir sobre ações realizadas e elaborar novas rotas a fim de resolver o problema e talvez vencer a próxima partida. O “erro” executado é constatado e analisado pelo próprio jogador, isso permite a busca por outros caminhos e consequentemente o questionamento sobre novas estratégias a serem exploradas, havendo assim, a construção do conhecimento.

Seja o jogo competitivo ou cooperativo, conclui-se que todo o jogo de regras promove um ambiente desafiador que exige do aluno concentração e desejo voluntário no aprender. Na criação desse ambiente diversas habilidades e competências são mobilizadas, desde competências sociais, promovidas na interação direta entre os jogadores, até absorção facilitada de conteúdos escolares.

Deve-se levar em consideração também, que uma das orientações mais recorrentes no trabalho com os jogos é de que o professor não se isole do processo, mas que seja elemento integrante e facilitador, enriquecendo o jogo, mas evitando interferir no seu desenrolar e nas decisões feitas pelos alunos, corroborando assim, para a eficaz construção de uma metodologia ativa, na qual o educando constrói seu próprio conhecimento diante dos desafios propostos.

7. REFERÊNCIAS

ALVES, Flora. Gamification: como criar experiências de aprendizagem engajadoras. DVS Editora, 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Orientações Curriculares Para o Ensino Médio - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Vol. 2. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.

BRAZ- DA-SILVA, A. M. T.; METTRAU, M. B. Proposta de Ensino de Ciências sob forma lúdica e criativa nas escolas. In: XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física, 2009,

Vitória/ Espirito Santo. XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física, 2009.

CAILLOIS, R. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Tradução José Garcez Palha. Lisboa: Cotovia. 1990.

DA SILVA, Aparecida Francisco; KODAMA, Helia Matiko Yano. Jogos no ensino da matemática. II Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática, 2004.

DE FREITAS, Eliana Sermidi; SALVI, Rosana Figueiredo. A ludicidade e a aprendizagem significativa voltada para o ensino de geografia. 2007.

FARIA, A. R. O desenvolvimento da criança e do adolescente segundo Piaget. Ed. Ática, 3º edição, 1995.

FERNADES, R. J. G., JUNIOR, G. dos S. The sims: jogo computacional como uma ferramenta pedagógica na construção do conhecimento matemático. Revista Eletrônica TECCEN, Vassouras, v. 5, n. 1, p. 21-36, jan./abr., 2012.

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Por Laíse Lima do Prado 1

Mirtes dos Santos Jesuíno 2

1 Bacharel em Fonoaudiologia pela Universidade do Estado da Bahia. Especialista em Gestão de Projetos. Diretora do Projeto Educacional Oficinas Lúdicas. Atuando na Área de Fonoaudiologia Educacional com foco na Educação Lúdica.

2 Graduada em Letras pela UCDB. Pós-graduada em Educação Especial pela UNESP/Marília e Informática Educativa pela UNIDERP, Mestre em Educação pelo PPGEDU da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Doutoranda em Educação /PPGEdu/UFMS. Orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso de pós-graduação lato sensu à distância da UCDB/Portal Educação.


Publicado por: Laíse Lima do Prado

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