Distúrbio de aprendizagem: dislexia, como ajudar o corpo discente

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1. Resumo

A Dislexia é um transtorno linguístico, que dificulta a aprendizagem na leitura e escrita. O educador deve estar atento quanto aos sinais apresentados pelo corpo discente em sala de aula, pois a Dislexia pode ser facilmente confundida com criança preguiçosa, bagunceira ou desinteressada. Assim que, o Educador desconfiar de tal déficit, deverá imediatamente solicitar auxílio da Equipe escolar, pois necessitará de um auxílio técnico especializado, pois quanto mais cedo a dificuldade for diagnosticada, melhor será a aprendizagem da criança. A Dislexia não tem cura, mas pode ser amenizada desde que a devida atenção seja dada. Diversos recursos podem ser utilizados para o auxílio do aluno disléxico, desde a observação dos movimentos que sua mão faz ao escrever até a gravação de uma aula.

Palavras-Chave: Distúrbio de Aprendizagem, Dislexia, Leitura, Escrita.

2. Introdução

Atualmente, um dos maiores problemas em sala de aula, é diagnosticar a real dificuldade do aluno e trabalhar com atividades que auxiliem os diversos tipos de dificuldades, onde cabe cada professor ter o discernimento e conhecimento de diferenciar.

Uma problemática vista em sala de aula e muitas vezes confundida é a Dificuldade da Leitura e da Escrita com a Dislexia, é muito difícil encontrar uma pessoa que não teve dificuldade em aprender algo algum dia.

A aprendizagem é uma mudança no desempenho que resulta da experiência. Segundo Correia (1999) a dificuldade de aprendizagem é um termo genérico que diz respeito a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por problemas significativos na aquisição e uso de suas capacidades.

Algumas crianças chamam a atenção devido ao fato de estarem atrasadas ou defasadas em determinadas tarefas específicas como a escrita, se comparadas com seus colegas de classe ou idade,ou uma dificuldade geral, quando a aprendizagem é mais lenta do que a média das crianças em uma série de tarefas (SISTO; BORUCHOVITCH; FINI; BRENELLI; MARTINELLI,2007, pp. 190 e 191)

A Dislexia é um transtorno, na qual a capacidade do indivíduo em ler ou escrever, está abaixo de seu nível de inteligência. Ela é considerada um Distúrbio de Aprendizagem, cujo qual é caracterizado pela dificuldade do aluno em ler ou escrever palavras simples.(CORREIA e MARTINS, 1999)

Segundo Bianchini (apud. RESH, 2007) A dislexia é um funcionamento inadequado do lobo temporal, responsável pela linguagem lida e escrita, o indivíduo com tal distúrbio embaralha as letras.

Quanto antes for dado o diagnóstico ao aluno, mais cedo se pode começar o tratamento correto e a criança possuir um brilhante desenvolvimento escolar.

É preciso ter conhecimento, fazer diversas leituras de atualização do assunto, para que tal dificuldade não seja tratada como somente uma preguiça ou uma indisciplina do aluno.

Este presente artigo justifica-se em diferenciar o Distúrbio de Aprendizagem: Dislexia, pois o corpo docente de uma entidade escolar necessita de um apoio, para diagnosticar tal distúrbio e seja dada a devida atenção, com atividades condizentes para tal necessidade. 

Muitas vezes o Educador passa a confundir a Dislexia com algum transtorno comportamental e isso acaba prejudicando o desenvolvimento da criança, uma vez que ela será tratada como bagunceira, desinteressada e até mesmo o pior da classe.

Numa linguagem mais popular, pode-se dizer que “embaralha” as ligações cerebrais principalmente nas regiões responsáveis por controlar a leitura, a escrita e o poder de soletrar. Com essa área “desorganizada”, a criança começa a demonstrar dificuldades já na pré-escola. Alguns pesquisadores acreditam que, quanto mais cedo for tratada a dislexia, maior a chance de corrigir essas falhas. A dislexia não tem cura, mas poderá melhorar em até 80% desde que diagnosticada e tratada de forma adequada. (SOLITTO, Rosemary Helena Chagas. Avaliação Escolar para os alunos disléxicos, 2008.)

Desta forma, pretende-se com esse estudo bibliográfico auxiliar o educador a identificar e analisar as características da Dislexia, diferenciando-a de problemas comportamentais, após analisar a presente dificuldade e analisar as diversas formas de trabalhar com tal realidade.

3. Metodologia

Para a realização foi realizada revisão bibliográfica da literatura, em torno dos assuntos abordados no presente, analisando características do transtorno apresentado em questão e buscando na Literatura atividades que levem ao melhor desenvolvimento do indivíduo que apresenta tal diagnóstico.

4. Caracterização dos distúrbios de aprendizagem: A dislexia

Geralmente, qualquer distúrbio de linguagem apresentado pelo aluno é caracterizado como Dislexia.

Na opinião de Lyon (1995 apud NICO; SOUZA, 2009), a dislexia é caracterizada por uma dificuldade de decodificação, leitura, escrita e soletração que tem origem neurológica. (MARILEIDE DA SILVA LADEIRA e ANA CABANAS apud Lyon, Educador: a Dislexia e o que fazer em Sala de aula?, s.d.)

A dislexia é caracterizada com diversos significados: transtornos específicos de leitura; déficit linguístico que dificulta a aprendizagem de leitura, escrita, soletração e decodificação; troca de letras; dificuldade com sentido espacial; dificuldade de decodificação.

A dislexia é um distúrbio específico de aprendizagem de origem neurológica, caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e dificuldade na habilidade de decodificação e soletração, resultantes de um déficit fonológico da linguagem. (Caracterização dos processos de leitura em escolares com dislexia e distúrbio de aprendizagem, 2012)

A Associação Nacional de Dislexia(2013) caracteriza essa deficiência como:

A palavra dislexia é derivada do grego "dis" (dificuldade) e "lexia" (linguagem).

Dislexia é uma falta de habilidade na linguagem que se reflete na leitura.

Dislexia não é causada por uma baixa de inteligência. Na verdade, há uma lacuna inesperada entre a habilidade de aprendizagem e o sucesso escolar. O problema não é comportamental, psicológico, de motivação ou social.

Dislexia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem. As atuais pesquisas, obtidas através de exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as informações de um modo diferente. Pessoas disléxicas são únicas; cada uma com suas características, habilidades e inabilidades próprias.

Segundo a Revista VEJA (2013) as crianças disléxicas confundem visualmente o “p” e “b” ou “d” e “q”, eles escrevem de maneira espelhada. Seu pior desempenho é nas disciplinas de Português e Redação. A dificuldade de interpretar textos atrapalha também o aprendizado de matérias que exigem leitura, como história e geografia.

Para Schwartzman (2009), o diagnóstico que ocorrem de forma excludente, eliminando outros problemas que possam causar dificuldade de aprendizagem, tem de ser realizado por uma equipe multidisciplinar, constituída por psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e neurologistas, pois, o quanto antes a dislexia for diagnosticada, mais cedo esta criança poderá ser tratada adequadamente, a fim de se minimizar o problema, visto que dislexia não tem cura.

Segundo Lopes (s.d) essa dificuldade geralmente é mais perceptível no inicio da alfabetização e facilmente é confundida com inteligência baixa ou desmotivação, tal dificuldade é caracterizada pela dificuldade em ler, soletrar, compreender um texto, reconhecer fonemas, exercer tarefas relacionadas a coordenação motora. A dispersão é a primeira característica a ser percebida entre a criança disléxica.

Uma avaliação psicopedagógica é importante o profissional estar atento a alguns aspectos, quanto histórico familiar, tipo de escrita, tipo de leitura, sinais neurológicos, aspectos emocionais.

Estudando o histórico individual do disléxico, podemos observar algum familiar próximo com problemas de linguagem, dificuldade no parto, doença infectocontagiosa, atraso na aquisição da linguagem, atraso na locomoção ou problemas de lateralidade.

Quanto a leitura, Topczewski (2000), crianças disléxicas apresentam leitura lenta, trabalhosa, feita pausadamente, dificultando a interpretação do texto, perca de linha na hora da leitura.

Existem diversas características na escrita de uma criança disléxica, como: escrever letra por letra, confundindo a ordem das letras, omite palavras pequenas, tem dificuldade em lembrar as formas das letras, dificuldade em copiar e reescrever, confusão entre direita e esquerda, acima e abaixo.

Segundo Topczewski (2000) perante exames neurológicos, alguns sinais podem surgir, como os apresentados no quadro abaixo:

 

SINAIS DA DISLEXIA

Fala

  1. Gagueira, dificuldade na articulação das palavras.

  2. Inversões de conceito (primeiro – último etc)

  3. Pobreza de vocabulário.

  4. Retardo no seu desenvolvimento.

  5. Incapacidade de recordar nomes.

  6. Uso de palavras ou frases sem sentido.

  7. Incapacidade de responder a perguntas rápidas.

  8. Incapacidade de cumprir ordem.

Noção de esquema corporal, de espaço e direção

  1. Confunde noções de espaço.

  2. Não percebe perspectiva em desenho.

  3. Não entende mapas.

  4. Incapacidade de desenhar esquemas.

  5. Má disposição de escrita na folha.

  6. Dificuldade em armar contas.

  7. Demonstrar falhas em desenhar figuras humana.

  8. Dificuldade de vestir-se, dar laços, nós, andar de bicicleta, jogar bola, fazer confusões entre esquerda e direita.

  9. Andar desajeitado.

  10. Incapacidade em reconhecer expressões fisionômicas, discriminar nomes das cores.

  11. Dificuldade em reconhecer símbolos matemáticos, em aprender números, em entender os mecanismos das operações e escrita de números.

Noção de tempo, percepção de ritmo

  1. Dificuldade em conceitos como antes/depois, ontem/amanhã.

  2. Dizer quando começa a semana, meses, dias, anos.

  3. Dificuldade em reproduzir ritmos e distingui-los.

  4. Ver horas no relógio.

Aspectos clínicos mais gerais

  1. Aspectos oftalmológicos: normal, não se encontrou relação entre acuidade visual e dislexia.

  2. Fatores auditivos: podem interferir, o disléxicos não integra sons isolados, não chega a dar significado a formas e sons, deficiente memória auditiva.

  3. Dominância cerebral: a idéia mais central é que a dislexia e ambilateralidade cerebal cerebral ocorrem concomitantemente e que esses fatos sejam causado pela imaturidade cerebral geral.

  4. Eletrocefalografia: os estudos não mostram correlação entre anormalidade encefalográfica e dislexia.

  5. Testes psicológicos: a dislexia não está relacionada com déficit de inteligência. Costuma apresentar-se em pessoas de nível intelectual normal, podendo ocorrer em indivíduos de inteligência superior.

Fonte: TOPCZEWSKI, Abram Aprendizado e suas desabilidades: como lidar? São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.

Atitudes depressivas, perante dificuldades apresentadas para a realização de atividades e atitudes agressivas diante de autoridade ou transtorno de conduta, também são considerados aspectos emocionais que se associam à dislexia.

5. O processo de aprendizagem e alfabetização dos disléxicos. 

Valdois (apud HOUT; ESTIENE, 2001) diz que para aprender é necessário o surgimento de estratégias que permitam associar uma determinada forma escrita, nova ou já conhecida, à forma oral correspondente e parte (ou não) do vocabulário da criança. Essas etapas não são obrigatórias e não ocorrem de modo seqüencial.

A criança disléxica apresenta uma dificuldade significativa para compreender a estrutura fonológica, também ocorre uma dificuldade para aprender correspondência entre os fonemas e as letras que os representam.

Não há nenhum método único para se trabalhar com os alunos disléxicos, assim é necessária depois de diagnosticada a dislexia, que o Educador pesquise e estude diversos métodos, que será eficaz à criança.

O disléxico precisa olhar atentamente, ouvir atentamente, atentar aos movimentos da mão quando escreve e prestar atenção aos movimentos da boca quando fala. Assim sendo, a criança disléxica associará a forma escrita de uma letra tanto com seu som como com os movimentos FALAR – OUVIR – LER - ESCREVER são atividades da linguagem. FALAR E OUVIR são atividades com fundamentos biológicos. (Avaliação Escolar para alunos disléxicos, 2008)

Segundo Solitto (2008), para ensinar as horas para um disléxico é comum se usar o relógio digital, a aprendizagem da criança torna-se mais prazerosa e com sucesso se for usado materiais concretos, gravador para que ele possa ouvir o material ministrado em sala de aula, fazer o uso do material dourado, o aluno também poderá montar sua própria cartilha para montagem do seu próprio material de alfabetização.

Para alfabetizar um disléxico é necessário que o Educador use quebras-cabeças, labirintos, alfabeto embaralhado, no início necessita de grandes espaços para desenhar as letras. É necessário que o professor trate o aluno disléxico como qualquer outra criança, pois todos tem uma maneira diferente de aprender e o aluno disléxico também tem, certifique-se que s linguagem passada ao portador seja clara e que foi compreendida.

O disléxico precisa ouvir atentamente, olhar atentamente, prestar muita atenção no movimento das mãos quando escreve e no movimento da boca quando fala. A criança disléxica associa a forma escrita de uma letra tanto com seu som com os movimentos.

Segundo Prado e Aliotto (2011) para compensar a dificuldade, as crianças se utilizam da linguagem oral e visual. Dessa forma, os métodos multissensorias, indicados para crianças mais velhas que apresentam fracasso escolar e métodos fônicos e para crianças no início da alfabetização, privilegiam o uso de visão, audição e tato.

O método mais adequado tem sido o fonético e montagem de cartilhas de alfabetização apropriada para a criança disléxica. (ALMEIDA, s.d.)

O sucesso da aprendizagem da criança disléxica está baseado em aprender pelo uso de todos os sentidos, fazendo a combinação da visão, audição e o tato.

O professor jamais deve rotular um aluno disléxico como lento ou preguiçoso e nunca compara-lo aos outros alunos da classe. Esse aluno não deve ser forçado a ler em voz alta perante a classe a menos que ele demonstre desejo em fazê-lo. As suas habilidades devem ser julgadas mais em suas respostas orais do que nas escritas. (SOLITTO, Rosemary Helena Chagas. Avaliação Escolar para os alunos disléxicos, 2008.)

O uso da repetição da própria criança, ajuda na memorização do conteúdo, é importante a criança ouvir a própria voz enquanto aprende. Evite passar lição para o disléxico na lousa, para ele é sempre um problema.

Não faça o uso de caneta vermelha para corrigir os erros apresentados, não faça críticas em alta voz, para toda a sala ouvir. O Educador também deve abusar de cores quando escrever na lousa.

O disléxico é tão inteligente quanto ou até mesmo mais que os outros alunos, mas apresentam falhas de percepção de origem neurológica, ele necessita de variedade, flexibilidade, paciência e tolerância por parte do professor, ele não comete os seus erros por estar disperso.

6. A importância do trabalho do professor com o aluno disléxico.

Todo aluno necessita de uma atenção especial do corpo docente e com o aluno disléxico a atenção é dobrada.

Como podemos ver no filme Como estrela na Terra, toda criança é especial(Aamir Khan, 2007) a criança com dislexia era criticada por todos como preguiçoso, desrespeitador e bagunceiro, Ishaan diz que as letras dançam na sua frente. O pai mediante a situação e a tristeza por ter um filho tão problemático, decide coloca-lo em um Colégio Interno onde encontra um Educador que o entende.

O filme deixa clara a importância que o professor tem de mudar a vida de seu aluno, enquanto todos os professores da escola convencional só sabiam corrigir Ishaan, esse professor substituto encontrou nas artes, um método para alfabetizar o garoto.

O professor pode auxiliar o seu aluno disléxico, fazendo o uso de materiais concretos, como argila, uso de massa de modelar, gravar as aulas (para que sejam escutadas quantas vezes for necessário).

Quando o professor consegue acolher esse aluno e respeita-lo em suas diferenças, sem cair na armadilha do sentimento de pena, proporciona a ele um grande benefício, oferece a toda a classe uma rica experiência de convivência com a diversidade. (SOLITTO, 2008)

Segundo Ladeira e Cabanas (s.d) entende-se que quando um educador desconfiar do distúrbio deve procurar a instituição de ensino e conversar com os responsáveis para que o devido acompanhamento seja feito com profissionais da área. O educador que deseja auxiliar o disléxico, mediante a um diagnóstico multidisciplinar, pode minimizar os problemas de linguagem. Sendo assim, acredita-se que a melhor maneira de trabalhar com a dislexia em sala de aula é desenvolver diferentes estratégias de ensino e aprendizagem.

São várias as alternativas disponíveis para que o aluno com dislexia possa acompanhar a uma e demonstrar o que aprendeu sem estresse, como exemplos podemos citar: variar a maneira de apresentação da matéria; expor, no início do ano, qual a matéria a ser dada e os métodos de avaliação que serão utilizados; iniciar cada novo conteúdo com um esquema mostrando o que será apresentado no período e no final, resumir os pontos-chave; usar vários recursos de apoio para apresentar a lição à classe, além do quadro-negro: projetor de slides, retro projetor, vídeos e outros recursos multimídia; introduzir vocabulário novo ou técnico de forma contextualizada; evitar dar instruções orais e escritas ao mesmo tempo; avisar com antecedência quando houver trabalhos que envolvam leitura para que o aluno encontre outras formas de realizá-lo, como gravar o livro, por exemplo; propor trabalhos em grupo e atividades fora da sala de aula, como dramatizações, entrevistas e pesquisas de campo sempre que possível; fazer revisões com tempo disponível para responder às possíveis dúvidas; autorizar o uso de tabuadas, calculadoras simples, rascunhos e dicionários durante as atividades e avaliações; aumentar o limite de tempo para atividades escritas; Ler enunciados em voz alta e verificar se todos entenderam o que está sendo pedido; devido ao seu problema de memória de curto prazo as informações novas devem ser repetidas mais de uma vez; Dar mais tempo para organizar seus pensamentos, terminar suas tarefas. Sendo que, o melhor seria se não tivesse tempo determinado, assim ficaria menos ansioso. (SOLITTO, Rosemary Helena Chagas. Avaliação Escolar para os alunos disléxicos, 2008.)

O professor que acompanha o aluno com tal necessidade deverá sempre trabalhar com a motivação da criança disléxica, pois ao se sentir inferiorizada e limitada, a criança passará a assumir um comportamento negativista.

Segundo Solitto (2008) a primeira tarefa do professor é resgatar a autoconfiança do aluno. O segredo está em descobrir as habilidades dele para que possa acreditar em si mesmo ao se destacar em outras áreas, como as artes e os esportes.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, o Educador deve adotar o método multissensorial, cumulativo e sistemático.

O professor deve estimular o aluno a ler enquanto escreve algo, pois a assimilação é melhor quando se vivencia concretamente, o disléxico não aprende pela repetição, desenvolva novos métodos, pois ele cansa-se mais facilmente e desmotiva-se.

7. Considerações Finais

A dislexia não tem ligação alguma com nenhum tipo de retardo ou deficiência mental, como se trata de uma dificuldade de aprendizagem, a criança pode apresentar mau comportamento dentro e fora da sala de aula.

Quando o educador começar a desconfiar que algum aluno, sofre de algum tipo de distúrbio, deverá imediatamente procurar auxílio, pois quanto mais cedo a Dislexia for diagnosticada, mais ajuda a criança poderá receber, pois o disléxico necessita de formas diferenciadas para ser alfabetizado, ele necessita do uso de material concreto, de ouvir sons, de ouvir repetidamente uma determinada aula, para que entenda determinado conteúdo.

A dislexia está relacionada às dificuldades na leitura e na escrita, cuja qual ocorre independentemente do método utilizado na alfabetização.

Problemas neurológicos e histórico pessoal podem ser considerados como sendo causa da Dislexia.

O trabalho com a criança disléxica acontecerá de acordo com o grau de dislexia apresentada.

De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, ao trabalharmos com um aluno disléxico podemos utilizar o método multissensorial, cumulativo e sistemático, considerando que por meio deste a criança disléxica associará a forma escrita de uma letra tanto com seu som quanto nos movimentos que faz para escrevê-la.

É necessário, que juntamente com a equipe escolar, a família esteja presente e apóie no tratamento contínuo da Dislexia.

8. Referências

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Publicado por: Bruna Correia

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