DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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1. RESUMO

O presente trabalho de título dificuldades de aprendizagem no ensino de língua inglesa no ensino fundamental e médio, tem o intuito de mostrar a precariedade encontrada no ensino de língua inglesa e as dificuldades encontradas pelos professores em aplicar os devidos conteúdos aliado a falta de apoio e de materiais didáticos.

Fazer lúcida questões abordadas por pesquisadores e escritores da área de LI, e trazer soluções e estratégias para dificuldades enfrentadas e despreparo dos professores da Licenciatura de Língua Inglesa. Verificar possíveis causas das alterações sofridas no decorrer dos anos no uso da LI e supor as mudanças necessárias nas metodologias e aplicações para facilitar a aprendizagem com base na BNCC e PCNs, gerando motivação e interesse por parte dos alunos.

Falar da importância da aprendizagem de uma nova língua e de seu uso na sociedade e no mundo, agregando valores e efeitos gerados no incentivo a um segundo idioma e seu efeito cultural no mundo.

Palavra-chave: licenciatura. aprendizagem. tecnologia. dificuldades.

2. INTRODUÇÃO

O ensino de Línguas neste presente século tem adquirido enorme importância ,ou seja, tem dado um grande  salto, pois o avanço tecnológico aliado as mudanças nos hábitos do cotidiano das pessoas em todo mundo, fez com que  a necessidade a oportunidade de  se aprender um novo idioma ,fizesse parte da vida das pessoas. Muitos mesmo sem notar foram adicionando palavras novas ao seu dicionário diário, pois elas não vieram nos livros e cadernos, elas entraram através das roupas, dos acessórios, dos celulares e computadores.

Neste contexto a língua inglesa se tornou uma das línguas mais utilizadas atualmente em todo o mundo. Afinal a poucos anos atrás não se dava devido valor ao estudo de línguas, o que fez com que gerasse uma multidão de problemas que são enfrentados hoje, sendo um deles a falta de qualificação dos professores da área.

O presente trabalho irá apresentar diferentes problemas encontrados em salas de aulas de diferentes escolas no estado de Santa Catarina, vivenciados por turmas de ensino Fundamental e médio, que serão aliados a dificuldades que foram apenas aumentando com o passar dos anos.

Ressaltou-se dificuldades que são vivenciadas pelos profissionais da educação, pelos alunos, e pela sociedade em geral, apresentando possíveis soluções necessárias para solucionar eventuais dificuldades e abrir vertentes para outras participações que poderão abranger outras áreas da Licenciatura. A pesquisa tem por base observações e relatos de professores e alunos que participaram inativamente deste trabalho, sendo também utilizado alguns estudos realizados por alguns teóricos e estudantes da área.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Um dos relevantes fatores que muita gente talvez desconheça é a precariedade do Ensino de Língua Inglesa aliada a falta de preparo de alguns professores. Podemos citar dois motivos:

O despreparo dos professores de língua estrangeira, e o desinteresse dos alunos pela matéria. A coletânea de CÂNDIDO DE LIMA (2011) reúne trabalhos de diversos autores que refletem a respeito das dificuldades do ensino de inglês no âmbito do ensino público. Dentre os vários autores que investigaram a polêmica questão do fracasso das escolas públicas em relação ao ensino de língua estrangeira, destaca- ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11, n.20; p. 2015 912 se o capítulo Vilson Leffa,  procura compreender as razões desse fracasso na rede pública apontando algumas dos motivos para essa realidade, as quais o autor ironicamente chama de “bodes expiatórios”:

Procuro lançar dois olhares sobre o fracasso do ensino de LE na escola pública: o primeiro, voltado para trás, procurando localizar a origem do fracasso; o segundo, olhando para frente, tentando vislumbrar possíveis soluções. Entendo que há várias maneiras de ver esse fracasso, desde a criação de bodes expiatórios até a apoteose da carnavalização. A tentativa de criar bodes expiatórios é a mais primitiva: põe-se a culpa em alguém, que pode ser o governo, o professor, ou mesmo o aluno: é o mundo da condenação que separa pessoas e grupos em inocentes e culpados (LEFFA, 2011, p. 15-16).

Segundo LEFFA (2011, 18-23), existem três motivos principais, quais sejam: a) o governo que não investe,o aluno que não está nem preocupado e o professor despreparado.

Siqueira (2005) explica que os professores de língua inglesa, são detectores de um saber expressivo para a expansão de um idioma determinante para o desenvolvimento das sociedades atuais. Para tanto, um responsável para a consolidação do domínio inglês como língua mundial. Muitas pesquisas já realizadas mostram que os índices de descontentamento dos alunos fazem aumentar o desinteresse e o fato de não saírem fluentes ou com quase nada de listening, writing ,speaking e reading, fazem aumentar o desapego pelos conteúdos o que mesmo com passar dos anos não sofreu alterações nas opiniões, o que causa é uma grande preocupação tendo em vista um terrível avanço tecnológico fazendo que até os mais pequeninos tenham os aparelhos  na palma das mãos.

A língua Inglesa é complexa embora seja uma língua universal, a língua inglesa é o único idioma que é mais falado por não nativos do que pelos próprios nativos. A Língua Inglesa é universal, e a cada dia vem roubando espaço nas placas de lojas, nas mercadorias importadas, e nas redes sociais, gerando nos educadores uma irredutível insegurança na hora de aplicar os conteúdos.

3.1. FATORES QUE IMPLICAM NA DIFICULDADE E DESINTERESSE DOS ALUNOS

De acordo com alguns professores que atualmente no ano de 2020 atuam como discentes na Licenciatura alguns alunos entrevistados durante as aulas alegam a dificuldade em não poderem escolher a área de concentração que seria então a língua Espanhola ao invés da Inglesa e outros questionam ainda o motivo pelo qual têm a obrigação de aprenderem o segundo idioma morando no Brasil. Sendo assim os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) surgem como forma de colaborar nas reflexões já existentes na LDB e contribuírem para as questões que tangem sobre a importância do estudo da LE. Portanto, o ensino fundamental, segundo os PCN, deve estar embasado em três fatores importantes: os históricos, os relativos às comunidades locais e os relativos à tradição. Reflete Donnini, Platero e Weigel (2010, p. 7-8) quanto a esses aspectos:

1) históricos, que justificariam a inclusão da Língua Inglesa e da língua espanhola (a primeira, dada sua crescente influência ao longo do século XX, culminando com a globalização; a segunda, dada a intensificação das relações econômicas com os países do Cone Sul); 2) relativos às comunidades locais, que justificariam a inclusão da língua portuguesa como Língua Estrangeira em comunidades indígenas, por exemplo; 3) relativos à tradição, que justificariam a inclusão do francês, dado seu papel relevante nas trocas culturais para toda uma geração de brasileiros.

Tais aspectos contribuem diretamente na inclusão da Língua Inglesa e de outras línguas estrangeiras nos contextos escolares de forma a serem trabalhadas conforme as realidades que se encontram as escolas. Esses fatores ainda dão abertura para que a Língua Inglesa seja trabalhada de forma socio-interacional, levando em consideração os fatores externos que circundam o ambiente escolar.

Visto que um professor de línguas ao forma-se em Letras ,ao procurar um a continuação ou especialização ,ou uma pós não tem um rumo a tomar a não ser uma segunda licenciatura o que o tira do seu foco ,ou adere a pedagogia ,ou uma área de gestão quando não esbarra em ter de procurar um curso de uma escola de inglês para fluência, isso então gera algumas questões que logo abaixo serão levantadas.

Vive-se ainda uma triste realidade ao se falar de educação de qualidade e sobre a importância dessa LE. Convém-se semear em boa terra, mas a qualidade das sementes parece não acrescentar muito se a terra parece seca. Ressaltam Pimenta, Moreira e Reedijk (2016, p. 33):

[...] falar do ensino da Língua Inglesa em um país cuja educação é insatisfatória de forma geral requer um pouco de sensibilidade e paciência, já que o problema não advém apenas das complicações histórico-culturais envolvendo o tema em questão, mas também de problemas governamentais. Desde muito tempo, as aulas de inglês não são devidamente valorizadas nem pelos alunos, nem pela escola e tão pouco pelo governo e por professores de outras áreas da educação.

Inicia -se então um jogo de empurra onde por anos passou por debates, para obter -se as conquistas que já possuem hoje, mas que por vezes parece estar parada no tempo, levando em conta que os horários para as aulas de L.E. já são mais reduzidos em relação a outras disciplinas, que possuem mais horas aula. Por outro ponto de vista além das críticas sofridas por parte dos alunos a própria disciplina é tratada por alguns como a disciplina que não reprova, gerando nos alunos uma certa instabilidade

3.2. DE ONDE SURGEM AS DIFICULDADES ENFRENTADAS TAMBÉM EM OUTRAS REGIÕES DO BRASIL

Fishman e Conrad veem afirmar que a língua inglesa é nativa em 12 países e em 14 é a 2° língua oficial, sendo assim nota-se como a língua propagou -se ao redor do mundo. Ventura (1989, p 36) vem afirmar que:

O inglês é uma epidemia que contamina 750 milhões de pessoas no planeta. Essa língua sem fronteiras está na metade dos 10.000 jornais do mundo, em mais de 80% dos trabalhos científicos e no jargão de várias profissões como informática, economia e publicidade.

Dentro do Brasil de um estado para o outro já existem realidades diferentes no Ensino da Língua Estrangeira ,segundo a professora e também autora de alguns livros para Ensino Fundamental e Educação básica da Editora Ática e Scipione tendo por título Hello Kids e Hello Teen, professora E.C.M ,em algumas regiões mais carentes as salas são agrupadas e existem apenas uma ou no máximo duas onde os alunos aprendem todos juntos a disciplina independente da turma .Também há ainda no país outra carência que é a falta de professores formados nesta área, que acaba por movimentar professores de regiões mais distantes ou em alguns casos ficam sem professor parte do ano ou a grade curricular precisa ser alterada. Os formadores da L.E. quando terminam sua formação irão tornar então mais promissora a área escolhida ao finalizar a formação em Licenciatura em letras Inglês e acabam se deparando com uma dura realidade, quase não se preocuparam em criar especializações para área de Línguas .E ai vem a grande pergunta ,será que um médico que encerrasse a sua faculdade ,se não prosseguisse com suas especializações seria tão profissional dado ao caso que todo ano surge uma nova doença?

3.3. Dificuldades enfrentadas para ensinar línguas para ensino fundamental e médio

O ensino e aprendizagem da Língua Estrangeira vêm sendo um desafio nas escolas públicas no ensino fundamental e médio, uma vez que os alunos questionam se, principalmente, o porquê de se estudar uma Língua Estrangeira. Nesse contexto, é possível pensar que para a Língua Estrangeira ser inserida no currículo é levado em conta fatores sociais e históricos. No caso do Brasil, segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB, 1996), o aluno tem direito a estudar a língua estrangeira desde o ensino fundamental, mas é notório em muitas escolas brasileiras a desvalorização desse ensino, a língua estrangeira não é vista como um dos fatores importantes na formação dos alunos. De acordo, com o PCN (1998) essa desvalorização ocorre por muitos motivos, entre eles estão: a retirada da disciplina do currículo, carga horária reduzida nas aulas e falta de capacitação dos professores. Esses fatores contribuem para que o ensino e aprendizagem da língua estrangeira se tornem algo desmotivador tanto para alunos, quanto para os professores.

Como dito anteriormente, vários são os fatores que levaram e levam os alunos brasileiros a aprenderem o inglês. Se o aluno passa a dominar a Língua Inglesa, ele então poderá compreender de forma mais ampliada as muitas manifestações que o cerca. A aprendizagem de uma LE contribui numa reflexão mais madura do aluno enquanto ser humano e cidadão crítico, que pensa e participa ativamente desenvolvendo e formulando novas ideias e fatores com responsabilidade e dessa forma, Marzari e Badke (2013, p. 2) comentam os benefícios adquirido ao aprender uma LE:

[...]aprender uma LE nos permite interagir com pessoas de diferentes culturas e crenças, com diferentes modos de pensar e agir. Em vista disso, a disciplina de LE não deveria ser ofertada nas escolas de Ensino Fundamental e Médio apenas porque se trata de uma exigência do Ministério da Educação (LDB 1996); o ensino de inglês como Língua Estrangeira (ILE) não deveria ser visto como mera formalidade dos currículos escolares, uma vez que esse idioma contribui para a formação plena do indivíduo que a domina.

4. METODOLOGIAS

O presente estudo de caso vem trazer com relevância dois importantes assuntos talvez um pouco já discutido e observados por pensadores e Doutores e mestres ,como (RAPUD,2011,PAIVA,2005,SILVEIRA,2008),mas com o passar dos anos novidades vão surgindo, leis vão mudando e novos argumentos vão sendo rebatidos em uma geração que nem sempre foi ensinada para ser crítica e reflexiva. Será utilizado um gráfico para apontar possíveis dúvidas acerca do ponto de vista dos alunos em relação a importância da Língua para sua aprendizagem.

A pesquisa terá por base a  realização dos estágios que  durante todo o curso foram aplicadas pela Educanda do Ensino de Letras inglês (ANA PAULA F.D.CARVALHO) que também atuou como docente nos anos de 2018,2019,2020,para turmas de PRÉ (na cidade de Campo Alegre)e Educação Básica, Ensino Fundamental e Médio(na cidade de São Bento do Sul).Para a pesquisa também foram utilizadas pesquisas bibliográficas e textos de livros, periódicos e afins.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nas observações realizadas com aulas aplicadas com outros profissionais observou -se que de forma geral, percebemos em nossa prática que os professores de língua estrangeira da rede pública ainda encontram uma série de dificuldades em sua prática em sala de aula tais como a falta de recursos didáticos diferenciados, pois contamos basicamente com o livro didático público, o desinteresse dos alunos e até mesmo a falta de conhecimento do idioma por parte de muitos professores que se formaram de forma precária (DAVEL, 2011). Sobre as discussões quanto ao ensino de inglês, Monte Mór e Souza (2006 p. 90) dizem que:

Verifica-se que, em muitos casos, há falta de clareza sobre o fato de que os objetivos do ensino de idiomas em escola regular são diferentes dos objetivos dos cursos de idiomas. Trata-se de instituições com finalidades diferenciadas. Observa-se a citada falta de clareza quando a escola regular tende a concentrar-se no ensino apenas linguístico ou instrumental da Língua Estrangeira (desconsiderando outros objetivos, como os educacionais e os culturais). Esse foco retrata uma concepção de educação que concentra mais esforços na disciplina/conteúdo que propõe ensinar (no caso, um idioma, como se esse pudesse ser aprendido isoladamente de seus valores sociais, culturais, políticos e ideológicos) do que nos aprendizes e na formação desses. A concentração em tais objetivos pode gerar indefinições (e comparações) sobre o que caracteriza o aprendizado dessa disciplina no currículo escolar e sobre a justificativa desse no referido contexto.

Olhando por este ponto de vista ,em um dos momentos de estágio pudemos observar em uma escola do Estado, uma aluna cursando o ensino médio que aplicou-se a fazer curso de fluência em escola privada ,que possuía um grau altíssimo de oralidade em relação aos colegas da sala que nunca haviam frequentado uma escola de idiomas .Isto prova que mesmo que hajam vertentes diferentes ,estamos com nossos profissionais anos atrás ,e perguntamos então o porquê de tal feito realizado de forma individual e espontânea que deu certo.

Sugerimos abaixo o resultado de uma pesquisa mostrando o sentido do ensino de LI, em uma escola do Sul do Brasil.

Gráfico1 - Ponto de vista dos alunos quanto ao ensino de inglês

https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Frevistaseletronicas.pucrs.br%2Fojs%2Findex.php%2Fbelt%2Farticle%2FviewFile%2F26190%2F15817&psig=AOvVaw0THqOACDeh-ISTGAwC732K&ust=1606959832275000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOjhkpiWru0CFQAAAAAdAAAAABAD

O Gráfico acima foi utilizado como exemplo pois foi em uma escola do Sul do país onde aconteceu a pesquisa e claramente nos aponta resultados que provam que não são todos os alunos que estão desinteressados como muitos pensam. Em sala de aula os docentes passam parte do tempo tentando burlar a necessidade de matérias didáticos de melhor qualidade enquanto se reinventam como podem para aplicar seus conhecimentos de forma eficaz para nutrir bons resultados ,enquanto acaba por vezes sendo deixada de lado alguns dos quatro pilares(speaking, listering, reading e writing) que pelo curto período de horas aula acabam não sendo cumpridos. Para Larsen-Freeman (2000), uma aula que esteja focada no aprendizado de uma maneira comunicativa, é planejada para fazer com que o aluno seja capaz de tomar decisões, pelo treinamento sistemático de habilidades que os ajudem a fazer escolhas. Segundo a autora os alunos são, acima de tudo, comunicadores e a partir do momento que o professor abre espaço para ele em sala de aula e seu papel seja menos dominante, os alunos passam a se sentir mais responsáveis pelo próprio aprendizado. (LARSEN-FREEMAN, 2000).

Portanto, nesta pesquisa, apresenta-se as opiniões dos alunos colhidas através de questionários aplicados com cinquenta alunos do oitavo e nono ano de uma escola pública de Tubarão-SC. É nítida a importância que a grande maioria desses estudantes dão à língua inglesa como uma área de estudo útil para suas vidas, percebendo que a escola precisa de alguns ajustes e reconhecendo a necessidade de estudar inglês fora da escola, no futuro ou concomitantemente.. O Gráfico 2 ilustra o resultado da pesquisa quanto à utilidade do inglês segundo os estudantes.

Gráfico 2 - A visão dos alunos sobre a utilidade do inglês.

https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Frevistaseletronicas.pucrs.br%2Fojs%2Findex.php%2Fbelt%2Farticle%2FviewFile%2F26190%2F15817&psig=AOvVaw0THqOACDeh-ISTGAwC732K&ust=1606959832275000&source=images&cd=vfe&ved=0CA0QjhxqFwoTCOjhkpiWru0CFQAAAAAdAAAAABAd

Por ser uma cidade não muito distante de são Bento do sul analisamos no geral e chegamos a rica conclusão que ,não são todos desinteressados como a maioria das pesquisas apontam ,mas prova que existe sim um interesse que talvez fique limitado a falta de originalidade dos professores na aplicação de seus métodos, ou a professores que dão tudo de si ,mas também se veem frustrados por terminarem suas licenciaturas e não terem a sensação que já estão preparados para prosseguir seu caminho. Isso nos faz pensar na importância do estudo de línguas para os alunos que mesmo sendo de diferentes idades, de   classes sociais diferentes, vale a pena analisar que, por meio do aprendizado do inglês surge uma nova relação entre pessoas de diferentes lugares no planeta com as mais variadas línguas, etnias e tradições culturais que rompem as barreiras linguísticas (RAJAGOPALAN, 2003).

De acordo com relatos colhidos de diversos professores do dia a dia de trabalho, a maioria relata ter muitas dificuldades na preparação das aulas , pois dizem sofrer falta de apoio da escola, a maioria delas não possui dicionários de inglês X português, aliado a falta de vontade dos alunos que acabam por desmotivar os próprios professores que preparam bons materiais com antecedência e acabam por diversas vezes frustrados por não conseguirem aplicá-las como gostariam. A maioria deles acaba por modificar as aulas utilizando recursos do cotidiano e materiais lúdicos para tornarem as aulas aparentemente mais interessantes.

O PCN (1998) reconhece os fatores que influenciam diretamente a aprendizagem dos alunos, afirmando que devido a isso os alunos não conseguem ter um bom desempenho em sala de aula:

Deve-se considerar o fato de que as condições na sala de aula da maioria das escolas brasileiras (carga horária reduzida, classes superlotadas, pouco domínio das habilidades orais por parte da maioria dos professores, material didático reduzido a giz e livro 15 didático,) podem inviabilizar o ensino das quatro habilidades comunicativas. (BRASIL, 1998, P.19)

Mediante diversos problemas apresentados pelos alunos como até mesmo falta de professores em alguns casos, fica evidente que ainda a um longo caminho a ser percorrido pela busca de uma educação de boa qualidade na área , visto que não é novidade que a cada dia as escolas de idioma oferecem também diversos cursos com intuito de facilitar a vida de alunos e moradores brasileiros que precisam procurar tais locais para aprimorar o idioma.

Durante a pesquisa diversos foram ouvidos, inclusive de professores como a TK (Licenciada em Letras ) que teve a oportunidade de passar alguns meses fazendo intercâmbio fora de país e descobriu a triste realidade, que em outros países os alunos saem das escolas públicas na maioria das vezes fluente em uma segunda língua, o que não acontece no Brasil. No ensino Médio os alunos enfrentam uma dificuldade que passa por vezes despercebida, principalmente nos últimos dois anos que antecedem a saída dos alunos para quem ao terminarem os estudos irão para um curso técnico ou universidade. O desinteresse passa a ser maior, ou os conteúdos aplicados pelos professores deveriam ser então mais direcionados, sendo uma preparação para a continuidade, mas parece acontecer ao contrário, os alunos se mostram mais desinteressados, cansados e por vezes chegam a questionar ainda mais o motivo do aprendizado.

Embora hajam diversas dificuldades apresentadas, ainda percebe-se o esforço  que os profissionais fazem para tornar dinâmicas e interessantes as aulas que comparadas a outras áreas possuem um alto grau de dificuldade, nota-se também que os profissionais assim como os alunos tem procurado se atualizar com cada novidade que tem surgido no cenário atual, pois tem sofrido uma mudança lenta mais gradativa.

6. CONCLUSÃO

A pesquisas realizadas nos trazem enriquecimento pois, através das experiencias vivenciadas pelos professores, estagiários ,alunos, até mesmo gestores da educação trazem questões que ao serem abordadas em geral remetem cada profissional a a busca pelo conhecimento, dentro da área e faz com que a medida que cada problema é encontrado traz a tona questões para serem repensadas acerca das melhores técnicas a serem aplicadas, ou se as formas que estão sendo trabalhadas estão se tornando ultrapassadas, frente a uma geração que pensa de maneira tecnológica , de maneira avançada.

Resta aos futuros professores de Língua Inglesa estarem a frente, mas como fazê-lo, provavelmente a melhor resposta estaria na prática de vivência de cada um. Um bom mestre não pode limitar -se a parar de aprender algo novo, embora haja poucas vertentes para continuidade dentro da área, a busca de um bom profissional não deve terminar nunca, pois será dentro da sala de aula, perante seus alunos que surgiram novas necessidades que precisarão de respostas para serem sanadas.

A língua Inglesa está longe de desaparecer do nosso aprendizado, ou seja dos nossos currículos, partindo deste pressuposto que a cada dia a língua está evoluindo junto com as mudanças, junto com as invenções do século, as salas de aula logo serão modernas tal quanto a tecnologia tem ocupado seu espaço, a resposta correta para esta pesquisa será a reinvenção da aprendizagem.

7. REFERÊNCIAS

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BRITISH COUNCIL. O ensino de inglês na educação pública brasileira: elaborado com exclusividade para o British Council pelo Instituto de Pesquisas Plano CDE. São Paulo, SP: British Council Brasil, 2015.DONNINI, Lívia. PLATERO, Luciana. WEIGEL, Adriana. Ensino de Língua Inglesa. - São Paulo: Cengage Lerning, 2010.

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FIORIN, Bruna Pereira Alves. Universidade: adaptação e aprendizagem. In: PAVÃO, Sílvia Maria de Oliveira (org.). Ações de atenção à aprendizagem no ensino superior. - 1. ed. - Santa Maria: [UFSM], PRE, Ed. pE.com, 2015. LEFFA, V. J. (org.). O professor de Línguas Estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: Educat, 2001.

MARZARI, Gabriela Quatrin. BADKE, Mariluza Ribeiro. Ensino e aprendizagem de Língua Inglesa em escolas públicas de Santa Maria/RS. Pesquisas em Discurso Pedagógico, PUC, Rio de Janeiro, 2013.

MORAES, Liani F. Língua Estrangeira Moderna. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros em Ação, Ensino Médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias / Secretaria de Educação Média e Tecnológica – MEC; SEMTEC, 2001.

NICHOLLS, Suzan Mary. Aspectos pedagógicos e metodológicos do ensino do inglês. Maceió: EDUFAL, 2001. PAES, Maria Bethânia Gomes. JORGE, Miriam Lúcia dos Santos. Preconceito contra o ensino de Língua Estrangeira na rede pública. In: LIMA, Diógenes Cândido de. Ensino Aprendizagem de Língua Inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. PIMENTA, Ana Cláudia. MOREIRA, Rayane Magalhães.

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REEDIJK, Carolina da Cunha. O ensino da Língua Inglesa nas escolas públicas: expectativas e realidade. Revista Crátilo, 9(1): 32-50, ago. 2016. Centro Universitário de Patos de Minas. PPC. Proposta Curricular do Curso de Graduação em Letras - Língua e Literatura Portuguesas e Língua e Literatura Inglesas da Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente – IEAA, Campus Vale do Rio Madeira. 2010, p.1-118

RICHARDS, C.J.; RODGERS, T.S. Approaches and methods in language teaching. Cambridge: Cambridge University Press, 2001. SILVEIRA, M. I. M. Línguas estrangeiras: uma visão histórica das abordagens, métodos e técnicas de ensino. Maceió - São Paulo: Edições Catavento, 1999. 104p

WILLIAMS, M.; BURDEN, R.L. Psychology for language teachers: a social constructivism approach. Cambridge: Cambridge University Press, 1997. WRIGHT, A. Creating stories with children. Oxford: Oxford University Press, 1997.


Publicado por: Ana Paula Demétrio

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