DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EXISTENTES NO ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS DAS ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES

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1. Resumo

O presente projeto de pesquisa, busca propor um ensino com uma nova metodologia,amparada na precariedade encontrada no ensino de língua inglesa nas  escolas públicas e particulares, e as dificuldades encontradas pelos professores em aplicar os devidos conteúdos aliados a falta de apoio como problemas governamentais que afetam vários âmbitos no campo do desenvolvimento escolar tendo como por exemplo: materiais didáticos, materiais de uso em sala, jogos, recursos tecnológicos. etc. Propondo lucidar questões abordadas por pesquisadores e escritores da área de LI, e trazer soluções e estratégias para dificuldades abordadas como os métodos de aplicação e abordagem dos conteúdos, também averiguar possíveis causas das alterações sofridas no decorrer dos anos no uso da LI e propor as mudanças necessárias nas metodologias e aplicações para facilitar a aprendizagem com base na BNCC e PCNs, gerando motivação e interesse por parte dos alunos, e elencar a importância da aprendizagem de uma nova língua e de seu uso na sociedade e no mundo, agregando valores e efeitos gerados no incentivo a um segundo idioma e seu efeito cultural no mundo.

a) Introdução: O ensino de Línguas neste presente século tem adquirido enorme importância,ou seja, tem dado um grande  salto, pois o avanço tecnológico aliado as mudanças nos hábitos do cotidiano das pessoas em todo mundo, fez com que  a necessidade a oportunidade de  se aprender um novo idioma, fizesse parte da vida das pessoas. Mesmo sem perceber foram adotando palavras novas ao seu dicionário diário, pois elas não vieram apenas nos livros e cadernos, elas entraram através das roupas, dos acessórios, nomes de alimentos principalmente através de celulares e computadores. Neste contexto a língua inglesa se tornou uma das línguas mais utilizadas atualmente em todo o mundo, vindo a ser a principal língua em uso em mais de 19 países.

Esta pesquisa irá apresentar diferentes problemas encontrados em salas de aulas de diferentes escolas no Estado de Santa Catarina, e no Estado do Rio de Janeiro partindo de informações verídicas e outras fontes colhidas de turmas de ensino Fundamental e Médio, que serão avaliados de forma qualitativa, através de pesquisa e análise de dados dentro de uma perspectiva crítica embasada em situações problema e pouco rendimento na produção textual, oral, escrita e auditiva.

Ressaltou-se dificuldades que são vivenciadas pelos profissionais da educação, pelos alunos, e pela sociedade em geral, apresentando possíveis soluções necessárias para sanar eventuais dificuldades e abrir vertentes para outras participações que poderão abranger outras áreas da Licenciatura. A pesquisa tem como fonte observações e relatos de professores e alunos que participaram inativamente deste trabalho, sendo também utilizado algumas pesquisas realizadas por alguns teóricos e estudantes da área.

2. Justificativa

Um dos relevantes fatores que muita gente talvez desconheça é a precariedade do Ensino de Língua Inglesa atrelada a antigos métodos de ensino que tem perdurado por  alguns anos e já passaram por muitos testes que constataram que sempre haverá possibilidade de mudanças ,visto que a língua é associada a situações de vivências culturais e nuca deixará de evoluir. Podemos citar dois motivos:

A forma de apresentação da nova língua para o estudante que acaba sendo o gerador de desinteresse dos alunos pela matéria e o método que o conteúdo é apresentado sua maior vertente para um tempo recorde de aprendizagem. A coletânea de CÂNDIDO DE LIMA (2011) reúne trabalhos de diversos autores que refletem a respeito das dificuldades do ensino de inglês no âmbito do ensino público. Dentre os vários autores que investigaram a polêmica questão do fracasso das escolas públicas em relação ao ensino de língua estrangeira, destaca- ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11, n.20; p. 2015 912,no capítulo citado Vilson Blefa,  procura compreender as razões desse fracasso na rede pública apontando algumas dos motivos para essa realidade, as quais o autor ironicamente chama de “bodes expiatórios”:

Procuro lançar dois olhares sobre o fracasso do ensino de LE na escola pública: o primeiro, voltado para trás, procurando localizar a origem do fracasso; o segundo, olhando para frente, tentando vislumbrar possíveis soluções. Entendo que há várias maneiras de ver esse fracasso, desde a criação de bodes expiatórios até a apoteose da carnavalização. A tentativa de criar bodes expiatórios é a mais primitiva: põe-se a culpa em alguém, que pode ser o governo, o professor, ou mesmo o aluno: é o mundo da condenação que separa pessoas e grupos em inocentes e culpados (LEFFA, 2011, p. 15-16).

Segundo LEFFA (2011, 18-23), existem três motivos principais, quais sejam: a) o governo que não investe,o aluno que não está nem preocupado e o professor despreparado.

Siqueira (2005) explica que os professores de língua inglesa, são detectores de um saber expressivo para a expansão de um idioma determinante para o desenvolvimento das sociedades atuais. Para tanto, um responsável para a consolidação do domínio inglês como língua mundial. Muitas pesquisas já realizadas mostram que os índices de descontentamento dos alunos fazem aumentar o desinteresse e o fato de não saírem fluentes ou com quase nada de listening, writing,  ,speaking e reading, fazem aumentar o desapego pelos conteúdos o que mesmo com passar dos anos não sofreu alterações nas opiniões, o que causa é uma grande preocupação tendo em vista um terrível avanço tecnológico fazendo que até os mais pequeninos tenham os aparelhos  na palma das mãos.

A língua Inglesa é complexa embora seja uma língua universal, é o único idioma que é mais falado por não nativos do que pelos próprios nativos. Sendo ela uma Língua universal, a cada dia vem roubando espaço nas placas de lojas, nas mercadorias importadas, e nas redes sociais, gerando nos educadores uma irredutível insegurança na hora de aplicar os conteúdos. Deixando uma grande incógnita na vida de muitos pais de alunos que passam anos pagando as mensalidades em escolas particulares e não conseguem ver os filhos atingir a tão sonhada fluência no idioma, e por vezes colocam seus filhos ainda muito pequenos nas escolas.

3. Relevância

Alguns professores que atualmente atuam como discentes na Licenciatura, quando questionam estes alunos são deparados por questões como: dificuldades de entendimento, compreensão, conteúdo que se repetem, desmotivação, ETC. Sendo assim os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) surgem como forma de colaborar nas reflexões já existentes na LDB e contribuírem para as questões que tangem sobre a importância do estudo da LE. Portanto, o ensino fundamental, segundo os PCN, deve estar embasado em três fatores importantes: os históricos, os relativos às comunidades locais e os relativos à tradição. Reflete Donini, Platero e Weigel (2010, p. 7-8) quanto a esses aspectos:

1) históricos, que justificariam a inclusão da Língua Inglesa e da língua espanhola (a primeira, dada sua crescente influência ao longo do século XX, culminando com a globalização; a segunda, dada a intensificação das relações econômicas com os países do Cone Sul); 2) relativos às comunidades locais, que justificariam a inclusão da língua portuguesa como Língua Estrangeira em comunidades indígenas, por exemplo; 3) relativos à tradição, que justificariam a inclusão do francês, dado seu papel relevante nas trocas culturais para toda uma geração de brasileiros.

Tais aspectos contribuem diretamente na inclusão da Língua Inglesa e de outras línguas estrangeiras nos contextos escolares de forma a serem trabalhadas conforme as realidades que se encontram as escolas. Esses fatores ainda dão abertura para que a Língua Inglesa seja trabalhada de forma socio-interacional, levando em consideração os fatores externos que circundam o ambiente escolar.

4. b) Problema

A principal problemática a ser discutida e investigada nesse projeto é qual deve ser o papel do professor diante da disparidade encontrada pelos professores de línguas ao forma-se em Letras ,ao procurar dar continuação nos estudos ou ao buscarem uma  especialização ,ou uma pós-graduação, não tem um rumo a tomar. Basicamente e por assim ser os professores já seguem um planejamento e uma base que já vem diretamente dirigida.

Vive-se ainda uma triste realidade ao se falar de educação de qualidade e sobre a importância dessa LE. Convém-se semear em boa terra, mas a qualidade das sementes parece não acrescentar muito se a terra parece seca. Ressaltam Pimenta, Moreira e Reedijk (2016, p. 33):

[...] falar do ensino da Língua Inglesa em um país cuja educação é insatisfatória de forma geral requer um pouco de sensibilidade e paciência, já que o problema não advém apenas das complicações histórico-culturais envolvendo o tema em questão, mas também de problemas governamentais. Desde muito tempo, as aulas de inglês não são devidamente valorizadas nem pelos alunos, nem pela escola e tão pouco pelo governo e por professores de outras áreas da educação.

5. c) Corpus da análise

Inicia -se então um jogo de empurra, onde por anos passou por debates e estudos, para obter -se as conquistas que já possuímos hoje, mas que por vezes parece estar parada no tempo, levando em conta que os horários para as aulas de L.E. já são mais reduzidos em relação a outras disciplinas, que possuem mais horas aula. Por outro ponto de vista além das críticas sofridas por parte dos alunos a própria disciplina é tratada por alguns como a disciplina que não reprova, gerando nos alunos uma certa instabilidade e irresponsabilidade.

Podemos observar que para esses jovens a escrita é um meio simples e objetivo, cuja finalidade principal é a comunicação imediata. Assim a língua falada acaba por vezes cheia de acréscimos do meio virtual,é por isso que para eles não faz sentido seguir regras complexas da língua materna.

6. d) Fundamentação teórica e metodológica

Um dos relevantes fatores que muita gente talvez desconheça é aplicabilidade dos conteúdos de Língua Inglesa aliada ao fator motivação e valorização da língua.

Podemos citar dois motivos: O método de ensino utilizado ser pouco produtivo, e o desinteresse dos alunos partindo da premissa que os mesmos não estão vendo resultados do seu próprio aprendizado. A coletânea de CÂNDIDO DE LIMA (2011) reúne trabalhos de diversos autores que refletem a respeito das dificuldades do ensino de inglês no âmbito do ensino público. Dentre os vários autores que investigaram a polêmica questão do fracasso das escolas públicas em relação ao ensino de língua estrangeira, destaca- ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11, n.20; p. 2015 912  no capítulo Vilson Blefa,  procura compreender as razões desse fracasso na rede pública apontando algumas dos motivos para essa realidade, as quais o autor ironicamente chama de “bodes expiatórios”:

Aliado ao ensino de línguas existem todo um fator cultural que jamais poderá ser distinto ou extinto das pesquisas e indagações que perturbam o estudo de LI. Como prioridade ao difundirmos uma análise qualitativo de tudo que já foi buscado como fonte de pesquisa apresentamos um ideologia onde as quatro habilidades são fatores obrigatórios ao ensino de L.E., mas ao mesmo tempo preponderamos que as  4 habilidades trabalhadas não necessitam ser literalmente utilizadas na ordem cronológica: escrever, ler, escutar e falar. Propondo que uma criança ao nascer não possui nenhuma das habilidades para o aprendizado de sua língua materna. Então ela começa a aprender de forma auditiva e visual para depois ao frequentar a escola aprender então as outras habilidades.

Partindo deste alvo observamos que duas habilidades parecer preceder outras, então partiremos deste ponto para provar que existe uma nova metodologia para aprendizado de inglês que precisa ser trabalhado deste o início da inserção do aluno na escola e como nosso ponto equilíbrio são os alunos de ensino médio,vamos intencionalmente buscar de ondes virá esta metodologia, que materiais poderão ser utilizados, o custo benefício destes materiais e os resultados obtidos com a utilização deste.

De acordo com alguns professores que atualmente no ano de 2020 atuam como discentes na Letras Inglês, alguns alunos entrevistados durante as aulas alegam a dificuldade em não poderem escolher a área de concentração optando pela língua Espanhola ao invés da Inglesa e outros questionam ainda o motivo pelo qual têm a obrigação de aprenderem o segundo idioma morando no Brasil. Tais aspectos contribuem diretamente na inclusão da Língua Inglesa e de outras línguas estrangeiras nos contextos escolares de forma a serem trabalhadas conforme as realidades que se encontram as escolas. Esses fatores ainda dão abertura para que a Língua Inglesa seja trabalhada de forma socio-interacional, levando em consideração os fatores externos que circundam o ambiente escolar.

Vive-se ainda uma triste realidade ao se falar de educação de qualidade e sobre a importância dessa LE. Convém-se semear em boa terra, mas a qualidade das sementes parece não acrescentar muito se a terra parece seca. Ressaltam Pimenta, Moreira e Reedijk (2016, p. 33):

[...] falar do ensino da Língua Inglesa em um país cuja educação é insatisfatória de forma geral requer um pouco de sensibilidade e paciência, já que o problema não advém apenas das complicações histórico-culturais envolvendo o tema em questão, mas também de problemas governamentais. Desde muito tempo, as aulas de inglês não são devidamente valorizadas nem pelos alunos, nem pela escola e tão pouco pelo governo e por professores de outras áreas da educação.

Fishman e Conrad veem afirmar que a língua inglesa é nativa em 12 países e em 14 é a 2° língua oficial, sendo assim nota-se como a língua propagou -se ao redor do mundo. Ventura (1989, p 36) vem afirmar que: o inglês é uma epidemia que contamina 750 milhões de pessoas no planeta. Essa língua sem fronteiras está na metade dos 10.000 jornais do mundo, em mais de 80% dos trabalhos científicos e no jargão de várias profissões como informática, economia e publicidade.

Dentro do Brasil de um estado para o outro já existem realidades diferentes no Ensino da Língua Estrangeira ,segundo a professora e também autora de alguns livros para Ensino Fundamental e Educação básica da Editora Ática e Scipione tendo por título Hello Kids e Hello Teen, professora E.C.M ,em algumas regiões mais carentes as salas são agrupadas e existem apenas uma ou no máximo duas onde os alunos aprendem todos juntos a disciplina independente da turma . Acrescido a isso alguns outros dados que impedem uma maior produtividade devem ser salientados, como exemplo :a baixa frequência às aulas de LE, os altos índices de evasão escolar, o desconhecimento da rotina escolar, a ausência de habilidades meta cognitivas e de estratégias de aprendizagem que pressupõe o ensino de LE e a incompreensão dos aspectos culturais e sociais da terra anfitriã. Todo o cenário descrito no quadro acima constituiria por si só, um impeditivo para qualquer tentativa bem-sucedida de aprendizagem de um idioma tipologicamente distante do materno,  conforme salientado, há ainda no país outras carênciascomo a  falta de professores formados nesta área, que acaba por movimentar professores de regiões mais distantes ou em alguns casos ficam sem professor parte do ano ou a grade curricular precisa ser alterada. Os formadores da L.E. terão pela frente muitas realidades diferentes para ensinar línguas em diversos ambientes que oferecerão materiais diferentes para que através deles darão início à aulas diversificadas, com alunos de diferentes classes sendo estas escolas, públicas ou particulares e terão de estar preparados para estes momentos que irão além dos seus currículos.

Costumamos dizer que professores de inglês são comparados a médicos,pois primeiro tem de amar a profissão, depois tem que continuar estudando para se atualizar frente a um mercado de trabalho que tecnologicamente só tem a crescer e os Letrados não poderão estar desqualificados para as atualizações modernas. Quanto um aprendiz é inserido em um ambiente de Língua Estrangeira a primeira habilidade é ativada, mesmo que ele não possua as outras 3 as palavras serão captadas pelo ouvido perpassa pelos caminhos que levarão estas palavras a serem decoradas entes mesmo de que ela seja traduzida,  o segundo ponto a ser desenvolvido será o visual, pois nossa mente trabalha pelas cores, absorvendo a imagem e associando aos poucos a dar aquele objeto ou algo um nome, ou as vezes até mesmo um apelido.

Consideramos a importância da pesquisa qualitativa, pois na abordagem qualitativa, entretanto, o que se pretende, além de conhecer as opiniões das pessoas sobre determinado tema, é entender as motivações, os significados e os valores que sustentam as opiniões e as visões de mundo. Em outras palavras é dar voz ao outro e compreender de que perspectiva ele fala. (FRASER; GONDIM, 2004, p.8)

O ensino e aprendizagem da Língua Estrangeira vêm sendo um desafio nas escolas públicas e particulares no ensino fundamental e médio, uma vez que os alunos questionam se, principalmente, o porquê de se estudar uma Língua Estrangeira. Nesse contexto, é possível pensar que para a Língua Estrangeira ser inserida no currículo é levado em conta fatores sociais e históricos. No caso do Brasil, segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB, 1996), o aluno tem direito a estudar a língua estrangeira desde o ensino fundamental, mas é notório em muitas escolas brasileiras a desvalorização desse ensino, a língua estrangeira não é vista como um dos fatores importantes na formação dos alunos. De acordo, com o PCN (1998) essa desvalorização ocorre por muitos motivos, entre eles estão: a retirada da disciplina do currículo, carga horária reduzida nas aulas e falta de capacitação dos professores. Esses fatores contribuem para que o ensino e aprendizagem da língua estrangeira se tornem algo desmotivador tanto para alunos, quanto para os professores.

Outro fator importante em relação à aprendizagem da língua inglesa está no acesso facilitado à internet, pois muitos sites proporcionam um contato direto com o idioma. No que tange ao entretenimento, referimo-nos, por exemplo, a quem gosta de ouvir, compreender e cantar músicas em inglês; ou então quem gosta de um bate-papo na web, através dos chats, ou de viajar, uma vez que, graças ao domínio do idioma, poderá interagir com outras pessoas de diferentes países tendo, pois, o privilégio de conhecer diferentes culturas. Segundo Oliveira (2009, p. 27), ao estudar uma LE, 

(...) o estudante entra em contato com outra cultura, o que contribui para que ele conheça aspectos culturais diferentes daqueles presentes na sua comunidade. Isso pode levar o estudante a um processo de reflexão acerca do outro e de si próprio.

Como dito anteriormente, vários são os fatores que levaram e levam os alunos brasileiros a aprenderem o inglês. Se o aluno passa a dominar a Língua Inglesa, ele então poderá compreender de forma mais ampliada as muitas manifestações que o cerca. A aprendizagem de uma LE contribui numa reflexão mais madura do aluno enquanto ser humano e cidadão crítico, que pensa e participa ativamente desenvolvendo e formulando novas ideias e fatores com responsabilidade e dessa forma, Marzari e Badke (2013, p. 2) comentam os benefícios adquirido ao aprender uma LE:

[...]aprender uma LE nos permite interagir com pessoas de diferentes culturas e crenças, com diferentes modos de pensar e agir. Em vista disso, a disciplina de LE não deveria ser ofertada nas escolas de Ensino Fundamental e Médio apenas porque se trata de uma exigência do Ministério da Educação (LDB 1996); o ensino de inglês como Língua Estrangeira (ILE) não deveria ser visto como mera formalidade dos currículos escolares, uma vez que esse idioma contribui para a formação plena do indivíduo que a domina.

A pesquisas realizadas nos trazem enriquecimento pois, através das experiencias vivenciadas pelos professores, estagiários ,alunos, até mesmo gestores da educação trazem questões que ao serem abordadas em geral remetem cada profissional a a busca pelo conhecimento, dentro da área e faz com que a medida que cada problema é encontrado traz à tona questões para serem repensadas acerca das melhores técnicas a serem aplicadas, ou se as formas que estão sendo trabalhadas estão se tornando ultrapassadas, frente a uma geração que pensa de maneira tecnológica , de maneira avançada.

Resta aos futuros professores de Língua Inglesa estarem a frente, mas como fazê-lo, provavelmente a melhor resposta estaria na prática de vivência de cada um. Um bom mestre não pode limitar -se a buscar algo novo, embora haja poucas vertentes para continuidade dentro da área, a busca de um bom profissional não deve terminar nunca, pois será dentro da sala de aula, perante seus alunos que os mesmos oportunarão novas necessidades que precisarão de respostas para serem sanadas.

A língua Inglesa está longe de desaparecer do nosso aprendizado, ou seja dos nossos currículos, partindo deste pressuposto que a cada dia a língua está evoluindo junto com as mudanças, junto com as invenções do século, as salas de aula logo serão modernas tal quanto a tecnologia tem ocupado seu espaço, a resposta correta para esta pesquisa será a reinvenção da aprendizagem.

Rajagopalan (2005) argumenta que em torno de 80 a 90% da divulgação do conhecimento científico ocorre em inglês. O autor acrescenta ainda que: “quem se recusa a adquirir um conhecimento mínimo da língua inglesa corre o perigo de perder o bonde da história” (p. 149).

A utilização crescente do inglês para comunicação entre falantes de inglês como segunda língua ou língua estrangeira em situações que não envolvem a presença de um falante nativo da língua justifica, para Erling (2005), a preferência de muitos pesquisadores pelo termo English as a língua franca (ELF). Crystal (2003) atribui à língua inglesa o papel de língua franca ou língua comum (common language) por garantir a interação entre povos oriundos de diferentes culturas, falantes de diferentes idiomas. Em outras palavras, ao permitir a livre comunicação entre pessoas que falam idiomas distintos, a língua inglesa assume a função de língua franca.

Nas observações realizadas com aulas aplicadas com outros profissionais observou -se que de forma geral, percebemos em nossa prática que os professores de língua estrangeira da rede pública ainda encontram uma série de dificuldades em sua prática em sala de aula tais como a falta de recursos didáticos diferenciados, pois contamos basicamente com o livro didático público, o desinteresse dos alunos e até mesmo a falta de conhecimento do idioma por parte de muitos professores que se formaram de forma precária (DAVEL, 2011). Sobre as discussões quanto ao ensino de inglês, Monte Mór e Souza (2006 p. 90) dizem que:

Verifica-se que, em muitos casos, há falta de clareza sobre o fato de que os objetivos do ensino de idiomas em escola regular são diferentes dos objetivos dos cursos de idiomas. Trata-se de instituições com finalidades diferenciadas. Observa-se a citada falta de clareza quando a escola regular tende a concentrar-se no ensino apenas linguístico ou instrumental da Língua Estrangeira (desconsiderando outros objetivos, como os educacionais e os culturais). Esse foco retrata uma concepção de educação que concentra mais esforços na disciplina/conteúdo que propõe ensinar (no caso, um idioma, como se esse pudesse ser aprendido isoladamente de seus valores sociais, culturais, políticos e ideológicos) do que nos aprendizes e na formação desses. A concentração em tais objetivos pode gerar indefinições (e comparações) sobre o que caracteriza o aprendizado dessa disciplina no currículo escolar e sobre a justificativa desse no referido contexto.

De acordo com o livro Aspectos Culturais e Formação Cidadã, em um Livro Didático de Inglês para Crianças, Guilherme Jotto Kawachi e Ana Paula Lima apontam que a Língua Inglesa tem sido considerada como língua global, frequentemente utilizada na Internet, no mundo acadêmico e nas relações comerciais. Nesse sentido, o inglês deixa de ser uma língua estrangeira (LE) e passa a ser tratada como língua franca, ou seja, como uma língua de natureza híbrida, em constante transformação, que pertence a todos que a falam (RAJAGOPALAN, 2009). O status do inglês como língua franca tem trazido diversas implicações para o processo de ensino-aprendizagem. Os autores destacam que Gimenez, Calvo e El Kadri (2011) apontam para a necessidade de ressignificação dos motivos para se aprender inglês, de incorporar outras variedades dessa língua que não sejam as faladas nos países em que é língua materna, de se ampliar as temáticas trazidas para a sala de aula e da conscientização acerca do papel do inglês como língua de comunicação internacional.

No geral o que as escolas podem nos apresentar no ensino de L.I não passa perto daquilo que realmente gostaríamos de ter, mas se a pesquisa puder ser realizada poderá observar-se que as ferramentas de ensino já estão prontas, mas o que precisa ser mudado são os métodos.

Isso nos faz pensar na importância do estudo de línguas para os alunos que mesmo sendo de diferentes idades, de   classes sociais diferentes, vale a pena analisar que, por meio do aprendizado do inglês surge uma nova relação entre pessoas de diferentes lugares no planeta com as mais variadas línguas, etnias e tradições culturais que rompem as barreiras linguísticas (RAJAGOPALAN, 2003).

Grande parte dos tutores, docentes e ou professores de línguas, também tem apresentado dificuldades como falta de materiais para que as aulas possam ser dinâmicas e mais construtivas. Em certa época do ano em escolas públicas as escolas costumam adquirir materiais para o uso anual, o que não acontece da mesma maneira para os professores de LI, que costumam sentir falta de materiais como dicionário, livros em inglês ilustrados, filmes, materiais de áudio, jogos.  A maioria deles acaba por modificar as aulas utilizando recursos do cotidiano e materiais lúdicos improvisados comprados ou fabricados pelos alunos para tornarem as aulas aparentemente mais interessantes.

Os conteúdos aplicados pelos professores devem passar a ser  mais direcionados, sendo uma preparação para a continuidade a um mercado de trabalho muito promissor aos falantes de Língua Inglesa que possuem fluência, mas parece acontecer ao contrário, os alunos se mostram mais desinteressados, cansados e por vezes chegam a questionar ainda mais o motivo do aprendizado. Através deste ponto de partida poderemos culminar toda esta pesquisa  que embora hajadiversas dificuldades apresentadas, ainda percebe-se o esforço  que os profissionais fazem para tornar dinâmicas e interessantes as aulas que comparadas a outras áreas possuem um alto grau de dificuldade, nota-se também que os profissionais assim como os alunos tem procurado se atualizar com cada novidade que tem surgido no cenário atual, pois tem sofrido uma mudança lenta mais gradativa.

7. e) Plano de trabalho

Em relação ao cronograma de atividades a serem desenvolvidas no Mestrado, no primeiro ano (2023), cumpriremos os créditos necessários ao mestrado, e faremos também o levantamento bibliográfico, além da leitura e discussão dos referenciais teóricos. Empenharemos estudos acerca da pesquisa qualitativa, bem como as análises, de acordo com as recomendações do orientador. Cumpriremos ainda os créditos de eventos, com a participação de palestras, minicursos, oficinas, mesas redondas, bem como a apresentação oral de comunicação.

No primeiro semestre do segundo ano (2024), discutiremos os resultados obtidos com as pesquisas, as leituras e discussões dos textos teóricos e críticos. Feitas essas discussões, será redigido um relatório resumido para exame de qualificação da dissertação, a ser submetido à banca no início do segundo semestre de 2025.

Após o exame de qualificação, será feita a análise subjetiva e aproveitamento das sugestões da banca examinadora para, em seguida, empreender-se a redação final da dissertação e o exame de defesa, a ser realizado até o início de 2025 buscando mediante a mesma contribuir de alguma forma para pesquisas científicas posteriores e um avanço linguístico sólido.

8. f) Referências

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Língua Estrangeira. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRITISH COUNCIL. O ensino de inglês na educação pública brasileira: elaborado com exclusividade para o British Council pelo Instituto de Pesquisas Plano CDE. São Paulo, SP: British Council Brasil, 2015.

DONNINI, Lívia. PLATERO, Luciana. WEIGEL, Adriana. Ensino de Língua Inglesa. - São Paulo: Cengage Lerning, 2010.

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Publicado por: Ana Paula Demétrio

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