SERVIÇO SOCIAL E A INCLUSÃO ATRAVÉS DO ESPORTE: O Judô como ferramenta social

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1. RESUMO

Este Trabalho de Conclusão de Curso pretende descrever a importância e as possibilidades da inclusão social de crianças e jovens, sejam elas especiais ou não, através do esporte, mais precisamente o Judô, com a atuação profissional do assistente social e do professor, aonde são mostrados de forma clara e objetiva os conceitos desde à educação física ao esporte. A pesquisa foi iniciada através das atividades sociais da Academia de Judô Xique-Xique na cidade de mesmo nome, Xique-Xique, que desenvolve o Projeto Judô: Caminho Suave para a Cidadania desde o ano de 2008. A participação em atividades esportivas, ajuda à criança ou adolescentes a encontrar-se e desenvolver-se como um ser social e muitas vezes essas atividades são encontradas em projetos sociais. Destaca-se neste estudo que a prática de artes marciais, mais precisamente o Judô, é uma das grandes ferramentas de inclusão social. O mesmo foi declarado pela UNESCO – Organização das Nações Unidades para a Educação, a Ciência e a Cultura, como o melhor esporte para a formação inicial de crianças e jovens de 4 a 21 anos de idade.

Palavras-chave: Inclusão Social. Judô. Escola. Serviço Social. Educação.

ABSTRACT

This Work Completion of course intended to describe the importance and possibilities of social inclusion of children and young people, whether special or not, through sport, the more precisely Judo with the professional work of the social worker and teacher, where they are shown clearly and objectively the concepts from physical education to sports. The research was initiated by the social activities of Judo Xique-Xique Academy in the city of the same name, Xique-Xique, which develops Judo Project: Smooth Path to Citizenship since 2008. Participation in sports activities, help the child or teen to meet and develop as a social being and often these activities are found in social projects. It is noteworthy in this study that the practice of martial arts, specifically Judo is one of the great tools of social inclusion. The same was declared by UNESCO - the United Nations Units Educational, Scientific and Cultural Organization as the best sport for the initial training of children and young people 4-21 years old.

Key-words: Social Inclusion. Judo. School. Social Service. Education

2. INTRODUÇÃO

No Brasil, desde a Constituição de 1988, os documentos de normalização oficiais legais e complementares ou orientações para a política de educação proporcionam aos alunos com necessidades especiais garantias de educação e formação especializada, de preferência na escola regular.

A Lei Nacional de Diretrizes e Bases da Educação 1996, enquanto priorizando os serviços integrada de aulas regulares comuns, devem assegurar a manutenção de classes, escolas especializadas ou serviços para atender os alunos que precisam deles, suplemento ou substituição dos serviços de educação em comum classes conforme destaca o Art. 58, § 1º.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a educação física refere-se aos conteúdos dos blocos a serem oferecidos que são:

a) esportes, jogos, luta livre e ginástica;

b) atividades rítmicas e expressivas;

c) conhecimento do corpo.

Os blocos de conteúdo definem as práticas e objetivos corporais para cada um deles, no qual haverá na luta definidos da na forma de jogos, que são conflitos em que os adversários a serem subjugados de técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusões, detenção ou expulsão de um espaço particular na combinação de ações ofensivas e defensivas, sendo caracterizado por regras especiais para punir as atitudes em relação à violência e deslealdade.

Com isso o principal objetivo do presente trabalho é de utilizar a prática de Judô personalizado como uma ferramenta educacional para a inclusão, afim de alcançar resultados positivos ou negativos em níveis sociais, desportivas e educacionais.

O movimento da prática do Judô personalizado é exibido de forma desordenada ao redor do mundo desde 1970, quando as Nações Unidas tem agora mais atenção às pessoas com deficiência.

3. METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que busca explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, teses e livros. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental, mas em ambos os casos, buscam conhecer e analisar contribuições científicas existentes sobre um determinado assunto. A pesquisa terá como abordagem teórica uma análise qualitativa dos dados, diante da complexidade que representa o problema e da dinâmica do sujeito com o mundo, utilizando coleta de dados de artigos disponíveis sobre a importância da prática de Judô como inclusão social.

Para a formulação dos objetivos da revisão bibliográfica, primeiramente, selecionamos o tópico a ser revisado, recaindo a escolha sobre a importância da prática de Judô como inclusão social. Serão pesquisados artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais. Como se trata de uma pesquisa de revisão de artigos científicos, acerca da temática a importância da prática de Judô como inclusão social, serão pesquisados todos os artigos na comunidade científica confiável disponível.

Diante dos artigos que serão encontrados, criaremos um banco de dados, o qual será empregado um processo de análise e comparação dos títulos, segundo a importância da prática de Judô como inclusão social, adotando um caráter interpretativo, o qual se refere aos dados obtidos.

Para a análise dos dados foi comparado e discutido os dados extraídos previamente dos artigos científicos. As informações extraídas foram analisadas e interpretadas, quanto as suas divergências e convergências, sendo explicitadas através dos relatos no presente trabalho.

4. A INCLUSÃO E AS ESPECIFICIDADES DA DIVERSIDADE

A divergência humana é um fato em uma sociedade plural. Produz essa divergência as amostras populacionais que representam por etnias, raças, nacionalidades, naturalidades, regiões socioeconômicas, culturas, deficiências físicas, deficiências sensoriais, deficiências mentais, deficiências múltiplas, deficiências psiquiátricas, distúrbios orgânicos, histórico penitenciário, etc (SASSAKI, 2011).

As contestações individuais procedem de idade, acordo exclusivo de inteligências múltiplas com atitude de aprendizagem, humor, competências e desenvolturas, empenhos, compleição física, anseios e sonhos, experiências de vida etc (SASSAKI, 2011).

Sobre o professor e psicopedagogo inclusivo SASSAKI (2011) destaca que:

O professor inclusivo prepara suas aulas e desenvolve suas atividades em sala de aula, respeitando a diversidade humana e as diferenças individuais de seus alunos. Acrescentando a isto o cuidado de propiciar condições para o atingimento dos objetivos individuais, o professor leva em consideração também a participação ativa dos alunos em todos os aspectos da vida escolar. Na proposta inclusiva, a educação deve contemplar os objetivos individuais de cada aluno, contrariamente à proposta tradicional segundo a qual todos os alunos devem atingir os mesmos objetivos, pois o eixo norteador da educação inclusiva é a atenção à diversidade, a fim de se evitar rótulos e preconceitos.

A consideração e a valorização da divergência dos alunos estabelecem que a escola determine sua responsabilidade no estabelecimento das relações, cercando seus profissionais em um extenso método de discussão, estudo e ideia sobre a inclusão (SASSAKI, 2011).

É, deste modo, cogente dar valor a fé de que todo tem a capacidade de aprender se aceitarmos os diversos estilos de aprendizagem e as inteligências múltiplas de cada aluno. A maneira como cada um aprende melhor e as inteligências múltiplas compõem as agilidades que se pode empregar para aprender qualquer coisa e alcançar os objetivos. Há uma difícil relação entre as maneiras de aprendizagem e inteligências múltiplas (FREIRE, 1982).

A teoria das inteligências múltiplas recomenda abordagens de ensino que se ajeitam aos potenciais particulares de cada aluno, deste modo como à modalidade pela qual cada um pode aprender melhor (FREIRE, 1982).

As ideias da inclusão precisam ser idealizadas como intervenção no real, isto é, não se deve aceitar que o alunado esteja do lado de fora, esperando a escola ficar pronta para recebê-lo. Trata-se de mantê-la inteiramente aberta para aprender com e a partir da divergência (FREIRE, 1982).

A atenção à divergência está focada no direito de entrada à escola e dirige à melhoria da propriedade de ensino e aprendizagem para todos, limitadamente, bem como as esperanças de aumento e socialização. A escola, nessa esperança, busca estabilizar o respeito às diferenças, embora não elogie a diferença. As diferenças vistas não como barreira para o programo da ação educativa, tendo a capacidade e necessitando serem fatores de desenvolvimento (Krawczyk, 1999).

Por fim, a valorização da divergência é primeira classe para a realização de uma educação inclusiva, como um componente que enriquece o aumento pessoal e social, pois a inclusão é, em primeiro empenho, uma escolha ideológica, uma escolha de valores, uma escolha de vida e, em categórico, é um sentimento (Krawczyk, 1999).

Vários professores, ainda que sejam bem formados didaticamente, se não têm uma maneira de respeito e valorização em relação às diferenças, se não têm uma obrigação, não irão responder de modo adequado a essas diferenças; pelo contrário, um professor que trate com atenção as diferenças, que seja empenhado com elas, mesmo que não seja bem formado, contestará bem a elas, porque em seguida a parte técnica vem aproximadamente por si só. O formidável é a escola ou o sistema educativo partir do ponto de que a divergência não é um problema, mas pelo contrário, é uma ocasião para nos enriquecer, pessoal e socialmente, e para enriquecer o método de ensino-aprendizagem (Krawczyk, 1999).

4.1. INCLUSÃO

Para perceber melhor a opinião de precisões educacionais exclusivos, é importante que se confinem do papel da escola, da educação escolar. A educação escolar e a escola, diversamente de outro tipo de educação, têm como importante alvo requerer, de forma propositada, o desenvolvimento de certas competências, a assimilação de certas substâncias da cultura que são principais para que as pessoas em seguida se contornem membros funcionais dessa cultura (Krawczyk, 1999).

Segundo PRZYBYLSKI (1976) os estudos e pesquisas sobre necessidades especiais, publicados nas últimas décadas apontam que:

em algum momento da vida escolar, podem surgir, no aluno, necessidades que vão exigir a adoção pela escola de medidas educacionais individualizadas. Quando essas necessidades não são atendidas, surgem as dificuldades do aluno no processo de aprender. Não há uma relação de inerência entre deficiência e necessidade educacional especial, uma vez que nem todas as pessoas com deficiência têm necessidade educacional especial que vá precisar de atendimento especializado escolar.

Com esse desígnio a escola depara-se em presença um duplo desafio, obter que todos os meninos e meninas de um país apanhem essas bases da cultura que lhes aceitem colocar com maior igualdade de classes e, ao mesmo tempo, obter a conciliação e as diferenças individuais; alcançar que todos os meninos e meninas tenham entrada a essa aprendizagem básica, reverenciando as diferenças culturais, sociais e individuais (PRZYBYLSKI, 1976).

Apareceram da vontade de abrandar ou neutralizar a definição negativa da nomenclatura seguida para abalizar os indivíduos, em suas singularidades, por oferecerem limitações físicas, motoras, sensoriais, cognitivas, linguísticas ou ainda síndromes variadas, altas habilidades, condutas desviantes etc (COSTA, 1998). 

Nessa perspectiva COSTA (1998) diz que:

indivíduos cegos apresentam necessidades consideradas especiais, porque a maioria das pessoas não necessita dos recursos e ferramentas por eles utilizados para ter acesso à leitura, à escrita e para se deslocar de um lado para outro, em sua rotina. Essas pessoas necessitam, por exemplo, do sistema Braille, de livros sonoros, de ledores, de softwares com síntese de voz, de bengalas, cães-guia ou guias humanos. O mesmo raciocínio se aplica às pessoas que necessitam de muletas, cadeiras de rodas ou andadores para sua locomoção. 

A literatura especializada a este respeito é ilustrativa do longo e inclinado caminho cursado para se chegar a um julgamento que fosse mais precisa, científica e qualitativamente admissível (COSTA, 1998). 

Esses estudos simulam um efeito de contrapor à arbitrariedade ao cunho preconceituoso e depreciativo que impregnavam a terminologia que circula especialista e o público em geral com referência às limitações física, motora, sensorial, cognitiva, às diferentes síndromes ou ao sofrimento mental. Tais presunções descobrem uma mesma tendência, a inquietação em explicitar através de palavras ou expressões politicamente corretas, os benefícios e desígnios de paradigmas ou entendimentos vigentes no proceder das últimas décadas (BARBOSA, 2008).

Deste modo, as revelações de certas constitutivas, características ou diferenças individuais lideraram a designação corrente de pessoas com necessidades especiais para instituir o que antes era idealizado como grupos ou categorias de indivíduos excêntricos. Nesse assunto, a demonstração alunos ou crianças excêntricas foi trocados por crianças, jovens e adultos com precisões educacionais característica e admitida internacionalmente na Declaração de Salamanca (BARBOSA, 2008).

No Brasil, em 1986, de acordo com BARBOSA (2008):

o MEC já adotava tal designação, que passou a figurar como portadores de necessidades educacionais especiais (PNEE) na Política Nacional de Educação Especial (SEESP/MEC/1994), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, Lei n. 9.394/96) e, finalmente, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial (MEC/2001). Portanto, a nomenclatura está oficialmente consagrada até que seja destituída pela hegemonia de uma nova concepção.

A expressão precisões educacionais especiais e correspondentes conseguiu franca aderência por parte do sistema escolar e surgiu como um verdadeiro encontrado no sentido de dilatar os horizontes da educação especial. Além de ser estimada uma perífrase capaz de desocupar a hipótese negatividade dos portadores de deficiência, legitima e aumenta o ocasional de educando a serem considerados pelos serviços de apoio especializado. Trata-se, de um demandado atraente pela compreensão e pelo anseio de ressignificar o desgastado jargão de vários segmentos organizados por campos de deficiência (RANGEL et al., 2008).

Trata-se de várias amostras, de natureza orgânica ou não, de atitude passageira ou estável, cujas implicações acontecem no método educacional. Ao mesmo tempo, as necessidades especiais são diferenciadas como movimento popular que decorem de dificuldades de aprendizagem, de limites no método de desenvolvimento, com empenho do desempenho escolar, de problemas de comunicação e indicação, de altas capacidades ou superdotação. A expansão do termo é tão extensa que se torna difícil abranger quem não apresenta necessidades educacionais especiais (RANGEL et al., 2008).

Para os especialistas, necessidades especiais e deficiência são termos equivalentes. A partir das normas de procedimentos Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, ficou categoricamente claro que é uma coisa e necessidades especiais tem outro julgamento. Em geral, pessoas com deficiência proporcionam necessidades especiais, contudo nem todas as pessoas com necessidades especiais têm deficiência (RANGEL et al., 2008).

Consideram-se os sons repetidos procedentes do movimento de pessoas com deficiência, de maneira especial caracterizada pela década de 80 do século passado, quando a grita geral pela declaração de direitos refletiu em sentido contrario ao aspecto auxiliar e terapêutico da terminologia opressora. Nesse contexto, termos como deficientes, inábeis, retardados, excepcionais e correlatos foram rejeitados, consagrando-se a demonstração portadores de deficiência para mencionar-se a pessoas com limitações física, sensorial, mental ou múltipla. Em seguida, a disposição genérica portadores de necessidades especiais passou a conglomerar essas e outras categorias (RANGEL et al., 2008).

De acordo com SANTOS (2004) a nova legislação, os educandos com necessidades educacionais especiais são aqueles que, durante o procedimento educacional, proporcionam:

Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares (as relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências e as não-vinculadas a uma causa orgânica específica), dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis, e altas habilidades ou superdotação, grande facilidade de aprendizagem que leve estes alunos a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.

Deste modo, o conceito de necessidades especiais é extenso, e conglomera mais alunos e não apenas aqueles com deficiência (SANTOS, 2004).

O conceito precisões educacionais especiais começou a ser usado nos anos 60. O aluno com necessidades especiais oferece algum tipo de dificuldade de aprendizagem ao longo de sua escolarização, que estabelece uma atenção mais exclusiva e mais solução educacionais do que o indispensável para os colegas de sua idade (SANTOS, 2004).

Entretanto, é extraordinário observar o fato da seriedade de empregar o termo necessidades especiais de ensino e não tanto de dificuldades de aprendizagem, pois provoca que se permanece falando de dificuldades de aprendizagem, permanece localizado o foco na criança e o conceito é ver como transforma-se o sistema educativo e a resposta educativa para daí ganhar toda essa divergência que temos nas salas de aula. A opinião de necessidades educacionais especiais também tem uma maneira interativa (SANTOS, 2004).

Essas necessidades são concernentes, mutantes algumas crianças as têm jeito passageiro; outras, de jeito mais estável. Mas tem-se notado que esse conceito de necessidades especiais rápidas não se dá na prática. Quando se bota um rótulo, do tipo que for ele se sustenta. Isto é, crianças que tema capacidade de ter uma necessidade especial rápida, embora já a tenham excedido, prosseguem sendo vistas como crianças com necessidades especiais durante toda a sua vida escolar (SANTOS, 2004).

4.2. A ESCOLA INCLUSIVA

Perante as inovações modernas, a escola não pode continuar desconhecendo o que acontece em sua volta nem anulando e marginalizando as diferenças nos métodos pelos qual forma e ensina os alunos (MENDES, 2002).

Para MENDES (2002) inclusão escolar é:

A inclusão escolar é o processo pelo qual uma escola procede, permanentemente, à mudança do seu sistema, adaptando suas estruturas físicas e programáticas, suas metodologias e tecnologias e capacitando continuamente seus professores, especialistas, funcionários e demais membros da comunidade escolar, inclusive todos os alunos e seus familiares e a sociedade em seu entorno.

Uma escola inclusiva proporciona todos os apoios aos alunos com necessidades especiais e aos professores, no entendimento de que a escola deve ser competente de responder às diferenças e precisões individuais de um alunado que pensa a diversidade humana presente numa sociedade plural (MENDES, 2002).

A educação inclusiva compõe um método de transformação estrutural, envolvendo a flexibilização curricular, acessibilização de prédios e equipamentos, adaptação dos sistemas de comunicação oral e escrita, novos modelos de papéis vigorantes na escola comum, etc (CEZAR, 2003).

Qualquer escola, comum ou especial, que se satisfazer da necessidade de se encaixar aos novos tempos e novos valores sociais estará dando inicio a uma desafiadora jornada da inclusão escolar, cuja fundamental mensagem é a de que a educação de crianças com deficiências e crianças não deficientes unidas, criando relacionamentos positivos por meio de conhecimentos educacionais e sociais é basicamente vantajosa (CEZAR, 2003). 

Pelo paradigma da inclusão é possível oferecer uma educação de qualidade sem abandonar nenhum aluno, atendendo a diversidade humana presente no mesmo espaço escolar e, para isso, se contesta ao modo de aprendizagem e às múltiplas inteligências de cada aluno (CEZAR, 2003).

A consolidação de a escola inclusiva baseia-se na defesa acirrada de princípios e valores éticos na cidadania, justiça e igualdade para todos, em contraposição aos sistemas hierarquizados de diferença e inferioridade (CEZAR, 2003).

Para CEZAR (2003) uma política de igualdade permite:

Uma política de igualdade genuína é a que permite a articulação horizontal entre as identidades discrepantes e entre as diferenças em que elas assentam. O novo imperativo categórico que deve presidir a uma articulação pós-moderna e multicultural das políticas de igualdade e identidade é termos o direito de ser iguais sempre à diferença nos inferioriza; termos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.

Para que esse ideal se torne fato, a escola necessita adequar-se às diferenças e responder às precisões gerais e características de todos os alunos. A mudança da escola invade o compromisso de educadores, pais, especialistas, agentes do poder público e de outros atores sociais para ostentar desafios, formar novas competências e estabelecer uma rede de solidariedade. Trata-se, pois, de um aberto movimento de mudança e de democratização da educação como direito de todos, tendo como horizonte a edificação de uma sociedade inclusiva (SANCHES, 2005).

Estabelecer o projeto pedagógico para atender à variedade dos alunos é o grande desafio da escola as crenças, as finalidades, as maneiras éticas, os anseios, as precisões, as ocasiões e as precedências dos alunos necessitarão ser debatidas pela comunidade escolar e inscritas nesse projeto (SANCHES, 2005).

Desordem e problemas vivenciados pela escola podem ser debatidos e determinados com a cooperação da comunidade escolar. Essas ocasiões desafiadoras provocam novos conhecimentos, novas formas de influência mútua, de relacionamento, mudanças nos agrupamentos, na organização do espaço físico e no tempo didático, favorecendo todas as crianças (SANCHES, 2005).

Esse ideal pode ser obtido através da junção de valores e da disposição individual e coletiva para rever práticas e posturas. Dessa maneira é possível enfatizar alguns fatores que beneficiam a mudança da escola para que ela se regresse inclusiva (REILY, 2004):

- Valorização das diferenças como componente de informação, prodígio educativo e revelação da complexidade e desigualdade da natureza humana;

- O plano pedagógico da escola estabelecido coletivamente;

- Aumento de tática de ensino que reverenciem diversos sistemas significativos, cadência, estilos de aprendizagem e a revelação de valores, capacidade e habilidades;

- Uma percepção de currículo como sistema aberto, variável, capaz de pensar e desenvolver as experiências vividas;

- Organização flexível dos tempos e dos ambientes escolares, acomodação organizacional e tática de ensino harmônica com as precisões dos alunos;

- Atividades que permitam o diálogo, a influência mútua grupal, o exercício de cooperação, dependência recíproca, espírito crítico e a capacidade criadora;

- Relação de parceria entre escola, família e comunidade;

- A aquisição na formação permanecida em serviço e na valorização do magistério;

- Articulação entre a escola e a circulação social.

A pedagogia da inclusão é a de suprir a versão do aluno deficiente, especial e incompleto pela variante das diferenças individuais. Sob essa nova visão a diferença não é defeito e não precisa ser abandonada para ganhar tratamento especializado, mas estabelece da escola respostas educativas de maneira pedagógica e com melhor característica para todos (REILY, 2004).

Com isso é possível se embasar no pensamento de REILY (2004) sobre o surgimento da escola inclusiva:

A Educação Inclusiva não surgiu ao acaso. Ela é um produto histórico de uma época e realidade educacional contemporânea. Uma época que exige que nós abandonemos muitos dos nossos estereótipos e preconceitos, na identificação do verdadeiro objeto que está sendo delineado. Em outras palavras, as implicações consistem no reconhecimento da igualdade de valores e de direitos, e na consequente tomada de atitudes, em todos os níveis (político, governamental, social, comunitário, individual) que reflitam uma coerência entre o que se diz e o que se fala. 

4.3. FINALIDADE DA PRÁTICA ESPORTIVA E COMO ESTÁ INSERIDA NAS ESCOLAS HOJE.

Com base no conhecimento, na atualidade a educação física na nas escolas públicas, que com o tempo vem perdendo seu espaço no ensino fundamental e médio. As aulas de educação física estão inteiramente voltadas nos exercícios esportivos, dando importância somente às suas técnicas. Sendo a criança um ser sociocultural. É possível ver que essas aulas de educação física fragmentam a formação da criança, deixando de lado fatores como respeito recíproco, cooperação e afetividade, que são a base para a criança viver em sociedade. Assim pode-se discutir até que ponto os aspectos que superam a prática do esporte estão sendo desenvolvidos (GUIMARÃES et al., 2001).

A Educação Física vem sendo disciplina indispensável no currículo do sistema educacional. No histórico, sua permanência no currículo escolar tem sido aplicada com base na abrangência e pseudo efetividade da prática esportiva no desenvolvimento biopsicossocial e cultural do adolescente. Justificando-se, não há dúvidas que a maior ênfase nas aulas de educação física venha a serem os esportes competitivos, dando inicio logo nas 5 a. Série, senão mais precocemente, e permanecendo durante todo o período de escolarização (GUEDES, 1999).

Guedes (1999, p.10) destaca sobre o enfoque de esporte que a educação física é aplicada nas escolas.

Verifica-se que este enfoque esportivo oferecido aos programas de educação física escolar não consegue atender, em toda sua plenitude, as expectativas dos programas de ensino voltados a uma formação educacional mais efetiva de nossos jovens. Na tentativa de modificar esta situação, várias propostas alternativas têm sido advogadas. No entanto, a maioria delas colocando o professor de educação física como simples coadjuvante do processo educacional, responsável simplesmente por entreter as crianças e os jovens mediante as chamadas atividades recreativas, por organizar e acompanhar atividades comemorativas, por orientar exercícios físicos, etc.; ao invés de desenvolver conjunto de conteúdo que possa verdadeiramente contribuir, em um contexto educacional mais amplo, na formação dos educandos.

Com base a realidade, qualquer iniciativa oferecida a uma nova concepção do papel da disciplina de educação física na estrutura escolar, e que possa notar uma caracterização mais ampla quanto aos objetivos enquanto componente histórico deve surgir a partir de definições quanto ao tipo de conhecimento associado ao movimento humano que deverá ser abordado em educação nas escolas de 1o. e 2o graus, dentro do mundo de informação que envolve o movimento humano, o que deverá ser tratado no período de escolarização básica (BRACHT, 1999).

No século XXI, o movimento de educadores as escola reencontram os vínculos perdidos entre educação e humanização, os educadores ajudam na formação do cidadão para sua intervenção na vida pública e fortaleça a concepção democrática, no pensamento pedagógico, embora a imagem dela continue vinculada apenas ao treinamento para o mercado de trabalho (BRACHT, 1999).

A Lei de Diretrizes e Bases de 1996 houve um esforço de reformulação das propostas curriculares, fazendo da educação física círculo curricular da educação básica. Nesse sentido, a nova Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional, apesar de suas contradições, abre espaços para a construção de uma escola envolvida com a cidadania e com a exclusão. Esses espaços reforçados pelas Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental que, ao regulamentar a lei, adota como princípios da educação a segurança aos direitos e deveres da cidadania, a política da igualdade, e a ética da identidade (GUIMARÃES et al., 2001).

Com a aprovação da nova LDB 9394/1996, as aulas da Educação Física para o período noturno passam a ser facultativo para os alunos cursarem, às escolas proporcionam, e caso elas ofereçam a disciplina, as horas aulas não são contabilizadas na carga horária da escola. O que permite fazer, sem dificultar, é que a Educação Física no período noturno não acontecerá deste modo, estarão excluídos do processo cerca de 70 % dos alunos do ensino médio, provavelmente os maiores beneficiados com a prática regular de atividade física (GUIMARÃES et al., 2001).

Guimarães et al. (2001, p.19) destaca quais as práticas que devem ser desenvolvidas nas aulas de Educação Física nas escolas.

A partir desta nova concepção, as aulas de educação física devem desenvolver outras práticas corporais além dos esportes, como a dança, a ginástica geral, jogos e lutas, e através delas e do próprio esporte, exercer seu papel de contribuir na formação da criança. Através de práticas corporais onde as crianças se expressam com maior espontaneidade, o professor de educação física deve ter um contato mais amplo e direto com elas. Na escola, o professor é quem deve determinar o caráter da dinâmica coletiva (competitivo ou recreativo, regras mais ou menos flexíveis) de acordo com características do grupo com que trabalha, propiciando assim a inclusão de todos os alunos. Com essa concepção abrangente do papel da disciplina, não há razão, portanto, para serem excluídos das aulas os alunos que tenham menor habilidade em determinada prática corporal, pois é possível adequar as práticas executadas nas aulas com a realidade vivida pelo grupo.

Mesmo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que dão apoio às discussões e ao desenvolvimento dos projetos educativos da escola, que possa construir uma educação básica que adote o princípio da inclusão, e que tenha perspectiva metodológica de ensino-aprendizagem que busque a cooperação e a igualdade de direitos. Para que, possa sugerir vários temas que apareçam transversalizados, permeando a concepção dos diferentes componentes curriculares, dentre eles a ética, a saúde, a orientação sexual e a pluralidade cultural, gerando, as questões de gênero na cultura brasileira (GUIMARÃES et al., 2001).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs mostram a importância de conhecer e valorizar o patrimônio brasileiro, assim como aparência socioculturais de pessoas e nações, disponho contra alguma discriminação fundamentada em diferenças culturas, de classe social, de crença, de sexo, de etnia (GUIMARÃES et al., 2001).

Para que essas ideias e valores possam se tornar realidade na educação escolar não é somente incluí-los nas leis e nos PCNs; é preciso compreender que quanto mais o pensamento e a prática educacionais atuam no campo dos direitos, mais inevitável se torna encarar a escola como um dos espaços instituídos da integração e da diversidade (GUIMARÃES et al., 2001).

E também é necessário colocar a escola em um projeto político e cultural por um ideal democrático que reflita, ao mesmo tempo, a complexa diversidade de grupos, etnias, gêneros, demarcado não só por relações de perda, de exclusão, de preconceitos e discriminações, mas também por processos de afirmação de identidades, valores, vivências e cultura (BRACHT 1999).

Nesse histórico, a concepção de Educação Física e seus objetivos na escola precisam ser repensados, com a modificação de sua prática pedagógica. A Educação Física, é capacitada na formação de jovens, e os ajuda a ter uma posição diante das novas formas da cultura corporal de movimento o esporte meios de comunicação, as atividades de academia, as práticas alternativas, etc. Para isso, é necessário deixar claro que a Escola brasileira, não poderia equiparar-se em estrutura e funcionamento às academias e clubes, até porque sua função é totalmente outra. (BETTI ET AL., 2002).

A Educação Física é um elemento curricular da Educação básica deve assumir outra tarefa: deve interagir o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que ira produzi-la, e transformá-la, instrumentalizando-o para aproveitar o jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. A integração que permitirá o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser plena – é afetiva, social, cognitiva e motora. Vale dizer, é a integração de sua personalidade (BETTI ET AL., 2002).

Não é apenas obter habilidades motoras e desenvolver capacidades físicas, o saber é necessário, mas não suficiente. Se o jovem aprender as técnicas de um esporte coletivo, é necessário também organizar-se socialmente para praticá-lo, precisa saber regras como um elemento que torna o jogo possível (portanto é preciso também que aprenda a interpretar e impor as regras por si próprias), aprender a não desrespeitar o adversário, pois ele é um companheiro e não um inimigo, pois sem ele não há competição esportiva (BETTI ET AL., 2002).

Betti et al. (2002, p.77) destaca as principais tarefas atribuídas a Educação Física nas escolas.

É tarefa de a Educação Física preparar o aluno para ser um praticante lúcido e ativo, que incorpore o esporte e os demais componentes da cultura corporal em sua vida, para deles tirar o melhor proveito possível. Tal ato implica também compreender a organização institucional da cultura corporal em nossa sociedade; é preciso prepará-lo para ser um consumidor do esporte-espetáculo, para o que deve possuir uma visão crítica do sistema esportivo profissional. Que contribuição a Educação Física pode dar para o melhor usufruto do esporte- espetáculo veiculado pela televisão? Instrumentalizar o aluno para uma apreciação estética e técnica, fornecer as informações políticas, históricas e sociais para que ele possa analisar criticamente a violência, o doping, os interesses políticos e econômicos no esporte. É preciso preparar o cidadão que vai aderir aos programas de ginástica aeróbica, musculação, natação, etc., em instituições públicas e privadas, para que possa avaliar a qualidade do que é oferecido e identificar as práticas que melhor promovam sua saúde e bem-estar. É preciso preparar o leitor/espectador para analisar criticamente as informações que recebe dos meios de comunicação sobre a cultura corporal de movimento.

A Educação Física leva o aluno a descobrir motivos e sentidos nas práticas corporais, que favorecem suas atitudes, e tudo que o aluno aprendeu em comportamento ele põe em pratica, levar ao conhecimento, compreensão e análise de seu intelecto as suas informações científicas e filosóficas relacionados à cultura corporal de movimento, dirigir sua vontade e sua emoção para a prática e a apreciação do corpo em movimento (BENTO et al., 2008).

Mediante essa situação e sabendo que a educação física é como um dos componentes curriculares que contribui para apresentação, diálogo e reflexão acerca dos jogos e brincadeiras de diferentes culturas é preciso desenvolver intervenção em aulas regulares e, nesta perspectiva, possibilitar aos educando o (re) conhecimento das influências de diferentes povos (BENTO et al., 2008).

Há mais de um século, a Educação Física vem sendo referenciada no campo educacional, profissional e social brasileiro como um importante componente educativo, pedagógico, cultural, só a partir de 1961 foi reconhecida obrigatória a matéria no currículo. (BORGES, 2009).

No decorrer desse processo histórico observa-se a sua ação educativa que vem ultrapassando os limites técnicos de tratar o corpo como se fosse uma máquina e/ou de “educar” crianças e jovens através de práticas automatizadas, como se isso não provoca mudanças de hábitos e nem comportamentos dos educandos (BORGES, 2009).

As mudanças de aspectos educacionais e novas abordagens metodológicas têm evoluído muito nos últimos anos. Educar o corpo deixou de ser treinamento, aprimoramento da técnica, ou mesmo o controle disciplinar do aluno para significar novas possibilidades de construir saberes (sistematizar, construir, praticar, avaliar, reconstruir) acerca do corpo e de suas interações com as várias expressões constitutivas do processo produtivo, cultural, escolar, científico e do desenvolvimento estético (BORGES, 2009).

Na década de 80, passou a ter em nosso estado a realização de encontros para professores dessa área como, por exemplo: 1º Encontro de Educação Física (1985); a 1 ª Jornada Científica de Educação Física (1993) e o Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte (1997). Momentos que proporcionaram aos profissionais de Educação Física do Estado e do País reflexões muito importante sobre as mudanças conceituais e metodológicas acima mencionadas (BORGES, 2009).

Houve encontro promovido por instituições superior, o Governo do Estado desenvolvendo desde 2000 uma política de formação continuada para professores de Educação Física, o que contribuiu para a atuação e mudança de postura dos educadores frente a uma nova concepção da área (DARIDO, 2004).

Segundo Darido (2004, p.142) a Educação Física pode ser dividida em três dimensões:

Dimensão Conceitual

- Conhecer as transformações porque passou a sociedade em relação aos hábitos de vida (diminuição do trabalho corporal em função das novas tecnologias) e relaciona-las com as necessidades atuais de atividade física.

- Conhecer as mudanças pelas quais passaram os esportes. Por exemplo, que o futebol era jogado apenas na elite no seu início no país, que o voleibol mudou as suas regras em função da Televisão etc.

- Conhecer os modos corretos da execução de vários exercícios e práticas corporais cotidianas, tais como; levantar um objeto do chão, como se sentar a frente do computador, como realizar um exercício abdominal adequadamente, etc.

Dimensão Procedimental

- Vivenciar e adquirir alguns fundamentos básicos dos esportes, danças, ginásticas, lutas, capoeira. Por exemplo, praticar a ginga e a roda da capoeira.

- Vivenciar diferentes ritmos e movimentos relacionados às danças, como as danças de salão, regional e outras.

- Vivenciar situações de brincadeiras e jogos.

Dimensão Atitudinal

- Valorizar o patrimônio de jogos e brincadeiras do seu contexto.

- Respeitar os adversários, os colegas e resolver os problemas com atitudes de diálogo e não violência.

- Predispor a participar de atividades em grupos, cooperando e interagindo.

- Reconhecer e valorizar atitudes não preconceituosas quanto aos níveis de habilidade, sexo, religião e outras.

Frisando a prática docente não se pode dividir os conteúdos na dimensão conceitual, atitudinal e os procedimentos, ainda que possa haver ênfases em determinado tamanho. Exemplo, o professor pede ao aluno que faça o aquecimento antes da aula, enquanto fazem o alongamento e as flexões o professor conversa com os alunos e explica à importância dos movimentos e o objetivo do aquecimento, quais são os músculos que se contraem e relaxam na quando se faz o movimento. Assim, tanto a dimensão procedimental como a conceitual estão envolvidas nesta atividade (DARIDO et al., 1999).

Os professores têm dado muita atenção ao ensino fundamental, no ponto de vista da educação, e da Educação Física. O ensino fundamental é importante para proposta de democratização do acesso ao ensino, muitos casos em questões estão inseridos neste nível de ensino, que ainda sejam denunciadas, não vão ser solucionadas tão rápido (DARIDO et al., 1999).

Assim como, os males que atinge a sociedade Brasileira e o ensino fundamental, ainda afeta o ensino médio (antigo 2o grau) com muita vigor, o que não é pouco e merece uma reflexão mais aprofundada. (DARIDO et al., 1999).

Dois aspectos que marca muito, a atuação e a implementação de propostas para a Educação Física no ensino médio. O primeiro aspecto nos da relação de que a grande maioria dos alunos estuda no período noturno, em torno de 70% dos alunos. Até a vigência da LDB anterior de 1971, os alunos do período noturno, são alunos que trabalham eles tem o direito à dispensa. Se não o faziam, em muitos casos, as direções das escolas incentivavam tal prática (DARIDO et al., 1999).

Os alunos do período diurno também fazem aula de Educação Física, em período contrário ao das demais disciplinas. Com razão de a Educação Física ser em horários diferentes de aula normalmente os alunos sempre faltava à aula e eram dispensados (trabalho ou médico) (DARIDO et al., 1999).

Atualmente, o esporte é muito usado como forma de se movimentar nas escolas de 1° e 2º graus. Mais do que isto, somente algumas modalidades esportivas tais como o futebol, basquetebol e voleibol fazem parte do conteúdo das aulas de Educação Física. Outro tipo de esporte é difundido entre os escolares desta faixa etária (BETTI, 1999).

O aluno faz uma identificação do significado da disciplina Educação Física com o esporte, principalmente a partir da 5ª série do primeiro grau. Em uma pesquisa realizada por Betti (1999) que entrevistou alunos de escolas de ensino médio e fundamental, quase 80% dos estudantes entrevistados consideraram a Educação Física sob uma ótica esportiva (BETTI, 1999).

Isso não é ruim, desde que possa haver obter chances para conhecimento de outras práticas, e a pessoa tenha condições de optar. Os alunos percebem que existem outras probabilidades, mas estas não são veiculadas na escola (BETTI, 1999).

4.4. PROGRAMAS SOCIAIS ESPORTIVOS

Os projetos sociais têm-se centrado principalmente na inclusão social e desenvolvimento da cidadania de seus participantes. Aqueles que são voltadas para o esporte que não pode ser de outra forma. Pode ser verificado que, dependendo do método e do desporto de prioridades de projetos sociais, os participantes podem ter resultados positivos ou negativos.

As crianças que participaram de projetos sociais esportivos quando comparadas com crianças de escolas públicas que não participam projetos sociais de esportes e crianças que participam de outros projetos sociais, pode-se observar a diferença na autoestima dos participantes, onde é assim que a pessoa se vê em muitas maneiras. Os resultados mostraram que as crianças melhoraram ao longo de um certo período comparado com grupos que não participaram.

Com isso observa-se a importância de estudar a metodologia adequada do esporte com crianças e para selecionar prioridades do projeto. O desporto pode contribuir para a melhoria da autoestima da pessoa, não só em relação à dimensão motora, mas também em outros aspectos do desenvolvimento humano. Essa proposta educacional de projetos sociais esportivos melhoram não só a confiança geral, mas também nas dimensões intelectuais e sociais.

Um projeto esportivo social não deve ser a única dimensão motora como foco, porque o objetivo não é a formação de atletas. A mais importante dessas instituições deve ser a formação social de seus membros. A preocupação em atletas de treinamento levaria à exclusão daqueles que não atingiram essa meta.

A percepção de competência é um dos fatores determinantes que levam à motivação para o esporte, bem como a sua retirada. A percepção de competência devem ser considerados no desenvolvimento de um programa de esportes para evitar a desmobilização em relação ao esporte.

A percepção da experiência negativa em um esporte leva à desmotivação e muitas vezes tomada. Por outro lado, a motivação de competência positiva para o esporte.

Desde os anos de 1990, é observado o aumento no número de projetos sociais. A Lei de Incentivo ao Esporte, criado pelo governo federal em 2006, é um mecanismo legal que tende a facilitar a criação e manutenção dessas instituições, através de incentivos para as empresas que financiam esses projetos.

No entanto, ainda se tem uma necessidade crítica de tais parcerias entre o governo, as empresas privadas e do terceiro setor. O direito de esporte é constitucional e deve considerar o que é realmente garantido por estas ações. Os projetos sociais tem sua importância, mas pode não ser a única opção para o esporte para a população.

Poucos estudos têm sido realizados sobre a participação de crianças e jovens em projetos sociais com esportes que visam compreender significados da participação de crianças e jovens nos projetos. Este processo de multiplicação de projetos sociais esportivos, há um interesse crescente da educação física e outras áreas para estudos de tais projetos, no qual tentaram analisar os discursos dos líderes e professores, com uma falta de diálogo com o público.

Abordagem de alguns estudos que têm acontecido ao longo das últimas três décadas que têm sido desenvolvidas até agora, e que vai ajudar a entender a importância atribuída por crianças, jovens e responsáveis ​​para os alunos a participar em projetos sociais e esportivos.

Quando se analisa as contribuições positivas e negativas dos programas esportivos a partir da perspectiva de seus alunos, no qual crianças e adolescentes procuram o programa porque quer aprender sobre um esporte e praticá-la.

O crescimento profissional por meio do esporte também é encontrado em crianças mais pobres, no qual nessa população é mais forte esse sonho. Quando se examina as expectativas das crianças e jovens observa-se que a maioria dos alunos queriam se tornar atletas profissionais.

Quando se analisa os programas sociais esportivos a partir da perspectiva dos pais de crianças e jovens encontrados na expectativa dos pais da mobilidade social por meio do esporte. O desporto, de acordo com os pais, é uma forma de melhorar as condições de vida da criança participante e também da família como um todo.

O esporte tem sido o senso comum para a mobilidade ascendente. Deve ser influenciada pela mídia, onde há uma divulgação de histórias de jogadores famosos que deixaram as classes mais baixas, e estão sob a influência dos pais ou projetos, mesmo sociais, no qual algumas crianças e jovens pobres veem no esporte uma chance de escapar de seu destino de trabalhador.

Outro ponto é que o esporte pode ser tratado como um agente de socialização e de expansão das redes sociais, no qual esses jovens e crianças tem a possibilidade de fazerem muito mais amizade. Nesses programas também pode-se encontrar uma oportunidade de realizar atividades em grupo como um fator essencial para a participação de crianças e jovens nos programas.

A boa aprovação dos projetos incidindo sobre o desporto entre os jovens é que os projetos são capazes de satisfazer as necessidades dos jovens, promovendo assim uma sociabilidade positiva. Além de aumentar os laços sociais, para crianças e jovens dos projetos sociais esportivos, o esporte é um meio de relaxamento, de diversão e de desenvolvimento pessoal.

O esporte é visto tanto como os alunos como um mediador de comportamento. Entre os alunos o esporte os ensina a ser educado, além de respeitar os mais velhos para não dizer palavras sujas. Já para os pais os projetos sociais esportivos mostram que os filhos tem a sensação de responsabilidade por meio do esporte.

Para examinar os projetos sociais esportivos dos responsáveis ​​por crianças e adolescentes participantes do projeto se tem a ideia de que ele tem um caráter de educação profundo de caráter e proteção nas ruas.

Um ponto comum é a ocupação dos tempos livres, no qual esses projetos sociais esportivos são aprovados porque se tem uma orientação do professor que seria capaz de desviar as crianças e jovens das influências da rua. Esta preocupação dos pais com a remoção de seus filhos das drogas e os perigos da rua, a fim de justificar o envolvimento de crianças no esporte.

Quanto aos jovens, que participam dos projetos sociais esportivos não ficam sem nada para fazer no tempo fora da escola, no qual se pode encontrar esta ideia de preferência por estar no programa, em vez de ficar em casa com tempo ocioso.

Do que foi apresentado até agora, a preferência para a participação em projetos sociais em vez de ficar em casa para as crianças e jovens salientam que a participação neles não é voltado apenas para preencher o tempo de inatividade. Alguns resultados podem sugerir que as crianças e jovens que querem aprender mais sobre o esporte, buscam a promoção social por meio do esporte, que ostenta a prática, buscando a harmonia social, entre outros. Para os responsáveis, a participação de seus filhos nos projetos relacionados com a formação de caráter e comportamento, para proteger os filhos das ruas e drogas e terem sonho de uma melhor condição de vida.

Os projetos sociais tem uma diferença de outras instituições, não tendo um carácter obrigatório na formação do homem, no qual é visto como um possível complemento a esta formação. Então eles têm uma frente característica não-formal de cada inserção. Como um meio de projetos sociais, que ajuda a desenvolver a criança como um ser social, vinculando a educação, cultura e esporte. A educação através do desporto tem sido uma forma de promover a pessoa, cidadão e profissional.

Os alvos são propostos para estes projetos de ampliar a visão do esporte, tornando-se uma ferramenta para a formação por ele e não a educação para ele. A partir de metas e prática do desporto em projetos sociais, visualizando seu papel na socialização das crianças e dos novos métodos de ensino relacionados ao esporte. A inclusão de crianças, jovens, num contexto social através da prática de esportes e educação através do esporte e prática de esportes dentro de uma abordagem interdisciplinar que são pontos a serem discutido. A necessidade de construir uma sociedade democrática e inclusiva onde todos têm o seu lugar que é um consenso.

A inclusão social é um processo para construir um novo tipo de sociedade por meio de mudanças, podendo ser grandes ou pequenas, e nas mentes de todas as pessoas. E por causa dessa necessidade é importante analisar a forma como o processo de inclusão em projetos sociais que desenvolvem a proposta de educação por meio do esporte, no qual se deve ter interesses e valores em comum.

Assim, não existe uma categoria como algo sempre o mesmo. Ele está em construção permanente, porque o seu tempo não é o tempo, mas o tempo em si, que tem suas próprias características e efeito e deve ser vivido com toda intensidade à medida que a criança se desenvolve, especialmente para sua experiência educacional, buscando com este estudo de compreender a inclusão social como em projetos educacionais para o esporte.

Por causa do aumento do número de projetos implementados em áreas de estudo real, é importante analisar os resultados obtidos nestes de modo que ambos os governos, instituições privadas e ONGs possam cada vez mais apoiar a integração social que visa contribuir para o progresso humano. Este número crescente de projetos têm sido associados às mudanças sociais provocadas pela pobreza, violência, desemprego e educação básica para a população mais pobre.

Por isso, é necessário o desenvolvimento de competências humanas em paralelo e principalmente associada com instituições de ensino. Os projetos sociais contribuirá para o desenvolvimento de habilidades em crianças, uma vez que estas são muitas vezes não funcionam adequadamente na escola. As mudanças a serem feitas dentro da estrutura da escola é lenta no desempenho de crianças e da sociedade.

Os projetos sociais têm a maior influência e as mudanças são visíveis em relação à criança, a família e a sociedade. E essas mudanças devem ser monitorizadas e avaliadas, e os resultados, tanto positivos como negativos, devem ser estudadas e abordadas com propostas de projetos de melhoria. A educação é cada vez mais focada na concorrência para o trabalho, cada vez mais aplicada em desenvolver estatísticas, deixando o lado humano que é a criança. A direção da educação de mudança está se tornando mais clara onde as crianças não se limitam a condenar para o preenchimento de valores dos planos de desenvolvimento do Estado.

A escola quantitativa e não qualitativa, onde todos recebem números maiores, onde a maioria vai para dentro ou para fora antes de completar a escola primária, onde fora não se pretende ser crítico, procurando novas experiências e estar pronto como um ser social. Uma sociedade ignorante no ponto de vista educacional, é muito mais fácil de manipular e impor condições, que uma sociedade com uma forte educação básica e culturalmente desenvolvida. Este tipo de sociedade pode-se criticar e reclamar os seus direitos e lutar por eles.

E é na educação que faz com que os seres possam pensar e ser livre, porque a pior escravidão não é o poder, mas mantém a simplificação dos mesmos. A grande preocupação para a educação moderna é uma educação para a decisão, tendo à responsabilidade social e política. As escolas devem fazer esse papel, tendo o desenvolvimento da criança, tornando-se um crítico e é devido a vários fatores de política, social e regional, coisas que ainda não aconteceram, e esses projetos sociais visam resolver as deficiências da escola.

Considerando-se sem relevância social para entender como a inclusão da criança em projetos sociais em educação por meio do esporte, esses programas tem como objetivo despertar o interesse em acompanhar e entender a proposta de educação por meio do esporte. Neste processo de inserção, a educação desportiva através da tecnologia, no qual os alunos tem a oportunidade para conhecer outros projetos de parceiros na educação para o Desporto desenvolvido em todo o país.

A missão social de cada um dos projetos sociais esportivos é proporcionar a oportunidade para o desenvolvimento humano das crianças e jovens. A assistência mútua entre os projetos diretamente às crianças, porque a troca de experiências cometem erros em alguns projetos que não são feitos outros arranjos e trocadas entre eles.

A partir de conhecimentos e experiências com alguns momentos de formação com o esporte para a tecnologia de educação, pode-se perceber a responsabilidade e a oportunidade para tais iniciativas que visam promover a construção de uma sociedade melhor, e esta construção está tomando na educação e nos esportes.

5. APLICAÇÃO DO JUDÔ COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Os programas de Judô para todos, vem desde muito, desde a sua fundação por Jigoro Kano em 1882, que procurou dar acesso a todos, independentemente do povo, credo, raça, estado civil ou social. O esporte ganhou força e maior divulgação quando foi incluído nos Jogos Olímpicos de Tóquio no ano de 1964, sendo mais notório para o Esporte para Todos, fundamentalmente não enfatizando a condição física ou sensorial do indivíduo que foi alcançada apenas na década de 1990, quase 20 anos depois dos primeiros registros de Judô usado para pessoas com deficiência. Em 2000, com o boom econômico dos Jogos Paraolímpicos, o Judô para cegos têm mais espaço na mídia e cada dia tem mais praticantes.

A ideia de desenvolver o potencial, para reverter o foco das limitações da pessoa com deficiência foi alcançado após os Jogos Paraolímpicos de 2004. É importante notar que o Judô para Cegos foi incluído como esporte paraolímpico na edição dos Jogos de Seul de 1988 para substituir a luta livre, que foi o último jogo em 1984, despertando a curiosidade de muitos atletas que migrou do modo anterior para o Judô e continuar a competir até hoje.

O Judô aplicado para deficientes, tanto mental como sensorial auditiva e visual que começou em 1970. Desde 1988, este formulário deve ser incluído nos Jogos Paraolímpicos. Em 2003, o Judô foi incluído nas Olimpíadas Especiais como um modo de apresentação e as pessoas com síndrome de Down puderam competir pela primeira vez.

O progresso era necessário para o esporte evoluir, no qual categorias de peso foram criadas, adaptando as regras e a cor dos kimonos também foram alteradas, onde hoje tem-se um dos lutadores vestidos em azul e o outro permanece branco com a banda de cor diacrítico vermelho colocado na cintura em um dos atletas deixa de existir, onde estas cores são usadas para distinguir entre combatentes.

Em 2004, as mulheres com deficiência visual ganharam espaço no cenário mundial e confirmaram a sua participação nos Jogos Paraolímpicos realizada naquele ano. Nos Jogos Olímpicos Especiais de 2008, o Judô fez parte do evento pela segunda vez, e a modalidade agora se concretizava definitivamente. Em relação à Olimpíada de lésbicas e gays, conhecido como Gay Games, o Judô foi definido apenas em Vancouver, Canada nos Jogos de 1990, dentro do conjunto de artes marciais.

Algumas atividades educacionais produzindo mudanças graduais para atender e tratar as pessoas com deficiência com o foco da vida e atividade física e para o esporte, resultando em grandes mudanças que ajudam a melhorar a capacidade e inclusão social.

Assumindo que os alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), já há alguns anos vem participando cada vez mais em famílias, tendo a recreação e esportes no espaço físico dos Colégios.

Essa prática de inclusão do Judô, afirma que a aceitação não foi muito difícil, uma vez que este grupo tem todos os tipos de atividade extracurricular que é bem aceito por causa da falta de oportunidades de recreação. É digno de nota que as principais limitações estigmatizadas da maioria destas pessoas que são excluídas dos estratos da sociedade. Definir como seres sem potenciais eram segregados por décadas em todas as partes da sociedade.

A Federação Cearense de Judô, por exemplo em cooperação com o secretário de Cidadania e Direitos Humanos Instituto de Fortaleza com a prática do Judô como inclusão social, fez um verdadeiro golpe contra a intolerância, podendo assim cada vez mais incluir pessoas na prática do esporte.

Esses programas promovem a inclusão social do Judô adaptado para pessoas com necessidades especiais, sendo incluído deficientes cegos, retardo mental, sensorial e síndrome de Down.

Existem relatos de pessoas que tem síndrome de Down, que com a prática de inclusão do Judô mudou a vida dessas pessoas, ajudando a superar todas as dificuldades com as aulas de Judô. O esporte tem trazido diversos benefícios para as pessoas, tendo uma melhoria da coordenação motora, aprendendo a cultura do judô e ajudando a socializar com outras pessoas. A prática dos esportes têm a oportunidade de ter tempo para as coisas boas da vida, e esses alunos se sentem muito bem praticando um esporte.

Esses programas chegaram à tempo para fornecer a oportunidade de especializar os jovens no desporto. O desenvolvimento desses jovens têm sido impressionantes, no qual esses judocas começam desde cedo a saber como este desporto tem benefícios como educação e disciplina, e com isso pode-se observar a alegria desses jovens e dos professores dos programas.

O Judô é uma importante ferramenta para a inclusão social, pois proporciona um melhor desenvolvimento da população, tendo como objetivo de reunir as pessoas e fazer as diferenças entre eles e que todos possam exercer não só o corpo, mas também a mente para que eles possam obter melhores resultados em sua vida, seja estudante ou profissional dedicado à saúde e lazer.

É reconhecido o privilégio de trabalhar nestes projetos destinado a famílias de baixa renda e estudantes com necessidades especiais. Este é um momento para o ensino e aprendizagem.

Deve-se parabenizar todos os professores, estudantes e as pessoas envolvidas na socialização dos indivíduos com necessidades especiais, e também é comum que cada vez mais pacientes com síndrome de Down são colocados no esporte e na vida profissional, juntamente com um inclusivas propostas educativas com profissionais especializados que trabalham para desenvolver cada indivíduo de forma holística. E deve-se incentivar a prática esportiva como meio de socialização, em especial o Judô.

5.1. JUDÔ E A INCLUSÃO

O esporte no Brasil tem sido sempre uma parte importante na luta pela inclusão social. Com a explosão do MMA e UFC, artes marciais, especialmente o Judô e Jiu-Jitsu, ganharam um papel crucial nos grupos desfavorecidos, não somente para ensinar a parte técnica, mas também ensinar respeito, disciplina e formação de jovens.

Pensando na inclusão, existem diversos programas para proporcionar oportunidades para essas crianças e adolescentes para levar o Judô para muitos moradores. A iniciativa deve nascer da parceria entre a população, escolas, associações e a secretária para desporto e lazer, afim de promover aulas de Judô para jovens de áreas desfavorecidas, sendo ensinadas muitas vezes por policiais militares, que troca o seu uniforme pelo quimono. A ação, que começou em áreas pacificadas, é atualmente ainda não está pacificado na sociedade, e agora corresponde a diversos projetos em todo o país.

No velho poder estatal não atingiu as comunidades com a força necessária, no qual este é um processo de mudança, transformação e inclusão. O esporte traz disciplina e especialmente as artes marciais traz hierarquia, honestidade e, especialmente, uma orientação.

Embora muitos jovens não sigam a carreira esportiva, ele certamente vai gostar de aprender e levar a sua vida profissional, tendo apoio de diversos parceiros, policiais e professores. A parceria sempre tem como objetivo buscar doações e energia para que as comunidades tenha projetos sólidos. A comunidade e os parceiros, sempre devem procuram fornecer ferramentas e para professores e alunos.

A maioria desses projetos começam despretensiosamente, tendo pouco investimento, mas o resultado final é sempre excepcional. Na verdade, esses projetos são tão bem sucedidos entre os jovens que alguns deles tem até a criação de uma competição para estudantes para testar as técnicas aprendidas. O sucesso é visto desde a sua criação, como por exemplo o projeto de Artes Marciais da “UPP Cup” que foi tão bem sucedida que se tornou um evento regular no calendário do Rio de Janeiro. Na última edição, realizada no City Club, na Tijuca, mais de mil atletas de projetos sociais competiram e deram um show de Judô e disciplina.

Esses projetos destinam-se a formação não só da sociedade como meio de inclusão, mas também da polícia civil, militar, além outras forças de segurança e da sociedade jovem, aprimorando não só o Judô, mas também Karatê. O espaço é importante para a motivação do impacto da polícia e, portanto, um melhor trabalho de aplicação da lei.

Esses projetos já revelaram diversos lutadores, tais como as lendas Rodrigo Minotauro e Ricardo Arona, e o lutador Rafael Feijão Paulo Thiago, Charles Bronxs, Alan Nuguette, Rogério Camões e Ramon Lemos, sendo responsável por dirigir a formação de Anderson Silva. Profissionalmente, as personalidades que lutam são certas figuras nos eventos em comunidades. Além de correr o ensino técnico para jovens, eles também se preocupam em contar suas experiências de vida e passar a importância da disciplina.

É ótimo ver todas essas crianças praticando artes marciais, onde a prática de esportes, agora estes jovens têm um norte e uma esperança para buscar a vitória e um futuro melhor, onde cada vez mais nas comunidades mais pobres estas iniciativas.

O recurso de Judô como meio de inclusão para apontar uma maneira mais delicada de vida, tendo a maioria das pessoas que tomam um rumo errado que não tem a oportunidade de conhecer outra maneira deles cresceram no crime que é cada vez mais estreita. Com isso os projetos sociais são oportunidades para eles ganharem conhecimento e resgatados por meio do estudo, desporto e cultura.

O Judô como meio de inclusão social é 100% educativo, onde este aspecto da hierarquia dentro da arte marcial de saber o que pode fazer, o que não pode fazer, a fim de obter disciplina não só durante os treinos, mas também para toda a vida. Tudo isso é muito importante para a criança e o jovem, onde vai refletir fora dos treinos, na vida pessoal, na escola ou no trabalho quando crescer. O esporte é uma das ferramentas mais importantes para educar e criar um cidadão.

O sonho de ser um atleta e participar nos Jogos Olímpicos, não é caro. Não para as crianças que fazem parte de projetos sociais de Judô, que na maioria das vezes é promovida por uma organização sem fins lucrativos que oferecem uma qualidade de judô e propostas educacionais que transformam a realidade social de crianças de baixa renda.

Em quadras montadas nas comunidades, na maioria das vezes financiadas pela renda domiciliar com doações e iniciativa da comunidade, fazendo com que esse sonho seja livre para as crianças e jovens. A maioria dessas crianças e jovens tem o sonho de competir quando ficarem mais velho, tendo o anseio de ganhar uma medalha de ouro no judô e representar o Brasil nos Jogos Olímpicos.

Essas associações são geralmente formadas por Judocas e amigos de diferentes especialidades. Um exemplo dessa inclusão é o Programa Esportes Sem Fronteiras que nasceu na França e tem sua filial no Brasil. É um projeto muito respeitado já no Haiti, Kosovo e em cidades de todo o mundo, e no Brasil tem duas unidades, uma em Belo Horizonte, Minas Gerais e outra no sertão de Alagoas.

O desporto deve começar a vida da criança antes de alguma violência social, sendo esse o principal objetivo desses projetos. Nesses esportes tem-se informações, e muitas vezes convidar os profissionais para falar sobre o não-envolvimento com drogas, trabalhando com as meninas para lutar e evitar a gravidez na adolescência e trabalhar muito a questão da violência urbana, em particular em associação com gangues. Então, com isso pode-se criar um vínculo com o judô infantil e aproveitar isso para adicionar as informações e tentar mudar a vida desse jovem.

Esses programas tem a capacidade de trazer disciplina para a vida de todos, podendo-se ver um melhor desempenho acadêmico desses jovens. As crianças consegue perceber que além do esporte, eles precisam estudar para obter boas notas, pois eles ouvem a cada dia durante os projetos uma coisa muito importante, porque para participar do projeto eles devem ter boas notas na escola.

Esses projetos são extremamente importantes para incentivar a prática do desporto na infância e adolescência, no qual essa é uma grande satisfação, porque esses jovens gostam de praticar os esportes. Esses jovens daqui uns anos, podem ser o futuro do judô, e pode, assim, ser um campeão olímpico e com algum investimento ele vai ter um monte de orgulho para todos.

Com quatro anos de história em Belo Horizonte e alguns prêmios no currículo, "esporte sem fronteiras", teve uma parceria com a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais que vai oferecer cursos gratuitos de assessoria contábil para a educação das crianças levadas nesse projeto.

Esses projetos dependem de doações para viver para o trabalho 100% voluntário, para que eles possam conseguir fazer competições. Esses projetos são um testemunho do poder transformador que o esporte exercita para melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens de todo o Brasil. O esporte é uma poderosa ferramenta para a inclusão social, onde com esses esportes pode-se dar uma chance para as crianças crescerem na vida.

Segundo especialistas, a diversidade social é mais rica, tendo melhores lugares mais produtivas para viver e aprender e comunidade inclusiva que tem a capacidade de criar o futuro, causando assim o desejo de uma vida melhor para todos, através da inclusão.

A relevância da pesquisa é de fornecer preenchimento de possíveis lacunas em perspectiva científica, tecnológica e social, afim de contribuir para uma melhor compreensão das relações interpessoais entre estudantes do ensino médio, principalmente os alunos com necessidades especiais. Espera-se que esta pesquisa irá contribuir não só para a inclusão dessas pessoas no ensino comum, mas para motivar novos engenheiros, professores e técnicos desta instituição a traçarem novos métodos científicos relacionados com a inclusão e contribuir para a melhoria pessoal e educacional, na busca incessante para conhecimento, à luz de estudos e pesquisas.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação inclusiva não é um modismo, mas sim o resultado de muitas discussões, estudos e práticas teóricas que tiveram participação e apoio às organizações de pessoas com deficiência e professores no Brasil e no mundo. Também é o resultado de um contexto histórico em que resgata a educação como um lugar para a cidadania e de garantia de direitos. Isto acontece quando se defende uma sociedade mais justa, onde os valores básicos são salvos como igualdade de direitos e combate a todas as formas de discriminação.

A Declaração de Salamanca, como o resultado da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, garante o Acesso e Qualidade, realizada na Espanha em 1994, representa os princípios, políticas e práticas em educação especial. Neste documento, o termo necessidades especiais estabelece que todas as crianças e adolescentes que têm necessidades especiais de surgir devido a deficiência ou dificuldades de aprendizagem.

A partir desses estudos e documentos, chegamos à conclusão de que a melhor resposta a um estudante com deficiência e para todos os outros estudantes é uma educação que respeite as características de cada aluno e que ofereça alternativa educacional que atenda às necessidades educacionais de cada aluno, no qual a escola oferece tudo isso em um ambiente inclusivo e acolhedor, onde todos possam viver e aprender com eles.

A reflexão sobre o processo de inclusão na educação, diz que a necessidade de romper com a fragmentação e a tendência inarticulado de conhecimento sobre o processo que justifica-se pela compreensão da importância da interação mútua e transformação entre diferentes áreas do conhecimento.

A inclusão social é uma expressão real que incorpora as mais recentes obras de caridade cristã, bastante influente desde o século XVIII no Brasil, tradição do governo de propor e agir no sentido de melhorar as condições para os pobres no país, tendo o trabalho da jurisprudência, uma vez que do século XIX, a proteção e cuidados para as pessoas desfavorecidas e marginalizadas, e a participação voluntária tradicional de instituições privadas internacionais, nacionais e empresariais de grupos carentes na sociedade.

Esta visão originalmente filantrópica, mas sendo alterada ao longo dos séculos tem feito a inclusão como um valor social, sugerindo e analisá-lo, de acordo com os autores antes mencionados, como um fato complexo que várias intervenções é demandado. Estes são hoje a partir da ação do governo, ONGs, instituições, todas as curtas se os direitos humanos fundamentais, para que todos possam desenvolver, exercer plenamente a cidadania, independentemente da condição física, condições sociais, ou da sua origem étnica.

Compreender a inclusão refere-se, em seguida, para a ocorrência do direito de todos os membros da sociedade para ter acesso aos benefícios sociais coletivos, incluindo-se a prática esportiva.

Estes espaços são definidas como empresas, condomínios, hospitais, entre outros. Em suma, o esporte tem provado ser uma ferramenta poderosa para atrair e incluir as pessoas em atividades socioculturais de educação. Ele salienta a inclusão social como um dos valores sociais mais importantes promovidas pelo esporte, e o esporte é um valor social e um direito previsto na Constituição.

Então, com a educação, saúde e lazer, o esporte é um dos elementos constitutivos da inclusão social. No entanto, sabe-se que os avanços sociais feitas pelo esporte de ação resultante são eficazes, mas não corrigir a distorção estrutural que geralmente é assumida como educacional.

Os Programas de Esportes para a Inclusão Social tem como objetivo fornecer um meio de mobilização para engajar a ação para o desenvolvimento social. Neste caso envolve estas iniciativas para definir metas comuns com os destinatários, de acordo com as propostas de projetos e incluem atividades em diferentes áreas e para diferentes públicos exigem profissionais a capacidade de gerenciar diferença.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Publicado por: Osmar Messias Guedes Levy

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