EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO FERRAMENTA DE PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL

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1. RESUMO

Este presente trabalho discorre sobre os números alarmantes da obesidade nos últimos anos, onde representa grande índice de mortalidade e morbidade na idade infantil, apresentando doenças que eram consideradas de adultos. O objetivo é analisar os benefícios da Educação Física escolar na prevenção da obesidade infantil, além disso apresentar um histórico sobre a Educação Física Escolar, identificar as causas mais comuns da obesidade infantil e discutir a importância da prática das atividades físicas na infância. Para tanto, utilizou-se a abordagem qualitativa de caráter bibliográfico, através de artigos e sites sobre a importância da Educação Física Escolar como ferramenta de prevenção da obesidade infantil. Conclui-se que o professor de Educação Física tem um papel significante, desse modo cabe a ele a introdução desta temática no ambiente escolar, a conscientização, a prevenção da obesidade é de suma importância, pois nas aulas de Educação Física ele encontra um ambiente favorável para enfatizar a importância dos exercícios e de uma alimentação saudável.

Palavras-chave: Obesidade infantil; atividade física; professor de Educação Física.

ABSTRACT

This paper discusses the alarming numbers of obesity in recent years, which represents a high rate of mortality and morbidity in children, presenting diseases that were considered adult diseases. The objective is to analyze the benefits of school Physical Education in preventing childhood obesity, in addition to presenting a history about School Physical Education, identifying the most common causes of childhood obesity, and discussing the importance of practicing physical activities in childhood. To do so, it was used a qualitative bibliographic approach, through articles and websites about the importance of School Physical Education as a tool for preventing childhood obesity. It is concluded that the Physical Education teacher has a significant role, so it is up to him to introduce this issue in the school environment, awareness, prevention of obesity is of paramount importance, because in Physical Education classes he finds a favorable environment to emphasize the importance of exercise and healthy eating.

Keywords: Childhood obesity; physical activity; physical education teacher.

2. INTRODUÇÃO

A Educação Física Escolar possui um importante papel no desenvolvimento da criança como um agente de promoção de hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis. O professor de Educação Física pode transformar a vida das crianças, prestando assistência, hábitos de atividades físicas, acompanhando o físico, conscientizando os alunos sobre a importância da prática de atividades físicas que não apenas previnam a obesidade, como também lhe proporcionem prazer e bem-estar, motivação e autoconfiança.

A escola é o lugar onde os discentes podem viver a cultura corporal, desenvolvendo suas habilidades em correr, saltar, pular, habilidades estas que são de suma importância no desenvolvimento infantil.

As crianças e os adolescentes passam a maior parte do seu dia na escola. Assim, a Educação Física Escolar torna-se um elo entre os alunos e a prática de exercícios físicos. Guedes e Guedes (2001, p. 33) afirmam que “a escola tem sido reconhecida como a instituição em melhor posição para estimular e atender as necessidades de prática de atividade física dos jovens”.

Embora a Educação Física esteja presente nas escolas, vale ressaltar que nem todos os alunos participam das atividades, alguns simplesmente não gostam das práticas, outros têm vergonha das suas características físicas, alguns deles têm alguma deficiência física ou estão acima do peso.

A infância trata-se de um período de vida em transformação, pode acarretar o aparecimento de alguns transtornos, dentre ele os que afetam o comportamento alimentar que se trata de respostas comportamentais na maneira de como o indivíduo se alimenta, que pode estar relacionado aos padrões de vida, condições sociais, culturais entre outras, o que interfere diretamente no estado nutricional de cada um (GONÇALVES et al., 2013).

Em se tratando da obesidade, Souza (2006, p. 7), diz que “a obesidade é um grupo de condições crônicas caracterizadas pelo excesso de gordura corporal, atribuídas a um desequilíbrio energético, de origem multifatorial”. Entre as origens da obesidade estão o mau hábito alimentar, lesão hipotalâmica, fatores genéticos, hipernutrição infantil, inatividade física (sedentarismo) e fatores ambientais. Além disso, a obesidade pode desencadear outras doenças como hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças coronarianas, arteriosclerose, entre outras (GUYTON; HALL, 2002; COUTINHO, 2007).

Os dados sobre obesidade infantil são tão alarmantes que a Organização Mundial da Saúde estima que em 2025 o número de crianças obesas no planeta chegue a 75 milhões (OMS, 2019).

A partir dessas informações sobre a Educação Física Escolar e o aumento da obesidade infantil, no decorrer dessa revisão de literatura foram abordadas as principais causas da obesidade, a importância e os benefícios das práticas de atividades físicas. Sendo assim a proposta desse estudo será responder a seguinte problemática: Qual a importância da prática de atividades físicas na prevenção da obesidade infantil?

A importância deste estudo sobre a obesidade infantil nos revela uma série de fatores: crianças apresentando doenças que antes eram vistas em adultos e crescendo despreocupadas com a saúde. Prevenir a obesidade infantil significa diminuir, de uma forma racional, a incidência de doenças crônicas e degenerativas.

Os hábitos bons ou ruins começam primeiramente em casa e isso nos mostra que deve haver uma relação entre os pais, a escola e o profissional de Educação Física; assim o tornando parceiro com os pais de crianças obesas ou fazendo a prevenção. A promoção da atividade física pode produzir hábitos mais saudáveis na população escolar, reduzindo o risco para a obesidade.

2.1. OBJETIVOS

Geral

Analisar os benefícios da Educação Física escolar na prevenção da obesidade infantil.

Específicos

Apresentar o histórico da Educação Física Escolar;

Identificar as causas mais comuns da obesidade infantil;

Discutir a importância da prática das atividades físicas na infância.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Nos dias de hoje existe uma preocupação com a obesidade infantil, e como essa deve ser tratada, quais orientações podem ser tomadas em relação a esse tema e como a Educação Física pode ajudar. Segundo Melo et al. (2004), as crianças que não têm o hábito de praticar atividades físicas podem acumular uma quantidade maior de gordura, o que pode causar vários problemas de saúde no decorrer de sua vida. Para que a criança possa praticar atividades físicas é necessário que ela seja supervisionada por um professor de Educação Física. É de extrema importância que a criança pratique as atividades com prazer e motivação. (BARRETO, 2007).

A influência dos professores pode fazer uma grande diferença na vida dos alunos, tanto no comportamento para com o outro e nos cuidados com o próprio corpo, como nos bons hábitos alimentares e atividades físicas.

3.1. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UM BREVE HISTÓRICO

A Educação Física é uma disciplina de extrema importância no ambiente escolar, pois ela integra e inclui os alunos, incentiva a ter uma vida mais saudável, transmitindo conhecimento sobre saúde, ajuda na socialização, espírito e trabalho em equipe, e a iniciação de desportos, atividades pré-esportivas e esportivas. No Brasil, encontramos diversas influências no ensino da Educação Física, como a militarista, médica, pedagógica, esportiva e popular.

A tendência higienista se deu até os anos 1930. Segundo Darido e Rangel (2005) esta concepção possuía como preocupação principal os hábitos de saúde e higiene, valorizando tanto o desenvolvimento físico quanto o moral, a partir do exercício. Esse pensamento promovia o afastamento das pessoas mais pobres, que não tinham condições sanitárias.

Para Daolio (1995), a tendência militarista ocorreu entre os anos de 1930 à 1945, nesta tendência se expressava de forma com que os professores pudessem compreender os alunos, considerando-os de uma forma homogênea. Na década de 1930, com o surgimento da implantação do Estado Novo, a escola passou a sofrer muitas transformações nos programas das disciplinas.

Segundo Guedes (1999), os professores de Educação Física passaram a atuar somente na metodologia da militarização, institucionalizando os corpos de seus alunos para a atuação no exército e renegando o aspecto educacional da prática.

Ghiradelli Junior (1998), diz que as mulheres começaram a ser incluídas de forma mais forte nas aulas de Educação Física, porém separadas dos homens. O principal objetivo da inclusão era favorecer a saúde da mulher, porém por trás desta ação a verdadeira preocupação era com as futuras mães, fazendo com que o objetivo da Educação Física fosse apenas preparar os corpos das alunas para uma boa gestação. Ao ficarem grávidas, eram dispensadas das aulas, para a preparação do nascimento das crianças puras e saudáveis, portanto as mães deveriam estar saudáveis (GHIRALDELLI JUNIOR, 1998). Essa era uma técnica machista, onde só pensavam nos homens, quando voltou ao pensamento na mulher, eles faziam relação ao nascimento de crianças.

Segundo Ghiraldelli Júnior (1998), a tendência pedagogicista ocorreu entres os anos de 1945 e 1964, onde a Educação Física passou a ser integrada pela primeira vez nas questões pedagógicas da escola, sendo vista nas demais funções e incluindo os alunos também.

Segundo Ferreira (2009), pela primeira vez a saúde passa a ser discutida de forma teórica e assuntos como primeiros socorros, higiene, prevenção de doenças e alimentação saudável são incorporados às aulas de Educação Física. Neste período não se notava nenhuma preocupação com a saúde coletiva, mas sim com a saúde individual. Portanto, não havia discussões sobre moradia, lazer, emprego, saneamento básico, na visão da saúde coletiva (FERREIRA, 2009).

Nos anos de 1964 à 1985, a tendência esportivista na Educação Física era sinônimo de esportes, existindo uma exclusão daqueles que não possuíam habilidades e a competição passou a ser vista como o objetivo do processo. A relação professor-aluno era de técnico-atleta (FERREIRA, 2009).

A tendência popular vem ocorrendo desde 1985. Desde a tendência pedagogicista, o aluno passou a fazer parte do processo de ensino, sendo ouvido, podendo criticar ou sugerir (FERREIRA, 2009). Nessa tendência, perdeu-se a necessidade e a preocupação com a busca por competições e medalhas, hoje o que mais importa é a participação, a cooperação, a inclusão.

Atualmente, a Educação Física vem passando por inúmeras mudanças a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96). Nessa nova LDB, de 1996, a Educação Física assumiu uma colocação, no artigo 26 inciso 3º que preconiza: “A Educação Física integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos (Souza ; Vago, 1997).

Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Educação Física está inserida na área de Linguagens, a qual é composta pelos seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, e nos anos finais do Ensino Fundamental está incluída a Língua Inglesa (BRASIL, 2017). É notável a evolução da Educação Física ao longo dos anos, se tornando essencial na formação do cidadão.

A inserção da Educação Física na área de Linguagens é justificada pelo fato de as práticas corporais serem “textos culturais passíveis de leitura e produção” (BRASIL, 2017, p.171). As unidades temáticas foram divididas em: Brincadeiras e Jogos, Danças, Esportes, Ginásticas, Lutas e Práticas Corporais de aventura.

As práticas corporais são a temática principal da Educação Física:

A Educação Física é o componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de codificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos e patrimônio cultural da humanidade. Nessa concepção, o movimento humano está sempre inserido no âmbito da cultura e não se limita a um deslocamento espaço- 134 temporal de um segmento corporal ou de um corpo todo (BRASIL, 2017, p. 211).

A BNCC Na Educação Física pode contribuir na elaboração dos conteúdos, organização dos currículos, possibilitando experiências mais prazerosas para os alunos. Além das unidades temáticas podemos introduzir assuntos do cotidiano, que podem contribuir para além da sala de aula, um exemplo de tema abrangente é a obesidade infantil.

3.2. OBESIDADE INFANTIL: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

A obesidade infantil é caracterizada quando o peso corporal está acima do peso médio correspondente para a idade (GOMES, Figueiredo; AMARAL, 2012).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a obesidade é um dos problemas de saúde pública mais graves do século XXI, com alta incidência, principalmente em países em desenvolvimento. O relatório da Comissão pelo Fim da Obesidade Infantil publicado pela Organização Mundial da Saúde – OMS - nos revela que ao menos 41 milhões de crianças menores de 5 anos são obesas ou apresentam sobrepeso, sendo que o maior aumento é proveniente de países de renda socioeconômica baixa e média. Assim, a prevalência de sobrepeso nessa faixa etária aumentou de 4,8% para 6,1% entre 1990 e 2014, fazendo assim passar de 31 milhões para 41 milhões de crianças afetadas durante esse período. Entretanto, a OMS identificou que a comercialização de alimentos pouco saudáveis e bebidas não alcoólicas foram fatores intrínsecos para o aumento do número de crianças com sobrepeso e obesidade (OMS, 2016).

Segundo Oliveira e Costa (2016), a obesidade infantil é um problema de saúde pública que aumenta cada vez mais no Brasil, elevando os gastos públicos, colocando em foco doenças crônico-degenerativas. A obesidade é responsável pelo desenvolvimento de diversas complicações de saúde para a vida do indivíduo, dentre elas estão doenças cardiovasculares, ortopédicas, cutâneas, arteriosclerose prematura, hiperlipidemia, perturbações de crescimento, alterações gastrointestinais e hepáticas, apneia do sono e doenças psicossociais (SOUSA; LOUREIRO; CARMO, 2008).

Bouchard (2003) relata que o excesso de peso pode ser responsável pelo aparecimento de câncer, tanto no homem quanto na mulher. No sexo masculino ocorre nas neoplasias do cólon, reto e próstata. Já no sexo feminino o problema ocorre no sistema reprodutivo e na vesícula biliar. Uma explicação deste risco aumentado de câncer no endométrio em mulheres se deve à alta produção de estrógenos pelas células estroma do tecido adiposo.

Segundo Lacerda e Rodrigues (2014) tem sido observado em diversos países a relação de obesidade juntamente relacionado com a resistência a insulina, devido a disfunção da célula B e a resistência insulínica que são deficiências metabólicas relacionado com etiologia do diabetes mellitus tipo II.

A baixa autoestima é associada com o aumento da tristeza, solidão e nervosismo. De acordo com Wilson, A.J., et al. (2009), a obesidade gera sofrimento psicológico, seja por discriminação ou preconceito social. O corpo magro é considerado um grande atributo de beleza, quem está acima do peso é considerado uma pessoa insegura, tendo baixa autoestima e transtornos psicológicos. As crianças obesas são importunadas pelos seus colegas, não sendo aceitas dentro da escola.

O bullying, as implicâncias, as piadinhas, os apelidos são frequentemente praticados pelos colegas de escola ou até mesmo dentro da própria família. Todos esses fatores podem influenciar na forma com que essa criança irá lidar com tudo isso, muitas das vezes causando uma baixa estima, com isso trazendo problemas psicológicos mais sérios (WILSON et al. , 2009).

Segundo Costa (2008), nos últimos 20 anos, o excesso de gordura na população infantil aumentou drasticamente, devido a hábitos alimentares e hipocinesia. Com a mudança no estilo de vida e a integração da mulher cada vez maior no mercado de trabalho, a ausência dos pais nas refeições das crianças devido à carga horária elevada no trabalho, alimentação fora de casa, como por exemplo, os fast-foods, comidas de alto valor calórico, carregadas de gorduras e açúcar, refrigerante, tendem a afetar diretamente em maus hábitos alimentares das crianças. Além disso, o marketing chama a atenção das crianças, fazendo com que cada vez mais tenham acesso a estes alimentos, que na verdade não são nada nutritivos, mas saborosos.

O comportamento e a interação que ocorrem durante o momento da refeição entre mãe-filho/cuidador-criança foi tipificado como responsivo, autoritário e passivo. Os dois últimos caracterizam a alimentação não responsiva. O estilo responsivo está mais associado à formação de práticas alimentares adequadas, assim como o desenvolvimento da autorregulação do apetite pela criança (BROWN et. al, 2011; HODGES et. al, 2008).

É de suma importância observar como e quando ocorre a alimentação da criança, tornando o ambiente prazeroso. Para isso, é necessário criar condições para que a criança desenvolva interesse em se alimentar, tais como: sentir-se confortável; não haver distração; refeição servida em local adequado; cuidador plenamente envolvido no ato e, de preferência, em posição face a face com a criança; alimento saudável e com boa apresentação, de forma a permitir à criança distinguir diferentes sabores e texturas; alimentos saudáveis para todos quando a refeição é compartilhada (ENGLE et.al, 2000). Estabelecer hábitos saudáveis para as crianças irá trazer uma melhor qualidade de vida no presente e no futuro.

Os estudos de Paiva e Costa (2015) relatam que tablets, celulares e jogos eletrônicos fazem parte do processo de industrialização, fenômeno esse que reflete no desenvolvimento cognitivo, físico, afetivo e social da criança.

É notável a preocupação existente com a saúde infantil, principalmente quando trata-se da obesidade, que traz consequências para a saúde. Diante deste contexto, a atenção dos profissionais de saúde deve estar voltada para as crianças, visando uma melhoria na qualidade da assistência, favorecendo o crescimento e desenvolvimento infantil saudável.

3.3. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA REDUÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL

A atividade física regular é essencial para o combate efetivo contra a obesidade (CELESTINO; COSTA, 2006). Segundo Alves (2003), a atividade física praticada desde a infância apresenta diversos pontos positivos, tanto nos aspectos físicos, quanto no âmbito emocional e social, podendo ocasionar melhor controle das doenças crônicas na vida adulta. Além disso, a atividade física contribui no desenvolvimento motor das crianças, auxiliando no seu crescimento. A prática de atividades físicas promove vários benefícios para a saúde, como prazer, bem-estar, motivação, além da prevenção e controle da obesidade.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), as aulas de Educação Física possuem finalidades bem específicas, e que não se restringem apenas ao aprendizado motor e muito menos à prática de atividade física. O professor deve trabalhar o conteúdo escolhido, como jogos, esportes, lutas, danças, ginástica e etc, criando um nexo entre o conteúdo e o eixo temático proposto. Nesse caso, a obesidade infantil, criando atividades em que os alunos sejam capazes de refletir o assunto, enquanto realizam a atividade proposta. Além disso, o professor pode fazer uso de aulas conjugados com outros professores, como de Ciências, em que poderá mostrar o efeito do acúmulo de gordura no corpo e seus malefícios, além dos benefícios do exercício físico (BRASIL, 1998).

A implementação da atividade física é importante para que a instituição de ensino desenvolva um trabalho junto às crianças (OLIVEIRA; COSTA, 2016). O Profissional de Educação Física é o profissional qualificado para prescrição das atividades, nas suas diversas manifestações: exercícios físicos, primeiros socorros na atividade física, musculação, desportos, jogos, lutas, capoeira, ginásticas, danças, recreação, reabilitação, artes marciais, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, relaxamento corporal, bem como exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais (CONFEF, 2002).

Em casa, a motivação do estudante para a prática de exercícios é reduzida, então é na escola e nas aulas de Educação Física que o aluno participa e pratica os exercícios, as atividades lúdicas e recreativas, atividades estas que devem ser desenvolvidas nas escolas.

A Educação Física Escolar é um dos poucos lugares onde as crianças praticam atividades físicas, tendo a oportunidade de ter uma atividade direcionada por um profissional qualificado, possuindo o direcionamento da atividade proposta, como também de temas relacionados à saúde (BENEDITO, 2014). Em casa, a motivação do estudante para a prática de exercícios é reduzida, então é na escola e nas aulas de Educação Física que o aluno participa e pratica os exercícios, as atividades lúdicas e recreativas, atividades estas que devem ser desenvolvidas nas escolas.

Ao adotar atividades diversificadas, que possam ser realizados por todos os alunos, o profissional passa a usar o lúdico fazendo com que as atividades fiquem mais atraentes e deixa de usar somente a técnica, desta forma os alunos que são excluídos das atividades e jogos acabam participando. Atividades divertidas e criativas chamam mais atenção dos alunos, fazendo com que eles participem, interajam, deem ideias para incrementar as atividades, entendam as diferenças, que nem todos são iguais, cada um tem suas características e resolvam problemas que possa haver entre eles (BENEDITO, 2014).

O professor de Educação Física pode transformar a vida das crianças, prestando assistência, conversando com os alunos, intermediando hábitos de atividades físicas, acompanhando o físico, conscientizando os alunos sobre a importância da prática de atividades que não apenas previnam a obesidade, mas também doenças físicas e psicológicas, como podem lhes proporcionar lazer, prazer, bem-estar, motivação e autoconfiança.

4. METODOLOGIA

Para a realização deste trabalho foram utilizados a pesquisa bibliográfica e o método qualitativo. Para Gil (2002, p. 44), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida através de materiais já elaborados, constituído principalmente de artigos científicos e livros. A pesquisa qualitativa se preocupa com a compreensão de um grupo social e da organização e não com a representatividade numérica. Os pesquisadores que usam a abordagem qualitativa defendem um modelo de pesquisa para todas as ciências (GOLDENBERG, 1997, p. 34).

Para a busca dos materiais bibliográficos foi feito o levantamento de artigos realizados nos últimos 6 anos, nos bancos de dados: Google Acadêmico, Google e Scielo, com finalidade de identificar bibliografias pertinentes ao assunto. Foram encontrados 30 artigos, sendo eles de 2015 até 2021, para a seleção dos mesmos foram usadas palavras-chave como: Educação Física, obesidade, obesidade infantil, atividade física. Também foram observados os títulos e resumos, para assim serem realizadas a triagem. Os critérios de inclusão foram os artigos que abordassem os assuntos relacionados à obesidade infantil e à importância do professor de Educação Física na redução da obesidade. Ao final da triagem, a exclusão dos artigos se deu porque não se tratavam da obesidade nas escolas, eram escritos em outra língua ou eram voltados para a área da nutrição.

As análises dos conteúdos foram feitas através da análise de Bardin, técnica essa muito utilizada em trabalhos qualitativos. Segundo Bardin (2011, p. 47), “a análise de conteúdo significa um conjunto de técnicas com o objetivo de descrever conteúdos qualitativos ou não, visando obter procedimentos sistemáticos”.

Para Bardin (2011), a análise de conteúdo possui três fases: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação.

Na fase da pré-análise é onde se dá os primeiros passos, onde escolhemos os critérios de avaliação dos conteúdos escolhidos e organização do material, leitura, formulação de objetivos.

No segundo momento, é usada a exploração do material e tratamento dos resultados. De acordo com Bardin (2006) essa etapa possibilitará o incremento das interferências e interpretações. Desta forma, a classificação, a categorização e a classificação são muito importantes nessa etapa.

A terceira e última fase é onde possui a inferência e interpretação. Nesta fase ocorre o destaque das informações para análise, logo após completa-se as interpretações inferenciais; é o momento da análise crítica e reflexiva (BARDIN, 2006)

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Esta pesquisa foi desenvolvida através de fontes científicas e legítimas, tendo como caráter bibliográfico de livros, artigos, revistas, periódicos, plataformas como Google Acadêmico e Scielo. Com base nas ideias dos autores, iremos comparar as ideias de pensamento dos autores na tabela a seguir.

QUADRO 1 – Relação dos artigos selecionados para análise

Autoria/Ano de publicação/local

Objetivo

Principais resultados

JULIA ANDRADE,J; BISCHOFFA, L; BONETTOA, L; DIASB, C; RONCADAC, C. (2015) CAXIAS DO SUL

Avaliar as principais intervenções voltadas à redução da obesidade infantil no âmbito escolar.

 

A melhor forma de controlar a obesidade infantil baseia-se na intervenção, prevenção e proteção à saúde por meio de programas educativos, tendo a escola e o convívio familiar como os principais norteadores.

TEIXEIRA, R. C.; COSTA, S. P.; OLIVEIRA, G. V.; CANDIDO, F. N.; RAFAEL, L. M.; MAZINI FILHO, M. L. M. (2016) SANTA CRUZ DO SUL

.Verificar as influências do estilo de vida, relações sociais e da mídia na obesidade infantil e entender como as aulas de Educação Física podem auxiliar na sua prevenção.

 

De acordo com a maioria das pesquisas estudadas, em apenas duas aulas com duração de 50 minutos por semana, o professor de Educação Física não consegue de fato combater a obesidade, mas consegue conscientizar esses alunos a respeito de hábitos alimentares saudáveis e práticas regulares de atividades físicas, contribuindo assim para a diminuição dos quadros de obesidade infantil registrados atualmente.

PAIXÃO, J. A.; AGUIAR, C. M.; SILVEIRA, F. S. A. (2016) MINAS GERAIS.

Analisar as percepções de professores de Educação Física atuantes em escolas de educação básica na cidade de Ouro Preto.

Os professores de Educação Física têm conhecimento da necessidade de intervir na questão da obesidade, na saúde e qualidade de vida dos jovens, observou-se também que é a escola é o espaço apropriado para abordar esse tema entre os estudantes, o professor de Educação Física pode auxiliar os alunos a promoverem mudanças significativas na forma física, a partir da adoção de uma vida saudável e de bons hábitos alimentares.

OLIVEIRA, L. F.L.; COSTA, R. B. (2016)

Compreender a importância da Educação Física escolar como fator de prevenção contra a obesidade infantil.

 

A obesidade infantil é um problema de saúde pública que vem crescendo cada vez mais no Brasil, elevando os gastos públicos, colocando em foco doenças crônico-degenerativas que antes não eram encontradas em crianças, como por exemplo transtornos psicossociais como a depressão e a ansiedade.

BEAL, G; MARTINS,G; MARCOLAN, S; JULIANI,T. (2017) SANTA CATARINA

Investigar se as aulas de Educação Física das escolas municipais da cidade de Lucas do Rio Verde têm contribuído na prevenção da obesidade infantil.

Sobre as atividades relacionadas à prevenção da obesidade, as aulas desenvolvidas com atividades que envolvem a cultura corporal, atividades lúdicas, jogos, esportes e exercícios físicos, avaliação física, além de orientações sobre alimentação saudável, com vídeos e debates, é importante os professores trabalharem essas atividades além de conhecimento sobre o corpo, saúde, abordando os temas transversais.

GOMES, JUNIOR; DIMER, EDUARDA; PIRES, MONALISA; ALVES, SÉRGIO. (2019) OSÓRIO

Identificar o grau de motivação nas atividades propostas nas aulas de EFI para as crianças com sobrepeso.

A presença do professor de Educação Física muito importante para a participação e motivação à prática, pois quando não há professor, esses alunos não participam de atividades, apenas olham, o que mostra que ainda existem formações de “grupinhos” reduzindo a interação de alunos, favorecendo os mais habilidosos e mais atléticos. Apesar disso, os alunos demonstram gostar de esportes.

CORRÊA,V; PAIVA, K; BESEN, E; SILVEIRA, D; GONZÁLES,A; MOREIRA,E; FERREIRA, A; MIGUEL,F; HAAS, P. (2020) SÃO PAULO

Verificar a situação da obesidade infantil no Brasil nos últimos cinco anos.

 

Considerando a existência de medidas de prevenção à obesidade infantil nas escolas e creches, torna-se importante observar o quão eficaz estão sendo esses programas e o que pode ser feito para minimizar os altos índices de sobrepeso e obesidade infantil no Brasil. Acredita-se que ainda possam ser desenvolvidos novos métodos, visando a prevenção e conscientização sobre a obesidade infantil e hábitos de vida saudáveis, tendo como foco principal o ambiente escolar, as creches e o convívio familiar, onde há maior impacto sobre essa faixa etária

 

FERREIRA, T. C. S.; FRANÇA, T. L. (2021)

 

Analisar na literatura as contribuições da Educação Física para prevenção e tratamento da obesidade.

 

Durante a infância a obesidade faz mal tanto em termos de saúde, pois deixa a criança passível a desenvolver outras doenças, e também na vida adulta, quanto também traz prejuízos ao processo de interação social, e problemas psicossociais, isto requer tratamento precoce e prevenção efetiva, podendo a aula de Educação Física contribuir dentro de um tratamento global, pois não se pode esperar que a aula de Educação Física fosse à terapêutica exclusiva usada contra obesidade.

 

Fonte: Elaboração do Próprio Autor (2021)

Os artigos e autores analisados são atuais que discutem diversas ideias, chegando a um consenso sobre a importância da Educação Física na redução da obesidade infantil, focando principalmente na carga horária, quantidade das aulas e a infinidade de temas abordados.

Segundo Ferreira e França (2021), a obesidade afeta tanto o desenvolvimento motor, quanto a rotina da criança, atrapalha o bem-estar, sentimentos, deixando-a passível de vários problemas de saúde. É necessário que seja acompanhada por profissionais de saúde, tenha uma alimentação e vida mais saudável, mude os hábitos, a prática de atividades físicas deve ser adequada e acompanhada por um professor de Educação Física.

O artigo de Gomes et al. (2019) reflete a participação dos alunos com sobrepeso nas aulas de Educação Física Escolar, partindo do ponto que cada aluno tem suas características diferentes, e que as crianças com sobrepeso possuem maiores dificuldades de realizar exercícios, por isso muitas vezes acabam nem tentando fazer.

Gomes et. al (2019), concordam com Ferreira e França que a falta de atividade física é um dos fatores que geram a obesidade infantil, influenciando de forma negativa no desempenho motor da criança. Por causa da falta de estímulos adequados e desenvolvimento, os alunos obesos têm um baixo nível de desenvolvimento motor, sendo necessário uma maior vigilância para com as crianças.

Para Correa et. al (2016), o excesso de peso prevalece entre as crianças com faixa etária de 0 a 11 anos, apontando que é necessário uma alimentação adequada, para eles é necessário a prevenção e a conscientização sobre a obesidade infantil e seus agravos, mostrando o quão é importante hábitos de vida saudáveis, tanto no ambiente escolar, creches ou junto a família.

A melhor forma de controlar a obesidade infantil é por meio da proteção e prevenção a saúde, através de programas educativos, de atividades físicas, hábitos saudáveis, tendo o ambiente escolar e o convívio com a família como um dos principais meios norteadores (JULIA et. al., 2015).

Ainda sobre a conscientização Teixeira et al. (2016) discutem que a conscientização sobre a obesidade é a arma mais interessante, pois o aluno acaba levando o conhecimento para casa. Assim, a Educação Física tem uma maior facilidade para realizar um trabalho voltado para a prevenção e conscientização, devido o estudo do movimento humano.

Correa (2016), Júlia (2015) e Teixeira (2016) concordam que para uma melhor qualidade de vida é necessário que as crianças participem de programas educativos, programas estes que podem abranger não somente os alunos como também as suas famílias, é preciso, conscientizar, proteger e prevenir essas crianças quanto a obesidade infantil e os transtornos que ela pode trazer.

A Educação Física pode ajudar no tratamento da obesidade infantil, porém apenas 50 minutos de aula não são suficientes para obter bons resultados (TEIXEIRA et al., 2016).

Para Paixão, Aguiar e Silveira (2016), a carga horária das aulas de Educação Física é insuficiente para lidar o tema de forma eficaz, bem como a falta de consenso entre os professores.

A Educação Física é uma aliada à prevenção da obesidade infantil, porém o tempo e a carga horária das aulas são muito curtos, mas se o professor incentivar seus alunos a se tornarem mais ativos, pode contribuir na melhoria da qualidade de vida (BEAL et al., 2017).

A disciplina de Educação Física muitas das vezes é deixada de lado, a quantidade de aulas, a duração delas, acaba sendo insuficiente para abordar a infinidade de conteúdos que podemos introduzir em sala de aula ou fora dela. A disciplina é tratada como se não fosse tão importante quanto as outras, o professor muitas vezes é tratado apenas como um recreador e que suas aulas são apenas momentos de diversão.

A escola e os profissionais de educação física podem incentivar a participação das crianças em brincadeiras e esportes que possam auxiliar no seu bem-estar e desenvolvimento (OLIVEIRA; COSTA, 2016).

Gomes et. al (2019) asseguram que o professor de Educação Física tem um papel muito importante para com os alunos, pois é nas aulas de Educação Física que o professor contribui orientando, investigando, detectando a obesidade, incentivando uma melhor alimentação e com a prática de atividades físicas, proporcionando interação entre os colegas.

É importante que o professor tenha uma programação de conteúdos para além de esportes, hoje nas escolas são trabalhados principalmente o futebol, o baleado, vôlei, ou até mesmo não é feito nenhum tipo de trabalho especifico ensinando fundamentos, mas sim dar uma bola e os alunos que se “virem”, a Educação Física é muito além, o professor pode explorar muitos campos considerados muito importantes, sair fora da bolha faz a aula ser mais interessante, faz com que os alunos se interessem mais e agrega muito mais ao currículo do professor.

As atividades físicas podem ser divididas, porém atividades mais vigorosas podem não ser recebidas de uma forma positiva por parte dos alunos com excesso de peso ou obesas, sendo assim as atividades realizadas nas escolas devem ser delineadas e pensadas de acordo com as características dos alunos, para assim atingir os objetivos.

Diante do exposto, a Educação Física escolar pode sim intervir na obesidade infantil, porém só ela não resolve, é importante ter um acompanhamento multidisciplinar, as aulas contribuem de maneira significativa promovendo a importância da prática e de uma alimentação adequada. A Educação Física é responsável por desenvolver estruturas cognitivas, sociais, motoras, estimulando as crianças a se movimentarem, contribuindo a diminuição da obesidade.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Educação Física tem um papel muito importante no desenvolvimento dos alunos, um exemplo é a promoção da saúde e estilo de vida saudável. A escola é um lugar que os professores podem promover a cultura corporal fazendo com os alunos usufruam dela.

A Educação Física é uma disciplina que integra e inclui os alunos, ajuda no espírito esportivo, socialização e trabalho em equipe. No decorrer da história a Educação Física passou por diversas transformações até chegar nos dias atuais, a inserção de unidades temáticas e a possibilidade de tratar assuntos atuais e de bastante relevância, faz com que a disciplina tenha um leque de opções a serem trabalhados, a obesidade infantil é um deles.

No discorrer do estudo observou-se que a obesidade infantil vem crescendo cada dia mais e se tornando um grande problema de saúde pública, gerando aumento nos gastos públicos, colocando como centro doenças crônicas que antigamente não eram encontradas em crianças, além de diversificar transtornos em aspectos sociais, tais como depressão e ansiedade.

Vários fatores podem influenciar significativamente na qualidade de vida da criança, sobretudo quando falamos de hábitos alimentares, estes podem contribuir para o surgimento da obesidade infantil, que por sua vez podem estar ligados à influência dos pais.

Diante destes estudos foram ilustrados diversas colocações sobre os motivos e prevenção da obesidade, como minimizar o tempo diante televisão e jogos eletrônicos, escolha de lanches saudáveis, além disso, uma força tarefa junto a escola, professores e os pais conscientizando os estudantes através de programas educativos ondem serão abordados a importância e as vantagens de uma vida saudável, de se movimentar, praticar algum tipo de atividade física, deixando claro a importância dessas atividades no decorrer dos anos.

O professor de Educação Física tem um papel muito importante, desde modo cabe a ele a introdução desta temática no ambiente escolar, a conscientização da prevenção da obesidade é de suma importância, pois nas aulas de Educação Física ele encontra um ambiente favorável para enfatizar a importância dos exercícios e de uma alimentação saudável, embora o pouco tempo das aulas de educação física seja uma dificuldade encontrada para trabalhar assuntos diversificados, temas transversais. O professor de Educação Física é um dos que mais tem esse contato de abertura para com os alunos, através desse contato ele pode instigar os alunos na busca pela melhoria da qualidade de vida.

A prática de exercícios é extremamente importante para o controle da obesidade, além disso auxilia no crescimento e no desenvolvimento motor, as atividades físicas promovem benefícios à saúde, bem-estar, prazer, além da prevenção da obesidade infantil. A escola é um dos poucos lugares onde os alunos praticam atividades físicas no dia a dia. É essencial a prática de atividades diversificadas, lúdicas, trabalhando a cultura corporal, jogos, brincadeiras, avaliação física, fazer debates, trazer vídeos, trabalhar com temas importantes no cenário atual, não deixando de trabalhar devidamente os esportes, mas não especialização em algum determinado esporte, pois essa especialização pode acabar favorecendo os alunos mais habilidosos e afastando os alunos com obesidade ainda mais das aulas. A prática de exercícios não diminui apenas o sobrepeso ou a obesidade, mas também traz melhorias na qualidade de vida.

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Publicado por: Erica Carvalho Santana

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