Consumo de agentes antioxidantes por indivíduos praticantes de atividade física
índice
- 1. RESUMO
- 2. INTRODUÇÃO
- 3. JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
- 4. PROBLEMA
- 5. OBJETIVOS
- 5.1 Objetivo geral
- 5.2 Objetivos específicos
- 5.3 Cenário
- 5.4 Atleta ou praticante regular de Atividade Física
- 6. METODOLOGIA
- 7. CONCEITOS BÁSICOS
- 7.1 Radical Livre
- 7.2 Oxidação – Estresse Oxidativo e Atividade Física
- 7.3 Formação dos Radicais Livres – Efeito Deletério
- 7.4 Formação dos Radicais Livres – Efetio Benéfico
- 7.5 Fontes estimulantes da formação de Radicais Livres
- 8. SISTEMAS IMUNOLOGICO
- 8.1 Antioxidantes
- 8.2 Processo antioxidante
- 8.3 Mecanismo de ação dos elementos Nutricionais Antiox idantes Exogenos
- 8.4 Elementos Antioxidantes Endogenos
- 8.5 Nutrientes Antioxidantes Endogenos
- 8.6 Mecanismo de produção dos elementos Antioxidantes
- 8.7 Nutrientes Antioxidantes Exogenos
- 8.8 Outros elementos Anitoxidantes
- 8.9 Quandidade necessária – D.R.I. dos Antioxidantes Exogenos – F.D.A.
- 8.10 Quandidade necessária – D.R.I. dos Antioxidantes Exogenos - COOPER
- 8.11 Aliemento In-natura ou Suplementos Sintéticos
- 8.12 Hipervitaminose - implicaçõe negativas e suas principais fontes
- 9. ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO – ANEXO A
- 10. CONSIDERAÇÕES FINAS
- 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
- 12. ANEXO A
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1. RESUMO
O trabalho trata da relação sobre a produção de Radicais Livres de Oxigênio face aos exercícios físico, e seus possíveis efeitos deletérios ao organismo. A motivação se deve por caráter de alguns praticantes ativos desenvolverem patologias precocemente, mesmo sendo não sedentários, pois atividades físicas intensas que ultrapassam os limites fisiológicos promovem um aumento na produção destes Radicais, e quando não devidamente neutralizados ou anulados, desencadeiam processos deletérios nas células de órgãos e tecidos, conhecidos como Estresse Oxidativo.
Assim, o objetivo deste trabalho é demonstrar se existe alguma relação de consumo seguro de elementos antioxidantes, especificamente: Betacaroteno, Vitamina C, Vitamina E e Selênio Mineral que possam trazem benefícios em indivíduos praticantes de atividades físicas amadoras.
O método desenvolvido para alcançar o objetivo, foi pesquisa de citação bibliográfica teórica, donde se concluiu que especialistas da saúde sugerem e indicam a suplementação com parcimônia destes elementos em indivíduos que se enquadrem neste cenário.
Palavras-chave: Antioxidantes, Radical Livre, Estresse Oxidativo.
ABSTRACT
This work deals with the relationship of the production of oxygen free radicals in relation to physical exercise and its possible harmful effects to the body. The motivation is due to some character by active practitioners develop pathologies early, not even being sedentary, since it is known that intense physical activities that exceed the physiological limits promote increased production of these radicals, and when not properly neutralized or canceled, triggering processes deleterious in cells of organs and tissues, known as Oxidative Stress.
The objective of this work is to demonstrate whether there is any relationship elements of safe consumption of antioxidants, specifically: Beta Carotene, Vitamin C, Vitamin E and Selenium Mineral that can bring benefits to individuals practicing physical activities amateur.
The method developed to achieve the goal was to citation theoretical research, hence it was concluded that health experts suggest and indicate supplementation of these elements sparingly in individuals that fit this scenario.
2. INTRODUÇÃO
Substâncias antioxidantes são químicos que desempenham um papel importante na manutenção da saúde através de seus e feitos na modulação dos processos Oxidativos que ocorrem no organismo vivo.
A formação de substâncias reativas de oxigênio e a subsequente oxidação em moléculas biológicas constituem um mecanismo de dano tecidual presente em vários processos patológicos degenerativos conhecidos, tais como processos inflamatórios, aneurismas, infartos, arteriosclerose, artroses, Alzheimer e Parkinson e alguns tipos de tumores. Os mecanismos biológicos responsáveis pela ativação da formação destas espécies reativas de oxigênio são dadas pela Peroxidação Lipídica, Oxidação Protéica e dano as sequências moleculares de DNA.
Ou seja, a produção excessiva de Radicais Livres não anulados pelo organismo é conhecida como Estresse Oxidativo e sua recorrência pode evoluir a diversas patologias (SADIA, 2012).
Alguns estudos indicam que substâncias antioxidantes possuem um mecanismo capaz de neutralizar tais Radicais, anulando ou mitigando seus efetivos deletérios (COOPER, 1996).
3. JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
Os antioxidantes são substâncias capazes de prevenir os danos provocados pelos Radicais Livres. Hábitos insalubres como tabagismo, consumo excessivo de álcool, dieta inadequada e praticas aparentemente saudável como exercícios físicos aeróbios e anaeróbios muito intensos e de longa duração também produzem radicais livres (COOPER, 1996).
Quando há um desequilíbrio entre a liberação de Radicais Livres e a remoção deles pelos antioxidantes, o corpo entra num estado chamado de Estresse Oxidativo (SADIA, 2012).
A persistência desse estado satura o sistema imunológico e favorece a degradação funcional dos órgãos e células, obrigando o corpo a promover um sacrifício de seus mecanismos de defesa para manter-se saudável (MENEZES, 2010).
No entanto há um paradoxo a ser resolvido: se especialistas das áreas da saúde motivam a prática de atividades física, então por que alguns atletas, que aparentemente mantêm hábitos “saudáveis” sofrem com doenças degenerativas precocemente e muitos evoluem a óbito? (COOPER, 1996).
4. PROBLEMA
É percebido o aumento de doenças degenerativas em tletas amadores e praticantes de atividades físicas freqüentes, haja vista, que estes ao se exercitarem, aumentam o consumo de VO2 e tem maior necessidade de ingestão de substrato calórico, o que geram como subprodutos materiais metabólicos altamente Oxidativos – produção de Radical Livre, que lesa o DNA da célula permitindo mutações não programadas levando a exaustão do Sistema Imunológico e por conseqüência instalação de doenças degenerativas precocemente (COOPER, 2012).
Sabe-se que certas formas de treinamento físico para esportistas, profissionais ou não, sobretudo os que requerem tre inamento intenso, podem causar lesões musculares, traumas e LER´s. Igualmente, é de conhecimento que o exercício exaustivo induz a geração de Radicais Livres que, em quantidade excessiva, podem induzir a Peroxidação de lipídios, danificando a integridade das membranas celulares dos músculos e provocando dor m uscular. Assim o uso de antioxidantes pode atuar na prevenção de danos no tecido muscular e tornar o treinamento mais eficaz melhorando resultados em tempo de competição (WILLIANS, 2002).
A literatura cientifica demonstra que a prática mod erada de exercícios físicos promove benefícios aos sistemas orgânicos. Entende- se por prática moderada de atividades físicas que compreendam a faixa de 65% a 85% da capacidade cardio respiratória máxima para cada individuo versus sua idade subtraindo 220 (COOPER, 1996). Entretanto, quando não são levados em consid eração os limites fisiológicos dentre outros fatores como alguma patologia pré-existente, tal prática pode acarretar danos ao organismo com o aumento da produção de radical livre conhecida como Estresse Oxidativo.
Esses radicais de oxigênio livre circulante, quando não neutralizados, podem iniciar um processo degradante nas células e tecidos, chamado de Estresse Oxidativo, permitindo a instalações de patologias clínicas. Esse processo contínuo pode desencadear diversas doenças, incluindo as neuro-degenerativas, cardiovasculares, câncer e envelhecimento precoce ( FANHANI, 2012).
5. OBJETIVOS
5.1. Objetivo geral
Apresentar a relevância teórica da temática sobre suplementação de antioxidantes para praticantes de atividades físicas e não sedentários.
5.2. Objetivos específicos
· Demonstrar se a suplementação com antioxidantes está relacionado com a diminuição de doenças degenerativas e senilidade precoce, a saber:
o Como subproduto da nutrição, atividades físicas, por conseqüência maior consumo de consumo de oxigênio, gera-se um lixo metabólico. Será que este “lixo” pode ser potencialmente anulad o através da suplementação com antioxidantes?
o Seu consumo regular melhora o sistema imunológico?
o Previne a instalação das doenças degenerativas precocemente?
Escopo
Existem vários nutrientes com efeitos antioxidantes conhecidos pela ciência. Entretanto o escopo deste trabalho aglutin ará apenas os seguintes elementos:
- Betacaroteno (provitamina A)
- Vitamina C
- Vitamina E
- Selênio (mineral)
5.3. Cenário
Este trabalho visa observar os efeitos danosos em praticantes de atividades físicas regulares não profissionais, tentando estab eler a relação entre os efetitos beneficos dos uso de suplementos antioxidantes sintéticos versus a execução de ativades físicas.
5.4. Atleta ou praticante regular de Atividade Física
Este trabalho focará seus estudos sob a ótica de atletas amadores ou praticantes recorrentes e regulares de atividades físicas, subentendendo que um praticante regular deve promover atividades físicas de quatro a seis vezes por semana, com duração entre entre quarenta a sessenta minutos (VALLE, 2003).
Por definição, o esporte de alto rendimento é aquele no qual o atleta se prepara fisicamente para praticar determinada modalidade esportiva competitiva objetivando resultados; e, que necessita adequar-se a uma série de padrões técnicos. Por vezes, existem patrocínios e altos valores monetários envolvidos nesta busca, que trata o atleta como um “trabalhador” inclinando-o a explorar e exceder seus limites fisiológicos (VALLE, 2003).
Entretanto, como já definido no escopo, este trabal ho focará tal tipo de praticante que tem tratamento e acompanhamento diferenciado por vários especialistas, e por ser este uma parcela muito reduzida da população ativa de esportistas.
6. METODOLOGIA
Quanto à metodologia aplicada na pesquisa deste estudo, será realizada por meio de análise exploratória de informações teóricas, extraídas de livros, revistas técnicas, dissertações, teses, artigos científicos, busca de periódicos e artigos da Internet, colhidas e selecionadas neste ano letivo.
Entretanto a motivação e a principal fonte inspiradora deste trabalho estão no estudo e análise baseada na obra do Doutor Kenneth Cooper, intitulada A Revolução Antioxidante, editado em 1996.
Haverá uma pesquisa prática a campo, colhida atravé s de questionário binário, sobre a utilização e elementos antioxidant es por parte de educadores físicos atuantes nas áreas de ginásticas e afins (exceto mu sculação) sem, contudo ser relevante ao escopo deste trabalho. Vide Anexo A.
7. CONCEITOS BÁSICOS
7.1. Radical Livre
Nas últimas décadas, inúmeras pesquisas foram reali zadas objetivando esclarecer o papel dos Radicais Livres em processos fisiopatológicos aberrantes, bem como sua relação com a atividade física intensa e regular. Sabe-se que o aumento do consumo de oxigênio, assim como a ativação de vias metabólicas especifica durante ou após o exercício, resulta na formação de Radicais Livres ou Radicais Livres de Oxigênio - R.L.O. Assim, ativida des físicas intensas que ultrapassam os limites fisiológicos promovem um aumento na produção de radicais livres de oxigênio – elétron desemparelhado, e quan do não devidamente neutralizados ou anulados, desencadeiam processos deletérios nas células de órgãos e tecidos, conhecidos como estresse Oxidativo. Tal processo degenerativo pode estimular o surgimento de diversas doenças degenerativas acelerando o processo de envelhecimento precoce e senilidade (FANHANI, 2006).
O termo Radical Livre refere-se a moléculas com át omos altamente reativos, que contêm número impar de elétrons em sua última c amada eletrônica. Cerca de
95% dos átomos de oxigênio advindos da respiração s ão neutralizados pela cadeia respiratória celular, terminando seu ciclo em água. Porém, os 5% restantes são transformados em Radicais Livres, cujo excesso é prejudicial ao organismo, podendo ocasionar situações patológicas (COOPER, 1996).
Quando um Radical Livre libera ou furta um elétron da eletrosfera de um átomo adjacente, um segundo elétron livre é formado, então uma nova molécula altamente reativa circula pelo corpo em faz o mesmo processo com uma terceira molécula, gerando uma reação em cadeia com subprodutos instáveis (FRANCISCO, 2012).
As condições de vida moderna, o meio ambiente (ação de poluentes), fármacos, estresse físico e mental, fatores genétic os, nutricionais, culturais e excesso de atividades físicas exercem grande influê ncia no processo de instalação das doenças ditas degenerativas e envelhecimento acelerado (CLARCK, 1998).
Exercícios ou atividades físicas quando executados com “moderação” e sem propósito competitivo, trazem benefícios bio-orgâni cos ao ser humanos e garantem a manutenção e preservação da saúde ou longevidade (F ANHANI, 2006) e (COOPER, 1996).
7.2. Oxidação – Estresse Oxidativo e Atividade Física
Sabe-se pela comunidade cientifica, que existe uma relação direta entre execução das atividades físicas e a produção de Radicais Livre. Em tempo de tais execuções, um atleta sob estresse produz mais Adrenalina e Cortisol, hormônios que dentre outras funções são conhecidos como estre ssantes. Para cada molécula de Adrenalina formada, quatro moléculas de Radicais Livres irão ser produzidas e liberadas no organismo, com isto a probabilidade de lesão celular aumenta exponencialmente e diretamente proporcional a sua produção, e em longo prazo acarretará o surgimento de patologias clinicas dege nerativas e acelerará o processo de senilidade (COOPER, 1996).
Ademais, a Adrenalina e o Cortisol produzidos na prática de atividades físicas induzem a formação de uma enzima "Triptofano Pirolase" capaz de destruir o Triptofano antes que este atinja a Glândula Pineal (BALLONE GJ, 2005).
Com isto, Melatonina é Serotonina não serão fabrica das, induzindo a compulsão desenfreada pela ingestão de carboidratos , aumentando o aporte calórico e a produção de R.L.O. necessária para o m etabolismo digestivo, e como última conseqüência, um provável aumento de peso co m possíveis reflexos psico-depressivos (FRANCISCO, 2012).
7.3. Formação dos Radicais Livres – Efeito Deletério
Entretanto, é definido que em nosso organismo, os Radicais Livres são produzidos pelas células, durante o processo de combustão por oxigênio indispensável para a vida e potencialmente aumentad o nas condições em que o corpo esteja sob praticas esportivas ou físicas atenuantes, donde o oxigênio inalado é utilizado para converter os nutrientes dos alimentos absorvidos em energia (VALLE, 2003). Mediante isto, são átomos eletricame nte instáveis ou moléculas altamente reativas, que contém número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica. O não emparelhamento de elétrons desta última camada confere alta reatividade a esses átomos ou moléculas. Como têm u m ou mais elétrons ímpares quebrando o equilíbrio atômico, os Radicais Livres são elementos altamente instáveis (VALLE, 2003) e (COOPER, 1996).
Podem ser formados quando uma ligação covalente é quebrada, de modo que cada porção conserva um dos elétrons compartilhados, ou quando um átomo ou molécula recebe um só elétron transferido durante uma reação de óxido-redução.
Também são formados em processos rotineiros como respiração e na digestão dos alimentos. Tais formações ocorrem nas intimidades mitocôndrias (unidade produtora de energia a partir da ingestão da glicose concomit ante ao consumo de Oxigênio). É através destes processos que os Radicais Livres são formados e imediatamente neutralizados por enzimas existentes dentro da mitocôndria (FRANCISCO, 2012).
No caso de deficiência na síntese dessas enzimas po r falta de certos minerais e vitaminas ou no excesso de consumo de Oxigênio a ser metabolizado, acarretará um aumento da produção destes elétrons livre, que ao escapar da mitocôndria, podem atingir outras organelas celulares, paredes celulares ou esgarçarem os filetes cromossômicos de D.N.A. (COOPER, 1996).
A entender, os Radicais Livres de Oxigênio podem co mbinar-se com o DNA celular, alterando seu código genético reprodutivo e produzindo uma multiplicação celular desordenada induzindo a produção de células carcinogênicas. Também, há reações dos Radicais Livres com os ácidos graxos, c onstituintes de óleos e gorduras, que pode favorecer o depósito de placas lipídicas nas paredes arteriais, diminuindo sua elasticidade e propiciando o aparecimento de hipertensão arterial evoluindo a quadros de ateromas (HALLIWELL, 2007).
Alguns exemplos de Radicais Livres: Radical Hidroperoxila, Radical Hidroxila, Ânion Superóxido, metais de transição como ferro e cobre, Ácido Nítrico e Ozônio dentre outros (HALLIWELL, 2007).
Algumas condições favorecem o aumento produtivo dos Radicais Livres:
Tabagismo (100 mil novos radicais livres por tragada), drogas, álcool, infecções, asma, câncer, diabetes, hiperglicemia, hipertensão arterial, exercício físicos intensos, stress profissional, escolar ou familiar, alimentação inadequada, poluição ambiental, radiações solares, etc. (COOPER, 1996) e (HALLIWELL, 2007).
Os estudos sobre formação e ação dos Radicais Livres foram motivados pela observação da associação de sua ação sobre o envelh ecimento celular precoce. Os radicais agem sobre as células, alterando suas membranas e dando-lhes um aspecto de células velhas que, normalmente, seriam eliminadas pelo sistema imunológico do organismo em condições saudáveis. No entanto, quando a quantidade de células alteradas é aumentada pelo excesso de Radicais Livres aliados ao envelhecimento cronológico e diminuição das funções do Sistema Imunológico, o organismo não consegue eliminar tais células alteradas. Então, se algumas células sobrevivem e começam a funcionar de maneira inapropriada, alterando a fisiologia do tecido ou do órgão exposto, e se tais células tiverem seu código genético alterado, multiplicam-se desordenadamente, propiciando o aparecimento patologias degenerativas (HALLIWELL, 2007).
7.4. Formação dos Radicais Livres – Efetio Benéfico
Em verdade os Radicais Livres não são necessariamen te maléficos ao organismo. Como visto seus efeitos nocivos ocorrem quando da sua hiperprodução conhecida como Estresse Oxidativos. A natureza tem seus propósitos. Eles são úteis na ajuda e manutenção do Sistema Imunológico. O corpo humano não vive sem eles, pois são indispensáveis na defesa contra infecções provocadas por agentes estranhos. Quando algum microrganismo como um vírus, bactéria ou uma partícula de pó adentra no organismo, ativa-se um alarme químico para o Sistema Imunológico. Os primeiros a serem acionados são os neutrófilos (uma classe de células sanguíneas leucocitárias) que agirão contra o invasor, em seguida são acionados os macrófagos (células que derivam dos monócitos do sangue e de células conjuntivas ou endoteliais, que intervêm na defesa do organismo contra infecções) que engolem e digerem o agente estranho. Essa estratégia de defesa só é possível porque o organismo utiliza o potencial destruidor dos Radicais Livres. O macrófago, por exemplo, envolve uma bactéria para bombardeá-la com Superóxidos (HALLIWELL, 2007).
7.5. Fontes estimulantes da formação de Radicais Livres
Os danos causados pelos Radicais Livres são resulta do de diversos processos orgânicos precipitados por vários fatores exógenos e endógenos do nosso corpo. Os oxidantes que se desenvolvem dos processos internos do nosso corpo são formados pelo resultado natural da respir ação aeróbica, metabolismo e inflamação. Os Radicais Livres exógenos são formados através de fatores ambientais como poluição do ozônio, luz solar, exercício físico, raios-X, nicotina e álcool (FRANSCICO, 2012).
Tais fatores são preocupantes por terem efeitos sin érgicos das doenças nos praticantes de atividades físicas regulares (VALLE, 2003).
8. SISTEMAS IMUNOLOGICO
O Sistema Imunológico, também conhecido por sistema imunitário, imune ou de defesa, compreende todos os mecanismos pelos quais um organismo multicelular se defende de invasores externos, quer sejam esses biológicos, a exemplo de bactérias, vírus, protozoários, fungos, quer sejam elementos químicos ou produtos de reaçôes químicas como as oxidações (STRAND, 2002).
Existem dois tipos de mecanismos de defesa: os inatos ou não específicos, como a proteção da pele, acidez gástrica, células f agocitárias, secreção de lágrimas; e o sistema imunitário adaptativo, que compreende a ação selectiva dos linfócitos e a produção de anticorpos específicos (CLARCK, 1998).
A literatura demonstra que uma alimentação natural e equilibrada, com a inclusão de vegetais folhosos, legumes, frutas fres cas, nozes, castanhas, cereais integrais, carnes magras, ovos e laticínios contem grandes doses de elementos e substancias chamadas de antioxidantes, que reforçam o Sistema Imunológico combatendo os Radicais Livres e seus efeitos nocivos sobre o organismo celular (CLARCK, 1998) e (HALLIWELL, 2007).
8.1. Antioxidantes
São substâncias capazes de agir contra os danos nor mais causados pelos efeitos do processo fisiológico de oxidação no tecido animal, doando elétrons para inativar seus processos deletérios, sem, contudo formar em uma nova molécula de Radical Livre. São micronutrientes compostos por al gumas vitaminas, minerais e enzimas (FRANCISCO, 2012).
Nutricionalmente falando, são componentes da dieta que estão envolvidos na manutenção e reparação das células e do D.N.A., e incluem os Carotenóides, Vitamina C, Vitamina E, Selénio Mineral dentre outros (COOPER, 1996).
8.2. Processo antioxidante
Já visto que a formação de Radicais Livres se da pe la reação continua e em cadeia dos elétrons livre que adentra a eletrosfera. O processo antioxidante se da pela quebra desta cadeia viciosa - quando um radical livre libera ou rouba um elétron, um segundo elétron é formado pela lei do equilíbrio das eletrosferas atômicas. Os antioxidantes atuam bloqueando o processo de oxidação e neutralizando os radicais livres. Isto ocorre porque ou o radical é estabilizado por um antioxidante que quebra a cadeia ou simplesmente se decompõe em um produto inofensivo (FRANSCICO, 2012).
8.3. Mecanismo de ação dos elementos Nutricionais Antiox idantes Exogenos
Segundo o mecanismo de ação, os antioxidantes podem ser classificados (MERCADANTE, 2001):
· Primários ou bloqueadores que atuam interrompendo a cadeia da reação através da doação de elétrons ou hidrogênio aos radicais livres, convertendo-os em produtos termodinamicamente estáveis e/ou rea gindo com os Radicais Livres, formando complexo lipídio-antioxidante que pode reagir com outro radical, a exemplo do BHA*, os ésteres do ácido gálico, butilhidroquin ona, tocoferol e flavonóides.
· Secundários ou complexantes que atuam retardando a etapa de iniciação da autoxidação, por diversos mecanismos que incluem complexação com metais; seqüestro de oxigênio; decomposição de hidr operóxidos para formar espécie não radical; absorção da radiação ultravioleta ou d esativação do oxigênio singleto.
Tais mecanismos são amplamente usados na indústria alimentícia, e servem de base para nossa aplicação fisiológica humana.
* O BHA (Butilhidroxoxianisol) é uma substância irritante para a pele, mas não parece causar irritação após a ingestão nos níveis de uso permitidos, nem outros efeitos tóxicos agudos em animais experimentais ou indivíduos que manuseiam o composto, mas trata-se de uma substância carcinogênica e por isso deve-se atentar para sua R.D.I.
8.4. Elementos Antioxidantes Endogenos
Por definição os Radicais Livres podem danificar células sadias do nosso corpo. Entretanto, o organismo possui enzimas protetoras ativadas pelo sistema imuno que reparam 95-99% dos danos causados pela Oxidação Celular, ou seja, consegue-se controlar o nível desses radicais produzidos através de nosso metabolismo (COOPER, 1996).
Especificadamente, o sistema de defesa antioxidante humano é composto pelas enzimas: Catalase, Superóxido Dismutade ou SOD e Glutationa Peroxidase. Essas enzimas são capazes de modificar os Radicais Livres circulantes, inativando seus efeitos maléficos sobre o organismo (ATKINS, 2006).
A enzima Catalase capta o peróxido de hidrogênio e o decompõem em oxigênio e água antes que ele possa formar Radicais Hidroxilas. O oxigênio e a água produzidos nesse processo são então reutilizados pe las células como parte do metabolismo normal. A Catalase atua apenas nas porções aquosas da célula, portanto, as partes lipídicas como as membranas celulares permanecem desprotegidas e susceptíveis à ação dos peróxidos de hidrogênio (ATKINS, 2000).
A Glutationa Peroxidase é a enzima antioxidante mais abundante no corpo humano. Essa enzima atua tanto no meio intracelular quanto extracelular em busca de moléculas de peróxido de hidrogênio que possam ter escapado da ação da catalase. Além disso, a glutationa peroxidase protege as membranas celulares contra a Peroxidação Lipídica, uma reação em cadeia que age enfraquecendo a membrana citoplasmática podendo ocasionar a morte d a célula (ATKINS, 2000).
A grande proporção de enzimas antioxidantes no organismo justifica-se pelo fato de que o Estresse Oxidativo pode levar à destruição das macromoléculas celulares como lipídios, proteínas e ácidos nucléic os. Dessa forma, esse processo pode estar associado a uma diminuição do desempenho física, fadiga muscular e estresse muscular em atletas (BIANCHI, 1999).
8.5. Nutrientes Antioxidantes Endogenos
Os antioxidantes têm características preventivas e corretivas, sendo que as enzimas Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT) e Glutationa Peroxidase
(GPx) servem como linha primária de defesa na destr uição dos Radicais Livres e previnem excessiva oxidação reduzindo a taxa de iniciação da cadeia. Isto significa que procurando radicais na etapa de iniciação, tais antioxidantes podem impedir que o processo de oxidação se inicie. Estas enzimas podem, também, prevenir a oxidação estabilizando os metais de transição como o cobre e o ferro. Na sequência a transformação química primaria das enzimas SOD e CAT.
• O SOD primeiro reduz (adiciona um elétron) o radical superóxido (O2-) para formar peróxido de hidrogênio (H 2O2) e oxigênio (O 2):
2O2- + 2H --SOD--> H2O2 + O2
• A CAT e a GPx então trabalham simultaneamente com a proteína glutationa para reduzir o peróxido de hidrogênio e por fim produzir água (2O):
2H2O2--CAT--> H2O + O2 H2O2 + 2glutationa --GPx--> glutationa oxidada + 2H2O
A glutationa oxidada é então reduzida por outra enzima oxidante - a Glutationa Redutase.
Há um efeito sinérgico, pois juntas ajustam o D.N.A . celular oxidado, reduzem a proteína oxidada e destroem os lipídios oxidados - substâncias parecidas com gordura que são componentes das membranas celulares .
8.6. Mecanismo de produção dos elementos Antioxidantes
A produção das enzimas antioxidantes que atuam como sinergistas do Sistema Imunológico humano, solicitam a presença de níveis adequados de determinados minerais como Zinco, Cobre e Selênio, além de quantidades suficientes de proteínas de alto valor biológico e algumas vitaminas. Tanto o Cobre quanto o Zinco são particularmente importantes para a produção da Superóxido
Dismutase dentro da mitocôndria, onde a maior parte dos Radicais Livres é produzida. O mineral Selênio é essencial para a for mação da Glutationa Peroxidase. A Vitamina C e às do complexo B são necessárias par a a produção extra de Catalase. Sem Vitamina B6 (piridoxina) suficiente, por exemplo, o organismo não tem como produzir Glutationa Peroxidase (BIANCHI, 1999).
8.7. Nutrientes Antioxidantes Exogenos
Os antioxidantes da nossa dieta parecem ser de grande importância no controle dos danos causados pelos Radicais Livres. Cada nutriente é único em termos de estrutura e função antioxidante (FRANCISCO, 2012). Estudos feitos pelo Dr. Cooper indicam fortemente a suplementação acima dos Índices Diários Recomendados – R.D.I. dos seguintes nutrientes; por afirmar serem os mais potentes, de fácil obtenção, absorção e assimilação pelo organismo (COOPER, 1996).
PróVitamina A – BetaCaroteno: Éuma vitamina hidrossolúvel amplamente estudada entre os 600 carotenóides identificados até o momento. É vista como a melhor eliminadora do Oxigênio Singleto, que é uma forma energizada, mas sem carga do oxigênio, sendo tóxica para as células. O Betacaroteno é excelente para procurar por Radicais Livres em uma concentração de oxigênio baixa . Na verdade trata-se de um precursor da Vitamina A (Retinol), encontrado em alimentos de fontes vegetais. Pertence a uma família de compostos denominada “carotenoídes”, que dá a coloração característica das frutas e legumes de cor laranja e amarela. É encontrado também nos legumes de folhas verde-escuras. Às vezes, é também denominado provitamina A, pois é convertido em retinol no organismo humano (BAYER, 2012). É tratado como forma tolerável da Vitamina A, que é de origem animal e em excesso pode causar toxidade.
Como o organismo só converte a quantidade de que necessita o Betacaroteno não provoca excesso de Retinol, podendo, portanto, ser considerado como uma forma tolerável da Vitamina A, caso contrá rio pode ser altamente tóxico (VALLE, 2003).
Uma molécula de Betacaroteno pode ser clivada em duas moléculas de Vitamina A. No entanto, no interior do corpo, o Betacaroteno é apenas convertido parcialmente em Vitamina A sendo o resto é armazenado. Para, além disso, a proporção do Betacaroteno convertido para Vitamina A no corpo é controlado pelo estado de Vitamina A e como tal não pode causar a t oxicidade nos humanos. Provas sugerem que além de ser uma fonte segura de Vitamina A, o Betacaroteno desempenha vários papéis biológicos importantes que podem ser independentes do seu estado como provitamina (BAYER, 2012).
O seu consumo em excesso, entretanto, pode provocar uma coloração na pele, que não é prejudicial e desaparece ao interromper o suplemento.
Vitamina E: O termo Vitamina E cobre oito compostos encontrados na natureza. Quatro deles são chamados tocoferóis e quatro são tocotrienóis, sendo identificado pelos prefixos a-, b-, g- e d. O Alfa-tocoferol é o mais comum e o mais ativo biologicamente destas formas de ocorrência na tural de Vitamina E (BAYER, 2012).
A Vitamina E é um nome genérico para todos os elementos (até o momento, foram identificados oito deles) que apresentam atividade biológica do isômero alfa tocoferol. Um isômero tem duas ou mais moléculas com a mesma fórmula química e arranjos atômicos diferentes. O Alfa-tocoferol, o mais conhecido e disponível isômero com maior biopotência (efeito no corpo). Por ser lipossolúvel, o Alfa-tocoferol está em uma posição única para proteger a s membranas celulares, que são em sua grande maioria compostas de ácidos gordu rosos, dos danos causados pelos Radicais Livres. Também atua protegendo as lipoproteínas de baixa densidade (L.D.L. ou colesterol "ruim") da oxidação lipídica (BAYER, 2012).
O papel principal da Vitamina E é a proteção dos tecidos do corpo de reações que os danifiquem (perioxidação) as quais surgem a partir de muitos processos metabólicos normais e agentes tóxicos exógenos (BAYER, 2012). A presença de outros antioxidantes potencializa e apoia a ação antioxidante e protetora da Vitamina E.
Vitamina C: Denominada de Ácido Ascórbico, é solúvel em água. S endo assim, ela procura por Radicais Livres que estão em um meio aquoso (líquido), como o que está dentro das nossas células. A Vitami na C funciona sinergicamente com a Vitamina E para eliminar os Radicais, regenerando sua forma reduzida
(estável) da Vitamina E. Na natureza, é produzida pela conversão da glicose das frutas e vegetais. A maior parte dos animais é capaz de produzi-la, porém os humanoides dependem de fontes alimentares externas. Participa em todos os sistemas do organismo para manutenção do bem estar (BAYER, 2012).
Funções adjacentes indicam que é necessária para a produção de colágeno, a substância do tipo “cimento” intercelular que dá estrutura aos músculos, tecidos vasculares, ossos, cartilagem, dentes, gengivas e auxilia na absorção do ferro a partir da dieta. É também necessária para a síntese dos ácidos biliares.
A presença de outros antioxidantes, tais como a Vitamina E e Betacaroteno, apoia a ação protetora antioxidante da Vitamina C. Outras vitaminas, tais como as do complexo B (particularmente a B6, B12, Ácido Fól ico e Ácido Pantoténico) e algumas substâncias farmacológicas ativas, como com postos conhecidos como bioflavonóides, podem ter um efeito de poupança daVitamina C (BAYER, 2012).
Selênio Mineral: Trata-se de um mineral essencial necessário em quantidades diárias, sem o qual não há vida. É maté ria prima ativa de várias enzimas antioxidantes incluindo a Glutationa Peroxidase. No organismo humano tem uma função similar à Vitamina E, ou seja, é um antioxidante que impede a formação de radicais livres (COOPER, 1996).
8.8. Outros elementos Anitoxidantes
Além das enzimas e micronutrientes vistos, existem outros nutrientes e compostos com propriedades antioxidantes. Destaca-se:
- Coenzima Q10 (CoQ10 ou ubiquinona), que é essencial para a produção de energia e proteção do corpo contra Radicais Livres destrutivos (COOPER, 1996).
- Ácido Úrico, um produto do metabolismo do DNA reco nhecido como um importante antioxidante.
- Fitoquímicos, substâncias vegetais que estão sendo estudadas por suas atividades antioxidantes, como os flavonoides: quercetina, remetina, campferol, rutina e quercetrina.
- Licopeno, que é uma substância carotenóide que dá a cor avermelhada aos alimentos.
A Melatonina é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica (membrana que protege o cérebro), portanto, capaz de desempenhar funções à nível neuronal. Nosso tecido cerebral é muito mais suscetível à ação dos radicais livres que qualquer outra parte do nosso organismo e na medida em que os níveis de Melatonina vão caindo pode haver um concomitante declínio na função cerebral.(BALLONE GJ, 2005)
Similar ao Selênio, os minerais Manganês e Zinco sã o microelementos que formam uma parte essencial das várias enzimas antio xidantes, sem, contudo serem considerados antioxidantes (FRANCISCO, 2012).
A eficácia de qualquer antioxidante no corpo depend e do radical livre que está envolvido, como e onde ele é gerado e onde a lesão se encontra.
Consequentemente, enquanto em um determinado corpo um antioxidante protege contra os radicais livres, em outro ele pode não te r este mesmo efeito. Em algumas circunstâncias eles podem até mesmo agir como um pr ó-oxidante, que gera espécies tóxicas do oxigênio (BIANCHI, 1999).
8.9. Quandidade necessária – D.R.I. dos Antioxidantes Exogenos – F.D.A.
A ingestão adequada dos minerais e das vitaminas qu e atuam no sistema antioxidante via alimentação contribuem para que os Radicais Livres permaneçam dentro dos limites fisiológicos aceitáveis não caus ando maiores danos ao organismo.
Tabela 1 – Ingestão Dietética de Referencia ou DRI. (BOARD apud FRANCISCO, 2012)
*O Instituto de Medicina dos Estados Unidos estabelece que o consumo diário de 3 a 6 mg de Betacaroteno (o que equivale a 833 a 1667 UI de Vitamina A) mantém os níveis de Betacaroteno no sangue adequados e se associam com a redução do risco de diversas doenças crônicas. Não há uma recomendação oficial estabelecida para o consumo de Betacaroteno ou de outros Carotenóides. Isto não implica em afirmar que quanto mais melhor! (NEEANA, 2012).
Tais sugestões apontadas pelo Food and Nutrition Board (F.D.A.) visam determinar os tipos e quantidades de nutrientes que são necess ários para uma dieta dita saudável, analisando a literatura científica, considerando como os nutrientes protegem contra as doenças e interpretando dados do consumo de nutrientes. Para cada tipo de nutriente, se estabelece uma Quantidade Dietética Recomendada (RDA) que é um objetivo de ingestão diário para qua se todos (98%) indivíduos saudáveis e um "nível de ingestão máximo tolerável para adultos são" (UL), que é a quantidade máxima de um nutriente que um indivíduo saudável pode ingerir a cada dia sem o risco de efeitos adversos a saúde, sendo o principal desencadeante de processos tóxicos e alergênicos. (FRANCISCO, 2012).
8.10. Quandidade necessária – D.R.I. dos Antioxidantes Exogenos - COOPER
Entretanto, como este trabalho trata de ativistas físicos (atletas definidos no escopo), tal recomendação apontada pelo F.D.A. segundo (COOPER, 1996) se torna inadequada e serve apenas de parâmetros a ind ivíduos sedentários, não enfermos, gestantes, idosos ou convalescentes, mas que se aplicam a maior parte da população mundial. Assim, o Doutor Kenneth H. Cooper, via seu livro a
Revolução Antioxidante, diz que tais doses são insu ficientes para retardar os sinais de envelhecimento e doenças degenerativas.
Sua tese sustenta que os elementos nutricionais usados são estes já descritos pelo F.D.A. dos principais grupos de Antioxidantes conhecidos e estudados pela comunidade cientifica, porém com as seguintes doses separadas por dois grupos de usuários. Recomenda:
- Individuos que praticam exercicios com intensidade INFERIOR a 80% da capacidade cardiaca máxima prevista.
Tabela 2 – Consumo de agentes Antioxcidantes Individuos que praticam exercicios com intensidade INFERIOR a 80% da capacidade cardiaca máxima prevista.
Estas recomendações são as mesmas para indivivudos que não praticam exercicios regulares.
- Individuos que praticam exercicios com intensidade SUPERIOR a 80% da capacidade cardiaca máxima prevista.
Tabela 3 – Consumo de agentes Antioxcidantes Individuos que praticam exercicios com intensidade SUPERIOR a 80% da capacidade cardiaca máxima prevista.
Estas recomendações são as mesmas para indivivudos que pesam mais que 90 kilos. As unidades de medida para Vitamina E e Betacaroteno do Dr. Cooper são descritas em U.I. – Unidades Internacionais. Para sua conversão em Grama, usar os seguintes cálculos.
- Betacaroteno -> 1UI = 0,6 micrograma OU 0,006 miligrama
- Vitamina E -> 1UI = 1 grama
8.11. Aliemento In-natura ou Suplementos Sintéticos
A literartura divide-se sobre o que os suplementos vitamínicos podem ou não fazer pela manutenção da saude, mas são unanimes em afirmar que ingerir vitaminas e minerais por meio de pílulas não é tão eficaz como ingeri-los através dos alimentos (CLARK, 1998). Não se sabe ao certo como este mecanismo funciona, e porque é que uma fonte alimentar de certo nutiente pode ser mais benéfico ou biopotente, mas uma das teorias é a de que a Natureza fornece um conjunto de componente perfeitamente equilibrado que não é completamente reproduzível em laboratório.
Alimentação é qualquer substância, líquida ou sólida, que, quando ingerida, fornece ao organismo materiais necessários para o s eu funcionamento, crescimento ou reparação. Cada alimento é constituído por vário s elementos químicos que, combinados entre si em quantidade e variedade diferentes, caracterizam cada alimento, conferindo-lhe diferentes cores, sabores, texturas e propriedades específicas. Destas substâncias, que constituem os alimentos, as que são utilizadas pelo nosso organismo para a manutenção da saúde são chamadas de nutrientes (SADIA, 2012).
Sem dúvida, qualquer profissional dá área de saúde ira afirmar que a melhor forma de obter a saúde e manutenção de bons hábitos dentre eles a dieta equilibrada e adequada para cada fase da vida (não só idade), e que é possível sim obter todos os nutrientes necessários em quantidade e qualidade via alimentação, sem lançar mão dos usos de suplementos sintéticos (STRAND, 2002).
Os estudos de nutrologos indicam que o consumo de no mínimo cinco porções de frutas, verdura e legumes frescos por dia suprem o aporte necessário de antioxidantes. Entretanto a falta de tempo para preparar o alimento, a armazenagem inadequada, o consumo em quantidades desequilibradas, dentre outras, tornam impraticáveis tais ações, impossibilitando e dificu ltando que um atleta possa ingerir tais nutrientes nas doses recomendadas a fim de anular os efeitos deletérios caudados pelos Radicais Livres (FRANCISCO, 2012) e (MENEZES, 2011).
Desta forma, prescreve-se a utilização destes componentes nutricionais de forma sintética (manipulado em laboratório, como capsulas, tabletes, comprimidos ou outras apresentações) para completar as necessidades diárias recomendadas (COOPER, 1996) e (MENEZES, 2011).
8.12. Hipervitaminose - implicaçõe negativas e suas principais fontes
A maior parte das pessoas sedentarais ou atletas considera as vitaminas naturais e seguras, uma vez que são vendidas sem pr escrição médica, crendo que o que é bom nunca é demais (NEEANA, 2012) e (COOPER,1996).
Betacaroteno: O nosso corpo transforma-o em Vitamina A. Deverá se r evitado por fumadores, que ficam com um maior risco de cancro do pulmão se o tomarem regularmente (COOPER, 1996). Outro estudo recente conclui que altos níveis de Betacaroteno no sangue provocam um risco três vezes maior de cancro agressivo da próstata. R.D.I.: Não foi estabelecida. Pode obter-se ingerindo veg etais verdes e alaranjandos – vermelhos e amarelos.
Vitamina C: Não há provas conclusivas de que previna constipaçõ es, doenças cardíacas, cataratas ou câncro. R.D.I.: Homens: 90 mg. Mulheres: 75mg.
Tabagistas necessitam de uma dose extra de 35mg. Um copo de sumo de laranja dá-lhe quase a dose de que necessita.
Vitamina E: Doses elevadas podem fluidificar o sangue e aumentar o risco hemorragia no uso comcumitante com medicamentos para o coração, que liquidificam o sangue causando A.V.C. hemorrágico n as pessoas com tensão arterial descontrolada. Nunca foi provada que proteja o coração ou evite o câncro. R.D.I.: 15 mg. Cerca de 30 g de amêndoas torradas equivalem a quase metade da dose diária necessária.
Selênio Mineral: Sendo que a maioria das pessoas obtém este mineral residual na sua dieta normal, um estudo recente sugere que doses suplementares em pílula podem aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo dois. O Selênio é tóxico em grandes concentrações. Normalmente, o organismo excreta o excesso via na urina. Quando, porém, usa-se durante longo período de tempo grandes doses, proliferam efeitos indesejados como: alopecia, danos hepáticos, distúrbios nervosos e insuficiência cardíaca. R.D.I.: 55 mcg. Uma porção de atum ou de amêndoas, ou três Castanhas do Pará garantem-na.
9. ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO – ANEXO A
Este trabalho lançou em campo um questionario (Anexo A) a dez profissionais (divididos iguamente entre masculinos e femininos) da educação física atuantes nas
área de ginastica, que ministram aulas ativamente ( participando das aulas, executando-as junto com o alunado) por mais de seis horas/dia, da academia BioRithmo unidade Centro de São Paulo/SP. Tais prof essores, pelo objeto de sua profissão estão sujeitos a maiores desgastes e prod ução exacerbada de Radicais
Livre de Oxigenio.
Tal análise apontou que 80% dos entrevistados não c onhecem com determinada profundidade os efetios nocivos e deletérios da produção de R.O.L excedente decorrente atividades efetivadas em aula.
Já 60% dizem ter boa alimentação, condizente com os padrões sugeridos, mas que fazem usos de suplementos vitamínicos, sem contudo saber o real motivos. Seria afirmar, o fazem por modismo.
Nenhum dos professores sugere, comenta, indica ou aponta a seus alunos o uso de qualquer tipo de Antioxidante.
Nenhum dos professores apontou a diferença entre Complemento e Suplemento vitaminico, bem como quais os R.D.I para cada necessidade e biotipo, tampouco que atividades fisicas excessivas produzem Estresse Oxidativos ou como combate-los.
Seria interessante dar contunidade neste estudo, medindo-se a quantidade de R.L. produzidos durante uma aula de intenssa e exasutiva atividade física, como : bicilceta, jump e corrida. Dái poderiamos conlcuir o quanto um professor está “envenlhecendo celularmente” por cada hora de aula dada.
Por fim, poderiamos colcluir que está profissão de ”Educador Físico” de academia para aulas de ginastica, é insalubre e até certo ponto acelera sua aposentadoria como profissional.
10. CONSIDERAÇÕES FINAS
Concluiu-se que os professores atuantes e praticantes de atividade física entrevistados não possuem informações suficientes s obre os mecanismos de ação dos antioxidantes na prevenção de doenças crônicas e envelhecimento precoce acelerados pela prática desportiva.
As professoras demonstraram o maior interesse no consumo dos agentes antioxidantes, principalmente no consumo de Vitamina C, Vitamina E, Betacaroteno, talvez pela sua atuação estética (produção de colág eno). E apenas um professor demonstrou ser regular com uma alimentação qualitativa em relação a agentes antioxidantes.
A pesquisa deixou clara a necessidade de informar às pessoas que realizam atividade física sobre a importância da alimentação variada e equilibrada, condizente com seu biótipo e função da atividade esportiva exercida, para que os alimentos antioxidantes façam parte dos seus hábitos diários, e quando não atingirem os patamares necessários mínimos diários, lançarem uso de suplementos sintéticos prescritos formalmente por um profissional da saúde . Esta foi motivação do Dr.Cooper em iniciar seus trabalhos com atletas que estavam desenvolvendo precocemente doenças degenerativas típicas de selenidade (COOPER, 1996).
Considerando que a nutrição é a base sobre a qual se desenvolvem todos os processos fisiológicos e patológicos e, que nenhumfenômeno orgânico normal ou anormal ocorre sem que haja um componente nutricional envolvido e ainda que o papel primordial da nutrição seja o da promoção, manutenção e recuperação da saúde torna-se necessário investir mais em ações de educação alimentar e nutricional como suporte e estratégia para a garantia da construção de uma vida longa com maior qualidade, em um contexto de adversidades. Há que se levar principalmente aos desportistas o esclarecimento, através do nutricionista, que é um educador capacitado a dar esclarecimentos e assistê ncia à população, carente de serviços de prevenção e orientação. Após a doença se instalar, o profissional chama-se médico. Isto é cultural, trabalhamos mais com a correção do que com a prevenção.
Altos níveis de antioxidantes, particularmente a Vitamina C, E, Betacaroteno e mineral Selênio, podem desempenhar um papel prevent ivo vital em indivíduos que praticam atividades físicas a fim de antagonizar o efeito dos radicais livres que são formados durante o exercício (WILLIAMS, 2002), (CLARK, 1998) e (COO1996).
Desta maneira, o consumo regular de determinados minerais e vitaminas são indispensáveis para o funcionamento do sistema anti oxidante do organismo, principalmente em casos de estresse físico (COOPER, 1996).
Como visto os Radicais Livres existem e são necessá rios para a manutenção dos sistemas de defesa imunológicos e por consequência para a vida. A natureza é sábia, e produz o necessário para a adequação e sob revivência humana, mas quando o homem passa tais limites, paga o preço com a própria vida (BIANCHI,1999).
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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ATKINS, R.C. Dr. Atkins. A revolucionária dieta antienvelhecimento: como uma alimentação adequada pode ajudar a manter a juventu de. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
BALLONE GJ, Moura EC. Melatonina - PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br. Visto em Janeiro/2013.
BAYER. As vitaminas são fundamentais para ti . Internet. Disponível em http://www.vitaminas.bayer.pt/scripts/pages/pt/vitaminas/vitamina_a/index.php. Visto em Dezembro/2012.
BIANCHI, M.L. Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Rev. Nutr., Campinas, 1999, v.12, n. 2, p. 123-130.
BOARS, Food and Nutrition apud FRANSCISCO 2012. Ingestão Dietética de
Referência ou DRI para Vitamina C, E, Selênio e Carotenoides de 2000.
CLARK, N. Guia de nutrição desportiva: alimentação para uma v ida ativa. Porto Alegre: Artmed, 1998.
COOPER, Kenneth H. Discovey Health, Revolução Antioxidante . Record, 1996.
FANHANI, Ana Paula Gerin. Ferreira, Márcia Pires. Agentes antioxidantes: seu papel na nutrição e saúde dos atletas. SaBios-Rev. Saúde e Biologia. Campo
Mourão, v. 1, n. 2, p. 33-41, jul./ dez., 2006. Dis ponível em http://www.revista.grupointegrado.br/sabios. Visto em Novembro/2012.
FRANCSISO, Portal São. Antioxidantes. Internet, disponível em http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/antioxidantes. Visto em Novembro/2012.
HALLIWELL, B; GUTTERIDGE, J., M. Free Radicals in Biology and Medicine, 4ª ed., Oxford University Press, 2007.
MENEZES, David. Nutrição Celular . Palestra Herbalife. São Paulo. 2011.
MERCADANTE, A.Z.;BOBBIO,F.O.; BOBBIO,P.A.; PEREIRA,J.L.; PASTORI,G.M. Ciência de Alimentos - Avanços e Perspectivas . v. 2. p.174-176 UNICAMP- Faculdade de Engenharia de Alimentos. Campinas, 2001.
NEENA, Samuel. O Mito das Vitaminas. Seleções Reader Digest. Internet, disponível em http://www.seleccoes.pt/o_mito_das_vitaminas. Visto em Dezembro/2012.
STRAND, R. Day, O que seu médico não sabe sobre medicina nutricional pode estar matando você .Makron Books. 2002.
SADIA. Vida Saudável. Internet, disponível em http://www.sadia.com.br/vida-saudavel. Visto em Novembro/2012.
VALLE, Márcia Pilla do. Atletas de Alto Rendimento: identidades em construção.
Dissertação de Mestrado em psicologia social e da personalidade. Porto Alegre. 2003.
WILLIAMS, M. H. Nutrição para saúde, condicionamento físico e desem penho esportivo. São Paulo: Manole, 2002.
12. ANEXO A
Trabalho de Pesquisa Academia em Nutrição Bio-Celul ar. Sobre o uso de suplementos Antioxidantes para professores não atle tas de Educação Física e modalidades desportivas. RICARDO CAPOZZI – rackster@ig.com.br
AVM FACULDADE INTEGRADA - Consumo de agentes antioxidantes por indivíduos praticantes de atividade física.
Idade(ANOS) Sexo(M/F) Possui CREF(S/N)
Tempo de Atuação como professor de Educação Física, Ginásticas ou afins (ANOS).
É professor de Ed. Física como profissão principal? (S/N)
Tempo aproximado de horas/aulas dadas por dia? (HORAS)
Costuma fazer/acompanhar as aulas dadas com o alunado ou só da voz de comando? (S/N)
Faz uso de alguma substância estimulante pré- aula ou pré-treino? (S/N) Faz uso de alguma substância recuperadora pós -aula ou pós-treino? (S/N)
==============================================================
Para os termos abaixo responda variando os valores de 1 – 5 para:
1-Desconheço/Ignoro 2-Me soa familiar 3-Conheço 4-Entendo 5-Entendo com bastante propriedade
Radial Livre Peroxidação Lipídica Estresse Oxidativo ou Oxidante Sabe em que condições o Organismo produz Radicais Livres ou ROS?
Enzimas Metabólicas Endógenas (Antioxidantes)
SOD (Superóxido Dismutase) Catalase Glutationa Sabe em que condições o Sistema Imunológico as fabrica?
Conhece a Relação: Atividade Física/Oxidação Celular?
Que doenças degenerativas são oriundas da produção excessiva R.L?
Segundo a OMS, há também fatores Exógenos produtores nocivos de Radicais
Livres. Os seguintes HÁBITOS geradores são: ( Hábito é algo que faz parte de nosso dia-a-dia ou costume): Tabagismo, Etilismo, Radiações Diversas
(UVA/UVB, Eletromagnéticas), Ambientais, Vacinas, Fármacos, Nutricionais (excessos de Lipídios e Glicídios), Narcóticos, Psíquicos e; Físico (excesso de atividade física/esportiva). Este último ( atividade física/esportiva) é de seu conhecimento?
Sabe o que são Antioxidantes e sua função no organi smo?
Faz uso regular e continuo de alimentos com propriedades Antioxidantes?
Ingeri até seis vezes na semana cinco porções diári as de frutas, verduras e legumes orgânicos?
Faz uso regular de SUPLEMENTOS Antioxidantes? Faz uso regular de COMPLEMENTOS Antioxidantes?
Sabe os valores IDR (recomendações de quantidades diárias) para o uso de Antioxidantes para o seu Biótipo e os adequa em suas refeições?
Seu uso pode causar intoxicação e levar a evolução de doenças degenerativas?
Faz uso de algum antioxidante?(S/N)
Vit. A (Retinol)
Carotenoides (Betacaroteno) Vit. C (Ácido Ascórbico / Cítrico) Vit. E (Tocoferóis)
Selênio Mineral Licopeno
Coenzima Q10 ou Ubiquinona
Substâncias Fitoquímicas – Polifenóis (Resveratrol) Melatonina
Você indica/sugeri a seus alunos o uso de Antioxida ntes Sintéticos (suplementos vendidos em Farmácias/lojas de Nutrição Esportiva? (S/N)
CAPOZZI, Ricardo Andrian. Consumo de agentes antioxidantes por indivíduos praticantes de atividade física. 2012. Número total de páginas 39. Monografia Especialização em Nutrição Esportiva, AVM Faculdade, São Paulo, 2012.
Publicado por: RICARDO ANDRIAN CAPOZZI
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