Uma proposta de automação residencial utilizando a plataforma de prototipagem eletrônica Arduino
índice
- 1. RESUMO
- 2. INTRODUÇÃO
- 2.1 Problematização
- 2.2 Objetivo geral
- 2.3 Objetivos específicos
- 2.4 Justificativa
- 2.5 Resultado esperado
- 2.6 Estrutura do trabalho
- 3. REVISÃO DE LITERATURA
- 3.1 História da Domótica
- 3.2 Desafios da Domótica
- 3.3 Características de sistemas de domótica
- 3.4 Benefícios proporcionados por sistemas de domótica
- 3.5 Mercado da domótica
- 3.6 Sistemas Comercializados
- 3.6.1 IHouse
- 3.6.2 GDS Automação
- 3.6.3 Simplifies
- 4. COMPONENTES FÍSICOS DO PROTÓTIPO
- 4.1 Plataforma Arduino
- 4.1.1 O que é o Arduino?
- 4.1.2 História do Arduino
- 4.1.3 Ambiente de Desenvolvimento
- 4.1.4 Bibliotecas
-
4.1.5
Arduino Mega -
4.2
Módulo Ethernet W5100 -
4.3
Servo motor -
4.4
Câmera IP -
5.
TECNOLOGIAS PARA DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA WEB -
5.1
PHP -
5.1.1
História do PHP -
5.1.2
Vantagens da PHP -
5.2
Apache -
5.3
MySQL -
5.3.1
PHPMyadmin -
6.
DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO -
6.1
O que muda ao Automatizar uma residência? -
6.2
Desenvolvimento da maquete -
6.3
Desenvolvimento da página Web -
7.
CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS -
8.
REFERÊNCIAS
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1. RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de automação residencial, utilizando a plataforma de prototipagem eletrônica open-source Arduino. Ele apresenta um projeto para controle de iluminação, abertura e fechamento de portas, controle de alarmes e de câmera de segurança de uma residência fictícia.
O protótipo desenvolvido utiliza uma placa “Arduino Mega”, um módulo Ethernet, que será o responsável por prover conexão com a Internet ao Arduino, um servidor web Apache, que possui a função de disponibilizar as páginas do sistema web, o banco de dados MySQL, um dispositivo com acesso à internet e uma maquete residencial para a representação da casa modelo.
Por intermédio da aplicação web, desenvolvida através da linguagem PHP, o usuário irá escolher o comando que deseja executar que, enviados ao Microprocessador Arduino, executará a ação determinada.
Palavras chave: Arduino. Automação Residencial.
ABSTRACT
This paper aims to present a proposal for home automation using the platform open-source Arduino electronics prototyping. It presents a design for lighting control, opening and closing doors, alarm control and security camera of a fictitious residence.
The prototype uses a board "Arduino Mega", an Ethernet module, which is responsible for providing Internet connection to Arduino, an Apache web server, which has the function of providing the web pages of the system, the MySQL database a device with internet access and a residential model for the representation of the model home.
Through the web application, developed by the PHP language, the user will choose the command you want to run that sent the Arduino microprocessor, perform the given action.
Keywords: Arduino. Home Automation.
2. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos verifica-se que a automação está cada vez mais presente em ambientes domiciliares, proporcionando maior comodidade, segurança e confiabilidade. Isso consequentemente levou ao surgimento de uma nova área da automação, a domótica. A domótica é uma tecnologia recente, em que um sistema integrado é capaz de controlar a temperatura, luminosidade, nível de som, sistemas de segurança, entre outros, por meio de uma central de controle (BOLZANI, 2004).
A área de conhecimento se mostra propícia para atuação de um profissional de TI e revela alto potencial empreendedorístico.
Normalmente uma nova tecnologia possui custo mais elevado. Neste sentido diversas empresas buscam minimizar esse impacto sobre seus produtos através do uso de tecnologias open source, cujas licenças são distribuídas de forma gratuita. Este é o caso da plataforma de prototipagem eletrônica Arduino.
Assim, o objetivo deste trabalho é desenvolver um sistema de automação residencial baseado nesta plataforma.
2.1. Problematização
Por se tratar de uma tecnologia nova e pouco difundida, os sistemas de automação residencial de grandes empresas do ramo, tendem a possuir um alto custo de implementação. De acordo com a AURESIDE – Associação Brasileira de Automação Residencial – o custo de um sistema como o proposto representa 5% do valor de um imóvel (LANG, 2012), o que limita este mercado a pessoas com maior poder aquisitivo, tornando-se inatingível para boa parcela da população.
Verificou-se, assim, a oportunidade de realizar uma pesquisa e desenvolver um protótipo para conhecer, analisar e avaliar a possibilidade de se ter um sistema de automação residencial utilizando o Arduino, que, por se tratar de uma plataforma open source, poderia reduzir o custo de tal sistema.
2.2. Objetivo geral
O objetivo deste trabalho é desenvolver um sistema de automação residencial com algumas funções básicas baseado na plataforma de prototipagem eletrônica Arduino.
2.3. Objetivos específicos
- Identificar as potencialidades do Arduino para a automação residencial;
- Identificar os principais modelos e possibilidades de automação residencial;
- Desenvolver uma aplicação em PHP para acesso ao sistema;
- Desenvolver a programação da plataforma de prototipagem eletrônica Arduino;
- Construir uma maquete que represente uma residência automatizada.
2.4. Justificativa
O desenvolvimento desse trabalho justifica-se pela identificação de um novo nicho do mercado de automação residencial. Como já citado, os sistemas já existentes, possuem alto valor econômico, portanto deseja-se verificar se possível prover sistemas de automação através da plataforma Arduino, o que poderia reduzir este custo.
Outro fator relevante é o conhecimento que se pode agregar sobre a plataforma de prototipagem eletrônica Arduino, frequentemente utilizada em inúmeros projetos, das formas mais variadas.
2.5. Resultado esperado
Demonstrar como é possível desenvolver um sistema de automação, baseado na plataforma de código livre Arduino, capaz de prover segurança, praticidade e conforto para moradores de uma residência automatizada.
2.6. Estrutura do trabalho
Além deste capítulo introdutório essa monografia está estruturada em mais 5 capítulos, que estão dispostos da seguinte forma:
Capítulo 2 – Revisão de Literatura – Será apresentado a definição de alguns conceitos relacionado ao tema domótica.
Capítulo 3 – Componentes Físicos do Protótipo – Será apresentado os componentes físicos utilizados para a construção do protótipo.
Capítulo 4 – Tecnologias para Desenvolvimento do Sistema Web – Apresentará as ferramentas de desenvolvimento utilizadas para construção das páginas Web.
Capítulo 5 – Desenvolvimento do Protótipo – apresentar o que foi desenvolvido.
Capítulo 6 – Conclusão e trabalhos futuros – Trata-se da conclusão do projeto, e uma análise de quais melhorias podem ser aplicadas para a construção de um futuro protótipo ou até mesmo para a construção de um sistema comercial.
3. REVISÃO DE LITERATURA
O termo domótica deriva da junção da palavra em latim domus, que significa casa e a palavra robótica, ou seja, domótica torna possível controlar de forma automática uma residência. (FERREIRA, 2008).
O conceito de domótica segundo Bolzani:
É a ciência moderna de engenharia das instalações em sistemas prediais. A Domótica é uma ciência multidisciplinar que estuda a relação entre homem e casa. A imersão de pessoas em ambientes computacionalmente ativos revelou a necessidade do uso de técnicas mais sutis que gerenciassem a complexidade e o dinamismo das interações dos moderadores com o ambiente residencial saturado de diminutos dispositivos eletrônicos interligados a rede. (BOLZANI, 2010, p. 31).
A automação residencial, assim como a predial, é derivada da automação industrial, porém, com tecnologias adequadas para a realidade de uma residência, onde na maioria das vezes não há espaço suficiente para grandes centrais de controle e pesados sistemas de cabeamento (SENA, 2005).
3.1. História da Domótica
Segundo Moya e Tejedo (2010), a origem da domótica remete-se aos anos 70, quando surgiram os primeiros dispositivos de automação de edifícios, baseados na tecnologia X-10. O X-10 é um protocolo que permite controlar dispositivos em uma rede elétrica já existente, evitando a necessidade de novos cabeamentos.
É um sistema de fácil instalação, mas bastante instável, uma vez os componentes podem vir a falhar, ou até mesmo estragar devido à falta de energia ou até mesmo por descargas eletromagnéticas.
Nos anos 80, com o advento da computação pessoal, surgiram interfaces gráficas e operações muito mais simples que as já existentes, o que levou ao surgimento de novas possibilidades de automação residencial.
Mas foi no final da década de 90 que uma vasta gama de novidades surgiu, incorporadas com os telefones celulares e a web.
Atualmente a domótica utiliza esses novos recursos de forma integrada, como por exemplo, em sistemas de controle e monitoramento móvel, através de celulares, tablets, ou via web (OLIVEIRA, 2012).
A Figura 1 ilustra a evolução da domótica.
Figura 1 – História da Domótica
Fonte: AURESIDE, 2013
3.2. Desafios da Domótica
A próxima grande disputa das empresas de tecnologia será pela automação residencial, um mercado que deve movimentar 250 bilhões de dólares nos Estados Unidos nos próximos sete anos, e 1 trilhão de dólares em todo o mundo no mesmo período. Gigantes como Intel, Motorola, Microsoft e Cisco estão, neste momento, empenhados em criar a casa do futuro. Mas o maior problema é exatamente este: até agora, ninguém sabe o que ela precisa ter para agradar aos consumidores (EXAME 2005).
De acordo com pesquisas da Associação Brasileira de Automação Residencial, a busca por soluções de automação está em diferentes estágios nas regiões do Brasil. Em São Paulo, por exemplo, os interessados já não são mais os entusiastas ou visionários, mas também os pragmáticos e cidadãos comuns de classe média (TURUEL, 2008).
Para um produto ser mantido no mercado ele precisa de um número significativo de compradores, que seria atingido quando uma maioria inicial começasse a adquiri-lo, pois se isso não ocorre, o produto acaba caindo no esquecimento. O gráfico abaixo ilustra como é a curva de adoção de novas tecnologias.
Figura 2 - Ciclo de Adoção de Novos Produtos Pelos Consumidores
Fonte: GRANDO, 2013
A domótica já está deixando para trás esse abismo que existe entre consumidores visionários e pragmáticos.
No entanto, um dos grandes desafios que podem ser encontrados para o desenvolvimento da automação residencial, é a resistência dos próprios arquitetos e engenheiros eletricistas, seja por falta de conhecimento, por medo de novas tecnologias ou por necessidade da mudança da forma de trabalhar.
3.3. Características de sistemas de domótica
No mercado já existem diversas opções de sistemas de domótica, alguns mais simples que executam funções básicas como, por exemplo, controle de iluminação e controle de portas e portões, outros já permitem controlar até mesmo persianas, sons ambientes, temperatura da água da piscina e da banheira, entre outras diversas funcionalidades.
Entretanto, segundo a AURESIDE, algumas características são essenciais a qualquer sistema, como por exemplo:
a) Capacidade de integrar todos os sistemas: os sistemas devem ser interligados através de uma rede, e permitir controle através de uma única interface;
b) Atuação em condições variadas: o sistema deve ser capaz de atuar em condições adversas, como interrupções de energia, climas diversificados entre outros;
c) Fácil relação com o usuário: os usuários muitas vezes não compreendem programações complexas, portanto, deve haver um sistema com interface intuitiva;
d) Monitoramento: o monitoramento desse tipo de sistema é algo crítico, portanto devem ser realizadas auditorias com determinada frequência, e sempre observar relatórios de controle.
3.4. Benefícios proporcionados por sistemas de domótica
Os benefícios que podem ser observados imediatamente pelos moradores de uma casa automatizada são:
a) Economia de energia: a energia é utilizada somente quando necessário, pois o controle da intensidade de iluminação, sensores de presença, controle da temperatura ambiente, elimina gastos desnecessários;
b) Conforto: ajuste de temperatura de piscinas, filtros de ar, ar condicionado, entre outros equipamentos através de uma única interface;
c) Conveniência: a temperatura do ambiente pode ser controlada mesmo antes da chegada dos moradores, lâmpadas e portões podem ser controlados de qualquer local;
d) Acessibilidade: sistemas de automação com dispositivos touch pad e com reconhecimento de voz, proporcionam a portadores de necessidades especiais, a possibilidade de controlar o ambiente que estão, seja ascendendo uma lâmpada, controlando luminárias, televisores, portas, entre outros, devolvendo ao indivíduo sua independência;
e) Segurança: a possibilidade de controle de luminosidade, ar condicionado, televisores e outros dispositivos, podem fazer que a residência pareça sempre ocupada.
Câmeras de monitoramento podem ser acessadas de qualquer local, o que permite que a casa esteja sempre monitorada, um exemplo citado por LAGUÁRDIA, foi o caso do empresário Ronan Soares. O empresário estava na cidade de Colônia, na Alemanha, ao verificar a câmera de monitoramento de sua residência, percebeu que havia ladrões invadindo o local, rapidamente avisou a esposa que estava no Brasil, que praticamente no mesmo instante acionou a polícia.
3.5. Mercado da domótica
A automação residencial, ou domótica, como também é conhecida, está em uma fase de muito crescimento no Brasil, nos últimos quatro anos o serviço cresceu 300%, e já existem 25 empresas do setor no país (AURESIDE).
Dados da Associação Brasileira de Automação Residencial revelam que 300 mil residências do Brasil possuem algum tipo de automação, e este número pode vir a crescer muito mais, pois de acordo com pesquisa realizada pela associação, 78% dos brasileiros possuem interesse nesse serviço, um número maior que a média mundial, 66%.
Segundo a AURESIDE em 2012 o segmento faturou R$ 4 bilhões e pode crescer mais de 30% até o fim desse ano.
3.6. Sistemas Comercializados
Realizou-se uma pesquisa de sistemas de domótica que estão disponíveis para comercialização no Brasil, observou-se que em todos o principal objeto de automação é sistema de iluminação, como se pode verificar nos sub tópicos a seguir.
3.6.1. IHouse
É um sistema que promete realizar a automação residencial sem obras ou mudanças na infraestrutura da residência.
Proporciona o controle da iluminação, com graduação entre 0 e 100%, comando de ar condicionado, persianas e ajuste de fluxo e temperatura da água para banho.
Não proporciona acesso fora da residência, uma vez que o controle e programação se dão somente através do painel do Wallpad (um controle que se comunica através de sinal wireless com os módulos instalados) abaixo ilustrado.
Figura 3 – Walpad IHouse
Fonte: IHOUSE, 2013
3.6.2. GDS Automação
Sistema de automação residencial que proporciona o controle de iluminação, som, home theater, ar condicionado e sistemas de irrigação de jardins, através de tablets ou celulares.
O projeto é desenvolvido de acordo com o desejo e a necessidade do cliente, sendo a interface personalizável para cada projeto. Abaixo a ilustração da tela de controle de uma sala.
Figura 4 – Controle de sala GDS Automação
Fonte: GDS, 2013
3.6.3. Simplifies
Sistema desenvolvido pelo grupo QualiHouse Automação Predial, composto por módulos de automação, servidor Web, sensores, atuadores, câmeras e ativos de rede, que podem ser switches, roteadores, etc.
É um sistema que permite ao cliente automatizar sua residência aos poucos, uma vez que são instalados módulos independentes em cada local. Esses módulos realizam a interface entre o sistema executado no servidor e os sensores e atuadores instalados.
O usuário tem possibilidade de ligar/desligar lâmpadas, abrir portas, monitorar sensores, agendar eventos, visualizar câmeras, controlar música ambiente entre outras funcionalidades, através de qualquer dispositivo com acesso à Internet.
4. COMPONENTES FÍSICOS DO PROTÓTIPO
Para a construção protótipo de automação residencial, que será descrito no capítulo cinco, foram utilizados diversos componentes físicos, cujo principal deles é o Arduino.
O módulo Ethernet também possui função significativa, uma vez que será ele que irá prover a conexão do Arduino com a Internet.
Para melhor compreender a integração de todos esses componentes, é necessário saber como se dá o funcionamento do protótipo.
Primeiramente, o usuário enviará o comando que deseja executar, como ascender ou apagar uma lâmpada, abrir o portão ou verificar as imagens da câmera de segurança, através da página desenvolvida em PHP. Essas informações serão recebidas pelo roteador, se a opção do usuário foi verificar a câmera, será direcionado diretamente para a página com as imagens, se a opção foi ascender/apagar ou abrir/fechar o portão, o comando será enviado para o Arduino, que por sua vez irá processar as informações e realizar a interface com as lâmpadas e o servomotor.
A figura a seguir ilustra a interação entre esses componentes do sistema.
Figura 5 – Interação entre componentes do sistema
Fonte: Adaptado pela autora
4.1. Plataforma Arduino
Para trabalhar como o “cérebro” do projeto, foi escolhida a plataforma de prototipagem eletrônica Arduino, devido ao fato de ser uma placa robusta, de baixo custo e com linguagem de programação de fácil aprendizagem.
A seguir, será apresentado sua e história e como consiste seu funcionamento.
4.1.1. O que é o Arduino?
Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica de código aberto, ou seja, qualquer pessoa no mundo pode ter acesso à seu código, sem pagar por isso. É baseado em uma simples placa de entrada e saída e um ambiente de desenvolvimento.
O Arduino é formado por um micro controlador Atmel AVR, com entradas e saídas analógicas e digitais, interligados em uma placa de prototipagem (OLIVEIRA, 2012).
A plataforma possui seu próprio ambiente de desenvolvimento com linguagem de programação baseada em C/C++.
4.1.2. História do Arduino
O Arduino é um projeto iniciado em 2005, na cidade de Ivre, na Itália, pelo professor Massimo Banzi. Este professor queria ensinar eletrônica e programação de computadores para seus alunos do curso de design, porém encontrava muita dificuldade, uma vez que não eram alunos da área de programação ou eletrônica, e devido à inexistência de placas robustas e de baixo custo no mercado.
Pensando nestes problemas, Massimo Banzi e o engenheiro eletrônico David Cuartielles decidiram projetar sua própria placa, juntamente com a ajuda de um aluno de Massimo, David Mellis, que ficou responsável por desenvolver a linguagem de programação da plataforma.
Gianluca Martino foi o responsável por criar o protótipo comercial para fabricação em grande escala. A princípio foram fabricadas somente duzentas placas, vendidas a escolas com o lucro de cerca de um euro por cada. Meses depois, a empresa americana Sparkfun, decidiu comercializar o projeto, começando com 20 placas, em 2010 estima-se que foram vendidas 40.000.
Assim iniciou a história do Arduino, que atualmente é utilizado no mundo inteiro, nos mais diversos tipos de projetos.
4.1.3. Ambiente de Desenvolvimento
O ambiente de desenvolvimento consiste em um software gratuito, onde será escrito a sequência de instruções que serão interpretadas pelo Arduino.
Ele se conecta ao hardware para realizar a comunicação e carregar o código desenvolvido.
Os códigos escritos neste ambiente de desenvolvimento são chamados de Sketches, que são salvos a extensão .INO.
Quando se inicia a IDE (Integrated Development Environment) encontra-se a área para escrever o software, a barra de ferramentas, o console de textos, que exibe uma lista completa de erros no código e o resultado das instruções enviadas ao Arduino, e os seguintes botões:
a) Verify: verifica prováveis erros no código;
b) Upload: compila o código e carrega para a placa;
c) New: cria um novo esboço;
d) Open: apresenta um menu de vários códigos prontos;
e) Save: salva o skecth;
Há também alguns comandos adicionais oferecidos para facilitar o desenvolvimento, como por exemplo: Copy for fórum, encontrado dentro do menu editar, que torna possível copiar o código para postar em fóruns, Copy as HTML, oferece opção de copiar como HTML para inserir em páginas Web, Import Library, que adiciona uma biblioteca ao projeto, Examples, onde encontra-se diversos exemplos de código prontos, entre outras opções que tornam essa ferramenta muito simples de trabalhar.
Figura 6 – Ambiente de desenvolvimento do Arduino
Fonte: Adaptado pela autora
4.1.4. Bibliotecas
As bibliotecas são conjuntos de códigos disponibilizados pela desenvolvedora do projeto Arduino, que têm por objetivo facilitar a comunicação com os componentes acoplados à placa.
Existem diversas bibliotecas disponíveis, algumas são internas, como por exemplo: Servo e Ethernet, que foram utilizadas no desenvolvimento do projeto de automação residencial, outras são disponibilizadas para download e podem ser instaladas muito facilmente.
Abaixo exemplo de como adiciona-se uma biblioteca ao código:
#include <Ethernet.h>
#include
Biblioteca SPI
b) MOSI (Master Out Slave In) - Dados do Master para Slave;
c) SCK (Serial Clock) - Clock de sincronização para transmissão de dados entre o Master e Slave;
d) Hardware SS (Slave Select) - Seleciona qual Slave receberá os dados.
Figura 7 – Comunicação SPI
Fonte: COMUNICAÇÂO SPI, 2013
Figura 8 – Pinos utilizados para comunicação SPI
Fonte: ARDUINO, 2013
Figura 9 - Trecho de código chamada da biblioteca Ethernet
Fonte: Adaptado pela autora
Figura 10 – Trecho de código utilizando biblioteca Servo
Fonte: Adaptado pela autora
Figura 11 – Pino onde o servomotor é conectado
Fonte: Adaptado pela autora
Figura 12 – Utilização do comando Write
Fonte: Adaptado pela autora
4.1.5. Arduino Mega
Figura 13 – Arduino Mega
Fonte: ARDUINO, 2013
Fonte: ARDUINO 2013
Figura 14 – Pinos Arduino
Fonte: Adaptado pela autora
Fonte: PIGHIXXX, 2013
4.2. Módulo Ethernet W5100
Fonte: ARDUINO, 2013
Figura 16 – Módulo Ethernet
Fonte: Fotos da autora
Fonte: Adaptado pela autora
4.3. Servo motor
b) Potenciômetro: monitora a posição do servo motor;
c) Motor: movimenta as engrenagens.
d) Engrenagens: Movimentam o potenciômetro e reduzem a rotação do motor.
Figura 18 – Princípio de funcionamento de um servo motor
Fonte: JÚNIOR; SIQUEIRA
4.4. Câmera IP
5. TECNOLOGIAS PARA DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA WEB
Figura 19 – Funcionamento PHP, servidor Web e banco de dados
Fonte: adaptado pela autora
5.1. PHP
5.1.1. História do PHP
5.1.2. Vantagens da PHP
b) Maior comunidade da web – linguagem mais popular, possui diversos fóruns de discursão, onde programadores frequentemente compartilham seus conhecimentos;
c) Utilização gratuita;
d) Multiplataforma;
e) Possibilita utilização dos maiores e mais utilizados banco de dados, como Adabas, MySQL, Oracle, entre outros;
f) Interface de desenvolvimento simples.
5.2. Apache
Fonte: NETCRAFT, 2013
5.3. MySQL
5.3.1. PHPMyadmin
Figura 20 – Página inicial do PHPMyadmin
Fonte: Adaptado pela autora
b) Suporte para a maioria dos recursos do MySQL;
c) Proporciona importação de dados de CSV ou SQL;
d) Proporciona exportação de dados para diversos formatos, como CSV, SQL, XML, PDF, ISO e outros;
e) Administração de diversos servidores, entre outras vantagens.
6. DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO
6.1. O que muda ao Automatizar uma residência?
Figura 21 – Ligação de lâmpada sem automação
Fonte: TURUEL, 2008
Figura 22 – Ligação de uma lâmpada ao quadro elétrico com quadro de automação
Fonte: TURUEL, 2008
6.2. Desenvolvimento da maquete
Figura 23 – Planta da maquete
Fonte: Adaptado pela autora
6.3. Desenvolvimento da página Web
Figura 24 – Sistema sendo acessado através de um smartphone
Fonte: Fotos da autora
6.3.1. Página inicial
Figura 25 – Página Principal Domus Automação Residencial
Fonte: Adaptado pela autora
6.3.2. Página de gerenciamento de usuários
Figura 26 – Página de gerenciamento de usuários
Fonte: Adaptado pela autora
6.3.3. Página de controle do sistema
Figura 27 – Função socket_connect
Fonte: Adaptado pela autora
Fonte: Adaptado pela autora
Figura 29 – Tela de Controle do sistema
Fonte: Adaptado pela autora
Figura 30 – Código mensagens enviadas pela página PHP
Fonte: Adaptado pela autora
Figura 31 – Vetor declarado no código fonte do Arduino
Fonte: Adaptado pela autora
Figura 32 – Comando enviado pela página PHP para abrir portão
Fonte: Adaptado pela autora
Fonte: Adaptado pela autora
Figura 34 – Programação servo motor
Fonte: Adaptado pela autora
6.3.4. Página de visualização de imagens da câmera
Figura 35 – Página de visualização de imagens
Fonte: Adaptado pela autora
7. CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS
7.1. Trabalhos futuros
Melhoria da interface do sistema Web, tornando-a mais amigável e intuitiva; Automação de outros dispositivos e componentes de uma residência, como sistema de climatização, cortinas e persianas, sons ambientes, temperatura do banho, irrigação de jardins, entre outros; Adição de uma tecnologia que seja capaz de prover controle através de comandos de voz; Adição de novas funcionalidades, como o envio de mensagens ao celular do proprietário caso ocorra alguma situação pré-configurada; e Tornar o protótipo um sistema comercializável.
8. REFERÊNCIAS
Publicado por: Letícia Thaís da Silva
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.