PATOLOGIAS RESPIRATÓRIAS PROVOCADAS PELA EXPOSIÇÃO A HIDROCARBONETOS

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1. RESUMO

Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) são grandes poluidores do meio ambiente e podem provocar graves complicações respiratórias em indivíduos expostos. São obtidos através da queima incompleta da matéria orgânica, como no refino do petróleo. No presente trabalho, destacam-se as principais patologias provocadas pelos HPAS. Esta pesquisa bibliográfica foi fundamentada, principalmente através de artigos científicos sobre o tema, publicações literárias do Scielo, do Ministério da Saúde e livros disponíveis em formato digital ou impressos. Atualmente, as doenças respiratórias são responsáveis por inúmeras mortes e este número tendem a aumentar quando ocorre exposição a fatores contaminantes, seja pelo ar, solo e água. Dentre as patologias podemos citar as bronquites, pneumonias, e o enfisema pulmonar. Desta forma, podemos confirmar que a sua exposição prolongada causa importantes alterações fisiológicas nos indivíduos e que acarretam danos significativos à saúde humana.

Palavras-chave: Hidrocarbonetos, Doenças Respiratórias, Pneumonia, Petróleo, Poluição.

ABSTRACT

Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (HPAs) are major polluters of the environment and can cause serious respiratory complications in individuals exposed. Are obtained by incomplete burning of organic matter, as in oil refining. In this paper, we highlight the main pathologies caused by HPAs. This literature search was based, mainly through scientific studies on the topic, literary publications Scielo articles, Ministry of Health and books available in digital or printed format. Currently, respiratory diseases are responsible for countless deaths and this number tends to increase when exposure occurs contaminants factors, whether by air, land and water. Among the pathologies, we mention bronchitis, pneumonia, and pulmonary emphysema. Thus, we can confirm that prolonged exposure causes significant physiological changes in individuals and cause significant damage to human health.

Keywords: Hydrocarbon, Respiratory Diseases, Pneumonitis, Oil, Pollution.

2. INTRODUÇÃO

O presente interesse em estudar os hidrocarbonetos foi intensificado pelo grande índice de pessoas que moram próximo as refinarias e sofrem com doenças respiratórias. Estas doenças são agravadas pela exposição aos gases liberados no ar, desprezados pelas válvulas dos dutos que cruzam essas cidades e poluem o meio ambiente.

A excessiva poluição atmosférica é o resultado das políticas insustentáveis dos setores de transportes, energia, gestão de resíduos e da indústria. De acordo com os novos dados da Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS, 2014), uma em cada oito mortes em 2012 foi provocada pela exposição à poluição do ar, estes dados confirmam que a poluição do ar é um grande fator de risco ambiental para a saúde da humanidade. Sendo a doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc) responsável por 11% das mortes ligadas à poluição em ambientes fechados; ao respirar as fuligens dos fogões a carvão ou a lenha, enquanto o câncer de pulmão (6%) e as infecções respiratórias agudas em crianças correspondem aos outros 3% (WHO, 2014).

As altas concentrações de Material Particulado (MP) e outros compostos indicam que existe uma poluição do ar, e esta contaminação pode ser causadas e/ou agravada pela ocorrência de fatores climáticos que dificultam a dispersão dos poluentes, piorando a qualidade do ar. Essa poluição causa problemas para aparelho respiratório que não podem ser desprezados (SALDIVA, 2008). Podemos citar como exemplo, a região metropolitana de São Paulo, que em 2007, foi estimado que as fontes móveis seriam responsáveis por 90% da emissão de poluentes, sendo 1,5 milhão de toneladas/ano de CO2, 365 mil toneladas/ano de hidrocarbonetos, 339 mil toneladas/ano de NO3, 29,5 mil toneladas/ano de MP e 8,2 mil toneladas/ano de SO2 (CETESB, 2007).

Nesse sentido, tem sido discutido na literatura que o desenvolvimento de determinadas patologias está associado principalmente à exposição aos Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HPAs) com destaque para o benzeno e a nafta petroquímica, os quais estão associados a afecções do sistema respiratório ou neoplasias (GUTBERLET, 1996). Os HPAs são poluentes orgânicos de importância ambiental e interesse toxicológico, pois muitos apresentam propriedades pré-carcinogênicas e/ou mutagênicas para o ser humano e para os animais (NETTO et al., 2000).

Os hidrocarbonetos naturais são formados a grandes pressões no interior da terra, abaixo de 150 km de profundidade, e são trazidos para zonas de menor pressão através de processos geológicos, onde podem formar acumulações comerciais (petróleo, gás natural, carvão, etc.) e os biocombustíveis, como os plásticos, ceras, solventes e óleos. Eles se acumulam em regiões com poucas ondas como as baías e quando atingem áreas de terrenos argilosos como manguezais, se ligam a vegetação e assim contaminam o alimento da fauna marinha local (MOREIRA, 2010).

Através deste estudo, desejamos descrever os reais efeitos e ações dos hidrocarbonetos relatando as condições de risco à saúde, e classificando as patologias causadas pelos mesmos devido à exposição prolongada a estes compostos.

Uma contaminação por HPAs em seres humanos pode ocorrer por diversas vias, como por exemplo, a inalação de ar, a ingestão de águas, solos, poeiras, alimentos, e o contato através da pele (WHO, 1988). Os HPAs são compostos aromáticos formados por dois ou mais anéis benzênicos, constituídos exclusivamente de carbono e hidrogênio, organizados sobre a forma linear, angular ou agrupada (BOFFETTA et al. 1997).

Os HAPs e seus derivados são tóxicos e podem causar diversas patologias que são de grande importância clínica, como por exemplo: a Bronquite e Pneumonite provocada por produtos químicos, gases, fumaças e vapores, também chamada de bronquite química aguda; Edema Pulmonar Agudo ou Edema Pulmonar Químico devido a exposição a produtos químicos, gases, fumaças e vapores; Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas (SDVA/RADS); Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1999).

Os hidrocarbonetos aromáticos estão presentes em todos os tipos de petróleo. São encontrados em pequenas quantidades na maioria deles, mas, são os que possuem maior toxicidade. Os compostos com dois ou mais anéis aromáticos são denominados hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) e classificados como poluentes orgânicos persistentes. Devido a sua abundancia na composição do petróleo os hidrocarbonetos são utilizados como indicadores de poluição sendo o composto BTEX (benzeno, tolueno, xileno) o indicador para contaminação da gasolina, e para os demais derivados utiliza-se os Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (HTP) (VALENTIN, 2006).

Portanto, existe associação entre a exposição aos hidrocarbonetos e o desenvolvimento de patologias, com destaque para aquelas que atingem a população humana. Neste presente trabalho foi realizado uma Revisão de Literatura sobre os Hidrocarbonetos, onde reconhecemos a sua relevância no desenvolvimento de determinadas patologias, relatando as condições de risco à saúde, e classificando as patologias causadas pelos mesmos devido à exposição prolongada a estes compostos.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS (HAPS).

Segundo Netto et al. (2000) podemos conceituar os HPAs como compostos aromáticos formados por dois ou mais anéis benzênicos, constituídos exclusivamente de carbono e hidrogênio, organizados sobre a forma linear, angular ou agrupada.

Figura 01: Estrutura molecular do Naftaleno e Benzo(a)Pireno.


Fonte: Biological variation in concentration of serum lipids. Disponível em: <http://www.scielo.org.ar>.

Por outro lado, a CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, órgão que é responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição no Estado de São Paulo, conceitua os HAPs como uma classe de compostos orgânicos semi-voláteis, formados por anéis benzênicos ligados de forma linear, angular ou agrupados, contendo na sua estrutura somente carbono e hidrogênio.

Os HPAs representam uma família de mais de 100 compostos orgânicos, formados por carbono e hidrogênio, Estes portanto são poluentes orgânicos de grande importância ambiental e de interesse toxicológico, devido apresentar propriedades pré-carcinogênica e/ou mutagênicas para homens e animais. Mesmo sendo semi-voláteis, muitos deles podem ser transportados até longas distâncias e serem adsorvidos em material particulado e dentre os HPAs, o benzo(a)pireno é um dos mais conhecidos e estudados (CARUSO, 2008).

3.1.1. CARACTERÍSTICAS TOXICOLÓGICAS

Do ponto de vista toxicológico, a principal importância dos HPAs são as evidências de sua associação a diversos tipos de cânceres em seres humanos, principalmente os de pulmão, bexiga, colo, reto e esôfago. Esta associação é sustentada por estudos epidemiológicos em populações expostas e por estudos realizados em animais de laboratório (MASTRANGELO et al. 1996).

O transporte destes poluentes no ambiente se dá principalmente por via atmosférica associado ao material particulado fino, o que permite uma ampla distribuição desses compostos no ambiente. Uma vez emitidos no ar, os HPAs podem ser depositados sob forma seca (vapor ou particulada) ou úmida (precipitação na forma dissolvida) sobre sistemas aquáticos e terrestres (GARBAN et al. 2002).

Esses contaminantes têm sua origem na combustão incompleta da matéria orgânica, origem influenciada por fatores como temperatura e pressão que direcionam o perfil constituinte dos mesmos (PAGE et al. 1999).

3.1.2. ABSORÇÃO

Devido ao seu caráter lipofílico os HPAs podem ser absorvidos no trato respiratório, no trato gastrointestinal e através da pele, sendo rapidamente distribuídos pelo organismo. Estudos sobre a retenção pulmonar de HPAs na forma cristalina, e após instilação intra-traqueal, onde eles são colocados vagarosamente, indicam que eles são rapidamente absorvidos pelo trato respiratório (WOLFF. Et al. 1989).

HPAs inalados são em sua maioria absorvidos na forma de partículas de fuligem. Após sua deposição nas vias aéreas, as partículas podem ser eliminadas por reflexo bronquial. Os HPAs podem ser parcialmente removidos das partículas por transporte na mucosa ciliada ou podem penetrar nas células do epitélio bronquial, onde são metabolizadas (WHO. 1987).

A gasolina e o querosene são considerados depressores do Sistema Nervoso Central (SNC), eles irritam a pele e os olhos. No trato respiratório sua absorção frequente do que por via digestiva. Aconselha-se a não provocar o vômito devido ao alto risco de aspiração. Durante a ingestão também ocorre aspiração, mais uma vez, o vômito do paciente deve ser evitado, pois, pode causar severa pneumonite química. A morte do mesmo pode ocorrer por falência respiratória ou fibrilação ventricular (JURAS, 2005).

Por outro lado, o benzeno é um solvente muito utilizado nos produtos das petroquímicas, é bem absorvido por via oral e pulmonar, e muito pouco por via dérmica. Além disso, é um forte irritante ocular e moderado irritante da pele (BRASIL, 1991).

3.2. HPAS X SAÚDE E MEIO AMBIENTE

A presença dos HPAs no Meio Ambiente pode contaminar os rios, os mares, as florestas, e o ar, causando lesões irreparáveis à natureza e à saúde humana. Como citado anteriormente, essa contaminação pode ocorrer por inalação do ar contaminado, pelaingestão de alimentos ou de água contaminada. Os animais aquáticos, como por exemplo, os mexilhões e ostras tendem a acumular HPAs e podem ser outra forma contaminante destas substâncias para os humanos (GUILLÉN, 1994).

Um dos principais meios de transportes para os compostos orgânicos e inorgânicos é o ar, sejam eles liberados devido a fontes naturais ou pela atividade humana. Os HPAs podem estar apresentados na atmosfera na forma de vapor e serem absorvidos no material particulado. Atividades petroquímicas como o processo e refino do petróleo, assim como acidentes que envolvem derramamento direto de seus produtos e derivados em corpos receptores, como lagos, rios e oceanos, também elevam consideravelmente os níveis ambientais de HPAs(YUNKER et al. 2002).

Sua importância ambiental foi estabelecida e aceita pela comunidade científica, e estudos sobre estes compostos tem englobado uma extensa variedade de aspectos. Entre eles, a cinética e as reações na fase vapor, o desenvolvimento de metodologias analíticas e os estudos de campo sobre concentrações atmosféricas, síntese, atividades cancerígena e mutagênica e processos de remoção da atmosfera (NETTO et al. 1999).

De acordo com Algranti (1995), as doenças respiratórias por inalação de gases, fumos, vapores e outras substâncias podem ser de curto e longo prazo. Assim, a sua natureza e os efeitos de curto prazo submetem-se basicamente ao sítio principal onde ocorrerá a ação primária, da concentração do agente na atmosfera e do tempo que se foi exposto. Esta localização primária depende da solubilidade em água dos gases, dos vapores e do tamanho da partícula. Portanto, as bronquites, as pneumonites e os edemas agudos são respostas semelhantes, em tempos distintos e em sítios diferentes. Sendo assim, os gases que são irritantes podem causar lesões celulares em toda a árvore respiratória. Mesmo que, a primeira lesão esteja situada no epitélio respiratório, podemos ter lesões extensa também no subepitélio e região alveolar.

O início dos sintomas e a localização do dano será de acordo com a solubilidade do gás irritante e a concentração do agente. Uma lesão celular ocorre devido a deposição ou formação de um ácido, ou um radical livre, que destroem os tecidos das vias aéreas. Esta lesão na barreira celular destas vias causa um edema, a inflamação, uma contratura da musculatura lisa e estimulação dos receptores aferentes do sistema nervoso parassimpático, que irá levar à uma broncoconstrição. As regiões epiteliais e subepiteliais passam por um remodelamento crônico, referente as suas estruturas, devido a esta resposta inflamatória (MENDES, 1997).

No ar, os HPAs estão constituídos entre a fase gasosa e o material particulado atmosférico dependendo das condições ambientais. Grande parte dos HPAs do material particulado atmosférico concentra-se nas partículas de menor diâmetro aerodinâmico que, devido às características do sistema respiratório humano são capazes de atingir as vias respiratórias internas onde os processos de eliminação de HPAs associados às partículas são lentos (MIGUEL, et al. 1978)

O trato respiratório pode ser convenientemente dividido em duas regiões distintas: a região extratorácica constituída pelas vias nasal e oral, faringe e laringe; e a região intratorácica que inclui os brônquios, traqueia e alvéolos. A região extratorácica é muito susceptível a infecções e doenças respiratórias. A deposição de partículas na região extratorácica é considerada a primeira linha de defesa contra a penetração de partículas nas vias mais profundas, mas, também é reconhecido como um sítio de efeitos tóxicos. A região intratorácica, por sua vez, é dividida em região traqueobrônquica e região alveolar onde geralmente ocorre o câncer de pulmão e outras enfermidades crônicas. As partículas menores têm um tempo de residência maior na região intratorácica, permanecendo por semanas e até anos em contato direto com a membrana alveolar (CHENG et al. 1995).

3.3. O PETRÓLEO

É uma mistura oleosa de aproximadamente 300 compostos inflamáveis, com odor característico e sua coloração está entre o preto e o castanho escuro, dependendo da fonte geológica do deposito. Em sua composição encontramos hidrocarbonetos, nitrogênio, enxofre, oxigênio e alguns metais em traços. Os hidrocarbonetos são compostos formados por carbono e hidrogênio, podendo ser agrupados de acordo com sua composição, em hidrocarbonetos aromáticos, alcanos, alcenos, e cicloalcanos (KOLESNIKOVAS,2006).

Figura 02: Formula geral dos Alcanos, Alcenos e Cicloalcanos.

                             
          Alcanos: CnH2n+2                    Alcenos: CnH2n             Cicloalcanos:CnHn

Fonte: Beer’s Law. Publicações eletrônicas. Disponível em: <http://http://theokratos.wordpress.com/category/eletronica/.

Os alcanos são hidrocarbonetos de cadeia simples e ramificados (parafinas ou alifáticos saturados) tem a maior fração na maioria dos petróleos, possuem baixa toxicidade e são facilmente biodegradados. Os alcenos são de cadeia aberta, muito similar aos alcanos distinguindo-se pela presença de ligação dupla entre os átomos de carbono (Olefinas). Os cicloalcanos também são conhecidos como naftas, são compostos de cadeia fechada e saturada, são resistentes à biodegradação e sua toxicidade é variável de acordo com a estrutura molecular. Os hidrocarbonetos aromáticos são mais tóxicos que os compostos alifáticos (FELTRE, 1995).

Uma das principais fontes de hidrocarbonetos aromáticos e a destilação do carvão mineral em coquerias e as várias operações na petroquímica, em particular na destilação do petróleo cru e a transferência de hidrocarbonetos aromáticos menores, sendo estes processos importantes fontes de exposição ao benzeno.Também podemos citaro tolueno, o xileno, e a nafta petroquímicacomo os principais hidrocarbonetos prejudiciais à saúde (VIEIRA, 2013).

As fontes principais da produção do benzeno no Brasil, estão concentradas nos centros de produção petroquímica, e o refino do petróleo é responsável por quase 95% da produção nacional. O restante desta produção, cerca de 5%, vem da destilação fracionada dos óleos leves de alcatrão e do complexo BTX (benzeno, tolueno, xileno). Entre os centros temos os parques de Camaçari/BA, Triunfo/RS e Cubatão/SP (REVISTA TOCHA – FNP; 2010).

A nafta é uma matéria prima para solventes. É formada pela mistura de hidrocarbonetos parafínicos, olefínicos, naftênicos e aromáticos constituídos principalmente de 4 a 10 átomos de carbono. O maior perigo são os vapores inflamáveis que podem ser liberados, durante o seu manuseio. Sob uso normal a rota de exposição do produto se dá por inalação e contato com a pele. (BRASIL, 2005).

3.4. PATOLOGIAS RESPIRATÓRIAS

As Patologias relacionadas ao Trato Respiratório são provocadas por agentes externos, como as bactérias, a fumaça ou produtos químicos que podem levar o comprometimento do Sistema Respiratório, ou evoluir para quadros mais graves (ROSE & RIPPEY, 2002). Destacam-se no presente trabalho, as principais patologias respiratórias relacionadas com a exposição aos HPAs (BRASIL, 2004):

3.4.1. BRONQUITES

A bronquite é um estado patológico no qual ocorre uma inflamação das vias respiratórias do pulmão, incluindo qualquer parte dos brônquios, desde os brônquios primários até os brônquios terciários. Pode ser aguda ou crônica e tem alta recorrência, acometendo principalmente os idosos, as crianças, os neonatos e pessoas com doenças pulmonares ou expostas a fumaça (ROBBINS, 2013).

Entre os sintomas destacam-se o desconforto no peito, a tosse com produção de muco, a expectoração de verde-amarelada, a fadiga, a febre baixa, a falta de ar, o ronco ou chiado no peito (COTRAN, 2005). Além disso,um indivíduo acometido com uma bronquite aguda ou crônica também pode evoluir para uma pneumonia com desenvolvimento do Enfisema Pulmonar, da Insuficiência Cardíaca ou da Hipertensão Pulmonar (FALCÃO, 2010). Na figura 03 visualizamos uma relação entre a patologia e os alvéolos saudáveis.

Figura 03: Bronquite crônica. Relação entre alvéolos sadios e com a patologia


Fonte: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.Disponível em: <http://www.drpereira.com.br/dpoc.htm>.

3.4.2. PNEUMONITES

As pneumonites são provocadas por hipersensibilidade, e fazem parte de um grupo de doenças resultante das inalações repetidas e da sensibilização a um grande número de partículas sólidas orgânicas. Verifica-se que uma vez afastado o agente causador, ela pode reverter e estabilizar naturalmente. É comum que, mesmo após a cura da doença, o paciente sinta falta de ar ao realizar esforços físicos, devido principalmente a fibrose pulmonar (MONTENEGRO, 1999).

Pessoas expostas a agentes externos também podem apresentar inflamação das vias aérea superiores devido à exposição a gases e fumaça. A exposição a agentes como a gasolina, querosene e o benzeno podem causar uma pneumonite química (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

3.4.3. PNEUMONIA QUÍMICA

Ao contrário das outras pneumonias, a química, não é causada por vírus ou bactérias, mas sim pela inalação de substâncias que agridem os pulmões, como a fumaça e outros produtos químicos. Essas substâncias quando aspiradas vão para os pulmões e inflamam os alvéolos, que são as estruturas que fazem o transporte do oxigênio para o sangue. Essas inflamações dificultam as trocas respiratórias, causando a pneumonia e a insuficiência respiratória (PRUITT, 1975).

Diferente da pneumonia bacteriana, cuja a bactéria afeta apenas uma parte do pulmão, a pneumonia química compromete todo o órgão. Entre as substancias que provocam a patologia temos a fumaça, a gasolina, o querosene por aspiração, e o benzeno por inalação (ENKHBAATAR, 2004).

Os pulmões são as estruturas com maior ocorrência de lesão, devido a inflamação dos alvéolos. Essa inflamação é o principal sintoma da exposição, ela é causada pela fumaça que têm natureza quente e é capaz de queimar as vias respiratórias dificultando a passagem de oxigênio para o sangue através das trocas gasosas realizadas no pulmão (JORNAL DE PNEUMOLOGIA, 2013).

Na figura 04, podemos observar o processo provocado pela inalação de fumaça química nos Pulmões.

Figura 04. Inalação de fumaça química.


Fonte: Jornal de pneumologia. Set 2002. Disponível em: <http://www.jornaldepneumologia.com.br>. Acesso em: 10 de abril 2014.

3.4.4. PNEUMONIAS POR PRODUTOS DO PETRÓLEO (PPP)

Como dito anteriormente, produtos derivados do petróleo como a gasolina, o querosene e outros hidrocarbonetos, após serem ingeridos ou aspirados, e entrarem em contato com os pulmões, podem ocasionar pneumonias de natureza química no homem.

Segundo dados de biossegurança da Fiocruz, a estocagem de querosene em muitas residências sem os devidos cuidados, tem aumentado o risco de acidentes com crianças, que podem ingerir esta substância e desenvolver a pneumonia química (FIOCRUZ, 2014).

Segundo o Jornal de Pneumologia (2002), outra situação de risco para esta doença pode ser observada em algumas oficinas mecânicas que usam o “torçal” (um tubo flexível) com a finalidade de retirar combustível dos tanques dos veículos. Ao iniciar a operação, o trabalhador faz uma forte sucção no “torçal”, cuja outra extremidade está imersa no combustível, e com isto se arrisca a aspirar ao produto.

Dentre os principais sintomas da PPP temos: tosse, e a falta de ar; comum para todos os tipos de intoxicação. Porém, há outros sinais que dependem de alguns fatores, como: o tipo e a toxicidade da substância; o ambiente da exposição (ar livre, ou lugar fechado), o tempo de exposição, a substância de contato (gases ou líquidos)(SEGEV et al. 1999).

Dependendo dos fatores citados acima, podem ser apresentados os sintomas de irritação no nariz, nos olhos, nos lábios, na boca e na garganta; tosse seca ou tosse úmida, que produz muco claro, amarelo ou verde; tosse úmida, com secreção rosada na saliva e presença de sangue; náuseas ou dor abdominal; dor no peito; respiração dolorosa; dor de cabeça; fraqueza ou desorientação (MERCK, 2014)

Estes sintomas podem demorar dias para aparecer, como ocorre na exposição a fumaça, por exemplo, levando até três dias para o corpo manifestar as irritações na garganta ou a secreções rosadas, fora a tosse e a falta de ar. Em casos mais agressivos é possível verificar os sintomas de febre, queimaduras na boca, nariz ou pele, podendo apresentar pele pálida e suor labial, pensamento alterado e raciocínio comprometido, inconsciência, inchaço dos olhos ou língua, saliva espumosa resultante de tosse forte (PORTAL SAÚDE BRASIL, 2014).

3.4.5. SINUSITES

As sinusites são processos inflamatórios e/ou infecciosos dos seios da face. Geralmente apresentam manifestações clínicas de fácil suspeita diagnóstica e sem gravidade, podendo evoluir para complicações algumas vezes letais. Seu diagnóstico é através de exame físico como a rinoscopia anterior e posterior, e a nasofibroscopia que pode revelar edema e secreção anormal na mucosa meatal e pós-nasal (ABBAS, 2010).

Devido a sua localização as fossas nasais ficam expostas a estes agentes. As sinusites podem ter origem ocupacional, sendo agudas ou crônicas, e provocadas por diversos fatores como: a origem alérgica ou por inalação de agentes irritantes ou contaminantes. À exposição aos compostos de hidrocarbonetos aromáticos apresentam elevadas associações com as neoplasias das vias aéreas superiores, normalmente na cavidade nasal, dos seios paranasais e da laringe. Algumas vezes as ações de gases irritantes podem provocar perfurações de septo nasal com origem ocupacional, estas causam uma inflamação crônica, ulcerações na mucosa nasal e necrose isquêmica da cartilagem septal. Estas perfurações não costumam atingir o septo ósseo (BAGATIN, 2006)

3.4.6. ENFISEMA PULMONAR

Patologia crônica que se caracteriza pela destruição tecidual dos pulmões, os tornando hiperinsuflados. Ocorre uma dilatação permanente nos espaços aéreos no final das terminações dos bronquíolos devido à destruição das paredes das vias aéreas, sem a presença de fibrose. Esta patologia está sempre associada a bronquites crônicas, e elas podem causar uma obstrução ao fluxo de ar nas vias aéreas, tendo como resultando a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (TECKLIN, 2003).

O enfisema pulmonar apresenta maior incidência em indivíduos do sexo masculino e de raça branca, podendo ter uma relação com fatores genéticos. Como ele ocorre nas unidades alveolares que fazem as trocas gasosas, estas trocas são feitas de maneira insatisfatória diminuindo a quantidade de oxigênio disponível na corrente sanguínea, o indivíduo vai apresentar falta de ar ao realizar exercícios ou tarefas que necessite de certo esforço. Quando há perda da elasticidade pulmonar, fica mais difícil a saída de ar dos pulmões durante a expiração (RODRIGUES, 2004). Os pacientes com enfisema pulmonar tornam-se gradativamente incapacitados, com consequência a morte do mesmo por insuficiência respiratória (ENRIGHT, 2005).

Essa patologia apresenta-se conforme a distribuição anatômica dentro do lóbulo e de acordo com THOMSON (1994),podemos classificá-las morfologicamenteem:

  • Enfisema Centrolobular, o mais comum e ocorre nas partes centrais dos lóbulos, envolvem os bronquíolos respiratórios e poupam os alvéolos distais;

  • Enfisema Panlobular, envolvem os lóbulos de forma uniforme, estes ficam dilatados do bronquíolo terminal aos alvéolos distais, tem maior ocorrência nos lobos inferiores e geralmente está associado a deficiência da alfa-1-antitripsina;

  • Enfisema Parasseptal, ele apresenta uma dilatação da porção mais distal do ácino, havendo preservação da parte proximal;

  • Enfisema Irregular, neste tipo o ácino é atingido irregularmente e sempre está associado a regiões de fibrose, geralmente é assintomático

De acordo com estes dados podemos verificar na figura 05 a evolução do enfisema pulmonar em relação às estruturas alveolares saudáveis.

Figura 05: Pulmão saudável x pulmão com enfisema.


Fonte: Núcleo de tratamento do enfisema do Hospital Moinho de Vento (RS). Disponível em: <http//:www. ciclomed.com.br>.

3.4.7. NEOPLASIAS

Patologicamente é considerada um processo de crescimento celular, sendo chamado também de neoplasma. O termo foi originalmente aplicado ao edema causado por uma inflamação. Os neoplasmas causam edemas, mas há muito tempo o emprego não-neoplásico de tumor saiu de uso, sendo usado portanto, o termo neoplasma ou hiperplasia (ROBBINS E COTRAN. 7ª ed.).

Segundo a ABNT(1987), resíduos sólidos de origem industrial não são desejáveis próximo as populações urbanas, ou rurais. Esses resíduos têm em suas composições muitos agentes e/ou compostos químicos de importância toxicológica reconhecida. O contato entre a população e o resíduo leva à contaminação da pessoa e uma possível intoxicação, que pode ser aguda ou crônica. O contato com estas substâncias pode ocorrer através do seu manuseio,caso seja um produto encontrado facilmente e assim acessível as pessoas ou pela forma de disposição final inadequada que foi descartado, causando uma contaminação do solo, da água e do ar (SISINNO, 2003).

Entre os principais hidrocarbonetos causadores das neoplasias podemos citar o benzeno. Esta substância é utilizada em diversas aplicações, tal como na composição das tintas utilizadas nas impressoras, das borrachas, dos adesivos e revestimentos, na limpeza a seco e em detergentes. Também pode ser utilizado como solvente e fumigante. Segundo COSIPA(1986),indivíduos expostos a ele pode adquirir leucemias, linfoma de Hodgkin, doenças no fígado, coração e rins, e anemia aplástica.

As exposições a resíduos industriais causam algumas formas de cânceres. Porém, quando estes resíduos são HPAs, estas patologias podem ser apresentadas como um angiossarcoma do fígado, uma neoplasia maligna do pâncreas, neoplasia malignados brônquios e do pulmão (BOWLER & CONE, 2001).

3.5. PREVENÇÃO E CONTROLE DOS HPAS

Desde a década de 80, já havia evidencias epidemiológicas de que o ar poluído poderia contribuir para promoção de patologias, mesmo que nesta época não houvessem dados conclusivos. Então, com o intuito de avaliar e monitorar possíveis grupos ocupacionais, vários estudos foram feitos utilizando medidas de traços de benzo-pireno no ar como potenciais indicadores dos níveis de poluição atmosférica (FERNANDES et al. 2002).

Na tabela abaixo podemos verificar os níveis de HPAs que já foram encontrados em amostras de sedimentos nas áreas consideradas urbanas ou industriais estas apresentam níveis de HPAs superiores quando são comparadas com regiões distantes de fontes de contaminação.

Tabela 01. Níveis de HPAs total (sedimento), segundo a literatura disponível.

LOCALIZAÇÃO

HPAs Total (ng.g-¹)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ÁREAS REMOTAS

Europa central

1100

Fernandez, et.al. 1999

PARNA, Serra da bocaina, RJ (Brasil)

115

Meire, 2006

ÁREAS URBANAS E INDUSTRIAIS

Rio Paraíba do Sul, RJ (Brasil)

40000

Torres. Et al. 2002

Baía de Guanabara, RJ (Brasil)

8035

Meniconi, et al. 2002

Baía de Todos os Santos, BA (Brasil)

4163

Venturini e Tommasi, 2004

Lagoa dos Patos, RS (Brasil)

11780

Medeiros et al. 2005

Estuário de Santos, SP (Brasil)

68130

Bícego. Et al. 2006

Fonte: Meire, Rodrigo Ornelas: Aspectos ecotoxicológicos de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. Ecol. Brasil – 188-201. 2007

Novas técnicas para monitorar a exposição humana vêm sendo desenvolvidas. Como segmentos de DNA de células brancas do sangue danificados pelos HPAs e o benzo(a)pireno excretado na urina, estes são utilizados como biomarcadores para medir a exposição aos HPAs em humanos (STRICKLAND et al. 1996).

As propriedades contaminantes que alguns HPAs possuem, descrevem a razão para a sua inclusão na maioria dos programas de monitoramento ambiental e saúde humana em diferentes países no mundo (WHO, 1983). Estas propriedades são cruciais na ativação e formação de agentes carcinogênicos (EPA. 1986).

3.5.1. MONITORAMENTO DA EXPOSIÇÃO POR HPAS E SEUS DERIVADOS

O monitoramento biológico da exposição aos HPAs pode ser efetuado através da avaliação das mesmas como mistura ou individualmente da determinação da concentração de seus metabólitos em fluidos biológicos ou ainda através do acompanhamento de um efeito bioquímico resultante de sua presença no organismo (NETTO, 2000).Apresentados na tabela 02.

Tabela 2.Bioindicadores utilizados na avaliação da exposição a HPAs (FARMER, 1987).

BIOINDICADOR

TIPO DE
INFORMAÇÃO

Substância química e/ou seus metabólitos em material

 

Biológico (urina, etc)

Dose interna*

Mutagenicidade urinária

Dose interna

Tioéteres urinários

Dose interna

Adutos com proteínas

Dose biológica efetiva**

Adutos com DNA (RNA)

Dose biológica efetiva

Proteínas oncogências

Dose biológica efetiva

Mutações celulares

Efeito biológico precoce

Aberrações cromossômicas

Efeito biológico precoce

Troca de cromatides irmãs

Efeito biológico precoce

Micronúcleos

Efeito biológico precoce

Síntese não programada de DNA

Efeito biológico precoce

 

* - Um indicador biológico de dose interna indica é a quantidade total da substância introduzida no organismo. É usualmente a própria substância ou um de seus metabólitos presentes em fluidos biológicos.

** - Um indicador de dose biológica efetiva indica a quantidade da substância que atingiu sítios biológicos significativos. Geralmente esta indicação é dada através de produtos de interação da substância ou seus metabólitos com macromoléculas celulares (DNA, RNA ou proteínas) (JONGENEELEN, 1997).

Entre os hidrocarbonetos nocivos à saúde humana citaremosa seguir os principais que são produzidos através do refino do petróleo.

3.6. PRINCIPAIS CONTAMINANTES

Uma descrição dos principais HPAs contaminantes que são obtidosatravés do refino do petróleo e as consequências respiratórias causadas pela sua exposição prolongada. Como dito anteriormente dentre os hidrocarbonetos temos o benzeno, a gasolina, e o querosene como contaminantes importantes do meio ambiente.

3.6.1. BENZENO

É um líquido volátil, inflamável, transparente, incolor e excessivamente tóxico. É um solvente orgânico que compõe a base dos hidrocarbonetos aromáticos, pois estes obrigatoriamente possuem um anel ou núcleo de benzeno (BARRA, 2005).

Segundo os dados da ABIQUIM(1999), Ele é encontrado nos centros de produção petroquímica, durante o refino do petróleo, sendo esta a principal fonte de produção de benzeno no Brasil, este processoé responsável por quase 95% da produção total de benzeno no País. Os outros 5% desta produção são conseguidos através da destilação fracionada dos óleos leves do alcatrão e do composto BTX (benzeno, tolueno, xileno). Entre os principais centros de produção temos os parques de Camaçari/BA, Triunfo/RS e Cubatão/SP. Outras fontes de hidrocarbonetos aromáticos que podemos citar são a destilação do carvão mineral em coqueiras (estruturas que possuem grupos de fornos) e outras operações petroquímicas, principalmente na destilação do petróleo cru, também podemos citar na transferência de hidrocarbonetos menores, uma vez que estes processos são importantes fontes de exposição pelo benzeno.

O benzeno pode estar presente como contaminante atmosférico, nas principais fontes emissoras de HPAs; nas refinarias de petróleo que não possuem unidades de reforma aromática, onde esse contaminante podeser encontrado em concentrações muito baixas por volta de 1ppm ou menos (FISPQ, 2012).

De acordo com Arcuri(2012), a exposição aguda ao benzeno tem efeitos tóxicos no sistema nervoso central causando necrose e excitação seguida de sonolência, tonturas, cefaleias, náuseas, dificuldade respiratória, convulsões e óbito. Exposições crônicas provocam alterações hematológicas, neurológicas e neuropsicológicas.Entre as patologias relacionada ao agente podemos citar: leucemias, síndromes mielodisplásicas, anemia aplástica, hipoplasiamedular, púrpura e outras manifestações hemorrágicas, neutropenia tóxica. O benzeno também é relacionado aos transtornos dos glóbulos brancos como a leucocitosee a reação leucemóide (BRASIL, 2004).

Figura 06: Estrutura da ressonância do benzeno e seu Hibrido.


Fonte: Aromaticidade- Evolução histórica do conceito e critérios quantitativos.

3.6.2. QUEROSENE

Um hidrocarboneto líquido adquirido durante a destilação fracionada do petróleo sua produção é através de destilação a pressão atmosférica. Seguido de um tratamento, que dá ao produto uma qualidade apropriada ao seu bom desempenho. Ele é utilizado nas indústrias de tintas e na limpeza industrial. Oferece à tinta uma evaporação e uma secagem lenta. A empresa brasileira, Petrobras Distribuidora, produz dois tipos:o querosene iluminante usado em tintas e o querosene para aviação (QAV-1), este é o combustível mais utilizado atualmente nas aeronaves com motores a turbina (PETROBRÁS, 2014).

Este hidrocarboneto é um produto irritante para os olhos e pele. É um depressor do SNC. Podendo causar a morte se aspirado para os pulmões. Tem efeitos narcóticos e provoca alucinações após exposição repetida ou prolongada. Entre os principais sintomas da exposição observamos vermelhidão e dor na pele; Tosse, dor de garganta e falta de ar; Tontura, náusea, dor de cabeça, confusão mental, alucinação e perda de consciência. Produto de grande risco toxico para os ambientes aquáticos (FISPQ, 2011).

3.6.3. NAFTA PETROQUÍMICA

É um produto líquido e transparente em temperatura ambiente, sua coloração também pode ser amarelada, é isento de material em suspensão. Tem odor muito parecido com a gasolina (ANP, 2014).

É uma mistura de hidrocarbonetos parafínicos, olefínicos, naftênicos e aromáticos constituídos principalmente de 4 a 10 átomos de carbono. Podemos visualiza-la através de cromatografia e seu teor de benzeno é de cerca de 0,9%.A nafta é matéria prima para solventes. E o maior perigo a saúde humana está em seus vapores inflamáveis que podem ser liberados, durante o seu manuseio. Sob uso normal a exposição se dá por inalação e contato com a pele (FISPQ, 2009).

3.6.4. GASOLINA

É um líquido límpido e amarelado, não têm materiais em suspensão. Possuem um odor forte e bem característico. Pertence à classe das substâncias do petróleo composta por naftas complexas, constituídas de hidrocarbonetos com cadeias carbônicas de C4 a C12 e têm ponto de ebulição de -20 a 230ºC. É um líquido inflamável que pode provocar irritação moderada à pele/corrosão; suspeita-se que pode causar mutagenicidade em células germinativas, tendo assim, características carcinogênicas; também é perigoso se aspirado, podendo provocar afecções respiratórias de natureza química; danos ao SNC e ao fígado por exposição repetida ou prolongada. É um potente contaminante ao ambiente aquático (FISPQ, 2013).

Entre os seus sintomas, podemos observar que esta substância provoca tosse, confusão, tontura, sonolência, torpor e dor de cabeça, náusea e vômito; ressecamento e vermelhidão da pele e vermelhidão nos olhos. No caso de ingestão devemos lavar a boca da vítima com água em abundância, mas não induzir o vômito evitando assim a aspiração do hidrocarboneto (CERQUEIRA, 2013).

3.6.5. AMÔNIA

Esta substancia não é um hidrocarboneto, mas, ela está presente nas águas dos drenos de tanques de petróleo, é tóxica e corrosiva quando na presença de umidade, sendo aqui referenciada devido à importância da sua toxidade, principalmente, para o sistema respiratório, onde provoca tosse, e outras complicações respiratórias tais como inflamação aguda do sistema respiratório e o edema pulmonar (PETROBRAS, 2014).

4. OBJETIVOS GERAL

Informar os principais hidrocarbonetos causadores de patologias respiratórias e as doenças que podem ser adquiridas através da sua exposição prolongada.

4.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Relatar as principais causas das doenças respiratórias provocadas pela exposição a hidrocarbonetos em ambientes contaminados, como nas proximidades das refinarias e nos grandes centros urbanos.

Alertar para as doenças relacionadas a exposição fazendo uma relação dos hidrocarbonetos com as mesmas, visando assim um maior estudo para que posteriormente sejam adotadas medidas socioeducativas nas comunidades circunvizinhas as refinarias de petróleo.

5. METODOLOGIA

Nesta pesquisa foram consultadas diversas literaturas referentes às patologias associadas à exposição aos hidrocarbonetos. Na revisão de literatura foram utilizados artigos científicos publicados em revistas e jornais de circulação nacional e internacional, os quais estão disponibilizados na internet e livros de diversos autores, sejam, reproduzidos no papel ou disponibilizados de forma digital.

De acordo com Marconi e Lakatos (1992), uma pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia que já foi publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. Fazendo com que o pesquisador entre em contato direto com todo o material que foi escrito sobre um determinado assunto, proporcionando o cientista uma análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações. Ela pode e deve ser considerada como um dos primeiros passos para toda a pesquisa científica.

A pesquisa foi efetuada seguindo uma natureza básica procurando sempre avançar nos conhecimentos já existentes em relação ao problema. Foi utilizado o método dedutivo, através de uma análise geral e particular dos conteúdos que já foram pesquisados, objetivando o estudo de maneira explicativa, sempre procurando identificar os fatores e aprofundando o conhecimento da realidade em questão. O presente estudo, como dito anteriormente, foiproduzido através de uma ampla pesquisa bibliográfica utilizando-se de artigos, livros e materiais digitais (sites e revistas) relacionados aoestudo. Proporcionando uma abordagem qualitativa levamos em conta os efeitos dos gases no meio ambiente, a relação das patologias com as cidades e as áreas que circundam as refinarias.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os hidrocarbonetos são originados pela queima incompleta da matéria orgânica e se distribuem no ambiente atmosférico associando-se ao material particulado fino, permitindo sua ampla distribuição na atmosfera.

O petróleo é o grande fornecedor dos HPAs, seja por formação natural ou através do seu refino. Entre os hidrocarbonetos gerados, alguns tem grande interesse cientifico, tanto pela sua especificidade, como devido as características tóxicas dos mesmos. Destes podemos citar o benzeno, o querosene, a gasolina e as naftas como de maior interesse médico e que são nocivos ao trato respiratório.

Atualmente as Dpoc são responsáveis por inúmeras mortes e este número são acrescidos quando os indivíduos são expostos a fatores contaminantes, seja pelo solo, ar, água.

Verificamos que indivíduos expostos a HPAs tem grandes chances de adquirir doenças respiratórias devido a fumaça, material particulado ou produtos oriundos do refino do petróleo. De acordo com vários autores como MIGUEL (1978); ARCURI (2012); CERQUEIRA (2013), os HPA's são grandes poluidores do meio ambiente e pessoas que têm contato prolongado a eles tem grandes chances de serem acometidos com cânceres, mutações genéticas e complicações respiratórias devido a sua toxicidade.

A absorção dos mesmos ocorre em sua maioria dos casos nos pulmões, o que pode causar problemas como as bronquites (inflamação das vias respiratórias do pulmão) e pneumonias, estas complicações podem evoluir para situações mais serias como os enfisemas.

Nestas patologias causadas por inalação de gases irritantes ou aspirados de hidrocarbonetos, seus sintomas iniciam-se num quadro de pneumonia química que pode ocorrer em até 3 dias depois da contaminação.

Atualmente, já existem várias formas de monitoramento e controle destes contaminantes, porém, seu uso indiscriminado ou transporte e armazenamento irregular tem causado grandes impactos no meio ambiente, provocando problemas tanto ao homem, quanto ao ecossistema da região, principalmente, nas áreas onde há concentrações de indústrias que manipulam e/ou trabalham com o refino do petróleo e transportam estas substâncias.

Foram utilizados nesta pesquisa vários autores como NETTOet al. (2000); MENDES (1997); CHENG (1995) que desenvolveram seus estudos com base em pesquisas em campo, avaliando os efeitos destas substancias em locais contaminados por HPAs, Além disso, foram pesquisados livros como os de THONSON (1994), ROBBINS (2013), Artigos Científicos do Scielo e do Ministério da Saúde que tratavam das patologias de forma ampla, o que proporcionou ao trabalho de pesquisa uma característica impessoal onde a relação das patologias com os contaminantes não estivesse restrito a autores que estudavam sobre as contaminações por hidrocarbonetos e derivados do petróleo.

Com este estudo conseguimos mostrar os principais HPAs causadores de patologias respiratórias em humanos, evidenciando seus efeitos no trato respiratório e informamos algumas das principais doenças que acometem indivíduos expostos tanto pela inalação ou aspiração dos hidrocarbonetos mencionados neste estudo.

Desta forma, conseguimos provar através de diversas literaturas a relação dos hidrocarbonetos aromáticos com as doenças que a cada ano são aumentadas devido ao constante acréscimo na emissão de gases e na produção de substancias de caráter tóxico, como o benzeno e as naftas.

Podemos afirmar então que a exposição aos HPAs do estudo em questão causa patologias respiratórias importantes e de conhecimento médico. Contudo, o presente trabalho é imprescindível para alertar as entidades fiscalizadoras para que sejam evitadas contaminações elevadas nos ambientes considerados de risco e que o poder público possa se preparar de maneira satisfatória para tratar estes indivíduos que são acometidos por estas patologias, devido ao contato prolongado e periódico a estas substâncias.

7. CONCLUSÃO

Foi verificado que a presença de hidrocarbonetos derivados de petróleo pode provocar patologias respiratórias importantes à saúde do homem. Dentre as metodologias empregadas para prevenção e controle dos níveis de HPAs no ambiente, foram observados que os níveis de BTX e HTP são os mais utilizados para estabelecer uma contaminação e isolamento de uma determinada área.

Compreendemos que este assunto é de grande importância e que com essa pesquisa conseguimos evidenciar e descrever os principais hidrocarbonetos causadores de patologias respiratórias, relatando que a presença destas substâncias proporciona uma alta taxa de ocorrência de doenças de ordem respiratórias e de natureza carcinogênicas. Com base nestas informações poderemos expandir os estudos, desejando obter mais dados para orientar os indivíduos que estão em constante exposição a essas substâncias toxicas e proteger o ecossistema local. Neste sentido,esperamos que sejam estabelecidas estratégias para minimizar os danos causados pela exposição aos hidrocarbonetos causadores de doenças respiratórias.

De acordo com estes dados, podemos afirmar que a sua exposição prolongada causa importantes alterações fisiológicas nos indivíduos e que acarretam danos significativos a saúde humana. Oobjeto desta pesquisaentão foi atingido, e a mesma poderá servir de fonte informativasobre os potenciais riscos de contaminação pelos hidrocarbonetos, aos moradores dascidades circunvizinhas as refinarias,os trabalhadores de postos revendedores de combustíveis, assim como os profissionais e estudantes que revelem seu interesse pelo presente tema.

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Publicado por: MARCELO MATOS CORREIA

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