MÉTODOS QUANTITATIVOS COMO APOIO À ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS
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1. RESUMO
A economia globalizada exigiu dos Gestores Estratégicos de Negócios um maior domínio sobre o status da empresa com relação ao mercado.
Surgiu um grande número de variáveis e outras muitas se tornaram relevantes, exigindo ter conhecimento sobre elas para que as tomadas de decisões sejam de forma consistente e segura permitindo um maior acerto sobre as metas e objetivos traçados no planejamento estratégico.
A concorrência interna e principalmente externa obrigou as empresas a trabalharem com uma banda mais estreita de flexibilidade, forçando as mesmas a terem mais conhecimento de sua situação atual e futura, tendo de trabalhar sempre em função de um planejamento estratégico.
A empresa de hoje não pode dar-se ao luxo de errar, por isso ela deve executar sua estratégia sempre com grande monitoramento e para isso faz-se necessário ter o apoio dos Métodos Quantitativos Aplicados a Negócios que, através da matemática, estatística, economia e tecnologia da informação vão produzir informações numéricas que darão suporte e apoio ao balizamento tanto no planejamento estratégico como na execução da estratégia elaborada.
O objetivo desse trabalho foi de trazer ao leitor esclarecimento sobre os Métodos Quantitativos Aplicados a Negócios e mostrar a complexidade exigida pela área de negócios para atingir os objetivos.
A pesquisa bibliográfica foi a metodologia adotada, utilizando livros publicados por diversos autores como também artigos científicos, tendo como base a opinião de diversos especialistas sobre o assunto.
Palavras-Chave: Métodos, Estratégia, Negócios, Planejamento.
2. INTRODUÇÃO
Atualmente toda empresa precisa ter um planejamento para poder atingir seus objetivos através da elaboração e do cumprimento de suas metas, isso se faz necessário porque os tempos mudaram, os negócios estão mais interdependentes e complexos, pois o mundo globalizado trouxe uma economia global com mais variáveis que influenciam com maior intensidade o rumo que os mercados tomam e em conseqüência exige da empresa ações e atitudes coerentes a esses mercados.
Hoje existem três níveis de planejamento dentro de uma empresa, Planejamento Estratégico, Planejamento Tático e Planejamento Operacional, são assim organizados para que cada um possa cumprir o seu papel da melhor forma possível, maximizando os acertos e minimizando os erros, ou seja, para que se possa ter o maior sucesso possível na execução de uma Estratégia bem planejada.
Partindo do Planejamento Estratégico passando pelo Tático e pelo Operacional existem vários processos que caminham desde o pensamento da alta direção, levando em consideração o ambiente interno (forças e fraquezas) e o ambiente externo (oportunidades e ameaças), começando pela definição da missão da empresa determinando qual o motivo para ela existir, definindo sua visão especificando aonde ela quer chegar, elaborando suas metas e seus objetivos e finalmente criando o plano de ação.
O Planejamento Tático tem a função de fazer uma ligação entre o que foi definido no Planejamento Estratégico e sua execução no Planejamento Operacional, dessa forma precisa dar condições a essa execução, sendo assim deve principalmente alocar recursos e integrar a estrutura organizacional a fim de cumprir a materialização da estratégia traçada pela alta direção. Já o Planejamento Operacional, citado acima, que normalmente tem um período de um ano, vem colocar em prática o plano de ação para alcançar os objetivos e metas traçados no Planejamento Estratégico, tendo foco em curto prazo e visão de processos com tarefas rotineiras e bem detalhadas designadas para cada função.
Para que todas as três etapas de Planejamento sejam realizadas é necessário, principalmente no Planejamento Estratégico, que os gestores tenham subsídios para tomar decisões, planejar o que é melhor para a empresa e definir o caminho que deve ser trilhado para que a estratégia elaborada seja cumprida com o maior acerto possível, levando em conta quais os planos de contorno que poderão ser necessários caso aconteça alguma adversidade pelo caminho e quais as decisões a serem tomadas para que a execução da estratégia seja continuada rumo às metas e objetivos traçados.
Como ventilado anteriormente, as variáveis que influenciam os negócios atualmente aumentaram significativamente e ainda deve-se levar em conta que uma variável influencia outra tornando o acompanhamento e interpretação desses indicadores cada vez mais complexa. Dessa forma os Métodos Quantitativos Aplicados a Negócios, através da matemática, da estatística, da economia e da tecnologia da informação, vem dar aos gestores empresariais o apoio necessário para planejar e executar suas Estratégias de Negócios com maior segurança, revelando a situação real da empresa, seja em um momento ou em um período ou prevendo o que pode acontecer no futuro.
Este trabalho teve o intuito de trazer ao leitor um esclarecimento sobre os Métodos Quantitativos Aplicados a Negócios, seus conceitos, funções e aplicabilidades no apoio à Gestão Estratégica de Negócios como também mostrar a complexidade que faz da área de negócios muito exigente quando se trata de atingir seus objetivos.
A metodologia adotada foi a de pesquisa bibliográfica feita principalmente em livros publicados por autores de renome como também artigos científicos divulgados na internet, procurando complementar uma idéia através da opinião de várias pessoas especializadas no assunto, buscando preencher as lacunas de dúvidas que apareciam durante a pesquisa.
3. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
Estratégia é a arte de planejar e colocar o plano em ação, com o objetivo de alcançar ou manter posições relativas e potenciais favoráveis a futuras ações táticas sobre um objetivo e procurar condições favoráveis para alcançar objetivos específicos, ou seja, é o programa geral para a consecução dos objetivos de uma organização e, portanto, para o desempenho de sua missão.
(RIBEIRO, 2008, p.11).
Assim como diz RIBEIRO (2008, p.11), a Estratégia é todo o programa geral de criação desde o planejamento até por em prática o plano em ação, procurando atingir os objetivos que foram previamente elaborados e definidos pelos gestores da organização.
Para colocar em prática sua missão previamente definida, uma empresa busca executar o que foi definido no planejamento estratégico, e para isso utiliza-se do plano de ação traçado especificamente para conseguir atingir seus objetivos, levando em consideração os potenciais e as condições favoráveis para isso.
Toda Estratégia é criada para se atingir um ou mais objetivos e satisfazer algum plano previamente definido pelos gestores da empresa, assim não existe estratégia sem planejamento e muito menos sem execução que é feita através do plano de ação, abrangendo todos os passos desde a elaboração até a concretização do que foi planejado, buscando satisfazer os interesses da organização.
Dessa forma para que a missão da empresa seja cumprida alguns objetivos precisam ser alcançados, precisam ser atingidos, precisam ser materializados, pois só assim a empresa estará concretizando o que foi planejado, colocando em prática o que foi elaborado no seu planejamento estratégico. Assim a Estratégia é consumada quando o que foi planejado é colocado em ação, materializando o que foi planejado estrategicamente, atingindo os objetivos esperados e gerando o resultado desejado.
Estratégias são planos para o futuro e também modelos do passado. As estratégias podem ser planejadas e pretendidas, como também podem ser adotadas e realizadas (ou não). O modelo e ação é o que chamamos de estratégia realizada. No processo de formulação de estratégia uma idéia leva a outra até que um novo padrão se forme. A ação conduziu o pensamento, uma estratégia surgiu. As estratégias podem formar-se e também ser formadas. Uma estratégia realizada pode surgir em resposta a uma situação que evolui, ou pode ser criada deliberadamente, por meio de um processo de formulação seguido por implementação. (SANTÂNGELO, 2008).
SANTÂNGELO (2008) é bem claro quando diz que uma estratégia pode ser planejada ou adotada e ao mesmo tempo pode ser realizada ou não realizada, tudo vai depender da necessidade da empresa, se vale a pena realizar uma estratégia planejada, se cria sua própria estratégia ou se “copia” uma estratégia que deu certo para outra organização, o que vale é se vai dar certo ou não, se é melhor essa ou aquela, qual é a que vai dar mais retorno para a empresa.
Tudo começa no pensamento para a formulação de uma estratégia e conforme SANTÂNGELO (2008) diz, uma idéia puxa a outra até a formação de um novo padrão. Uma situação que evolui e que exige resposta pode gerar uma estratégia sendo essa formada a partir de uma necessidade, ao mesmo tempo essa pode ser criada deliberadamente, sendo previamente planejada.
Dessa forma vê-se que há bastante flexibilidade na criação, adoção e execução de uma estratégia, sendo fácil a percepção de que não há uma “receita de bolo” e que não é também um “lançamento de foguete a Lua” para se planejar uma estratégia forte e de sucesso.
A guerra da competitividade empresarial apresenta, apesar de tudo, uma diferença importante relativamente a um conflito militar, conforme notou Vasconcellos e Sá (1996). Socorrendo-se da definição de paz proposta por Tucídides (que a definiu como “um breve armistício num estado permanente de guerra”) concluiu que, ao contrário do que sucede na arena militar, nos negócios não há armistícios – a guerra é contínua e permanente, não havendo lugar a tréguas ou armistícios!
(SANTOS, 2008, p.113).
Há uma verdadeira guerra na competitividade empresarial, mas, assim como diz SANTOS (2008, p.113), há uma diferença entre essa e um conflito militar, pois na guerra empresarial não há armistícios, não há tréguas e ela é contínua.
Na disputa da competitividade empresarial não há descanso e não há fim nesse “conflito” já que os participantes não estão dispostos a uma trégua, não estão dispostos a parar de competir, pois as empresas precisam faturar e continuar crescendo, essa é a regra no mercado de negócios, se “parar de pedalar” as organizações fecham.
Mesmo em uma guerra empresarial tem-se a necessidade de fazer uso de algumas “armas”, não armas militares como em uma guerra belicosa, mas “armas” que possam dar proteção para que a empresa possa avançar e seguir em frente em seu “campo de batalha”, melhor dizendo seguir em frente no mercado de negócios. Assim dentre as várias “armas” para uma disputa empresarial cita-se os Métodos Quantitativos aplicados a negócios, foco deste trabalho, que, como um radar militar, vem orientar se a empresa corre algum risco na posição que se situa assim como orientar se o caminho planejado é o caminho mais seguro a seguir para atingir seus objetivos.
4. ECONOMIA GLOBAL
A globalização, como processo de desenvolvimento, é a integração de todas as sociedades humanas num sistema único, não só abarcando toda a sua variedade, mas também estabelecendo o contexto para o incremento da produção de variedade e da sua distribuição como diversidade. A dinâmica fundamental do desenvolvimento é a criação da variedade e a sua distribuição. Os fatores principais que iniciaram esta era da globalização foram econômicos, antes de mais financeiros, seguidos pela descentralização da produção e do consumo.
(FONSECA, 2005, p.267).
Segundo FONSECA (2005, p.267) a globalização começou com os fatores econômicos e financeiros assim como também a descentralização da produção e do consumo, o que mostra que a globalização foi uma necessidade e uma tendência para se estabelecer uma nova forma que as empresas encontraram para baixarem custos como também conquistar novos mercados. Nesse raciocínio também se encontram as aplicações financeiras que ganharam vulto com a flexibilidade de compra e venda de títulos dos tesouros oferecidos por inúmeros países como também da aquisição de ações de companhias que as oferecem nas bolsas de valores, podendo ser adquiridas on-line via internet.
FONSECA (2005, p.267) ainda diz que a globalização, enquanto processo de desenvolvimento, integra as sociedades humanas num sistema único, englobando sua variedade, aumentando a produção de variedade e distribuição como diversidade, isso faz parte da dinâmica do desenvolvimento.
O sistema capitalista está totalmente voltado para o mercado de negócios e quanto maior a variedade e diversidade na oferta de produtos e serviços seduzindo uma demanda que também foi aumentada pela globalização melhor será a dinâmica do desenvolvimento, ou seja, será melhor o crescimento da demanda por produtos e serviços assim como o crescimento da oferta de variedade dos mesmos promovendo o desenvolvimento econômico.
Teoricamente, numa economia globalizada, as forças mundiais de mercado têm precedência sobre a situação econômica nacional, já que o valor real das principais variáveis econômicas (produção, preços, salários e taxas de juros) reage à competição global. Assim como as economias locais ficam submersas nos mercados nacionais, o verdadeiro teste da globalização econômica, segundo sugere a posição cética arraigada, é saber se as tendências mundiais confirmam um padrão de integração econômica global, isto é, a existência de uma única economia global.
(Held & McGrew apud HIRST & THOMPSON, 2001, p.50).
Held & McGrew apud HIRST & THOMPSON (2001, p.50), diz que a economia globalizada possui forças que precede sobre a economia nacional de um país, pois as variáveis econômicas, produção, preços, salários e taxas de juros sofrem influência na disputa global.
Muitos produtos e serviços estrangeiros podem ser oferecidos por um valor bem abaixo dos produtos e serviços semelhantes nacionais e isso se deve à disputa globalizada entre as empresas participantes do mercado mundial, podendo ser um fator positivo quando os preços são reais forçando as empresas nacionais a fazerem uma adequação nos preços de seus produtos e serviços para concorrerem com as demais empresas, ganhando o consumidor e o mercado, ou pode ser um fator negativo quando as organizações estrangeiras recebem ajuda de seu governo em forma de subsídio e oferecem produtos e serviços com preços próximos do custo de produção, impossíveis de serem vencidos pelas empresas nacionais, levando as mesmas a uma situação difícil de continuidade, e nesse caso todos perdem tanto empresa quanto consumidor, já que haverá um comprometimento para as empresas nacionais quanto aos empregos por elas oferecidos.
Um segundo aspecto da globalização leva-nos a reconsiderar nosso próprio destino econômico: a globalização tem a ver, sem dúvida, com a crescente interconexão econômica. Com o aumento de nossa inserção na economia mundial, vêm também os riscos. Sua origem está em aspectos diversos da globalização, desde perdas de emprego que resultam no aumento de aquisições de bens e serviços no exterior, até perdas financeiras que podem advir de movimentos repentinos nos mercados estrangeiros de capital em que os norte-americanos investem cada vez mais.
(HEILBRONER & MILBERG, 2008, p.190).
Segundo HEILBRONER & MILBERG (2008, p.190) com a entrada de um país na economia mundial também haverá riscos de perdas de emprego resultantes de aquisições de bens e serviços no exterior em detrimento da aquisição dos mesmos de empresas nacionais. Diz ainda que, podem ocorrer perdas financeiras causadas por movimentos repentinos nos mercados estrangeiros levando os investidores a retirarem suas aplicações de um país para colocar em outro e isso tudo se deve à crescente interconexão econômica causada pela globalização.
Os efeitos da globalização tanto podem ser bons, quando as empresas estão aumentando seu faturamento, vendendo para outros países, quanto podem ser ruins, quando empresas estrangeiras podem causar problemas de sobrevivência para as empresas nacionais, exigindo das empresas uma preparação diferenciada para vencer a concorrência que não existia antes da globalização. Para tanto as organizações devem procurar ter o conhecimento de onde estão e qual o caminho certo para seguir em frente seguindo ao encontro de suas metas e objetivos.
5. DESEMPENHO DE NEGÓCIOS
As métricas podem auxiliar uma empresa a manter um foco produtivo nos clientes e mercados. Elas podem ajudar os gestores a identificar os pontos fortes e os pontos fracos, tanto das estratégias quanto da execução.
(TEIXEIRA, 2011, p.73).
Uma empresa precisa de parâmetros para planejar e saber como está o desempenho de sua estratégia em determinado momento de aplicação do plano de ação. Assim conforme diz TEIXEIRA (2011, p.73) as métricas auxilia a organização a manter o foco produtivo nos clientes e mercados, como também apóia na identificação dos pontos fortes e fracos no planejamento da estratégia e na aplicação da estratégia através do plano de ação.
Os Gestores de Negócios não podem mais atuarem sem dados a respeito de onde se encontra a empresa, em determinado momento, na elaboração e execução de uma estratégia que visa atingir metas e objetivos alcançando o que foi planejado.
As métricas são importantes, pois elas revelam, numericamente, qual a situação da empresa em determinado momento, ajudando a identificar quais as atitudes a serem tomadas quanto às vendas que estão sendo influenciadas ou podem ser influenciadas para mais ou para menos, conforme o comportamento dos clientes e do mercado.
As métricas também auxiliam a identificar os pontos fortes e fracos da organização, seja no momento da elaboração da estratégia como no momento da execução da mesma, possibilitando se aplicar um plano de contorno para que, o que foi definido no planejamento estratégico continue sendo executado em direção às metas e objetivos traçados.
A análise da melhoria do desempenho envolve a criação e utilização de indicadores de qualidade e de desempenho para avaliar resultados globais, produtos, serviços de apoio, processos, tarefas e atividades. Um conjunto de indicadores vinculados aos requisitos dos clientes ou de desempenho da organização representa uma base clara e objetiva para alinhar todas as atividades com as metas da organização.
(TACHIZAWA & FARIA, 2007, p.212).
Segundo TACHIZAWA & FARIA (2007, p.212) indicadores de qualidade e desempenho são utilizados na avaliação de resultados tanto globais como de produtos, serviços de apoio, processos, tarefas e atividades para se fazer a análise da melhoria do desempenho, o que permitirá um alinhamento das atividades da empresa com as metas a serem atingidas pela organização.
O alinhamento das atividades com as metas da empresa é fundamental para se atingir os objetivos traçados em uma estratégia de negócios, isso significa colocar em prática seu plano de ação, oriundo da estratégia traçada, em conformidade com o que foi definido no planejamento estratégico. Para checar esse alinhamento faz-se o uso de indicadores de qualidade e desempenho que mostram quando e se há a necessidade de mudança na aplicação da estratégia, permitindo que essa seja corrigida mantendo o direcionamento rumo às metas e objetivos a serem alcançados.
Gerenciar desempenho é sinônimo de monitoramento. Significa verificar se as métricas definidas foram alcançadas. É necessário identificar, definir e comunicar as métricas para que o trabalho da análise de negócios possa ser monitorado. As métricas também são úteis no planejamento futuro, pois, se alguma métrica não foi alcançada, esta pode ser escolhida para ser o foco no planejamento futuro.
(NEVES, 2014, p.82).
Conforme NEVES (2014, p.82), as métricas são muito importantes no monitoramento da análise de negócios e para isso faz-se necessário a identificação, a definição e a comunicação dessas métricas para esse monitoramento que visa gerenciar o desempenho do negócio, visando verificar se essas foram atingidas. NEVES (2014, p.82) também mostra que se uma métrica não foi alcançada ela pode ser utilizada no planejamento futuro.
A aplicação da estratégia definida no planejamento precisa ser monitorada durante toda sua execução e isso é necessário para que os gestores saibam em tempo hábil, se ocorreu algum resultado inesperado daquilo que foi traçado na estratégia e tomar as devidas providências na aplicação de algum plano de contorno para os ajustes necessários e manter o caminho, mantendo o foco na direção certa, ou seja, rumo às metas e objetivos a serem alcançados. Assim as métricas precisam ser definidas de forma que expressem a realidade que a empresa se encontra na execução de sua estratégia mostrando fielmente como está o desempenho do negócio da empresa em determinado momento.
6. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Assim, Planejamento Estratégico é o processo de decidir, dentro do quadro de referência definido pelas finalidades e políticas, sobre os objetivos da organização, os recursos a serem usados para atingi-los e a estratégia que orientará a obtenção, uso e disposição desses recursos.
(CARAVANTES & PANNO & KLOECKNER, 2004, p.95).
O Planejamento Estratégico está totalmente voltado para se definir a estratégia que será adotada para se atingir um determinado objetivo. Segundo CARAVANTES & PANNO & KLOECKNER (2004, p.95) Planejamento Estratégico é o processo de decidir sobre os objetivos da organização e para tal, quais os recursos necessários e a estratégia que orientará a obtenção, uso e disposição desses recursos.
Planejar Estrategicamente implica em construir uma estratégia levando-se em conta as forças e fraquezas, oportunidades e ameaças que a empresa possui para conseguir atingir as metas e objetivos a serem alcançados, e para se fazer isso há a necessidade de levantamento de recursos para colocar em prática a estratégia definida para que a mesma seja concretizada e materializada conforme planejada, só assim atingirá na prática as metas e objetivos que foram previamente definidos.
O planejamento estratégico procura maximizar os resultados das operações e minimizar os riscos na tomada de decisões das organizações. O impacto das decisões é de longo prazo e afeta a natureza e as características das empresas, garantindo o alcance de sua visão e missão. Para efetuar um planejamento estratégico, a empresa deve entender os limites de suas forças e habilidades no relacionamento com o meio ambiente, de maneira a criar vantagens competitivas em relação à concorrência, aproveitando-se de todas as situações que lhe trouxerem ganhos. Planejar estrategicamente consiste em gerar condições para tomada de decisões rápidas, pelas organizações, diante de oportunidades e ameaças, otimizando suas vantagens competitivas em relação ao mercado onde atuam, garantindo a competitividade ao longo do tempo.
(Guelbert apud TUBINO, 2012, p.36).
Segundo Guelbert apud TUBINO (2012, p.36) planejar estrategicamente é o mesmo que criar um ambiente em que seja permitido tomar decisões rápidas e garantir a competitividade da empresa ao longo do tempo, garantida pela otimização das vantagens competitivas que a organização possui ou adquira com relação ao mercado. A empresa deve conhecer os limites de suas forças e habilidades com relação ao meio ambiente para poder criar essas vantagens competitivas relativo à concorrência. Assim Guelbert apud TUBINO (2012, p.36) diz que o planejamento estratégico procura maximizar os resultados (os acertos) e minimizar os riscos na tomada de decisões sendo que o impacto das decisões é de longo prazo afetando a natureza e as características das empresas permitindo o alcance de sua visão e missão.
Missão e Visão é o cerne de uma empresa para se fazer um planejamento estratégico de sucesso, sendo a missão o motivo para a existência da organização, onde ela está e aonde ela quer chegar faz parte de sua Visão, sendo que esse “aonde se quer chegar” que vai conduzir esse planejamento estratégico levando em conta suas forças e habilidades para poder criar as vantagens competitivas sobre a concorrência.
Rapidez na tomada de decisão significa sair na frente da concorrência em qualquer atitude necessária para se corrigir algum ponto da estratégia para continuar no caminho traçado, para se atingir as metas e objetivos definidos no planejamento estratégico, isso significa ficar em vantagem sobre os concorrentes.
Um processo contínuo de tomada de decisões empresariais atuais (tomar riscos) de forma sistemática e com o maior conhecimento do futuro; organizar sistematicamente os esforços necessários para a execução dessas decisões; e medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas através de feedback organizado e sistemático.
(Pize apud DRUCKER, 2017, p.8).
Conforme Pize apud DRUCKER (2017, p.8) diz sobre o planejamento estratégico que considera um processo contínuo de tomada de decisões empresariais que tem como objetivo duas medidas que são de grande valor: organizar os esforços para executar as decisões tomadas e medir o resultado dessas decisões comparando com o que era esperado. Tudo isso dentro de uma forma sistemática, organizada e com conhecimento do futuro.
Sem conhecer onde a empresa está e para aonde ela vai, aonde se quer ir, aonde se quer chegar não existe planejamento estratégico, pois é sabendo aonde se quer chegar e onde se está é que definirá quais os recursos necessários, ou melhor, quais os esforços necessários para que a empresa cumpra sua estratégia na prática e atinja suas metas e objetivos planejados. Para isso há a necessidade de conhecer o futuro baseado nas forças e fraquezas, oportunidades e ameaças que toda empresa possui em determinado momento. É necessário também medir os resultados para saber se o que foi planejado está sendo cumprido de acordo com o esperado permitindo fazer os ajustes que forem precisos para se colocar a execução da estratégia de volta aos “trilhos” rumo às metas e objetivos traçados.
7. MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS A NEGÓCIOS
Os métodos quantitativos aplicados são uma combinação das ciências matemáticas, estatísticas e computacionais. As ciências humanas possuem como objeto comum de investigação o ser humano enquanto animal racional social. As ciências sociais investigam a relação social entre os homens. As ciências sociais aplicadas constituem um ramo das ciências humanas e sociais e, por sua vez, são constituídas pelas ciências econômicas, da administração, contábeis e atuariais. Os métodos quantitativos aplicados possuem alguns sinônimos em função da área de aplicação, tais como pesquisa operacional (operations research), administração científica (management science), matemática aplicada, economia matemática, economia numérica etc.
(SIQUEIRA, 2011, p.154).
A matemática, a estatística, a computação e no caso desse trabalho a economia e a administração fazem parte de ciências que dão suporte na aplicação dos métodos quantitativos aplicados a negócios e são utilizadas, segundo SIQUEIRA (2011, p.154), em algumas áreas de aplicação tais como pesquisa operacional, administração científica, matemática aplicada, economia matemática, economia numérica dentre outros.
As ciências sociais, ramo das ciências humanas, diferentemente das ciências exatas, vêem contornar, auxiliar e tentar entender as características e particularidades do comportamento humano e a relação social entre os homens. Essa é a parte em que o Gestor Estratégico de Negócios deve ter maior conhecimento e domínio, pois não se pode prever e controlar com exatidão o resultado a respeito de tal ou qual evento que envolva decisões de pessoas em tal ou qual assunto, isso dependerá de inúmeras variáveis que receberão influências de tantas outras. O que pode ser feito é uma previsão através da probabilidade e estatística para se saber o resultado aproximado de um evento conforme essa ou aquela tomada de decisão. Dessa forma os métodos quantitativos aplicados a negócios vêem dar o suporte necessário ao Gestor Estratégico de Negócios para que ele possa elaborar seu planejamento estratégico e tomar as melhores decisões para colocar em prática e cumprir esse planejamento, atingindo suas metas e objetivos.
Os métodos de apoio à tomada de decisão podem ajudar as empresas a, por exemplo:
Decidir que tipo de tecnologia utilizar para a obtenção de um novo produto, considerando os riscos envolvidos e as conseqüências potenciais de cada alternativa;
Designar elementos de uma equipe para a realização de diversas tarefas de forma otimizada;
Optar pela modalidade de seguro mais interessante em face dos riscos inerentes ao negócio e aos custos e das recompensas referentes a cada alternativa considerada;
Alocar recursos em diferentes opções de mídia de forma eficiente;
Dimensionar corretamente a produção de determinado item, tendo em mente a flutuação natural da demanda e eventuais custos de sobra e de falta incorridos;
Decidir onde instalar uma antena de transmissão, levando em conta o que pode acontecer se cada um dos possíveis locais for escolhido.
(BOUZADA & SANTOS & SOUZA & JUNIOR & CORSO & WELGACZ & PEIXE & RIBEIRO & FARIAS, 2013, p.148).
Um Gestor Estratégico de Negócios vive inúmeros momentos em que tem de tomar decisões, e para isso precisa de informações que possam nortear essa tomada de decisão, pois é assim que ele e sua equipe constroem o planejamento estratégico da empresa e aplicam a estratégia formulada acompanhando se o que foi planejado esta sendo executado com sucesso. Assim BOUZADA & SANTOS & SOUZA & JUNIOR & CORSO & WELGACZ & PEIXE & RIBEIRO & FARIAS (2013, p.148) dá vários exemplos de como os métodos de apoio a tomada de decisão podem ajudar as empresas, ele cita:
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Decisão no tipo de tecnologia mais viável a ser utilizada.
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Designar as pessoas mais adequadas para tarefas visando a otimização.
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Alocar recursos de forma eficiente.
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Dimensionar a produção de um item.
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Escolher melhor opção de seguro.
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Decidir sobre a localização de instalação de uma antena de transmissão.
Observa-se uma variedade de aplicação no apoio a tomada de decisão através de métodos quantitativos envolvendo decisões administrativas, econômicas e de engenharia e todas com reflexos sobre a saúde da empresa e do negócio da empresa. Isso demonstra a necessidade de consideração que os Gestores Estratégicos de Negócios devem ter sobre esse assunto, sendo crucial para o acerto na tomada de decisão.
A Programação Linear é uma técnica de otimização.
A Programação Linear é uma ferramenta utilizada para encontrar o lucro máximo ou o custo mínimo em situações nas quais temos diversas opções de escolha sujeitas a algum tipo de restrição ou regulamentação. Portanto, a PL é uma técnica de planejamento baseada em matemática e economia.
(PRADO, 2016, p.198).
Como mencionado anteriormente, a matemática é uma das ciências que dá apoio aos Métodos Quantitativos Aplicados a Negócios e dentro da matemática temos a técnica da programação linear que está sendo mencionada aqui por ser de extrema importância no apoio ao planejamento estratégico trabalhando em conjunto com a economia.
Segundo PRADO (2016, p.198) através da programação linear pode-se encontrar o lucro máximo e o custo mínimo dentre várias opções que recebem influências de restrições e regulamentos. Isso significa que se pode achar a melhor composição que será mais vantajosa para empresa, que possa dar o melhor ganho, não apenas financeiro, mas também de permanência no mercado por exemplo, ou seja, qual será a melhor decisão que trará a melhor vantagem para a organização.
A programação linear é somente uma das inúmeras técnicas e ferramentas que a matemática oferece aos Gestores Estratégicos de Negócios para servir de radar no apoio a tomada de decisão, seu uso está voltado para se descobrir o melhor lucro e o melhor custo que uma empresa pode ter em um determinado planejamento, sendo dois conceitos dos mais importantes para a continuidade da empresa.
8. CONCLUSÃO
A Gestão Estratégica de Negócios é feita através de um planejamento estratégico que leva em conta a posição atual da empresa e aonde ela quer chegar, levando em conta as forças e fraquezas internas e oportunidades e ameaças externas à empresa.
Os Métodos Quantitativos Aplicados a Negócios Diante dos conceitos, funções e aplicabilidades descobertas na pesquisa que deu suporte a esse trabalho oferecem um apoio para os Gestores Estratégicos de Negócio para que os mesmos possam traçar o melhor caminho para o cumprimento da estratégia planejada, servindo de radar para se atingir as metas e objetivos definidos.
Sem ter técnicas e ferramentas para que possam ajudar os Gestores a planejar estrategicamente e executar a estratégia seria como tentar acertar um alvo sem ter visão, isso certamente resultaria em uma margem de erro enorme levando a empresa ao insucesso.
Sendo assim os Métodos Quantitativos Aplicados a Negócios se mostram uma ferramenta valiosa e porque não dizer poderosa, na tomada de decisões para a elaboração de um Plano Estratégico de valor.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RIBEIRO, R. V. Estratégia Empresarial e de Recursos Humanos. 1ª ed. Curitiba: IESDE BRASIL S.A, 2008.
SANTÂNGELO, C. C. F. - Estratégia Empresarial – 2008 - Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/estrategia-empresarial/22409/, Acesso em 04/07/2018.
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SIQUEIRA, J. O. Fundamentos de métodos quantitativos. 1ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2011.
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PRADO, D. S. Programação Linear. 7ª ed. Nova Lima - MG: FALCONI Editora, 2016, vol. 1.
Publicado por: Jairo Bernardes da Silva Junior
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Monografias. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.