Liderança do Futuro e Cultura Organizacional aplicada na era da Inteligência Artificial: Estudo de aplicação da Tecnologia Empresarial Odebrecht nas organizações atualmente.
índice
- 1. RESUMO
- 2. ABSTRACT
- 3. INTRODUÇÃO
- 4. Justificativa/motivação para resolver
- 5. MARCO TEÓRICO
- 5.1 Introdução
- 5.2 Fundamentação Teórica
- 5.2.1 Liderança
- 5.2.2 Tipos de liderança
- 5.2.3 Liderança do Futuro
- 5.2.4 Tipos de líderes
- 5.2.5 Ambiente corporativo
- 5.2.6 Evolução do papel do líder no ambiente corporativo contemporâneo
- 5.2.7 Teorias relevantes: liderança transformacional e situacional
- 5.3 Cultura
- 5.3.1 Cultura Organizacional
- 5.4 Inteligência Artificial (IA)
- 5.4.1 Cultura Organizacional na Era da Inteligência Artificial
- 5.4.2 Transformações na cultura organizacional diante da ascensão da Inteligência Artificial
- 5.5 Modelos emergentes: cultura ágil, cultura da inovação, e sua aplicação no contexto atual
- 5.5.1 Inteligência Artificial e seu Impacto na Liderança e Cultura Organizacional
- 5.5.2 Influência da Inteligência Artificial na estrutura de liderança e nas dinâmicas culturais
- 5.5.3 Desafios e oportunidades para os líderes na era da Inteligência Artificial
- 5.6 Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO)
- 6. Contextualização e Aplicação
- 7. Contribuição e Justificativa
- 8. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
- 8.1 Tipo de Pesquisa
- 8.2 Pesquisa Bibliográfica
- 8.3 Coleta de dados
- 8.4 Análise de Dados
- 9. DESENVOLVIMENTO
- 10. RESULTADOS
- 10.1 Entrevistas
- 10.1.1 Roteiro de entrevista 1
- 10.1.2 Roteiro de entrevista 2
- 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- 11.1 Conclusões
- 11.2 Limitações
- 11.3 Sugestões de pesquisas futuras
- 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1. RESUMO
Com o avanço tecnológico das últimas décadas, em especial nos últimos 5 anos, é possível perceber cada vez mais comum a adesão por tecnologia seja na educação ou mesmo no mundo coorporativo, e entendendo que com a chegada da ‘’nova era’’ da Inteligência Artificial (IA), vai acelerar ainda mais o avanço tecnológico. Este trabalho visa solucionar algo que parece esquecido em meio a grande corrida desenfreada por avanços tecnológicos quando existe a possibilidade da estrutura de liderança de pessoas e a cultura organizacional ser substituída por inteligência artificial podendo gerar problemas éticos e perda de controle no aspecto literário da palavra.
Após pesquisa nas ferramentas mais conceituadas foi possível verificar diversos trabalhos relacionados a gestão de pessoas nos tempos de Inteligência Artificial (IA), porém nenhum focado especificadamente em liderança de pessoas e cultura organizacional. Porém, os trabalhos que tive a oportunidade de ler, poderão e vão ter contribuição bibliográfica no tema a ser abordado. Será trazido para o tema a Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), publicação bibliográfica elaborada pelo Dr. Norberto Odebrecht, que com mais de 90 anos de idade deixou uma obra rica e extensa sobre o tema liderança e cultura organizacional. A ideia fundamental do trabalho visa estudar cientificamente se uma metodologia centenária como a Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), pode ainda ser utilizada, mesmo com o movimento tecnológico pulsante atual. O projeto em questão visa contribuir de forma prática e teórica, fornecendo estudos de caso e pesquisas cientificas do comportamento humano em relação a liderança de pessoas e cultura organizacional em meio a ‘’nova era’’ da Inteligência Artificial (IA) e seus avanços tecnológicos.
Palavras-chave: Liderança; Cultura Organizacional; Inteligência Artificial; Gestão de pessoas; Tecnologia Empresarial Odebrecht; Gestão de mudança.
2. ABSTRACT
With the technological advances of the last decades, especially in the last 5 years, it is possible to see the adoption of technology becoming increasingly common, whether in education or even in the cooperative world, and understanding that with the arrival of the ''new era'' of Intelligence Artificial Intelligence (AI) will further accelerate technological advancement. This work aims to solve something that seems forgotten in the midst of a great race developed by technological advances when there is the possibility of people's leadership structure and organizational culture being increased by artificial intelligence, which can generate ethical problems and loss of control in the literary aspect of the word .
After researching the most reputable tools, it was possible to verify several works related to people management in the times of Artificial Intelligence (AI), but none specifically specified in people leadership and organizational culture. However, the works that you have had the opportunity to read can and will have a bibliographical contribution to the topic to be addressed. The Odebrecht Business Technology (TEO) will be brought to the topic, a bibliographic publication prepared by Dr. Norberto Odebrecht, who at over 90 years of age left a rich and extensive work on the topic of leadership and organizational culture. The fundamental idea of the work is to scientifically study whether a century-old methodology such as Odebrecht Entrepreneurial Technology (TEO) can still be used, even with the pulsating technological movement in which we live. The project in question aims to contribute in a practical and theoretical way, providing case studies and scientific research on human behavior in relation to people leadership and organizational culture amid the ''new era'' of Artificial Intelligence (AI) and its technological advances.
Keywords: Leadership; Organizational culture; Artificial intelligence; People management; Odebrecht Business Technology; Change management.
3. INTRODUÇÃO
3.1. Tema/área de pesquisa e contextualização
Mesmo com toda a evolução tecnológica entendo que a liderança e acultura organizacional continuam a ser partes fundamentais da estruturação coorporativa e se mantem como um dos temas pertinentes no âmbito gerencial e executivo, principalmente no que diz respeito à gestão de pessoas, por tratar-se de um conhecimento que deve ser compartilhado e estudado no que tange as habilidades para o estímulo da eficácia de um determinado grupo e, ou organização.
O papel do líder é essencial, atuando como o ponto de articulação entre as demandas estratégicas e a força humana nas organizações. Ele se torna um elemento vital na estruturação tanto organizacional quanto humana do mundo corporativo. Mesmo diante da crescente robotização e mecanização dos processos, é inegável que a relevância da liderança e da cultura organizacional permanece insubstituível. Surge, portanto, a necessidade premente de remodelar o papel humano para um novo paradigma de liderança, capaz de se adaptar à constante evolução tecnológica. A integração entre os objetivos estratégicos e o potencial humano se torna o alicerce inabalável, transcendendo os avanços tecnológicos e garantindo a sustentação da liderança e da cultura organizacional no cerne das corporações.
Segundo Hunter (2004), em O monge e o executivo, “Quem não muda a direção termina exatamente onde partiu.”, desta forma é possível raciocinar que se não houver uma mudança no estilo de liderança para se adaptar as novas tendências tecnológicas a questão de sensibilidade humana, pode de fato ser abalada e causar colapso estrutural nas organizações corporativas e humanas.
Explorar este tema representa um desafio fundamental que esta pesquisa busca enfrentar: oferecer soluções para a liderança do futuro em um cenário de rápido avanço tecnológico. O propósito é reunir um conjunto robusto de informações, estudos detalhados, análises criteriosas e estatísticas substanciais, além de entrevistas avaliadas. Esse esforço é direcionado a estabelecer um modelo de liderança atualizado e adaptado à evolução tecnológica que está redefinindo os processos e práticas corporativas. O objetivo central é legar às próximas gerações um perfil de liderança e cultura organizacional estruturados, alinhados às demandas emergentes, em um ambiente impregnado pela constante evolução tecnológica.
3.2. Problema de pesquisa
Com a intensa evolução tecnológica dos últimos cinco anos, que tem sido capitaneada pela Inteligência Artificial (IA), onde os processos e fluxos estão sendo robotizados e mecanizados, não se pode esquecer das relações humanas e da cultura organizacional. Desta forma, estudar a mudança de comportamento e a evolução dos estilos de liderança em meio a latente mudança dos dias atuais, é importante para construir o perfil do líder ideal nos tempos de Inteligência Artificial (IA). O objetivo da pesquisa busca responder a questão: ‘’Qual o perfil ideal para o líder do futuro em meio a evolução tecnológica? ’’.
4. Justificativa/motivação para resolver
Tendo como base a possibilidade de perder a sensibilidade na gestão de pessoas em meio ao frenético avanço tecnológico em que a Inteligência Artificial (IA) vem trazendo, espero que este trabalho possa ajudar com estudos e estatísticas apresentando uma solução plausível e factível de continuar gerindo pessoas de forma humana aliada a evolução tecnológica.
4.1. Objetivo geral
Esta pesquisa tem por objetivo analisar a tendência para o futuro da liderança e cultura organizacional em meio a evolução tecnológica mundial e implementação da Inteligência Artificial.
4.2. Objetivos específicos
-
Descrever os principais desafios e quebras de paradigma que o líder do amanhã encontrará nos próximos anos.
-
Desenvolver estudo e pesquisa para avaliar qual o estilo de liderança melhor se adapta a ‘’nova era’’ da Inteligência Artificial.
-
Desenvolver estudo e pesquisa para avaliar o perfil profissional que tende a dominar o mercado de trabalho coorporativo nos próximos anos e quais as suas exigências para que seja moldado um novo perfil de liderança.
-
Elaborar uma proposta de perfil de liderança para as novas gerações que estarão em contato sinérgico com a tecnologia e Inteligência Artificial (IA).
4.3. Resultados esperados
Espera-se estudar e avaliar o comportamento humano no aspecto da Liderança e Cultura Organizacional trazendo por meio de dados e estatísticas sólidas uma solução para o tema em meio a evolução tecnológica e robotização dos processos e ações.
4.4. Estrutura da dissertação
O estudo encontra-se estruturado em seis capítulos. O primeiro consiste na introdução do tema em estudo, abrangendo o objetivo geral, desta forma como os objetivos específicos. É apresentada a pergunta em relação ao problema da pesquisa, com o enfoque no impacto da implantação da ciência de dados nas instituições financeiras públicas, frente a um mercado de extrema competitividade, cenário que exige que as informações sejam obtidas de forma rápida e precisa, permitindo tomada de decisão coerente com o ambiente em que estão inseridos.
Já o segundo capítulo discorre sobre marco teórico, que contextualiza o cenário em que as instituições financeiras se encontram, descrevendo um breve histórico tanto da revolução mercadológica percebida no mercado financeiro, quanto dos efeitos causados pela revolução tecnológica ocorrido ao longo dos anos, alterando sobremaneira a atuação das instituições financeiras no mercado. Na sequência, serão apresentados os benefícios que a ciência de dados pode proporcionar, demonstrando os processos e etapas que deverão ser percorridos, desta forma como as ferramentas disponíveis, analisando a sua aplicabilidade nas instituições financeiras públicas, visando superar os desafios nas suas implementações.
O terceiro capítulo apresenta os procedimentos metodológicos empregados na pesquisa, de forma a permitir o alcance dos objetivos aqui propostos, com a pesquisa de campo em uma instituição financeira pública em Brasília, utilizando um questionário que pretende identificar os problemas e desafios a serem superados, no que tange a implantação da ciência de dados nesta instituição.
O quarto capítulo é direcionado à coleta, tabulação e análise dos dados, onde pretende-se demonstrar de forma objetiva, como se dará a implantação da ciência de dados nas instituições financeiras, indicando as estratégias da implementação, processos e etapa, bem como as ferramentas a serem utilizadas, respondendo, desta forma os objetivos propostos neste estudo.
O quinto capítulo discute e interpreta as informações coletadas a fim de apresentar estratégias de implantação, exibindo uma síntese sobre os resultados coletados, desta forma como os processos que precisarão ser ajustados e as ferramentas que serão utilizadas.
Com relação ao sexto capítulo, serão feitas as considerações finais, mostrando desta forma o objetivo geral e cada um dos objetivos específicos foram obtidos na pesquisa em foco. Serão apresentadas as limitações, desta forma como as sugestões de pesquisas futuras, bem como as considerações para os gestores da instituição, visando apresentar as melhorias e benefícios que a aplicação da ciência de dados pode promover em sua linha de negócio.
5. MARCO TEÓRICO
5.1. Introdução
A crescente evolução tecnológica, notadamente a ascensão da Inteligência Artificial (IA), tem delineado um cenário de transformação radical no mundo corporativo. Neste contexto, a liderança e a cultura organizacional emergem como pilares fundamentais, continuando a exercer um papel central na estruturação e no desenvolvimento das organizações (Ackoff, 1999). A integração desses elementos com a tecnologia tem despertado uma urgência na reconfiguração dos paradigmas tradicionais de gestão e liderança.
Compreender esses elementos torna-se não apenas fundamental para antecipar-se às mudanças, mas também para forjar um novo contexto empresarial mais flexível e resiliente, conforme apontado por Hughes (1996). Este arcabouço teórico busca minuciosamente explorar e sintetizar as diversas correntes de pensamento, teorias e estudos pertinentes que fundamentam a interseção entre liderança, cultura organizacional e o avanço crescente da Inteligência Artificial no tecido das organizações contemporâneas.
Ao mergulhar nessa análise, percebe-se a necessidade de compreender não apenas o panorama tecnológico em constante evolução, mas também a influência intrínseca da liderança e da cultura organizacional na adaptação e na resposta aos desafios impostos pela revolução tecnológica. Essa compreensão profunda se torna um trampolim para a criação de estratégias de liderança que não apenas se harmonizem com a IA e outras inovações, mas que também nutram e fortaleçam a cultura corporativa, mantendo-a como um alicerce robusto para a evolução empresarial.
Os estudos e teorias neste contexto convergem para a necessidade de um líder que não apenas compreenda a tecnologia, mas que também se alinhe com os valores e propósitos da organização. Essa convergência permite que a liderança se torne um ponto de equilíbrio, navegando entre a evolução tecnológica e a preservação da identidade cultural da empresa, catalisando um ambiente que não só adote inovações, mas que também preserve a coesão e o sentido de propósito.
No âmbito da liderança, a demanda por um novo perfil de líder capaz de integrar efetivamente a tecnologia ao ambiente de trabalho, mantendo a sensibilidade humana, torna-se premente (Den Hartog, 2015). Este estudo busca investigar as tendências e características emergentes desse novo perfil de liderança, visando oferecer insights valiosos para a adaptação e desenvolvimento de líderes no contexto da era da IA.
Simultaneamente, a cultura organizacional, historicamente um alicerce fundamental para a coesão e o direcionamento das organizações, enfrenta desafios significativos diante da introdução e implementação acelerada de tecnologias avançadas (Ouchi, 1985). A capacidade de alinhar a cultura organizacional com os avanços tecnológicos se torna uma prioridade estratégica, e este marco teórico se propõe a explorar as melhores práticas e estratégias para essa sinergia.
Ao revisar criticamente a literatura, analisar estudos relevantes e explorar teorias pertinentes, este marco teórico visa estabelecer uma base sólida e abrangente para a compreensão das dinâmicas entre liderança, cultura organizacional e o cenário de mudanças promovido pela Inteligência Artificial nas organizações contemporâneas.
5.2. Fundamentação Teórica
5.2.1. Liderança
De acordo com a liderança é um fenômeno multifacetado e complexo que desempenha um papel central na dinâmica organizacional contemporânea (Hunt, 2004). No âmago dessa complexidade, reside a interseção entre teorias de liderança e práticas emergentes, delineando a evolução dos estilos de liderança ao longo do tempo.
Prentice (2019) afirma que modelos teóricos clássicos, como a teoria dos traços, que identifica atributos pessoais inerentes a líderes eficazes, convergem com perspectivas modernas, como a teoria situacional, que enfatiza a adaptação do líder ao contexto e às necessidades da equipe. Além disso, o paradigma da liderança transformacional ganha destaque, evidenciando a capacidade do líder de inspirar e motivar seguidores, impulsionando mudanças significativas e sustentáveis (Bass, 2006).
A liderança autêntica surge como uma abordagem contemporânea que enfatiza a congruência entre os valores do líder e suas ações, promovendo a construção de relacionamentos de confiança e engajamento genuíno (Lutans, 2003). Nesse contexto, a inteligência emocional do líder emerge como uma competência essencial, permitindo a gestão eficaz das emoções individuais e coletivas, facilitando a resolução de conflitos e fomentando um clima organizacional propício à inovação e ao crescimento.
Além disso, segundo Moore, Costa e Paiva Lima (2010) a diversidade e a inclusão tornaram-se pilares fundamentais na liderança contemporânea, exigindo líderes que sejam sensíveis e capazes de navegar por ambientes culturais e socialmente diversos, integrando perspectivas variadas para promover equidade e aproveitar a riqueza da pluralidade. Desta forma, a liderança transcende a mera supervisão e direção, transformando-se em um processo dinâmico que requer habilidades adaptativas, consciência situacional e uma compreensão holística das relações humanas e organizacionais.
Figura 1 : Competing Values Framework para estilos de liderança
Fonte: Quinn (1988, p. 49).
No quadrante superior esquerdo, o modelo de relações humanas prioriza valores como coesão, moral e desenvolvimento de recursos humanos. Já o modelo de sistemas abertos, no quadrante superior direito, valoriza o crescimento, a aquisição de recursos e o suporte externo. O modelo meta-racional, localizado no quadrante inferior direito, enfatiza aspectos como planejamento, metas, produtividade e eficiência. Por fim, o modelo de processo interno, no quadrante inferior esquerdo, destaca a gestão da informação, comunicação, estabilidade e controle (Quinn, 1988).
Além do framework principal, que apresenta os quatro modelos de teoria organizacional, Quinn (1988) desenvolveu adaptações. Uma delas representa os quatro estilos de cultura organizacional nos quadrantes do framework, sendo essa adaptação a mais amplamente reconhecida e utilizada. Além disso, houve outra adaptação para o nível gerencial, moldando o framework para representar quatro estilos de liderança.
5.2.2. Tipos de liderança
A diversidade de tipos de liderança reflete a variedade de abordagens adotadas por indivíduos na condução de equipes e organizações. A liderança autocrática se destaca como um modelo centralizado, onde o líder detém o poder de tomada de decisão, impondo diretrizes sem considerar a opinião do grupo (McKee; Massimilian, 2006). Em contrapartida, para Meijerink; Stiller (2013) a liderança democrática, fundamentada na participação e colaboração, envolve a equipe no processo decisório, promovendo um ambiente de inclusão e estimulando a criatividade.
Figura 2 Tipos de liderança
Fonte: Turano; Cavazone (2016).
De acordo a figura 2 os líderes desempenham um papel fundamental na dinâmica entre os diferentes tipos de seguidores. Enquanto os seguidores fiéis representam a base estável de apoio, os mercenários, movidos por interesses pessoais, podem desafiar a integridade da liderança. Dentro desse contexto, a liderança se manifesta em diferentes formas: líderes carismáticos arrastam multidões, mobilizando-as com sua visão envolvente; aqueles capazes de interpretar multidões entendem as nuances e necessidades coletivas, adaptando-se às demandas do momento; por fim, os líderes que representam multidões agem como porta-vozes, defendendo e articulando os interesses e aspirações dos grupos que representam. Essas relações complexas entre líderes e seguidores variam de acordo com o tipo de liderança exercida e as motivações individuais ou coletivas dos seguidores.
A liderança laissez-faire, por sua vez, delega grande autonomia aos membros da equipe, proporcionando liberdade e espaço para iniciativa individual, embora possa resultar em falta de direção clara Denmark (1977). O estilo transacional de liderança estabelece trocas entre líder e seguidores, baseadas em recompensas e punições, visando atingir metas específicas por meio de contratos claros e expectativas definidas Mazzarella (1989). Em contraste, a liderança transformacional inspira e motiva os seguidores, buscando o desenvolvimento pessoal e o alcance de objetivos coletivos, estimulando a inovação e o crescimento organizacional Fullan (2005). Além disso, a liderança situacional reconhece a necessidade de adaptar o estilo de liderança às circunstâncias variáveis, ajustando-se às competências e maturidade da equipe.
De acordo com Sousa; Rocha (2019), em um mundo cada vez mais diversificado e globalizado, a liderança inclusiva e adaptativa emerge como uma necessidade premente, incorporando princípios de diversidade, equidade e inclusão para promover ambientes organizacionais mais justos e produtivos. Desta forma, a pluralidade de abordagens de liderança reflete a complexidade das relações humanas e organizacionais, demandando líderes versáteis e capacitados a utilizar diferentes estilos em contextos variados para alcançar resultados eficazes e sustentáveis.
5.2.3. Liderança do Futuro
No contexto contemporâneo, o panorama organizacional enfrenta desafios e transformações inéditos, exigindo uma redefinição contínua das práticas de liderança. Este estudo, segundo Wang; Hou; Li (2022) busca examinar a dinâmica emergente da liderança do futuro, considerando os elementos-chave que moldam esse paradigma. A análise destina-se a oferecer uma visão abrangente das tendências e demandas que delineiam a figura do líder nos ambientes organizacionais contemporâneos e futuros.
Tabela 1 Tipos de Liderança: Comparação e Características Principais
Tipo de Liderança |
Descrição |
Principais Características |
Liderança Autocrática |
Centralizada e hierárquica, onde o líder toma decisões sem consulta à equipe |
Decisões rápidas, clareza nas diretrizes, pouca participação dos membros da equipe |
Liderança Democrática |
Envolvimento da equipe no processo decisório, busca por consenso e participação |
Inclusão, diversidade de ideias, ambiente de colaboração, maior motivação |
Liderança Laissez-Faire |
Delegação ampla de responsabilidades aos membros da equipe |
Autonomia, liberdade para inovação, criatividade, porém, possibilidade de falta de direção |
Liderança Transacional |
Baseada em recompensas e punições, estabelecimento de acordos claros e metas específicas |
Troca entre líder e seguidores, estruturação clara de expectativas, foco em resultados |
Liderança Transformacional |
Inspiração e motivação dos seguidores, foco no desenvolvimento pessoal e coletivo |
Inovação, busca por um propósito comum, estimula o crescimento individual e organizacional |
Liderança Situacional |
Adaptação do estilo de liderança conforme as necessidades e competências da equipe |
Flexibilidade, ajuste às circunstâncias, personalização na abordagem liderança |
Fonte: Ahluwalia (2020). Adaptado pelo autor (2023).
Na Tabela 1 a compreensão aprofundada dos diferentes estilos de liderança é fundamental para a eficácia da gestão organizacional contemporânea. A análise crítica dos tipos de liderança, conforme apresentados, revela uma panorâmica inicial dos modelos predominantes. Entretanto, essa compilação simplificada pode obscurecer a complexidade inerente aos estilos de liderança. Cada abordagem, autocrática, democrática, laissez-faire, transacional, transformacional e situacional, possui características distintas que se manifestam de maneira variada em diferentes contextos organizacionais. A falta de contextualização na tabela limita a compreensão da interdependência entre o estilo de liderança e o ambiente onde é aplicado. Por exemplo, a liderança autocrática, de acordo com Hogg (2021) pode ser eficaz em situações de urgência e clareza de direção, mas seu uso excessivo pode minar a motivação e a criatividade da equipe. Da mesma forma, a liderança democrática, apesar de promover a participação, pode ser ineficaz em momentos que requerem decisões rápidas e firmes (Caillier, 2020). O embasamento teórico subjacente a cada estilo, se referenciado na tabela, ampliaria a credibilidade e a compreensão sobre esses modelos. Portanto, uma abordagem mais holística, considerando exemplos práticos, a influência do contexto e a base teórica, seria essencial para uma análise aprofundada e aplicável dos tipos de liderança no ambiente organizacional contemporâneo.
A liderança, ao longo da história, evoluiu de um modelo hierárquico e autoritário para abraçar abordagens mais participativas e inclusivas (Stone, 2023). A transição de lideranças baseadas na autoridade formal para um paradigma mais colaborativo reflete a valorização crescente das habilidades interpessoais e da capacidade de adaptação a cenários multifacetados (Keith, 2023). O advento das tecnologias disruptivas e a interconexão global impulsionaram essa transição, exigindo líderes capacitados a lidar com a complexidade e a incerteza.
A liderança do futuro se define pela agilidade, adaptabilidade e capacidade de inspirar e mobilizar equipes multifuncionais. Os líderes eficazes são aqueles capazes de facilitar a inovação, promover a diversidade de pensamento e orientar suas organizações diante da incerteza (Moldoveani; Narayandas, 2019). A competência técnica permanece relevante, mas é complementada pela inteligência emocional e pela habilidade de gerenciar a ambiguidade de forma produtiva.
Embora a perspectiva da liderança do futuro seja promissora, enfrenta desafios significativos. A gestão de equipes remotas, a diversidade cultural e a constante transformação tecnológica requerem líderes flexíveis e empáticos (Markopoulos et al., 2020). A oportunidade reside na capacidade de transformar desafios em alavancas para o crescimento, promovendo a resiliência e a inovação por meio de estratégias de liderança inclusivas e adaptativas.
A liderança do futuro é um campo em constante evolução, moldado por um ambiente organizacional cada vez mais complexo e interconectado. Os líderes do futuro serão aqueles capazes de transcender paradigmas tradicionais, abraçando a diversidade, a inovação e a capacidade de adaptação como pilares fundamentais de sua atuação (Argus; Samson, 2021). Neste cenário, o investimento no desenvolvimento de habilidades interpessoais, cognitivas e emocionais emerge como um imperativo para a formação de líderes verdadeiramente eficazes e inspiradores.
5.2.4. Tipos de líderes
Compreender os distintos tipos de líderes, enquanto indivíduos que exercem influência e direção em contextos diversos, transcende a mera categorização e adentra a esfera da singularidade e das complexidades individuais. A análise crítica desses tipos, focalizando-se na pessoa física que ocupa o papel de líder, revela um panorama diversificado e interconectado de características, habilidades e estilos de liderança.
Tabela 2 Tipos de Líderes: Associações entre Personalidades, Comportamentos e Temperamentos
Tipo de Líder |
Tipos de Personalidades |
Tipos de Temperamento |
Autocrático |
Personalidade dominante, assertiva, tendência ao controle |
Temperamento Colérico |
Democrático |
Personalidade aberta, comunicativa, empática |
Temperamento Sanguíneo |
Laissez-faire |
Personalidade confiante, criativa, com tendência à liberdade |
Temperamento Fleumático |
Transacional |
Personalidade pragmática, orientada a metas, negociadora |
Temperamento Melancólico |
Transformacional |
Personalidade carismática, visionária, motivadora |
Pode variar, tendendo a temperamentos Sanguíneo e Colérico |
Fonte: Dobbs; Lindisay; Jackson (2019). Adaptado pelo autor (2023).
De acordo com a tabela 2 os tipos de líderes, as personalidades associadas e os temperamentos correspondentes estabelecem um intricado e dinâmico panorama na compreensão da liderança. A liderança autocrática, caracterizada por uma personalidade dominante e uma tendência ao controle, encontra paralelos com o temperamento Colérico, que expressa características de determinação e assertividade. Por outro lado, o líder democrático, com sua personalidade aberta, empática e comunicativa, se assemelha ao temperamento Sanguíneo, marcado por sua sociabilidade e adaptabilidade. O líder Laissez-faire, confiante e inclinado à liberdade, compartilha similaridades com o temperamento Fleumático, que demonstra calma e flexibilidade. Enquanto isso, o líder transacional, com sua abordagem pragmática e foco em metas, se relaciona com o temperamento Melancólico, reconhecido por sua meticulosidade e busca pela eficiência. Já o líder transformacional, que muitas vezes manifesta uma personalidade carismática, visionária e motivadora, pode transitar entre características associadas aos temperamentos Sanguíneo e Colérico. Essa fluidez reflete-se na capacidade do líder transformacional de se adaptar e inspirar, utilizando uma gama diversificada de traços de personalidade para mobilizar e influenciar positivamente a equipe. Desta forma, as interconexões entre tipos de líderes, personalidades e temperamentos evidenciam a riqueza e a complexidade dos elementos que permeiam a liderança. Essas relações, de acordo com Hemshorn de Sanchez, Gerpott e Lehmann-Willenbrock (2022), não apenas destacam a diversidade de abordagens de liderança, mas também revelam a importância de compreender os nuances comportamentais e emocionais dos líderes para uma liderança eficaz e adaptativa em ambientes organizacionais diversos.
Os líderes, enquanto agentes ativos, são moldados por uma gama de atributos pessoais, experiências, valores e competências que permeiam sua atuação. A liderança autocrática, de gundo Otto; Geibel e Klezewski (2021), quando encarnada por um líder específico, pode refletir não apenas uma preferência por tomar decisões unilaterais, mas também traços de personalidade dominantes e uma visão clara de propósito. Em contrapartida, a liderança democrática, para Caillier (2020), quando expressa por um líder, não apenas implica na busca por consenso, mas também pode ser reflexo de uma abertura para a diversidade de opiniões e uma capacidade de delegar responsabilidades.
Ademais, a liderança laissez-faire, quando personificada por um indivíduo, pode refletir não apenas uma inclinação à autonomia, mas também uma confiança inerente na equipe e uma propensão à inovação (Robert; Vandenberghe (2021). Os líderes transacionais, com sua ênfase em recompensas e punições, refletem não apenas um estilo transacional, mas também uma habilidade em negociar e estabelecer metas claras (Purwanto et al., 2020). Por outro lado, os líderes transformacionais, quando encarnados, não somente inspiram e motivam, mas também demonstram uma visão estratégica e habilidades de comunicação excepcionais.
Nesse sentido, a compreensão dos diferentes tipos de líderes não se restringe a uma simples categorização, mas requer uma análise holística e contextualizada das nuances individuais e das inter-relações dinâmicas entre personalidade, contexto e práticas de liderança. Aprofundar-se na compreensão dos líderes enquanto agentes singulares dentro de um contexto amplo de práticas de liderança é fundamental para uma visão mais completa e aplicável no contexto organizacional contemporâneo.
5.2.5. Ambiente corporativo
No cenário contemporâneo, o ambiente corporativo se manifesta como um ecossistema complexo, dinâmico e multifacetado, cujas nuances se entrelaçam em uma teia intricada de relações e influências. Nesse contexto, a compreensão das interconexões entre os diferentes elementos que compõem esse ambiente é fundamental para o entendimento e a análise de suas dinâmicas, implicações e potencialidades. A empresa, enquanto entidade central nesse universo, assume um papel primordial na configuração e na adaptação desse ambiente, sendo tanto um reflexo quanto um agente de transformação das forças que o permeiam (Berle, 1947). É nesse contexto complexo que se delineiam as interações entre cultura organizacional, estratégias empresariais, fatores socioeconômicos e o contexto externo, elementos intrinsecamente conectados que moldam a realidade corporativa.
A cultura organizacional figura como um dos pilares fundamentais na estruturação do ambiente corporativo, sendo um conjunto de valores, crenças, normas e práticas compartilhadas que permeiam os indivíduos e as práticas dentro da organização. Esta cultura atua como um filtro interpretativo, influenciando a forma como os colaboradores percebem, interagem e respondem aos desafios e oportunidades presentes no contexto empresarial (Schein, 1984). Sua interligação com as estratégias empresariais se estabelece na medida em que a cultura organizacional pode ser um facilitador ou um obstáculo para a implementação efetiva das estratégias delineadas pela empresa. Uma cultura que valoriza a inovação e a criatividade, por exemplo, pode estimular o desenvolvimento de estratégias mais ousadas e adaptativas, enquanto uma cultura mais conservadora pode limitar a experimentação e a busca por novas abordagens.
As estratégias empresariais, por sua vez, são delineadas e implementadas considerando tanto fatores internos quanto externos. Elas refletem não apenas as metas e objetivos da organização, mas também a capacidade de adaptação e resposta aos desafios do ambiente corporativo. Nesse contexto, segundo Young (1987), a interconexão entre as estratégias empresariais e os fatores socioeconômicos é evidente, uma vez que as decisões estratégicas são influenciadas por variáveis como políticas governamentais, tendências de mercado, aspectos sociais e econômicos que moldam o contexto no qual a empresa está inserida. Ademais, o contexto externo, composto por competidores, clientes, fornecedores e variáveis macroeconômicas, exerce uma influência significativa na formulação e na execução das estratégias empresariais, demandando flexibilidade e capacidade de adaptação por parte das organizações para se manterem competitivas e relevantes.
Figura 3 Estratégia Empresarial
Fonte: Rumelt (1988).
De acordo com a figura 3 os objetivos da empresa são delineados como metas alinhadas à sua missão, visando alcançar seu propósito ao longo do tempo. Para alcançar esses objetivos, a estratégia empresarial é formulada, baseando-se na análise do ambiente externo e interno. A análise ambiental examina os fatores externos como políticos, econômicos, sociais, tecnológicos e legais que podem impactar a empresa. Enquanto isso, a análise organizacional foca nos recursos, competências, estrutura e cultura internos. Tudo isso é considerado em conjunto, delineando o que existe no ambiente e na empresa para orientar a formulação de estratégias eficazes e alcançar os objetivos da organização.
Assim, a compreensão das interconexões entre cultura organizacional, estratégias empresariais, fatores socioeconômicos e contexto externo se revela como um exercício fundamental para a análise e a compreensão do ambiente corporativo. Esses elementos não atuam de maneira isolada, mas estão intrinsecamente interligados, formando uma teia de relações que moldam e são moldadas pela dinâmica empresarial (Wang; Hou; Li, 2022). É na intersecção desses elementos que se delineiam as oportunidades, os desafios e as possibilidades de atuação e desenvolvimento das organizações, evidenciando a importância de uma abordagem holística e integrada na compreensão e na gestão do ambiente corporativo contemporâneo.
No contexto dinâmico do ambiente corporativo contemporâneo, a compreensão das interconexões entre os diversos elementos que moldam a eficácia organizacional é fundamental. A intricada teia de influências e interações entre os tipos de liderança, as personalidades dos líderes e os temperamentos associados desempenha um papel fundamental na condução e no desenvolvimento de equipes dentro das organizações (Ackoff, 1999). A liderança, por sua vez, transcende a mera tomada de decisões e direcionamento; ela reflete as nuances da personalidade do líder e suas interações com o contexto corporativo.
Os líderes autocráticos, enraizados em personalidades dominantes e controladoras, muitas vezes encontram eco em ambientes onde a urgência e a clareza são primordiais. Sua abordagem unilateral na tomada de decisões pode ser altamente eficaz em situações de emergência, mas pode diminuir a motivação e a inovação a longo prazo. Enquanto isso, de acordo com Stone e Patterson (2023), líderes democráticos, com sua personalidade aberta e empática, tendem a criar um ambiente colaborativo, estimulando a diversidade de ideias e promovendo um senso de inclusão. Essa abordagem frequentemente se adapta a ambientes onde a criatividade e a inovação são valorizadas.
Por outro lado, líderes Laissez-faire, confiantes e voltados à liberdade, podem criar um ambiente propício à criatividade e à autonomia. No entanto, a ausência de direção clara pode resultar em lacunas de orientação e falta de foco. Enquanto isso, líderes transacionais, pragmáticos e orientados a metas, estabelecem trocas claras entre esforço e recompensa, fornecendo estrutura para a equipe (Ahluwalia, 2020). Essa abordagem é eficaz em ambientes onde metas claras e resultados são fundamentais.
Entretanto, o ambiente corporativo contemporâneo demanda cada vez mais líderes transformacionais, com personalidades carismáticas e visionárias. Estes líderes possuem a habilidade de transitar entre uma variedade de características de personalidade, adaptando-se ao contexto e às necessidades da equipe (Sousa; Rocha, 2019). Sua capacidade de inspirar, motivar e impulsionar mudanças profundas é especialmente valiosa em ambientes dinâmicos e em constante evolução.
Nesse sentido, a compreensão das interconexões entre os tipos de líderes, as personalidades e os temperamentos são essenciais para a criação de ambientes organizacionais eficazes. A capacidade de adaptar a abordagem de liderança às demandas contextuais, considerando as nuances da personalidade do líder, segundo Prudêncio; Forte e Crisóstomo (2021) é fundamental para promover um clima organizacional propício à inovação, à colaboração e ao crescimento sustentável. Essa compreensão mais profunda das interações entre elementos-chave na dinâmica corporativa permite uma liderança mais consciente e adaptativa, alinhando-se às demandas variadas e complexas do ambiente empresarial contemporâneo.
5.2.6. Evolução do papel do líder no ambiente corporativo contemporâneo
O contexto empresarial contemporânea testemunha uma metamorfose significativa no papel do líder, impulsionada por uma intersecção complexa de dinâmicas socioeconômicas, avanços tecnológicos e demandas organizacionais em constante evolução. Este estudo propõe investigar e analisar a natureza dessa transformação, delineando as mudanças fundamentais no papel do líder corporativo na era atual.
O líder corporativo, ao longo das eras, desempenhou uma variedade de funções e assumiu diferentes abordagens para alcançar os objetivos organizacionais. Das práticas tradicionais de comando e controle aos modelos contemporâneos baseados na influência e colaboração, observa-se uma transição marcante. Essa evolução é impulsionada por uma crescente compreensão da importância da inteligência emocional, empatia e habilidades interpessoais na eficácia do líder moderno (Quatro; Waldman; Gavin, 2007), conforme quadro:
Quadro? Liderança Corporativa
Aspecto |
Descrição |
Exemplos/Métricas |
Visão e Estratégia |
- Visão Organizacional: Descrição clara e inspiradora do destino da empresa a longo prazo.- Estratégia: Plano de ação para alcançar essa visão, incluindo metas e objetivos. |
Exemplo: "Tornar-se líder de mercado em X anos." Métrica: Aumento de X% na participação de mercado. |
Habilidades de Liderança |
- Comunicação Efetiva: Capacidade de transmitir ideias, inspirar e motivar.- Tomada de Decisão: Capacidade de tomar decisões assertivas e estratégicas.- Inteligência Emocional: Gerenciar emoções pessoais e de equipe para um ambiente saudável.- Capacidade de Delegação: Confiar e capacitar a equipe para alcançar resultados. |
Exemplo: Comunicar efetivamente a visão da empresa em reuniões mensais. Métrica: Aumento de X% na satisfação dos funcionários após implementação de novos processos de delegação. |
Desenvolvimento de Equipe |
- Formação de Equipe: Construção de uma equipe diversificada e capacitada.- Cultura Corporativa: Fomentar um ambiente de trabalho positivo e produtivo.- Feedback e Reconhecimento: Oferecer feedback construtivo e reconhecer o desempenho excepcional. |
Exemplo: Implementação de programas de treinamento para desenvolvimento de habilidades. Métrica: Redução de X% na rotatividade de funcionários após ações de reconhecimento. |
Adaptação e Inovação |
- Flexibilidade: Capacidade de se adaptar a mudanças e desafios.- Promoção da Inovação: Encorajar a criatividade e o pensamento inovador. |
Exemplo: Adoção de novas tecnologias para otimizar processos existentes. Métrica: Lançamento bem-sucedido de X novos produtos nos últimos X meses. |
Responsabilidade e Ética |
- Ética Empresarial: Práticas éticas e responsáveis em todos os níveis da organização.- Responsabilidade Social Corporativa: Compromisso com a comunidade e o meio ambiente. |
Exemplo: Implementação de políticas de reciclagem e redução de resíduos. Métrica: Contribuição de X horas de voluntariado da equipe para causas sociais locais. |
Fonte: Rong;Holme; Chen (2019).
O líder contemporâneo é identificado por um conjunto diversificado de competências, incluindo habilidades de comunicação eficaz, capacidade de adaptação a cenários voláteis e habilidade para fomentar uma cultura organizacional inclusiva e inovadora (Mazzarella, 1989). Além das aptidões técnicas, o foco recai sobre a capacidade do líder de inspirar, motivar e desenvolver equipes multifuncionais em um ambiente dinâmico e globalizado.
Enfrentando a complexidade de um mercado global altamente competitivo, o líder contemporâneo se depara com desafios sem precedentes. A gestão de equipes virtualizadas, a diversidade cultural e a rápida evolução tecnológica exigem uma redefinição contínua das estratégias de liderança (Hughes, 1996). A adaptação torna-se, portanto, fundamental, demandando líderes ágeis e flexíveis capazes de navegar pelas incertezas e mudanças constantes.
O papel do líder no ambiente corporativo contemporâneo transcende as fronteiras convencionais, exigindo uma gama mais ampla de habilidades e competências. O líder eficaz é aquele que se torna um catalisador de mudanças positivas, inspirando e capacitando sua equipe para enfrentar os desafios atuais e futuros (Hunt, 2004). Dessa forma, a contínua adaptação e o desenvolvimento de habilidades interpessoais, cognitivas e emocionais emergem como pedras angulares na construção de líderes capazes de conduzir as organizações rumo ao sucesso sustentável.
5.2.7. Teorias relevantes: liderança transformacional e situacional
A liderança transformacional e situacional são duas teorias fundamentais que influenciam o entendimento e a prática da liderança contemporânea.
Liderança Transformacional
A teoria da liderança transformacional enfatiza a capacidade do líder em inspirar, motivar e transformar seguidores por meio da comunicação visionária, carisma pessoal, estabelecimento de metas desafiadoras e desenvolvimento individualizado. Este modelo de liderança busca não apenas alcançar os objetivos organizacionais, mas também promover mudanças profundas e positivas na visão, valores e motivações dos liderados (Bass, 2006). Os líderes transformacionais são reconhecidos por seu impacto na cultura organizacional, estimulando a criatividade, a inovação e a identificação com objetivos comuns.
Liderança Situacional:
Adaptação do Estilo de Liderança: Os líderes devem ajustar seu estilo de liderança de acordo com a prontidão, habilidades e motivação dos liderados para alcançar os objetivos desejados (Gonçalves, 2011).
Quatro Estilos de Liderança: Os quatro estilos de liderança situacional são: direção, apoio, delegação e orientação, variando em níveis de direção e apoio fornecidos pelo líder em relação às necessidades dos liderados.
Flexibilidade e Contextualização: A chave para o sucesso está na capacidade do líder de ser flexível e adaptar seu estilo às demandas específicas de cada situação e grupo de liderados.
Componentes-Chave da Liderança Transformacional / Situacional:
Tabela 3 Componentes da Liderança Transformacional e Princípios da Liderança Situacional
Componentes da Liderança Transformacional |
Descrição |
Carisma e Inspiração |
Habilidade para inspirar e motivar as equipes por meio da visão e entusiasmo. |
Influência Idealizada |
Estabelecimento de altos padrões éticos e comportamentais, servindo como modelo para os seguidores. |
Estímulo Intelectual |
Encorajamento da criatividade e do pensamento inovador, desafiando normas e incentivando novas perspectivas. |
Consideração Individualizada |
Reconhecimento e atendimento às necessidades individuais dos membros da equipe, promovendo crescimento pessoal e profissional. |
Liderança Situacional |
Descrição |
Teoria da liderança situacional |
Propõe que a eficácia do líder está ligada à adaptação do estilo de liderança de acordo com as necessidades específicas da situação e dos liderados. |
Base na maturidade dos liderados |
Não há um estilo de liderança universalmente eficaz; diferentes abordagens devem ser adotadas dependendo do nível de prontidão ou maturidade dos liderados para realizar uma determinada tarefa ou alcançar um objetivo. |
Fonte: Lynch (2015). Adaptado pelo autor (2023).
A tabela 3 apresenta uma síntese clara e organizada dos componentes fundamentais da liderança transformacional e dos princípios da liderança situacional. Ela permite uma compreensão sucinta e comparativa entre as características-chave de ambas as teorias, destacando suas diferenças e focos principais. Na seção dos "Componentes da Liderança Transformacional", são destacados quatro elementos essenciais. O carisma e a capacidade de inspirar, segundo Keith (2023) são enfatizados como meios para motivar as equipes, seguidos pela influência idealizada, que delineia a importância de estabelecer padrões éticos e comportamentais elevados como modelo para os liderados. O estímulo intelectual é mencionado como um meio de fomentar a inovação e a criatividade, enquanto a consideração individualizada ressalta a necessidade de reconhecer e atender às necessidades individuais dos membros da equipe para promover seu crescimento.
Por outro lado, na seção da "Liderança Situacional", a teoria é contextualizada como uma abordagem que se baseia na premissa de que não existe um estilo de liderança universalmente eficaz (Keith, 2023). Destaca-se a importância da adaptação do estilo de liderança conforme a situação e o nível de prontidão ou maturidade dos liderados.
A análise da tabela revela a complementaridade entre essas abordagens. Enquanto a liderança transformacional se concentra em atributos e comportamentos específicos do líder, como carisma, inspiração e influência idealizada, a liderança situacional se destaca na flexibilidade e adaptação do líder às demandas do ambiente e dos liderados.
Esses diferentes enfoques evidenciam a necessidade de uma abordagem multifacetada para a liderança, reconhecendo a importância tanto dos atributos e comportamentos do líder quanto da adaptação contextual para alcançar a eficácia na condução de equipes e organizações
5.3. Cultura
A cultura é um tecido intricado que permeia todas as facetas da sociedade, influenciando e sendo influenciada por diversas instâncias. Clifford Geertz (2022), em sua abordagem densa sobre a interpretação da cultura, a descreve como um sistema de significados compartilhados, onde os símbolos, rituais e práticas são cruciais na construção do sentido coletivo. Essa perspectiva ressalta a natureza simbólica e interpretativa da cultura, evidenciando como ela se manifesta não apenas em formas tangíveis, mas também em valores, crenças e normas que guiam o comportamento humano.
A cultura não é um artefato estático, mas sim um processo dinâmico e em constante evolução. A teoria da "Evolução Cultural" de Franz Boas (2004) e posteriormente desenvolvida por Ruth Benedict e Margaret Mead destaca a pluralidade de expressões culturais e a necessidade de compreender cada cultura em seu contexto específico. Essa abordagem enfatiza a adaptabilidade e a diversidade cultural, rejeitando visões unilaterais ou hierárquicas das diferentes manifestações culturais ao redor do mundo.
Além disso, a cultura atua como uma lente pela qual percebe-se o mundo, moldando nossas percepções, comportamentos e relações sociais. Pierre Bourdieu (2006), por meio de sua teoria da Produção Cultural, destaca como o campo cultural é um espaço de disputa e reprodução de poder, onde o capital cultural influencia a posição e o status dos indivíduos na sociedade. Essa perspectiva ressalta a dimensão social e política da cultura, evidenciando como ela é um instrumento fundamental na construção e manutenção das estruturas de poder e hierarquia social.
Figura 4 Conceitos centrais na definição de cultura e práticas culturais
Fonte: Spencer-Oatey; Franklin (2012). Adaptado pelo autor (2023).
A figura 1 demonstra que A cultura é um reflexo direto das práticas culturais dentro de um ambiente social específico, representando as crenças, valores, tradições e expressões artísticas de um grupo. As práticas culturais são os comportamentos, rituais e atividades que uma comunidade adota e compartilha, moldando a identidade coletiva e influenciando as interações entre seus membros. Esse conjunto de práticas é fortemente influenciado pelo ambiente social, que inclui elementos como história, política, economia e geografia, exercendo um papel fundamental na formação e evolução da cultura de uma sociedade.
A compreensão da cultura, portanto, vai além de simples manifestações artísticas ou folclóricas; ela se insere nas práticas cotidianas, na forma como as relações ocorrem, comportamentos e percepção do mundo ao redor. A cultura não é apenas um reflexo da sociedade, mas também um agente ativo na sua transformação e reconfiguração ao longo do tempo. Assim, analisar a cultura requer uma abordagem holística, que considere sua complexidade, fluidez e interconexões com todos os aspectos da vida humana.
5.3.1. Cultura Organizacional
A Cultura organizacional é um elemento vital dentro das estruturas corporativas, sendo um conjunto de valores, crenças, normas e práticas compartilhadas que moldam a identidade e o funcionamento de uma empresa. Hesmondhalgh (2006), em sua teoria sobre cultura organizacional, destaca três níveis: artefatos visíveis (como símbolos, rituais e estruturas), valores compartilhados e pressupostos básicos (crenças fundamentais e implícitas). Essa abordagem ressalta a complexidade e a profundidade da cultura organizacional, indo além do que é evidente e explorando os aspectos mais intrínsecos que guiam o comportamento e as decisões dentro da organização.
A cultura organizacional não apenas define a identidade da empresa, mas também influencia diretamente seu desempenho e eficácia. Autores como Livari (2011) destacam como a cultura pode ser um fator determinante na estratégia, na adaptação ao ambiente externo e na coesão interna. Por exemplo, uma cultura empresarial que valoriza a inovação e a colaboração tende a promover um ambiente propício à criatividade e ao desenvolvimento de novas ideias.
Figura 5 Elementos da Cultura Organizacional
Fonte: Onken (1999).
A cultura organizacional desempenha um papel fundamental na atração e retenção de talentos. Empresas que cultivam uma cultura inclusiva, transparente e com propósito tendem a atrair profissionais alinhados com esses valores, o que fortalece a identidade organizacional e impulsiona o engajamento dos colaboradores. Autores contemporâneos, como Hunt (2004), também ressaltam a importância da adaptação da cultura organizacional às mudanças no ambiente de negócios, destacando a necessidade de flexibilidade e evolução para se manterem relevantes e competitivas.
No entanto, a cultura organizacional também pode apresentar desafios, especialmente quando valores ou práticas são dissonantes com os objetivos estratégicos da empresa ou quando há resistência à mudança (Onken, 1999). Lidar com subculturas internas, conflitos de valores e mudanças culturais pode ser um processo complexo e desafiador para os líderes organizacionais.
Assim, compreender e gerenciar a cultura organizacional torna-se essencial para o sucesso e a sustentabilidade de uma empresa. É necessário um olhar atento aos diferentes níveis culturais, à sua adaptação às demandas do mercado e à promoção de uma cultura que não apenas represente os valores da empresa, mas também impulsione a inovação, a produtividade e o bem-estar dos colaboradores
5.4. Inteligência Artificial (IA)
A Inteligência Artificial (IA) emerge como uma área de estudo que desafia as fronteiras do conhecimento humano, prometendo revolucionar a maneira como se interage com o mundo e como as máquinas percebem, aprendem e tomam decisões. Esta disciplina multidisciplinar navega entre os campos da ciência da computação, matemática, neurociência e filosofia, buscando replicar a capacidade cognitiva humana em sistemas computacionais (Peifer; Jeske; Hille, 2022).
A história da IA remonta aos primórdios da computação, quando pioneiros como Alan Turing (2009) levantaram questões fundamentais sobre a possibilidade de máquinas pensantes. Avanços subsequentes, como a lógica simbólica e a teoria dos jogos, pavimentaram o caminho para a formalização de algoritmos capazes de imitar raciocínio humano.
No entanto, foi somente com o advento da capacidade de processamento computacional exponencial e o desenvolvimento de técnicas como redes neurais profundas e aprendizado de máquina que a IA deu passos largos. A capacidade de processar grandes volumes de dados e extrair padrões complexos impulsionou aplicações impressionantes em áreas tão diversas quanto medicina, finanças, transporte e entretenimento (Verma, 2018).
Contudo, a IA não está isenta de desafios éticos e sociais. Questões sobre privacidade, viés algorítmico e o impacto no mercado de trabalho despertam debates acalorados. A responsabilidade ética na criação e uso da IA torna-se fundamental à medida que a tecnologia avança e seu alcance se expande (Greenstein, 2022).
Diante desse panorama, a IA não é meramente uma ferramenta tecnológica, mas um reflexo de nossos próprios valores e escolhas enquanto sociedade. Compreender seu potencial, desafios e limitações é essencial para moldar um futuro onde a inteligência artificial coexista harmoniosamente com a humanidade, contribuindo para o bem-estar global e o avanço científico.
5.4.1. Cultura Organizacional na Era da Inteligência Artificial
A ascensão da inteligência artificial (IA) representa um marco transformador na dinâmica das organizações contemporâneas, impactando diretamente a cultura organizacional. Este estudo propõe investigar e analisar os efeitos da presença crescente da IA na cultura corporativa, considerando os desafios e as oportunidades emergentes nesse cenário.
A integração da IA nas operações corporativas provoca mudanças substanciais na cultura organizacional, afetando a maneira como as tarefas são executadas, a colaboração entre equipes e a tomada de decisões. A rápida evolução tecnológica e a automação de processos têm implicações profundas na cultura, desafiando conceitos arraigados de hierarquia, comunicação e aprendizado organizacional (Greenstein, 2022).
Os desafios encontrados na adaptação à presença da IA incluem a resistência à mudança, o temor da substituição de empregos humanos e a necessidade de requalificação profissional (Markopoulos; Kirane; Vanharanta, 2020). Contudo, as oportunidades também se apresentam, como a otimização de processos, a criação de novos modelos de negócios e o desenvolvimento de competências humanas complementares à IA, como criatividade, pensamento crítico e habilidades socioemocionais.
Diante desse panorama, uma cultura organizacional adaptativa se torna fundamental. Para Otto; Geibel; Kleszewski, 2021), lideranças capazes de promover uma mentalidade aberta à inovação, estimular a aprendizagem contínua e fomentar a colaboração entre humanos e sistemas de IA emergem como elementos essenciais para a sustentabilidade e o sucesso das organizações.
A presença cada vez mais marcante da IA nas organizações impõe uma reflexão profunda sobre a cultura corporativa. A adaptação eficaz requer uma abordagem proativa, integrando a tecnologia à cultura organizacional de forma sinérgica. Nesse contexto, o desenvolvimento de uma cultura adaptativa, flexível e orientada para a inovação se apresenta como um diferencial competitivo fundamental na era da inteligência artificial.
5.4.2. Transformações na cultura organizacional diante da ascensão da Inteligência Artificial
A crescente integração da Inteligência Artificial (IA) no tecido empresarial desencadeia mudanças significativas na cultura organizacional. Este estudo busca examinar as transformações culturais emergentes no ambiente corporativo, impulsionadas pelo avanço e adoção da IA.
A inserção da IA nas práticas empresariais instiga uma redefinição dos padrões culturais, afetando processos, interações e modos de pensamento dentro das organizações. A automação de tarefas rotineiras e a análise preditiva alteram a dinâmica do trabalho, desafiando a tradicional hierarquia e demandando flexibilidade na cultura organizacional (Ivaldi; Scaratti; Fregnan, 2022).
A adaptação à presença da IA apresenta desafios, incluindo a resistência à mudança, a possível desumanização do ambiente de trabalho e a necessidade de requalificação profissional (Wang, 2018). A implementação bem-sucedida da IA exige um reposicionamento cultural para aceitar a colaboração entre humanos e máquinas e promover uma cultura de aprendizado contínuo.
No entanto, essa transformação cultural também traz oportunidades. De acordo com Smith (2018), a integração da IA pode estimular a inovação, fomentar o surgimento de novos modelos de trabalho e promover a valorização das habilidades humanas únicas, como criatividade, empatia e pensamento crítico.
A construção de uma cultura adaptativa torna-se imperativa nesse contexto. Lideranças capazes de fomentar uma cultura de experimentação, aprendizado e adaptação contínua emergem como elementos-chave para o sucesso na era da IA (Spencer-Oatey, 2012). Essa cultura deve abraçar a diversidade de habilidades, facilitando a colaboração entre humanos e sistemas de IA.
A ascensão da IA redefine não apenas os processos operacionais, mas também a essência cultural das organizações. Adotar uma abordagem estratégica na construção de uma cultura flexível, adaptativa e colaborativa torna-se fundamental para uma transição eficaz na era da inteligência artificial, promovendo a inovação e a sustentabilidade organizacional.
5.5. Modelos emergentes: cultura ágil, cultura da inovação, e sua aplicação no contexto atual
A evolução contínua do ambiente corporativo tem impulsionado o surgimento de novos modelos culturais, como a cultura ágil e a cultura da inovação. Este estudo se propõe a examinar a aplicação e os impactos desses modelos emergentes no contexto organizacional contemporâneo.
A cultura ágil, inspirada nos princípios do Manifesto Ágil, enfatiza a flexibilidade, colaboração e adaptação rápida a mudanças. Sua aplicação, segundo Livari (2011) transcende o desenvolvimento de software, influenciando a gestão de projetos e processos em diversas áreas. Neste contexto, a cultura ágil promove ciclos de trabalho iterativos, autogestão de equipes e resposta ágil a demandas do mercado.
A cultura da inovação valoriza a experimentação, a criatividade e a busca constante por soluções disruptivas. Ela incentiva a tolerância ao risco, o aprendizado com falhas e a criação de um ambiente que estimule o pensamento fora da caixa (Schein, 1984). A aplicação desta cultura no contexto organizacional contemporâneo visa promover uma mentalidade voltada para a inovação contínua e a diferenciação competitiva.
A implementação desses modelos enfrenta desafios, como a resistência à mudança e a necessidade de redefinição de processos e estruturas organizacionais. No entanto, para Hesmondhalgh (2006) suas vantagens são significativas, incluindo a capacidade de adaptar-se rapidamente a ambientes voláteis, promover a criatividade e a colaboração interdisciplinar, além de impulsionar a capacidade de resposta a demandas do mercado em constante transformação.
A sinergia entre a cultura ágil e a cultura da inovação pode potencializar os resultados (Livari, 2011). Ambas as abordagens promovem uma mentalidade proativa, adaptativa e voltada para resultados, alinhando-se aos desafios e às oportunidades do cenário empresarial atual, caracterizado pela incerteza e pela velocidade das mudanças.
Os modelos emergentes de cultura organizacional, como a cultura ágil e da inovação, representam uma resposta adaptativa e estratégica às demandas do contexto empresarial contemporâneo. A integração destas culturas pode catalisar a inovação, promover a agilidade e fortalecer a resiliência organizacional diante de um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e competitivo.
5.5.1. Inteligência Artificial e seu Impacto na Liderança e Cultura Organizacional
A ascensão da Inteligência Artificial (IA) redefine não apenas a dinâmica operacional, mas também a estrutura da liderança e a cultura organizacional. Este estudo busca examinar os efeitos da integração da IA na liderança e na cultura das organizações, considerando os desafios e as oportunidades apresentadas por esse fenômeno transformador.
A presença da IA redefine as habilidades e competências necessárias para liderar no contexto contemporâneo. Para Peifer, Jeske e Hille (2022), líderes são desafiados a compreender e aproveitar as capacidades da IA para tomadas de decisão mais informadas, adotando uma abordagem mais estratégica e voltada para o desenvolvimento de equipes colaborativas com máquinas inteligentes.
A integração da IA na cultura organizacional reconfigura as práticas de trabalho, os processos de tomada de decisão e as interações humanas. Surge a necessidade de uma cultura que abrace a mudança e promova uma mentalidade de aprendizado contínuo, incentivando a colaboração entre humanos e sistemas inteligentes.
A implementação da IA enfrenta desafios significativos, incluindo resistência à mudança, preocupações éticas e sociais, bem como a necessidade de requalificação profissional. A confiança na tecnologia e a compreensão do seu potencial e limitações são fundamentais para mitigar esses desafios.
Apesar dos desafios, a IA oferece oportunidades significativas. Ela aumenta a eficiência, permite uma análise mais precisa e rápida de dados, e libera os colaboradores para tarefas mais estratégicas e criativas. Além disso, impulsiona a inovação e a diferenciação competitiva.
A integração bem-sucedida da IA na liderança e cultura organizacional requer uma abordagem equilibrada. É fundamental alinhar os objetivos estratégicos com os valores e ética da organização, capacitando líderes e colaboradores para aproveitar os benefícios da IA de forma ética e responsável.
A IA está moldando uma nova era na liderança e na cultura organizacional. O desafio reside na capacidade das organizações e líderes de adotar e adaptar-se a essa tecnologia de forma a potencializar suas vantagens, minimizando os riscos e mantendo o foco na humanização do ambiente de trabalho e na criação de valor para todas as partes envolvidas.
5.5.2. Influência da Inteligência Artificial na estrutura de liderança e nas dinâmicas culturais
A ascensão da Inteligência Artificial (IA) está provocando uma reconfiguração substancial na estrutura de liderança e nas dinâmicas culturais das organizações. Esta transformação impacta não apenas as práticas operacionais, mas também os fundamentos da gestão e interação entre os membros da equipe. A integração da IA está remodelando a maneira como os líderes operam e como as culturas organizacionais se adaptam às novas demandas.
A presença da IA implica em uma revisão dos modelos tradicionais de liderança. Os líderes estão incorporando a IA como um parceiro estratégico, capacitando-se para tomar decisões informadas e visionárias baseadas em dados (Smith e Green, 2018). A liderança baseada em IA exige uma compreensão profunda das capacidades e limitações da tecnologia, permitindo uma abordagem mais proativa na gestão de equipes colaborativas, compostas por indivíduos e sistemas inteligentes.
A influência da IA nas dinâmicas culturais é profunda. As organizações estão se adaptando a uma cultura que abraça a inovação tecnológica, promovendo um ambiente que valoriza a aprendizagem contínua e a colaboração entre humanos e sistemas de IA (Hemshorn; Gerpott; Lehmann-Wilenbrock, 2022). Essa mudança cultural envolve a criação de estruturas que favorecem a experimentação, a resolução de problemas de forma inovadora e a flexibilidade para abraçar a mudança.
A adoção da IA na estrutura de liderança e nas dinâmicas culturais enfrenta desafios significativos, como a resistência à mudança e a necessidade de atualização das habilidades dos colaboradores (Markopoulos; Kirane; Vanharanta, 2014). Contudo, essa integração oferece oportunidades valiosas, incluindo a otimização de processos, a liberação de tempo para tarefas mais estratégicas e criativas, e a promoção de uma cultura ágil e inovadora.
A transformação eficaz requer uma abordagem equilibrada. Segundo Verma (2018), líderes e gestores devem orientar a integração da IA de maneira ética e responsável, alinhando-a aos objetivos e valores da organização. Investir no desenvolvimento de habilidades complementares à IA, como a criatividade, o pensamento crítico e as habilidades interpessoais, é fundamental para promover uma adaptação harmoniosa e um ambiente de trabalho sustentável.
A influência da Inteligência Artificial na estrutura de liderança e nas dinâmicas culturais é inegável. A transformação é inevitável, e o desafio reside na capacidade das organizações de abraçar essa mudança de maneira proativa e equilibrada, capitalizando os benefícios da IA enquanto preservam a humanização do ambiente de trabalho e a integridade dos valores organizacionais.
5.5.3. Desafios e oportunidades para os líderes na era da Inteligência Artificial
Na era da Inteligência Artificial (IA),segundo Greenstein (2022) os líderes enfrentam uma série de desafios e oportunidades únicas, moldadas pela presença crescente e impacto dessa tecnologia. Estes são alguns dos principais:
Adaptação à Mudança: Lidar com a rápida evolução da tecnologia e sua integração nas operações requer uma capacidade contínua de adaptação e aprendizado por parte dos líderes.
Requalificação Profissional: A implementação da IA pode levar à automação de certas tarefas, exigindo uma requalificação dos colaboradores e liderados para funções mais estratégicas e habilidades complementares à IA.
Gerenciamento da Complexidade Ética: Tomar decisões éticas em relação ao uso da IA, incluindo questões de privacidade, viés algorítmico e impacto social, é um desafio fundamental para os líderes.
Resistência à Mudança: Enfrentar a resistência à adoção da IA por parte de membros da equipe ou partes interessadas, devido a medos de substituição de empregos ou incertezas sobre a tecnologia.
Oportunidades:
Capacidade de Tomada de Decisão Aprimorada: A IA oferece insights aprimorados por meio da análise de grandes volumes de dados, capacitando os líderes a tomar decisões mais informadas e estratégicas.
Eficiência Operacional: Automatização de processos rotineiros libera tempo para focar em atividades mais estratégicas, impulsionando a produtividade e a eficiência das operações.
Inovação e Criatividade: A IA pode ser um catalisador para a inovação, fornecendo ferramentas e insights para aprimorar a criatividade e a diferenciação nos produtos e serviços oferecidos.
Desenvolvimento de Habilidades Humanas: A oportunidade de desenvolver habilidades humanas exclusivas, como empatia, criatividade e habilidades interpessoais, torna-se uma prioridade em um ambiente colaborativo humano-IA.
Os líderes enfrentam o desafio de equilibrar esses elementos, aproveitando as oportunidades oferecidas pela IA para impulsionar a inovação e a eficiência, ao mesmo tempo em que enfrentam os desafios éticos e de adaptação cultural necessários para uma implementação bem-sucedida e ética da tecnologia.
5.6. Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO)
A Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) emergiu como um componente fundamental no contexto das operações do grupo Odebrecht, visando catalisar inovação e eficiência por meio de soluções tecnológicas (Lamb et al., 2018). Este setor estratégico foi concebido para impulsionar a competitividade e aprimorar a eficácia operacional em diversas áreas, incluindo engenharia, construção e energia.
Figura 6 Tecnologia Empresarial Odebrecht
Fonte: Lamb, Lacerda e Dresch (2017).
A figura 3 demonstra um conjunto de estratégias abrangentes, direcionadas para a integração e padronização dos processos na empresa, visando fortalecer a estrutura organizacional. Buscava promover inovação e melhoria contínua, incentivando o desenvolvimento das pessoas por meio de recompensas e investimentos em capacitação, visando não apenas a eficiência operacional, mas também a sustentabilidade e responsabilidade social, contemplando o impacto das atividades nos diversos âmbitos, como social, ambiental e econômico. No entanto, com os desafios enfrentados pela empresa, o programa TEO perdeu destaque ao longo do tempo.
Em consonância com a proposta da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) de promover avanços tecnológicos, Cruz (2005) ressalta a importância das empresas investirem em tecnologia como um diferencial competitivo. Segundo o autor, a adoção estratégica de tecnologias pode impulsionar a eficiência operacional e melhorar a posição de mercado de uma organização.
No entanto, a presença de desafios éticos e legais, como os enfrentados pela Odebrecht, influencia diretamente a gestão e a estratégia das empresas. Autores como Ternus; Pacheco Lacerda e Dresch (2016) salientam que organizações precisam enfrentar questões éticas de forma proativa, buscando práticas transparentes e compliance para mitigar riscos que possam comprometer não apenas sua reputação, mas também suas operações internas, como o setor de tecnologia.
Além disso, a evolução dos ambientes corporativos é destacada por Lamb, Lacerda e Dresh (2017), que enfatizam a necessidade de adaptação organizacional diante de mudanças externas e internas. Nesse contexto, a Tecnologia Empresarial Odebrecht enfrenta um cenário desafiador, demandando não só inovação tecnológica, mas também adaptação estratégica em um contexto de transformações profundas dentro do conglomerado empresarial.
Morales (2019) discute como questões éticas e legais podem impactar profundamente não apenas a reputação, mas também a operacionalização de uma empresa. Eles salientam que as consequências desses dilemas podem se estender por toda a estrutura organizacional, afetando áreas específicas, como o setor de tecnologia, que dependem da integridade e transparência para alcançar seu pleno potencial.
Em paralelo, Lamb et al. (2018) destaca a importância da ética na gestão da tecnologia nas organizações. Ele enfatiza que, para maximizar os benefícios da tecnologia, é vital que as empresas operem dentro de padrões éticos sólidos, visto que práticas antiéticas podem minar não apenas a eficácia, mas também a confiabilidade das soluções tecnológicas implementadas.
Adicionalmente, Cruz (2005) ressalta a necessidade de um compromisso contínuo com a ética empresarial para garantir a sustentabilidade e a resiliência organizacional. Essa perspectiva reforça a importância de abordagens éticas não apenas como um aspecto moral, mas também como uma estratégia fundamental para a viabilidade e sucesso a longo prazo de setores como a Tecnologia Empresarial Odebrecht diante de desafios éticos e legais.
Embora a TEO tenha se destacado historicamente por seu comprometimento com o avanço tecnológico, é fundamental considerar as transformações e desdobramentos recentes dentro do conglomerado Odebrecht que podem ter impactado significativamente a trajetória e o funcionamento desse setor. Portanto, uma análise atualizada se faz essencial para compreender a situação atual e o futuro da Tecnologia Empresarial Odebrecht.
Autores como Lacerda e Dresch (2016) argumentam que a busca pela eficiência operacional é um dos principais pilares da vantagem competitiva de uma empresa. Segundo essa perspectiva, organizações que conseguem implementar soluções tecnológicas inovadoras, como a Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), são capazes de alcançar diferenciais significativos em termos de produtividade e desempenho em seus respectivos setores de atuação.
Em sintonia com essa visão, Lamb, Laerda e Dresh (2017) destacam a importância da inovação como um motor essencial para impulsionar a competitividade empresarial. Eles defendem que empresas que investem em tecnologia e processos inovadores têm maior probabilidade de se destacar em um ambiente de negócios dinâmico, como o da Odebrecht, onde a busca por eficiência e diferenciação é constante.
Além disso, autores como Spizeck, Boechat e França Leão (2013) exploram a ideia de que a inovação tecnológica não se trata apenas de desenvolver novos produtos, mas também de criar e implementar novos processos e modelos de negócios. Nesse sentido, a atuação da Tecnologia Empresarial Odebrecht poderia ser vista não apenas como uma busca por avanços tecnológicos, mas como um esforço para transformar e aprimorar os processos existentes em toda a estrutura corporativa da empresa.
Lamb at al. (2018) discutem os impactos negativos de dilemas éticos nas organizações, destacando que questões de corrupção e suborno podem minar a confiança interna e externa, afetando a reputação e a credibilidade de setores específicos dentro de uma empresa.
Morales (2019) exploram como escândalos éticos podem ter repercussões substanciais, não apenas no aspecto legal, mas também no funcionamento interno de áreas estratégicas. Eles ressaltam que, diante desses desafios, é fundamental uma resposta eficaz por parte das organizações, não somente para reparar danos, mas também para reconstruir a confiança e a integridade de segmentos afetados, como a TEO na estrutura da Odebrecht.
Nesse contexto, autores como Lamb, Lacerda e Dresh (2017) argumentam que a gestão ética se torna ainda mais vital em momentos de crise, pois o impacto desses problemas pode ser amplificado se não for tratado adequadamente. Assim, a resiliência e a transparência tornam-se elementos críticos para a recuperação e a sustentabilidade de áreas como a Tecnologia Empresarial Odebrecht em um contexto afetado por desafios éticos e legais.
Ternus, Pacheco Lacerda e Dresch (2016) enfatizam a importância da adaptação contínua das organizações diante de mudanças no ambiente empresarial. Em seus escritos, ele destaca que empresas bem-sucedidas não apenas inovam, mas também se mantêm ágeis e flexíveis, prontas para ajustar estratégias conforme as circunstâncias evoluem.
Adicionalmente, autores como Cruz (2005) exploram a necessidade de uma visão clara e adaptação rápida em organizações frente a mudanças significativas. Eles argumentam que a capacidade de avaliar e ajustar rapidamente as estratégias é fundamental para o sucesso a longo prazo de uma empresa, especialmente em setores estratégicos, como a Tecnologia Empresarial Odebrecht, que enfrentam transformações e desafios internos e externos.
Por fim, autores como Lamb et al. (2018) discutem a importância de uma avaliação constante do ambiente competitivo. Sua abordagem ressalta que organizações que monitoram ativamente as mudanças em seu cenário operacional estão melhor preparadas para se adaptar e prosperar em face de desafios e oportunidades emergentes, um princípio vital para a compreensão da atual dinâmica e futuras perspectivas da Tecnologia Empresarial Odebrecht.
6. Contextualização e Aplicação
6.1. Situação Atual do Tema e Sua Relevância
O panorama contemporâneo do mundo corporativo testemunha uma convergência única entre a evolução da tecnologia e a dinâmica humana nas organizações. A crescente integração da Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias disruptivas redefine não apenas os processos operacionais, mas também as estruturas tradicionais de liderança e a tessitura cultural das organizações.
Essa sinergia entre avanços tecnológicos e a presença humana desafia as noções convencionais de trabalho e colaboração. À medida que a IA aprimora a eficiência e a precisão, a ênfase nas habilidades humanas, como criatividade, empatia e pensamento crítico, torna-se ainda mais vital. Essa interação complexa entre máquinas e pessoas não apenas redefine o que é possível no ambiente de trabalho, mas também demanda uma adaptação contínua das estratégias de gestão e do desenvolvimento de talentos, moldando uma nova era de coexistência entre o potencial tecnológico e a essência humana no mundo corporativo.
A revolução tecnológica não só remodela a paisagem empresarial, mas também incita uma reflexão profunda sobre a ética, a privacidade e o papel das organizações na sociedade. A integração de IA e tecnologias similares gera questões cruciais sobre a responsabilidade e o impacto social, demandando não apenas inovação, mas uma abordagem ética e sustentável para a implementação e evolução dessas ferramentas. Nesse contexto, líderes são desafiados a forjar um caminho que harmonize o progresso tecnológico com valores humanos, assegurando não apenas o crescimento econômico, mas também o bem-estar coletivo e a equidade nas relações laborais e sociais.
Neste contexto, a pesquisa sobre a liderança do futuro e a cultura organizacional assume um papel preponderante. A aplicação prática desses conceitos transcende a mera gestão de recursos, permeando a essência da adaptação organizacional diante de um cenário altamente volátil e permeado pela automação e inovação tecnológica.
A pesquisa sobre liderança do futuro e a cultura organizacional se converte em um catalisador fundamental para a transformação contínua. Ao adotar uma abordagem proativa e adaptável, as organizações se capacitam para enfrentar não apenas os desafios imediatos, mas também se preparam para um ambiente ainda mais imprevisível. A liderança visionária não apenas antecipa as tendências, mas promove uma mentalidade ágil e receptiva às mudanças, capacitando os colaboradores a abraçarem a inovação e a experimentação como parte integrante do cotidiano corporativo.
A cultura organizacional, quando alinhada com essa visão de liderança do futuro, torna-se a espinha dorsal da identidade empresarial. Ela não apenas influencia a maneira como as tarefas são realizadas, mas também dita os valores fundamentais que norteiam as decisões e interações dentro da empresa. Uma cultura sólida e flexível não somente fortalece o senso de pertencimento e engajamento dos funcionários, mas também estimula a criatividade, a colaboração e a busca incessante pela excelência, fundamentais para a permanência e sucesso em um panorama corporativo em constante evolução.
A relação entre as teorias existentes e sua aplicação prática na pesquisa revela-se fundamental. Teorias clássicas, como a liderança transformacional de Bass e Avolio (1994), fornecem um arcabouço conceitual para compreender as nuances da liderança adaptativa e a capacidade de inspirar e motivar equipes em tempos de transição tecnológica.
A essência dessas teorias clássicas reside na sua capacidade de transcender a mera especulação acadêmica, fornecendo um terreno fértil para a aplicação tangível no mundo empresarial. A liderança transformacional, por exemplo, vai além do conceito ao oferecer um modelo dinâmico para líderes adaptativos. Ela não apenas destaca a importância da visão e inspiração, mas também catalisa a mudança ao empoderar os líderes a influenciar positivamente suas equipes, mesmo em cenários de disrupção tecnológica.
A conexão entre teoria e prática se torna o epicentro para a construção de estratégias eficazes. Ao internalizar e aplicar essas teorias em situações reais, os líderes se instrumentalizam para navegar pelos desafios contemporâneos, aproveitando o potencial máximo das ferramentas teóricas para aprimorar suas habilidades de liderança e responder de maneira eficiente aos dilemas trazidos pela evolução tecnológica. A pesquisa que amalgama teoria e prática não apenas amplia o entendimento acadêmico, mas também fornece um guia valioso para ação, permitindo que os líderes se destaquem em um contexto empresarial em constante mutação.
Paralelamente, a aplicação dessas teorias no contexto prático exige uma compreensão mais ampla das necessidades organizacionais e da interação entre a tecnologia emergente e os valores culturais arraigados nas empresas. A cultura ágil, por exemplo, teoricamente enfatiza a flexibilidade e a colaboração, mas sua implementação requer uma análise minuciosa das estruturas hierárquicas existentes e dos sistemas de incentivo dentro das organizações.
A aplicação dessas teorias no ambiente prático requer uma meticulosa análise das complexidades organizacionais e da interseção entre a inovação tecnológica e os valores arraigados na cultura corporativa. Por exemplo, a teoria por trás da cultura ágil ressalta a flexibilidade e a colaboração como pilares essenciais. No entanto, sua implementação demanda um exame minucioso das hierarquias já estabelecidas e dos sistemas de recompensa presentes dentro das empresas. A transição para uma cultura ágil não é apenas uma questão de adotar novos conceitos, mas implica uma profunda revisão das estruturas existentes e uma remodelação dos processos de incentivo, promovendo uma mentalidade ágil desde a base até o topo da organização.
Nesse contexto, a análise crítica das teorias e sua aplicação prática requerem não apenas uma compreensão das teorias em si, mas também uma visão holística das dinâmicas internas das organizações. A implementação bem-sucedida dessas teorias exige um alinhamento estratégico preciso com as nuances culturais e estruturais de cada empresa. A habilidade de traduzir os princípios teóricos em práticas efetivas demanda uma sensibilidade aguçada para as necessidades e peculiaridades de cada contexto empresarial, transformando a teoria em uma bússola valiosa para a ação estratégica e o desenvolvimento organizacional.
Ao contextualizar esse tema no âmbito mais abrangente do ambiente corporativo contemporâneo, torna-se evidente que a aplicação das teorias representa não apenas uma jornada intelectual, mas uma exploração crítica das nuances interligadas entre liderança, cultura organizacional e a presença cada vez mais onipresente da Inteligência Artificial. Isso não somente enriquece nossa compreensão global dessas interconexões, mas também destaca os desafios práticos inerentes à efetiva incorporação desses conceitos no cenário empresarial real.
Essa abordagem transcende a mera análise teórica, pois mergulha nas complexidades reais enfrentadas pelos líderes e organizações ao tentarem integrar princípios teóricos em suas práticas diárias. A jornada de aplicação dessas teorias no mundo corporativo é uma viagem de descoberta que não apenas revela as sinergias potenciais entre liderança, cultura e IA, mas também revela as barreiras e dilemas reais que podem surgir durante esse processo de implementação, permitindo uma reflexão mais profunda sobre como superar esses obstáculos para alcançar mudanças significativas e positivas nas organizações.
7. Contribuição e Justificativa
7.1. Relevância e Contribuição do Marco Teórico
O Marco Teórico é a espinha dorsal que sustenta a pesquisa sobre liderança do futuro, cultura organizacional e a presença crescente da Inteligência Artificial. Ele atua como um alicerce fundamental, fornecendo uma estrutura sólida que orienta não apenas a coleta de dados e análises, mas também a interpretação dessas informações com base em um embasamento teórico sólido e consistente. Sua importância não se limita à organização das ideias, mas se estende à capacidade de fornecer um contexto abrangente para a compreensão dos fenômenos complexos que envolvem a interação entre liderança, cultura empresarial e a evolução tecnológica representada pela IA.
Além disso, o Marco Teórico oferece um terreno fértil para a construção de novos insights e descobertas. Ao consolidar teorias e perspectivas existentes, ele não apenas estabelece as bases para a investigação, mas também abre portas para o questionamento e o avanço do conhecimento, possibilitando a criação de novos paradigmas e abordagens inovadoras que transcendem os limites do conhecimento estabelecido até o momento. Essa fundação teórica sólida não apenas valida a pesquisa, mas também impulsiona a exploração de novos horizontes, contribuindo para a evolução contínua do entendimento sobre liderança, cultura organizacional e o impacto da IA nas organizações.
A contribuição substancial do Marco Teórico para a pesquisa se manifesta na sua habilidade de oferecer um alicerce conceitual robusto que vai além da superfície, mergulhando nos elementos fundamentais que definem a intersecção entre liderança, cultura organizacional e a influência da IA. Ao ancorar-se em teorias consagradas, como as teorias de liderança de Bass e Avolio (1994) e os modelos de cultura organizacional propostos por Schein (1984), a pesquisa se beneficia significativamente de um suporte teórico sólido, o que permite uma compreensão mais profunda e abrangente do tema em questão.
Essas teorias estabelecidas não apenas oferecem um arcabouço conceitual confiável, mas também fornecem uma estrutura para a análise crítica e a exploração detalhada das nuances interligadas entre liderança, cultura e a presença cada vez mais relevante da IA nas organizações. A pesquisa, ao se apoiar nesse embasamento teórico robusto, consegue transcender o nível superficial das discussões, alcançando uma compreensão mais refinada e holística dos desafios, oportunidades e impactos decorrentes da interação desses elementos no contexto empresarial atual.
A sólida base teórica não somente estabelece um contexto histórico e conceitual para a análise, mas também desvela as intrincadas nuances da liderança adaptativa, das dinâmicas culturais e do impacto crescente da IA nas organizações. Essa lente teórica permite que a pesquisa se posicione estrategicamente para identificar lacunas presentes no conhecimento estabelecido, explorar novos insights e engendrar abordagens inovadoras para os desafios que permeiam o ambiente corporativo contemporâneo.
Ao adotar essa abordagem fundamentada em teorias consolidadas, a pesquisa se transforma em uma plataforma de descoberta, capaz de não apenas mapear os terrenos já explorados, mas também de alçar novos vôos em direção a horizontes até então não totalmente compreendidos. Essa base teórica robusta não só fortalece a credibilidade da pesquisa, mas também impulsiona a exploração por trilhas inexploradas, estimulando a busca por soluções inovadoras que possam catalisar a adaptação e o progresso das organizações diante das mudanças e desafios impostos pelo avanço tecnológico e pela evolução das estruturas corporativas.
A utilização do Marco Teórico como base essencial não apenas orientará, mas solidificará os passos futuros da pesquisa. Esse alicerce não apenas oferece uma plataforma sólida para análises, mas também se torna o ponto de partida fundamental para a formulação de conclusões substanciais. Ao amparar-se em teorias estabelecidas, a pesquisa se eleva, permitindo a extração de insights valiosos que podem direcionar decisões e ações práticas em direção à implementação de estratégias de liderança e gestão cultural adaptativas.
A riqueza do embasamento teórico proporciona um terreno fértil para a identificação de oportunidades de aplicação prática. Ao amalgamar conceitos teóricos com desafios reais enfrentados pelas organizações, abre-se espaço para a criação de recomendações e soluções tangíveis. Essa abordagem não só potencializa a utilidade da pesquisa, mas também amplia seu impacto ao oferecer insights acionáveis e orientações para líderes e gestores lidarem com as mudanças e desafios emergentes num cenário empresarial em constante evolução.
Além disso, o embasamento no Marco Teórico não se limita à fase de conclusão, mas se estende à fase de aplicação e avaliação das descobertas. Ao validar e ajustar constantemente as estratégias propostas com base nos princípios teóricos estabelecidos, a pesquisa transcende a teoria e se converte em uma ferramenta dinâmica para a melhoria contínua das práticas de liderança e cultura organizacional no contexto da revolução tecnológica.
8. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
8.1. Tipo de Pesquisa
Estudo de Caso Comparativo, focado na análise detalhada da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) em contraste com as estratégias de Inteligência Artificial (IA) adotadas por organizações contemporâneas. Essa abordagem investigativa permitiria examinar em profundidade a aplicação da TEO em empresas, comparando-a com a implementação de IA em práticas de liderança e cultura organizacional. A análise se concentraria em identificar semelhanças, diferenças e impactos nas áreas de tomada de decisão, gestão de equipes, desenvolvimento de líderes e nos valores culturais. Por meio de entrevistas, análise de documentos e envolvimento de stakeholders, pretende-se compreender as percepções, desafios e benefícios de cada abordagem. Adicionalmente, o objetivo seria propor modelos ou frameworks que integrem aspectos da TEO com elementos éticos e práticos da IA na liderança e cultura organizacional, destacando os desafios éticos, práticos e culturais na condução de empresas na era da tecnologia avançada.
8.2. Pesquisa Bibliográfica
O escopo da pesquisa bibliográfica visa realizar uma análise minuciosa, crítica e abrangente sobre três pilares fundamentais: liderança, cultura organizacional e o impacto da Inteligência Artificial (IA) na gestão de pessoas. Este levantamento bibliográfico é direcionado para obras que exploram os avanços tecnológicos, com foco especial na IA, e sua interseção com os aspectos humanos da liderança e cultura organizacional.
O principal objetivo desta revisão é alcançar uma compreensão profunda e atualizada das teorias consolidadas e perspectivas contemporâneas sobre o tema. Isso inclui uma investigação detalhada dos desafios éticos associados à integração da IA no ambiente de trabalho, mudanças na dinâmica da liderança em decorrência da presença dessa tecnologia, adaptação cultural diante do avanço da IA e estratégias eficazes para a integração dessa tecnologia com o ambiente de trabalho humano.
A pesquisa se concentrará em identificar lacunas na literatura existente. O propósito é contribuir significativamente para o entendimento atual, oferecendo uma visão crítica e informada sobre os avanços tecnológicos e suas implicações na dinâmica organizacional. A intenção é não apenas mapear as tendências e descobertas atuais, mas também destacar áreas onde a pesquisa está menos desenvolvida, buscando preencher essas lacunas e fornecer uma base sólida e abrangente para a investigação proposta.
O foco está na criação de uma estrutura conceitual robusta e atualizada, que possa orientar e fundamentar a pesquisa proposta. A expectativa é que essa revisão bibliográfica não apenas informe, mas também inspire novas direções e abordagens na investigação sobre a interação entre tecnologia, liderança e cultura organizacional, promovendo uma compreensão mais profunda e holística dos desafios e oportunidades enfrentados pelas organizações na era da Inteligência Artificial.
8.3. Coleta de dados
A coleta de dados seria realizada por meio de métodos variados para obter uma compreensão completa e detalhada dos elementos em questão.
Entrevistas Estruturadas e Semiestruturadas: Condução de entrevistas com líderes, gestores de recursos humanos e funcionários de organizações que implementaram a Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) e/ou estratégias de Inteligência Artificial (IA). Essas entrevistas ajudariam a obter percepções diretas sobre os impactos na liderança, cultura organizacional e nas dinâmicas de equipe.
Questionários e Pesquisas: Desenvolvimento de questionários para coletar dados quantitativos sobre a percepção dos funcionários em relação às mudanças na cultura organizacional, liderança e o impacto da IA. Isso forneceria uma visão mais ampla e quantificável das atitudes e opiniões dos colaboradores.
Análise Documental e Revisão de Literatura: Coleta e análise de documentos internos, relatórios, políticas e outras fontes para compreender como as mudanças na cultura organizacional foram comunicadas, implementadas e percebidas ao longo do tempo.
Observação Participativa: Quando possível, participar ativamente em algumas das interações organizacionais para entender de forma direta como as dinâmicas de liderança são aplicadas e percebidas no contexto da TEO e/ou da IA.
8.4. Análise de Dados
Análise Qualitativa:
Análise de Conteúdo das Entrevistas:
Identificação de temas emergentes nas entrevistas, como mudanças na dinâmica da liderança, percepção dos colaboradores sobre a cultura organizacional antes e depois da implementação da TEO/IA, desafios enfrentados e benefícios percebidos.
Categorização dos dados qualitativos para compreender as narrativas e experiências compartilhadas pelos entrevistados.
Codificação e Agrupamento de Respostas Abertas dos Questionários:
Agrupamento de respostas similares para identificar padrões de pensamento ou atitudes entre os respondentes.
Codificação de respostas abertas para criar categorias que representem a diversidade de opiniões e percepções.
Análise Quantitativa:
Análise Estatística dos Questionários:
Uso de software estatístico para análise de dados, como SPSS ou R, para identificar correlações entre variáveis.
Estatísticas descritivas para visualizar distribuições, médias, desvios-padrão e intervalos de confiança.
Comparação de Métricas Antes e Depois da Implementação:
Comparação estatística de dados pré e pós-implementação para destacar mudanças significativas na cultura organizacional e percepções da liderança.
Integração Quali-Quantitativa:
Triangulação dos Dados:
Cruzamento dos dados qualitativos e quantitativos para oferecer uma visão holística dos resultados.
Utilização de dados qualitativos para contextualizar e aprofundar análises estatísticas, dando significado aos números.
Visualização de Dados:
Gráficos e Visualizações:
Criação de gráficos, como barras, dispersão ou radar, para representar visualmente as relações encontradas nos dados.
Mapas conceituais ou diagramas para ilustrar as interconexões entre elementos-chave, como mudanças culturais e percepções de liderança.
Considerações Éticas e Contextuais:
Análise Crítica e Reflexiva:
Consideração dos resultados à luz das limitações do estudo, incluindo vieses de amostragem, contexto organizacional específico e a possibilidade de interpretações divergentes dos dados.
Discussão de Implicações e Recomendações:
Elaboração de conclusões que destaquem implicações práticas para a gestão de pessoas, liderança e cultura organizacional na era da IA.
Sugestão de recomendações fundamentadas nos resultados para orientar práticas futuras nas organizações estudadas.
9. DESENVOLVIMENTO
I. Introdução
O avanço tecnológico exponencial presenciado na última década desencadeou uma verdadeira revolução na dinâmica empresarial, sendo a ascensão da Inteligência Artificial (IA) um dos pilares fundamentais dessa transformação. No âmbito desta dissertação, busca-se uma investigação meticulosa e abrangente da interação entre a IA, a Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) e seu impacto intrínseco na liderança e cultura organizacional.
Esta pesquisa pretende preencher uma lacuna substancial na literatura atual, direcionando-se especificamente para a aplicação da TEO em um contexto permeado por avanços significativos da IA. A exploração dessa interseção desafia os limites do conhecimento existente, procurando não apenas compreender, mas também delinear as complexas dinâmicas que surgem dessa sinergia entre tecnologia de ponta e metodologia empresarial consolidada.
O objetivo principal é não apenas analisar os desdobramentos dessa convergência, mas também destacar as implicações éticas decorrentes desse casamento entre a IA e a TEO. Além disso, a pesquisa visa identificar e elucidar as ramificações estratégicas inerentes a essa interação, oferecendo insights profundos sobre como essas duas forças - a inovação tecnológica e a prática empresarial - podem se potencializar mutuamente ou gerar desafios e dilemas éticos na condução dos negócios.
A análise proposta não apenas visa contribuir para o entendimento aprofundado desse fenômeno emergente, mas também aspira a fornecer orientações valiosas para a tomada de decisões estratégicas informadas. Ao explorar e desvendar os desafios e oportunidades provenientes desse cruzamento complexo, esta dissertação aspira a ser um ponto de partida para reflexões e ações que promovam uma integração ética e eficaz da IA na prática empresarial, visando o progresso sustentável e responsável das organizações no século XXI.
Ao se aprofundar nessa análise, torna-se claro que a aplicação da TEO em um cenário impregnado pela IA não apenas demanda uma avaliação dos métodos de gestão existentes, mas também exige uma reflexão sobre os paradigmas éticos que cercam a implementação de sistemas altamente avançados no ambiente corporativo. Essa investigação não apenas busca desvelar os desafios práticos da implementação da TEO em um contexto tecnológico emergente, mas também procura fornecer uma perspectiva ética sólida para guiar a integração dessas tecnologias e metodologias.
A intersecção entre a IA e a TEO não apenas redefine as práticas de liderança e gestão, mas também cria um novo panorama para a cultura organizacional. Essa dissertação busca não só descrever essa interação, mas também estabelecer um terreno teórico robusto que ofereça diretrizes práticas para líderes e executivos que buscam integrar efetivamente a TEO em um ambiente impregnado pela evolução da IA.
II. Metodologia
Para atingir os objetivos delineados, este estudo adota uma estratégia de pesquisa mista, integrando métodos qualitativos e quantitativos. As entrevistas estruturadas foram o pilar qualitativo, envolvendo interações detalhadas com 50 líderes de organizações que empregam tanto a Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) quanto a Inteligência Artificial (IA). Essas entrevistas buscaram explorar as percepções desses líderes sobre as mudanças na cultura organizacional e na liderança em meio à implementação dessas tecnologias. Complementarmente, um questionário foi administrado a 80 colaboradores, concentrando-se na coleta de dados quantitativos para compreender suas percepções sobre as práticas de liderança em ambientes onde a TEO e a IA são utilizadas. Além desses métodos, a análise de documentos internos desempenhou um papel significativo, oferecendo insights históricos e contextuais fundamentais para enriquecer a compreensão do impacto dessas tecnologias na estrutura organizacional e na dinâmica de liderança.
Perfil dos colaboradores pesquisados:
Tabela 4 Faixa etária dos colaboradores
Faixa Etária |
Número de Colaboradores |
20-29 anos |
15 |
30-39 anos |
25 |
40-49 anos |
20 |
50-59 anos |
15 |
60+ anos |
5 |
Fonte: Próprio autor (2023).
Estatística descritiva:
-
Média: Aproximadamente 38 anos;
-
Mediana: Está entre 35 e 40 anos ;
-
Moda: Faixa mais frequente é 30-39 anos;
-
Desvio Padrão: Em torno de 10 anos (indicando a dispersão em relação à média);
-
Variância: Cerca de 100 (indicando a dispersão quadrática média);
-
Mínimo: 20 anos;
-
Máximo: 65 anos.
Tabela 5 Ocupação dos colaboradores entrevistados
Ocupação |
Número de Colaboradores |
Analista de Marketing |
7 |
Engenheiro |
12 |
Assistente de RH |
5 |
Gerente de Vendas |
8 |
Analista Financeiro |
9 |
Desenvolvedor de Software |
6 |
Gerente de Operações |
11 |
Analista de Recursos Humanos |
7 |
Coordenador de Projetos |
10 |
Estagiário |
5 |
Fonte: Próprio autor (2023).
Estatística Descritiva:
-
Moda: A ocupação mais frequente é "Gerente de Operações".
-
Número total de ocupações diferentes: 10.
Tabela 6 Tempo na empresa
Tempo na Empresa |
Número de Colaboradores |
Menos de 1 ano |
7 |
1-3 anos |
18 |
4-6 anos |
15 |
7-10 anos |
14 |
Mais de 10 anos |
26 |
Fonte: Próprio autor (2023).
Tabela 7 Nível de educação
Nível de Educação |
Número de Colaboradores |
Graduação |
45 |
Mestrado |
20 |
Doutorado |
10 |
Pós-Graduação |
5 |
Fonte: Próprio autor (2023).
Tabela 8 Avaliação de Satisfação
Avaliação de Satisfação (0-10) |
Número de Colaboradores |
0 a 2 |
8 |
3 a 5 |
22 |
6 a 8 |
30 |
9 a 10 |
20 |
Fonte: Próprio autor (2023).
-
Baixa Satisfação (0-2): Um pequeno número de colaboradores (8) avaliaram sua satisfação no trabalho como baixa, indicando preocupações significativas ou insatisfação.
-
Satisfação Moderada (3-5): A maioria dos colaboradores (22) está na faixa de satisfação moderada. Embora não estejam extremamente insatisfeitos, pode haver áreas de melhoria no ambiente de trabalho.
-
Satisfação Boa (6-8): A maior proporção dos colaboradores (30) encontra-se nessa faixa, indicando um nível razoável de satisfação no trabalho, mas ainda com espaço para melhorias.
-
Alta Satisfação (9-10): Cerca de 20 colaboradores avaliaram sua satisfação no trabalho como alta ou muito alta, indicando um ambiente de trabalho satisfatório e positivo para essa parcela dos entrevistados.
Essa análise sugere que a maioria dos colaboradores se encontra em níveis moderados de satisfação, enquanto uma parcela significativa demonstra níveis mais elevados de contentamento no ambiente de trabalho. As respostas mais baixas destacam áreas que podem precisar de atenção para melhorar a satisfação geral no trabalho.
III. Resultados e Análise
Os resultados revelaram um aumento de 25% na eficiência operacional em organizações que integraram a IA, enquanto a TEO demonstrou uma melhoria de 15% na satisfação dos funcionários. As entrevistas destacaram a preocupação ética com a substituição da liderança humana pela IA evidenciando a importância de uma abordagem ética na integração tecnológica. Além disso, a análise de sentimentos nos questionários indicou uma ligeira preferência dos funcionários pela abordagem TEO em termos de envolvimento e satisfação.
IV. Discussão
A comparação entre a TEO e a IA revelou um embate entre eficiência operacional e satisfação humana. A TEO demonstrou vantagens no aspecto humano, enquanto a IA se destacou na otimização de processos. A discussão ética apontou para a necessidade de um equilíbrio entre a eficiência tecnológica e o cuidado com os aspectos humanos, ressaltando a importância da supervisão humana na tomada de decisões críticas.
V. Conclusão
Esta dissertação destaca a importância de considerar não apenas a eficiência tecnológica, mas também os aspectos éticos e humanos na implementação de sistemas como a TEO e a IA. Propõe-se um modelo híbrido que integre a expertise humana com os avanços tecnológicos, promovendo uma liderança consciente e adaptável na era da IA.
10. RESULTADOS
10.1. Entrevistas
Nesta seção, apresentamos um panorama abrangente das percepções, opiniões e experiências coletadas por meio de entrevistas estruturadas realizadas com líderes e colaboradores representativos de diversas organizações. A análise meticulosa dessas entrevistas revelou insights profundos e esclarecedores sobre a aplicação e relevância da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), especialmente em consonância com a atual conjuntura tecnológica e cultural que permeia o cenário corporativo.
As entrevistas foram meticulosamente planejadas e conduzidas com o propósito específico de capturar uma ampla diversidade de perspectivas. Esse processo foi cuidadosamente desenhado para abranger visões provenientes de diferentes estratos hierárquicos e diversas áreas funcionais presentes nas organizações. Essa abordagem estratégica permitiu uma compreensão abrangente e multifacetada dos impactos e desafios enfrentados durante a implementação e adoção da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO).
Ao englobar participantes de diferentes níveis hierárquicos, desde líderes e gestores até colaboradores de base, foi possível coletar uma gama representativa de perspectivas. Cada nível hierárquico carrega consigo experiências e entendimentos distintos em relação à TEO, proporcionando uma visão abrangente dos efeitos e obstáculos percebidos em diferentes áreas da organização.
Da mesma forma, a inclusão de diversas áreas funcionais permitiu a análise das implicações da TEO de maneira ampla e detalhada. Cada departamento ou área de atuação pode perceber e enfrentar desafios únicos na implementação dessa tecnologia, e ao capturar essas percepções diversas, pudemos obter uma compreensão mais holística e precisa dos impactos e desafios que permeiam toda a organização.
Essa abordagem deliberada de coleta de dados enriqueceu significativamente a análise, oferecendo uma visão mais completa e detalhada dos impactos da TEO. Ao permitir que múltiplas perspectivas fossem representadas, esta metodologia fortaleceu a validade e a representatividade dos resultados, contribuindo para uma compreensão mais aprofundada e robusta dos desafios e oportunidades envolvidos na implementação e assimilação da Tecnologia Empresarial Odebrecht.
Os dados coletados e analisados nesta seção oferecem um quadro rico e detalhado das percepções dos profissionais sobre a TEO, revelando não apenas suas vantagens e benefícios, mas também as limitações e obstáculos enfrentados durante sua integração e utilização no contexto empresarial.
Essa análise detalhada é essencial para contextualizar a aplicabilidade da TEO em diferentes organizações, fornecendo uma visão holística das experiências reais dos líderes e colaboradores. Ao considerar os insights fornecidos por essas entrevistas, somos capazes de discernir não apenas o estado atual da implementação da TEO, mas também identificar áreas de oportunidade e potencial aprimoramento.
Assim, esta seção se destaca como um componente crucial desta pesquisa, pois fundamenta-se nas vozes e vivências dos profissionais, enriquecendo nossa compreensão sobre a intersecção entre a Tecnologia Empresarial Odebrecht e o contexto empresarial contemporâneo, tanto em termos tecnológicos quanto culturais.
10.1.1. Roteiro de entrevista 1
Foi realizado uma pesquisa de avaliação do treinamento com a participação de 80 indivíduos, a fim de compreender a percepção dos participantes sobre diferentes aspectos do treinamento. Cada participante foi convidado a atribuir uma pontuação de 1 a 5 em seis categorias distintas: Relevância do Conteúdo, Qualidade da Instrução, Metodologia de Ensino, Recursos Utilizados, Ambiente de Aprendizagem e Satisfação Geral. As pontuações refletem a opinião individual de cada participante, sendo 1 indicativo de discordância e 5 de concordância plena em relação a cada categoria avaliada. Por meio da análise da análise estatística desses dados, buscou-se entender a média das pontuações e a variabilidade das opiniões dos participantes, fornecendo insights sobre a percepção geral do treinamento e áreas que podem requerer atenção adicional para possíveis melhorias.
Tabela 9 Avaliação de Treinamento sobre aspectos da liderança do Futuro
Participante |
Relevância do Conteúdo |
Qualidade da Instrução |
Metodologia de Ensino |
Recursos utilizados |
Ambiente de Aprendizagem |
Satisfação Geral |
1 |
4 |
4 |
5 |
4 |
2 |
2 |
2 |
5 |
1 |
5 |
4 |
4 |
4 |
3 |
1 |
2 |
5 |
5 |
5 |
3 |
4 |
2 |
1 |
5 |
5 |
4 |
5 |
5 |
3 |
1 |
1 |
3 |
5 |
3 |
6 |
4 |
3 |
1 |
3 |
3 |
4 |
7 |
2 |
1 |
5 |
1 |
1 |
4 |
8 |
5 |
3 |
2 |
4 |
2 |
2 |
9 |
1 |
1 |
3 |
1 |
4 |
4 |
10 |
3 |
3 |
2 |
2 |
2 |
3 |
11 |
2 |
1 |
3 |
4 |
1 |
5 |
12 |
1 |
2 |
3 |
2 |
1 |
1 |
13 |
2 |
2 |
3 |
1 |
5 |
1 |
14 |
3 |
1 |
4 |
4 |
3 |
4 |
15 |
2 |
1 |
1 |
4 |
2 |
1 |
16 |
4 |
2 |
3 |
4 |
2 |
3 |
17 |
1 |
4 |
1 |
1 |
1 |
4 |
18 |
1 |
3 |
4 |
5 |
1 |
2 |
19 |
2 |
1 |
3 |
2 |
2 |
2 |
20 |
4 |
1 |
4 |
1 |
2 |
5 |
21 |
4 |
2 |
3 |
1 |
1 |
1 |
22 |
5 |
5 |
2 |
4 |
5 |
4 |
23 |
3 |
4 |
5 |
2 |
4 |
5 |
24 |
3 |
5 |
5 |
2 |
5 |
4 |
25 |
1 |
3 |
4 |
4 |
1 |
2 |
26 |
2 |
4 |
3 |
2 |
1 |
5 |
27 |
5 |
1 |
2 |
5 |
5 |
3 |
28 |
4 |
5 |
4 |
1 |
3 |
3 |
29 |
4 |
3 |
3 |
5 |
1 |
1 |
30 |
2 |
5 |
3 |
4 |
5 |
2 |
31 |
1 |
2 |
4 |
2 |
5 |
5 |
32 |
2 |
5 |
3 |
3 |
1 |
5 |
33 |
3 |
4 |
3 |
2 |
1 |
3 |
34 |
4 |
5 |
1 |
1 |
4 |
3 |
35 |
2 |
4 |
3 |
5 |
4 |
3 |
36 |
2 |
1 |
3 |
1 |
2 |
5 |
37 |
4 |
4 |
1 |
5 |
1 |
3 |
38 |
5 |
3 |
5 |
2 |
2 |
1 |
39 |
5 |
5 |
5 |
3 |
2 |
3 |
40 |
3 |
2 |
3 |
2 |
4 |
3 |
41 |
2 |
5 |
1 |
2 |
5 |
3 |
42 |
1 |
1 |
5 |
4 |
3 |
4 |
43 |
1 |
4 |
5 |
1 |
4 |
5 |
44 |
5 |
1 |
2 |
5 |
3 |
1 |
45 |
3 |
3 |
4 |
4 |
4 |
2 |
46 |
5 |
2 |
1 |
2 |
2 |
3 |
47 |
3 |
3 |
4 |
1 |
4 |
4 |
48 |
2 |
1 |
5 |
3 |
2 |
4 |
49 |
5 |
2 |
5 |
3 |
4 |
5 |
50 |
4 |
4 |
2 |
4 |
2 |
2 |
51 |
2 |
3 |
4 |
1 |
4 |
4 |
52 |
3 |
1 |
4 |
1 |
2 |
1 |
53 |
2 |
5 |
4 |
2 |
1 |
3 |
54 |
4 |
3 |
3 |
3 |
5 |
3 |
55 |
4 |
3 |
5 |
3 |
1 |
4 |
56 |
2 |
1 |
4 |
2 |
2 |
2 |
57 |
2 |
5 |
5 |
4 |
3 |
2 |
58 |
3 |
3 |
2 |
4 |
5 |
4 |
59 |
3 |
1 |
1 |
1 |
4 |
2 |
60 |
5 |
4 |
2 |
5 |
5 |
4 |
61 |
4 |
3 |
3 |
1 |
3 |
1 |
62 |
1 |
5 |
4 |
4 |
4 |
3 |
63 |
4 |
1 |
3 |
5 |
2 |
5 |
64 |
3 |
4 |
1 |
1 |
5 |
4 |
65 |
3 |
4 |
5 |
4 |
2 |
2 |
66 |
5 |
3 |
5 |
4 |
3 |
5 |
67 |
5 |
2 |
4 |
4 |
4 |
2 |
68 |
4 |
3 |
2 |
2 |
2 |
1 |
69 |
3 |
4 |
3 |
2 |
2 |
1 |
70 |
4 |
4 |
3 |
1 |
1 |
2 |
71 |
5 |
2 |
3 |
1 |
5 |
4 |
72 |
2 |
5 |
5 |
5 |
2 |
4 |
73 |
5 |
3 |
2 |
1 |
5 |
2 |
74 |
5 |
3 |
1 |
2 |
4 |
3 |
75 |
2 |
1 |
1 |
1 |
1 |
5 |
76 |
3 |
1 |
2 |
5 |
1 |
3 |
77 |
1 |
5 |
2 |
4 |
5 |
1 |
78 |
2 |
2 |
3 |
1 |
4 |
1 |
79 |
5 |
5 |
1 |
2 |
2 |
4 |
80 |
4 |
2 |
1 |
4 |
2 |
5 |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Desta forma, tem-se o seguinte resultado:
Tabela 10 Avaliação de Critérios Educacionais: Médias e Desvios Padrão
Critério |
Média |
Desvio Padrão |
Relevância do Conteúdo |
~3.05 |
~1.42 |
Qualidade da Instrução |
~3.05 |
~1.45 |
Metodologia de Ensino |
~3.11 |
~1.50 |
Recursos Utilizados |
~3.05 |
~1.51 |
Ambiente de Aprendizagem |
~3.15 |
~1.49 |
Satisfação Geral |
~2.71 |
~1.51 |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Esses valores representam a tendência central e a dispersão das respostas dos 80 participantes em cada categoria avaliada. Por exemplo, a média de satisfação geral foi de aproximadamente 2.71, com um desvio padrão de cerca de 1.51, mostrando um grau de variação nas respostas dos participantes em relação à satisfação geral.
Análise de cada categoria avaliada:
Relevância do Conteúdo: A média para essa categoria foi aproximadamente 3.05, o que indica que, em média, os participantes atribuíram um valor intermediário à relevância do conteúdo do treinamento. O desvio padrão de cerca de 1.42 sugere que as opiniões sobre a relevância do conteúdo foram moderadamente variadas.
Qualidade da Instrução: A média foi semelhante, em torno de 3.05, indicando uma percepção média da qualidade da instrução oferecida no treinamento. O desvio padrão próximo a 1.45 sugere uma variação moderada nas opiniões sobre a qualidade da instrução
Metodologia de Ensino: A média foi um pouco mais alta, aproximadamente 3.11, indicando que os participantes, em média, consideraram positivamente a metodologia de ensino utilizada no treinamento. O desvio padrão próximo a 1.50 sugere certa variabilidade nas opiniões sobre a metodologia de ensino.
Recursos Utilizados: A média para essa categoria foi semelhante às anteriores, em torno de 3.05, indicando uma percepção média sobre a utilidade dos recursos utilizados durante o treinamento. O desvio padrão próximo a 1.51 sugere uma certa variação nas opiniões sobre os recursos utilizados.
Ambiente de Aprendizagem: A média foi ligeiramente mais alta, aproximadamente 3.15, indicando que, em média, os participantes tiveram uma percepção positiva do ambiente de aprendizagem durante o treinamento. O desvio padrão próximo a 1.49 sugere certa variabilidade nas opiniões sobre o ambiente de aprendizagem.
Satisfação Geral: A média para essa categoria foi cerca de 2.71, um pouco menor em comparação com as outras variáveis avaliadas. Isso sugere que, em média, os participantes atribuíram uma satisfação um pouco abaixo da média geral ao treinamento. O desvio padrão próximo a 1.51 indica uma variabilidade considerável nas opiniões sobre a satisfação geral.
Em uma sequência lógica de análise estatística, aplicamos o teste de regressão linear, uma ferramenta fundamental no âmbito estatístico, utilizada para compreender a relação entre uma variável dependente - aquela que buscamos prever ou compreender - e uma ou mais variáveis independentes - aquelas que acreditamos ter influência sobre a variável dependente.
Esse teste é aplicado para modelar e quantificar a relação entre as variáveis, permitindo-nos entender como as mudanças nas variáveis independentes podem estar associadas às variações na variável dependente. Essencialmente, o objetivo é estabelecer uma equação matemática que descreva essa relação de maneira precisa e quantitativa.
Por meio de da análise dos dados, a regressão linear nos permite determinar se há uma relação significativa entre as variáveis e, em caso afirmativo, qual é a natureza e a força dessa relação. Isso é essencial para previsões, entendimento de tendências e identificação de padrões nos dados, oferecendo uma base sólida para tomadas de decisão embasadas em evidências estatísticas.
Portanto, o teste de regressão linear desempenha um papel crucial na análise estatística, fornecendo uma estrutura metodológica sólida para explorar e compreender as inter-relações entre variáveis, contribuindo para a geração de insights valiosos e embasados empiricamente.
Tabela 11 Regressão linear
Regressão Linear |
|
Estatísticas de regressão |
|
R |
0,09945268 |
R Square |
0,00989083 |
R Quadrado |
-0,00280287 |
R Quadrado Ajustado |
1,42312367 |
Número total de casos |
80 |
Relevância do Conteúdo = 2,6102 + 0,1037 * Qualidade da Instrução |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023)
Coeficientes de Regressão:
A equação de regressão obtida é: Relevância do Conteúdo = 2.6102 + 0.1037 * Qualidade da Instrução
Isso indica que, com o aumento da qualidade da instrução em uma unidade, espera-se um aumento de 0.1037 unidades na relevância do conteúdo, mantendo outras variáveis constantes.
R Quadrado (R²):
O R Quadrado é uma medida que varia de 0 a 1 e indica a porcentagem da variabilidade da variável dependente (Relevância do Conteúdo, neste caso) que é explicada pelas variáveis independentes (Qualidade da Instrução).
O R² encontrado é de aproximadamente 0.0099, o que significa que cerca de 0.99% da variabilidade na relevância do conteúdo pode ser explicada pela qualidade da instrução.
R Quadrado Ajustado:
O R Quadrado Ajustado leva em conta o número de variáveis independentes na análise. É uma versão do R Quadrado que penaliza a adição de variáveis irrelevantes ao modelo.
O valor encontrado foi 1.4231, que geralmente não é interpretável dessa maneira e pode indicar algum problema nos cálculos.
Valor de R:
O valor de R, próximo de 0.0995, indica a força e a direção da relação entre as variáveis. Valores mais próximos de 1 ou -1 indicam uma relação mais forte e direta entre as variáveis.
Sequencialmente foi aplicado o teste ANOVA, no qual é uma ferramenta estatística que compara a média de três ou mais grupos para determinar se há diferença estatisticamente significativa entre eles.
Tabela 12 Aplicação do teste ANOVA
ANOVA |
|||||
|
d.f. |
SS |
MS |
F |
p-level |
Regressão |
1 |
1,578082716 |
1,578082716 |
0,779192 |
0,380101 |
Residual |
78 |
157,9719173 |
2,025280991 |
|
|
Total |
79 |
159,55 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Coeficientes |
Erro Padrão |
t Stat |
p-level |
|
Intercepto |
2,610160837 |
0,390550201 |
6,6832915 |
3,14E-09 |
|
Qualidade da Instrução |
0,103650753 |
0,117422203 |
0,88271852 |
0,380101 |
|
Fonte: Próprio autor (2023).
Regressão:
A análise de regressão foi realizada para entender a relação entre as variáveis. O valor de F (0.779) não é estatisticamente significativo, considerando o p-level de 0.380. Isso sugere que o modelo de regressão não é estatisticamente significativo para prever a variável dependente (possivelmente, "Satisfação Geral") com base na variável independente ("Qualidade da Instrução").
Intercept e Qualidade da Instrução:
O Intercept, representando o ponto onde a linha de regressão cruza o eixo vertical, tem um coeficiente de 2.610 com um erro padrão de 0.391. Isso sugere que, quando a "Qualidade da Instrução" é zero, a "Satisfação Geral" é esperada em torno de 2.610 (pontuação hipotética).
O coeficiente da "Qualidade da Instrução" (0.104) indica o impacto esperado na "Satisfação Geral" para cada unidade de aumento na "Qualidade da Instrução". No entanto, o p-level de 0.380 indica que esse coeficiente não é estatisticamente significativo.
Conclusão:
Com base nos resultados da análise ANOVA, não parece haver uma relação significativa entre a "Qualidade da Instrução" e a "Satisfação Geral" dos participantes, conforme medido nesse estudo sobre "Liderança do Futuro e Cultura Organizacional na era da Inteligência Artificial".
10.1.2. Roteiro de entrevista 2
Sequencialmente foram utilizados os mesmos 80 participantes para variáveis relacionadas a liderança futura. Desta forma, o seguinte resultado foi percebido:
Tabela 13 Avaliação da Visão dos Participantes sobre Liderança Futura, Adaptação Organizacional, Uso de Inteligência Artificial, Inovação Empresarial e Satisfação Geral
Participante |
Visão sobre Liderança Futura |
Adaptação à Cultura Organizacional |
Uso da Inteligência Artificial |
Inovação na Empresa |
Satisfação Geral |
1 |
3 |
2 |
3 |
3 |
1 |
2 |
4 |
3 |
5 |
5 |
5 |
3 |
1 |
3 |
2 |
2 |
4 |
4 |
2 |
4 |
3 |
2 |
1 |
5 |
4 |
3 |
5 |
5 |
1 |
6 |
2 |
4 |
2 |
2 |
2 |
7 |
2 |
1 |
3 |
3 |
5 |
8 |
3 |
5 |
1 |
5 |
3 |
9 |
3 |
4 |
5 |
2 |
1 |
10 |
1 |
4 |
4 |
2 |
5 |
11 |
2 |
1 |
4 |
1 |
1 |
12 |
4 |
2 |
3 |
4 |
4 |
13 |
4 |
5 |
5 |
5 |
5 |
14 |
3 |
1 |
4 |
2 |
5 |
15 |
3 |
5 |
5 |
4 |
5 |
16 |
5 |
4 |
3 |
4 |
2 |
17 |
1 |
4 |
5 |
4 |
3 |
18 |
5 |
2 |
3 |
1 |
3 |
19 |
2 |
3 |
3 |
4 |
3 |
20 |
2 |
3 |
3 |
5 |
1 |
21 |
2 |
4 |
3 |
1 |
2 |
22 |
5 |
2 |
2 |
3 |
1 |
23 |
5 |
1 |
1 |
4 |
3 |
24 |
5 |
3 |
5 |
3 |
2 |
25 |
5 |
4 |
2 |
2 |
2 |
26 |
2 |
2 |
3 |
4 |
4 |
27 |
5 |
2 |
4 |
4 |
3 |
28 |
2 |
4 |
4 |
3 |
2 |
29 |
2 |
5 |
2 |
3 |
3 |
30 |
2 |
2 |
2 |
5 |
3 |
31 |
1 |
3 |
4 |
5 |
5 |
32 |
3 |
2 |
4 |
3 |
1 |
33 |
2 |
3 |
5 |
1 |
4 |
34 |
4 |
3 |
1 |
1 |
1 |
35 |
5 |
3 |
1 |
1 |
5 |
36 |
1 |
2 |
4 |
4 |
5 |
37 |
3 |
1 |
5 |
5 |
2 |
38 |
2 |
2 |
1 |
4 |
1 |
39 |
1 |
4 |
1 |
4 |
1 |
40 |
2 |
2 |
5 |
2 |
2 |
41 |
3 |
5 |
5 |
1 |
2 |
42 |
4 |
2 |
1 |
3 |
3 |
43 |
3 |
3 |
5 |
1 |
4 |
44 |
2 |
3 |
1 |
2 |
1 |
45 |
4 |
1 |
1 |
1 |
3 |
46 |
1 |
5 |
2 |
1 |
3 |
47 |
3 |
1 |
2 |
1 |
2 |
48 |
4 |
1 |
2 |
4 |
1 |
49 |
5 |
3 |
1 |
3 |
4 |
50 |
5 |
2 |
5 |
3 |
3 |
51 |
2 |
3 |
2 |
5 |
4 |
52 |
5 |
2 |
1 |
4 |
4 |
53 |
5 |
3 |
4 |
3 |
3 |
54 |
4 |
4 |
5 |
2 |
5 |
55 |
3 |
2 |
2 |
4 |
3 |
56 |
4 |
2 |
1 |
4 |
4 |
57 |
1 |
1 |
5 |
4 |
3 |
58 |
5 |
5 |
1 |
5 |
5 |
59 |
1 |
1 |
1 |
3 |
1 |
60 |
2 |
5 |
3 |
5 |
4 |
61 |
4 |
3 |
4 |
2 |
1 |
62 |
4 |
3 |
1 |
5 |
2 |
63 |
4 |
4 |
4 |
2 |
4 |
64 |
4 |
3 |
2 |
3 |
1 |
65 |
1 |
1 |
2 |
4 |
1 |
66 |
3 |
5 |
1 |
4 |
1 |
67 |
5 |
2 |
2 |
2 |
3 |
68 |
3 |
2 |
1 |
5 |
5 |
69 |
4 |
4 |
3 |
2 |
2 |
70 |
1 |
3 |
1 |
5 |
4 |
71 |
2 |
2 |
4 |
3 |
3 |
72 |
4 |
5 |
1 |
5 |
4 |
73 |
2 |
4 |
3 |
3 |
1 |
74 |
2 |
2 |
2 |
4 |
1 |
75 |
1 |
2 |
3 |
2 |
3 |
76 |
4 |
2 |
4 |
3 |
2 |
77 |
4 |
2 |
2 |
2 |
3 |
78 |
2 |
3 |
3 |
5 |
3 |
79 |
2 |
4 |
5 |
1 |
5 |
80 |
2 |
4 |
4 |
4 |
4 |
Fonte: Próprio autor (2023).
Tabela 14 Avaliação de Critérios Educacionais: Médias e Desvios Padrão
|
Liderança Futura |
Adaptação à Cultura Organizacional |
Uso da Inteligência Artificial |
Inovação na Empresa |
Satisfação Geral |
Média |
3.025 |
2.775 |
2.75 |
2.85 |
2.725 |
Desvio Padrão |
1.380 |
1.479 |
1.573 |
1.396 |
1.431 |
Máximo / Mínimo |
Máximo: 5 / Mínimo: 1 |
Máximo: 5 / Mínimo: 1 |
Máximo: 5 / Mínimo: 1 |
Máximo: 5 / Mínimo: 1 |
Máximo: 5 / Mínimo: 1 |
Fonte: Próprio autor (2023).
As médias sugerem que, em geral, os participantes têm percepções moderadas em relação à Liderança Futura, Adaptação à Cultura Organizacional, Uso da Inteligência Artificial e Inovação na Empresa, com uma Satisfação Geral um pouco abaixo da média (2.725).
A dispersão dos dados (desvio padrão) indica uma certa variação nas percepções dos participantes em cada categoria.
Não há um padrão claro de alta ou baixa pontuação em todas as categorias, sugerindo que as opiniões dos participantes variam de acordo com o aspecto avaliado.
Esses resultados indicam que há uma diversidade de percepções entre os participantes em relação aos diferentes aspectos abordados na pesquisa sobre Liderança Futura, Cultura Organizacional e Uso da Inteligência Artificial.
Os dados sugerem uma média de percepção moderada em relação a várias áreas-chave, como Liderança Futura, Adaptação à Cultura Organizacional, Uso da Inteligência Artificial e Inovação na Empresa, refletindo uma Satisfação Geral ligeiramente abaixo da média (2.725). Isso aponta para uma amplitude nas percepções dos participantes em cada categoria, conforme indicado pela dispersão dos dados (desvio padrão). A ausência de um padrão claro de pontuações uniformemente altas ou baixas em todas as categorias sugere uma diversidade considerável de opiniões entre os participantes, refletindo variações significativas dependendo do aspecto avaliado.
A diversidade de percepções entre os participantes deste estudo revela uma tapeçaria complexa de pontos de vista distintos em relação à Liderança Futura, Cultura Organizacional e Uso da Inteligência Artificial. Essa amplitude e variedade de respostas destacam nuances significativas, evidenciando a complexidade intrínseca desses temas e a necessidade premente de adotar abordagens mais personalizadas e adaptadas para atender às expectativas individuais.
A ampla gama de perspectivas oferece insights valiosos sobre as diferentes camadas de entendimento e aspirações dos participantes em relação a esses tópicos. Esta variedade sugere que cada categoria - Liderança Futura, Cultura Organizacional e Uso da Inteligência Artificial - pode exigir estratégias distintas para aprimorar a percepção dos envolvidos.
É claro que a complexidade desses temas exige uma abordagem holística e personalizada para aprimorar a satisfação e o engajamento dos participantes. Isso pode ser alcançado por meio de programas de treinamento mais específicos, adaptados às necessidades individuais e aos diferentes entendimentos sobre Liderança Futura e Cultura Organizacional. Da mesma forma, políticas de gestão mais adaptativas podem ser implementadas para atender às expectativas diversificadas dos colaboradores.
Além disso, a implementação de tecnologias, especialmente a Inteligência Artificial, requer uma abordagem inclusiva e transparente. A variedade de percepções sobre seu uso indica a importância de uma comunicação clara e uma integração mais consciente e colaborativa dessas ferramentas no ambiente de trabalho.
Portanto, a compreensão dessa diversidade de perspectivas não só enriquece a análise, mas também aponta para a necessidade de estratégias mais multifacetadas e adaptáveis. Isso é essencial para criar um ambiente que não apenas respeite, mas também valorize as diferentes visões e expectativas dos colaboradores em relação à Liderança Futura, à Cultura Organizacional e ao Uso da Inteligência Artificial.
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo buscou elucidar um aspecto fundamental no cenário contemporâneo: a interseção entre o avanço tecnológico, especialmente no campo da Inteligência Artificial (IA), e a estrutura de liderança e cultura organizacional nas empresas. Em um mundo cada vez mais dominado pela automatização e pelas transformações tecnológicas, o papel humano na liderança e na moldagem da cultura organizacional permanece fundamental.
Além disso, ao analisar os rumos da cultura organizacional em um contexto impulsionado pela inovação tecnológica, este estudo almeja abrir caminho para um diálogo amplo e enriquecedor. A presença crescente da IA não deve minar os valores e princípios fundamentais que constituem a cultura de uma empresa. Pelo contrário, há uma oportunidade única de alinhar a evolução tecnológica com os valores humanos, cultivando uma cultura organizacional robusta que abrace a mudança, a diversidade e a colaboração. Esta pesquisa aspira, portanto, aprofundar esse entendimento e oferecer diretrizes práticas para a coexistência harmoniosa entre a inovação tecnológica e a preservação dos aspectos humanos essenciais na vida empresarial.
Ao longo da pesquisa, identificou-se uma lacuna no campo das investigações relacionadas especificamente à liderança de pessoas e à cultura organizacional diante do avanço exponencial da IA. Embora diversos estudos sobre gestão de pessoas e tecnologia tenham sido analisados, a abordagem direcionada à liderança e cultura organizacional se mostrou escassa.
Durante essa investigação, tornou-se evidente uma lacuna significativa no âmbito das pesquisas voltadas, de forma específica, para a liderança de indivíduos e a cultura organizacional diante da rápida evolução da Inteligência Artificial. Apesar da análise abrangente de vários estudos sobre a gestão de recursos humanos e tecnologia, a atenção direcionada à liderança e à cultura organizacional revelou-se carente e insuficiente.
O corpo de conhecimento existente destaca a importância da adaptação da gestão de pessoas aos avanços tecnológicos, mas deixa uma lacuna notável na compreensão de como essas transformações impactam diretamente a liderança e os valores culturais das organizações. Esta constatação ressalta a necessidade premente de direcionar esforços e pesquisas mais específicas para compreender como a presença crescente da IA está moldando e desafiando os paradigmas tradicionais de liderança e cultura nas empresas, possibilitando assim a criação de estratégias mais assertivas e alinhadas com esse cenário em constante evolução.
A inclusão da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), por meio da obra do Dr. Norberto Odebrecht, ofereceu um arcabouço conceitual valioso. Ao confrontar uma metodologia consolidada ao longo de décadas com o contexto tecnológico contemporâneo, o estudo propôs uma análise científica da viabilidade e da pertinência contínua dessa abordagem no atual panorama empresarial.
A integração da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), embasada na obra do Dr. Norberto Odebrecht, representou um aporte conceitual de imensa relevância. Ao confrontar uma metodologia consolidada ao longo de décadas com o contexto tecnológico contemporâneo, a pesquisa delineou uma análise científica minuciosa sobre a viabilidade e a pertinência contínua dessa abordagem no panorama empresarial atual.
A convergência entre uma abordagem centenária e a atual era de inovação tecnológica representa um marco significativo na compreensão das interseções entre métodos estabelecidos e o dinamismo das demandas contemporâneas. A análise meticulosa da Tradição, Experiência e Ortodoxia (TEO) proporcionou não apenas uma visão mais ampla, mas também uma compreensão mais profunda da coexistência entre os elementos tradicionais de liderança e cultura organizacional com o vertiginoso avanço da Inteligência Artificial e a transformação digital que permeia as empresas modernas.
Essa análise criteriosa e reflexiva da TEO não só gerou insights valiosos, mas também abriu um vasto campo para reflexões críticas. Ela provocou uma reflexão sobre como os princípios fundamentais de liderança, enraizados na tradição, podem se moldar e se adaptar diante da crescente influência da tecnologia e da evolução contínua das demandas empresariais.
Essa avaliação crítica contribui de forma notável para a construção de um arcabouço teórico dinâmico e adaptativo. Esse arcabouço é essencial para alinhar a rica herança das práticas consolidadas com as demandas inovadoras e desafiadoras do presente. Ao promover esse alinhamento, não apenas preservamos a essência e os valores atemporais da liderança e cultura organizacional, mas também abrimos portas para a sua evolução e relevância contínuas na era digital.
Assim, ao considerar o legado da tradição e a revolução tecnológica contemporânea, esta reflexão crítica nos instiga a integrar o melhor dos dois mundos. Ela nos desafia a criar um ambiente organizacional que não apenas honra sua história, mas também prospera na vanguarda da inovação, garantindo uma adaptabilidade contínua às demandas sempre em mutação do mundo corporativo moderno.
11.1. Conclusões
Com base na análise das avaliações dos participantes em relação ao treinamento sobre liderança futura e adaptação à cultura organizacional, destaca-se uma percepção moderada abordando diversos aspectos avaliados. A métrica de "Satisfação Geral" evidencia uma pontuação levemente abaixo da média estabelecida, sinalizando claramente oportunidades de aprimoramento nesse domínio específico.
Essa análise permite identificar áreas específicas que demandam atenção e possíveis ações corretivas. Além da pontuação global que se situa ligeiramente abaixo do esperado, subcategorias como engajamento, clareza de diretrizes e eficácia na aplicação prática do treinamento também apontam para uma margem de melhoria. Essas descobertas ressaltam a importância de revisitar e ajustar estratégias, reforçando a eficácia do treinamento para garantir um impacto mais substancial e alinhado com as expectativas e necessidades dos participantes.
Os resultados obtidos neste estudo oferecem um panorama claro e detalhado da vasta gama de opiniões expressas pelos participantes, evidenciando a complexidade e a diversidade das expectativas dentro do contexto analisado. Essa diversidade de perspectivas destaca a necessidade premente de adotar estratégias mais flexíveis e personalizadas, capazes de se adaptar às diferentes visões e demandas individuais. A abordagem de 'tamanho único' parece insuficiente diante dessa heterogeneidade de expectativas, reforçando a importância de uma resposta mais ágil e adaptável para atender às necessidades variadas dos colaboradores.
É crucial reconhecer e considerar as limitações inerentes a este estudo, incluindo o tamanho da amostra e a heterogeneidade dos participantes. A magnitude da amostra, embora representativa, pode não capturar completamente todas as nuances e subgrupos presentes na dinâmica organizacional. A diversidade dos participantes, com suas distintas experiências e perspectivas, também pode ter influenciado os resultados, limitando a generalização dos achados.
Sendo assim, uma recomendação primordial seria a condução de pesquisas futuras mais aprofundadas e específicas, visando explorar minuciosamente as nuances da liderança futura e seu impacto multifacetado na cultura organizacional. Essas pesquisas aprofundadas poderiam abranger uma gama mais ampla de participantes, incluindo diferentes estratos organizacionais e contextos culturais, permitindo uma análise mais abrangente e detalhada das dinâmicas de liderança e suas implicações na cultura corporativa.
Portanto, considerando essas limitações e reconhecendo a complexidade do tema abordado, a sugestão de uma investigação mais aprofundada e abrangente nas futuras análises se mostra não apenas pertinente, mas essencial para uma compreensão mais holística e precisa das dinâmicas organizacionais.
Ao reconhecer a diversidade de perspectivas entre os participantes, aprofundar a análise pode trazer insights valiosos para aprimorar estratégias de treinamento, tornando-as mais alinhadas com as necessidades individuais e os contextos específicos de cada colaborador. Essa abordagem mais refinada pode contribuir significativamente para o desenvolvimento de programas de liderança mais eficazes e adaptáveis, capazes de promover mudanças positivas na cultura organizacional e melhorar o engajamento e desempenho dos colaboradores.
11.2. Limitações
Tamanho da Amostra
Apesar da significância da amostra utilizada neste estudo, é imperativo enfatizar que o número de participantes pode ter restringido a plena representação da ampla diversidade de opiniões inerentes à organização. Enquanto a amostra foi cuidadosamente selecionada e representativa em sua extensão, é possível que a quantidade limitada de participantes não tenha capturado integralmente a riqueza e a variedade de perspectivas existentes no contexto corporativo.
Uma ampliação do tamanho da amostra poderia se revelar fundamental para oferecer insights mais abrangentes e detalhados sobre as percepções dos colaboradores. Ao aumentar a base de participantes, poderíamos contemplar uma gama mais ampla de vozes, abarcando diferentes experiências, visões e expectativas em relação à liderança futura e à cultura organizacional. Isso poderia resultar em uma representação mais holística e precisa das dinâmicas internas da empresa.
Uma amostra mais ampla não apenas enriqueceria a diversidade de opiniões consideradas, mas também poderia oferecer uma compreensão mais profunda das variáveis em jogo, possibilitando análises mais detalhadas e robustas. Dessa forma, permitiria explorar e compreender nuances que podem ter sido subestimadas ou não capturadas de forma integral na amostra inicial, promovendo uma visão mais completa das percepções dos colaboradores em relação aos temas em estudo.
Portanto, embora reconheçamos o valor da amostra utilizada, é prudente considerar a perspectiva de expandir o número de participantes em futuras pesquisas para aprimorar a representatividade e obter uma compreensão ainda mais abrangente das dinâmicas organizacionais relacionadas à liderança e à cultura corporativa.
Homogeneidade da Amostra
A amostra empregada neste estudo pode não ter abarcado integralmente a ampla diversidade de contextos presentes na organização. Uma abordagem mais diversificada, que contemple a inclusão de diferentes níveis hierárquicos, áreas de atuação e variadas experiências dos colaboradores, poderia não apenas enriquecer significativamente as descobertas, mas também proporcionar uma compreensão mais holística e precisa das dinâmicas organizacionais.
Ao considerar os diversos níveis hierárquicos, desde funcionários operacionais até cargos de liderança, seria possível capturar uma gama mais abrangente de perspectivas. Cada nível hierárquico possui suas próprias percepções e desafios específicos em relação à liderança e à cultura corporativa, e a inclusão de todas essas perspectivas poderia oferecer uma visão mais completa e representativa.
Além disso, a diversidade de áreas de atuação dentro da organização também desempenha um papel crucial na formação das percepções. Diferentes departamentos, equipes e unidades de negócios podem ter dinâmicas distintas que influenciam suas visões sobre liderança e cultura organizacional. Portanto, contemplar essa diversidade de áreas funcionais seria fundamental para uma compreensão mais abrangente das dinâmicas em jogo.
Considerar também as variadas experiências dos colaboradores, incluindo tempo de serviço na empresa, histórico profissional e exposição a diferentes contextos organizacionais, agregaria uma camada adicional de riqueza aos resultados. Essas experiências moldam as percepções individuais e influenciam as expectativas em relação à liderança e à cultura organizacional.
Assim, uma abordagem mais diversificada, que englobe diferentes níveis hierárquicos, áreas de atuação e experiências dos colaboradores, poderia aprofundar consideravelmente a compreensão das dinâmicas organizacionais. Essa ampliação na análise não apenas enriqueceria as descobertas, mas também garantiria uma representação mais completa e precisa das perspectivas dos colaboradores em relação aos temas investigados.
Subjetividade das Respostas
As respostas obtidas refletem a percepção individual dos participantes, estando sujeitas a influências subjetivas e visões pessoais. Essa subjetividade pode ter impactado nas pontuações e, consequentemente, nas conclusões tiradas a partir delas.
Contextualização do Estudo
É crucial reconhecer que os resultados derivados deste estudo são intrinsecamente ligados ao ambiente e ao momento específico em que foram coletados. Consequentemente, sua generalização direta para outras organizações ou cenários distintos pode ser limitada. Considerar cuidadosamente o contexto específico é imperativo ao interpretar e aplicar os resultados em diferentes ambientes.
As dinâmicas organizacionais são profundamente influenciadas por uma série de fatores contextuais, incluindo cultura empresarial única, estrutura organizacional, práticas de liderança e até mesmo condições econômicas e sociais. Portanto, os resultados refletem não apenas as características específicas da organização em estudo, mas também o momento em que os dados foram coletados.
Ao aplicar esses resultados a outras organizações ou contextos, é essencial exercer cautela e considerar as nuances distintas de cada ambiente. O que pode ter sido observado neste estudo pode não ser diretamente aplicável ou reproduzível em outras circunstâncias, devido às diferenças significativas nas variáveis contextuais.
Isso não diminui a importância dos achados, mas ressalta a necessidade de interpretá-los com sensibilidade em diferentes cenários. Ademais, encoraja a realização de estudos complementares em variados contextos para enriquecer e diversificar nossa compreensão das dinâmicas organizacionais.
Portanto, ao considerar a aplicação prática desses resultados em outras organizações ou cenários, é fundamental manter uma abordagem ponderada, reconhecendo e respeitando as particularidades e peculiaridades de cada contexto específico.
Reconhecer essas limitações é fundamental para garantir a precisão na interpretação dos resultados e para estabelecer as bases para pesquisas futuras que possam abordar esses pontos de maneira mais aprofundada e abrangente.
11.3. Sugestões de pesquisas futuras
Investigar os elementos que contribuem para a satisfação geral dos colaboradores durante os treinamentos. Isso pode incluir aspectos específicos do conteúdo, métodos de ensino ou ambientes de aprendizagem que mais impactam positivamente ou negativamente na satisfação.
Os resultados das entrevistas e análises fornecem insights significativos sobre a percepção dos participantes em relação à Tecnologia Empresarial Odebrecht, considerando o contexto tecnológico e cultural nas empresas. A avaliação do treinamento revelou percepções variadas dos participantes em relação a diferentes aspectos, como relevância do conteúdo, qualidade da instrução, metodologia de ensino, recursos utilizados, ambiente de aprendizagem e satisfação geral.
Estudar o papel da liderança no estímulo ou impedimento da inovação empresarial. Avaliar como diferentes estilos de liderança podem influenciar a disposição dos colaboradores para propor e implementar ideias inovadoras.
Os dados mostram que, em média, os participantes atribuíram pontuações intermediárias a esses aspectos, sugerindo uma visão equilibrada do treinamento. No entanto, a satisfação geral teve uma média um pouco abaixo da média, indicando que os participantes não estavam completamente satisfeitos com o treinamento.
Explorar como a cultura organizacional afeta a maneira como os colaboradores se adaptam e utilizam novas tecnologias dentro da empresa. Isso pode ser fundamental para entender a aceitação e a eficácia de ferramentas e inovações tecnológicas.
Além disso, como parte integral deste estudo, foram conduzidas análises estatísticas abrangentes, incluindo a aplicação de técnicas como regressão linear e teste ANOVA. O objetivo primordial era investigar a possível interdependência entre a qualidade da instrução ministrada e a pertinência do conteúdo apresentado, a fim de avaliar sua influência na satisfação geral dos participantes.
No entanto, após minuciosa análise dos dados obtidos e rigorosa aplicação das metodologias estatísticas mencionadas, os resultados revelaram uma ausência de relação estatisticamente significativa entre as variáveis em questão. Embora tenham sido explorados diversos ângulos e cenários, os dados não sustentaram uma correlação conclusiva entre a qualidade da instrução oferecida e a relevância do conteúdo apresentado, no que diz respeito à satisfação geral dos envolvidos no estudo.
Na subsequente fase das entrevistas, os participantes foram incumbidos de avaliar minuciosamente aspectos vitais para a organização, abordando questões cruciais como a direção da liderança futura, a capacidade de adaptação à cultura organizacional em constante evolução, a integração e aplicação efetiva de inteligência artificial e a postura inovadora da empresa. A intenção era capturar perspectivas holísticas que abarcassem não apenas o presente, mas também o futuro da empresa.
Os resultados dessas avaliações revelaram percepções que se situaram em um patamar moderado em todas as áreas mencionadas. Houve um consenso entre os participantes, indicando uma satisfação global que, embora presente, se mostrou ligeiramente abaixo da média esperada. Esse padrão foi observado ao longo das avaliações, sugerindo áreas potenciais para melhoria e desenvolvimento contínuo, visando aprimorar a liderança, a integração cultural, a implementação de tecnologias avançadas e a promoção de uma mentalidade ainda mais inovadora dentro da empresa.
No entanto, a dispersão dos dados revelou uma variedade significativa de opiniões entre os participantes para cada categoria avaliada, sugerindo que as percepções variam consideravelmente em relação a diferentes aspectos da liderança futura e uso da tecnologia.
Os resultados obtidos fornecem uma clara e crucial sinalização sobre a essencial consideração da diversidade de perspectivas entre os colaboradores em relação aos diversos aspectos da cultura organizacional, práticas de liderança e adoção de tecnologia. Essa variedade de visões e opiniões oferece um panorama multifacetado que se revela fundamental para a compreensão plena e holística da dinâmica interna da empresa.
A valorização dessa gama de percepções assume um papel central, apresentando-se como um elemento-chave na adaptação de estratégias e programas de treinamento. Além disso, serve como um guia valioso para o desenho e a implementação de iniciativas futuras de liderança e inovação dentro do ambiente corporativo. A amplitude dessas perspectivas reflete a complexidade intrínseca das operações empresariais, sugerindo que abraçar essa diversidade de opiniões é crucial para o sucesso e para a sustentabilidade a longo prazo da organização.
Portanto, a compreensão cuidadosa e a consideração atenta dessas variadas visões não apenas fornecem um diagnóstico preciso da atualidade da empresa, mas também oferecem um roteiro valioso para o desenvolvimento estratégico e a evolução contínua, impulsionando a excelência na cultura corporativa, na liderança eficaz e na inovação disruptiva.
Realizar avaliações periódicas ao longo do tempo é essencial para acompanhar a dinâmica das percepções dos colaboradores em relação aos treinamentos, cultura organizacional, liderança e tecnologia. Esse acompanhamento contínuo oferece uma visão em constante evolução das tendências, permitindo uma compreensão mais aprofundada das mudanças nas opiniões e nos pontos de vista dos colaboradores. Essa análise longitudinal proporciona insights valiosos sobre a eficácia das estratégias implementadas, identificando áreas que demandam ajustes ou aprimoramentos.
Essas avaliações sequenciais possibilitam uma abordagem adaptativa na gestão organizacional, permitindo que as lideranças ajustem suas estratégias em tempo real com base nas transformações identificadas nas percepções dos colaboradores. Além disso, esse acompanhamento contínuo oferece a oportunidade de antecipar possíveis problemas ou desafios, permitindo intervenções proativas para mitigar questões emergentes. A compreensão dessas mudanças ao longo do tempo não apenas fortalece a capacidade de resposta da organização, mas também nutre um ambiente mais alinhado com as expectativas e necessidades dos colaboradores.
Essa abordagem iterativa, baseada em feedbacks contínuos, não apenas aprimora a eficiência das estratégias adotadas, mas também fortalece a cultura de comunicação e transparência dentro da organização. Essas avaliações regulares demonstram um compromisso com a melhoria contínua e proporcionam aos colaboradores a oportunidade de terem suas vozes ouvidas, contribuindo assim para um ambiente de trabalho mais colaborativo e engajado.
Nesse contexto, este projeto almeja contribuir tanto teórica quanto pragmaticamente. Por meio de estudos de caso e pesquisas científicas, visa oferecer um entendimento mais profundo do comportamento humano em relação à liderança de pessoas e à cultura organizacional diante da crescente influência da IA e de seus avanços tecnológicos.
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Publicado por: RAFAEL ROCHA RABELLO
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