LER: Uma Avaliação do Impacto na Organização do Trabalho na CREDIP Pimenta Bueno-RO

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1. INTRODUÇÃO

O trabalho é de fundamental importância para o homem perante a sociedade, além de ser o meio de garantir satisfação material ainda constitui-se na essência do ser humano, no prazer de produzir, modificar, construir e realizar sonhos. Contudo a forma de trabalhar para garantir a sobrevivência e o bem estar muitas vezes coloca o homem numa situação conflituosa. Se por um lado garante a vida, por outro, contraditoriamente, pode provocar doenças, diminuir a capacidade vital e até provocar a morte.

Como os indivíduos não produzem sozinho tudo o que necessitam para sobreviver, precisam se organizar. Todavia, no modo de produção capitalista, cuja base da produção é a propriedade privada e nem todos tem propriedade, então sobrevivem trabalhando no que é seu ou de outro. Ao trabalhador cuja única propriedade é a força de trabalho, a condição de sua existência está na venda da mesma. Desta forma o trabalhador deixa de escolher as condições em que quer trabalhar, deixa de escolher o que e como quer produzir e se submete à vontade, ao interesse e aos objetivos da empresa, que nem sempre oferece condições adequadas para o trabalhador. As condições ambientais, como as ergonômicas, psicológicas e a organização do trabalho são os principais fatores a se considerar quando se pensa em qualidade de vida do trabalhador e os tipos de acidentes e doenças provocadas pelo trabalho.

As LER/DORT são consideradas doenças ocupacionais de origem multicausal, os fatores que mais influenciam para o seu aparecimento são ergonômicos (móveis inadequados), ambientais (frio, calor, iluminação), individuais (pré-disposição) psicológicas (pressão, insatisfação), e principalmente organizacionais (forma de executar as tarefas).

O trabalho deve proporcionar ao trabalhador fora da organização os meios essenciais para viver como: alimentos, habitação, saúde, educação, segurança, lazer, qualidade de vida entre outros. Dentro da organização o trabalhador deve realizar suas tarefas em condições ambientais favoráveis para que possa produzir com qualidade, segurança, criatividade e que o trabalho seja sinônimo de prazer, para que isto ocorra a empresa precisa oferecer mobiliários, equipamentos, temperatura, iluminação, segurança para realização das tarefas e um ambiente harmonioso, dar autonomia ao funcionário em suas atividades para que se sinta valorizado perante a organização.

a) Problematização

Como o trabalho e sua forma de organização influenciam no aparecimento das Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho?

b1) Objetivo Geral

Neste trabalho pretende-se avaliar as condições organizacionais em que a CREDIP submete seus funcionários; verificar se há casos de LER/DORT e ainda sugerir medidas a serem adotadas para prevenir o surgimento da doença e desta forma evitar prejuízos futuros tanto para a empresa como para seu quadro de funcionários.

b2) Objetivos Específicos

- Analisar as condições ambientais do trabalho.
- Identificar as atividades onde há maior incidência das LER/DORT.
- Sugerir formas diferenciadas de organizar as tarefas para evitar o surgimento das LER/DORT.

c) Delimitação

Trabalho de pesquisa na área de Recursos Humanos com referência a Higiene e Segurança do Trabalho com abordagem específica da organização do trabalho e as Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares relacionadas ao Trabalho-LER/DORT na Cooperativa de crédito rural de Pimenta Bueno - Rondônia.

d) Justificativa

São muitos os estudos, debates, pesquisas, discussões e preocupações com as LER/DORT em todo o mundo. Portanto, a maioria das pesquisas realizadas até o momento tem se limitado a estudar suas manifestações, os aspectos psicológicos, as predisposições individuais, a ergonomia e as formas de tratamento dos lesionados, que sem dúvida é necessário estudar. Todavia, é preciso para uma compreensão mais efetiva, buscar os fundamentos que a provocam: a organização do trabalho.

A escolha do presente tema se deu por ser um assunto atual e bastante preocupante para as empresas que operam com tarefas repetitivas. Podemos citar algumas categorias que mais são atingidas: operadores de linhas de montagens, jornalistas, digitadores, e principalmente os bancários que trabalham nos caixas, nos setores de processamento de dados, na soma de cheques e documentos para a compensação. Ao realizar o estágio pude observar que os funcionários se queixavam frequentemente de dores e então surgiu a idéia de observar e pesquisar os principais motivos para tais queixas.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Conceitos de LER/DORT

Marano (2003, p. 149) define LER/DORT como: “... uma desordem músculo-tendinosa de origem ocupacional que atinge os membros superiores, região escapular e pescoço pelo uso forçado e repetido de grupos musculares ou em conseqüência de uma postura forçada”.

Schmitz (2002, p. 15) conceitua LER/DORT da seguinte maneira:

Lesões por Esforços Repetitivos são doenças músculo-tendinosas,dos membros superiores, ombros e pescoço, causadas pela sobrecarga de um grupo muscular particular, devido a movimentos repetitivos ou posturas inadequadas, que resultam em dor, fadiga e declínio no desempenho profissional.

De acordo com Gaigher, (2001) LER/DORT é a denominação pela qual se identifica um grupo de doenças ocupacionais, das quais as mais conhecidas são tendinites, tenossinovites e bursites.

Schmitz (2002) descreve a LER/DORT num estágio mais avançado como síndrome dolorosa crônica:

... são transtornos funcionais, transtornos mecânicos e lesões de músculos e/ou tendões e/ou fáscias e/ou nervos e/ou bolsas articulares e pontas ósseas nos membros superiores ocasionadas pela utilização biomecanicamente incorreta dos membros superiores, que resultam em dor, fadiga, queda do desempenho no trabalho, incapacidade temporária e conforme o caso pode evoluir para uma síndrome dolorosa crônica, nesta fase, agravadas por todos os fatores psíquicos (inerentes ao trabalho ou não) capazes de reduzir o limiar de sensibilidade dolorosa do indivíduo.

Segundo a Norma Técnica sobre LER do INSS, de 1993, descreve LER como sendo afecções que podem atingir tendões, sinóvias, músculos, fáscias ou ligamentos – de forma isolada ou associada, com ou sem degeneração dos tecidos - afetando principalmente, os membros superiores, região escapular e pescoço. De origem ocupacional decorre, de forma combinada ou não, dos seguintes fatores: uso repetitivo de grupos musculares; uso forçado de grupos musculares, manutenção de postura inadequada. A partir da revisão da Norma Técnica em 1997, pelo INSS, a expressão LER foi substituída por DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), mas a terminologia LER continua sendo aceita devido a sua difusão. De acordo com a Ordem de Serviço 606, que disciplina a nova Norma Técnica, o conceito de LER/DORT é: LER/DORT são lesões causadas por esforços repetitivos, são patologias, manifestações ou síndromes patológicas que se instalam insidiosamente em determinados segmentos do corpo, em conseqüência do trabalho realizado de forma inadequada.

Segundo O’Neill (2003 p. 9). As LER/DORT são doenças relacionadas ao trabalho que incapacitam os trabalhadores. Além da dor física, geram sofrimento mental, afastam o trabalhador da organização, causando transtornos de ordem financeira e também às empresas e ao governo causam grandes prejuízos. Segundo relata em seu livro as empresas gastam, para cada funcionário doente, aproximadamente 89 mil reais por ano e o governo gasta cerca de 20 bilhões de reais anualmente com doenças relacionados ao trabalho e com acidentes do trabalho. As LER/DORT respondem por 80 a 90% dos casos de doenças profissionais registrados nos últimos anos pela Previdência Social.

2.2. Como surgiram as doenças por movimentos repetitivos

Consta que no século XVI, os secretários dos príncipes, os escribas, apresentaram lesões devido a movimentos repetitivos, sedentarismo e pressões que sofriam para não manchar os livros. Foram descritas pelo médico Bernardino Ramazini (1633-1714) em seu livro “De Morbis Artificum Diatriba” como doenças dos escribas e notários, estes são os primeiros relatos que constam em relação às doenças ocupacionais. Também, neste período os tecelões começaram a apresentar doenças ocupacionais relacionadas a movimentos repetitivos Marano (2003, p. 149).

No século XVIII, com a Revolução Industrial na Inglaterra, a forma de executar as tarefas mudou totalmente. O operário trabalhava até 18 horas por dia executando tarefas repetitivas o que ocasionou o surgimento de muitas doenças causadas por movimentos repetitivos.

O primeiro país a reconhecer a LER como doença ocupacional do trabalho e de origem multicausal foi o Japão na década de 70. No Brasil e na Austrália a LER só foi reconhecida como doença na década de 80. Atualmente o termo técnico mais adequado (pela previdência e Ministério da Saúde) é DORT Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho.

O principal fenômeno social responsável por essa patologia é a modernização do trabalho (mecanização, automação das tarefas, informatização nas áreas de serviços), determinando um aumento das tarefas manuais repetitivas, especialmente dos membros superiores, ombros e região servical.

Alguns grupos de pessoas são mais suscetíveis ao desenvolvimento de lesões por movimentos repetitivos. As mulheres, entre 20 e 40 anos, são duas vezes mais propensas que os homens às lesões. Uma das razões é que os músculos, tendões e ligamentos das mulheres possuem menor resistência que os dos homens. A dupla jornada de trabalho da mulher (mesmo trabalhando fora, quando chega em casa existem “N” coisas para se fazer, cuidar de crianças, lavar roupas, louças, fazer comida e entre outras coisas) e os fatores hormonais (TPM) também contribuem para o aparecimento das LER/DORT, pois ela está exposta a esforços musculares no tempo que transcende a jornada de trabalho na empresa. Schmitz (2002, p. 16).

Segundo O’Neill (2003, p. 94) há no universo do trabalho uma desigualdade considerável entre homens e mulheres, não só no Brasil, mas no mundo todo, em relação à remuneração. Há lugares em que o salário de uma mulher chega à metade do salário do homem, como é o caso do Japão. Aqui a diferença salarial é de aproximadamente 76%. Sendo assim a classe empresarial teria certa preferência pelas mulheres porque representa mão-de-obra barata, mais habilidade para executar atividades que requerem alta repetitividade e tarefas fragmentadas; também pelo seu perfeccionismo, sua alta produtividade e sua dedicação seriam maiores que a dos homens.

2.3. A Psicossomatização das LER/DORT

Segundo Gaigher (2001, p. 20) existe no Brasil a psicossomatização das LER/DORT:

... teriam como causa fenômenos de ordem psicológica. No entanto, entende-se por “psicológico” valores como: fraqueza, preguiça, má vontade, o que prontamente culpabiliza os trabalhadores pela manifestação da doença, pois interpreta-se erroneamente, que a dimensão psicológica, ao se tratar de fator explicativo da doença, é sinônimo de fingimento e, portanto, denota que a doença se instala de acordo com a vontade das pessoas, insinua-se que o trabalhador é frágil, fraco. Essa explicação parece ter o poder de descaracterizar o que os achados epidemiológicos informam, ou seja, o que todas as pessoas portadoras de LER/DORT executavam atividades ocupacionais que demandavam movimentos e esforços repetitivos. Porém, o que seria então o psicológico se não uma fraqueza ou preguiça? O psicológico remete a pessoa; e a pessoa tem história e expectativas, tem potencialidades e ritmos, tem limites subjetivos.

Segundo Orso (2001) A dificuldade no diagnóstico e o fato de ser uma doença relacionada com a organização do trabalho têm gerado uma série de mal entendidos e preconceito em relação aos lesionados. Alguns acham que é fantasia de trabalhador preguiçoso, problemas com auto-estima, medo, frustração; outros dizem que é doença de mulher, tratam-na como se fossem problemas emocionais ou sintomas de histeria. Ou seja, trata-se de descaracterizar a LER/DORT como doença do trabalho. Mas a ocorrência de muitos casos nos últimos anos não deixa dúvida de que ela existe. Ainda no artigo diz que um em quatro funcionários do Banco do Brasil apresenta algum sintoma da LER/DORT.

Segundo O’Neill (2003, p. 20) o portador da LER/DORT entra em depressão devido as conseqüências da doença e do descrédito que sofre na empresa,  dos peritos do INSS, os quais acabam por diagnosticá-la  de origem psicológica, ainda é discriminado pela família e rejeitado pela sociedade. Como é de difícil diagnóstico, torna-se complicado comprovar a existência da doença, se até os médicos, muitas vezes acreditam que a pessoa está com outros problemas como adaptação ao ambiente, ou mesmo fingimento ou preguiça para se ausentar do trabalho. Então acaba gerando conflitos no trabalho como a desconfiança dos colegas, questionamentos da família, problemas financeiros e as constantes dores causando-lhe incapacidade para trabalhar; é onde o trabalhador acaba se deprimindo sem auto-estima, sentindo-se impotente e até culpado pelo seu estado de saúde.

2.4. Principais sintomas das LER/DORT

Como descreve Orso, (2001) em seu artigo sobre os sintomas das LER/DORT podemos citar os seguintes:

... dor, dormência, ardor, fraqueza, peso, fadiga, queimação, sensação de frio e inchaço nos membros superiores, câimbras, distúrbios do sono, diminuição das agilidades dos dedos, incapacidade de manutenção da força motora e de permanecer sentado por muito tempo, enrijecimento doloroso da musculatura, limitação dos movimentos das articulações, alta sensibilidade, sinais de distrofia simpático-reflexa, dificuldade de pegar e manusear pequenos objetos, para manter os membros superiores elevados, para escrever, para segurar o telefone, carregar sacolas e bebês, para pentear, para dirigir. 

Segundo O’Neill (2003) que além das dores intensas que são causadas pelas múltiplas lesões das LER/DORT, a falta de força, impotência funcional induzem a uma grande crueldade, o trabalhador não é aceito em nova empresa porque tem problemas de saúde (mesmo que tenha o melhor currículo) na maioria dos casos não é recebido de volta para readaptação na antiga empresa e não consegue se aposentar devido a pouca idade.

2.5. Formas Clínicas das LER/DORT

Marano, (2003, p. 150) Cita em seu livro as formas clínicas que as LER/DORT se apresentam:

a) Doença de Quervain: Em razão de um processo inflamatório da bainha tendinosa do músculo abdutor e extensor do polegar, ocasionando distúrbio da sensibilidade e da capacidade funcional. Ex: trabalho com ferramentas retas que exigem força e repetição (alicate, tenaz, chave de fenda, etc.);

b) Dedo em Gatilho: Provocada por um processo inflamatório da bainha tendinosa da região palmar ocasionando dificuldade de extensão do dedo.

c) Síndrome do Túnel do Carpo: Ocorre pela compressão do nervo mediano da face palmar do punho, em conseqüência de um processo inflamatório dos tendões, ocasionando espaçamento e fibrose, que provoca dor e incapacidade funcional, particularmente do 1º ao 4º dedo;

d) Síndrome do túnel lunar: Ocasionado por compressão do nervo lunar (túnel lunar em torno do osso pisiforme do punho), provocando dor, incapacidade funcional e hipotrofia do 4º e 5° dedos;

e) Epicondilite: Caracterizada por dor nos músculos epicondelianos (bordos do cotovelo) com irradiação para o ombro e a mão;

f) Síndrome do pronador redondo: Provocada pela compressão do nervo mediano abaixo da prega do cotovelo em conseqüência de movimentos repetitivos de prono e supinação;

g) bursite: Processo inflamatório da musculatura do ombro, por causa de repetidos movimentos de aduções e abduções do ombro. Caracteriza-se por dor que se irradia para a região escapular e pescoço;

h) Cervicobraquialgia: Movimentos repetidos dos braços e das mãos podem provocar dores por comprometimento dos músculos trapézio, rombóide, levantador da cápsula, do supra-espinhoso e dos músculos cervicais.

Como estes grupos musculares se inserem diretamente no periósteo, os movimentos repetidos e forçados e cujas atividades exigem do trabalhador a posição de pé e com os membros superiores elevados, provocam compressão dos feixes vásculo-nervoso, ocasionando tensão sobre o periósteo, seguida de isquemia, inflamação e a conseqüente fibrose (miosite de tensão). Como conseqüência surge a dor e a hiperestesia.

2.6. LER/DORT Mais Freqüentes

Marano (2003, p.151) descreve as seguintes partes do corpo em que as LER/DORT surgem com maior freqüência:

a) Mão: Síndrome do túnel do carpo, síndrome de Raynaud, sinovite dos dedos e dedo em gatilho;

b) Braço/Antebraço: Tendinites, tenossinovites, epicondilites, neurite radial e artrose da cabeça do rádio;

c) Ombro: Tendinite biciptal, ombro doloroso, desarranjos capsulares, lesões de manguito rotator e sinovite acrônio clavicular;

d) Coluna: Cervicalgia, dorsalgia, lombalgia, discopatia e bursite subescapular.

Os distúrbios e doenças relacionadas à coluna vertebral e regiões paravertebrais constituem uma das causas de afastamento do trabalho mais freqüentes. No cotidiano, fora do trabalho, esses distúrbios e doenças comprometem a qualidade de vida de um grande número de pessoas.

Muitos trabalhadores sentem dores nos braços, ombros, pescoço e outras partes do corpo, mas continuam a trabalhar. No mesmo ritmo, sob a mesma pressão, usando os mesmos instrumentos. A ficha só cai quando a pessoa não consegue mais pentear o cabelo ou segurar um copo. E como as LER são doenças invisíveis, não é raro um portador ser alvo de piadas.

2.7. A organização do trabalho e a produção das LER/DORT

Rio (2001, p. 191) Descreve a organização do trabalho da seguinte forma:

A organização do trabalho relaciona-se à maneira como o trabalho é distribuído no tempo, estando os indivíduos em sistemas “pessoa - meios de trabalho - ambiente”. A organização do trabalho define quem faz o quê, como faz, quando faz, quanto faz e em que condições físicas, organizacionais, gerenciais, ambientais, etc.

O autor supra citado ainda lista os seguintes aspectos que abrangem a organização do trabalho e seus fatores:

a) Políticas gerais de recursos humanos;

b) Metas organizacionais;

c) Momento da organização (reestruturação, desenvolvimento de novos negócios, impacto das flutuações do mercado);

d) Organograma;

e) Cargos e salários;

f) Status conferido aos cargos e às funções;

g) Liderança e autoridade;

h) Comunicação dentro da organização;

i) Avaliação de desempenho;

j) Promoções;

k) Recrutamento e seleção;

l) Composição da mão-de-obra (idade, gênero, qualificação);

m) Salários e benefícios;

n) Forma de contratação (direta, terceirizada);

o) Relacionamento humano na empresa-geral e, mais especificamente, em cada área de trabalho.

“A organização do trabalho relaciona-se cada vez mais às áreas cognitivas, emocionais e psicosociais relativos ao trabalho”. Rio (2001, p. 192).

2.7.1. Aspectos Específicos da Organização do Trabalho

Segundo Rio (2001, p. 192) Os aspectos específicos da organização do trabalho são aqueles diretamente ligados à execução das tarefas. Deve-se analisar se o trabalho é predominantemente físico ou psíquico, como e quais os segmentos musculoesqueléticos mais envolvidos, que tipo de exigência é feita sobre o sistema óptico, como é feita a estimulação sensorial. Ainda Rio cita alguns conceitos de organização do trabalho: ciclo, ritmo, carga, duração, pausa e autonomia.

Ciclo

É a seqüência de passos, de ações para a execução de uma atividade. Exemplo: carimbar cheques.

Ciclo de alta repetitividade: ciclos de duração menor de que 30 (trinta) segundos ou ciclos nos quais mais de 50% do tempo é ocupado com o mesmo tipo de movimentos.

Ciclo de baixa repetitividade: ciclos de duração maior do que 30 (trinta) segundos, ou ciclo nos quais menos do que 50% do tempo é ocupado com o mesmo tipo de movimentos.

Ritmo

É a velocidade com que as ações são realizadas durante as atividades. Se muito lentos produzem monotonia, se muito rápidos geram sobrecarga.

Carga

É a quantidade de exigências que são impostas sobre as pessoas, como: carga sensorial - auditivos, visuais, táteis e eventualmente gustativos, carga cognitiva – memória, atenção e pensamento, carga afetiva – contato humano, carga visual – aparelho óptico, carga musculoesquelético – mãos, braços, pés.

Duração

É o tempo consumido com as atividades como um todo (duração total da jornada de trabalho) ou em partes (partes específicas dessa jornada).

Pausa

São horários para descanso entre as atividades – almoço, café, outros intervalos.

Autonomia

É a possibilidade que o próprio funcionário tem de tomar decisões em relação ao seu trabalho.

Segundo Schmitz (2002, p. 3) os fatores de natureza organizacional (concentração de movimentos numa mesma pessoa, horas extras, dobras de turno, ritmo apertado de trabalho, ausência de pausas que seriam necessárias) são considerados fatores causadores das LER/DORT. No entanto, fatores ergonômicos (força excessiva, alta repetitividade de um mesmo padrão de movimento, posturas incorretas dos membros superiores, compressão das delicadas estruturas dos membros superiores, frio, vibração e postura estática) e de natureza psicossocial (pressão excessiva para resultados, ambiente excessivamente tenso, problemas de relacionamento interpessoal, desprazer, aceitação e falta de reconhecimento do trabalho) são elementos que contribuem de forma acentuada na formação das doenças ocupacionais.

2.7.2. A Divisão do trabalho a partir da Administração Científica

Desde a Administração Cientifica e a divisão do trabalho, ou mecanização do trabalho humano pode-se observar o surgimento de muitos casos de doenças causadas por movimentos repetitivos nos países industrializados da Europa e nos Estados Unidos.

O engenheiro Frederick W. Taylor (1856-1915) Considerado o fundador da Moderna Teoria Geral da Administração (TGA) Provocou uma verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo industrial de sua época fundando a Escola da Administração Científica no início do século XX. Com grande preocupação em eliminar desperdícios e de elevar os lucros das indústrias; fez uma análise completa do trabalho, inclusive dos tempos e movimentos, estabeleceu padrões de execução, treinar os operários, especializar o pessoal; daí surgiu a divisão do trabalho e a especialização do operário. Taylor individualiza o operário que passa a executar de forma isolada a mesma tarefa durante todo o seu expediente, de maneira contínua e repetitiva. A limitação de cada operário à execução de uma única operação ou tarefa, de maneira contínua ou repetitiva, encontrou a linha de produção (linha de montagem) como sua principal base de aplicação. Rapidamente essas idéias foram adotadas pelas indústrias americanas e se estenderam aos países industrializados da Europa e aos demais campos de atividade. “A partir daí, o operário perdeu a liberdade e a iniciativa de estabelecer a sua maneira de trabalhar e passou a ser confinado à execução automática e repetitiva, durante toda sua jornada de trabalho, de uma operação ou tarefa manual, simples, repetitiva e padronizada”. Chiavenato (2002, p. 59).

2.7.3. O Trabalho bancário e a produção das LER/DORT

Schmitz (2002 p. 17) relata de forma bem clara e real o trabalho bancário e a influência do seu modelo organizacional no surgimento das LER/DORT:

A incidência das LER/DORT nos bancários é maior devido ao modelo de organização do trabalho, a forma como são distribuídas as tarefas. Os fatores agravantes de tensão e cansaço como: tempo de jornada insuficiente para cumprir as tarefas prescritas, resultando em horas extraordinárias, acúmulo de funções e poucos empregados, pausas muito pequenas ou inexistentes em conseqüência do intensivo ritmo de trabalho; pressão e controle exercidos pelas chefias, máquinas, autenticações, avaliação de desempenho, pressão para cumprimento de prazos e horários em muitas tarefas,  pressão de filas, dos clientes e necessidade de manter cordialidade permanente, grande responsabilidade em relação ao dinheiro de terceiros, possibilidade de ser vítima de fraudes, medo de assalto, limitações das perspectivas de carreira e temor pelo desemprego, principalmente em bancos privados.

CNB-CUT (1997) A Confederação Nacional dos Bancários afiliada a Central Única dos Trabalhadores atribui ao modelo organizacional e a introdução de tecnologias altamente avançadas o surgimento de várias doenças ocupacionais e até suicídios de bancários:

A introdução acelerada de novas tecnologias e formas organizacionais do trabalho, na atividade bancária, têm causado desemprego no setor e alterado de forma radical a realização de determinadas tarefas..As repercussões disso sobre o bancário são muito fortes. Doenças como LER, distúrbios mentais, problemas gástricos de origem nervosa e, em último, suicídios.

Schmitz (2002, p. 8) Relata em sua tese de mestrado que “na década de 70, trabalhar em banco era sinônimo de status perante a sociedade”, digo que não só na década de 70 mas na década de 80 e 90 ainda era sinônimo de status. A categoria recebia bons salários, auxilio alimentação, auxilio transporte, assistência médica – odontológica o que lhes conferia prestigio social. Na década de 90 os bancos empregavam em torno de 1 milhão de pessoas que hoje são menos de 500 mil. Nos últimos anos ocorreram várias fusões, fechamentos de agências e bancos estatais e privados, também a automação e a terceirização de muitos serviços são resultado dessa grande redução do número de bancários. O que ocasionou o enfraquecimento dos sindicatos; e a categoria sentiu-se acuada e sem forças para lutar perante a esta situação desfavorável.

O que se observa é que o trabalho na atividade bancária aumentou, os funcionários diminuíram o que acarreta sobrecarga de trabalho, os lucros dos bancos triplicaram e os salários estão estagnados desde a implantação do plano Real no governo de Fernando Henrique Cardoso. No mês de setembro iniciou-se uma greve nacional onde reivindicavam um aumento a princípio de 25% depois diminuíram para 19% e após trinta dias de paralisação tudo o que obtiveram foi 8,5% de aumento mais um abono salarial de mil reais. Nota-se um enfraquecimento muito grande da classe bancária e de seus sindicatos, que antes eram temidos pelos banqueiros.

Com a evolução tecnológica, que ocorreu nas últimas décadas, os bancos automatizaram suas atividades. Esta automatização transformou os serviços bancários; agilizou o atendimento; a execução das tarefas e aumentou muito o lucro para os bancos em contrapartida acarretou inúmeras perdas para os bancários como: demissões, aumento de tarefas, pressões para cumprimento de horários, tarefas monótonas e repetitivas, horas extras, pressões psicológicas (medo de ser demitido), stress, desvalorização dos bancários, queda na remuneração todos esses fatores contribuem para o grande aumento que vem ocorrendo no surgimento de novos casos de LER/DORT.

Segundo a CNB-CUT (1997) o grande aumento na produtividade que ocorreu nos anos 90 foi responsável pelo crescimento do desemprego na última década:

O aumento da produtividade nas empresas resulta, sobretudo, da exploração do trabalho (aumento de horas-extras, dos ritmos de trabalho, etc) e da reestruturação produtiva, causando demissões em massa dos trabalhadores. Na indústria de transformação, entre 1989-1995 houve um aumento de produtividade da ordem de 45% e, ao mesmo tempo foram eliminados mais de 2,06 milhões de empregos.

Se a mecanização do trabalho por um lado minimizou a sobrecarga física total, por outro coloca os bancários em situações de trabalho monótonas e repetitivas, para as quais há uma exigência de concentração de carga na musculatura das mãos e braços, gerando o esforço repetitivo. Manipulando teclados rígidos, ilhas numéricas, conferindo e carimbando documentos, preparando lotes de cheques para compensação, os trabalhadores exigem dos grupamentos musculares tendinosos um “sobre esforço”. Ainda convivem com o grande fantasma das demissões que ocorreu na última década e a redução do poder aquisitivo através de salários defasados.

Segundo Gaigher (2001, p 15) a diminuição da qualidade de vida contribui para o adoecimento do trabalhador:

A própria condição de vida da pessoa é fator determinante no processo saúde/doença, pois os fenômenos sociais que ocorrem ao seu redor, tais como a instabilidade com relação ao emprego, a família, a convivência social, a diminuição da qualidade de vida frente a perdas materiais e sociais, geram estresse, insegurança com relação ao futuro, sofrimento mental e doenças psicossomáticas. O processo saúde/doença começa então pela perda da identidade profissional. Pelo querer ser e não poder, ou ter que deixar de ser.

O artigo da CNB-CUT (1997) enfatiza que os bancários que são acometidos pela LER/DORT 80% são mulheres e explica que este fato ocorre porque elas estão destinadas a ocupar os cargos que necessitam de movimentos repetitivos como caixa, escrituraria,tele atendimento, telefonistas entre outras. A CNB propôs a realização de estudo com fundamentação científica para analisar tal fato recorrente nas unidades bancárias. Relata ainda a diferença nas oportunidades profissionais entre homens e mulheres, as limitações de ascensão para cargos mais elevados que geram bloqueios da vida profissional da mulher, com repercussões nos planos econômico, psicológico, emocional e social.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1. Metodologia da pesquisa

A metodologia utilizada é a bibliográfica e a descritiva proposto por Cervo (1996, p. 48), a bibliográfica porque foram utilizadas referências teóricas publicadas em livros e outros documentos a cerca do assunto LER/DORT e a descritiva porque se utilizou para coletar os dados que representam a base deste trabalho: o questionário fechado. A partir dos levantamentos avaliou-se o impacto da organização do trabalho, os fatores ambientais e os ergonômicos no surgimento das doenças ocupacionais nos funcionários da CREDIP.

Métodos

Aplicou-se a unidade da CREDIP de Pimenta Bueno, que conta com 20 funcionários dos quais 17 responderam, um questionário fechado com o intuito de avaliar a existência de LER/DORT bem como o ambiente de trabalho, mobiliários e equipamentos, a organização do trabalho e a saúde (fatores ergonômicos, organizacionais e psicológicos). O questionário fechado foi aplicado em meados do mês de agosto do ano de 2004.

Segundo Barros (2000, p. 90) o questionário é o instrumento mais usado para levantamento de informações, deve ser por escrito e também respondido por escrito, pode ser fechado ou aberto ou ainda combinar os dois modos. O questionário aberto é quando o informante responde livremente com frases ou orações e o questionário fechado são questões que apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas como: sim ou não ou perguntas de escolha múltipla de uma ou mais alternativas dadas.

O questionário fechado (apêndice 1) contém 36 questões divididas da seguinte forma:

a) Fatores ambientais, 05 questões;

b) Fatores relacionados aos mobiliários e/ou equipamentos, 13 questões;

c) Fatores relacionados à organização do trabalho, 08 questões;

d) Fatores relacionados à saúde e ao conteúdo do trabalho, 10 questões.

A medição de grau de importância é feita com a marcação de um “X” na escala de 01 a 05, com duas âncoras nas extremidades (totalmente satisfeito ou totalmente insatisfeito). A posição marcada representa o nível de satisfação. Quanto mais próximo do lado esquerdo da escala, mais tende a zero (0) e, portanto mais insatisfeito; quanto mais próximo do lado direito da escala, mais tende a cinco (5) e, portanto mais satisfeito.

As questões relativas à saúde, o critério foi semelhante. A Diferença é que no lugar de “insatisfeito” e “satisfeito” o entrevistado se posicionava, entre “sempre” e “nunca” ou “sim” e “não”, quanto à freqüência de determinado sintoma.

As questões que avaliam a saúde dos funcionários, ao contrário das questões anteriores, quanto mais a resposta se aproximar do 01 (um) na escala de 01 a 05 melhor é o quadro de saúde dos funcionários da empresa.

4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1. Caracterização da Empresa

Razão Social: COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL DE PIMENTA BUENO.
Nome de Fantasia: CREDIP.
Slogan: “Nossa força está na Cooperação”.
Natureza Jurídica: Cooperativa de Crédito Rural.
Ramo de Atividade: Instituição Financeira.
Atividade Principal: Financeira.
Número de funcionários: 66 (sessenta e seis funcionários).
Número de estagiários: 06 (seis). Dirigentes: 07 (sete), sendo: 01 Diretor Presidente, 01 Diretor Operacional, 01 Diretor Administrativo e 04 (quatro) Conselheiros Administrativos.
Número de associados: 3.572 (Três mil quinhentos e setenta e dois).
Capital Social: R$ 2.541.163,98 (Dois milhões, quinhentos e quarenta e um mil, cento e sessenta e três reais e noventa e oito centavos).
Número de agências: 11 (onze).

Cidades em que atua no Estado de Rondônia: Pimenta Bueno, Primavera de Rondônia, São Felipe do Oeste, Espigão do Oeste, Seringueiras, Alto Alegre dos Parecis, Chupinguaia, Parecis, Rolim de Moura, São Francisco do Guaporé e Alvorada do Oeste.

Data da Constituição: 21 de dezembro de 1996.

Missão: Prestar serviços financeiros como: financiamento rural, comercial, pessoal e outros correlatos aos associados, com atendimento personalizado, seguro, ágil e com o menor custo de mercado, assegurando de forma adequada os seus interesses comuns e de bem-estar social.

Visão para o futuro: Em 03 anos pretende ter a liderança do sistema SICOOB CENTRAL NORTE; um modelo de gestão moderna de cooperativa de crédito, dentro dos princípios do cooperativismo, auto-sustentável, que atenda às necessidades dos cooperados.

4.1.1. Histórico da Empresa

A CREDIP nasceu de um plano de governo que incentivou os agropecuaristas da região a se unir e constituir seu próprio “banco”, onde além de realizar todas as atividades bancárias, ainda seriam os “donos do banco”.

Em 14 de dezembro de 1.996, houve a reunião que deu inicio a implantação do cooperativismo de crédito na cidade de Pimenta Bueno. Participaram da reunião: agricultores, pecuaristas, representantes da associação rural e representantes de órgãos do governo ligados a agricultura. Na oportunidade foi formada a comissão provisória para estudo do projeto do Estatuto Social e publicação do edital de convocação para a assembléia geral de constituição.

No dia 21 de Dezembro de 1.996 foi realizada a assembléia geral de constituição da CREDIP, com a presença de 75 participantes, dos quais, 53 se tornaram associados, e iniciaram a Cooperativa com um capital inicial de R$ 5.300,00, na ocasião foram eleitos os primeiros conselheiros e diretores. O primeiro Presidente foi o Sr. Jonas Tavares da Silva.

Em 06 de junho de 1.997, foi homologada a carta patente da CREDIP, pelo BANCO CENTRAL DO BRASIL, em seguida foram providenciados os registros na Junta Comercial do Estado de Rondônia – JUCER e na Organização das Cooperativas do Estado de Rondônia OCER.

Aos vinte e seis dias do mês de março do ano de um mil novecentos e noventa e oito, foi realizada a inauguração pública da Agência sede da CREDIP, com a presença do Governador do Estado e de autoridades municipais. O número de associados então era de 83 cooperados, e o Capital Social era de R$ 11.300,00(Onze mil e trezentos reais).

No mesmo ano foram inaugurados os primeiros PAC (Postos de Atendimento Cooperativo), nos municípios de Primavera de Rondônia, São Felipe do Oeste e Espigão do Oeste.

Em 17 de outubro de 1.998, a CREDIP, através de seus delegados, participa da assembléia geral de constituição da COOPERATIVA CENTRAL DE CRÉDITO DO ESTADO DE RONDÔNIA (CENTRALCREDI/RO).

Já em outubro de 1.999 a CREDIP se filiou ao BANCO COOPERATIVO DO BRASIL – BANCOOB, o que foi um fortalecimento e firmamento da Cooperativa no Mercado.

A Agência de Pimenta Bueno é a centralizadora das operações realizadas nesta e nas demais agências e postos de serviço do CREDIP (MATRIZ) e é o principal objeto de estudo desta pesquisa, a agência é composta de dois departamentos: CPD Centro de Processamento de Dados e a Agência de Atendimento ao Público. Ambos os setores operam com 10 funcionários cada um, com total de 20 funcionários.

No CPD são realizadas atividades de digitação, conferências (como ticar todos os documentos processados), somatórias e a parte de crédito rural.

Na agência de atendimento ao público, como o nome já sugere são realizadas todas as atividades de atendimento ao público como: depósitos, saques, pagamentos de contas diversas, pagamento de benefícios do INSS, ordens de pagamento, transferências de numerários e demais operações financeiras que a cooperativa oferece aos cooperados e demais usuários da comunidade como aqueles que ali só pagam suas contas de água, luz, telefone, desconta cheques, entre outros.

Os dados citados, foram extraídos do Estatuto Social da Cooperativa de Crédito Rural de Pimenta Bueno – CREDIP.

4.1.2. BANCOOB

O Banco Cooperativo do Brasil – BANCOOB é o agente financeiro das cooperativas, ou seja, é o banco comercial das cooperativas. Todas as ações do BANCOOB são de propriedade de 14 Centrais Estaduais de Cooperativas. As principais funções do BANCOOB são:

a) Dar acesso às cooperativas a Conta Reserva no Banco Central;

b) Repassar as cooperativas, recursos do Tesouro Nacional;

c) Representar as cooperativas na Câmara de Compensação.

4.1.3. A Centralnorte

As Centrais são as representantes das cooperativas no BANCOOB. A Cooperativa de Crédito do Norte do Brasil – SICOOB – CENTRALNORTE é a representante das cooperativas do estado de Rondônia. A Central tem como funções:

a) Unificar o trabalho comum das cooperativas singulares para obter ganho de escala;

b) Firmar convênios com o BANCOOB para repassá-los a cooperativa. Exemplo: pagamento de INSS, recebimento de contas telefônicas, cartões de crédito/débito;

c) Repassar recursos do BANCOOB às cooperativas singulares;

d) Orientar nas constituições de novas cooperativas.

4.2. Resultados da Pesquisa

A Agência de Pimenta Bueno é a centralizadora das operações realizadas nesta e nas demais agências e postos de serviço do CREDIP (MATRIZ) e é o principal objeto de estudo desta pesquisa, a agência é composta de dois departamentos: CPD Centro de Processamento de Dados e a Agência de Atendimento ao Público. Ambos os setores operam com 10 funcionários cada um, com total de 20 funcionários.

No CPD são realizadas atividades de digitação, conferências (como ticar todos os documentos processados), somatórias e a parte de crédito rural.

Na agência de atendimento ao público, como o nome já sugere são realizadas todas as atividades de atendimento ao público como: depósitos, saques, pagamentos de contas diversas, pagamento de benefícios do INSS, ordens de pagamento, transferências de numerários e demais operações financeiras que a cooperativa oferece aos cooperados e demais usuários da comunidade como aqueles que ali só pagam suas contas de água, luz, telefone, desconta cheques, entre outros.

A agência de Pimenta Bueno conta com 05 caixas, 02 encarregados, 01 auxiliar administrativo, 01 estagiário e 01 gerente, estes são os responsáveis diretos da parte operacional da agência.

Os dados a seguir são do CPD e da Agência juntos. De vinte (20) funcionários apenas dezessete (17) respondentes, dos quais, nove (9) do sexo masculino e oito (8) do sexo feminino. Dividem se na faixa etária da seguinte forma: nove (9) pessoas têm de dezoito (18) a trinta (30) anos, três (3) tem de trinta e um (31) a quarenta (40) anos e cinco (5) tem mais de quarenta e um (41) anos. Quanto ao tempo de trabalho bancário: nove (9) tem menos de cinco (5) anos, três (3) tem de cinco (5) a dez (10) anos, quatro (4) tem de onze (11) a vinte (20) anos e somente um (1) tem mais de vinte (20) anos.

Considerando que a CREDIP tem apenas 07 anos de atividades e seus funcionários alguns têm entre 10 e mais de 20 anos de trabalho bancário, a maioria são ex-funcionários do extinto Beron (Banco do Estado de Rondônia) e alguns são ex-funcionários de Bancos Privados.

Dos 17 respondentes apenas um (1) respondeu sim a questão que pergunta se já sofreu Acidente de Trabalho ou foi acometido por doença ocupacional.

4.2.1. Ambiente de Trabalho

Segundo Rio (2001, p. 149). O conforto ambiental pode interferir no bem-estar e no desempenho das pessoas. As áreas mais frequentemente estudas são as relacionadas aos ambientes: térmico, acústico e visual.

Apresentamos a seguir a Tabela 1: Fatores ambientais e o gráfico de barras 1 com as respostas obtidas em escala de 1 a 5  com 17 entrevistados. Quanto mais a resposta tende a esquerda extremidade 1 mais insatisfeito e quanto mais a direita extremidade 5 mais satisfeito em relação ao ambiente,  iluminação, temperatura, ruídos e leiaute.

Tabela 1: Fatores Ambientais

Fatores ambientais 1 2 3 4 5
Iluminação 0 1 0 8 8
Temperatura 0 0 2 8 7
Ruídos 0 0 4 11 2
Leiaute 0 5 4 7 1

Fonte: Própria autora (Resultados levantados através do questionário fechado) 2004

Gráfico 1: Fatores Ambientais

4.2.2. Considerações sobre o ambiente de trabalho

Como podemos observar no gráfico, não existem grandes problemas nos fatores ambientais. Considera-se uma avaliação satisfatória. O item leiaute obteve a menor pontuação seguida do item nível de ruídos. Quanto ao leiaute é possível fazer mudanças através de um projeto bem elaborado por um engenheiro com conhecimentos ergonômicos, que apesar de melhorar o visual da agência também é preciso levar em consideração a disposição dos móveis e equipamentos para o bom andamento dos trabalhos sem prejudicar a saúde dos trabalhadores. Quanto ao nível de ruídos muito pouco pode ser feito, porque aí temos os mais variados ruídos, desde conversas nas filas, autenticadoras, calculadoras, o ato de carimbar cheques, ar condicionado (este último pode ser trocado, existem no mercado modelos bem silenciosos).

4.2.3. Mobiliários e equipamentos

Segundo Schmitz (2002, p.25) Móveis e equipamentos tais como mesa, cadeira, balcão de caixa, teclados rígidos, muita ou pouca distancia da tela do computador, se inadequados provocam dores, fadiga e lesões musculares entre outros problemas, estes devem ser projetados com dispositivo de ajuste e regulagem para acomodar pessoas de diferentes tipos físicos.

Rio (2001, p.193) cita a importância do balanceamento na execução das tarefas para manutenção da saúde do trabalhador:

A ergonomia tem concentrado seus esforços, principalmente, no sentido de aumentar atividades altamente repetitivas. O balanceamento das atividades visando adequar os ciclos às características físicas e psíquicas das pessoas é de grande importância para a saúde e a produtividade humana.

As questões sobre mobiliários e equipamentos, composto por 13 questões obedecem aos critérios anteriores da escala de 1 a 5 foram elaboradas especificamente para funcionários que trabalham no caixa, a agência conta com 05 caixas efetivos. Apresentamos na Tabela 2 Mobiliários e equipamentos de caixa e o gráfico de barras 2 para melhor ilustrar  resultados obtidos na pesquisa .

Tabela 2: Mobiliários e equipamentos de caixa

Mobiliários e equipamentos caixa 1 2 3 4 5
Altura balcão de caixa 3 0 1 1 0
Espaço p/ realização das tarefas 0 1 3 0 1
Segurança 1 2 1 2 0
Alteração de postura 3 0 2 0 0
Cadeira 2 1 2 0 0
Elevação/extensão dos braços 3 1 1 0 0
Gaveta de numerários 2 1 2 0 0
Profundidade da gaveta 1 2 1 1 0
Peso da gaveta 1 2 2 0 0
Divisórias Gavetas 2 1 1 1 0
Apoio p/pés 2 2 1 0 0
Altura balcão retaguarda 2 0 2 1 0
Tamanho e eficiência equipamentos  0 0 2 3 0

Fonte: Própria autora (Resultados levantados através do questionário fechado)

Gráfico 2: Móveis e Equipamentos de caixa

4.2.4. Considerações sobre os fatores mobiliários e equipamentos

Como podemos observar na tabela acima e no gráfico as respostas de totalmente insatisfeitos e respostas próximas a 01 foi alto na escala de 01 a 05, o que revela que os móveis e equipamentos não são adequados, causando desconforto na execução das tarefas realizadas pelos caixas. , não há apoio para os pés, o balcão de caixa é muito alto, as gavetas são pesadas e há um movimento muito grande dos braços, a cadeira não é adequada e é desconfortável.

4.2.5. Organização do Trabalho

Segundo Gaigher “a organização do trabalho é sempre resultado de uma negociação entre a gerência e o coletivo, em que a liberdade do trabalhador e seu desejo confrontam-se com a racionalidade patronal”.

Para que a organização do trabalho propicie condições ideais para que a saúde e a produtividade não sejam afetados é preciso equacionar esforço e repouso e por outro lado enriquecer o trabalho propiciando diversidade de utilização do corpo e da mente humana. Ações como aumentar a complexidade, diversificar e fazer rodízios das atividades representam soluções para não tornar o trabalho monótono e repetitivo. Rio (2001, p. 195).

Em ambientes de serviço bancário o ideal é evitar prêmios por produção para que o operário não exceda o limite do suportável, porque a necessidade financeira muitas vezes os obriga a trabalhar além do limite sem tomar consciência do risco ao que expõem sua saúde.

Apresentamos abaixo a Tabela 3 Organização do Trabalho e o Gráfico de barras 3, que avalia 08 itens e os resultados alcançados na escala de 1 a 5 com 17 funcionários pesquisados. A organização do trabalho é um dos fatores mais importantes, depois dos fatores ergonômicos, a serem analisados na empresa, uma vez que, contribuem em muito para o surgimento das LER/DORT.Os gerentes e responsáveis diretos pelas equipes de trabalho devem dispensar atenção especial e este fator, o que poderá resultar em grandes benefícios tanto para as empresas como para preservar a saúde dos funcionários.

Tabela 3 Organização do trabalho

Organização do trabalho 1 2 3 4 5
Valorização da função 1 1 7 5 3
Relacionamento interpessoal 0 2 3 6 6
Carga de trabalho 0 2 5 6 4
Ritmo do trabalho 0 2 4 7 4
Pausas 1 0 5 7 4
Pressão chefia/clientes 0 1 3 9 4
Conteúdo das tarefas 0 2 3 9 3
Horas extras 1 1 3 8 4

Fonte: Própria autora (Resultados levantados através do questionário fechado)

Gráfico 3: Organização do Trabalho

4.2.6. Considerações sobre a organização do trabalho

Conforme o gráfico acima pode-se observar que a maior parte das marcações concentram-se bem próximos ao totalmente satisfeito. Quanto ao item valorização da função demonstra grande insatisfação, quase à metade marcou que seu cargo ou função não é devidamente reconhecido pelos administradores. Quanto a carga horária pelo visto não se excede muito, apenas alguns funcionários fazem hora-extra, no geral é um ambiente tranqüilo por ser uma  cooperativa mais voltada aos cooperados ao contrário dos bancos privados e bancos públicos que atendem grandes massas  com abrangência nacional. Os demais itens  podem ser considerados de regular a bom, há itens que podem ser melhorados.

4.2.7. Saúde

A saúde é condição essencial para o desempenho e a produtividade. Fatores como motivação, treinamento e comprometimento compõem com a saúde o conjunto de condições que permitem as pessoas tornarem o trabalho um diferencial competitivo da mais alta importância estratégica para a organização. Saúde é bem estar físico e psíquico, capacidade de relacionar-se consigo e com o ambiente. Rio (2001, p. 23).

Para as questões relativas à saúde, o critério de avaliação foi semelhante. A Diferença é que no lugar de “insatisfeito” e “satisfeito” o entrevistado se posicionava, entre “sempre” e “nunca” ou “sim” e “não”, quanto à freqüência de determinado sintoma.

As questões que avaliam a saúde dos funcionários, ao contrário das questões anteriores, quanto mais a resposta se aproximar do 01 (um) na escala de 01 a 05 melhor é o quadro de saúde dos funcionários da empresa. Neste quesito podemos avaliar a presença de doenças, de dores relacionadas ao trabalho ou não.

Apresentamos abaixo a Tabela 4 Fator Saúde e o Gráfico 4  com 17 participantes e as marcações na  escala de 1 a 5 . Marcações com tendência a extremidade 1 representando nunca e na extremidade 5 sempre.

Tabela 4: Fator saúde

Fator Saúde 1 2 3 4 5
Dores durante o trabalho 4 2 7 3 1
Dores fora do trabalho 4 7 4 2 0
Tensão no ambiente 1 4 6 4 2
Sofrimento mental e fadiga 6 3 7 1 0
Movimentos repetitivos 0 1 4 6 6
Usa força p/executar as tarefas 7 8 2 0 0

Fonte: Própria autora (Resultados levantados através do questionário fechado)

Gráfico 4: Fator Saúde

Avaliando a Tabela e o gráfico acima se pode observar que todo o quadro sente alguma espécie de dor dentro e fora do ambiente de trabalho, as tarefas são de caráter repetitivo, há  um quadro de fadiga moderado e o uso de força é pouco significativo.

A Tabela 5 Fator saúde, é uma continuação da anterior mudando apenas as respostas na escala de 1 a 5 com sim na extremidade 1 e não na extremidade 5

Tabela 5 Fator Saúde

Fator Saúde 1 2 3 4 5
Trab. Monótono 6 2 9 0 0
Trab. Criativo 6 2 5 2 2
Trab.dinâmico 7 5 3 2 0
Responsabilidade 16 0 0 1 0

Fonte: Própria autora (Resultados levantados através do questionário fechado)

Gráfico 5: Fator Saúde

No questionário (apêndice) foi inserida a questão 4.1.1 que pergunta se ocorrem dores e em que parte do corpo elas ocorrem. As respostas que obtivemos são as seguintes:

a) Coluna cervical: 06 pessoas assinalaram que sentem dores na coluna cervical;

b) Ombros: 05 pessoas responderam que sentem dores nos ombros durante o expediente;

c) Cotovelos: 03 pessoas se queixam de dores nos cotovelos;

d) Mãos: 01 pessoa apenas diz ter dor nas mãos;

e) Outros: 03 pessoas responderam que sentem dores em outras partes do corpo.

4.2.8. Considerações sobre o fator saúde

Através dos gráficos acima pode-se observar  que é um trabalho que envolve muita responsabilidade, é pouco dinâmico, pouco criativo e muito monótono.

Há um grande número de funcionários que se queixam de dores na coluna e todos os caixas sentem dores nos ombros e alguns sentem dor nos cotovelos. O ambiente é tenso, com o exercício de movimentos repetitivos, envolve muita responsabilidade, trabalho monótono e pouco criativo.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se atribuir o aparecimento das Lesões por Esforços Repetitivos essencialmente às mudanças nos métodos e organização do trabalho dentre os principais fatores podemos apontar novas tecnologias e métodos de trabalho, necessidade de maior produtividade, competitividade, ritmo acelerado de produção, globalização da economia.

O conteúdo das tarefas e seu modo de executá-las, se de caráter repetitivo, pressão excessiva por produção, alto controle, treinamento inadequado, relacionamento interpessoal afetado, a falta de controle sobre os processos, seus ritmos e sobre os riscos. A presença destes elementos é a gênese das Lesões pos Esforços Repetitivos e dizem respeito à organização do trabalho.

Para que a organização do trabalho propicie condições ideais para que a saúde e a produtividade não sejam afetadas é preciso equacionar esforço e repouso e por outro lado enriquecer o trabalho propiciando diversidade de utilização do corpo e da mente humana. Ações como aumentar a complexidade, diversificar e fazer rodízios das atividades representa soluções para não tornar o trabalho monótono e repetitivo. Rio (2001, p195). Infelizmente o trabalho bancário é altamente repetitivo e monótono para mudar esse quadro teria que se investir mais em caixas de auto-atendimento (a CREDIP ainda não conta com caixa de auto-atendimento, mas será implantado em breve) o que irá fracionar bastante os serviços executados pelos caixas.

Dentre os fatores que contribuem para surgimento das LER/DORT podemos citar fatores biomecânicos, fisiológicos, psicológicos, condições físicas e ambientais e atividades extras; a organização do trabalho é determinante para  o aparecimento da doença.

Levando-se em conta que no geral o resultado da avaliação feita pelos funcionários, exceto as questões que avalia o trabalho de caixa seus móveis e equipamentos, os demais resultados podem ser considerados bons, é importante ressaltar que não foram efetuadas as medições de acordo com o Inmetro que tem suas normas de medidas e os limites de tolerância para cada item tais como iluminação, ruído e temperatura. Seria importante se tais medições fossem realizadas e feitas às devidas adequações ao ambiente atual para proporcionar tal conforto ao seu quadro funcional.

Quanto aos móveis e equipamentos é preciso reformular principalmente os móveis de caixa que na avaliação de seus operadores são inadequados, de modelos antigos e tem provocado desconforto, tensão nos ombros e braços e podem vir a provocar afastamentos do trabalho no futuro próximo por lesões nos membros superiores. As gavetas devem ser leves (dotadas de corrediças), os balcões ou mesas com microcomputadores com ajuste de altura para o teclado, fornecimento de suporte para o apoio de pés regulável, substituir as cadeiras, repassar informações e orientações em relação a exercícios simples que podem ser executados individualmente com intervalos de 01 hora em dias mais movimentados e lembra-los sempre da importância que representa, para a saúde não só do operador mas também para a empresa, adotar posturas corretas.

Schmitz (2002) atribui ao trabalhador, também, a responsabilidade pela preservação de sua saúde adotando posturas corretas e fazer as pausas necessárias, afirmando que: “o melhor agente da saúde do trabalhador é o próprio trabalhador”.

No que diz respeito à organização do trabalho, com os resultados obtidos através da aplicação do questionário alcançou uma média consideravelmente boa, tendo que se observar melhor a questão de pausas, principalmente para os caixas que necessariamente precisam fazer uma pausa a cada duas horas e fazer algum exercício de alongamento nas mãos, braços e ombros (anexo 2). Quanto aos demais itens como horas extras não representam um risco em potencial no caso da CREDIP, se explica porque o fluxo de trabalho não é muito grande e as pressões são suportáveis, talvez com seu crescimento e maior participação no mercado pode ser que o atual quadro se altere e venha a apresentar os mesmos problemas que podemos destacar em outras unidades de Bancos privados ou públicos.

Nas questões que tratam do fator “saúde” temos muitas queixas de dores na coluna e nos ombros que são resultado direto de posturas incorretas ou cadeiras e disposição de móveis e máquinas inadequadas, neste caso é necessário a adaptação dos móveis e equipamentos e orientar o funcionário através de palestras e esclarecimentos sobre adoção de posturas adequadas com agentes especializados em medicina do trabalho.

Trabalhadores que estão expostos a condições ambientais impróprias no local de trabalho, como desconforto de postura, móveis desconfortáveis e falta de ventilação são mais atingidos por dores freqüentes. As LER são mais comum nas mãos, nos braços e nos ombros. São agravantes: horas extras, pressões e cobranças para aumentar a produtividade sem cometer erros entre outros.

Após a análise dos fatores acima seria importante se a CREDIP implantasse um programa de Ginástica Laboral com palestra introdutória para esclarecimento dos benefícios da mesma e para o desenvolvimento pessoal em busca de saúde e melhoria de qualidade de vida no ambiente de trabalho, esclarecer sobre a incidência de doenças ocupacionais e a emissão de CAT (Comunicação de Acidente de trabalho).

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MARANO, Vicente Pedro, Doenças Ocupacionais. São Paulo: LTr,2003.

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RODRIGUES, Allan do Couto et al. Uma investigação sobre as condições do posto de trabalho através da análise ergonômica na central de atendimento de uma unidade de serviços bancários. Artigo/Universidade Federal Fluminense, 2003. Disponível em

SCHMITZ, Cláudio, Análise ergonômica de postos de trabalho de caixa de banco: comparação de dois modelos do Banrisul S.A. Trabalho de conclusão de curso (Mestrado Profissionalizante em Engenharia) UFRGS, Porto Alegre, 2002. Disponível em:

SOCIEDADE PIMENTENSE EDUCAÇÃO E CULTURA LTDA. Manual de Elaboração do Relatório Final TCC. Pimenta Bueno: Curso de Administração de Empresas, 2004.


Publicado por: ilza possimoser

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