ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO: um estudo da percepção dos discentes de Administração do 8º período da FACAM-MA 2019.2
índice
- 1. RESUMO
- 2. INTRODUÇÃO
- 3. ÉTICA
- 3.1 A história da ética
- 3.2 Ética e moral
- 3.2.1 Ética e moral na sociedade
- 3.2.2 Ética e moral na política
- 3.2.3 Ética e moral na religião
- 3.2.4 Princípios éticos e morais
- 3.3 Ética profissional
- 3.4 Os interesses pessoais e a ética
- 3.5 Por que ser ético?
- 3.6 A importância da prática ética na profissão administrativa
- 3.7 O profissional de administração e seu código de ética
- 4. METODOLOGIA
- 5. ORGANIZAÇÃO E MÉTODO DE ANÁLISE DE DADOS
- 5.1 População e amostra
- 5.2 Análises de dados
- 6. DISCUSSÃO E RESULTADOS
- 6.1 Bloco I – Características dos respondentes
- 6.1.1 Gênero dos respondentes
- 6.1.2 Faixa etária dos respondentes
- 6.2 Bloco II – Percepção do ensino ético
- 6.2.1 Importância da disciplina
- 6.2.2 Momento de aplicação do ensino ético
- 6.2.3 Agir de forma não ética
- 6.2.4 Conduta antiética
- 6.2.5 Valorização do desempenho honesto e a ética no mercado
- 6.2.6 Motivos para o profissional ter uma conduta antiética
- 6.3 Bloco III – Avaliação conhecimento código de ética
- 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- 8. REFERÊNCIAS
- 9. APÊNDICES
- 10. APÊNDICE A – CRONOGRAMA DA PESQUISA
- 11. ANEXOS
- 11.1 ANEXO A
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1. RESUMO
No mundo contemporâneo, diante das intensas competividades de mercado, as organizações têm buscado profissionais qualificados, e acima de tudo, éticos. Logo, a busca por profissionais que se encaixem nesses princípios tem sido progressivamente alta, pois, é preciso que tais profissionais tenham sensibilidade no que diz respeito aos princípios éticos e morais, e que não exista nenhuma possibilidade de envolvimento em negócios de caráter duvidosos, e que possam vir a denegrir a sua imagem individual e da respectiva organização. O objetivo geral deste estudo foi identificar juntos aos acadêmicos de administração da Faculdade do Maranhão (FACAM) a sua percepção ética e identificar o nível de conhecimento a respeito de aspectos contidos no código de ética do administrador. A pesquisa se justifica pela necessidade de analisar a postura dos acadêmicos e futuros profissionais de administração, uma vez que, serão exigidas na profissão prática de atividades que respeitem os fundamentos éticos e morais, e que não burlem os valores contidos no código de ética. Para obtenção de dados deste trabalho, entrevistaram-se 40 acadêmicos, aplicando-lhes um questionário contendo 14 questões visando identificar o perfil dos entrevistados, e sobre seu conhecimento ético. Conclui-se que, de fato, é existente a percepção ética dos acadêmicos quanto ao ensino ético e ao conhecimento sobre o código de ética do administrador, porém, o caminho a ser percorrido quanto à importância do entendimento ético e de sua valorização no mercado de trabalho, ainda é longo, principalmente na classe administrativa.
Palavras-chave: Ética. Moral. Administração. Código de Ética Profissional (CEPA).
ABSTRACT
In the contemporary world, faced with intense market competition, organizations have begun to look for professionals, and above all, ethical ones. Therefore, the search for professionals who fit these principles has been progressively high, since these professionals need to be sensitive regarding respect for ethical and moral principles, and that there is no possibility of involvement in business of doubtful character and that use to blacken your individual image and include organization. The general objective of this study was to identify together the management academics of the Faculty of Maranhão (FACAM), their ethical perception and identify the level of knowledge and respect to the aspects contained in the administrator's code of ethics. Research justifies the need to analyze the stance of academics and future business professionals, as the profession will require activity practices that respect ethical and moral foundations and do not circumvent the values contained in the code of ethics. To examine the data of this work interviewed or professionals, applying them a questionnaire containing 14 questions on how to identify the profile of respondents and their ethical knowledge. It concluded that, in fact, there is the ethical perception of academics about ethical teaching and knowledge about the administrator's code of ethics, but the way to go about the importance of ethical understanding and its appreciation in the labor market is still long, especially in the administrative class.
Keywords: Ethics. Morals. Administration. Code of Professional Ethics (CEPA).
2. INTRODUÇÃO
O termo “ética” que se origina da palavra ethos e tem significado de costume, em seguida sua origem advém da expressão “moral” quem tem sua derivação no latim, moris, e que possui também o sentido de costume. Desde então, a ética como ciência moralista, passou a ser uma norma que examina e corrobora as condutas do ser humano.
Entretanto, ética é algo que todos podem ter um entendimento, mas não conseguem definir uma explicação. Logo, ética pode ser relacionada como um pensamento de maneira filósofa, tal como de modo científico ou em casos específicos busca-se com base teóloga, com obtenção de decifrar as condutas humanas.
Contudo, a ética está relacionada de forma direta com o modo como os indivíduos se comportam em grupo em uma determinada sociedade. Deste modo, os sujeitos de maneira incessante se deparam com condutas de problemas práticos morais, tais como atos e juízos de valor.
No mundo contemporâneo, diante das atividades de mercado cada vez mais globalizadas e de intensa competitividade, as organizações tem se mostrado cada vez mais interessadas no que diz respeito à ética, e as atividades que a norteia, sendo preparadas para disputar e obter resultados satisfatórios em seus ganhos de arrecadação financeira, bem estar de colaboradores, clientes, parceiros de fornecimento, ou seja, de modo a abranger toda a sociedade.
À vista disso, a busca por profissionais que se encaixem nesses princípios tem sido progressivamente alta, pois é preciso que tais profissionais tenham sensibilidade no que diz respeito aos princípios éticos e morais, e que não exista nenhuma possibilidade de envolvimento em negócios de caráter duvidoso, e que possam vir a denegrir a sua imagem individual e a da respectiva organização.
Dessa forma na administração, os profissionais irão se defrontar continuamente com dúvidas e questões relevantes para o funcionamento de suas atividades, sendo diretamente ligadas aos usuários que se vinculam a seus trabalhos prestados. Logo, a ética na profissão administrativa é enfatizada pelo entendimento e prudência para lidar com os mais diversos problemas.
Diante das diferentes atividades profissionais, a administrativa se destaca pela procura por profissionais éticos, pois as funções administrativas demandam total transparência, visto sua responsabilidade com tomadas de decisões, liderança de equipes, e especialmente com a assinatura aos serviços prestados, pois se tem o envolvimento de clientes, e demais dependentes de sua ação. Neste sentido, o administrador precisa realocar suas ações sob o ponto de vista ético, pois, o mesmo deve lavrar a prática profissional, com bom senso, legalidade e constância para que tudo caminhe para um ponto de equilíbrio entre a eficácia e a sua integridade.
Portanto, no ambiente administrativo tem-se o estudo da ética como premissa contemporânea, destinada a todos os membros de uma organização, uma vez que sua ausência pode resultar em malefícios imponderáveis tendo, por exemplo, despesas judiciais, falta de credibilidade, afastamento de clientes, crises de imagem da organização e de seus membros.
Assim a ética se valoriza como uma tendência no mundo, onde é exigida sua adoção nas organizações, ficando pela incumbência das universidades, nortear seus acadêmicos para que no momento do ato profissional, venham saber utilizar sua conceituação em quaisquer circunstâncias, isto é, nos processos de decisões, regimentos políticos, pesquisas referentes aos recursos humanos e combinação do total desses fatores.
Logo, para regular a conduta do gestor para este propósito, encontra-se o Código de Ética do Administrador, o qual fora publicado em 09 de abril no ano de 2008 através de Resolução Normativa do Código de Ética Profissional de Gerenciamento (CFA) nº 353, designando conceituação da Ética como fator de desenvolvimento para o administrador estender suas capacidades de pensamento e visualização de seu papel, para que suas ações diante da sociedade sejam mais perduráveis.
Desta maneira, a ética relaciona-se diretamente com a análise de comportamento dos indivíduos de um grupo em uma dada sociedade e por consequência se apresenta em todos os discursos. Nos dias atuais, o estudo acerca da Ética vem tomando um caráter cada vez mais exigível para a administração. Embora ética já venha sendo estudada há um tempo significante e exista o código de ética que rege a postura profissional do administrador, é importante salientar que, os acadêmicos e em seguida profissionais da área administrativa ainda não tenham em mente a real importância da aplicação do uso do código de ética para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Sendo valorizada de forma mundial, a ética deve ser exigida e praticada por todas as organizações dentre elas as instituições de ensino, orientando os acadêmicos a assimilar de forma efetiva o conceito de ética em todas as situações.
Tendo em vista esse contexto, o problema de pesquisa adotado neste estudo foi: “Como os acadêmicos de administração da Faculdade do Maranhão (FACAM) percebem a importância da ética e do código de ética do administrador para seu desenvolvimento academista e profissional?”.
Tem-se como hipótese a discussão acerca do conhecimento ético dos acadêmicos de Administração. Uma vez que de certo modo se faz perceptível o conhecimento superficial e por muitas vezes até inexistente do código que norteia as regras de conduta da atuação do profissional de Administração.
Por vezes pelos conteúdos voltados à ética serem pouco discutidos em sala de aula, uma vez que as disciplinas mais trabalhadas são voltadas para resoluções práticas da atuação profissional. Diante disso, por não ser um tema mais discutido em sala de aula, os estudantes não buscam conhecer de forma mais contundente o assunto.
Dentro desse contexto busca-se saber como saem esses estudantes do meio acadêmico para a atuação profissional, e como é construída a ética em cada um deles, levando em consideração o nível de conhecimento ético e entendimento do Código de Ética profissional.
Logo com o intuito de responder ao problema apresentado pela pesquisa, o objetivo geral desse estudo fora analisar a percepção dos acadêmicos de administração da Faculdade do Maranhão (FACAM) sobre a ética e identificar o nível de conhecimento sobre aspectos do código de ética do administrador.
Para atendimento ao objetivo geral citado, foram adotados os seguintes objetivos específicos:
- Conceituar e diferenciar Ética e Moral;
- Descrever sobre a Ética profissional;
- Apresentar o Código de Ética a Profissão administrativa;
- Ressaltar a importância da prática ética no exercício da profissão;
- Analisar a percepção dos alunos em relação ao código de ética do administrador.
Quanto à relevância desta pesquisa para a sociedade, de maneira geral, esse tema é pertinente visto que, buscou junto a Faculdade do Maranhão (FACAM), a importância da ética no exercício acadêmico e seus benefícios futuros para a profissão, fazendo dessa forma uma reflexão quanto à consciência dos acadêmicos e futuros administradores em relação ao seu código de ética.
Todavia, este trabalho tem como temática principal a ética no desenvolvimento acadêmico e profissional do estudante de administração, onde as questões éticas são de difícil avaliação e de grandes conflitos, pois existe uma interrogação sobre o que é certo e errado, e se o que é bom para determinada pessoa, também será bom para seu grupo social.
Por isso, a assimilação do conhecimento ético e de sua aplicação, no que rege o seu código regulador, vem se valorizando e sendo exigida nas organizações, e sua ausência pode ocasionar em dispêndios para a imagem da organização e seus membros.
Partindo dessa premissa, esse estudo justifica-se por fazer com que os estudantes de administração reflitam sobre o que julgam ser ético ou não, e conscientizem-se, a respeito da importância do conhecimento ético e da aplicação do código que os norteia.
No que tange à estrutura do trabalho, esta pesquisa divide-se em seis tópicos, sendo este o introdutório, onde se apresenta o problema de pesquisa, justificativa e os objetivos geral e específico deste estudo; no segundo tópico, encontra-se o referencial teórico, divido em dois capítulos, abordando assuntos relacionados ao tema do trabalho, tais como, Ética e Moral, como também a Ética profissional fazendo um paralelo com a profissão administrativa. Em seguida, no terceiro tópico é exposto o uso dos procedimentos metodológicos para a definição da classificação da pesquisa. No quarto tópico é exposta a forma em que os dados são coletados, com definição da população e amostragem, e método de análise. No quinto tópico é descrito os resultados obtidos neste trabalho. Por fim, no sexto tópico são apresentadas as considerações finais sobre o trabalho.
3. ÉTICA
Para que seja compreendida a visão ética das pessoas, é necessário ter o devido conhecimento de fontes apresentadas bibliograficamente. É de discernimento que ética se relaciona com valores e princípios que sinalizam a conduta humana em relação a sua esfera.
Para Aranha e Martins (2003, p. 301), “a ética é a parte da filosofia que tem a ocupação de refletir a respeito da compreensão de princípios que fundamentam a vida moral, podendo seguir diferentes trilhos, aonde irá de acordo com a concepção do ser humano como ponto de iniciação”. De acordo com o dicionário Aurélio (FERREIRA, 1999), ética é a reflexão das ponderações de apreciamento ao comportamento humano, sendo qualificável a visão do bem e do mal, relativamente a tal sociedade.
Segundo Nalini (2009, p. 19):
Em sua origem etimológica, Ética advém termo grego “ethos”, que em seu significado, indica “morada”, “parte onde se habita”. Similarmente a “modo de ser” ou “caráter.” Em que “modo de ser” é a consecução de particularidades que resultam da nossa forma de viver. Deste modo, ética é definida como a ciência comportamental moral dos homens em sociedade, que se objetiva em leis e métodos próprios, na análise do perfil científico de deliberado ramo de conhecimento.
Rezende (2006) indica que Ética é um termo de origem grega que se define como “modo de ser”, que tem referência ao estudo das prudências que regem a conduta humana, e se sujeitam a qualificação da visão negativa ou positiva de determinada sociedade.
Em seu significado mais enfático, o termo “ética” implica num exame de costumes da espécie humana em caráter geral, e rodeia uma descrição ou histórico de práticas humanas em uma sociedade específica em diferentes ciclos. Ainda de acordo com o pensamento desses autores, ética é sinônimo de moral, entretanto, ética é reflexiva, e reflete não o que o ser humano pratica, mas o que ele deveria praticar.
Desta maneira, ética pode definir-se como um conjunto de valores sob o entendimento de um indivíduo, ou seja, a forma como os seres humanos vivem e se relacionam, buscando reafirmar seus costumes e condições no meio social.
Seguindo este raciocínio Srour (2003, p. 31) diz que:
Ética opera o plano da reflexão ou das indagações; tem, portanto, um caráter abstrato-formal. A ética estuda os costumes das coletividades e as morais que procuram conferir consistência a esses modos recorrentes de agir.
O autor também elucida que, ética, enquanto fonte de conhecimento, se objetiva a analisar o comportamento humano dentro de cada meio social, e se conduz ao estudo desse comportamento com o intuito de estabelecer uma convivência em níveis aceitáveis para a sociedade.
Ainda seguindo este raciocínio, Dubrin (2003), explica que ética define-se como as alternativas morais que o indivíduo escolhe que deveria fazer, determinando o que é certo ou errado, ou seja, transformar valores em ação, logo, ele reafirma que ser ético é ter um comportamento dentro dos padrões corretos e justos na sociedade.
Insta salientar que, ética se objetiva em estudar a atuação comportamental humana, individualmente na sociedade em que se insere. Contudo, além do estudo desse comportamento, ela prega um nível aceitável de boa conduta para assim existir uma convivência pacífica social, que é o seu objetivo.
Barros (2010) cita que ética é a exterioridade científica da moral, por ambas envolverem um conjunto de disciplinas que fazem parte da estrutura que cerca o ser humano, tais como filosofia, história, religião, fazendo com que o termo ética precise de uma maneira padrão para seu emprego, representando um conjunto de princípios que guiem a uma forma de viver bem.
Já Britto (2014), em sua definição de ética, ele a divide em duas partes, a ética filosófica, que trabalha na procura da constância dos princípios, onde se valida de forma universal, e se adequa a convivência na sociedade e a ética científica que estabelece uma correlação cultural que parte da verificação de diferentes normas que são adotadas pela sociedade.
Posteriormente, diante da diversidade de conceitos de ética que se encontram, analisa-se que de maneira comum, todas elas se relacionam à conduta humana, e os hábitos dos indivíduos, diante das numerosas situações da vida costumeira e a procura pela felicidade.
Nesse contexto, Vázquez (2008, p. 22) reitera que:
A ética é teoria, investigação ou explicação de um tipo de experiência humana ou forma de comportamento dos homens, o da moral, considerado porém na sua totalidade, diversidade e variedade. O que nela se afirme sobre a natureza ou fundamento das normas morais deve valer para a moral da sociedade grega, ou para a moral que vigora de fato numa comunidade humana moderna (VÁZQUEZ, 2008, p.22).
Deste modo, entende-se como ética, a procura por um convívio harmonioso em sociedade, de maneira que cada indivíduo busque o bem de maneira individual, ponderando as decorrências disto para os demais. Dessa forma, a ética é o conceito da moral que é compreendida como o conjunto de pequenas ações correntes, que no momento em que são refletidas devem ser aplicadas na intenção de conceber o bem, originando um convívio apropriado, assim remetido, a ética.
3.1. A história da ética
O surgimento da ética se fez necessário no momento em que se idealizam padrões de vida em uma determinada sociedade. Dessa forma, se definem os conceitos do “bem comum”, o “justo”, etc. Toda essa busca se argumenta não somente aos hábitos ou costumes pré-definidos socialmente, mas, no encontro de uma fundamentação teórica que auxilie na procura do modo de viver e agir, ou seja, o ponto de equilíbrio para o melhor estilo de vida.
O ponto de partida para o surgimento da ética deu-se na Grécia, onde importantes nomes da filosofia como Sócrates, Platão e Aristóteles, trabalhavam no entendimento da ética, e como colocá-la em prática para a obtenção da compreensão da sociedade, sobre o que seria a ética, tal como sua importância no meio social, analisando questões sobre o que era certo ou errado. É importante salientar que, Sócrates (470-399 a.C.) foi pioneiro na busca pela reflexão sobre questões éticas, à qual se fazia a indagação a todos, sobre o que pensavam e julgavam ser correto diante do seu ponto de vista, de valores e princípio (FERREIRA; OLIVEIRA; KNENEL, 2015).
Ainda sobre o pensamento Socrático, ele salienta que a ética se caracteriza por caráter e valores adequados, a sua posição ainda argumenta a relação entre a maldade do homem e sua ignorância, sendo definido como a visão intelectual moralista, afirmando que o conhecimento em virtudes é ensinado no princípio “eu” (SANTOS, 2001).
Na visão de Platão (427-347 a.C.), a ética, tem por base o ideal ou ordem que proporciona o equilíbrio de diversos elementos que transponham no mesmo limite. Logo, existe a correlação entre o prazer e o conhecimento, que por intermédio dessa austeridade os fazeres humanos atingem o conveniente (ALMEIDA, 2007).
A ética Aristotélica (384-322 a.C.), ao contrário, preservava a felicidade acima de qualquer valor, e que a finalidade de ser feliz é da natureza do homem, e devido a isso tem-se sua importância para que cada um siga o caminho de sua própria natureza, desde que exista limites.
Entende-se que os filósofos acima citados, e pertencentes a tal época, trabalhavam em defesa a ética e a seus valores morais, prioritariamente a forma a ser tratada pela sociedade, Pós isso a ética foi inserida como sublimidade para os pensadores gregos, que faziam a junção em sua discussão com os valores morais.
É importante salientar, que a ética na qual hoje defendemos, advém de um conjunto de valores idealizados a partir das indagações de Sócrates, posteriormente as classificações de Aristóteles, e ao aprimoramento sofista.
No período Medieval, predominava-se a força absoluta da moral cristã, em que a vida idônea era próxima a fé ao Deus católico e pela vida voltada a fé, ou seja, a ética era regulamentada pelos mandamentos de ordem suprema, que naquele momento passam a atuar como regulamentação do comportamento humano (FERREIRA; OLIVEIRA; KNEBEL, 2015).
Na modernidade, diante da concepção de Santos (2001), tendo como uma das grandes contribuições para a ética, Emmanuel Kant ao final do século XVIII, elucida que ética, é a obrigação da forma de agir de acordo com as regras que norteiam o universo, sendo comum para todos os seres humanos, já que se deriva da razão. Baseado neste fundamento, a ética em sua visão, busca o princípio do fundamento moral, como norteamento da forma ética de agir dos indivíduos.
Na sociedade atual, na ótica de Ferreira, Oliveira e Knebel (2015), em virtude dos progressos científicos, ocorreu o agravamento de conflitos éticos, fazendo-se necessário a reflexão a respeito do tema, em variados campos em que se faz uso da ciência como ferramenta lógica. Partindo desse pressuposto, o autor enfatiza três interrogativas, sobre o que pode, deve e quer fazer, onde o indivíduo em questão estabelece o seu juízo, formas de opinião e auto avaliação.
Congruente a esta ideia, Oliveira (2012) manifesta que após a vinda do capitalismo, que desencadeou a mudança na indústria, o pensamento deixou de ser voltado para a sagacidade da ética, e nos traços intangíveis da conduta do ser humano, com foco estreito às normas morais, que a sociedade os impunha em seus presságios.
Percebe-se que a ética, se fará presente na vida cotidiana humana, independente de maneira imparcial a determinada cultura ou pensamento que seja voltado a alguma tendência filosófica, ou seja, todo e qualquer pensamento estará centrado em sua origem, fazendo parte da sociedade que se insere de maneira geral. Porém, é um tema que ao longo de suas transições temporais é tratado de forma elevada, e é cabível de discussão para que haja uma relação entre o que deve e não ser relevado diante das atitudes morais da sociedade.
Logo, ética é todo conteúdo em que se insere a integração, do que é ser honesto em seus atos, e fazer uso do seu brio, na absolvição de erros, além de que suas decisões sejam dentro de um quadro tolerável.
3.2. Ética e moral
Em consonância com o alto crescimento da população humana, as normas de convívio entre as pessoas, foram costumente evoluindo, e através dessa evolução, trabalhos, atividades, e técnicas de diferentes pensadores, tais como filósofos, sociólogos e antropólogos que se dispuseram a obter conhecimento sobre o comportamento da sociedade. Dessa forma, esta pesquisa fez com que os conceitos dos princípios em que a ética se aplica, fossem desenvolvidos, pois a partir da correlação entre o existir do homem, a moral também passa a existir, já que é um termo que faz parte do ser humano, que dessa maneira norteia a vida social em boa conduta (VIEIRA, 2017).
Lisboa (2010) reitera que todo o cidadão a partir de seu nascimento traz consigo costumes e heranças ligadas aos seus semelhantes, e que os mesmo estarão presentes no decorrer de sua vida na sociedade na qual integra. Diante disso, é necessário que seus atos comportamentais estejam dentro de uma esfera aceitável pela sociedade, tendo em vista que cada pessoa possui princípios e doutrinas diferentes.
O autor reitera que Ética, tem como objeto de estudo o mantimento de níveis que consagrem uma convivência harmoniosa dentro de uma sociedade.
Vázquez (2008) elucida que ética e moral, já em tempos passados, imprimiam apreensões na sociedade de maneira geral, e que sua busca, era sempre o aperfeiçoamento a forma de se relacionar das pessoas. Por conseguinte, o autor também cita que a sociedade absorve toda a sustentação do relacionar humano, definindo limites a serem buscados, desde que comportamentos bons ou maus, sejam analisados pelos preceitos éticos e morais.
Com frequência, observa-se que estes dois termos são utilizados de maneira sinônima, onde existe a dificuldade da criação de um pensamento voltado para o seu modo de uso.
Barros (2010) esclarece que Ética e Moral apesar de terem seus contextos ligados, se denominam de formas diferentes, onde a primeira busca compreender como o ser humano se comporta em meio sociável, e a segunda sendo um conjunto de padrões que distingue o certo e o errado.
De maneira análoga La Taille (2009, p. 26) afirma que:
Essa diferença de sentido entre moral e ética é interessante. Por um lado permite nomear diferentemente o objeto e a reflexão que incide sobre ele; portanto, demarcar níveis de abstração. E, por outro, permite sublinhar o fato de se poder viver uma moral sem nunca ter se dado o trabalho da reflexão ética.
Ética e Moral se caracterizam por seu significado semelhante, mediante as regras que as conduzem e as tornam obrigatórias (LA TAILLE, 2009).
Dessa forma La Taille (2009, p. 25) abona que:
Moral e ética são conceitos habitualmente empregados como sinônimos, ambos referindo-se a um conjunto de regras de conduta consideradas como obrigatórias. Tal sinonímia é perfeitamente aceitável: se temos dois vocábulos é porque herdamos um do latim (moral) e outro do grego (ética), duas culturas antigas que assim nomeavam o campo de reflexão sobre os “costumes” dos homens, sua validade, legitimidade, desejabilidade, exigibilidade.
Sendo assim, as semelhanças de ética e moral se destacam pela forma de ambas refletirem culturas e costumes herdados até os dias atuais.
Continuando na temática de diferenciação dos termos, Srour (2003, p. 31) esclarece que:
Ética opera no plano da reflexão ou das indagações: tem, portanto, um caráter abstrato-formal. As morais, ao reverso, têm um caráter histórico-real, são empíricas e observáveis, constituem a matéria-prima a ser processada. A ética estuda os costumes das coletividades e as morais que procuram conferir consistência a esses modos recorrentes de agir.
Aranha e Martins (2003) salientam que, é possível estabelecer uma distinção dentre esses dois termos. Uma vez que a moral se designa como uma junção de normas, que dita à forma como deve se conduzir em determinada época, por um grupo de pessoas. Já a ética, também sendo mencionada como a moral filosófica, tem a ocupação de refletir sobre a perspicácia dos valores e princípios que encadeiam o sentido de vida moral da humanidade.
Não obstante, é existente uma grande textualização que emprega estes dois conceitos de maneira paralela, fazendo referência ao agir do homem, para o que pode vir a ocasionar tal ação exercida por ele, e que possa vir a ferir os princípios morais éticos. Porém de maneira costuma, não é explicito o porquê de mesmo com semelhanças existentes é feito o emprego dos dois termos, e não um. Todavia, são termos que trabalham de maneira sinônima, onde ambos se inspiram em um ideal que exerça o bem, vindo a ser considerados idôneos (LA TAILLE, 2009).
Analisa-se que ética e moral, tem a responsabilidade no ato da construção da base que edifica o agir do homem, pois ambas lidam com caráter e virtudes que ensinam o seu comportamento ideal na sociedade. Onde moral dispõe de uma índole social que tem o envolvimento comportamental moral do indivíduo e grupos sociais o qual ele pertence, e ética nas ações que ele irá julgar indubitável ou errônea.
Espinosa (2000) ressalta que para que haja o tratamento sobre estes dois termos é preciso saber que apesar de seus nomes serem igualados em sentidos semelhantes, seus significados têm sentidos diferentes, pois enquanto moral se justifica no cumprimento de costumes e regras herdados, ética de maneira contrária formaliza o seu pensamento baseado na razão.
Tratando-se de origem, Ricoeur (1990) diz que as duas delegam bons costumes, sendo que moral emana do latim (mores) e ética provém do grego (ethos), porém a linha que trás a principal diferença entre elas é a da obrigatoriedade já que ambas se relacionam com o sentido de comportamentos, mas que se distinguem quando aplicadas, pois uma remete ideia do que é bom e a outra traça sentido do que deve ser feito. Ainda neste raciocínio Lisboa (2010) reitera que o conceito ético pode ser determinado de forma simples, como uma subdivisão da filosofia que se defronta de maneira específica com o que venha a ser moralmente bom ou ruim, preciso ou inverídico.
Ainda nesse contexto Vázquez (2008, p. 267) explicita que:
A ética e a moral historicamente são constituídas pelo processo de mudança entre as sociedades e as épocas. “[...] as doutrinas éticas fundamentais nascem e se desenvolvem em diferentes épocas e sociedades como respostas aos problemas básicos apresentados pelas relações entre os homens, e, em particular pelo seu comportamento moral efetivo”.
Já segundo Vaz e Monegatto (2010), ética é a maneira de se relacionar do indivíduo, uma vez que essa relação condiz com um agregado de valores que norteiam a maneira como os seres humanos se comportam, e que a moral é a forma de respeito com a qual a qual se estabelece o comportamento humano na sociedade em que se vive.
O âmbito ético e moral se constituem, portanto, por dois extremos, que se relacionam de maneira interna: sendo o agente ou submetido moral e os valores morais, tais como as aptidões éticas. Sendo assim, o agente ou submetido ético e moral, se relaciona com aquele que exerce a prática (ação) ou o que recebe (impassível) a ação (XAVIER, 2006).
Portanto, nota-se que Ética e Moral são palavras sinônimas, porém, com contextos de aplicação diferentes, pois a ética diz o que o ser humano eventualmente deveria fazer, e a moral trabalha a fixação de costumes adquiridos no decorrer da vida do indivíduo. Por fim, La Taille (2009) explica que quando se fala em moral remete a deveres, e falar em ética, é viver em busca de uma vida que tenha o verdadeiro valor de ser vivida, e que as ações morais do indivíduo serão refletidas em ideais individuais éticos dos mesmos.
3.2.1. Ética e moral na sociedade
A partir do momento em que nascemos a primeira instituição a qual pertencemos que é família, esta passa a nos ensinar o que é certo e errado, pós isso passamos a introduzir em nossas vidas valores que nos são impostos pela sociedade. Ou seja, nós enquanto cidadãos agimos de acordo com as regras que nos são impostas, podendo ser retribuído de maneira que venhamos a seguir tais regras, ou então ser cabível de punição se vier à infringi-las. Contudo, temos nossa liberdade, desde que façamos uso da mesma, de maneira que respeite os limites impostos pela ética e moral. Sendo essa autonomia um componente dos princípios aos direitos individuais e alheios.
Com base nessa temática Lessa (2016) salienta que as normas morais éticas, impõem como se deve agir os integrantes de uma determinada sociedade. Todavia para que ocorra a prática dessas normas, não se faz necessário a imposição da mesma.
A sociedade passa por constantes transformações e essas transformações se dão em virtude de crises existentes na aplicação de ética e moral, pois o grau de desuso das práticas dos valores humanos vem aumentando, mesmo que sejamos capazes de discernir o que é o certo, passasse a não se indagar o passado, a fim de entender as formas de conhecimento moral e ético que a medida que não são conduzidos de maneira adequada, podem ocasionar na restrição do desenvolvimento do fundamentos dos valores éticos e morais.
De um modo mais específico, em meios aos mais diversos casos de corrupção em nossa sociedade nos últimos tempos questões são levantadas, para elucidar se realmente estamos fazendo uso da ética e da moral.
Tendo em vista a política como eixo, que na sociedade contemporânea luta com elevados percentuais de desacolhimento devido à quantidade elevada de notícias pejorativas pela mídia, é observado que o brasileiro em si, detém consciência do que é ser antiético e até que ponto isso pode ser prejudicial para tal sociedade. Porém, é passado por cima o fato de que tais ações que ferem os preceitos éticos e morais estão ligadas ao ciclo de atitudes errôneas que num eventual começo, não são materializadas como algo que possa vir a serem impactantes na sociedade.
Logo, isso nos remete a pensar que, o que é válido não é o valor de uma ação, mas a ação em si. Portanto a crise ética moral, a qual a sociedade enfrenta, só encontrará seu afim, a partir do momento em que os valores da coletividade sejam retomados, e para isso é necessário ser deixado para trás atitudes que não contribuam com tais pensamentos, deixando o egoísmo de lado para um bem estar social. Todavia, sem essas mudanças de valores necessárias, o indivíduo se verá cada vez mais sozinho na disputa apenas por seus fins individuais.
3.2.2. Ética e moral na política
Primeiro de tudo, vamos entender o que é política. Falar sobre política não é difícil, mas é difícil dar uma resposta clara e objetiva, pois é muito abrangente.
Com base nesta temática Vázquez (2008, p. 93) esclarece que:
A atividade política implica, também, participação consciente e organizada de amplos setores da sociedade; disto decorre a existência de projetos e programas que fixam os objetivos mediatos e imediatos, bem como os meios ou métodos para realizá-los. Desta maneira, sem excluir que ocorram também atos espontâneos dos indivíduos ou dos grupos sociais, a política é uma forma de atividade prática, organizada e consciente.
Buscando-se um maior aprofundamento sobre política, fora revisado sua definição do passado. Sendo o termo político derivado do grego, e refere-se a todos os procedimentos relacionados às cidades ou países urbanos, envolvendo a sociedade, as comunidades e as definições que envolvem a vida humana.
Política e moralidade são comportamentos que não podem ser identificados. Nem a política pode absorver a moralidade, nem a moralidade pode ser reduzida à política. A moral tem uma área específica em que a política não pode interferir (VÁZQUEZ, 2008).
A política possui áreas específicas maiores que não são limitadas pela moralidade; pelo contrário, às vezes a política pode até ser imoral. Acredita-se que a política e muitos políticos cumpram eticamente seus deveres e obrigações, defendendo a sociedade organizada e o bem-estar social do povo.
3.2.3. Ética e moral na religião
A religião é uma das instituições humanas mais antigas. Há muito tempo, nas práticas religiosas existiam em seus costumes, condutas e tradições de todas as culturas. Mas, como mencionado em Vázquez (2008), a religião não teve tanta influência na ética e na moral tanto para qualquer outra crença.
Para ser ético, você deve ter algum tipo de crença. Isso não significa que uma pessoa deva ter uma crença religiosa, mas é preciso acreditar em valores intangíveis de alto significado moral, como bondade, caridade, sinceridade e honestidade (LISBOA, 2010).
Neste sentido Vázquez (2008, p. 91) salienta que:
Pois bem, como demonstra a própria história da humanidade, a moral não somente se originada religião, mas também é anterior a ela. Durante milênios, o homem primitivo viveu sem religião, mas não sem certas normas consuetudinárias que regulamentavam as relações entre os indivíduos e a comunidade e, ainda que em forma embrionária, já tinham caráter moral.
A religião também é uma ferramenta de conformidade: insistimos em enfrentar dificuldades ao longo da vida, não nos deixando enfraquecer. Nas sociedades em que existem várias religiões e opiniões, é difícil vincular a ética à religião. A religião envolve emoções, tão importantes na vida humana quanto à inteligência e o pensamento. Pode-se usar isso para nomear algumas religiões e sua contribuição para a moralidade religiosa e ética:
Quadro 1 – Ética e Religião
Religiões |
Crenças e Valores |
Código de Ética (Mandamentos) |
HINDUÍSMO
Originou-se aproximadamente em 1500 a.C. Não há dogmas nem fundador. |
Acredita em Brahma, princípio absoluto e único, lei que rege o mundo, Shiva e Vishnu, a trindade hindu. |
Os Vedas, livros sagrados, ensinam que toda existência é o sofrimento e conforme nossa atitude, pelo ciclo do renascimento, podemos facilmente alcançar o Brahma. Para isso precisamos de pureza, autocontrole, serenidade, não violência, misericórdia e ascetismo. Os dez mandamentos de Manu, autor de Vedas, são: 1º Força da alma, 2º paciência, 3º autocontrole, 4º respeito pela propriedade alheia, 5º pureza, 6º domínio dos sentidos, 7º inteligência compreensivo, 8º sabedoria, 9º verdade, 10º controle da raiva. |
BUDISMO
Fundado por Siddhart Gautama, o Budao Iluminado, por volta do ano 500 a.C., e é uma religião sem Deus. |
A vida é sofrimento, a causa do sofrimento é o desejo, a eliminação do desejo acaba com o sofrimento e assim a pessoa alcança o Nirvana, libertando-se do ciclo perpétuo do nascimento, sofrimento, morte e renascimento. |
Buda deixou cinco mandamentos: 1º não mate nenhum ser vivo, 2º não pegue o que não lhe deram, 3º não minta, 4º não tome bebidas que embriagam e 5º seja casto. |
MOSAÍSMO
Fundado por Moisés no ano 1200 a.C., foi a primeira religião a adotar um Deus único. |
Bem diferente do politeísmo reinante na época. Enquanto os gregos tinham uma moral naturalista, o Antigo Testamento não se identificava com a natureza, mas com o que Deus ordenava. A unicidade de Deus reflete-se no homem, que deve viver de acordo com os mandamentos Dele. |
Os mandamentos são a base ética: (conforme Êxodo 20:3-17) 1º Amar a Deus sobre todas as coisas; 2º Não falar seu santo nome em vão; 3º Guardar os dias santificados; 4º Honrar pai e mãe; 5º Não matar; 6º Não cometer adultérios; 7º Não furtar; 8º Não levantar falso testemunho; 9º Não desejar a mulher do próximo; 10º Não cobiçar as coisas alheias. |
CRISTIANISMO
Teve início com Jesus Cristo e deu origem ao nosso calendário. |
Todos são iguais perante Deus. Escravos e ignorantes vão alcançar a justiça num mundo sobrenatural. A felicidade suprema e o êxtase místico, só podem ser alcançados no outro mundo. Sem o cumprimento dos dez mandamentos não há salvação. |
Os mandamentos são os mesmos do Mosaísmo, dando ênfase a dois: 1º Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força; 2º Amará só teu próximo como a ti mesmo. |
ISLAMISMO
Fundado por Maomé, o profeta, no ano 600 de nossa era. Pregando um único Deus, Alá. |
Os cinco deveres básicos dos muçulmanos são: preces, abluções, esmola; jejum no Ramadã e peregrinação a Meca uma vez na vida. |
Baseia-se nos dez mandamentos do Cristianismo, todavia permite até quatro esposas, e ao ladrão corta-se o braço. |
Fonte: Stukart (2003 apud VAZ; MONEGATTO, 2010).
Neste quadro são ilustradas, as religiões e a formas como cada uma segue a seu Deus. Todavia, é observado que mesmo que cada Deus citado siga preceitos diferentes um do outro, todas trabalham com os ideais voltados para os mandamentos básicos que buscam sempre o bem individual ou em grupo.
3.2.4. Princípios éticos e morais
No quadro a seguir, é destacado três grandes pensadores gregos da filosofia e suas contribuições para os princípios éticos e morais.
Quadro 2 – Filósofos Gregos e suas contribuições
Filósofos |
Contribuições |
SÓCRATES (470–399 a.C) |
Não deixou livros, seus diálogos foram eternizados por Platão (seu aluno). Dizia que a principal característica humana é a razão. Seus provérbios “Conhece-te a ti mesmo” e, “Sei que nada sei”, são célebres. Para ele o saber ser fundamental. O vício, a ignorância do bem. Para ensinar ele usou o diálogo e criou a Academia, que hoje é Universidade. Ele criou uma nova lógica. Para os filósofos gregos, o mal era somente uma falta, uma ausência do bem. Foi reconhecido como o homem mais sábio de Atenas, mas ele disse: Eu sei que nada sei. |
PLATÃO (427–347 a.C) |
Discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles. Par ele, a alma era imortal, separada do corpo. O lugar da razão é a cabeça, a medula faz a ligação da cabeça e do corpo. Segundo ele, as ideias existem apenas quando são percebidas pela razão. Exemplo: Um circulo feito a lápis pode ser apagado com a borracha, mas a ideia do circulo perdura para sempre. Para Platão, Deus é a ideia do bem, a ideia mais alta que todas as outras se subordinam como meios. |
ARISTÓTELES (384 – 322 a. C) |
Foi aluno de Platão e o primeiro a criar uma profunda lógica e uma sistemática ética orientada para razão, diferentemente da de Platão, orientada para o bem. Aristóteles criou também silogismo, que é o conjunto de três proposições nas quais a terceira é a conclusão verdadeira desde que a primeira e a segunda sejam também verdadeiras. Por exemplo: 1ª Ricardo é jogador de futebol; 2ª Todo jogador é ser humano; 3 Ricardo é humano. |
Fonte: Stukart (2003 apud VAZ; MONEGATTO, 2010).
A partir deste quadro, observam-se as contribuições dos três nomes mais importantes da filosofia grega, que foram fundamentais na coexistência dos princípios éticos e morais.
Apesar de Sócrates não ter deixado nenhum relato, texto ou livro, as suas falas foram de grande importância para a humanização e que fincaram na memória popular, sendo destaque como o mais sábio dentre os demais.
Nascido em Atenas em 470 a.C e condenado a morte em 399 a.C, mesmo não tendo deixado nada escrito, seus pensamentos foram retransmitidos pelos seus seguidores da escola socrática, tais como Platão e Aristóteles. Para ele existia uma relação mútua entre bondade, conhecimento e felicidade (VÁZQUEZ, 2008).
Em seguida tem-se Platão, tido como o adepto que mais explorou a retransmissão do pensamento socrático, trabalhou na defesa das doutrinas de seu guia. Nascido em Atenas 427 a.C vindo a falecimento em 347 a.C.
Aristóteles nascido em Estagira na Grécia 384 a.C e falecido na mesma 322 a.C, fora discípulo de Platão, e apesar de fazer parte de uma geração pós-socrática, seguiu as doutrinas Sócrates através dos ideais de Platão.
Posteriormente, dispõe-se de um quadro que exibe pensamentos de filósofos da modernidade e suas contribuições para os princípios éticos e morais.
Quadro 3 – Filósofos Modernos - a partir do século XVI
Filósofos |
Contribuições |
THOMAS HOBBES (1588 - 1679) |
Filósofo e político inglês acreditava que, entre a anarquia e despotismo, a monarquia era a melhor organização do Estado. Ele pontificou: “O método dedutivo com premissas verdadeiras leva conclusões indiscutíveis, o método indutivo só dá probabilidades”. |
RENNÉ DESCARTES (1596 - 1650) |
Foi o fundador do racionalismo francês. Conciliou religião e ciência, é autor da frase “Cogito, ergo sun” (penso, logo existo). Era matemático e físico. Sua principal obra, Discurso do método, definiu quatro regras aplicáveis também às pesquisas sobre ética e outros aspectos: 1ª Jamais acolher algo como verdadeiro, que não se conheça como tal. 2ª Dividir cada uma das dificuldades em tantas parcelas quantas forem possíveis e necessárias para melhor resolvê-las. 3ª Conduzir os pensamentos por ordem, começando pelos objetos mais simples até atingir os mais complexos. 4ª Fazer enumerações tão completas até ter certeza de nada omitir |
BARUCH DE SPINOZA (1632 - 1677) |
Judeu holandês de origem portuguesa. Foi expulso como ateu porque considerava Deuses a Natureza, a mesma realidade. Ele acreditava que tudo estava em Deus, tudo vive e se move em Deus. Uma paixão sem razão é cega, e uma razão sem paixão é morta. Suas obras são: Ética em forma de geometria e Princípios da filosofia de Descartes. |
VOLTAIRE (1694 – 1778) |
Pertenceu ao movimento iluminista e era muito liberal. Introduziu a mecânica de Newton a Psicologia de Locke, dando início ao Iluminismo (movimento filosófico do século XVII que se caracterizava pela confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade e pelo incentivo à liberdade de pensamento). Escreveu 99 volumes e erigiu uma capela em Farney, de acordo com sua fé em Deus (uma divindade). |
EMANUEL KANT (1724 – 1804) |
Foi o primeiro a separar a fé da ciência, exaltando a razão em si mesmo. Seu pensamento é o começo da filosofia moderna. “Só podemos conhecer a matéria pelo pensamento e pelos sentidos. A matéria é uma forma do espírito. A primazia do espírito restaura as bases religiosas. Viver com base na fé”. O bem maior deve ser criado pelo nosso livre arbítrio. Nossa felicidade é o bem, que necessariamente está ligado à virtude e à felicidade. |
JOHN STUART MILL (1806 – 1873) |
Acreditava que ética deveria se harmonizar com a liberdade de cada um. A influência que as ações exercem sobre a felicidade é o que constitui o princípio da moral e da responsabilidade ética. |
SOREN KIERKEGAARD (1813 – 1855) |
Foi ele quem deu início à moderna filosofia existencialista e pensava que medo e solidão faziam parte da religião. Afirmou: “Fazer o bem pelo próprio bem e não por orgulho, recompensa ou premiação”. |
FRIEDRICH NIETZSCHE (1844 – 1900) |
Escreveu incansavelmente sobre a imoralidade. Achava absurdo que pudéssemos saber o que é bom e o que é mau. Considerava o cristianismo a religião dos fracos e sua moralidade, dos escravos. Defendia a existência do super-homem, livre de convenções do bem e do mal. Mas criativo. Ele foi também filósofo dos nazistas, defendeu que “Aos opressores pertence o mundo”. As consequências dessa antiética e corrupção dos costumes resultaram na destruição da sociedade durante a 2ª guerra mundial. A sociedade que não observa um código de ética e tolera a corrupção desmorona |
JEAN PAUL SARTRE (1905 – 1980) |
Sua tentativa foi a de inculcar nos homens um novo humanismo, sem Deus. A humanidade pode decidir livremente. A liberdade é a única fonte de valor. Cada um deve criar livremente suas normas de comportamento. Criou o existencialismo, que durou por 15 a 20 anos e foi superado pelo estruturalismo e pelo pós-modernismo. |
Fonte: Stukart (2003 apud VAZ; MONEGATTO, 2010).
A partir do quadro 3, observam-se os pensamentos dos filósofos da idade moderna, junto com suas contribuições para a análise do pensamento ético e moral. Dessa forma tem-se que cada um dentro de seu ponto vista buscou esclarecer ética e moral de seu modo, com o ideal igual para todos, que era a busca pelo bem.
3.3. Ética profissional
O estudo da ética de forma geral e aplicada à ética profissional está em constante crescimento à medida que a sociedade se propõe a discutir mais este assunto.
Neste sentido, as empresas no mercado atual, tem alavancado a busca por atitudes que respeitam a conduta ética, visto que tem sido constados casos de negligência que consequentemente passam a causar a perda de credibilidade das organizações. Todo esse desmazelo em virtude da falta de confiança nos colaboradores e o uso de inovações tecnológicas para fraude em serviços colocam em cheque a reputação e o rumo da empresa.
Nesta perspectiva as organizações buscam na sociedade normas éticas para integrá-las a as normas internas, para assim entender o que pensa a sociedade a questão de suas relações e atividades, onde auxilia no aumento de produção e consequentemente atingimento de objetivos previstos.
O profissional por sua vez, precisa ir de encontro às normas éticas que a sociedade o coloca, e seguidamente respeitando o regime interno da organização. Contudo a ética na vida de um profissional o propicia benefícios tanto para como profissional quanto para pessoa, fazendo da honestidade, confiança e assim por diante formas de conduzir as ações do indivíduo em suas decisões em suas atividades. Todavia, o reconhecimento profissional não é baseado apenas em seus ganhos enquanto trabalhador, mas por sua conduta padrão.
Contudo, quando se fala em ética nos dá a ideia de um modo ideal que transmita uma forma de agir e se comportar conforme um padrão de costume já definido. Todavia esta ideia se baseia no fruto da cultura humana herdada, pois se vincula os valores transmitidos entre gerações. Logo, entende-se que a ética ela se apresenta de formas diferentes, onde se relaciona no meio social, familiar e no âmbito profissional.
Seguindo este raciocínio Masiero (2007, p. 455) salienta que:
Ética profissional reúne um conjunto de normas de conduta, exigido no exercício de qualquer atividade econômica. No papel de „reguladora‟ da ação, a ética age no desempenho das profissões, levando a respeitar os semelhantes, no exercício de suas carreiras. A ética envolve o relacionamento de profissionais, a fim de resgatar a dignidade humana e a construção do bem comum.
O crescimento profissional assim como as profissões existentes, tem responsabilidade considerável na sociedade, nos mais diferentes cargos e áreas onde se inserem. Todo profissional possui sua peculiaridade, e tem consigo sua responsabilidade perante a aplicação de seu serviço, visando ganhos tanto na parte pessoal como na parte profissional.
Em consonância, Oliveira (2012) reitera que ética a partir do momento em que é vista como uma cultura regulamentária que mostra os parâmetros da conduta humana pode disponibilizar as normas para uma incumbência profissional, validando os as imposições que guiam o funcionamento de uma profissão.
A ética profissional, se forma pela aplicação prática de ofícios e pelas pessoas a qual fazem parte, ou seja, não se inicia propriamente da moral particular de cada indivíduo. Dessa forma, é de fundamental importância dar destaque que devido ao afastamento dessa reflexão ética do mundo capitalista, é costumeiro o comportamento imoral do profissional em suas atividades, em outras palavras, tomadas de decisões de quem necessita estar vivo no mercado competitivo, seguindo as normas que lhes são impostas diante da dinâmica capitalista. Tão logo, esses hábitos comerciais podem ser definidos como conquista de mercado (PENNA, 2009).
De maneira análoga, Almeida (2007) revela que os profissionais na maioria das vezes agem com pensamento apenas em obter ganhos ou importância e devido a isso acabam não atingindo a razão ética de seu emprego. Tal situação intitulada como problema de agência, pois se refere ao fato de se colocar os seus desejos individuais, a frente do que diz respeito às normas da empresa.
Ainda de acordo com este pensamento, Menezes e Matos (2013) ressaltam que mesmo que um profissional tente acompanhar normas com estrutura baseada na tendência do capital, a todo o momento existirá um indício pessoal, visto que cada pessoa se distingue da outra, por ter uma interpretação da realidade em forma distinta. Logo, o entendimento entre o sujeito enquanto pessoa, e enquanto profissional, é transferencial.
Ética é essencial ao profissional, desde que ele saiba dentro de suas ações como ser humano, agir e executar suas atividades mantendo o respeito a sua jurisdição, que liga a eficácia que todo profissional deve ter, ao exercer sua profissão com uma boa conduta, ou seja, a totalidade de seus atos no desempenho de sua profissão (OLIVEIRA, 2012).
Dessa forma, Barros (2010) diz que ética profissional pode ser compreendida como uma ferramenta de agrupamento de padrões que são direcionados a forma como os colaboradores conduzem o seu ambiente de trabalho mantendo uma reputação positiva. Do mesmo modo o autor cita que um ambiente organizacional onde a ética profissional esteja bem aplicada, é positivo para os dois lados em questão.
Dentro dessa perspectiva Maruiti (2009) reafirma que ética profissional propõe regras a serem utilizadas no âmbito profissional, pois delega um maior desempenho diante de seus resultados no trabalho, sendo que os modos de aplicações desses resultados se diferenciam em cada ambiente profissional.
Destarte, Sá (2010, p. 155) salienta que:
A profissão, como a prática habitual de um trabalho, oferece uma relação entre necessidade e utilidade, no âmbito humano, que exige uma conduta específica para o sucesso de todas as partes envolvidas – quer sejam os indivíduos diretamente ligados ao trabalho, quer sejam os grupos, maiores ou menores, onde tal relação se insere.
Por sua vez, Borges e Medeiros (2007) elucida que ética profissional se coloca como um conjunto de condutas profissionais que são exigidas diante da classe na qual estão inseridos, ou seja, estar de acordo com a obediência com o código que identifica o seu potencial ético, comportamento e práticas humanas.
Na visão de Sá (2010), ética profissional se define como uma totalidade de diretrizes que dizem qual a maneira adequada de se portar em uma eventualidade que necessite um clima harmonioso no ambiente organizacional. Ainda de acordo com o autor é necessário diante das normas de uma organização o colaborador deve se adequar a cultura de valores existentes dentro de tal organização.
Sá (2010), explica que para que haja benefícios recíprocos para quem pratica a ética e quem recebe o resultado deste trabalho, é exigível uma conduta que respeite os princípios éticos específicos, pois dentro da profissão existe a necessidade e utilidade de uma condução de sucesso em todas as esferas que sejam ligadas diretamente a organização.
Barros (2010) reitera que o diálogo para definição de modelos éticos internamente em uma empresa possui grande dificuldade de aplicação, uma vez que seu grau de investimento esteja voltado apenas para posicionamentos e estratégias adversas que não condizem com a conduta ética profissional, no entanto a autora avalia que para o ganho de melhores resultados, é necessário que a ética profissional se faça estabelecida para a obtenção de objetivos no seu ambiente de trabalho.
Em conformidade com Sá (2010) a atuação do profissional requer a utilização de conduta que atenda a satisfação das necessidades da organização e devem ser seguidas na execução de seu trabalho, pois os valores estão observáveis nos deveres que envolvem a atuação profissional.
Assim sendo, a ética profissional é conduzida na forma em que o trabalho aplicado pelo profissional, respeite padrões de conduta que atendam e satisfaçam as conveniências éticas da organização.
Nesse sentido, entende-se que a aplicação de diretrizes éticas profissionais, requer grande atenção no modo em que se aplica, pois no ambiente organizacional sempre irá existir uma ideia paralela ao que supostamente deve ser ético.
Almeida (2007) salienta que a prática da ética deve estar inserida antes do exercer de qualquer profissão, pois antes do ingresso ao mercado de trabalho, o profissional necessita declarar em jura os aspectos éticos que serão utilizados no atuar de sua profissão, porém é de responsabilidade desses futuros profissionais arcarem com as responsabilidades ao assumir sua função na prática, seja qual for a área.
Oliveira (2012) elucida que toda e qualquer atuação profissional requer aptidão e habilidade, além de ações e comportamentos de acordo com os princípios éticos fundamentais. Um conjunto profissional é definido pela natureza trivial do aprendizado e pela conformidade de práticas específicas, que se fazem indispensáveis ao profissional em uma sociedade.
Deste modo Almeida (2007) explana que os profissionais devem ser verificados mediante suas posturas diante de determinadas situações em sua profissão no momento em que são enfrentadas, fazendo dessa forma necessário o norteamento ético para agir em similaridade com o bem estar social.
Portanto, no escolher da profissão, é necessário ter a compreensão do que poderemos vir a exercer, seja qualquer tipo de serviço prestado, é de total obrigação do profissional, expandir tais serviços com todos os métodos éticos oportunos, dentro de nossas obrigações e deveres. Todavia a escolha da profissão traduz momentos de dúvidas que vão além do bem-estar pessoal, poder partir de influências familiares, e do meio social em que se circula, ou até mesmo apenas devido a necessidade de exercer tal profissão como meio único de sobrevivência.
Logo, é substancial que o profissional exerça seu ofício cumprindo com seus deveres de maneira respeitosa a sua conduta ética e moral, fazendo referência ao seu código que o rege, e ao bom senso. A ética profissional é refletida perante nossos atos, e deve ser presente em nosso cotidiano como profissional e pessoa.
3.4. Os interesses pessoais e a ética
Gradativamente, o número de pessoas que aceitam dinheiro, escritório, fama e outros itens em troca de trabalho indigno aumentam. Cortella (2011) menciona o fato de que a aceitação geralmente ocorre porque o dinheiro pode ser adquirido com facilidade ou rapidez, ou outro objeto de seu interesse. Em geral, essas pessoas insistem em melhorar sua situação econômico-financeira em menos tempo atravessando normas ou tendo que passar por cima de outras pessoas sem pensar naqueles que fazem parte de sua comunidade e com quem estão direta ou indiretamente relacionados. Torna-se claro que os recursos são limitados, onde o que vantagem para um é certamente uma desvantagem para outro. De maneira alguma todos podem ganhar ao mesmo tempo. Além disso, a ambição não tem limites, quanto mais você tem, mais deseja.
Como base neste pensamento Boff (2003, p. 15) reitera que:
Esse sonho de prosperidade ilimitada ocupa o imaginário coletivo da humanidade e formata a agenda central de qualquer governo. Ai da política econômica e tecno-científica que não apresentar anualmente índices positivos de crescimento. Mas este sonho está se transformando num pesadelo, pois está levando os países, a humanidade e a Terra a um impasse fatal: os recursos são limitados, os ganhos não podem ser generalizados por todos.
Esses conflitos de interesses pessoais acontecem quando uma decisão é influenciada pelos interesses de apenas uma das partes envolvidas e viola as outras. Qualquer ato de ganho e dano pessoal a outras pessoas, portanto, significa agir de maneira não ética em oposição ao que se entende corretamente e imoral porque é em detrimento de outras pessoas (VENÂNCIO, 2015).
Os conflitos de interesse podem ser identificados sem envolver aspectos pessoais, como economia, ciência, educação, religião e interesses sociais.
As consequências são claras para as pessoas que não se importam com o dano de outras pessoas, uma vez que o objetivo é o próprio bem-estar e sofrerá sérios problemas por usar uma rota não recomendada.
Dessa forma Venâncio (2015) reafirma que de qualquer forma, se um membro da equipe puder ser afetado por alguma motivação ou desejo de interesses pessoais, e não pelo sucesso e bem-estar dos colegas e das empresas que eles representam, um conflito de interesses comercial poderá ocorrer e vice-versa, sendo uma atividade imoral e aética.
3.5. Por que ser ético?
Quando falamos de ética, estamos discorrendo acerca de normas que conduzem o ser humano ao comportamento congruente â sociedade. Diante disso Sá (2010) elucida que o motivo que nos leva a adotar a conduta ética, é a busca pela satisfação que promove ao prazer ou a felicidade de contemplar o bem.
Diante de tanta desordem, agravantes e situações que a sociedade enfrenta diariamente, em todo o mundo, o uso da palavra ética, passam a definir como deve-se agir de maneira correta. Entretanto o uso da ética ainda sim, é utilizado da maneira individual a fim de dar destaque apenas aos interesses particulares, dessa forma não interagindo com o todo.
Mediante isso Vaz e Monegatto (2010) reitera agir com ética é a busca pelo mantimento de integridade moral, reputação, e lealdade com suas responsabilidades exercidas, sejam elas na vida pessoal, ou profissional.
Seguindo esse raciocínio Sá enfatiza que:
A vida feliz, prazerosa, adequada, o bem-estar, pela racional prática da virtude, a sociedade, o Estado, as posições hedonistas etc., como ideais imaginados para o bem, como matérias que se tornaram objetivos de estudos através da Ética, deixam de assumir o papel principal como objetivo isolado de indagação, quando se busca o conhecimento da conduta, como prioridade (SÁ, 2010, p. 16).
Diante do abordado, é corrente sua complexidade, pois quando se trabalha com ideias de juízo e preceitos de forma individual, não será sempre que aquilo que é regrado e obedecido por um, será atendido por outros.
De acordo com Vaz e Monegatto (2010) algumas questões básicas com base na conduta e o comportamento da sociedade podem ser levantadas, para que elucidem a forma como se deve adotar um comportamento ético tanto pessoal quanto profissional, tais como:
- Agir com educação e respeito;
- Respeitar a confidencialidade;
- Ser confiável;
- Ter autocrítica;
- Ser honesto;
- Reconhecer o mérito do outro;
- Ser discreto;
- Evitar reclamações e críticas;
- Assumir seus erros;
- Oferecer feedback;
- Manter boa comunicação com a equipe;
- Obedecer aos regulamentos;
- Respeitar a hierarquia;
- Investir em desenvolvimento pessoal;
- Conhecer o código de conduta da empresa que estiver inserido;
- Ter comprometimento com a sua carreira;
- Prometer apenas o que pode cumprir;
- Evitar fofoca.
Esses são alguns pontos importantes, a serem levantados para que o ato de ser ético se mantenha tanto nas relações pessoais ou enquanto profissional.
Por fim Moreira (2002), diz que ser ético é o suporte para o alcance da condição moral. Ainda segundo o autor, se portar de forma ética é uma exigência da sociedade, pois para que exista lucro moral é necessário que a ética esteja presente em todos os seus relacionamentos sociais.
3.6. A importância da prática ética na profissão administrativa
Ser um profissional de administração vai além de apenas utilizar ferramentas de análise, planejamento e de determinar atividades a serem executadas, é necessário ter a forma ideal de trabalhar com pessoas, que dentro de seu âmbito trabalhista é um dos pontos mais complexos, pois no momento em que se administra algo, é delegado ao administrador responsabilidades, recursos e desafios a serem superados. Logo, o administrador necessita ser qualificado para que atenda as demandas do mercado (VENÂNCIO, 2015).
Frighetto (2019) reitera que principal missão dos administradores é valorizar a harmonia e a mediação com as partes interessadas. A mediação e a arbitragem fornecem o método mais apropriado para um projeto sair do problema, estabelecendo uma forma louvável de eficácia. O comportamento ético de uma empresa, determinado pelo comportamento ético de seu gerente, não apenas afeta a empresa, mas também o comportamento de toda a sociedade.
Ainda de acordo com a importância da prática ética na administração Venâncio (2015) ressalta algumas das finalidades que são cabíveis ao administrador em seu exercício:
I – preservar a liberdade dos ensinamentos técnicos sobre serviços, e em atividades que lhe forem responsabilizadas.
II - praticar a profissão com zelo, diligência e honestidade e defender os direitos, propriedades e interesses de clientes, instituições e sociedades sem abrir mão de sua dignidade, privilégios e independência profissional, atuando como funcionário, funcionário público ou profissional independente.
III - confidencialidade sobre tudo o que você sabe de acordo com seu trabalho.
IV - renúncia ou destituição do cargo, se ele tomar conhecimento de que o cliente manifestou desconfiança em relação ao seu trabalho, neste caso, ele deve solicitar uma substituição.
V - evitar declarações públicas sobre os motivos de sua demissão, a menos que o silêncio leve a preconceito, descrédito ou má interpretação de sua reputação.
VI - informe sempre o cliente, com antecedência e por escrito, das circunstâncias de seu interesse e, na medida do possível, sugira as melhores soluções e indique alternativas.
VII - informar e orientar o cliente sobre a situação atual da empresa em que opera.
VIII - Esclarecer o cliente sobre a função social da organização e a necessidade de proteção ambiental (VENANCIO, 2015).
A ética é amplamente definida como a interpretação teórica do fundamento último da busca humana de interesses comuns e realizações pessoais. O exercício das atividades dos profissionais administrativos implica uma obrigação e responsabilidade indeléveis pelo compromisso moral com a sustentabilidade de indivíduos, clientes, empregadores, sociedade e organizações (CFA, 2018).
A importância da ética no campo de trabalho do administrador torna-se essencial, pois o homem tem responsabilidades individuais e sociais, e seu trabalho é ligado diretamente com o envolvimento de pessoas além de existir a busca por benefícios próprios e de maneira geral. O cidadão ético transfere segurança para aqueles que precisam de sua cooperação ou participação. Cortella (2011) afirma: “Quais são os princípios e valores de comportamento que uma pessoa ou grupo de pessoas tem”? Ética. “Esta palavra - de Valor - Você ainda pode entrar no ambiente de negócios porque ainda está comentou sobre as responsabilidades das empresas para com sua corporação clientes, fornecedores, acionistas, toda a empresa”.
Portanto, como membro das ciências sociais aplicadas, o gestor têm o direito e a obrigação de assumir o papel de promotores políticos de mudança de maneira crítica e supervisora, com foco em tudo o que está acima. Afinal, as pessoas não são órgãos, mas corpos, pensamentos e almas. A essência da organização são as pessoas de lá, elas realmente representam a vida. Seja um gerente ético para valorizar a existência e a não existência.
3.7. O profissional de administração e seu código de ética
Os primeiros códigos de ética foram introduzidos pelas empresas da década de 1970 e se tornaram o caminho, as empresa encontradas para formalizar suas decisões e assim segui-las.
Conforme Lisboa (2010, p. 59) o código de ética varia de acordo com a organização. Seu conteúdo, tamanho e formato são diferentes. “Além disso, uma característica importante do código de ética é que ele uma ferramenta da empresa baseada em seus princípios, visão e valores”. O autor ainda diz que o código de ética tem sentido de alento para o sentimento de justo dos colaboradores, onde reprime atos impróprios para um ambiente organizacional. Todavia tem por objetivo reduzir ao máximo, atividades que não estejam de acordo com o objetivo da organização.
Assim sendo, o código de ética tornou-se cada vez mais importante uma organização que luta por uma ação ética. O Código de Ética quando devidamente e regularmente implantado, pode constituir a base legal para determinar o gerenciamento da empresa e os mandamentos refletidos nela (MOREIRA, 2002).
É de se destacar que o conhecimento sobre o código de ética por parte dos colaboradores é imprescindível para a sua aplicação e utilização de todos. Sendo assim:
A condição prioritária para se ter um código de ética efetivo é a liderança dentro da organização. Isso não significa, entretanto, que esse conjunto de procedimentos deva ser imposto de cima para baixo, da Administração para o funcionário, mas que os administradores se disponham a segui-lo antes de todos (LISBOA, 2010, p. 59).
As empresas devem estar cientes de que, ao programar o Código de Ética, todos os membros da organização, desde o gerente até o funcionário mais atual, devem segui-lo, a fim de cumprir a ética e os procedimentos estabelecidos no mesmo. Um dos benefícios de sua inserção é o fortalecimento da imagem da empresa, a integração entre funcionários e líderes, incentivando o envolvimento de todos os membros da organização e resolvendo conflitos entre outros. O objetivo do Código de Ética é fornecer um entendimento da conduta da organização em relação a seus relacionamentos e negócios, reduzindo assim atos antiéticos.
De acordo com Reatto et al. (2010), o código de ética é um registro que indica instruções de como as pessoas devem se portar em situações que exijam comportamentos que sejam tolerados pela sociedade.
Criado pelo Conselho Federal de Administração em 1969, o código de ética do administrador se baseia num grupamento normativo que visam regular a conduta do profissional (CFA, 2008). Tendo como ultima versão reconhecida pela Resolução Normativa CFA nº 353, em 09/04/2008.
Segue abaixo a Estrutura do Código de Ética do Profissional de Administração – CEPA que resume a ideia tratada:
Quadro 4 – Estrutura e conteúdo do Código de Ética do Administrador – CEPA
Estrutura do CEPA |
Conteúdo |
Capítulo I /Artigo 1º. |
Dos deveres |
Apresenta os deveres dos Administradores. Entre eles: manter sigilo, exercer a profissão com zelo e honestidade, defendendo os direitos, bens e interesses dos clientes; cumprir fiel e integralmente as obrigações e compromissos assumidos, conservar independência na orientação técnica de serviços e em órgãos que lhe forem confiados, manter elevado o prestígio e a dignidade da profissão, informar e orientar o cliente a respeito da situação real da empresa a que serve. |
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Capítulo II / Artigo 2º. |
Das proibições |
Apresenta o que é vedado aos Administradores: assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por terceiros ou elaborados por leigos alheios à sua orientação, organizar ou manter sociedade profissional sem autorização da lei, permitir a utilização de seu nome e de seu registro por qualquer instituição pública ou privada onde não exerça pessoal ou efetivamente função inerente à profissão; afastar-se de suas atividades profissionais sem razão fundamentada ou prévia notificação ao cliente ou empregador. |
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Capítulo III / Artigo 3º. |
Dos direitos |
É inerente á profissão os seguintes direitos: exercer a profissão independentemente de questões religiosas, exigir justa remuneração por seu trabalho, recusar-se a exercer a profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho sejam degradantes à sua pessoa, à profissão e à classe, competir de forma honesta no mercado de trabalho. |
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Capítulo IV / Artigos 4º. e 5º. |
Dos honorários profissionais |
Os honorários e salários do Administrador deverão ser fixados, por escrito, antes do início do trabalho a ser realizado, levando-se em consideração, entre outros, os seguintes elementos: dificuldade, complexidade, pressão de tempo e relevância dos trabalhos a executar. |
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Capítulo V / Artigos 6º. ao 8º. |
Dos deveres especiais em relação aos colegas |
Relata algumas atitudes do Administrador para com seus colegas, tais como: consideração, apreço, respeito mútuo e a solidariedade, visando o fortalecimento da harmonia da classe. |
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Capítulo VI / Artigo 9º. |
Dos deveres especiais em relação à classe |
Prestigiar as entidades de classe; apoiar as iniciativas e os movimentos legítimos de defesa dos interesses da classe; aceitar e desempenhar, com zelo e eficiência, quaisquer cargos ou funções, nas entidades de classe; cumprir com suas obrigações junto às entidades de classe às quais se associou; acatar e respeitar as deliberações dos Conselhos Federal e Regional de Administração. |
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Capítulo VII /Artigo 10º. |
Das infrações disciplinares |
Descreve o que é considerado infração disciplinar: “todo ato cometido pelo profissional que atente contra os princípios éticos”, e relaciona exemplos. |
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Capítulo VIII / Artigos 11º. ao 14º. |
Das disposições finais |
Trata sobre a responsabilidade na revisão, atualização, processos éticos aplicação e divulgação do CEPA. |
Fonte: Reatto et al. (2010).
Na análise do quadro acima, estão contidos de forma resumida dados do Código de Ética do Profissional de Administração, elucidando deveres, direitos e proibições dados às ações do administrador dentro das organizações.
Destarte, o profissional de administração para ter exatidão na aplicação dos seus direitos e deveres éticos, necessita praticar tal conduta em todas as esferas de convívio, dado que o profissional enquanto administrador busca a satisfação social de maneira completa.
Também deve haver coerência entre os princípios da ética e o comportamento da empresa, pois não há necessidade de formalizar a ética por meio de relatórios e armazená-los em gavetas sem tomar medidas. As organizações devem se comprometer com seus negócios diários, profissionais e sociais.
4. METODOLOGIA
O objetivo da pesquisa científica, segundo Lakatos e Marconi (2003), é a busca da verdade através da validação de hipóteses definidas como pontes entre a realidade e a teoria científica. Em busca da verdade, vários métodos são usados para atingir os objetivos.
Existem três tipos possíveis de classificação em termos de objetivos: exploratória, descritiva e explicativa (MARCONI; LAKATOS, 2003). Assim, Gil (2007) define pesquisa exploratória como aquela que visa familiarizar-se com um tópico em particular. A pesquisa descritiva, por outro lado, refere-se à descrição das características de populações ou fenômenos específicos usando uma ferramenta de coleta de dados. Ao fim, o mesmo autor define pesquisa explicativa como aquela que tenta identificar os fatores que levam à ocorrência de problemas.
Deste modo, quanto aos objetivos, essa pesquisa se classifica como descritiva, visto que se objetiva a identificar, junto aos acadêmicos de administração da Faculdade do Maranhão (FACAM), o nível de percepção ética desses acadêmicos, e o seu entendimento perante o código de ética do administrador.
No que tange aos procedimentos de pesquisa, Marconi e Lakatos (2003), reiteram que ela pode ser classificada das seguintes maneiras: bibliográfica, documental, estudo de caso, experimental, pesquisa de campo e pesquisa participante.
A pesquisa experimental é baseada na determinação de um objeto a ser examinado, na seleção de variáveis que podem influenciá-lo, na determinação das formas de controle e nas observações de efeitos que influenciam a variável no objeto. A pesquisa bibliográfica se baseia em levantamentos teóricos publicados anteriormente (GIL, 2007).
Gil (2007) explica que a pesquisa documental tem a mesma linha de raciocínio que a bibliográfica, mas utiliza fontes mais diversas, como jornais, filmes, fotos e reportagens. A pesquisa de campo tem as mesmas características da pesquisa bibliográfica ou documental, mas realiza a coleta de dados com seres humanos de diferentes fontes de diferentes tipos de pesquisa.
Fonseca (2002) analisa que o estudo de caso é realizado em profundidade em um tópico específico, no qual todas as variáveis do caso proposto são examinadas e, possivelmente, até correlações que de outra forma não poderiam ser detectadas ocorrem. Por fim, o autor define pesquisa participante como um processo de pesquisa em que a comunidade participa da análise de sua própria realidade.
Portanto, em termos de procedimentos, esta pesquisa foi classificada como bibliográfica e de campo, por utilizar materiais previamente publicados por outros autores, além de buscar informações por meio de entrevistas com indivíduos.
Fachin (2001) diz que na técnica de coleta de dados, uma busca pode ser classificada como indireta ou direta, com a identificação dos fenômenos sendo feita diretamente no momento em que os fatos ocorrem, e a coleta indireta de dados de diferentes fontes para coletar pré-informações. Como essa pesquisa entrevistou pessoas para concluir a ferramenta de coleta de dados e atingir a meta previamente definida, ela foi considerada direta.
Quanto à abordagem do problema de pesquisa, um estudo pode ser definido de duas formas: qualitativa ou quantitativa. Sendo a pesquisa qualitativa definida como descritiva, na qual as informações obtidas não podem ser quantificadas e os dados coletados serão analisados de maneira particular, enquanto a pesquisa quantitativa é uma tipologia na qual busca coletar dados e depois traduzir as opiniões em números e informações a serem classificadas. (MARCONI; LAKATOS, 2003).
Concluindo, em relação ao método de abordagem do problema da pesquisa, esta se classificou como qualitativa e quantitativa, pois foi verificado, junto aos acadêmicos de administração da Faculdade do Maranhão (FACAM), os níveis de percepção ética dos mesmos, e o seu entendimento perante o código de ética do administrador, e em seguida quantificou-se esses dados.
5. ORGANIZAÇÃO E MÉTODO DE ANÁLISE DE DADOS
Neste tópico é apresentada a população a ser trabalhada, sua amostra e em sequência, a forma em que os dados foram analisados.
5.1. População e amostra
Em referência a população desta pesquisa fora composta por estudantes de administração da Faculdade do Maranhão (FACAM) do 8º período, que se localiza em São Luís - MA, instituição de ensino de grande valia na formação de profissionais competentes, conscientes da dimensão intelectual, humana e cidadã, além de representar a realidade de solução de problemas e novas formas de compreensão.
Esta população acima citada restringe-se aos turnos matutino e noturno, que são os turnos em que disponibilizam o curso na instituição. Somando um total de 40 alunos entrevistados.
Quadro 5 – Quantitativo de componentes da amostra
FACAM – FACULDADE DO MARANHÃO |
|
Matutino |
Noturno |
Foram entrevistados 11 respondentes, de um total de 12 em vigência. |
Foram entrevistados 29 respondentes, de um total de 32 em vigência. |
Fonte: MARTINS (2019).
Em relação à seleção da amostra, a mesma foi realizada de forma intencional e não probabilística, em que para a escolha dos acadêmicos que participam deste estudo, houve interferência dos critérios e julgamento do pesquisador.
5.2. Análises de dados
Com o objetivo de atingir os propósitos estabelecidos, esse estudo busca aferir como os acadêmicos de administração da Faculdade do Maranhão (FACAM) percebem a importância da ética e do código de ética do administrador para o seu desenvolvimento academista e profissional. Foi aplicado um questionário aos acadêmicos de administração de períodos postimeiros que compõem a amostra.
Dessa forma, o questionário é formado por 14 (quatorze) questões em seu total, dividas em 3 (três) blocos, em que as 02 (duas) primárias que buscam identificar características do respondente, e as outras 12 (doze) divididas em questões relacionadas a avaliação do conhecimento acerca do código de ética do administrador, e a percepção do ensino ético, conforme pode ser verificado no apêndice B.
Posteriormente à coleta de dados, os próprios foram compostos por planilhas eletrônicas e em seguida transformados em gráficos e tabelas para melhor avaliação dos resultados encontrados.
6. DISCUSSÃO E RESULTADOS
Neste tópico será apresentada a análise dos dados coletados, por meio da aplicação do questionário. Ressalta-se que 40 componentes da amostra responderam as indagações, os demais não estiveram presentes no dia da aplicação do questionamento. As respostas dadas através do somatório das duas turmas.
6.1. Bloco I – Características dos respondentes
6.1.1. Gênero dos respondentes
Na tentativa de estabelecer o perfil dos respondentes, os entrevistados responderam a questionamentos de caráter pessoal. Sendo a primeira respectiva ao gênero dos mesmos, conforme pode ser verificado no Gráfico 1.
Gráfico 1 - Gênero dos respondentes
Fonte: MARTINS (2019).
Em consonância com o Gráfico 1, observa-se que 65% dos entrevistados são do gênero feminino, enquanto 30% são do gênero masculino, e os 5% restantes identificam-se como outros, logo, na sua maioria a amostra é composta por mulheres.
Destarte a partir do apresentado, conclui-se que quanto ao perfil dos respondentes prevalece o gênero feminino.
6.1.2. Faixa etária dos respondentes
Como terceiro questionamento de cunho pessoal, os entrevistados responderam em que faixa etária eles se encontram, conforme pode ser averiguado no Gráfico 2.
Gráfico 2 - Faixa etária dos respondentes
Fonte: MARTINS (2019).
Quanto à idade dos participantes deste estudo, foi observado que 70% dos mesmos possuem idade entre 18 e 29 anos, já 27,5% desses participantes possuem idade entre 30 e 40 anos, e outros 2,5% possuem de 41 a 50 anos.
Sendo assim, percebe-se então, que a grande maioria dos entrevistados e academistas do curso de administração possui idade entre 18 e 29 anos.
6.2. Bloco II – Percepção do ensino ético
6.2.1. Importância da disciplina
Os entrevistados foram questionados a respeito de como eles consideram a importância do oferecimento da disciplina ética na graduação de administração. Destarte as respostas podem ser verificadas no Gráfico 3.
Gráfico 3 - Importância da disciplina
Fonte: MARTINS (2019).
A partir do apresentado conclui-se que, 100% dos respondentes acham “muito importante” o oferecimento da disciplina ética na graduação. Dessa forma percebe-se que há uma real importância dos respondentes no aprendizado acerca dos conhecimentos que podem obter com a disciplina.
6.2.2. Momento de aplicação do ensino ético
Outro ponto analisado foi quanto a qual momento da graduação é importante o oferecimento do ensino relacionado à ética profissional, conforme ilustra o Gráfico 4.
Gráfico 4 - Momento de aplicação do ensino ético
Fonte: MARTINS (2019).
Analisando os Gráficos 4 verifica-se que dentre qual momento a disciplina destinada à ética profissional deve ser lecionada, 62,5% dos respondentes indicam preferência no inicio da graduação sendo no primeiro semestre, em seguida 35% dos mesmos acreditam que a disciplina deve ser ministrada em todos os semestres, e outros 2,5% indicam que a disciplina poderia ser ofertada de forma optativa.
Dessa forma conclui-se que os respondentes, acham em sua maioria que a aplicação da disciplina ética profissional deve ser aplicada no inicio da graduação. O fato que pode ter influenciado neste resultado, é o fato dos acadêmicos estarem adentrando a graduação, e ainda não possuem uma compreensão sobre a ética na profissão que será exercida.
6.2.3. Agir de forma não ética
Ao serem questionados se já agiram de forma não ética, perante algo, diante das alternativas que lhe foram mostradas, os entrevistados responderam consonante o Gráfico 5.
Gráfico 5 - Agir de forma não ética
Fonte: MARTINS (2019).
Dessa forma, observou-se no Gráfico 5 que 12,5% alegaram que já agiram de forma não ética perante os colegas de classe, 17,5% perante o professor em sala de aula, em seguida 2,5% diante a coordenação do curso, e por fim, em maioria 67,5% dos entrevistados afirmaram que nunca adotaram uma conduta antiética perante as alternativas apresentadas.
Sendo assim, conclui-se que a maioria afirma não realizar nenhuma das ações antiéticas listadas no questionário, sendo um bom índice, uma vez que demonstra que os acadêmicos estão cientes que não devem realizar tal tipo de conduta, mas em contrapartida, alerta-se quanto aos percentuais relativos a colegas de classe e professor em sala de aula que tiveram relevância média nos dados apurados.
6.2.4. Conduta antiética
Os entrevistados foram questionados sobre as atitudes que tomariam, frente a uma conduta antiética de um colega de classe. Assim, as respostas podem ser verificadas no Gráfico 6.
Gráfico 6 - Conduta antiética
Fonte: MARTINS (2019).
No Gráfico 6 verifica-se que, diante de uma conduta antiética, 7,5% deles declaram fazer vista grossa frente a esta conduta, 35% buscam provas para ter certeza que realmente esteja ocorrendo o desvio da conduta ética, em seguida 10% dizem comentar com outros colegas, empatado a busca de provas, 35% deles dizem chamar a atenção do colega, e por fim 12,5% declaram não realizar nenhuma das alternativas sugeridas.
Deste modo, constata-se então, que há um equilíbrio existente entre a busca de provas para a certeza de conduta antiética de um colega de classe, assim como o chamar atenção diante de tal situação, mas com a ressalva de que às demais alternativas mesmo com percentuais baixos de escolhas sugeridas, podem vir a dificultar a correção dessas atitudes antiéticas.
6.2.5. Valorização do desempenho honesto e a ética no mercado
No Gráfico 7 é apresentado a visão dos acadêmicos frente a valorização do desempenho honesto da profissão e a ética no mercado de trabalho.
Gráfico 7 - Valorização do desempenho honesto e a ética no mercado
Fonte: MARTINS (2019).
Analisando o Gráfico 7, pode-se verificar que ao serem indagados quanto a valorização do desempenho honesto e a ética no mercado, 7,5% afirmam que não existe nenhuma valorização, 37,5% explanam que há pouca valorização, 5,0% há razoável valorização e em seguida 27,5% e 22,5% alegam ter média e muita valorização por essa ordem.
Contudo, nota-se que há grande variação de resultados, o que denota que os respondentes estão divididos em três polos, ou seja, os que julgam ter pouca valorização, os que avaliam de forma média a valorização, e os que classificam o desempenho honesto e a ética no mercado de trabalho como muito valorizado.
6.2.6. Motivos para o profissional ter uma conduta antiética
Neste questionamento, os entrevistados responderam a respeito dos principais motivos que podem levar um profissional da área administrativa a ter uma conduta antiética, pontuando de 1 a 5, sendo 1 o que considera menos importante e 5 para o que considera mais importante. Os resultados podem ser consultados no Gráfico 8.
Gráfico 8 - Motivos para o profissional ter uma conduta antiética
Fonte: MARTINS (2019).
Ressalta-se, que nesse questionamento em especial, os entrevistados poderiam conceder mesma pontuação para mais de uma opção, ao mesmo tempo em que poderiam deixar de pontuar as que não fossem relevantes ao seu entendimento, dessa forma, gerando distinção nas totalidades entre as alternativas.
Logo, verificando o Gráfico 8, quanto aos principais motivos que levam o administrador a ter uma conduta antiética, em específico no quesito “Interesse em alcançar maiores resultados por caminhos mais curtos” 4 pessoas classificaram com importância “1”, 2 pessoas com importância “2”, 4 pessoas com importância “3”, 6 com importância “4”, e por fim 24 pessoas classificaram com importância “5”.
Em seguida no quesito “Pressão dos empresários e sociedade”, 3 pessoas classificaram com importância “1”, 5 pessoas atribuíram importância “2”, em maioria 14 pessoas classificaram com importância “3”, em seguida 11 pessoas concederam importância “4”, e por fim 7 especificaram com importância “5”.
Posteriormente, se tratando da “Falta de prática ética no meio administrativo” 8 assinalaram importância “1”, em seguida também com 8 escolhas a importância “2”, outros 9 atribuíram importância “3”, também com 8 assinalamentos a importância “4”, e por fim 7 classificaram com importância “5”.
Por fim tratando a “Falta de fiscalização” como motivo para o profissional ter uma conduta antiética, 10 atribuíram importância “1”, outras 9 pessoas classificaram com relevância 2, em seguida 7 distribuíram importância 3, e com 6 e 8 marcações respectivas as importâncias “4” e “5”.
Dessa forma, pode-se observar que, sobre os motivos para o profissional de administração ter uma conduta antiética, grande parte dos entrevistados alegam que o interesse em alcançar maiores resultados por caminhos mais curtos, possui grande influência. No entanto, verificou-se que a influência por pressão de empresários, falta de prática ética no meio administrativo e fiscalização é pequena.
6.3. Bloco III – Avaliação conhecimento código de ética
6.3.1. Apresentação do código de ética
Uma das questões abordadas no questionário buscava saber dos respondentes se o código de ética profissional do administrador (CEPA), já teria sido apresentado e trabalhado durante a graduação em alguma disciplina, conforme ilustra o Gráfico 9.
Gráfico 9 - Apresentação do código de ética
Fonte: MARTINS (2019).
Desta maneira, conclui-se que dos respondentes, 57,5% dizem já ter sido apresentado o código de ética profissional do administrador (CEPA) durante a graduação em alguma disciplina, e 42,5% indicam que não houve esta apresentação.
Percebe-se que a um equilíbrio na divisão das afirmativas, o que pode levar a crer que durante a graduação a disciplina tenha um maior embasamento teórico durante sua aplicação na graduação.
6.3.2. Primeiro contato com o CEPA
Neste questionamento, buscou-se saber dos entrevistados, em qual ocasião eles tiveram o primeiro contato com o código de ética profissional, conforme pode ser verificado no Gráfico 10.
Gráfico 10 - Primeiro contato com o CEPA
Fonte: MARTINS (2019).
À vista da análise do Gráfico 10, observa-se que 50% dos entrevistados dizem ter tido o primeiro contato com o CEPA, durante a graduação, outros 12,5% afirmam já ter o conhecimento do mesmo antes de dar início a graduação, e por fim 37,5% declaram nunca ter tido acesso ao CEPA nem antes da graduação e nem durante a mesma.
Dessa forma pode-se analisar que a maioria dos entrevistados teve o seu primeiro contato com o código de ética do administrador perante a graduação, o que soa de maneira positiva, visto seu emprego na didática da instituição na graduação do curso. Por outro lado, alerta-se um percentual médio de entrevistados que afirmaram nunca ter tido acesso ao mesmo nem antes e nem durante a graduação.
6.3.3. Normas existentes no CEPA
Os entrevistados foram solicitados a responder, se eles acreditam que as normas de condutas existentes no código de ética profissional do administrador, são suficientes para a formação complementar do profissional administrativo, conforme ilustra o Gráfico 11.
Gráfico 11 - Normas existentes no CEPA
Fonte: MARTINS (2019).
Conclui-se que dos respondentes, 30% deles consideram que as normas de condutas contidas no código de ética profissional do administrador são suficientes para a formação complementar do mesmo, também com 30% parte dos entrevistados alegaram não achar ser suficiente, outros 40% afirmaram não saber responder quanto a esse questionamento. Pode-se perceber que existe um equilíbrio entre as afirmações, entretanto chama a atenção o fato de a maioria não saber responder.
6.3.4. Sucesso na carreira através do uso do CEPA
Outro ponto analisado foi se através do conhecimento e uso do código de conduta ética, o administrador tem mais possibilidade de sucesso na carreira. Os resultados podem ser verificados a seguir no Gráfico 12.
Gráfico 12 - Sucesso na carreira através do uso do CEPA
Fonte: MARTINS (2019).
Do ponto de vista do Gráfico 12, verifica-se que 92,5% dos acadêmicos afirmam que através da utilização do código de ética da profissão, é possível que o administrador tenha mais êxito na carreira, e apenas 7,5% acreditam não ser o suficiente.
Dessa forma, há de se ressaltar que nesse questionamento, foi verificado um bom resultado, uma vez que os acadêmicos em sua maioria acreditam que é possível existir mais possibilidades de sucesso na profissão fazendo uso dos preceitos contidos no código de conduta ética.
6.3.5. Importância das organizações terem um código de ética
Os entrevistados foram questionados se julgam importante às organizações possuírem um código de conduta ética, conforme pode ser visto no Gráfico 13.
Gráfico 13 - Importância das organizações terem um código de ética
Fonte: MARTINS (2019).
Com a ótica do Gráfico 13 observa-se que 95% dos respondentes afirmaram julgar de maneira importante as organizações possuírem um código de conduta ética, outros 5% julgaram não achar importante.
Destarte, conclui-se que das pessoas entrevistadas, a maioria delas acreditam que é importante para as organizações possuírem o seu código de ética, o que é um ponto positivo tanto para o profissional, quanto para a organização no momento em que faz uso do mesmo.
6.3.6. O código de ética ajuda a reduzir dúvidas
Questionados se acreditam que o código de ética ajuda a reduzir as dúvidas em relação aos problemas que ocorrem no dia a dia da profissão, os entrevistados responderam conforme mostra o Gráfico 14.
Gráfico 14 - O código de ética ajuda a reduzir dúvidas
Fonte: MARTINS (2019).
Neste compasso, observando o Gráfico 14, a maioria dos acadêmicos afirmou com 87,5% que o código de ética pode ajudar a reduzir dúvidas, e por fim 12,5% desses entrevistados disseram não achar ele seja suficiente para redução de dúvidas no dia a dia profissional.
A partir das respostas é possível verificar que, na visão dos respondentes, há uma grande possibilidade do uso do código de ética ajudar na redução de dúvidas e eventuais problemas na lida diária com profissão.
De maneira geral, após verificação das respostas dos acadêmicos entrevistados, é possível concluir que é existente uma percepção ética acadêmica e profissional, visto sua importância para suas formações, porém, ainda há alguns pontos a serem melhorados de maneira mais aguda quanto à questão do primeiro contato com o código de ética do administrador e eventual conhecimento das normas nele existente.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando se trata de ética, pode-se realçar o quão importante são os seus costumes e trabalhos de conduta para nortear a sociedade. Desta forma, pode-se destacar também a sua importância para a administração, assim como para os eventuais administradores. Contudo, é de primordial importância, que todos os profissionais presentes e do futuro, trabalhem com ética, zelo a função, e respeito a quem faz uso de seus serviços.
A ética profissional se conjunta com valores e princípios, que dão direção à conduta profissional do ser humano no desempenhar de sua função. Logo, as organizações buscam de maneira cada vez mais abrangente, aplicar tais normas e condutas adequadas, para a correta realização de atividades de trabalho, alcance de metas traçadas e conclusão de objetivos.
À vista disso, este estudo teve como objetivo principal, identificar diante os acadêmicos de administração da Faculdade do Maranhão (FACAM), a percepção ética dos mesmos e seu conhecimento acerca do código de ética da profissão. Para isso, buscaram-se fundamentos teóricos baseados em artigos, livros, revistas e demais fontes, para que viesse a ser elaborada uma melhor conceituação e clareza sobre o trabalho.
Na intenção de atingir os resultados, foi utilizado como instrumento de coleta de dados, um questionário composto por 14 questões, em que os entrevistados responderam-no.
Diante dos resultados encontrados, destaca-se o fato de grande parte dos acadêmicos possuírem um alto percentual de entendimento ético pessoal, assim como a importância do aprendizado sobre a disciplina durante a graduação, assim como acreditam que a prática ética e o desempenho honesto na vida pessoal e profissional, merece ser mais valorizado. Outro ponto positivo foi relacionado aos percentuais referentes às normas de condutas éticas existes no código de ética do administrador, que mostrou que os entrevistados demonstram grande valia pelo norteamento de regras e condutas que os regem dentro de sua profissão.
Porém, ressalta-se o fato do percentual médio de entrevistados, ainda não ter tido o primeiro contato com o código de ética profissional de sua área de atuação e por ainda possuírem dúvidas quanto às normas existentes no código de ética, se são suficiente para a sua formação complementar.
À vista disso foi possível concluir que de fato é existente a percepção ética dos acadêmicos quanto ao ensino ético e ao conhecimento sobre o código de ética do administrador, porém, o caminho a ser percorrido quanto a importância do entendimento ético e de sua valorização no mercado de trabalho, ainda é longo, principalmente na classe administrativa.
Diante das limitações encontradas no desdobramento do estudo, destaca-se a subjetividade das respostas, visto que não se pode ter a real certeza se do que foi respondido, trata-se da verdade condizente, ou se existiu manipulação nas respostas a fim de tender um resultado em particular.
Por fim, uma sugestão de continuação de estudo seria verificar na visão dos acadêmicos quais seriam os pontos de aperfeiçoamento a serem incluídos para que o administrador viesse a ser mais valorizado no mercado de trabalho e perante a sociedade.
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CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 14 ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2011.
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XAVIER, R. A. P. Sua carreira: planejamento e gestão. São Paulo: Financial Times - Prentice Hall, 2006.
9. APÊNDICES
10. APÊNDICE A – CRONOGRAMA DA PESQUISA
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Jan |
Fev |
Mar |
Abr |
Mai |
Jun |
Jul |
Ago |
Set |
Out |
Nov |
Dez |
Definição do tema |
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Pesquisa bibliográfica |
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X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
X |
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Definição dos objetivos e identificação do problema |
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X |
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Levantamento de dados |
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X |
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Análise e interpretação dos resultados |
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X |
X |
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Redação da monografia |
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X |
X |
X |
Revisão da monografia |
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Defesa da monografia |
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X |
10.1. APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO SEMIABERTO
BLOCO I – Características dos respondentes
1. Gênero?
( ) feminino
( ) masculino
( ) outros.
2. Faixa etária?
( ) de 18 a 29 anos
( ) entre 30 e 40 anos
( ) de 41 a 50 anos
( ) acima de 50 anos.
BLOCO II –Percepção do ensino ético
3. Como você considera a importância do oferecimento da disciplina de ética na graduação de administração?
( ) pouco importante
( ) muito importante.
( ) não é necessária e poderia ser ofertada como optativa.
4. Em que momento você acha que o ensino da ética profissional poderia ser ministrado no curso de administração?
( ) primeiro semestre
( ) todos os semestres
( ) a disciplina deveria ser optativa
( ) não é essencial durante a graduação.
5.Você já agiu de forma não ética, perante:
( ) colegas de classe
( ) professor em sala de aula
( ) coordenação do curso
( ) nenhuma das opções.
6. Diante de uma conduta antiética de um colega de classe, qual sua atitude?
( ) faz vista grossa;
( ) busca provas para ter certeza que a conduta realmente ocorre;
( ) comenta com outros colegas;
( ) o chama a atenção;
( ) nenhuma das alternativas anteriores.
7. Você acredita que o desempenho honesto e a ética são valorizados no mercado?
( ) nenhuma valorização
( ) pouca valorização
( ) razoável valorização
( ) média valorização
( ) muita valorização.
8. Na sua opinião, qual o principal motivo que leva um profissional da área administrativa a ter uma conduta antiética? Pontue de 1 a 5, sendo 1 para o menor motivo e 5 para o principal motivo.
( ) interesse em alcançar maiores resultados por caminhos mais curtos
( ) pressão dos empresários e sociedade
( ) falta de prática ética no meio administrativo
( ) falta de fiscalização
BLOCO III – Avaliação do conhecimento ético do código do administrador
9. O código de ética profissional do administrador (CEPA) já foi apresentado e trabalhado durante a graduação em alguma disciplina?
( ) sim
( ) não.
10. Em que ocasião você teve seu primeiro contato com o CEPA?
( ) durante a graduação
( ) já o conhecia antes da graduação
( ) nunca tive a acesso ao CEPA nem antes e nem durante a graduação.
11. Você acredita que as normas de condutas existentes no Código de Ética do Profissional do administrador (CEPA), são suficientes para a formação complementar do profissional administrativo?
( ) sim
( ) não
( ) não sei responder.
12. Você acredita que através do conhecimento e uso do seu Código de Conduta Ética, o administrador tem mais possibilidade de sucesso em sua carreira?
( ) sim
( ) não
13. Você julga importante as organizações possuírem um Código de Conduta Ética?
( ) sim
( ) não
14. Você acredita que o código de ética ajuda a reduzir as dúvidas em relação aos problemas que ocorrem no dia-a-dia na profissão?
( ) sim
( ) não
11. ANEXOS
11.1. ANEXO A
Publicado por: Cássio Lima Martins
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