Análise sobre a posição da mulher no mercado de trabalho

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1. TEMA E DELIMITAÇÃO DO TEMA

1.1. Tema

A Mulher e o Mercado de trabalho

1.2. ​Delimitação do Tema

Analise sobre a posição da mulher no mercado de trabalho

2. PROBLEMA

2.1. Questão central

Porque a mulher é tão subestimada após ter tantas conquistas ao longo dos anos?

 

2.2. Questões Norteadoras

- Que tipo de preconceito a mulher enfrenta em relação ao mercado de trabalho?

- Quais as formas de lidar com esses preconceitos?

- Qual importância da mulher no mercado de trabalho?

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo geral

- Pesquisar porque a mulher ainda é vista como um sexo frágil apesar de ter conquistado seu espaço no mercado de trabalho.

 

3.2. Objetivos específicos

- Analisar as dificuldades que as mulheres enfrentam no trabalho;

- Identificar fatores que levam ao preconceito;

- Analisar a inserção da mulher do mercado de trabalho.

4. JUSTIFICATIVA

Nos últimos cinquenta anos um dos fatores marcantes ocorridos na sociedade brasileira foi à inserção crescente das mulheres na força de trabalho. Este contínuo crescimento da participação feminina é explicado por uma combinação de fatores econômicos e culturais. Primeiro, o avanço da industrialização transformou a estrutura produtiva, a continuidade do processo de urbanização e a queda das taxas de fecundidade, proporcionando um aumento das possibilidades das mulheres encontrarem postos de trabalho na sociedade.

Hoje, muito diferente de alguns anos atrás, as mulheres conquistaram o seu espaço e o respeito de todos no mercado de trabalho. Hoje, em um mundo globalizado onde há necessidade de reações rápidas e profissionais polivalentes, as empresas buscam unir as habilidades de homens e mulheres para aumentar sua produtividade, reduzir perdas, aperfeiçoar o tempo despendido em cada tarefa.

Contudo, ainda existem mulheres que aceitam funções sem remuneração adicional, pois sentem a necessidade de se fixarem e provarem sua capacidade na empresa. Muitas empresas procuram mulheres para ocupar cargos importantes pelo fato de serem polivalentes: são trabalhadoras fora de casa, são mães e ainda cuidam do lar. O cenário de hoje exige pessoas que consigam prestar atenção e fazer várias coisas ao mesmo tempo e ainda assim conseguir se atentar aos detalhes e se focar nas coisas realmente importantes. E o perfil feminino é o que mais se encaixa nesta descrição. Por outro lado, esta condição leva as mulheres a sofrerem mais de estresse, o que pode explicar o aumento das doenças do coração entre as mesmas.

A mulher ainda faz parte da chamada minoria dentro do mercado de trabalho, de onde muitas vezes são excluídas juntamente com os executivos mais maduros, os portadores de deficiências e muitos dos iniciantes em busca de seu primeiro emprego.

Dado que historicamente as mulheres sempre foram discriminadas em relação ao alcance de determinado postos de trabalho ou equiparação salarial nas empresas, alem de uma cobrança da sociedade sobre tarefas diversas como: cuidar do lar, educar os filhos, preconceitos, ter uma quantidade numerosa de filhos, ter uma formação acadêmica diferenciada etc. será Que esses valores se perpetuam nas novas orientações de carreira? O interesse dessa pesquisa é observar como a mulher tem crescido ao longo dos anos e como sua participação tem sido significativa no mercado de trabalho.

5. FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA

O mundo globalizado, competitivo e com grandes avanços tecnológicos, passou a demandar, a partir do final do século passado, novas formas de organização do processo produtivo. Essas mudanças geraram um novo modelo capitalista, fazendo emergir a especialização flexível. As terceirizações, o trabalho em tempo parcial, os contratos informais e outras formas alternativas de acordos tornaram-se, para alguns empregadores condições para sobreviverem e se manterem competitivos nesse novo cenário, marcado pela desarticulação das formas tradicionais de trabalho. A crença no emprego estável, bem pago e por tempo indeterminado, construída no auge do capitalismo industrial no pós-Segunda Guerra Mundial, desmoronou (WUNSCH FILHO, 2004).

Esse cenário abriu espaço para a maior participação da mulher no mercado de trabalho, não só pela necessidade de complementação da renda familiar, mas também pela quebra de padrões comportamentais que essas mudanças trouxeram. Bruschini e Lombardi (2003).

A mulher por vários séculos viveu submissa ao homem e às convenções impostas por uma sociedade patriarcal. Vivendo excluída do meio político e social, sua cidadania não era reconhecida e vivia confinada aos espaços privados. Afastada do espaço público, não lhe era permitido acesso à escola formal, a educação a que tinha direito era apenas a que se julgava necessária para desempenhar bem o papel servil de esposa, mãe e dona de casa.

As mulheres deixam poucos vestígios diretos, escritos ou materiais. Seu acesso à escrita foi tardio. Suas produções domesticas são rapidamente consumidas, ou mais facilmente dispersas. São elas mesmas que destroem, apagam esses vestígios porque os julgam sem interesse. Afinal elas são apenas mulheres cuja vida não conta muito. (PERROT, 2007, p.17)

Após as grandes Guerras Mundiais, intensifica-se a entrada feminina no mercado de trabalho, por diversas razoes e movimentos mundiais. Enfrentando dificuldades e preconceitos, em um primeiro momento, as atividades exercidas não eram bem vistas e muito menos valorizadas pela sociedade. Nas décadas de 1960 a 1970, os movimentos emancipatórios forma o inicio desta transformação.

A partir dessas décadas, houve um significativo acréscimo de mulheres entre estudantes universitários e passaram a considerar a carreira tão importante quanto a função procriadora. (NASSER,2004).

A discriminação e o preconceito ainda são grandes, mas o fato é, que se um país despreza a importante força econômica que o mercado feminino representa hoje, pode estar perdendo uma oportunidade significativa de crescimento. Segundo Instituto Ethos (2004) em pesquisa no IBGE, as mulheres constituem mais de 50% da população brasileira e em estimativas para 2004 representam 45,3% da população economicamente ativa.

Se por um lado a mulher deixar o mercado de trabalho para cuidar de questões familiares, lesões por esforço repetitivo (doença mais comuns entre as mulheres), ciclo menstrual, cuidar e educar os filhos, por outro, notamos que o crescimento no hierarquia das organizações tem sido considerável, mais ainda são poucas. Acompanhando esse fato, também temos a questão salarial, espantando o estigma da má remuneração feminina, pois o setor de prestação de serviço as mulheres recebem 8,1% mantendo vantagem, onde os homens perfazem 5,3%. Mas não se pode esquecer que no ramo agrícola, por exemplo as mulheres são 5,3% enquanto os homens ocupam 11% dos rendimentos (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS,2004).

De acordo com Elisiana Probst (2006):

No Brasil, as mulheres são 41% da força de trabalho, mas ocupam somente 24% dos cargos de gerencia. O balanço anual da Gazeta Mercantil revela que a parcela de mulheres nos cargos executivos das 300 maiores empresas subiu de 8% em 1990, para 13% em 2000”.

A entrada da mulher no mercado de trabalho vai alem de uma sustenção familiar ou á busca por uma independência. A satisfação do bem estar pessoal e psicológico torna-se fundamental e são pontos fortes para essa conquista.

A maior ascensão da mulher no mercado de trabalho e o maior comprometimento com o desenvolvimento de sua carreira têm ajudado na diminuição das barreiras da sociedade e organizacionais. Visto que, a mulher tem sido como uma importante força de crescimento econômico, mas ainda encontra dificuldades em organizações tradicionais.

Historicamente a mulher tem ocupado um plano sociocultural inferior ao homem e isso lhe obriga a sofrer algumas discriminações que vêm se arrastando até os dias atuais. Mas, a história é mutável e está em constante transformação. Grandes avanços são observados no que diz respeito ao reconhecimento da mulher como membro produtivo de desenvolvimento da sociedade.

CORRÊA, 2004 diz que a presença expressiva de mulheres em cargos e funções cada vez mis diversificados mostra que elas vem delimitando seu espaço no âmbito publico de produção. Alem disso, elas estão liderando os índices de escolaridade em relação aos homens e, ainda que de forma menos expressiva, estão ocupando, com tendência crescente, cargos de chefia e posições gerenciais e políticas, alem de áreas profissionais de prestigio, como a medicina, a advocacia e a arquitetura.

Já GIRÃO(2001) o ingresso das mulheres no mercado de trabalho se deu de forma intensa, a parti da Revolução Industrial, quando a necessidade de complementação da renda familiar fez com que elas fossem introduzidas no trabalho remunerado de maneira forçada, sendo obrigadas a aceitarem desempenhar tarefas mal remuneradas.

Paoli(1985) observa que a regulamentação do trabalho feminino pelo Ministério do trabalho em 1932, além de caracterizar a mulher como ser frágil e inferior, limitava a opção dos empregadores pelo trabalho feminino, reforçando o papel da mulher nas funções do lar. Ainda destaca que o trabalho feminino, apesar de ser tão produtivo quanto o masculino, era desvalorizado em função de características ditas femininas, como docilidade, capacidade de adaptação as condições operacionais e disciplinares, paciência para lidar com trabalhos repetitivos.

Thiry-Cherques e Pimenta (2003) afirmam que, apesar de a participação da mulher brasileira no mercado de trabalho estar aumentando cerca de 15% por década, o equilíbrio entre a participação feminina e masculina está longe de ser alcançado, em função do preconceito, principal dificultador do ingresso e da permanência da mulher no mercado de trabalho.

O preconceito contra a mulher decorre basicamente de dois motivos: primeiro a ideia infundada de que o desempenho funcional feminino é afetado por alterações de humor decorrentes de seu ciclo biológico ou de fatores como seu estado conjugal, o numero de filhos ou a idade; segundo, o condicionamento cultural, que abarca pré-concepções sobre a mulher e colocam como um ser frágil e limitado intelectualmente, ideia que também carece de fundamento. Dessa forma, para a mulher delimitar seu espaço, ela precisa estar mais qualificada que o homem e se submeter a salários mais baixos, já que suas habilidades tendem a ser desqualificadas.

6. METODOLOGIA

Este trabalho desenvolve-se a partir de pesquisas bibliográficas e pesquisas de campo. Buscou-se comparar vários autores sobre tal assunto devido a sua relevância para o bem estar dos indivíduos no ambiente interno e externo das empresas, especificamente ao seguimento feminino.

Alem de livros foram consultados sites e artigos auxiliando na compreensão do assunto tratado.

O presente trabalho consiste também em pesquisa de campo analisando a opinião de mulheres no mercado de trabalho, buscando assim entender sobre a sua posição no mercado de trabalho.

7. PROPOSTA DE SUMÁRIO

  1. TEMA E DELIMITAÇÃO DO TEMA
  2. PROBLEMA
  3. OBJETIVOS
  4. JUSTIFICATIVA
  5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
  6. METODOLOGIA
  7. PROPOSTA DE SUMÁRIO
  8. CRONOGRAMA
  9. REFERENCIAS
  10. CRONOGRAMA

ATIVIDADES

MAIO

JUNHO

JULHO

Levantamento bibliográfico

01-05

 

 

Leitura de referencial bibliográfico

06-20

01-30

 

Fichamento

 

 

01-05

Redação previa

 

 

06-15

Correção

 

 

15-17

Redação final

 

 

17-30

8. REFERÊNCIAS

CORRÊA, A.M.H. O assédio moral na trajetória profissional de mulheres gerentes: evidencias nas historias de vida. 2004. 184f. Dissertação (Mestrado em Administração)-Centro de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,2004.

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS. Ganho de homens ganho de mulheres. 2004. Disponível em:<HTTP?//www.fcc.org.br/servlets/mulher/series_historicas?pg=ghgm.html>

GIRÃO, I.C.C. Representações sócias de gênero: suporte para as novas formas de organização do trabalho.2001. 130f. Dissertação (Mestrado em Administração)-Centro de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,2001.

NASSER,Lia Mulher no mercado de trabalho. Disponível em:<HTTP:delas.ig.com.br/materiais/18001-18050/180478_1.html>

PAOLI, M.C. Os trabalhadores urbanos na fala dos outros. In: LOPES (org.) Cultural e identidade operária. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1985;

PERROT, Michelle. Minha história das mulheres / Michelle Perrot; [tradução Angela M. S. Côrrea]. São Paulo: Contexto, 2007.

WUNSCH FILHO, V. Perfil epidemiológico dos trabalhadores. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho. Belo Horizonte, v.2, p-103-117, Abr/Jun.2004


Publicado por: SARA RAQUEL XAVIER DE ARAUJO

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